Gazeta Maringaense 4

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O porta voz da comunidade Maringá, 1ª quinzena de maio de 2009 - Ano 1 - Nº 3 Foto: Prefeitura Municipal de Maringá Página 16 1ª quinzena de maio/09 S O C I A L Linda flor, a mais gentil, Do norte do Paraná, És orgulho do Brasil, Nossa amada Maringá. Mulheres, guerreiras... MÃES PARABÉNS JOVEM SENHORA! Regiane e Mateus PARABÉNS JOVEM SENHORA! Ana Claudia e a filhinha Daniella Ana Lídia e a pequena Giovanna As futuras mamães Rosangela e Eliane Gisele Rodrigues e Maxwell Eva Galdino e Renato.... Elisete e sua filha Michele Andréa Dougenik e sua filha Natália Daniela e a filhota Alana Daiany e a filha Gabriela GARI: O atleta do asfalto – Pág. 12 ENTREVISTA: Ângelo Rigon o Polêmico – Págs. 8 e 9 MADALENA: um exemplo de mulher – Pág. 10 VÔLEI DE PRAIA: Sucesso longe do mar – Pág. 7 VEREADORES: Uma mudança tímida – Pág. 5 Elizabete Rodrigues e Vitória e Kemili Priscila e Helena Renata e a pequenina Mariana Sonia ladeada pelas filhas Tania e Ana Paula Ana Perim Grillo e suas filhas Ana Maria, Adriana, Eliane e Mariangela Zenita e o filho Cristiano Graça e Rafael Michele e a pequena Eva 62 anos 62 anos

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O p o r t a v o z d a c o m u n i d a d eMaringá, 1ª quinzena de maio de 2009 - Ano 1 - Nº 3

Foto: Prefeitura Municipal de Maringá

Página 16 1ª quinzena de maio/09

SOCIAL

Linda flor, a mais gentil,Do norte do Paraná,És orgulho do Brasil,Nossa amada Maringá.

Mulheres, guerreiras... MÃES

PARABÉNS JOVEM SENHORA!

Regiane e Mateus

PARABÉNS JOVEM SENHORA!Ana Claudia e a filhinha Daniella

Ana Lídia e a pequena Giovanna

As futurasmamães

Rosangelae Eliane

Gisele Rodrigues eMaxwell

Eva Galdino e Renato....

Elisete e sua filha Michele

Andréa Dougenik e sua filha Natália

Daniela e a filhota Alana

Daiany e a filha Gabriela

GARI: O atleta do asfalto – Pág. 12

ENTREVISTA: Ângelo Rigon o Polêmico – Págs. 8 e 9

MADALENA: um exemplo de mulher – Pág. 10

VÔLEI DE PRAIA: Sucesso longe do mar – Pág. 7

VEREADORES: Uma mudança tímida – Pág. 5

Elizabete Rodrigues e Vitória e Kemili

Priscila e HelenaRenata e apequenina

Mariana

Sonia ladeada pelas filhas Tania e Ana Paula

Ana Perim Grillo e suas filhas Ana Maria,Adriana, Eliane e Mariangela Zenita e o filho Cristiano

Graça e RafaelMichele e a pequena Eva

62 anos62 anos

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EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial CARTAS

Editora Novos Rumos LtdaCNPJ 10.729.979/0001-97

Av. Alexandre Rasgulaeff, 1149 - sobre lojasala 2 - Fone (44) 3025 4378 / 9804-4303

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Jornalista Responsável: Malu Pedarcini

Jornalistas: Jaqueline Souza e André Leandro

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Impressão: Folha de Londrina - contato 43 3329-5407

Periodicidade: Quinzenal

Tiragem: 5.000 exemplares

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CRÔNICAS

1ª quinzena de maio/09 Página 15Página 2 1ª quinzena de maio/09

ARTIGOS

E

CARTAS

O mundo vive um momento de crise. Diariamente acom-panhamos pelos meios de comunicação notícias nada alenta-doras deste processo. Um dia a bolsa cai vertiginosamente,as moedas desvalorizam-se. Em outro dia os bancos pedemsocorro e empresas multinacionais recebem ajuda dos gover-nos para não fechar as portas. No cenário mundial, o Brasil,ainda que tenha sofrido alguns revezes, está numa posiçãomais confortável que outros considerados emergentes.

Neste contexto o que significa a comemoração do dia 1ºde Maio? Qual o verdadeiro sentido do Dia do Trabalho? Essedia em homenagem ao trabalhador que deveria ser um mo-mento de crítica, de reflexão, de uns anos para cá passou aser motivo de shows, festas e outras celebrações. Ano apósano essa data vem sofrendo uma descaracterização. Até omovimento sindical (Força Sindical) assimilou essa caracterís-tica. Faz sorteios de carros e apartamentos com apresentaçãode cantores lotando praças públicas.

E a reinvidicação pelo trabalho, por melhores condiçõesde vida e salário onde fica? Temos que ter em mente que nãoexiste progresso sem trabalho, pois o primeiro é consequênciado segundo e um impulsiona o outro.

E citando Émile-Auguste Chartier, “Alain”, jornalista,ensaísta e filósofo francês que afirmou que “O trabalho é amelhor e a pior das coisas: a melhor, se for livre; a pior, se forescravo” acreditamos que todos têm direito a ele para viverdignamente.

Quando corria por suas ruas e calçadas, ain-da criança, acreditava que as árvores de Maringáeram meu verdadeiro colo. Adolescente, passeia notar que a cidade buscava preservar seu pla-nejamento apesar do crescimento quase desen-freado, da extrapolação de seu desenho original.Como mulher bonita, ela atraía os olhares maiscobiçados, e isso era - e é - um perigo.

Adulto, percebo que Maringá caminha cor-rendo o risco de perder seu planejamento esua memória. Os governantes nada ou que qua-se nada fazem para preservá-la e mostrá-la aosnovos habitantes, que chegam num ritmo aindamuito grande. Ela continua sendo a cidade queacolhe e oportuniza a todos, pujante e progres-sista, mas sob o risco de perder o maior deseus atrativos, a oportunidade de uma boa qua-lidade de vida.

Definir Maringá, cidade jovem e que pros-perou rapidamente, é tarefa apenas para os gran-des nomes das letras que por aqui passaram,como Jorge Ferreira Duque Estrada, Ary deLima, Túlio Vargas, Antonio Facci e GaldinoAndrade, entre outros. Destaco alguns versosde Duque Estrada, o primeiro intelectual da ci-dade, pois conseguem captar o clima da comu-nidade que começava e já antevia a mudançaque vivemos hoje:

Parabenizo a GazetaMaringaense pelo interessan-te periódico. A comunicaçãoimpressa está inserida emnossa comunidade de manei-ra intensa, devendo ser cadavez mais valorizada, pois pro-voca questionamentos e for-ma opiniões.

A leitura de uma maneirageral é importantíssima paraformação sócio-cultural e exa-tamente por isso propostascomo essa vêm a acrescen-tar.

Desejo que esse novo tra-balho cresça transmit indosempre a boa informação esem perder a peculiaridade detratar a regionalidade culturalde nosso povo.

Mateus FerreiraVereador do Município de

Floresta

Parabéns GazetaMaringaense. Realmenteamei esse jornal! Quanta coi-sa boa, mas confesso que areportagem da NOITE NO AL-VORADA então... chamou mui-to a minha atenção, pois comoo Santiago, também sou apai-xonada pelas baladas notur-nas!

A reportagem ficou sensa-cional. Obrigada GazetaMaringaense por nos trazer no-tícias e resgatar o trabalho e otalento de nossos amigos doAlvorada. Vocês realmente sa-bem agradar a todos, até mes-mo nós jovens.Bianka Riedo R. Dos Santos.

Fã número 1 da GazetaMaringaense

Gostaríamos de parabeni-zar a Gazeta Maringaense pelaclareza de suas reportagens,

bem como a escolha dos as-suntos que prendem o interes-se do leitor.H. Moreno Representações

Eder/Orides/Hamilton

Estou extremamente felizcom o surgimento do GazetaMaringaense. Com esse jornal,aos poucos, conhecemos his-tórias de pessoas desconhe-cidas que fazem muito por nos-sa cidade, mas nem sempresão ouvidas.

Isso que Maringá precisava !!!Todos se rendem a esse jor-nal, até mesmo os grandes jor-nais usam as pautas dessenovo periódico, que está ape-nas na 2ª edição.

Vida longa ao jornal e para-béns a Maringá.

Vanessa Couto- Empresária.

OPINIÃO

Maringá, 62 anosMaringá dos mil peões;Derrubando de machado,De foice,De traçador:Peroba,Cedro,Marfime o Cambará todo em flor(...)Da Vasp e Real voando.Do trem de ferro apitandoDizendo adeus ao sertão.Subindo em cimento armado,Enquanto um toco queimadoChora cinzas pelo chão...(...)Adeus Maringá Maria,Daqueles tempos atrás,Que a menina tão catita,Cabocla sim..Mas bonita!Não volta mais.Nunca mais...

Enfim, Maringá é isso – um moto-contínuo re-fletido nos seus 62 anos de vida.

(Ângelo Rigon) - jornalista

Antonio SantiagoSe cercar vira hospício, se

cobrir torna-se circo e se botarcama transforma-se numbordel

Essa é a situação atual doCongresso Nacional. Aquelacasa tornou-se a maior agênciade viagens do País, e mais, as-sessores contratados pelos par-lamentares com o nosso dinhei-ro fazem serviços particularespara eles, segurança pessoal e atéserviços domésticos numa ver-dadeira afronta à população.Como ajudo a bancar essa farratenho o direito de sugerir algu-

Dia da Sinceridadema coisa, portanto proponhoque algum deputado, qualquerum, pode ser até o do castelo,crie o dia da sinceridade.

Nesse dia, todos falariam averdade, seria feriado, é claro,mas por motivos óbvios nin-guém visitaria os parentes. Osditos representantes do povo eeleitos democraticamente, di-riam aos seus eleitores o querola nos bastidores, alguns aténos ensinariam a arte de extor-quir.

Apresentadores de televi-são, como o Faustão nos diri-am com todas as letras o que

realmente acham dessa músicacomercial, também conhecidacomo sertaneja e pagode. Joga-dores de futebol, com passagenspor dezenas de clube falariam oque realmente sentem ao beijaro escudo e vestir a camisa doúltimo clube, e com a presençada torcida organizada.

Pastores das igrejas neo-pentecostais, aquelas dos mila-gres e das doações, esclarece-riam aos fieis o destino da mai-oria do dinheiro arrecadado.

A Xuxa assumiria que nãousa e nem nunca usou em tem-po algum aqueles produtos de

beleza que ela anuncia há anos.Finalmente os londrinenses ad-mitiriam que Maringá é bemmais bonita que Londrina.

O Murilo Benício confessa-ria que não é e nunca será ator,e o irmão da Sandy (Junior né?)faria a mesma coisa com rela-ção a música.

Saberíamos enfim, porqueum grupo de vereadores aquida terrinha, criaram um proje-to, aprovaram e foi vetado peloalcaíde. Esses mesmos verea-dores mantiveram o veto,numa incoerência elevada aocubo.

Zagallo revelaria em redenacional o que realmenteocorreu na Copa de 98 e Lulatentaria nos convencer por-que Ricardo Barros é seu lí-der na Câmara.

Zé Dirceu quebraria o si-lêncio e falaria abertamentee sem papas na língua sobreo mensalão. O caso CelsoDaniel seria esclarecido en-fim, Maluf diria onde está agrana desviada, Maria Rita as-sumiria publicamente quenão é Elis Regina. Pensembem, não seria um dia mara-vilhoso?

