Gas Lift Intermitente - Retificações e Ajustes Exigidos - 23 Abril 2015 Quarta

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INSTITUTO DE PESQUISA EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CAMPUS RIO DE JANEIRO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENGENHARIA DE EQUIPAMENTOS ON E OFF SHORE JENIFFER STEPHANIE CASTRO PANNAIN GAS LIFT INTERMITENTE 1

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Retificações para um trabalho de conclusão de curso

Transcript of Gas Lift Intermitente - Retificações e Ajustes Exigidos - 23 Abril 2015 Quarta

INSTITUTO DE PESQUISA EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA

DE PETRÓPOLIS CAMPUS RIO DE JANEIROCURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENGENHARIA DE

EQUIPAMENTOS ON E OFF SHORE

JENIFFER STEPHANIE CASTRO PANNAIN

GAS LIFT INTERMITENTE

RIO DE JANEIRO2015

1

JENIFFER STEPHANIE CASTRO PANNAIN

GAS LIFT INTERMITENTE

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia de Equipamentos On e Off Shore do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Pesquisa Educação e Tecnologia, Campus Rio de Janeiro, como requisito

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parcial para a obtenção do título de Especialista.

RIO DE JANEIRO2015

RESUMO

O presente estudo enfatiza as principais aplicações e procedimentos

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para a utilização do método de elevação artificial a gás lift intermitente utilizado em poços de petróleo semidepletados.No inicio da vida produtiva de um poço, o fluido produzido esta submetido a determinadas condições de temperatura e pressão, sendo essa uma das propriedades intrínseca ao reservatório. Quando as tais propriedades, citadas anteriormente, com ênfase à pressão do reservatório, é suficiente para vencer a pressão resultante da coluna hidrostática e das instalações de superfície, nesse caso, os poços são denominados de surgente.No entanto, ao longo da produção, o reservatório apresenta uma queda de pressão, à medida que o volume total produzido vai crescendo. Outra hipótese a se considerar é que o poço está produzindo por surgência, mas o fluxo obtido na superfície é baixo, exigindo a inserção de gás a fim de manter o equilíbrio entre a pressão do reservatório e a pressão da coluna. Portanto, a partir deste instante, será necessária a utilização de métodos artificiais a fim de para manter a produção e ascender o óleo à superfície.Nestes casos, é imprescindível adicionar energia extra para que o poço possa continuar a produzir a níveis economicamente desejáveis.

Palavras-Chave: Petróleo, Métodos de Elevação Artificial,Prospecção

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ABSTRACT

This study emphasizes the major applications and procedures for the use of artificial lift method will be used in intermittent gas lift oil wells semidepletads.At the beginning of the productive life of a well, the fluid is subject to certain conditions of temperature and pressure being such an intrinsic properties of the reservoir. When the previously mentioned such properties, with emphasis on reservoir pressure, is sufficient to overcome the pressure resulting from hydrostatic column and surface facilities, in this case, the wells that will produce by this method are called of insurgents. However, during production the reservoir has a pressure drop, the measure that the total volume produced grows, another option to consider is when the well is being produced by upwelling, but the flow was on the surface is low. Therefore, in this moment will be necessary to use helper methods to maintain production and will lift oil to the surface. In this case, is essential to use the lift method, which consists of adding extra power to the well will continue to produce economically desirable levels.

Key-words: Oil, Artificial Lift, Survey

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6

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 POÇOS EQUIPADOS COM GAS

LIFT...............................................…....... 12

FIGURA 2 PLANTA GÁS

LIFT......................................................................................... 14

FIGURA 3 CORRIDA PELO ÓLEO DE PEDRA.......................................

…........…........ 16

FIGURA 4 VALVULA

CHOKE.......................................................................................... 18

FIGURA 5 VALVULA MOTORA...............................................

….........................…....... 21

FIGURA 6 REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA POÇO GAS

LIFT................................ 22

FIGURA 7 ETAPA DE

ELEVAÇÃO................................................................................. 24

FIGURA 8 ETAPA DE

PRODUÇÃO.....................................................................…....... 25

FIGURA 9

DESCOMPRESSÃO...........................................................................

…....... 26

FIGURA 10 ALIMENTAÇÃO

FINALIZADA...........................................................…....... 27

7

FIGURA 11 GÁS LIFT INTERMITENTE

INVERTIDO....................................................... 30

FIGURA 12 REPRESENTAÇÃO PLUNGER LIFT

CONVENCIONAL..................…....... 32

FIGURA 13 INÍCIO DO ACÚMULO DE GÁS

(PLC).......................................................... 33

FIGURA 14 PLUNGER LIFT ELEVAÇÃO

(PLC)....................................................…....... 35

FIGURA 15 PRODUÇÃO

(PLC)............................................................................…....... 36

FIGURA 16 CHEGADA DO PISTÃO AO

LUBRIFICADOR...................................…....... 37

FIGURA 17 GÁS LIFT INTERMITENTE COM

PISTÃO........................................…....... 38

FIGURA 18 ELEVAÇÃO

GLIP.............................................................................…......... 39

FIGURA 19 PRODUÇÃO

GLIP........................................................................................ 40

FIGURA 20 DESCOMPRESSÃO

GLIP.................................................................…....... 41

FIGURA 21 ALIMENTAÇÃO

GLIP................................................................................... 42

8

FIGURA 22 GLICA REPRESENTAÇÃO

ESQUEMÁTICA.....................................…......43

FIGURA 23 GLICA ESTÁGIO

INICIAL................................................................…........ 44

FIGURA 24 GLICA ESTÁGIO

ELEVAÇÃO...................................................................... 45

FIGURA 25 GLICA ESTÁGIO

PRODUÇÃO..........................................................…....... 46

FIGURA 26 GLICA ESTÁGIO

DESCOMPRESSÃO........................................................ 47

FIGURA 27 PL REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA............

