Gazeta Rural nº 231

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Prove Dão e Douro www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 231 31 de Agosto de 2014 | Preço 2,00 Euros Especial Feira do Vinho Dão

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A Feira do Vinho do Dão, em Nelas, e a Vindouro – Festa Pombalina estão em destaque na edição de 31 de Agosto da Gazeta Rural, onde merecem, também, especial referencia a Festa das Vindimas, em Viseu, a FICTON, em Tondela, e Agroblobal – Feira das Grandes Culturas, em Valada do Ribatejo, entre outros temas que marcaram a actualidade rural. Este edição inclui um suplemento da Feira do Vinho do Dão, onde se dão a conhecer a grande maioria dos produtores que vão estar presentes em Nelas, assim como opiniões sobre o vinho do Dão, vindas do outro lado do Atlântico. Boa leitura

Transcript of Gazeta Rural nº 231

Prove Dão e Douro

w w w . g a z e t a r u r a l . c o m Director: José Luís Araújo | N.º 23131 de Agosto de 2014 | Preço 2,00 Euros

Espe

cial

Feir

a do

Vin

ho D

ão

Sum

ário 04 S. João da Pesqueira recebe a XII Vindouro 2014 -

Festa Pombalina

06 Festa das Vindimas vai ‘animar’ o concelho de Viseu

07 Feira das Grandes Culturas regressa a Valada do Ribatejo

08 FICTON’14 apresenta cartaz musical de luxo

09 Região do Tejo bate recorde de mais de 180 meda-lhas em 2014

12 TerraFlor vai desdobrar se em três edições por ano

13 “Grandes cadeias de distribuição de ‘esmifrarem’ os pequenos produtores”

14 Produção de mel certificado da Serra da Lousã pode chegar este ano às 30 toneladas

15 Abelhas possuem grande diversidade genética e adaptaram-se a alterações

16 Chuvas de Julho ameaçam produção de cereais e maçãs

17 Opinião: Uma década a informar sobre a agricultura portuguesa

18 Mónica Sintra é figura de cartaz da Feira das Tradi-ções e Sabores

'14

REVISTA OFICIAL CO-FINANCIAMENTOPRODUÇÃO

Em vésperas de vindima, três dias intensos de descoberta, partilha de conhecimentos e experiências.

CONVERSAS SOBRE VINHO | MERCADO POMBALINO | EXPOSIÇÕES | LEILÃO DE VINHOS JANTAR POMBALINO | MÚSICA AO VIVO | PROVA LIVRE COM PRODUTORES DO DOURO

Celebre o Douro, a paisagem, a história e a influência decisiva do Marquês de Pombal no desenvolvimento de uma região com vinhos únicos no Mundo!

www.vindouro.com

12:00 / Missa das vindimasLOCAL: JARDIM DA DEVESA

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

15:00 - 15:30 / Conversas sobre o vinho: como harmonizar vinhos do PortoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:30 / Desfile PombalinoLOCAL: AVENIDA MARQUÊS DE SOVERAL, RUA DA FIGUEIRA E PRAÇA DA REPÚBLICA

18:30 / Leilão de vinhos GenerososLOCAL: PRAÇA DA REPÚBLICA

5 SETEMBRO sexta feira

17:30 / Inauguração oficial da 12ª edição da Vindouro – Festa PombalinaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

17:30 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

18:30 / “Marketing de vendas no setor dos vinhos: ferramentas essenciais”LOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

20:00 / Jantar Pombalino (Chefe Rui Paula / DOC)LOCAL: JARDIM DO CABO

22:00 / Concerto Cuca Roseta (fadista)LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

00:00 / After hours: Dj SuLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

6 SETEMBRO sabado

10:00 - 12:00 / “Vinho: o mercado interno e o mercado canadiano” Workshop para profissionais do setorLOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:00 - 16:30 / Conversas sobre o vinho: vinhos do Douro para o dia a diaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

22:00 / Concerto: “Sons Ibéricos”, José Cid e Zé Perdigão ao vivoLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

00:00 / After Hours: Dj Cherry ChickLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

10:00 - 12:00 / “Vinho: o mercado interno e o mercado canadiano” Workshop para profissionais do setorLOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:00 - 16:30 / Conversas sobre o vinho: vinhos do Douro para o dia a diaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

22:00 / Concerto: “Sons Ibéricos”, José Cid e Zé Perdigão ao vivoLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

00:00 / After Hours: Dj Cherry ChickLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

7 SETEMBRO domingo

Especial

Feira do V

inho Dão

2014

'14

ORGANIZAÇÃO REVISTA OFICIAL CO-FINANCIAMENTOPRODUÇÃO

Em vésperas de vindima, três dias intensos de descoberta, partilha de conhecimentos e experiências.