André Leandro VenerucciA cerca de um ano, foi pre-

ciso que um terremoto naChina e o suspense em tornodo desaparecimento de um“padre voador” no céu doParaná, para que o caso“Isabella Nardoni” passasse aser pauta dos principaistelejornais brasileiros. Emborao caso ainda continue a rece-ber uma generosa cobertura,foi na noite de 29 de marçodo ano passado, que as primei-ras notícias sobre uma criançaatirada do sexto andar de umedifício paulistano foram trans-mitidas na TV e passaram a fa-zer parte dos lares de muitosbrasileiros . O pai e a madras-ta foram presos sob acusaçãode terem cometido o crime.Tentaram vários HabeasCorpus e, em todos, o juiz in-deferiu o pedido. Fala-se sobreo assunto exaustivamente atéhoje, mesmo quando não háfatos novos a noticiar.

Na falta de novidade, en-tram em cena as suítes: entre-vistas com psicanalistas e advo-gados, especulações decriminalistas, cronologia, per-fis da vítima e suspeitos,reconstituições, debates e osupra-sumo da falta de assun-to: a cobertura da cobertura.O noticiário sobre o caso cru-zou a fronteira do sensaciona-lismo incontáveis vezes, colo-cando em evidência as segun-das intenções de certos órgãosde imprensa. Enquanto os fa-tos são reprisados, vendem-seaparelhos de musculação,

câmeras fotográficas digitais ereceitas para emagrecer, enfim,vendem de tudo.

Sim, a notícia é um produ-to. Sem prejuízo de utilidadesocial, é também uma atraçãona guerra pela audiência que in-fluencia diretamente no volu-me de anúncios e na riquezadas empresas jornalísticas. Atécerto ponto, a cobertura aten-de à curiosidade da população.Mas não é preciso ser especi-alista para perceber o quantose foi longe demais após ultra-passar a marca de ética e daresponsabilidade.

Que se há de fazer? - per-guntam os críticos. A respostaé mais cínica ainda: Jornalismo,ora! Seja na TV, no rádio, nainternet ou nos veículos im-pressos, a notícia deve passarlonge das páginas de entrete-nimento e da chamada linha deshows. Mas, na prática não éo que acontece. Uma notíciaé uma notícia até que se per-ceba o seu potencial de atra-ção. A partir daí, ganha espaço

até nos programas de culiná-ria, misturando-se reportagenscom truques de mágica, fofo-cas sobre artistas e novidadescientíficas. Já não sabe mais oque é o quê.

Violências contra criançasno Brasil sempre causaramgrande comoção popular eganharam destaque nos meiosde comunicação. Em cada épo-ca surge uma nova “Isabella”.Nos anos 60, a morte deTaninha, queimada viva poruma amante enlouquecida,chamada de Fera da Penha pe-los jornais, foi manchete naci-onal por um longo período,rendeu livro e virou drama decirco. Já nos anos 70, a cober-tura tresloucada do sequestrodo menino Carlos Ramires daCosta, foi acusada deinviabilizar a libertação do ga-roto. Um jornal publicou acarta dos sequestradores, e, nodia e hora da transação, o lo-cal foi invadido por uma mul-tidão de fotógrafos, curiosos epor vários vendedores ambu-

lantes.Voltando um pouco mais o

relógio do tempo, emSorocaba (SP) um caso de gran-de repercussão, o assassinatode Julieta Chaves, em 1899.Conta à história que o italianochamado Pascoal, suspeito docrime foi salvo de linchamen-to pela eloquência doMonsenhor João Soares, quecorajosamente se consolidoudiante da multidão. Temposdepois o assassino foi preso.

Ano passado, o País acom-panhou ao vivo pela TV a tris-te história de Eloá, uma ado-lescente de 15 anos mantidarefém junto com a amiga noapartamento pelo ex-namora-do, Lindemberg em SantoAndré (SP). Depois de váriosdias presa, Eloá foi morta comum tiro na cabeça. O motivodessa crueldade foi por ela ter-minar o namoro com o assas-sino. Tudo foi transmitido aovivo por vários canais de TV.

Um programa de televisão,esses que passam à tarde, che-

gou a entrevistar o assassino.A apresentadora junto com osconvidados, sem preparo al-gum, promoveu um verdadei-ro show ao entrevistar ao vivoLindemberg por telefone, so-mente para ter mais audiênciae, claro, vender aqueles famo-sos produtos milagrosos quedão fim naquelas gordurinhasou para acabar com as rugasque surgem no rosto, sem es-quecer da famosa máquina fo-tográfica que faz de tudo. A ati-tude desse programa provocoua ira da polícia, de profissionaisdessa área e, também, de ou-tros apresentadores de progra-mas piores do que esse, repu-diando tal ato. A maioria ques-tionou o preparo da apresen-tadora, bem como dosentrevistadores.

Os crimes e o sofrimentohumano não são novidades,tampouco o fato de serem no-ticiados. A verdade é que al-guns órgãos de imprensa res-peitam cada vez menos os li-mites e direitos das pessoas.Em muitos aspectos, a cober-tura do caso Isabella lembrauma festa macabra, na qual,com um falso pesar, a investi-gação de crime bárbaro foitransformada numa mistura dereality show com série polici-al.

O suspense de cada dia ga-rante audiência e vendas atéque surja um novo caso, tãoou mais escabroso que esses.Vale lembrar que na falta de umcrime, terremotos e enchen-tes também servem.

Quando uma tragédia vira show...

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EDUCAÇÃO

1ª quinzena de abril/09 Página 3Página 14 1ª quinzena de abril/09

CULTURA

Malu Pedarcini

“A dança é uma canção docorpo, quer seja de alegria oude dor” (Martha Graham –1901-1985)

Aconteceu no último dia29 a abertura da exposiçãoque marca o Dia Internacio-nal da Dança. As atividadesacontecem até o dia 10 demaio quando encerra-se oevento.

O objet ivo do eventoDANÇARTE - CORPO, IMA-GEM & MOVIMENTO, alémde comemorar O Dia Inter-nacional daDança, oferecendo à comu-nidade oportunidade de co-nhecer vários estilos de dançae divulgando os grupos deMaringá e região é contribuircom o propósito daUNESCO que também é omesmo nosso diz Marta Ma-ria Grossi, Diretora doDANÇARTE. “Despertar aatenção pela importância dadança entre o público geral,assim como incentivar gover-nos de todo o mundo a for-necerem um local própriopara dança em todos os sis-temas de educação”.

Durante o período acon-tecerão atividades como ex-posição fotográfica Flash deDança, a mostra de vídeoDança, Canção do Corpo eo evento de rua Diversidadede Dança, com apresentaçõesde vários estilos de dança ebrinquedos infantis. Este even-to, a festa julina e a festa emcomemoração ao dia da cri-ança farão parte do calendá-rio f ixo de eventos doDANÇARTE.

“A expos ição pode seritinerante, se alguém se in-teressar, tiver um espaço dis-pon íve l e prov idenc iar otransporte iremos ao localsolicitado”, diz Marta. Ela in-forma aos interessados em

Dança, uma atividadeque libera o corpo e a mente

conhecer a exposição quefaçam o agendamento comantecedência pelos telefones(44) 3259-9332 ou 9109-6217.

Cr iado em maio de2008 o Centro Cultural eSocial DANÇARTE come-çou a escrever sua história,cresceu, arriscou a dar seusprimeiros passos e prova

Malu PedarciniStreet Dance é uma deno-

minação para identificar esti-los de dança surgidos emguetos americanos. A dança derua surgiu com os negros ame-ricanos na época da grande cri-se em 1929, quando músicose dançarinos que trabalhavamem cabarés ficaram desempre-gados e foram para as ruas re-alizar seus shows. O Street nãoé apenas um único estilo dedança, na verdade é a soma devários estilos, todos influenci-ados pela dança funk. Streetapesar de significar Rua, nãoquer dizer exatamente que to-dos os estilos surgiram nasruas. Quer dizer apenas queveio do povo, que não é aca-dêmico, clássico.

Anne Caroline Silva, 23,cursa educação física e fazdança contemporânea há 10anos e também é professora deStreet Dance. Adora o que faz.Conta que aos 12 anos fez umteste numa seletiva de dança epassou. A partir daí sua histó-ria de amor com a dança só au-mentou. Comenta que não ti-nha técnica, somente sentiaalegria em dançar. “Minha pro-fessora, Nara Dutra, me ensi-nou um pouco de tudo. Devo aela tudo que aprendi”.

Anne dança no GrupoErastos e diz que dança porprazer, pois financeiramenteainda não compensa. “Eu vivoem parte da dança, pois foi elaque me abriu os caminhos. Éum trabalho cansativo esacrificante, mas vale muito apena” afirma ela.

Sobre o Street Anne afirmaque já foi um estilo discrimina-do, mas atualmente por ser di-vulgado no mundo inteiro temmais aceitação. “É uma dançapopular, que movimenta bas-tante o corpo e por isso as pes-soas se identificam” conclui.

Street Dance,muitos estilos

em um só

disso foi a realização de seuprimeiro espetáculo LUZ,CÂMERA, AÇÃO! ano pas-sado no Teatro Mar is ta .Quem assistiu pode consta-tar a qualidade das apresen-tações. Em novembro, nomesmo colégio participoudo Festival de Dança e tam-bém participou como con-vidado especial do Troféu

Jovens Talentos desenvolvi-do pela Assessoria da Juven-tude da Prefeitura do Muni-cípio de Maringá. O Dia In-ternacional da Dança foi ins-tituído para marcar o nasci-mento de Jean- GeorgesNoverre (1727 - 1810),criador do ballet moderno,pelo Comitê Internacionalda Dança da UNESCO.

Antonio Santiago

Ela é professora de Artes eregente de coral, casada, 45anos, 4 filhos e leciona noColégio João de Faria Pioli.Nascida em Jaboticabal – SP,está em Maringá há 4 anos vin-da de Terra Boa onde exerciao cargo de Secretária Muni-cipal de Educação e Cultura.

Mulher de vanguarda, an-tes mesmo da

implantaçãodo ProjetoViva Escolajá possuíauma visãodiferencia-da e prati-cava umam a n e i r anova dee n s i n a rm ú s i c a .Essa edu-cadora éM a r i aG o r e t e

G e r i n oPeres.

Apaixona-

Ensinando com arteda por música aplica em salade aula uma metodologiaque consiste em aprender naprática (cantando e tocando)os grandes nomes da MPB.No 2º ano ela focaliza a his-tória da MPB com TomJobim como referencial, nãosem antes passear pela BossaNova.

“Os alunos chegam aquicom uma concepção de mú-sica na cabeça em função dagrande massificação impostapela mídia”, diz Gorete. Issono entender dela é normal,pois eles crescem ouvindo oque os meios de comunica-ção de certa forma impõem.“Aqui, aos poucos vão assimi-lando novos sons e acabamgostando disso. Em torno de40% assumem a música bra-sileira, a ponto de uma alunaum dia desses dizer “profes-sora, o que você fez comigo?Não consigo parar de cantar“Cálice “ de Chico Buarque”.

Ela faz uma observação, ”quando cheguei aqui senti mui-ta diferença em relação ao tra-

tamento da cultura e aos pro-fissionais que atuam nessa área,hoje tudo mudou, sinto-meem casa”.