…...........................…....... 48

FIGURA 28 PL ESTÁGIO 1

INÍCIO.......................................................................…....... 49

FIGURA 29 PL ESTÁGIO 2 ELEVAÇÃO..............

….............................................…....... 50

FIGURA 30 PL ESTÁGIO 3

PRODUÇÃO.............................................................…....... 51

FIGURA 31 PL ESTÁGIO 4

DESCOMPRESSÃO.................................................…....... 52

FIGURA32PL ESTÁGIO

ALIMENTAÇÃO...................................................................... 53

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LISTA DE ABREVIATURAS

BM – BOMBEIO MECÂNICO

GLC – GÁS LIFT CONVENCIONAL

GLI – GÁS LIFT INTERMITENTE

GLI-I – GÁS LIFT INTERMITENTE INVERTIDO

GLI-P – GÁS LIFT INTERMITENTE COM PISTÃO

GLICA – GÁS LIFT INTERMITENTE COM CÂMARA DE ACUMULAÇÃO

IP – INDÍCE DE PRODUVIDADE

PE – PRESSÃO ESTÁTICA

PL – SISTEMA PIG LIFT

PLC – PLUNGER LIFT CONVENCIONAL

10

SUMÁRIO

RESUMO........................................................................... …....... 3

ABSTRACT....................................................................... …....... 4

LISTA DE FIGURAS...............................................................................................

5

LISTA DE FIGURAS...............................................................................................

6

LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................................. 7

SUMÁRIO.............................................................................................................. …....... 8

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................…....... 9

2. GÁS LIFT...........................................................................................................

…....... 13

2.1 DESENVOLVIMENTO DO GÁS LIFT.............................................................. …....... 15

2.2 MÉTODOS GÁS LIFT...................................................................................... ….......

17

3. GÁS LIFT INTERMITENTE CONVENCIONAL.................................................. …....... 23

4. GÁS INTERMITENTE INVERTIDO................................................................... …....... 29

11

5. PLUNGER LIFT CONVENCIONAL................................................................... ….......

31

6. GÁS LIFT INTERMITENTE COM PISTÃO (GLIP)............................................…....... 35

7. GÁS LIFT INTERMITENTE COM CÂMARA DE ACUMULAÇÃO (GLICA)................... 40

8. SITEMA PIG LIFT (PL)...................................................................................... ….......

45

9. CONCLUSÃO.................................................................................................... …....... 54

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ ….......

57

12

1. INTRODUÇÃO

A prospecção petrolífera envolve uma vasta gama de etapas

divididas da seguinte forma: Após diversos estudos geológicos e

geofisícos da área onde há probabilidade de existência de jazidas, são

perfurados poços para estimar dimensões dessas jazidas, apos isso são

perfurados poços de desenvolvimentos que possibilitarão colocar os

campos em produção, obviamente isso só ocorrerá após ser

determinada a viabilidade econômica desses campos. Essa viabilidade

econômica é determinada após a verificação de que o volume de óleo a

ser recuperados justifique os elevados investimentos necessários para

ser montar a infra-estrutura. A próxima fase denomina-se completação:

preparação do poço para o inicio da produção.

I. Problema:

Poços com mesmas características e com índices de produtividades

diferentes demandarão quantidades diferentes de gás de injeção, a

diferentes profundidades. Para um determinado poço, a quantidade

de gás a ser injetado depende da relação econômica entre o custo de

injeção e o volume de óleo a ser recuperado. Ou seja, para a

execução do projeto exploratório, de dimensionamento e de

manutenção operacional das instalações, é preciso considerar a

viabilidade econômica da jazida a ser recuperada.

13

II. Justificativa:

A escolha entre o método a ser adotado depende de vários

fatores definidos pela variável pressão. Que serão confrontadas

com a condição real encontrada na cabeça do poço e a

tecnicamente ideal para a instalação da estrutura a ser

operada. Onde, em sua seleção, incluem-se:números de poços,

diâmetro do revestimento, produção de areia, razão gás-líquido,

vazão, profundidade do reservatório, viscosidade do fluido,

mecanismo de produção do reservatório, disponibilidade de

energia, acesso aos poços, distância dos poços às estações ou

plataformas de produção, equipamentos disponíveis, pessoas

qualificadas, investimento, custo operacional, segurança, entre

outros. Cada método apresenta vantagens e desvantagens.

Somente após conhecer com detalhe os métodos de elevação é

que se poderá optar pelo método mais economicamente viável.

III. Objetivo:

O escopo do presente trabalho se concentra na exposição e

detalhamento comparativo dos métodos de elevação artificial

em seus respectivos comportamentos e etapas operacionais.

Exibindo suas singularidades e principais aspectos dinâmicos

quando em atividade.

14

No início da exploração dos poços petrolíferos, os fluidos contidos

no reservatório dispõem de um potencial energético capaz de alcançar a

superfície, condição tecnicamente conhecida como poços surgente. Na

mesma proporção em que a produção avança, há uma perda de energia

presentes nos fluidos encontrados no reservatório, até não apresentar

pressão suficiente para sustentar seu escoamento em uma vazão

economicamente viável. Logo, a produção exigirá o emprego de

métodos que assegurem a elevação artificial para a inserção de energia

necessária aos deslocamentos dos fluidos, momento em que as

decisões quanto ao processo que será adotado, uma vez concretizado

serão de improvável revisão. Pois disto dependerá a viabilidade

econômica da produção a longo prazo. Exigindo então, soluções

tecnológicas para o problema, tais como, o Bombeio eletro submersível,

Bombeio Mecânico (BM) e a Elevação a Gás Lift Contínua e/ou

Intermitente (GLA e GLI), e o Bombeio hidráulico,cada sistema possui

suas vantagens peculiares:

Bombeio Eletro submersível:

Eleva grandes volumes de fluidos

Facilidade de operação

Fácil instalação de sensores de pressão

Pode ser usado em poços com desvio

15

Também indicado para operações Offshore

Sistema de baixo custo na elevação de grandes volumes

Bombeio Mecânico:

Concepção do sistema relativamente simples

As unidades podem ser mudadas para outros poços com custo

mínimo

Método simples, eficiente e de fácil operação

Aplicável a poços de pequeno diâmetro e completação múltipla

Pode ser usada uma bomba de baixa pressão dependendo da

profundidade e do volume de vazão

Pode-se usar o gás ou eletricidade como fonte de energia

Disponibilidade em diferentes tamanhos dependendo do volume de

elevação

Bombeio Hidráulico

Pode elevar grandes volumes de altas profundidades

Apresenta poucos problemas operacionais em poços com desvio

A fonte de alimentação pode ser instalada remotamente

Também podemos usar gás ou eletricidade como fonte de energia

È adequado para múltiplas completações

16

É adequado para operações Offshore

Gás Lift (elevação por gás)

Eleva grandes volumes em poços com alto índice de produtividade

Pode ser convertido de continuo (GLC), para intermitente (GLI)

A alimentação do sistema pode ser localizada remotamente

Elevação em poços gasosos não apresenta problemas

Não apresenta problemas em poços com desvio

Indicado também para operações Offshore

Neste contexto a necessidade de soluções de engenharia para a

avaliação correta do desempenho dos métodos viáveis de acordo com

as condições de campo, enquanto considera regras de segurança e de

produção, política de extração do reservatório (escoamento máximo por

poço, cotas de produção, entre outras), cuidados na interface entre a

parede do poço e a conformação do espaço do reservatório (controle de

areia), a capacidade das instalações e a qualidade do equipamento

disponível para operação. Dentre os métodos viáveis de acordo com as

condições de exploração e elevação da jazida em campo, destaca-se o

Gás Lift

Organização do trabalho:

17

Essa dissertação está organizada de acordo com a seguinte

estrutura de capítulos, brevemente descritos abaixo:

Capítulo 1 – Elevação por Gás Lift:

Neste capítulo são apresentados os conceitos que suportam a operação fundamental de exploração de poços profundos. Aqui são discutidos os principais meios de ascensão artificial, com breve descrição de seus princípios de funcionamento. Elencando todos os métodos utilizados na prospecção de hidrocarbonetos geologicamente confinados empregados com relativa frequência. As representações esquemáticas que o acompanham ilustram um poço operando por Gás Lift.

Capítulo 2 – Gás Lift Intermitente Convencional (GLC). Neste capítulo

são apresentadas as principais etapas de produção de

hidrocarbonetos em um poço operando com o método do Gás Lift

Intermitente Convencional. São detalhados e ilustrados os ciclos, de

forma sequenciada, como: elevação, produção e descompressão do

gás das vias de elevação, e, por fim, a fase de reinício de toda

operação, denominada alimentação.

Capítulo 3 – Gás Lift Iitermitente Invertido (GLI-I). Este capítulo

descreve a proposta do uso do Gás Lift Iitermitente Invertido

esclarecendo sua forma de atuação no contexto produtivo.

Capítulo 4 – Plunger Lift Convencional (PLC) Nesse estágio, ocorre a

apresentação da técnica que permite o aumento e a otimização da

produção do poço produtor explorando as vantagens desse sistema.

Uma concepção geral incluem válvulas de controle, acessórios

18

componentes presentes nas ilustrações de forma dinâmica e

abrangente.

Capítulo 5 – Gás Lift Intermitente com Pistão (GLIP). São

comentados os principais benefícios ao se empregar este recurso

junto à instalação a ser utilizado. Destacando o seu método

operacional nos diagramas complementares.

Capítulo 6 – Gás Lift Intermitente com Câmara de Acumulação

(GLICA). São descritas as principais diferenças entre esse sistema, e

o gás lift convencional. Onde são apresentado os estágios

operacionais acompanhados do fenômeno breaktrough.

Capítulo 7 – O sistema Pig Lift. Detalha o sistema que exibe a sua

peculiaridade, em comparação aos demais sistemas apresentados

até o momento. Seguido das principais fases contidas na estrutura

operacional. Incluindo o termo fallback e sua respectiva conceituação.

Capítulo 8 – Conclusão. Finalmente, são relatadas as análises de

todos os métodos abordados sob a ótica da eficiência de emprego do

custo-benefício.

19

1. GAS LIFT

É um processo tecnológico desenvolvido e usado pela indústria do

petróleo que consiste na utilização de gás comprimido a alta pressão

para elevar os fluidos (óleo /água) do fundo do poço até a superfície.

Sendo considerado um dos mais versáteis métodos atualmente usado.

O sistema de Gas Lift é atraente devido à sua flexibilidade de

aplicação, podendo ser aplicado com relativa facilidade em poços

verticais ou direcionais.

Como em qualquer sistema controlado de operação em

instalações, o monitoramento da condição de funcionamento do gás lift é

observado através de pesquisa acústica, vazão de fluidos produzidos,

pressão, temperatura dos fluidos e cartas de pressão.

Vale ressaltar que via de regra em operações de poços em alto

mar, sempre mais onerosas que as operações de poços em terra firme,

invariavelmente é usado gás natural ou nitrogênio para o incremento da

surgência, neste caso normalmente os poços mesmo sendo surgente já

são completados com válvulas de Gás Lift prevenindo para eventuais

operações de incremento da surgência.

Observa-se na bacia de Campos o uso de pelo menos uma válvula

de gás-lift, mesmo quando se imagina que o poço será surgente até

uma próxima intervenção de sonda. O auxilio ao incremento de

descargas após uma eventual paralisação da operação do poço é a

principal finalidade do uso desta válvula.

20

Figura 02 - Planta Gás lift.

Fonte: American Completion Tools.