CONVERSAS SOBRE VINHO | MERCADO POMBALINO | EXPOSIÇÕES | LEILÃO DE VINHOS JANTAR POMBALINO | MÚSICA AO VIVO | PROVA LIVRE COM PRODUTORES DO DOURO

Celebre o Douro, a paisagem, a história e a influência decisiva do Marquês de Pombal no desenvolvimento de uma região com vinhos únicos no Mundo!

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12:00 / Missa das vindimasLOCAL: JARDIM DA DEVESA

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

15:00 - 15:30 / Conversas sobre o vinho: como harmonizar vinhos do PortoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:30 / Desfile PombalinoLOCAL: AVENIDA MARQUÊS DE SOVERAL, RUA DA FIGUEIRA E PRAÇA DA REPÚBLICA

18:30 / Leilão de vinhos GenerososLOCAL: PRAÇA DA REPÚBLICA

5 SETEMBRO sexta feira

17:30 / Inauguração oficial da 12ª edição da Vindouro – Festa PombalinaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

17:30 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

18:30 / “Marketing de vendas no setor dos vinhos: ferramentas essenciais”LOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

20:00 / Jantar Pombalino (Chefe Rui Paula / DOC)LOCAL: JARDIM DO CABO

22:00 / Concerto Cuca Roseta (fadista)LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

00:00 / After hours: Dj SuLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

6 SETEMBRO sabado

10:00 - 12:00 / “Vinho: o mercado interno e o mercado canadiano” Workshop para profissionais do setorLOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:00 - 16:30 / Conversas sobre o vinho: vinhos do Douro para o dia a diaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

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10:00 - 12:00 / “Vinho: o mercado interno e o mercado canadiano” Workshop para profissionais do setorLOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:00 - 16:30 / Conversas sobre o vinho: vinhos do Douro para o dia a diaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

22:00 / Concerto: “Sons Ibéricos”, José Cid e Zé Perdigão ao vivoLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

00:00 / After Hours: Dj Cherry ChickLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

7 SETEMBRO domingo

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De 5 a 7 de Setembro São João da Pesqueira vai receber a XII edição da VIN-DOURO – Festa Pombalina, que junta o melhor da região, como o vinho do Douro e o azeite, com o regresso ao tempo do Marques de Pombal.

Com um programa vasto e abrangente, a Vindouro inclui prova livre de vinhos com produtores DOC Douro e Porto, workshops dirigidos ao público e a profissionais do sector, a que se junta o tradicional desfile da época, que recuperará a atmosfera do século XVIII pelas ruas do centro histórico da Vila, o jantar pombalino, confeccionado por Rui Paula, reputado chef de cozinha, e o já habitual leilão de vinhos generosos do Douro.

No cartaz de espectáculos musicais, a fadista Cuca Roseta, no dia 5, e José Cid e Zé Perdigão, dia 6, são nomes de primeira grandeza do panorama nacional.

A Vindouro – Festa Pombalina é uma organização do Município de S. João da Pesqueira, com produção da EV – Essên-cia do Vinho.

De 5 a 7 de Setembro

S. João da Pesqueira recebe a XII Vindouro 2014 - Festa Pombalina

“A Vindouro será um sucesso se os produtores conseguirem di-vulgar o que melhor produzem”

Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de S. João da Pes-queira mostra-se confiante num grande evento. José António Fontão Tulha diz que a Vindouro será um sucesso “se os produ-tores conseguirem divulgar o que melhor produzem”

Gazeta Rural (GR): Depois de, durante dois anos, antecipar a feira para finais de Agosto, este ano vol-taram à fórmula anterior. A que se deveu essa mudança?

José António Fontão Tulha (JAFT): A data da Vindouro é um bocado incomo-da para assumirmos uma data fixa, porque temos a realização das festas religiosas da Pesqueira que, há muitos anos, são sem-pre no último domingo de Agosto, que este ano foi no dia 31, pelo que não era aconse-lhável juntar os dois eventos. Aliás, a expe-riência que a Câmara teve ao promover as

duas festas em conjunto revelou-se má, pelo que optámos por não as fazer nova-mente coincidir.