Ao se referir às músicas deprotesto dos anos da ditaduraela inicia com a projeção dofilme “O que é isso Compa-nheiro”, marco do cinema na-cional, do diretor BrunoBarreto. O filme conta a his-tória das manifestações políti-cas ocorridas a partir de 1964em que um grupo de militan-tes clandestinos sequestram oembaixador americano AlanArki e em troca exigem a li-bertação de presos políticos

Quem desejar ouvir uma boa música brasileira dê

uma passadinha nestes locais: MPB Bar, K1 e

Pimenta Doce.

Com um pouquinho de sorte, você encontrará Maria

Gorete e terá o prazer de curtir o que há de melhor na

nossa MPB, pois ela faz parte do Novo Trio que se

apresenta nesses bares. O trio é composto por ela e

mais 2 ex-alunos, Demy (vocal e percurssão), ela

(vocal e percurssâo) e Felícia (violão e vocal). Então,

boa sorte e ótima música.

Com certeza valerá a pena!

que eram torturados nos po-rões da ditadura.

Perguntada sobre que esti-lo de música ela ouve e gosta,Gorete sorri e diz que nãocostuma ouvir nada. Comonada? E na sequência ela arre-mata, “gosto de música aovivo, de participar da criação,de ser parte integrante dela,tocando ou cantando”. De re-pente o som da sirene nos avi-sa que ela tem que voltar paraa sala de aula. Vários alunos jáestão na classe à espera da pro-fessora para mais uma rodadade música autêntica e de qua-lidade.

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SAÚDE

1ª quinzena de abril/09 Página 13Página 4 1ª quinzena de abril/09

SAÚDE

”Eu sou gorda!”, “Soufeia!”, “Ninguém gosta demim!”, “Meus amigos não meentendem!”, “Eu não façonada direito!”, “Os melhoresempregos nunca são meus!”, “Sou um incompetente!”

Em algum momento emsua vida, você já ouviu ou pro-feriu alguma destas frases? Elassão mais do que um amonto-ado de palavras negativas, elasrevelam um sintoma de umarealidade que precisa ser tra-balhada na vida de todos nós:a “Autoestima”.

Se você se sente inseguropara enfrentar os problemas davida, se não tem auto-confian-ça e confiança em suas própri-as idéias, ou então, se não temrespeito por si mesmo, sevocê se desvaloriza e não sesente merecedor de amor erespeito por parte dos outros,se acha que não tem direito àfelicidade, se tem medo deexpor suas idéias, vontades enecessidades, não importa queoutros atributos positivosvocê venha a exibir, pode es-tar apresentando um quadro debaixo autoestima.

E como é fácil para as pes-soas caírem nas armadilhas do“eu não valho nada!” Se nãopossuo o corpo perfeito, senão sou tão inteligente comofulano, se os resultados queobtive não correspondem aodesejado, então eu não soudigno de coisa alguma!

Quando a autoestima énegativa (baixa) o crescimentofica estagnado, a coragem di-ante da vida diminui, desisti-mos até de arriscar coisas no-vas, de sonhar. Por isso, diz-seque a autoestima é um valorde sobrevivência.

Fundada no ano de 1987,por um grupo de pais, na cida-de de Maringá – PR, sua ori-gem deveu-se ao trabalho dedescentralização realizado peloHRAC - Hospital de Reabilita-ção de Anomalias Craniofaciaisde Bauru (SP), mais conheci-do como Centrinho. Inicial-mente, sua função era encami-nhar os casos para tratamen-to, com ajuda do serviço soci-al. Progressivamente, o traba-lho ampliou-se para os atendi-mentos complementares à ci-rurgia. O tratamento dofissurado é muito longo, podedurar até a idade adulta. Incluinão apenas as cirurgias, mastambém tratamentosodontológico, ortodôntico,fonoaudiológico, psicológico,pedagógico, fisioterápico, en-tre outros, desenvolvidos porprofissionais especializados.Para facilitar o acesso das pes-soas de Maringá e região a es-tes tratamentos que exigemretornos muito próximos é quesurgiu a AFIM.

Mas o que é a fissura?

A palavra fissura significa“abertura”, “fenda”. A fissura la-bial, popularmente conhecidacomo lábio leporino, é a aber-tura no lábio, ou seja, é umaanomalia que se forma aindana gestação e, portanto, ficaevidente logo que o bebê nas-ce, podendo acometer a gen-giva e chegar até o nariz, de

A fala vai se modificando nodecorrer da vida, mas é possí-vel mantê-la “jovem” até a ter-ceira idade

Jaqueline SouzaChegar à terceira idade

com ares joviais é o sonho deconsumo de muitas pessoas.Mas de nada adianta manter aaparência e esquecer de algoque é essencial, a voz. Pois é,a voz também envelhece epode denunciar não só a ida-de, mas também a falta de cui-dado que você teve em rela-ção a ela.

Assim como é necessáriofazer um alongamento antes deiniciar uma caminhada paraaquecer os músculos e depoisdesaquecê-los, a voz também

AAAAAutoestima:utoestima:utoestima:utoestima:utoestima: frescura ou coisa séria? frescura ou coisa séria? frescura ou coisa séria? frescura ou coisa séria? frescura ou coisa séria?

Então, autoestima não ésimplesmente “gostar” de simesmo, nem é frequentar re-gularmente o cabeleireiro e lo-jas de roupas, ou, ter o me-lhor carro, o melhor cargo naempresa. Autoestima é muitomais que isso, é a confiança nopróprio potencial, a certeza dacapacidade de enfrentar os de-safios da vida, a consciência dopróprio valor e do direito aosucesso e à felicidade. E istoconduz a uma conclusão: aautoestima pode ser alta oubaixa, e qualquer uma das duasé autoestima.

Muitas vezes a autoestimaé confundida com egoísmo.Egoísta é aquela pessoa quequer o melhor, e quase sem-pre no sentido material, so-mente para si, não importan-do os outros. Quem possuiuma autoestima elevada, temcomo consequência amor eestima aos outros. Ela quer o

melhor para si, e para os ou-tros também.

A alta autoestima não temrelação com egoísmo,prepotência, superioridade,etc.. Ao contrário, estes traçosde personalidade denunciambaixa autoestima. Ter elevadaautoestima é sentir-se adequa-do à vida, competente e me-recedor. Ter baixa autoestimaé sentir-se inadequado à vida,errado - não sobre algo espe-cífico, mas errado como indi-víduo.

Cada um de nós pensa e secomporta da maneira que lheé própria e que corresponde àimagem que faz de si mesmo.Observe algumas diferenças:

As pessoas com baixaautoestima geralmente culpamos outros pelos seus erros,acham que qualquer conversaé um “confronto”, precisam“ganhar” as discussões, sãomuito preocupadas com “o

que os outros vão pensar”, edependem da imagem que osoutros têm delas.

Já as pessoas com elevadaautoestima geralmente assu-mem a responsabilidade porsuas ações, são afirmativas semagressividade, são objetivas emsuas opiniões, não se preocu-pam em demasia com o queos outros pensam delas, acei-tam-se pelo que são.

É possível desenvolver aautoestima em qualquer idadee mantê-la elevada para sempre.

AFIM: socorro para quem precisa

um ou dos dois lados. A fissurapalatal, popularmente conhe-cida como goela de lobo, é aabertura no céu da boca, cujonome científico é palato. Ésempre central, e pode serpequena ou abranger toda aextensão desde os dentes atéa úvula (campainha). Existetambém a fissura labiopalatal,que é a abertura no lábio e nopalato, geralmente emendan-do-se. Outra forma de fissuraé a submucosa, em que o ossoestá aberto, mas a mucosa(“pele” que reveste a boca)está fechada. Existem formasmais raras de fissura, como afissura mediana, na região cen-tral da face.

Quais são as causas da

Fissura?

Existem várias causas paraa fissura. Sabe-se que é maisfrequente em crianças do sexo

masculino e que o fator here-ditário é determinante, ou seja,em famílias onde existem ca-sos de fissura, são maiores aschances de nascerem bebêsfissurados. Doenças durante agravidez como toxoplasmose,sífilis, rubéola, entre outrastambém podem ocasionaruma fissura labiopalatal.

Alimentação insuficiente dafutura mãe, exposição a Rai-os-X e agrotóxicos, uso demedicações, drogas, álcool efumo durante a gestação tam-bém são causas, e existemoutras em estudo. Mas numgrande número de casos, ascausas exatas não estão total-mente esclarecidas.

Quais são as

consequências da

Fissura?

A fissura labial trazconsequências estéticas e al-

gumas alterações dentárias. Jáa fissura do palato traz proble-mas muito maiores. Por seruma abertura que comunica aboca com o nariz, altera aamamentação, a deglutição, amastigação e leva a uma falanasal e fanhosa. Além destasalterações, podem ocorrerproblemas de ouvido, perdaauditiva, alterações dentárias eno crescimento facial. Comoconsequência, também po-dem surgir problemas psico-lógicos e de aprendizagem.

A AFIM

A AFIM tem hoje, mais de600 pacientes cadastrados,provenientes de diversas cida-des do Paraná. Os pacientesda AFIM realizam tratamentono Centrinho, onde as cirur-gias são realizadas ou no CAIF– Centro de Atendimento In-tegral ao Fissurado Lábio-pa-

latal, em Curitiba. O ideal éque a cirurgia de lábio acon-teça aos 3 meses de idade. Jáa cirurgia do palato deve serfeita por volta de 1 ano de ida-de. Outras cirurgias podemser necessárias, dependendoda complexidade da fissura.Quando as cirurgias não sãorealizadas na época correta, asconsequências para as crian-ças podem ser graves. Cercade 350 atendimentos especi-alizados são realizados pormês na sede da associação,que conta com assistente so-cial, odontólogos, ortodontia,fonoaudiólogo, psicólogo,nutricionista e pedagogo.

Para que este trabalho sé-rio e dedicado possa ter con-tinuidade, a AFIM precisa daajuda da sociedade como umtodo. Uma parceria com omunicípio tem ajudado aAFIM, mas os recursos nãosão suficientes. Para se man-ter, a AFIM realiza promoçõescom ajuda de voluntários. Masainda precisa de auxílio. É ne-cessária a sensibilização detoda a sociedade. Afinal decontas, qualquer família estásujeita a enfrentar o desafio deconviver com uma pessoacom fissura labiopalatal. As es-tatísticas apontam 1 caso defissura para cada 650 nasci-mentos.

Prisci la Maria Trezza –fonoaudióloga da Afim

Cuidar da voz é fundamental desde a infância

deve passar pelo mesmo pro-cedimento.

De acordo com afonoaudióloga Priscila MariaTrezza, o aquecimento duraem média de 10 a 15 minu-

tos e para descansá-la é preci-so apenas cinco minutos. Eladiz ainda que aproximadamen-te 70% da população brasilei-ra necessitam da fala para tra-balhar, por isso a necessidade

de focar os cuidados.A fonoaudióloga explica que

não é possível ensinar as técni-cas, pois as orientações devemser individuais, respeitando anecessidade de cada um. “A vozvai se modificando, a partir dos40 anos começa a envelhecere depois dos 60 anos já é con-siderada “idosa”, mas fazer ati-vidades e ter alguns cuidadosdiminui o envelhecimento.”

Para prevenir isso é preci-so alguns cuidados, tais como:

• Não fumar;• Não pigarrear com fre-

quência;• Não tossir;• Não gritar;• Evitar ao máximo bebi-

das alcoólicas;• Evitar ar condicionado e

ventilador;• Evitar alimentos com ex-

cesso de gordura.Outros cuidados também

são importantes, como se ali-mentar de maneira correta,ingerindo frutas e verduras, to-mar muita água e dormir bempara que as cordas vocais des-cansem.