21

1.1 DESENVOLVIMENTO DO GAS LIFT

O primeiro registro que se tem de um sistema de elevação artificial

a ar comprimido, foi em 1782 para remover água de uma mina inundada

na Hungria, posteriormente a técnica foi desenvolvida para levantar

grandes volumes de fluidos em minas inundadas.

Em 1864, a indústria de petróleo americana utilizou ar comprimido

para elevar água e um pouco de óleo de poços rasos para a superfície

em Venango County, Pensilvânia EUA.

Em 1899 a técnica de elevação artificial, foi usada para a elevação

de óleo nos campos petrolíferos de Baku no Azerbaijão, na época

pertencente à antiga URSS.

Na Califórnia EUA, o ar comprimido foi introduzido em 1909 para

elevar os fluidos dos poços do condado de Kern.

O sistema de elevação a ar comprimido era corrosivo para as

válvulas e equipamentos do fundo do poço, a mistura ar e gás natural

era explosiva e corria riscos de incêndios, o ar misturado com o gás

diminuía suas propriedades de aquecimento, o preço e as vendas eram

reduzidas.

Devido a esses problemas, introduziu-se o método de elevação a

gás, em 1900 o método ganhou popularidade graças a aplicação bem

sucedida nos EUA e na região do golfo pérsico.

22

Essa popularidade se deveu a melhoria dos equipamentos e a

melhor compreensão do processo, Devido à grande quantidade de

pesquisa feita entre 1952-1965 foi determinada a perda de pressão que

ocorre em duas fases do fluxo vertical, Com o aumento do valor do gás

a eficiência deste processo foi melhorado.

1.2 MÉTODOS GAS LIFT

Há dois tipos básicos de métodos de elevação a gás usados na

indústria da exploração de petróleo, conhecidos por : Gás lift continuo

(GLC) e Gas lift intermitente (GLI)

Gas-Lift contínuo (GLC): “O método de elevação artificial conhecido

como gás-lith contínuo (GLC) é extensivamente utilizado na

explotação de campos petrolífero, principalmente em área Offshore,

respondendo diretamente por significativa parcela da produção

mundial.

No Brasil, este método é responsável, em números de 1995, pela

produção de 6,8% do numero total de poços e 39,4% do volume de óleo.

Na Bacia de Campos estes números sobem para 54,4% e 53,3%

respectivamente.

A relevância do GLC para a produção de petróleo promoveu, ao

longo das últimas décadas, a realização de um grande número de

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trabalho enfocando os diversos fatores que tem efeito sobre a eficiência

do método. (Oliveira. Galileu. Paulo 1995)

O método GLC consiste em uma continua injeção de gás na

coluna de produção tubing, proporcionando uma redução da densidade

média dos fluidos presentes na coluna, reduzindo a pressão em seu

interior, com isso reduz- se a pressão de fluxo no fundo do poço,

conseqüentemente aumenta a vazão dos fluidos.

Porém, o excesso de injeção de gás anula esse efeito, reduzindo a

eficiência do método de elevação, observa-se então a existência de uma

proporção ideal entre o volume de gás injetado e o volume de fluidos

produzidos.

Conclui-se que cada poço, em cada momento existirá uma injeção

ideal de gás para uma melhor eficiência de produção.

Mesmo o gás tendo sido recuperado através da separação do

óleo, posteriormente será necessário o emprego de um sistema de

compressão, para que a pressão do gás seja elevada a níveis

adequados a sua re-injeção na coluna de produção.

Na superfície, o controle de injeção de gás no poço é feito por um

regulador de fluxo. Também conhecido por choke.

Figura 04 - Válvula Choke.

24

Fonte: American Completion Tools.

Gas-Lift intermitente (GLI): consiste na injeção de gás de maneira

intermitente no poço que ao expandir-se no interior da coluna de

produção conduz os fluidos acumulados no fundo do poço em direção

à superfície.

O gás é injetado de forma intermitente no tubo de produção, ao

expandir-se na coluna de produção, proporciona a elevação da carga de

liquido acumulada no poço.

Nesta situação, a vazão do poço é comandada pelas aberturas

consecutivas da válvula de controle da injeção de gás, abertura estas

que ocorrem de forma cíclica. O gás injetado é controlado por um

temporizador e deslocado até a superfície em uma golfada de líquido

(slug), ou seja, certa quantidade de fluido previamente acumulado

dentro do tubo de produção, durante a fase de realimentação do poço

de forma cíclica. O temporizador é controlado a partir das instalações de

superfície, que regula o disparo do gás no tubo de produção o mais

25

profundo possível, com um obturador (packer) realizando a função de

separador junto ao anular, na zona de canhoneio no interior do

reservatório.

Em termos de viabilidade, é importante ressaltar que este método

é mais adequado ao emprego em poços de baixa produção, localizados,

em geral, em campos maduros, onde os pequenos ganhos assegurados

pelo GLI cerceiam sua aplicação a poços onshore, principalmente.

Na literatura sobre o método GLI destacam-se estes tipos de

instalações intermitentes:

Gás Lift Intermitente Convencional

Gás lift Intermitente Invertido

Plunger Lift Convencional (Usa o gás da formação)

Gás Lift Intermitente com Pistão

Gás Lift Intermitente com Câmara de Acumulação

Pig Lift

O critério de elevação GLC ou GLI deve observar faixas de PE e

IP:

26

Quadro 01 - critérios para o emprego do GLC ou GLI.

IP ALTO IP MÉDIO IP BAIXO

PE ALTA Continua Continua/intermitenteIntermitent

e

PE MEDIAContinua/

intermitenteContinua/intermitente

Intermitente

PE BAIXA intermitente intermitenteIntermitent

e

Analisando os dados apresentados na tabela acima o poço a ser

operado com Gás lift Intermitente deverá apresentar um dos dois

parâmetros (índice de produtividade ou pressão estática) BAIXO, e o

poço a ser operado a ser operado a Gas Lith Continuo devera

apresentar esses dois parâmetros citados, classificados como ALTO.

