Gavião paulo matos distrital do psd eleicões 2015
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Gavião, 24 de Dezembro de 2014
Eu, Paulo Matos, militante base do Partido Social Democrata, gostaria que o próximo
líder distrital fosse vulcânico, inconformado e arrebatador.
Aproxima-se o debate sobre quem pode ser ou não o próximo líder distrital do PSD. Chegando
nós a este momento, parece-me que importa fazer uma reflexão profunda do que deve ou não
deve ser a génese desse próximo líder e que resulte num texto ligeiro, acessível e
compreensível por todos.
Assim, expresso que o próximo líder tem de ter três características fundamentais: vulcânico,
inconformado e arrebatador.
O próximo líder tem de ser vulcânico porque vivendo nós num clima político pastoso, de
NIM’s (nem sim nem não), de paragonas em que hoje se diz algo e amanha algo relativamente
contrário, em que se tomam de assalto partidos sem se fazer uma única promessa, só com a
obsessão de chegar ao poder, o que não podemos vir a ter é um líder que não tenha uma voz e
discurso firme, poderoso e transparente. Não podemos aceitar um discurso de solavancos, de
engasganços, de vocábulos redondos ou de tremuras políticas. Quero um líder que me diga ao
que vem e assuma a responsabilidade do seu cargo pela palavra dada desde o primeiro
momento.
O próximo líder tem de ser inconformado porque chega de não fazer as “coisas” pelo nosso
distrito de Portalegre, com o mesmo ritmo com que se fazem as “coisas” na capital política de
Portugal – Lisboa. Chega de andar-mos ao relenti ou com ritmo pausado ou mesmo sem
vontade de que as coisas andem. Temos de dar um murro na mesa, e um só não chega. Há
muitos que tem de ser dados, e rapidamente, se não a desigualdade demográfica e económica
vai dar a estocada final no nosso distrito. Tem de ser suprimida diligentemente a expressão “o
último que feche a porta”.
O próximo líder tem de ser arrebatador porque os espíritos estão cansados da política, os
espíritos estão fartos de pessoas que nos lugares alcançados não imponham a ação das suas
promessas na ação concreta, na vida dos norte-alentejanos. O discurso do próximo líder tem
de ser emocionante, apelando à comoção por forma a devolver alegria e ânimo a quem ainda
acredita que é possível viver no nosso distrito e a quem não acredita. Recuso-me a alinhar que
é condição sine qua non ser funcionário do estado (autárquico, regional ou nacional) para o
poder aqui viver, até porque se todos os cidadãos fora deste empregador saírem daqui, fica
mais difícil perante todos afirmar a existência de certos serviços do estado nestas paragens.
Um líder com estas três virtudes representará melhor os norte-alentejanos e defenderá
melhor a unidade de Portugal.
Paulo José Estrela Vitoriano de Matos