Priscila diz que a maioria daspessoas não tem os devidoscuidados e que só procuramorientação profissional quandovê as consequências, mas elase diz otimista, pois acreditaque as pessoas estão mudan-do. “Essa geração tem umamentalidade melhor. Tem a fi-losofia de que prevenir é me-lhor que remediar”, conclui.

• Examinar o passado. Aofazer esse exercício, épossível perceber quealguns erros do passadopodem ser corrigidos e seconcentrar no que podeser melhorado.· Achar um meio termo.Esqueça a linha do “tudoou nada”. Afinal umagrande diferença entredizer “Eu fracassei trêsvezes” e “É só uma tarefaque não saiu perfeitadessa vez” pode sermelhorada no futuro.· Dar um sentido à vida.Uma atitude que irá fazê-lo sentir-se mais satisfeitoconsigo mesmo e elevarsua autoestima.· Trabalhar os aspectospositivos. A quem sofre debaixa autoestima tende aconcentrar sua atençãoapenas nos aspectosnegativos. Ao se concen-trar nos pontos positivos,a percepção do indivíduosobre a mesma situaçãomuda para melhor.· Comentar com a famíliae os amigos as realiza-ções positivas. O sucessoajuda a reforçar e a elevara autoestima.· Malhar. A ginásticaaumenta a autoestima dospraticantes porque melho-ra a saúde e a qualidadede vida em geral.E, de uma vez por todas,entenda que você é amelhor pessoa que existe.É ou não é?Talvez você não saiba,mas você tem um direito: O direito de ser feliz!

Que tal começar hojemesmo seu processo deauto-conhecimento, e

elevar sua autoestima?Eis aqui algumas regras

básicas para elevar aautoestima e ganhar

confiança:

É só começar

SERVIÇO

PsicólogaAdriana OzelameFurlan (CRP-08/05963)Especialista emterapia Familiar,Psicopedagogae Mestranda emEducação.Clinica UNIT –

Av: Euclides da Cunha, 1484 zona05 – Fones: (44) 3031 1751 Cel.(44) 9126 2601 – [email protected]

“A partir dos40 anos a vozcomeça aenvelhecer”,diz Priscila

Ligue: 3 0 2 5 - 4 3 7 8Participe do seu jornal

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1ª quinzena de abril/09 Página 5Página 12 1ª quinzena de abril/09

PERSONAGEM

Antonio Santiago

Lixeiro ou gari, não impor-ta a nomenclatura, ele perten-ce a uma das mais dignificantesprofissões. Trabalha pratica-mente o dia todo correndoatrás de um caminhão, sentin-do odores desagradáveis e en-frentando situações inusitadas.Assim é Jéferson, nosso per-sonagem dessa edição.

Jéferson, 28, é casado, temum filho e mora no JardimTarumã. Há 7 anos prestouconcurso na prefeitura para tra-balhar como coletor e desdeentão passa praticamente o diatodo tentando deixar a cidadeesteticamente mais bonita eagradável. Ele diz que a maio-ria das pessoas o trata comolixeiro, mas ele já se acostu-mou com isso, porém fazquestão de lembrar que “lixei-ro é quem fabrica o lixo, eusou coletor”. Afirma que ascrianças adoram os garis e quede vez em quando aparece al-gum adulto “xaro-pe” que reclamadeles, alguns por-que querem queeles levem ani-mais mortos, porexemplo. Aciden-tes de trabalho sãonormais. Aconte-cem constante-mente com cacosde vidro ou comobjetos cortantes,perfurantes, frutos dairresponsabilidade de quemjoga isso no lixo, uma vez quea maioria não faz a reciclagemde forma adequada..

O atleta do asfaltoEle acha que os prefeitos

deveriam olhar com mais aten-ção para a classe, principalmen-te no que diz respeito à ques-tão salarial. Para se ter umaidéia, o salário básico de umgari é 486 reais, e são neces-sárias muitas horas extras parase ganhar 750 reais, e isso con-tando com as latinhas que apa-nham e vendem. A sorte deleé a esposa estar trabalhandocomo auxiliar de produção, oque ajuda no orçamento do-méstico, já que paga aluguel.Outro pedido seu é a constru-ção de casas populares. Tam-bém considera o plano de saú-de oferecido pela prefeituradeficitário. Desinibido e muitobem informado, acha um ab-surdo os deputados pagarem aspassagens aéreas dos parentescom o dinheiro público, emaior afronta ainda a justifica-tiva de nosso representante,que disse ter que passar o ani-versário junto com os paren-tes, daí a necessidade das pas-

sagens. Lembra que ele ouqualquer cidadão comum sequiser viajar terá que pagar dobolso. Ele mesmo tem umparente em Mato Grosso que

Antonio Santiago

Lixeiros, garis, coleto-res? Não! são atletas, oumelhor triatletas, pois cor-rem, saltam e arremessamnuma agilidade impressio-nante. Verdadeira maratonadiária de 10h, dividida emdois períodos, manhã e tar-de. Esses homens especi-ais tentam manter a cidadeesteticamente bela,aromatizada, agradável elimpa, mas tanto eles quecoletam essa sujeira toda,como nós que a produzi-mos, queríamos mesmoque se criassem coletoresmorais. O judiciário bem quepoderia assumir esse papel,de fato, porque de direito jáo tem. Como seria bom seconseguíssemos coletar olixo da corrupção, da imo-

Limpeza Geral

ralidade, a farra com o di-nheiro público, osaqueamento do erário. Var-rer com a vassoura damoralidade nossos “repre-sentantes” que levam paren-tes para passear de avião, emandam a conta para a po-pulação ou os que usam odinheiro destinado às esco-las, postos de saúde e cre-ches, para contratar caboseleitorais nos órgãos públi-cos.

Já passou da hora de co-meçar essa faxina. Ano quevem tem eleições, uma óti-ma oportunidade de colocarem prática a limpeza tão ne-cessária. Então combine-mos assim: cada um de pos-se de sua vassoura (voto)use-a de forma a fazer umalimpeza geral. Mãos a obra!

“Ou instale-se a moralidade ou nos locupletemos todos”

(Stanislaw Ponte Preta)

nunca foi visitar porque nãotem dinheiro, e que os nobresdeputados já tem um saláriodiferenciado, bem acima darealidade dos trabalhadoresbrasileiros.

Concluiu o segundo grau,tem vontade de voltar a estu-dar, mas depois da maratonadiária, acha que não teria for-ças para encarar, “com certezaeu dormiria na sala de aula”,diz sorrindo.

Argumenta não ter nadapara comemorar no dia do tra-balhador, “muito pelo contrá-rio, vou trabalhar, não possoperder as horas extras, quemcomemora são os patrões,pois vão viajar, pescar, fazerchurrascos”.

Jéferson pede licença, temque correr atrás do caminhãoque já está partindo para maisum dia de labuta. Despede-see sai correndo,atrás da vida,atrás do pão de cada dia, comesperança, enquanto nós con-tinuamos a sujar a cidade.

Antonio Santiago

Maringá é uma ilha? Al-guns vereadores achamque sim a julgar pelas atitu-des adotadas ultimamente.Eles estão na contramão dahistória e ainda acham queo povo é burro e não temmemória. Um certo verea-dor teve a petulância de di-zer que a Câmara pertenciaa 15 deles, como se aquelacasa fosse propriedade pri-vada. Um outro disse que aCâmara não é uma empre-sa, em que se emprega edesemprega, “isso aqui éuma empresa que tem umcompromisso político, nãopode ser tão radical”. E aspromessas de campanha,onde ficam? Que interessessão esses que beneficiamuma minoria em detrimen-to da grande maioria.

Os senhores estão en-ganados vereadores! A Câ-mara é do cidadãomaringaense e que segun-do o último censo é de 325mil, que são os moradoresda cidade e que os elege-ram para serem o seu por-ta voz, para defendê-los enão para saqueá-los..

Então está havendo umasubversão de papéis, narealidade os nobres verea-dores são funcionários dopovo, e devem sim satisfa-ções aos eleitores que oselegeram. É por essas eoutras afrontas que a popu-lação começa a ficar impa-ciente, é só acompanhar osnoticiários pelo Brasil paraperceber isso.

Acordem vereadores,ainda é tempo! Não queiramque seus filhos se envergo-nhem de vocês.

Foi aprovado na últimaquinta-feira (30), por nove vo-tos contra cinco, projeto de leique reduz 18 cargoscomissionados (CCs) da Câma-ra Municipal de Maringá(CMM), dos 83 existentes naatual estrutura administrativa. Ocorte foi considerado pequenopela platéia que acompanhouos três dias de votação do pro-jeto. Entidades representativase populares estiveram presen-tes nas sessões e se mostraramdescontentes com a votação,exibindo banner de protesto,vaiando e virando de costasapós o resultado. Segundo opresidente da CMM com esseprojeto a economia anual seráde aproximadamente R$700mil.

A outra opção era o proje-to substitutivo, elaborado pe-los vereadores Mário Verri(PT), Humberto Henrique(PT), Dr. Manoel Sobrinho (PCdo B), Flávio Vicente (PSDB) eMarly Martin (DEM) que pro-punha diminuir 73, dos 83 car-gos comissionados e tambémreduzir quase pela metade ossalários dos mesmos. Essesubstitutivo, que previa umaeconomia de R$3,5 milhõespor ano, foi rejeitado por novevotos contra cinco, dos auto-res do projeto. Os vereadoresDr. Heine Macieira (PP),Zebrão (PP), Dr. Sabóia(PMN), Evandro Júnior (PSDB)e Dr. Paulo Soni (PSB),Wellington Andrade (PRP),Belino Bravin (PP), John(PMDB) e Luiz do Postinho(PRP) votaram contrário aosubstitutivo e favorável ao pro-jeto aprovado.

Em seu discurso o vereadorMário Verri afirmou que até oano de 1998 existiam 21 ve-readores e 23 cargoscomissionados. Hoje, o núme-ro de vereadores diminuiu para15 e o número de cargos su-biu para 83, o que mostra umtotal desequilíbrio. “Peço paraos demais vereadores aprova-rem nosso substitutivo. Peçopara votarem pela cidade”,completou Verri. Para FlávioVicente não há justificativa paracontinuar com esses cargos.

Câmara vota projeto de corte deCCs e população se mostra insatisfeita

Vereadores aprovam projeto que reduzirá 18 cargos comissionados gerando uma economia de R$700mil e reprovam projeto que previa corte de 83 CCs e uma economia de mais de R$3,5 milhões

“Somente mudar o nomedo cargo não muda a na-tureza do mesmo. E nósteremos problema, poisé ilegal”, declarou.

Em entrevista conce-dida a CBN o presidente doObservatório Social deMaringá, Ariovaldo Costa Pau-lo, afirmou que a votação naCâmara desrespeitou a popu-lação maringaense. “A genteimaginava que os vereadorestinham refletido sobre a ses-são de ontem [28], tinhamouvido seus eleitores e volta-do atrás, mas o que vimos foiuma irresponsabilidade muitogrande, principalmente da ban-cada da saúde, exceto o Dr.Manoel. Uma falta de respei-to com seus eleitores e com asociedade de Maringá. Nósnão podemos mais agüentarisso. Foi um basta”, disse.

Em sua fala Costa Paulo afir-mou também que o Observa-tório Social irá encaminhar ocaso ao Ministério Público(MP). “Já que eles não ouvema comunidade, pelo menos oMP eles terão de ouvir”. Essaatitude ganhou adeptos comoa Ordem dos Advogados doBrasil (OAB) de Maringá. Se-gundo o presidente da OAB “sehouver necessidade a OAB es-tará apoiando o ObservatórioSocial”.