Antes de prosseguir, torna-se pertinente uma breve observação

sobre os Métodos de Elevação Pneumáticos: Deve-se considerar

Pneumático Intermitente, todos os métodos onde a elevação de fluidos,

ocorra de maneira intermitentemente, ou seja, através de ciclos

utilizando a expansão de gás natural como fonte primaria de energia

para a produção de fluidos. Esse ciclo de produção dividirá – se em

quatro etapas distintas:

Elevação

Produção

Descompressão

27

Alimentação

Como mencionado anteriormente o quatro tipos atualmente

conhecidos são: Gas Lift Intermitente Convencional (GLI), Gas Lifth

Intermitente com Pistão (GLIP), Gas Lifth Intermitente com Câmara de

Acumulação (GLICA) e Pig Lifth (PL) sendo esse ultimo desenvolvido no

Brasil. Não se pode deixar de analisar o método Plunger Lift

Convencional (PLC) pela sua semelhança com o método Gas Lift

Intermitente com Pistão (GLIP), Em todos esses métodos mencionados

com exceção do PLC, o controle de injeção de gás é realizado na

superfície, através de uma válvula pneumática de diafragma

denominada, válvula motora.

Figura 05 - Válvula Motora.

28

Fonte: American Completion Tools.

As válvulas motoras são válvulas de operação pneumática

utilizadas no controle de produção, no caso dos poços assistidos com

injeção de gás desde a superfície. Para uma melhor compreensão dos

métodos aqui mencionados, faz se necessário relatar de uma maneira

detalhada o processo do Gas Lift intermitente convencional :

Na coluna de produção deixa-se que os Fluidos cheguem a um

nível pré-estabelecido, neste momento gás comprimido a alta pressão é

injetado na coluna de produção, especificamente abaixo da golfada de

fluidos a ser elevada a superfície, o controle desta injeção de gás é

realizada por uma válvula que se localiza no fundo do poço, válvula esta

que tem o nome de “Válvula de Gás lift”.

29

A rápida expansão do gás eleva a porção de fluidos até a

superfície, no entanto por ter uma velocidade maior o gás

freqüentemente penetra na golfada, fato este que acaba em constante

redução no comprimento da golfada que se encaminha para a

superfície. Pode ocorrer em face de algumas condições de condução

que os fluidos não produzidos fiquem na coluna de produção como uma

película na parede da tubulação, ou como gotículas de fluido no interior

das bolhas de gás ou até mesmo ambas as ocorrências. Os fluidos que

são produzidos na superfície se formam pela produção da golfada, pela

película das paredes da tubulação e pelos fluidos que se acumula nas

bolhas de gás em forma de gotículas. Porém partes dos fluidos retornam

ao fundo do poço ajuntando-se aos fluidos da formação produzindo uma

nova golfada de fluidos, e novamente recomeça o ciclo da produção. Na

figura esquemática abaixo fica demonstrado o processo.

30

Figura 06 - Representação esquemática de um poço operado por Gas

Lift.

2. GAS LIFT INTERMITENTE CONVENCIONAL (GLIC):

REPRESENTAÇÕES ESQUEMÁTICAS E ETAPAS DE OPERAÇÃO

ETAPA1: ELEVAÇÃO

Alcançada a pressão necessária para a operação, abra-se a

válvula de gás lift, e o gás é injetado na coluna de produção, dando

inicio ao processo de elevação do fluido. O ciclo da válvula de gás lift e

da válvula motora, estando aberta ou fechada está sujeito ao volume de

31

gás injetado durante o ciclo. Quanto a maior o volume maior será o

tempo de abertura.

Em um sistema bem calibrado, a válvula de gás lith fechará assim

que o slug atingir a superfície, permanecendo aberta durante todo o

tempo de elevação. A rápida expansão do gás eleva o fluido acumulado

na coluna de produção durante o ciclo anterior (alimentação). Quanto

mais rápida for a expansão do gás maior será sua penetração no slug,

determinando perdas no volume do fluido. Este fenômeno é

denominado fallback, pode ser uma importante parcela do fluido inicial.

Portanto, o controle do fallback é importante para o bom funcionamento

de uma instalação pneumática intermitente.

32

Figura 07 - Etapa de elevação.

Este estágio finaliza com a chegada do Slug a superfície. Começa então a próxima

etapa: Produção.

33

ETAPA 2: PRODUÇÃO

Começa a produção quando o Slug conduz os fluidos à

superfície, A válvula motora e a válvula de gás lift permanecem

fechadas nesta etapa e nas seguintes, pois estará ocorrendo a

transferência de fluidos, da coluna para a linha de produção esta

etapa finaliza com o fim do Slug.

Figura 08 - Etapa de Produção; ao término da mesma inicia-se a

Descompressão.

34

ETAPA 3: DESCOMPRESSÃO

De acordo com algumas condições ocorridas na fase de

produção, uma parcela da película dos fluidos que aderiu nas paredes

da coluna de produção é removida pela bolha de gás, e a ela se integra,

Conclui-se que durante a fase de descompressão do gás ainda

será possível uma produção de fluidos, isto se deve a parte de fluido

35

incorporada na bolha de gás e também a velocidade da película de

fluidos que se conduziam á superfície para produção, a bolha de gás se

encaminha para o separador diminuindo a pressão no tubo de

produção, está encerrada esta etapa tão logo a pressão no fundo do

poço se estabilize nos valores do inicio da primeira etapa.

Figura 09 - Descompressão.

ETAPA 4: ALIMENTAÇÃO

Esta etapa é o reinício de toda a operação descrita acima.

Figura 10 – Finalização da alimentação e reinício do ciclo.