As declarações de CostaPaulo geraram nota verbal de

repúdio do vereador Dr. HeineMacieira na sessão de quinta-feira (30). “Estou chocado meuamigo Ariovaldo. Onde vocêestava com a cabeça?” disseHeine após ler as declaraçõesdo presidente do Observató-rio Social para a imprensa. Overeador John também semanifestou na sessão dizendoque a pressão da população eda mídia é normal. “O queaconteceu ontem [29] não foinada polêmico, foi fichinhaperto do que pode acontecer.Isso é normal, eles batem, noscriticam, depois não conse-guem provar nada”, disse elese referindo a um processoque havia sido absolvido.

HISTÓRIANo início do ano foi for-

mada uma comissão para ela-borar um estudo sobre possí-veis cortes e readequações doscargos de confiança da Câma-ra. Essa comissão teve 90 diaspara elaborar esse estudo e nofinal do mês de março apre-sentou um relatório final. O re-latório continha dois estudos,um feito pelos servidores eoutro, o final, definido peloscinco vereadores escolhidos.

Corte? Onde?Que corte?

O primeiro propôs di-versas mudanças, entreelas a extinção de 70 car-gos comissionados. Comessa proposta a folha depagamento da Câmara iria

de aproximadamente R$5,785milhões para R$4,135 mi-lhões, uma diferença deR$1,65 milhão. O segundorelatório, assinado pelos vere-adores Dr. Heine Macieira,Zebrão, Dr. Sabóia, EvandroJúnior e Dr. Paulo Soni, apre-senta a extinção de 22 cargoscomissionados e a criação de23 cargos efetivos, por meiode concurso público.

Já no dia 15 de abril umacomissão não oficial, compos-ta pelos vereadores Mário Verri(PT), Humberto Henrique(PT), Dr. Manoel Sobrinho (PCdo B), Flávio Vicente (PSDB) eMarly Martin (DEM) entrega-ram um estudo paralelo queelaboraram com o objetivo dereduzir ainda mais a estruturaadministrativa da Câmara. Aproposta apresentada previa aredução de 83 para 10 cargoscomissionados, gerando umaeconomia de um pouco maisque R$3,5 milhões. Além dis-so, a proposta contemplavatambém a contratação de 25funcionários efetivos, por meiode concurso público e a redu-ção de aproximadamente 50%do salário dos cargoscomissionados.

TRÁFICO DE DROGAS - DENUNCIEO que é o 181 – NARCODENÚNCIA? É um programa do Governo do Estadocriado para combater o tráfico de drogas e prender os traficantes.

Como funciona? Ao ligar para o 181, sua denúncia é registrada e seráinvestigada, e se o tráfico estiver ocorrendo nesse momento, imediatamenteserá encaminhada uma viatura da PM para prender os traficantes.

Quando ligar para o 181? Toda vez que tiver informações que possam levara polícia até o traficante e prendê-lo.

De onde ligar? De qualquer telefone, até mesmo o de sua casa, pois onúmero não é identificado e o governo do Estado do Paraná lhe garante sigiloabsoluto sobre a sua denúncia.

Porque ligar para o 1 81? Somente com a sua colaboração e de toda apopulação é que conseguiremos combater o tráfico e fazer com que a polícia

Campanha de conscientização da Gazeta Maringaense, o porta voz da comunidade

prenda os traficante e os retire de circulação, salvando dessa maneira a vidade nossos filhos e evitando que mais jovens sejam destruídos pelas drogas.

A ligação é gratuita? A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquermunicípio do Estado do Paraná a qualquer hora, pois o atendimento do 181funciona as 24 horas do dia, todos os dias da semana.

Como fazer uma denúncia? Ao ligar para o 181 procure ter o máximo deinformações sobre o traficante, tais como: nome, apelido, local e horárioonde ocorre o tráfico, e qualquer outro detalhe que possa observar, poisquanto mais detalhes, melhor será o trabalho da polícia no combate ao tráficode drogas.

Posso fazer a denúncia pela Internet? Somente a ligação telefónica poderágarantir sigilo absoluto das suas denuncias. Ligue 181

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me ajude colokei uma musica no msn e qe ro tirala me ajude!!? (alguémquer ajudar essa pessoa?)

Ceja bem vindo e esprimente a lingüiça (depois dessa saudação é melhordar meia volta e sair correndo)

Vendi-ce esta casa. Falar com José. (Não vai vender nunca)

Aberto todos os dias. Descanso semanal terça-feira. (Se abre todos osdias impossível descansar na terça-feira )

PARABÉNS. É assim que cumprimentamos nossos alunos pelos exelentesresultados no provão do MEC. (cartaz de uma Universidade dando parabénsaos alunos)Vagando pela internet agente acha cada coisa estranha, mais essaplaca foi uma coisa de outro mundo, o pessoal que fez esta placa estáparebenizando os alunos pelos “exelentes” resultados obtidos no provãodo MEC!, ou seria excelentes? (Esse foi fazer uma crítica e cometeu umdesatino de erros)

Dia 24/12 não estará aberto. Motivo: porque estará fechado. (Já ouviramfalar de óbvio ululante)

Verdura cem agrotoxio.(Não comprem pois fará mais mal do que a que temagrotóxico)

Por favor, não jogue material nesta cauçada. (Não joguem mesmo, serãomultados)

“Herrar é umano,perçistir no erro é burisse”

Malu PedarciniNão, não se assustem. Não

enlouqueci não. Na realidadesó estou querendo chamar aatenção para o festival de bes-teiras que assola a internet. Pla-giando Stanislaw Ponte Preta,codinome do escritor SérgioPorto, que escreveu tão inteli-gentemente uma obra chama-da FEBEAPÁ (Festival de Bes-teiras que Assola o País) satiri-zando políticos e autoridadesem função das bobagens quediziam, estou coletando dadoscom os absurdos que transitampela rede. A princípio por cu-riosidade, mas são tantos oserros de ortografia, de concor-dância que dariam para escre-ver um tratado sobre o assun-to. Diariamente são cometidosverdadeiros assassinatos da lín-gua mater, fazendo do nossoidioma uma verdadeira carnifi-cina.

VVVVVejamos algumas dessas pérolas:ejamos algumas dessas pérolas:ejamos algumas dessas pérolas:ejamos algumas dessas pérolas:ejamos algumas dessas pérolas:Auta mecânica disel aqui do gordo, Cruzeiro do Norte. Cerviso de tratorisem geral motagem de motoris e tende nas sistencia tenica fazendasreforma de coledeiras e plementos.(Essa nem dá para comentar. Umverdadeiro despautério)

Aroiz - Tumati - Assucra - Mamdioka - Farditrigo - Muçalera(Acredite quem quiser)

BANHEIRO: 0,25 para hurinar - 1,00 para defecarSer moça é facio, deficio é ser vige.(Difícil é escrever corretamente)

Lanchonete jiga baite.(se fosse mega talvez o problema estaria resolvido)

Mocotó faive estar, todos sábado (Não comam, vai fazer mal).

HOT DOG: com uma salsicha, um real - Com 2 salchicha, dois real (qualserá o preço com três hem?)

ATENÇÃO. Essa garagem é só de uso dos propietários, e por favor nãoensista.(não insista mesmo, senão...)

Vende-se cravão.(esse não serve nem para assar carne moída)

Bar di respeito, não vemdo fiado a ninguem. (só desrespeita a línguaportuguesa)

— O que me repuna é o sujeito desnucar o outro e receitar remédio faixapreta — brinca. (essa pérola é de uma BBB9 chamada Francine) corcodilo(e a dita cuja se diz jornalista)

Malu PedarciniArquiteto e construtorElabora matematicamenteA casa, seu teto, seu casteloTem certo, a famíliaSuas criasE laborioso trabalhaPássaro inteligenteSociabiliza-seE humano riUm canto de gargalhadasParece frágilMas engana-se quem pensaQue desiste fácilÉ um mestreE na companhia de sua MariaVai erguendo paredesSeu larOnde juntos vivemSempre fiéis, até que a morte os separem

João de Barro

Modo de preparo:

Em uma panela, faça um refogado com o óleo, o alho, a cebola, ocheiro-verde e o tomate. Junte a água fervente, depois assardinhas, o palmito, a ervilha e as azeitonas. Tempere com sal epimenta. Quando estiver fervendo, esfarele a farinha de milho emexa energicamente, até que a mistura fique consistente. Molheuma forma refratária e forre o fundo com rodelas de tomate, ovo,pedacinhos de sardinha, ervilhas e as azeitonas. Despeje a massade cuscuz, apertando bem. Deixe esfriar por alguns minutos,depois vire sobre um prato e sirva com salada de alface.

André LeandroVenerucci

Donos de lan houses deMaringá e região trocam an-t igos softwares degerenciamento pelo “TimerCafé” - desenvolvido pelaempresa brasi leira “F.A.DSoftwares” (www.fad-softwares.com.br). O obje-tivo, segundo eles, é melho-rar a administração durante ouso dos computadores, evi-tando prejuízos. Na loja éfeito o cadastro pessoal decada usuário, com nome,endereço e telefone, e é re-gistrado um nickname (umaespécie de apelido). Uma dasvantagens, para as lan houses,é que o sistema só libera ocomputador após o paga-mento, evitando o calote. Adesvantagem é que a tela docliente pode ser vigiada pelosistema e pelo administrador,que pode ver claramente oconteúdo acessado.

Nathanael PereiraCardozo, dono de uma lanhouse, diz que o antigo pro-

Lan houses trocam sistema de controle

grama, o “Antamedia InternetCaffé”, dava muito prejuízo.Para ele, o “Timer Café” émais eficiente no controledos minutos usados pelos cli-entes e dá menos problemascom manutenção. Porém,segundo Cardozo, os clien-tes não estão satisfeitos como novo software. “Algumas

pessoas não gostaram donovo sistema, por não libe-rar o PC em horário aberto.Só são liberados 20 minutos,meia hora ou uma hora. As-sim, os usuários são obriga-dos a pagar um tempo quenão precisarão usar”, explicao dono da lan house.

Outro motivo que leva à

insatisfação dos clientes é fatode o “Timer Café” permitirque a tela do usuário possaser visualizada pelo adminis-trador. Dessa forma ele podever todo o conteúdo que apessoa está acessando inclu-sive informações pessoais quepodem estar em e-mails, re-cados, conta de banco etc. O

Visando diminuir prejuízos causados pelo antigo programa de gerenciamento lan houses, investem em novo software

Ingredientes:

1 cebola grande picada

sal a gosto

1 xícara (chá) de óleo

3 ovos cozidos em rodelas

1 dente de alho grande

esmagado

1 lata pequena de palmito

picado

13 tomates (10 sem pele,

picados e 3 em rodelas)

6 xícaras (chá) de água

fervente

pimenta-do-reino a gosto

azeitonas verdes ou pretas,

sem caroço (reserve um pouco

de azeitona e corte em

pedacinhos)

1 lata de ervilha (reserve

algumas para decorar)

1 maço de cheiro verde picado

400g de farinha de milho

amarela

1 lata de sardinha sem espinha

(reserve um pouco de sardinha

e esfarele-a)

REC E I TA

Cuscuz de panela

estudante Carlos Gouveianão gostou da mudança. Paraele o seu direito de privaci-dade e de liberdade está sen-do violado. “Eu acho isso er-rado, porque às vezes possoconversar algo importante,que diz respeito a mim e nãoa outra pessoa. E como es-tou pagando, tenho o direitoda privacidade e de ter a li-berdade de escolher o siteque quero acessar”, diz o es-tudante.

Para a professora deInformática do Cesumar(Centro Universitário deMaringá), Patrícia Gasieri, oprograma não tira a privacida-de nem a liberdade do usuá-rio. Além disso, segundo ela,inibe as ações de criminososvirtuais. “Acredito que a idéiade poder vigiar o conteúdovisitado pelo usuário é impor-tante para inibir as ações ilíci-tas de todos os tipos, visto quepessoas que vão fazer algo er-rado normalmente procuramas lan houses para ficarem noanonimato.”

Lan houses de Maringá e região investem no “Timer Café”

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ESPORTES

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CIDADANIA

Página 10 1ª quinzena de abril/09

Malu PedarciniMaria Madalena Martins

Alves, 50, é tudo isso e mui-to mais. Nunca conheceu amãe biológica que a entregourecém nascida a uma pessoacom a qual ela viveu até os 5anos. Desse período ela lem-bra das diversas vezes que foideixada em um abrigo em ra-zão da mulher que a criavasumir, só aparecendo depoisde dois ou três dias. E infali-velmente um dia aconteceu.A mulher não foi mais buscá-la e ela foi acolhida no LarBetânia onde cresceu sob oscuidados de Arlene Lima e Aride Lima, a quem carinhosa-mente chama de tia Arlene evô Ari. Ari de Lima foi quemescreveu o Hino à Maringá.

Madalena diz que foi a pri-meira criança a viver no LarBetânia do qualsó guarda boasr e c o r d a ç õ e s .“Tive uma se-nhora infância.Muita gente nãoteve a infânciaque tive. Lá des-cobri o verdadei-ro sentido de fa-mília”. Diz issocom um sorrisocontagiante. Afir-ma que cresceucom valores só-lidos, com disci-plina e isso foipreponderantepara a sua traje-tória. Comenta que teve mui-ta sorte, pois quando estavano Lar Betânia, este fez umaparceria com os EUA para ar-ranjar padrinhos para as cri-anças. Na época ficou deses-perada, porque ouvia dizer

Madalena,um exemplo de vida

MulherMulherMulherMulherMulher, mãe, trabalhadora, cantora, negra. Quem é essa guerreira?, mãe, trabalhadora, cantora, negra. Quem é essa guerreira?, mãe, trabalhadora, cantora, negra. Quem é essa guerreira?, mãe, trabalhadora, cantora, negra. Quem é essa guerreira?, mãe, trabalhadora, cantora, negra. Quem é essa guerreira?

que os americanos não gos-tam de negros, porém con-seguiu a melhor madrinha quealguém poderia desejar.Marsha Curshing, sua madri-nha americana, a chama de fi-lha e ela a chama de mãe.“Mãe não é aquela que pari. Éaquela que cria, que dá amor,carinho e até umas varadas devez em quando”. Tem 2 filhas,de 21 e 16 anos a quem ten-ta passar esses valores eacompanha tudo que aconte-ce com elas. Até hoje aindaolha os trabalhos escolaresdas filhas.

Com 23 anos ela saiu doLar Betânia. Já trabalhava naprefeitura e achou que erahora de buscar sua indepen-dência. Hoje ocupa um cargode chefia no PROCON. Ca-sou, foi mãe e nesse tempo

todo nunca deixou de fazeruma coisa que ama, cantar.Abençoada com uma voz lin-da, essa negra que diz ter or-gulho da sua cor é a cantoraoficial nos eventos da cidade.Interpreta com emoção os

hinos de Maringá, Nacional eda Independência. Participa dedois corais, um da sua igreja eno Bocaloca da prefeitura.Comenta que seu maior pú-blico foi na arena do Par-que de Exposiçõesnos Jogos Abertosdo Paraná. Cantoupara um públicode 20 mil pesso-as e sorri ao dizerque deu seup r i -

meiro autógrafo.Conta que conse-

gue conciliar tudo isso por terum anjo ao seu lado, referin-do-se ao marido.

Sobre a sua condição denegra é categórica. “Pra mimé uma experiência única”.Confessa que sempre foi bemtratada. “Tive oportunidadede estudar, fiz faculdade deLetras na UEM. Ia assistir fu-tebol com o prefeito JoãoPaulino e cantei muitas vezesna casa do doutor Said. “Elesforam ao meu casamento”, dizorgulhosa.

Lembra que foi discrimina-da uma única vez por um ra-paz na portaria de um prédioque não a deixou subir peloelevador social, mas tem ple-na consciência dos preconcei-tos que sua raça ainda sofre.“O preconceito ainda é muitogrande. Ainda hoje existe mui-ta discriminação”. Diz queexistem negros que são maispreconceituosos que os bran-cos, pois não assumem suanegritude, principalmentequando conquistam uma po-sição de destaque.

Antonio SantiagoDia 13 de maio, o Brasil

comemora o dia da liberta-ção dos escravos, ou popu-larmente o dia do negro. Po-rém isso é motivo para co-memoração? Nosso país éo que possui a maior popu-lação negra fora da África.São cerca de 80 milhões depessoas, masestranhamente não estãonas universidades, não ocu-pam postos políticos de altoe baixo escalão, não sãonem empresários nemgrandes proprietários ru-rais. Não figuram sequernas propagandas, não es-tão nos postos de coman-do das Forças Armadas -parecem mesmo não sercoisa alguma, comraríssimas exceções.

Criaram uma heroínabranca, princesa Izabel,deram-lhe o titulo de reden-tora e atribuíram a ela a

Palmaresdita, libertação dos escra-vos. No entanto, foi na fi-gura de Zumbi dosPalmares que os negrosefetivamente conquista-ram a liberdade. Não foicom a esmola de uma prin-cesa branca.

Palmares é de fato osímbolo da liberdade e mu-dança social. Foi onde osnegros tornaram-se senho-res de seus destinos e re-cuperaram a dignidade hu-mana. Mas dentro dessenosso país de preconceitovelado, colocar Zumbicomo um dos nossos he-róis nacionais parece algoimpossível. Infelizmente.

Esse é um dia de refle-xão, que sugere que todosnós, olhemos para o nossointerior e eliminemos todoo restinho de preconceitoque existe dentro de nós, enão assumir isso éhipocrisia....axé!

Madalena vai se aposen-tar daqui a 3 anos e preten-de se dedicar somente ao

canto. Sorte nossa que ga-nharemos uma cantora emtempo integral.

“Mãe não é aquela que pari. Éaquela que cria, que dá amor,carinho e até umas varadas de

vez em quando”.

Malu PedarciniQuem imagina que o vôlei

de praia só faz sucesso em ci-dades praianas está redonda-mente enganado. Prova dissoé o que ocorre em Maringá.Localizada a cerca de 570 kmda praia mais próxima tem umadas melhores quadras de areiado Brasil. Não é a toa que ocomplexo esportivo da VilaOlímpica foi escolhido pelaConfederação Brasileira deVoleibol e pela FederaçãoParanaense para ser o Centrode Excelência de Vôlei de Praia.O espaço também é o maiorcentro de treinamento do suldo país nessa modalidade.

Robson Xavier, professorde educação física pela UEM epós-graduação em treinamen-to esportivo é o coordenadorda Associação de Vôlei de Praiae diz “Há 12 anos estou en-volvido com o voleibol e a VilaOlímpica é um sonho que setornou realidade. Aqui têmatletas diferenciados que rece-berão treinamento e levarão onome de Maringá em compe-tições de alto nível”.

Com uma verba de poucomais de 56 mil para atendermais ou menos 35 atletas devárias partes do país que rece-bem treinamento e alojamen-to na Vila Olímpica, argumen-ta que às vezes o dinheiro nãodá para atender a todas as ne-cessidades. Todos os atletastêm bolsa integral que compre-ende estudo, moradia e ali-mentação. Estes atletas estãodivididos nas categorias sub19,sub21 e adulto, feminino emasculino.

Edith Dias de Carvalho,Secretária de Esportes e Lazerdiz que o projeto é uma coro-ação e a Vila Olímpica repre-senta um marco para a cidade.Segundo ela “a Vila Olímpica éboa para os atletas e para a po-pulação. Nosso vôlei tem sidoum referencial até para as ci-dades que têm praias”, conclui.

Rodrigo de Oliveira, 26, aquem todos chamam carinho-samente de “Digão” é forma-do em educação física pelaUEM, e está treinando as me-ninas do vôlei de praia há 1 ano.Já foi técnico em vôlei de qua-

Sua Excelência,o Vôlei de Praia

dra e também treina o timefeminino de vôlei de quadra doClube Olímpico. Ele conside-ra que as garotas têm muitotalento. “A gente consegue vera melhora das meninas a cadadia. Devagarzinho vamos lapi-dando os talentos” afirma.

Deise Mara Alves Ribeiro,20, veio de Lobato há doisanos. Já participou de campe-onatos paranaense e brasileiroe ficou em 5° lugar em duplano último brasileiro. CursaDireito como bolsista e moracom mais quatro colegas noalojamento da vila. Diz quepretende investir na carreira eque treina duro todo dia.

Haissa Rodrigues Almeida,17, saiu de Campo Grande embusca de um sonho. Participoude uma seletiva, ganhou a vaga

e desde fevereiro está treinan-do. Fã da Shelda, também quercursar Direito e ser promoto-ra, isso sem abandonar o es-porte.

Daniel Zeferino Lazzari,19, também participou de umaseletiva com garotos da regiãoe está treinando desde o co-meço do ano. Diz ter deixadosua cidade, Joinvile, pois pensaem se profissionalizar. Joga há8 anos e seu ídolo é o Ricardo(da dupla Ricardo/Emanuel).

Mora em uma república com5 colegas, cursa administraçãoe gosta da cidade.

Felipe Queiroz do Vale, 17,já participou de vários campe-onatos. Foi campeão em du-pla com Helder ano passado evice nos Jogos da Juventude doParaná. Cursa Educação Físicana UEM e quer seguir carreiracomo jogador ou técnico. La-

Nos dias 25 e 26/04

aconteceu a seletiva para

classificar as duplas para

o Brasileiro e sub21.

Foram classificadas as

seguintes duplas:

Masculino:

1º lugar - William e

Fernando (Maringá)

2º lugar – Daniel e

Jefferson (Maringá)

Feminino:

1º lugar – Letícia e

Natália (Paranavaí)

2º lugar – Nádia e Luana

(Londrina)

Sua Excelência,o Vôlei de Praia

menta ficar fora do próximobrasileiro por estar lesionado,mas garante, “estou me pre-parando para o sub19 em ju-nho no Rio de Janeiro”.

Page 8: Gazeta Maringaense 4

ENTREVISTA

1ª quinzena de abril/09 - Página 9

ENTREVISTA

Página 8 - 1ª quinzena de abril/09

Eu recebo e-mails de desembargador, doJorge Pontual. Durante muito tempo estivesozinho. O pessoal da ACIM não gosta demim. O presidente, o Adilson da B.J. Santosdisse que quantas vezes eu publicar o nomedele, ele me processa. Foi assim tambémcom o ex-presidente, o Ariovaldo. Esse metacou 4 processos. Claro, quem pagou oadvogado dele foi a ACIM, não saiu do bol-so dele, eu tive que morrer com uma por-ção de dinheiro. Graças a Deus como sem-pre procurei fazer as coisas certas, isso nun-ca deu nada. O Ricardo tacou processo emmim. Acho que dos últimos prefeitos só oJairo não me processou (rindo)

JAQUELINE: A Cesumar tem umtrabalho de conclusão de curso onde com-para seu blog com o do Noblat. Como épara você como pessoa essa comparação?