36

Nesta etapa final, após a recarga do poço, com os fluidos que

provém do reservatório, dos fluidos remanescentes da película que

escorre das laterais da coluna de produção e parte do slug não

produzido, se acumularem formando uma nova carga, abre-se a 37

válvula motora, o gás com pressão elevada é injetado no anular

(espaço entre o revestimento e a coluna de produção), através da

válvula de gás lift, o gás então é injetado na coluna de produção, e

novamente se dá início da produção com a elevação da carga de

fluido rumo à superfície.

38

4. GAS LIFT INTERMITENTE INVERTIDO (GLI-I)

Nos poços de maior produtividade, a produção pode ser

aumentada em determinadas situações simplesmente invertendo o

sentido do escoamento de líquidos e gás no interior do poço; O gás

passa a ser injetado na coluna de produção enquanto o líquido é

elevado através do espaço anular.

O aumento esperado, do volume de líquido produzido se deve à

maior seção transversal do anular, porém o volume do gás injetado

também tende a ser maior.

Embora esta variante do Gás Lift seja mais comum no GLC, ela

também pode ser empregada no GLI. Uma representação

esquemática de uma instalação de GLI-I em um poço vertical é vista

na figura 11. A válvula operadora foi removida, ficando no seu lugar

um orifício através do qual há comunicação entre a coluna e o espaço

anular. A ausência da válvula operadora tende a reduzir

drasticamente a necessidade de intervenção no poço.

O restante da instalação no poço permanece igual a do GLI,

com exceção da troca entre as linhas de injeção e de produção.

O líquido alimentado pelo reservatório é admitido na coluna de

produção, através da válvula de pé, e parte dele passa pelo orifício

para ser acumulado no espaço anular. O efeito de acumulação do gás

injetado antes da elevação é perdido. No início do ciclo, o gás injetado

39

desloca a carga de liquido da coluna para o anular (Transferência),

iniciando a elevação em seguida.

Apesar do seu potencial para aplicações práticas, os relatos

sobre o GLI-I na literatura são escassos. Fora a indicação de

aplicação do GLI-I em poços no Oriente Médio, sem especificar o

regime de injeção de gás, existe apenas relatos informais do emprego

bem sucedido de GLI-I em aplicações de campo no Brasil.

Figura 11 - Gas Lift intermitente invertido.

40

41

5. PLUNGER LIFT CONVENCIONAL (PLC)

Consiste numa interface mecânica entre os fluidos produzidos e o gás do próprio

poço, é um processo com custo reduzido e eficiência comprovada em poços

equipados com esse sistema em várias regiões do planeta.

O gás produzido na formação é a principal fonte de energia para a

elevação de um pistão (Plunger) localizado no interior da coluna de produção,

percorrendo a coluna desde o fundo até a superfície em períodos cíclicos.

Esta interface mecânica provoca a redução do escorregamento do líquido

(fallback), tão comum em outros sistemas de elevação, quando existe uma alta

razão gás liquido (RGL).

O incremento na produção pelo fato do Plunger Lift reduzir a pressão de

fluxo no fundo do poço (Pwf) também é uma das qualidades atraentes deste

sistema.

Este sistema é o mais usado quando o volume de gás no poço for

relativamente maior que o de fluidos, se assim não fosse não existiria energia

suficiente para a elevação do pistão até a superfície.

Este sistema opera de maneira cíclica, isto é opera em etapas sucessivas

com intervalos regulares, assim que a ultima etapa é completada, o controlador

repete o processo novamente, Devido a esta particularidade se torna um método

extremamente flexível, ajustando-se a variados tipos de poços.

Esta interface mecânica provoca a redução do escorregamento

do líquido (fallback), tão comum em outros sistemas de elevação,

quando existe uma alta razão gás liquido (RGL).

O incremento na produção pelo fato do Plunger Lift reduzir a 42

pressão de fluxo no fundo do poço (Pwf) também é uma das

qualidades atraentes deste sistema.

Este sistema é o mais usado quando o volume de gás no poço

for relativamente maior que o de fluidos, se assim não fosse não

existiria energia suficiente para a elevação do pistão até a superfície.

Este sistema opera de maneira cíclica, isto é opera em etapas

sucessivas com intervalos regulares, assim que a ultima etapa é

completada, o controlador repete o processo novamente, Devido a

esta particularidade se torna um método extremamente flexível,

ajustando-se a variados tipos de poços.

Principais aplicações

O Plunger Lift Possui quatro aplicações básicas: eliminar a formação

de líquidos em poços de gás com a redução da vazão de poços

produtores de gás ocorre

FIGURA 12 – Representação de um poço plunger lift convencional

(plc) e seus equipamentos.

43

44

Etapa 1: Acúmulo de Gás e aumento da pressão

O acúmulo de gás no fundo do poço eleva a pressão, pois a

válvula de controle localizada na superfície se encontra fechada.

Neste momento o pistão está no fundo da coluna , com uma

mistura de óleo e gás logo acima,( mais líquido que gás), em um

ponto mais acima está uma mistura com mais gás que líquido.

Figura 13 – Início do acúmulo de gás (PLC).

45

Esta etapa se forma com o aumento da pressão no anular

(casing), exercida pelo aumento do volume de gás produzido pelo

reservatório; O controlador mantém a válvula de controle na linha de

produção fechada, o pistão repousa no fundo da coluna de

produção(tubing), simultaneamente uma parcela dos fluidos

produzidos pelo reservatório se aloja na coluna de produção acima do

pistão, dado origem a uma coluna de fluidos que será produzida; Em

certo momento controlado , a linha de produção é liberada pelo

46

controlador, provocando uma rápida queda de pressão no topo da

coluna de produção.

Neste momento o gás acumulado abaixo do pistão se expande

de forma vigorosa, transmitindo esta energia ao pistão que age como

um embolo elevando os fluidos acumulados sobre o pistão em direção

a superfície para serem produzidos.

Esta etapa também é conhecida pelo termo BUILD-UP.

Etapa 2 : Abertura da válvula de controle e elevação da golfada

Com a rápida expansão dos gases acumulados abaixo do pistão

e o conseqüente deslocamento do pistão, começa a fase de elevação

da golfada.