RIGON: É legal, mas não acho que éenquanto pessoa, mas sim pelo fato de tersido o primeiro blog político da cidade. Po-dia ser de qualquer outra pessoa, mas euparticularmente me senti muito lisonjeado,porque eu sou leitor do Noblat desde aprimeira semana que ele botou o blog.

SANTIAGO: Rigon como você se de-fine ideologicamente?

RIGON: Ah, sei lá, centro esquerda.Já fui mais esquerda, eu fui filiado ao PMDBpor muito tempo. Quando entrei ainda eraMDB. Depois fui presidente de uma ONG.

SANTIAGO: Em sua opinião quemfoi o melhor prefeito de Maringá

RIGON: Na minha opinião foi o JoãoPaulino. Ele sempre esteve preocupado como plano diretor de Maringá. No ano que elemorreu ele me ligou e disse “Ângelo, sem-pre defenda a Companhia Melhoramentosporque eles que fizeram a cidade e ela ébonita por causa disso”. Depois dele ne-nhum prefeito se preocupou.

SANTIAGO: Outro dia li no seu bloguma carta de um rapaz que falava sobre ocrescimento de Maringá e você disse quegostaria de ter escrito aquela carta. Vocêrealmente acha que Maringá está bem comoestá? Você teme somente o crescimentodesordenado ou qualquer tipo de cresci-mento?

RIGON: Não morei em muitas ou-tras cidades não. Nas poucas cidades quemorei, eu só vi 3 cidades, Maringá que nãotem para ninguém, Goiânia e Curitiba. Sãocidades que acho legais. Maringá pelo fato deter crescido aqui, a infância, tal, a gente criaaquela coisa né. Maringá se destacou por

quê? Porque foi planejada. A cidade foi plane-jada para 200 mil habitantes, hoje tem quaseo dobro. E sem contar que os governantesestão desrespeitando o planejamento origi-nal. Se imaginar que o prefeito autorizou cons-truir um prédio em frente à prefeitura total-mente irregular.

SANTIAGO: Que prefeito?RIGON: O Sílvio, porque o dono é

promotor. Ele mudou a lei para beneficiar ofilho de um promotor. Em frente à prefeitura.Na ponta de vila se fizer um metro fora dopadrão eles vão lá e castigam, paralisam aobra e multam.

MALU: O que você acha que Maringáprecisa de mais urgente. Quais as priorida-des?

RIGON: Já foi feito estudo noCODEM, há uma preocupação desse órgão,embora não seja considerado lá essas coisasde independência, pois são atrelados ao po-der, atrelados ao prefeito, mas eles têm es-tudo que a cidade vai parar, vai estagnar. Oplanejamento não vai seguir o crescimentohabitacional, vai chegar uma hora que vai tra-var a cidade. Vai chegar uma hora que Maringávai virar uma Londrina. Eu vou lutar pela pre-servação e pela qualidade de vida da minhacidade que é uma coisa que sempre todoprefeito disse, que Maringá tem qualidade devida. Só que agora eles não estão preservan-do mais essa qualidade, primeiro pensam emdinheiro e desenvolvimento econômico.

MALU: Você acha que a política prati-cada em Maringá é excludente?

RIGON: Não tenha dúvida, claro queé, sempre foi. Em Maringá são os filhos defazendeiros que estão mandando.

SANTIAGO: Fora de Maringá o quese comenta que aqui não existem favelas,mas que existem 2 favelas em Maringá:Paiçandu e Sarandi. Você concorda com isso?

RIGON: Isso é verdadeiro e duro quequem contribuiu para isso foi João Paulino,mas ele fez o papel dele. Ele estava numaépoca e numa situação, numa circunstânciaque levou ele a fazer isso. Não foi ele deforma direta. Aí o pobrezinho que moravaem favela já ia para a cidade vizinha, ele acele-rou o processo. O Said pegou o pessoal defavela e colocou aqui no Santa Felicidade. OJoão Paulino não. Passou o tratar em cima eo pessoal foi procurar aonde ir. Mas de qual-quer forma Maringá sempre se orgulhou denão ter favela. Isso é uma coisa legal. Masfazer o que fizeram com a questão do PACaqui é imoral. A pessoa ta lá, ex-favelada,

consegue uma casa, ta lá, tem hospital lá dolado, o Hospital Municipal, tem posto desaúde, tem escola, tem creche, tem tudohoje e porque a cidade foi avançando. Nomomento que eles têm tudo na mão o pre-feito para pegar dinheiro do governo federal,você sabe, dinheiro de empreiteira é bomné. Eles pegaram esse dinheiro e para justifi-car fizeram um projeto a toque de caixa epuseram essa turma para morar na periferia.Lá não tem escola, não tem posto, prejudicaos dois lados, quem já ta lá morando e quemvai chegar. A administração do Silvio talvezseja a mais trágica para a cidade, pois estámatando o que a gente tinha de mais precio-so que era o planejamento. Hoje não temmais. Para começar o Secretário do Planeja-mento nem para em Maringá, ele vai uma ouduas vezes por semana na prefeitura. Pra vocêver a preocupação que eles têm com o pla-nejamento da cidade, o secretário nem vai látrabalhar. É uma vergonha. Ele fez mestradonos 4 primeiros anos do governo do Silvio,ia toda semana para SP. Eles não tão nem aípara a cidade, estão preocupados com osnegócios deles, político, família.

SANTIAGO: O que você atribui eleter ganhado em primeiro turno? Ele deu umbanho.

RIGON: Nessa específica do Silvio umaporção de coisas, são vários fatores. Talvez oprincipal foi não ter encontrado oposição,ninguém bateunele, ninguém foipara a televisãofalar do PAC, fa-lar dosflanelinhas queele botou cole-te, ninguémquestionou o prefeito.

SANTIAGO: E porque você acha queesse papel que deveria ter sido feito peloÊnio Verri, por ser o opositor natural, emtese por ele ser o mais preparado, porqueele não foi para o debate?

RIGON: Na minha opinião, é que oSilvio tem documentos que o PT passou amão em muito dinheiro. São cerca de 2 mi-lhões da Fenatec que ninguém justificou. Atéhoje não encontraram justificativa, ninguémquer falar do assunto no PT. Esse assuntoestá sendo verificado lá em Brasília numa CPIpresidida pelo Álvaro Dias e investigada pelo

ministério público daqui. Essa é a minha tese,que o Silvio assumiu, estou te falando por-que uma das pessoas que fez parte do pro-cesso de transição do Silvio me confirmou.Quando o Silvio ganhou do PT em 2004essa turma pegou todos esses documentose acharam um furo nas contas da Fenatec de900 mil reais. Não tinha comprovação deque esse dinheiro foi usado, aí entregarampra ele. Eram 900 mil com possibilidade dechegar a 2 milhões. E aí o que o Silvio fez?Até hoje ninguém sabe o que ele fez. Eleganhou a eleição sem oposição.

SANTIAGO: Então ele fez chanta-gem?

RIGON: É isso aí, pelo até onde eusei, nenhum documento do pagamento apa-receu e na transição o pessoal analisou es-ses documentos. Depois que o prefeitoassumiu os documentos não existiam mais.Ele usou para negociar com o PT.

MALU: Fale-nos dessa sua preocupa-ção com a ecologia, com os animais. Vocêfaz alguma campanha nesse sentido?

RIGON: Eu montei uma ONG parapreservar a história de Maringá e entre ou-tras coisas ela defende o meio ambiente. Eaí apareceu aquele lance da árvore. Fazia ummês que eu tinha feito a cirurgia do coraçãoaí eu subi na árvore. Subi por causa da netado primeiro prefeito de Maringá eu não iadeixar uma mulher subir na árvore, alguém

tinha que fazer isso.Acho um absurdo,derrubarem, fico hor-rorizado. Depoisque o Silvio assumiuisso aumentou. Cadaárvore cortada custa500 reais aqui em

Maringá, alguém ganha 500 reais em cima decada árvore derrubada na cidade. Eu abri oblog para isso, desde o começo, foto deárvore cortada manda para cá. Essa coisa decortar árvore em Maringá ficou muito claradepois que o Silvio assumiu. Até então nãotinha problemas com ele, o Silvio tinha pas-sado no hospital com a mulher dele. Até abendita árvore que ele quis derrubar quemovimentou a máquina pública em um do-mingo na casa da ex-cunhada dele. E só seio seguinte, depois daquilo minha relaçãocom o prefeito não foi mais a mesma. Eleestava comemorando o aniversário dele, es-

MALU: Você sempre adotou essa li-nha crítica?

RIGON: Sempre. Desde que come-cei a fazer o Mosaico no Diário em 82, sem-pre desse jeito, aliás, eu melhorei, já fuimuito pior (rindo). Já fui muito mais de co-brar, a idade faz essa coisa, já coloquei muitomais polêmica, mais encrenca do que hoje.Meu estilo sempre foi esse.

SANTIAGO: Você gosta de polêmi-ca? Para você é uma coisa que te faz bem?

RIGON: Acho que é uma coisa deformação. Minha formação é essa, eu nãoposso fugir, fazer uma coisa que não sou.Político tem muito disso, político às vezesopta por ser polêmico para aparecer. Ele quer,o cara quer estar na mídia independente deser criticado ou não. Essa é minha formação,não faço porque eu gosto de aparecer, eunão gosto de aparecer, não tenho esse perfilde aparecer.

JAQUELINE: Você fala de formaçãofamiliar ou é questão de personalidade mes-mo?

RIGON: De tudo, questão de carátermesmo. De formação familiar, de leitura né.Acho que toda minha formação como pes-soa, principalmente na adolescência teve in-fluência de coisas de esquerda, de imprensaindependente.

SANTIAGO: Você é de um períododa ditadura militar né, você começou emum período em que tinha muita censura,então a pessoa era obrigada a criar.

RIGON: Eu particularmente editava umjornal, na época não tinha muita influência.Mas tinha um rapaz o Eduardo Silva, dono daWord Importados uma época ele foi fazerteste no Diário, ele fazia redação e metia aboca nos militares, foi no final da ditadura, eaquilo lá deu problemas para o jornal. Nãoera uma coisa direta, não me atingia. Masvocê via que era uma coisa assim, você nãopodia se reunir, juntar uma turminha.

SANTIAGO: Você acha que esse su-cesso do seu blog, essa questão da suairreverência, você deve a você mesmo, aoseu estilo ou a falta de oposição na cidade,essa ausência de quem tem a coragem defalar as coisas?

RIGON: Não tenha dúvida que, eumuitas vezes embora não considere que eufaça jornalismo na essência da palavra, poisvocê tem que ouvir os dois lados, apesar defazer um jornalismo essencialmente opinati-vo, eu faço muitas vezes um papel que osjornais, que os meios de comunicação tradi-cionais não fazem e tem um monte de exem-plos, um político bom da cidade é condena-do e ninguém dá uma linha, ninguém noticia,ninguém comenta. Eu faço isso, não tou nemaí. Eu publico. Acho que isso ajuda, mas temmuita coisa, é muita bondade. Valorizam de-mais eu acho que valorizam demais. Eu façoo feijão com arroz nessa área que faço. Vocêtem hoje o Messias que faz um tipo de jor-nalismo parecido, opinativo. Você tem oRonaldo Nezo, cada um no seu quadrado.

Eu tenho a impressão que eu sou o quetem mais espaço para trabalhar. Eu não te-nho muito vínculo né, já tive vínculo partidá-rio hoje não tenho, eu fico mais a vontadepara fazer as coisas. Eu sou o cara que ficacaçando encrenca, fica caçando coisa parafazer, eu me acostumei a ler o Diário Oficial,o Diário da Justiça, eu faço isso todos osdias. Tem muita coisa que dou na frente dosoutros, tem notícia que já dei com um anode antecedência. Muitas informações, polí-tico ou outras autoridades nem estão sa-bendo, ficam sabendo por que ligo para con-firmar a noticia. Isso é uma coisa que a im-prensa tradicional de Maringá deixou de fazera muito tempo você entendeu. O pessoalda redação nos últimos tempos não faz isso.Há um tempo atrás tinha o pessoal, porexemplo, no Diário se reuniam, tinha umpauteiro, ele pas-sava as pautas e ti-nha que seguir aspautas. Hoje não,acabaram com aspautas, cada um vailá e apresenta.Hoje no meu blogtem a pauta do Diário. Franklin diz que eusou o funcionário que dá menos despesa.“Eu não preciso te pagar o salário, você é omeu pauteiro”. Isso é o Franklin que diz.Tem muita coisa que vou atrás, mas nãotenho tempo para apurar todas as informa-ções que recebo.

SANTIAGO: Isso que ia te perguntaragora. Você tem muitas fontes, costumachecar suas fontes?

RIGON: Normalmente sim. Eu soumuito ansioso eu tenho na cabeça que aúnica obrigação que tenho é dar a noticia emprimeira mão. Fora isso não tenho obriga-

ção de nada. Então nessa coisa, nessa ansie-dade de dar a noticia em primeira mão soumeio afoito e dou uma com errinho.

MALU: Você já teve que se retratarpor alguma notícia que tenha dado?

RIGON: Faço isso com o maior pra-zer. Tenho feito, mas não de retratar na es-sência da palavra. É que às vezes o cara mor-reu com 10 tiros na mão, foi nove, esse tipode coisa. Por que? Mas não é porque inven-tei nada.

SANTIAGO: É, eu vi no seu blog.Você noticiou que estavam fazendo uns cor-tes radicais de árvores no Jardim Alvoradana Copel. Eu li e em seguida você deve selembrar, você disse que sua fonte se equivo-cou.

RIGON: O cara, funcionário de lá, es-tava lá dentro, então ligou desesperado. Não

era nada daquiloque ele falou, issoacontece. Essa se-mana, por exem-plo, eu me irritei.O caso do Oséiase do Leão Jr. OLeão Jr. falou para

umas 3 pessoas que ia fazer o troca troca,mas não era verdade, ele inventou, aí tenhomuitas fontes não da para contar. Eu tenhona minha cabeça que posso brigar com todomundo, mas não posso brigar com todomundo ao mesmo tempo. Eu não aguento,eu não tenho estrutura (Santiago ri)

MALU: Essa sua briga com os Barrosé só pelas atividades deles na política ouvocê é desafeto pessoal de algum deles?

RIGON: Não me considero desafetopessoal da família e principalmente do se-nhor prefeito. O próprio Ricardo andou fa-lando outro dia que é porque ele não aten-

deu um negócio que eu pedi. Não é verda-de, eu nunca pedi nada para ele. Isso é resul-tado dessa letargia da imprensa de Maringá.Dizem: você persegue o Ricardo. O Ricardofoi condenado em segundo grau por impuni-dade e a imprensa de Maringá não deu umalinha, ninguém noticiou. E aí eu dou a notíciaporque eles não dão. Se não dou a notícianinguém lê.

SANTIAGO: E a atual Câmara deVereadores, é a pior legislatura que Maringájá teve?

RIGON: Ainda é cedo para fazer umaavaliação, mas a julgar pelo começo comcerteza será. Nunca nenhuma legislatura teveum começo tão desastroso, tão ruim.

MALU: Você acha que a imprensa deMaringá é comprometida com o prefeito?

RIGON: Se eles cumprissem o papeldeles eu não precisava ficar falando doRicardo. E eu dou um exemplo. O Ricardofoi condenado em segunda instância ano pas-sado, uma condenação violenta em outubrodo ano passado, depois das eleições, é umcaso que só perde em motivo de valor pelode Jairo Gianotto e o Diário não deu umalinha sobre o assunto até hoje.

MALU: Você acha que tem uma cen-sura interna no jornalismo aqui de Maringá?

RIGON: Censura econômica que hojeé maior que a outra. É campanha da Setran,é campanha de trânsito, é campanha da festada canção que nunca havia sido paga aosveículos e agora está sendo na administraçãodo Silvio. Mas não precisa vender a alma né?

Isso é ruim por ter uma família tomandoconta da política da cidade, um é prefeito eoutro deputado federal, e outro que é de-putado estadual. Isso é um prejuízo políticopara a cidade. Não se cria liderança nova,tudo tem que se pedir licença para o cara. Aí

qualquer um que vai contra né? Acho issonormal, não ligo para esse tipo de coisa, euacho que faço o meu papel.

SANTIAGO: Por exemplo, uma curi-osidade que eu tenho e acho que Maringáinteira tem. Quem é o Akino Maringá?

RIGON: O Akino é um camarada, umsenhor respeitável, aposentado, que usa umpseudônimo e como ele tem muito conta-to.

SANTIAGO: Ele é do meio político?RIGON: Não, ele é mais do meio

jurídico do que político.SANTIAGO: Ele tem uma história aqui

em Maringá?RIGON: Ele tem uma história em

Maringá, não tão antiga. Ele tem parentesaqui, ele é um cara legal, tem a cabeça nolugar.

SANTIAGO: Aliás, às vezes vocês seconfundem?

RIGON: Não, ele é equilibrado, ele éracional. Eu sou mais emocional, ele não ficanervoso igual eu fico.

MALU: Você já sofreu algum tipo deviolência em função dos seus comentáriosno blog?

RIGON: Já fui ameaçado várias vezes.Algum tempo atrás o neto de AntenorSanches me ameaçou publicamente, mas opior não foi isso, o pior foi ele me envene-nar com o avô dele. Eu me dava bem como avô dele. Ano passado um cara me pertur-bou ligando de um orelhão, mas é muitobaixo para eu me preocupar. Ano passadoantes da eleição trouxeram um cara deCuritiba que montou um blog para falar malde mim. Olha a importância que os Barrosme deram, pagaram 5700 reais para o carafalar mal de mim e acabaram tudo no final daeleição.

MALU: Quando começou com seublog esperava ter toda essa repercussão?

RIGON: De jeito maneira. Como játe falei o blog não era nem para isso, não erapara ser um blog de notícia. Era muito pes-soal, um diário na verdade. O blog me aju-dou a sair da depressão, foi uma terapia. Aívocê começa a se envolver e as encrencasfazem parte e eu não me vejo escrevendoem um jornal ou qualquer outra coisa e nin-guém falar nada. Isso é muito chato. Eu merecordo até hoje. Em 77 eu estava no Diárioescrevendo sobre esporte amador. Publiqueiuma briga que teve num jogo de futebol desalão em Mandaguari e um cara ligou meameaçando. Gostei daquilo (rindo).

Ângelo Rigon: O blogueiro mais polêmico de Maringá e regiãotava numa reuniãozinha e mandou a ordempor telefone, tem que derrubar a árvore, der-ruba com ele em cima. Tudo por causa deuma bobagem, ele não queria que eu apare-cesse, derrubar uma árvore com mais de 100anos por causa de uma bobagem. Aquilo medecepcionou muito em relação ao Silvio. Delá pra cá ele nunca mais me ligou, a gentenunca mais se falou. Até então naquele ano2007 a gente estava bem. Nas reuniões como secretariado ele falava que preferia o Ânge-lo apontando os erros que o secretariadopuxando o saco. Ele falava isso em reunião.

JAQUELINE: Qual a sua opinião so-bre a derrubada da rodoviária velha?

RIGON: Eu sou contra. Aqui emMaringá o fato de achar que o Dom Barros écomo se fosse Cristo, ele não é enviado deDeus. O Silvio principalmente que é maisreligioso, ele confunde as coisas, ele sim-plesmente não houve o outro lado. Em 2007ele disse para mim que ia derrubar a rodovi-ária porque ia cair, foi a justificativa que eledeu para mim. Cara, estamos em 2009 e nãocaiu, então isso não é o motivo, o motivo éa especulação imobiliária. Alguém vai levardinheiro na parada, te juro que não sou eunem você. É que Maringá é uma cidade nova,mas se não preservar agora vai preservar quan-do? É que o Silvio não passou a adolescênciaaqui em Maringá, ele saiu daqui chateado coma população, ele não compartilhou das mes-mas coisas que eu compartilhei porque eucresci aqui. O mínimo que ele tinha que fazerera ter a cabeça no lugar e ouvir a população,ouvir os dois lados. Os caras acham que arodoviária é um prédio público, não é umprédio publico, a prefeitura tem uma partedaquilo lá, mas o prédio não pertence à pre-feitura, ao prefeito. Lá é a lei de condomínio,lá algum tempo atrás a empresa de ônibuscomprou e cotizou, então pertence a ummonte de gente. E pela lei de condomínio senão tiver um xis por cento de pessoas con-cordando você não faz. Por isso que ele ale-gou que ia cair, para justificar. E se você pegaro laudo do engenheiro que ele contratou olaudo tem uma folha e meia, foi um troçofeito assim sem precisão nenhuma, um tro-ço político.

SANTIAGO: Qual sua opinião sobrea obrigatoriedade ou não do diploma parajornalista?

RIGON: Eu entrei com 14 anos, mi-nha adolescência inteira foi dentro de umaredação. então não posso achar que umapessoa tenha que ter diploma para trabalhar.Se bem que hoje é difícil alguém ter a mesmaoportunidade que tive, hoje nenhum jornalfaz isso, mas quem é bom não nasce com odiploma, pois o diploma não vem junto como cérebro.

SANTIAGO: Se você fosse convida-do para assumir um cargo público, assessorde imprensa, você aceitaria?

RIGON: Dá ate vergonha falar, eu fui oprimeiro assessor do John quando ele assu-miu, mas fiquei menos de um ano.

Ele é jornalista, maringaense da gema e apaixonado por nossa cidade. É sem dúvida, o mais polêmico blogueiro da cidade. Começou cedo nojornalismo, com apenas 14 anos estreou no jornal Paraná Esportivo de Apucarana. Em 1977 foi contratado pelo Diário onde trabalhou por 10 anos.Já fez de tudo em jornal, repórter esportivo, editor de cultura, chefe de redação. Ateu convicto até os 34 anos, quando um acidente automobilísticoquase lhe tira a vida. Isso fez com que ele mudasse radicalmente e hoje se diz uma pessoa temente a Deus e seguidor dos seus mandamentos.

Por conta de uma desilusão amorosa criou um blog. A intenção era extravasar sua tristeza e decepção e fugir da depressão. Não tinha idéia dadimensão que iria tomar tudo aquilo. O que era pra ser um diário pessoal virou o maior blog de noticias de Maringá e um dos maiores do Paraná, aponto de receber 64 mil visitas em um único dia, no pico. Atua de forma opinativa, diz que sempre gostou de gerar polêmica e por não ter vínculo

com ninguém é livre para opinar como desejar. É um cinéfilo incurável e adora boa música, possui uma discoteca invejável em vinil, é ecologista porconvicção e se diz antisocial. Essa figura pra lá de simpática, nos recebeu em sua residência para trocarmos algumas figurinhas. Com vocês Ângelo

Rigon, o Polêmico.

Já fui mais esquerda,

eu fui f i l iado ao PMDB por

muito tempo. Quando

entrei ainda era MDB.

Já fui ameaçado várias

vezes. Algum tempo atrás o

neto de Antenor Sanches

me ameaçou publicamente.