47

Figura 14 - Plunger lift elevação.

Etapa 3: Deslocamento do pistão e produção da golfada

Com a chegada da golfada na superfície, ocorre a fase 3 do

processo. O pistão atinge a superfície depois de percorrer toda a

48

coluna fazendo a com que o fluído que se encontra acima dele seja

produzido pela linha de surgência do poço. Nesse instante, a pressão

do anular cai até um valor mínimo facilitando, portanto, a entrada de

novos fluídos do reservatório para dentro do poço.

Figura 15 – Produção (PLC).

49

ETAPA 4: CHEGADA DO PISTÃO AO LUBRIFICADOR

Encerrada a produção da golfada, o movimento do pistão

empurrado pela energia de deslocamento da expansão do gás,

50

conduz o pistão até o lubrificador, onde então é amortecido o seu

deslocamento pela ação de uma mola, o gás então começa a ser

produzido também, e continua sendo, até que a pressão que mantém

o pistão no lubrificador diminua, esse momento é o Afterflow, que é

encerrado pelo fechamento da válvula de controle.

Começa então o movimento descendente do pistão, através da

coluna de produção, passando pela coluna de gás e pelo acúmulo de

fluido que se formou no fundo do poço durante as etapas anteriores.

O movimento de queda é amortecido por uma mola localizada no

fundo da coluna e o processo se reinicia.

Figura 16-Chegada do pistão ao lubrificador

51

6. GAS LIFT INTERMITENTE COM PISTÃO (GLIP)

Observa-se uma semelhança acentuada entre este sistema e

os: Gás Lift Intermitente Convencional (GLIC), e o Plunger lift

convencional (PLC).

No caso em que se compara com o GLIC, a diferença esta

numa interface mecânica entre o gás injetado e o líquido produzido,

objetivando-se uma redução do fall-back de fluidos.

Quando comparado ao PLC, a diferença preponderante é o fato

de no PLC o gás é produzido pelo reservatório, e no GLIC o gás é

injetado da superfície através de uma válvula pneumática, e no fundo

do poço pela válvula Gas-Lift. As etapas de produção são as mesmas

52

do GLIC.

Figura 17 - Gás Lift intermitente com pistão.

FASE 1: ELEVAÇÃO

O fato de um pistão estar associado a este método proporciona

uma menor perda de fluidos da golfada, como já mencionado

anteriormente as diferenças residem na interface mecânica (pistão) e

no gás usado como energia para elevação, sendo de produção do

reservatório no PLC e Injetado da superfície nos GLIC e GLIP.

Figura 18 - Elevação GLIP.

53

FASE 2: PRODUÇÃO

A produção é atingida no momento em que a golfada de fluidos

atinge a superfície, e finaliza com a chegada do pistão à superfície.

Assim como no GLIC, a coluna de fluidos é acelerada de forma

vertiginosa ocorrendo então a transferência dos fluidos da golfada

para a linha de produção.

54

Figura 19 - Produção GLIP.

FASE 3: DESCOMPRESSÃO

Nesta fase o estágio é considerado iniciado quando o pistão

chega á superfície. Neste sistema a perda de fluidos é menor que no

sistema convencional , porém a produção via Fall-back,e a dispersa

no gás também é menor. Durante esta fase o pistão permanece

55

quase o tempo todo na superfície.

Figura 20 - Descompressão GLIP.

FASE 4: ALIMENTAÇÃO

Esta fase estará terminada, quando o tamanho da coluna de

fluidos inicial estiver restabelecido. Também nesta fase o pistão inicia

56

seu regresso para o fundo do poço, antes do início de um novo ciclo.

Figura 21- Alimentação GLIP.

7. GAS LIFT INTERMITENTE COM CÂMARA DE ACUMULAÇÃO

(GLICA)

57

A principal diferença entre esse sistema, e o Gás lift intermitente

convencional, é o menor comprimento da coluna de fluidos no estágio

de alimentação. O espaço anular usado para a acumulação dos

fluidos proporciona uma coluna de fluidos menos alta,

conseqüentemente será necessária uma pressão média de fluxo

inferior. Este sistema começa com o estagio que aqui será

denominado de Estágio Inicial.

Figura 22 – Representação GLICA.

58

ESTÁGIO 1: Inicial

Em sistemas anteriormente descritos, a válvula operadora no

seu estágio “aberta”, estava sintonizada com a injeção de gás na

coluna de produção. Neste sistema (GLICA), esta sincronia não

existe. Aberta a válvula operadora o gás é injetado na câmara anular,

acima da coluna de fluidos,neste momento é dada a partida no

estágio Inicial. O estágio inicial é encerrado quando a injeção de gás

59

traspassar o tubo perfurado, transferindo todo o fluido contido no

espaço anular para a coluna de produção.

Figura 23 - GLICA Estágio Inicial.

ESTÁGIO 2: ELEVAÇÃO

O estágio da “Elevação”, inicia-se assim que termina o estágio

anterior (estágio inicial), neste sistema a velocidade da coluna de

fluidos no momento da injeção de gás se comparada sistema GLIC,é

60

alta. Neste sistema o fenômeno Breaktrough ( Grande penetração de

gás no fluido, devido a velocidade da injeção de gás ser

extremamente maior que o deslocamento dos fluidos) é bastante

minimizado pois a coluna de fluidos, se encontra acelerada, assim

que o gás atinge a coluna de produção.

Figura 24 - GLICA Estágio Elevação.

ESTÁGIO 3: PRODUÇÃO

Neste estágio, a conclusão e o seu inicio se dão quando a 61

extremidade superior e inferior da coluna de fluidos, atingem a linha

de produção, permanecendo vedadas as válvulas: motora e

operadora.

Figura 25 - GLICA Estágio Produção.

62

ESTÁGIO 4: DESCOMPRESSÃO

O inicio deste estágio é a chegada da extremidade inferior da

coluna de fluidos à linha de produção, na extremidade superior da

coluna de fluidos, a pressão do gás regressa ao valor de inicio. Ao

termino deste estágio recomeça o processo GLICA.

Figura 26 - GLICA Estágio Descompressão.

63

8. SISTEMA PIG LIFT (PL)

O sistema Pig-Lift exibe um formato peculiar , se comparado a

todos os sistemas aqui apresentados anteriormente. Sua constituição

resume-se a duas colunas de produção interligadas no fundo do

poço, a cada ciclo de produção suas funções se alternam, sendo uma

para injeção de gás a outra para produção de liquido. Pode-se dizer

64

que a peculiaridade deste sistema é a utilização de um componente

não rígido,confeccionado de espuma especial denominado Pig,que

torna possível a redução do fall-back de fluidos quase a zero.

Figura 27 - PL Representação Esquemática

ESTAGIO 1: INÍCIO

Este estágio começa com a colocação da válvula motora em

posição aberta, neste momento a injeção do gás diretamente na

coluna de injeção, logo acima da coluna de fluidos, proporciona a 65

transferência dos fluidos da coluna de injeção para a coluna de

produção. O término deste estágio ocorre quando todo o fluido é

deslocado, logo a seguir o estágio Elevação terá inicio.

Figura 28 – PL Estágio 1 Início.

ESTÁGIO 2: ELEVAÇÃO

Neste estagio, a injeção de gás na coluna de injeção provoca o

66

deslocamento da interface mecânica PIG ,que juntamente com a

coluna de fluidos desloca-se em direção a superfície deixando o Fall-

back de fluidos praticamente a zero.

Figura 29 – PL Estágio 2 Elevação.

ESTÁGIO 3: PRODUÇÃO

67

A produção ocorre quando a coluna de fluidos atinge a

superfície juntamente com a interface mecânica.

Figura 30 – PL Estágio 3 Produção.

68

ESTÁGIO 4: DESCOMPRESSÃO

Na descompressão ao interface mecânica atinge seu ponto mais

elevado, neste estágio não há produção de fluidos.Fecha-se então a

válvula motora durante um certo tempo há a comunicação da coluna

de injeção com a coluna de produção, o que permite o escoamento do

gás pelas referidas colunas do fundo do poço até a superfície.

Figura 31 - PL Estágio 4 Descompressão.

69

ESTÁGIO 5: ALIMENTAÇÃO

Após a conclusão do estágio anterior, ocorre a recomposição da

coluna de fluidos inicial, nas colunas de injeção e produção,

proporcionando então o recomeço de um novo ciclo com a inversão

de função das colunas de injeção e produção.

70

Figura 32 – PL Estágio Alimentação.

CONCLUSÃO

Conclui-se que entre os métodos abordados, é que

teoricamente o volume produzido nos métodos GLI e GLIC, só poderá

ser obtido através da estabilização do ciclo de produção.

71

O sistema com câmara de acumulação é o mais eficiente para

os poços com pressão estática mais baixa e alto índice de

produtividade.

O sistema intermitente é mais eficiente com pressão estática

baixa e índice de produtividade baixa

O sistema Gas Lift intermitente com pistão é mais eficiente com

valores de índice de produtividade baixo, independentemente da

pressão estática.

O sistema Pig Lift por ser um método relativamente novo, e com

poucas informações sobre seu, uso ficará de fora das considerações

finais deste trabalho.

Evitar o FALLBACK observando os parâmetros para isto:

Profundidade de elevação da golfada (Perda aceitável de 1,5 a 2% p/

cada 100mts de elevação ou 5% a 7% a cada 1000ft de elevação),

Diâmetro da coluna de produção (Evitar diâmetros maiores pois

quanto maior o diâmetro da CP, menor será a recuperação de óleo),

Restrições na cabeça do poço (Evitar chokes menores de ½”)

Evitar o BREAKTHROUG observando os seguintes parâmetros:

Na válvula (Evitar abertura rápida p/ válvula de pressão ou grande

orifício p/ válvula de porta), Na elevação da golfada (Utilizar

velocidade mínima de 5m/s), Na chegada da golfada na superfície

(Evitar curvas excessivas e restrições).

Atentar para o Cálculo da Vazão Esperada na Superfície:

72

Através da pressão média de fluxo (q = IP (Pe – Pwf)), Através do

Volume recuperado por golfada (q = Nciclos x Vgf ), Ciclagem máxima

( 1 minuto para cada 100 metros de elevação Nmax = 1440 /

(Lvo/100) )

Volume Recuperado em cada Golfada (Vgf)

Vgf = )100

1().( vo

s

twht LFB

G

CPP

A calibração das válvulas num sistema gás lift é de extrema

importância para estabilização dos ciclos de produção, caso essas

válvulas não estejam devidamente calibradas ocorrerá um

favorecimento ao FALLBACK, isto será prejudicial à produção

conforme estudo de caso abaixo.

Conclusão do estudo de caso: O fallback está muito alto-

13%, neste caso deve-se ajustar a ciclagem do poço de atuais 48 cpd

para 96 cpd.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIMA, P. C. R. Pig Lift: A New Artificial Lift Method (SPE 36598).

Society of Petroleum Engenieers, 1996.

MARCANO, L. E. CHACIN, J.: “Mechanistic Desing of Conventional

Plunger Lift Installations” , Tech. Paper SPE 23682, 1992.

SANTOS,O.G. Métodos Pneumáticos Intermitentes: análise e

comparação. Dissertação (Mestrado) – Universidade estadual de

campinas, 1997.

VELLOSO, n. Elevação Pneumática “Gás lift”. S.d.

WINKLER, H. W. Gás Lift. In: BRADLEY, H. B. (Ed). Petroleum

Engeneering Handbook. 2. Ed. Ricardson, TX,: Society of Petroleum

Engeeniers, 1989

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