Para a fazermos mais cedo, entende-mos que não era o tempo adequado para as vindimas, uma vez que a Vindouro está vocacionada para o vinho. Portanto, apro-veitando o atraso das vindimas e optamos por realizar a Vindouro no primeiro fim--de-semana de Setembro.

GR: Em termos de expositores não tem havido grandes alterações. Que perspectiva tem para a feira?

JAFT: A Vindouro do ano passado foi bem conseguida e, como sempre, tenta-mos melhorar. Penso que não será muito fácil, mas também depende do envolvi-mento que os próprios produtores quei-ram ter, porque o nosso sucesso será o deles. Achamos que a Vindouro será um sucesso se os produtores conseguirem di-vulgar o que melhor produzem.

Estamos numa região onde a maior parte dos produtores de vinhos também têm azeite. Deste modo, aproveitamos e começamos a ajudar a divulgar o azeite de cada produtor. O ano passado foi muito bom, aproveitando também a presença da RTP com a divulgação do evento. Tenho tido um feedback muito positivo de alguns agricultores que já estão a fazer negócios na Ásia, nomeadamente na China, via Ma-cau. Portanto, achamos que este ano é para continuar. Nós fazemos a nossa par-te e os produtores também estão a fazer a deles. A adesão à Vindouro tem sido boa.

GR: Tem havido a preocupação da Câmara em trazer importadores, nomeadamente da Ásia, ao conce-lho. Que importância atribui a essas visitas?

JAFT: Não só na época da Vindouro, mas noutras alturas do ano temos tido a preocupação de trazer, quando mais ve-zes melhor, importadores asiáticos. Esse trabalho não se faz num dia, nem num ano, nem em dois. O intercâmbio que tem exis-tido entre a Câmara da Pesqueira e a Ásia, através de Macau, tem sido sempre de cá e de lá.

Há cerca de meio ano tivemos cá um grupo de cerca de 40 empresários chine-ses, numa acção informal, de perguntas e de respostas, que decorreu no Salão No-bre da Câmara, onde se percebeu que o mercado asiático não é só aquele de mas-

5www.gazetarural.com

sas, em que é preciso ter grandes volumes para se iniciar o negócio com a China. Eles têm nichos de mercado e também sabem procurar o que é bom e distinguir a quali-dade.

Sabendo que isso existe, queremos apostar neste tipo de mercado, reconhe-cendo que os nossos produtores têm qua-lidade e direccioná-los para esses nichos de mercado, porque nem todos os agricul-tores são grandes produtores de vinho e cada um, à sua dimensão, possa fazer os seus negócios.

GR: Esse tipo de iniciativas pode--se virar-se para outras latitudes?

JAFT: Claro que sim. No entanto, não podemos querer fazer tudo de uma vez. Devemos consolidar uma área, onde nos queremos envolver e só depois de estar consolidado devemos começar outra. Esta é a minha opinião e aceito quem pos-sa não concordar comigo. Penso que de-vemos consolidar bem uma posição e só depois avançar com outra.

De qualquer forma, e através da Es-sência do Vinho, que este ano também faz parceria connosco, o ano passado con-seguimos trazer importadores brasileiros, que voltarão este ano, e está tudo bem encaminhado para termos cá de outros países, nomeadamente Canadá.

GR: Como está o sector no conce-lho?

JAFT: Temos várias situações. Há as grandes empresas exportadoras que estão bem cimentadas no sector. Depois, temos os produtores/engarrafadores em que cada um vai tentando fazer o seu melhor e, claro, haverá alguns que conseguem ter uma maior dinâmica do que outros. Por fim temos os mais desfavorecidos, que esta-mos a tentar ajudar, que são os pequenos agricultores que trabalham a terra, que trabalham a vinha e vendem as uvas.

GR: A Vindouro pode vir se a transformar-se num certame mais amplo, em torno dos produtos do concelho, como o azeite?

JAFT: Já é. Quando se fala na Vindouro,

achamos que era redutor falar só no vinho do Douro. Há algum tempo estamos a traba-lhar a parte pombalina, chamando ao sector, e ao concelho, outras vertentes, como seja o turismo, fazendo perceber que o Marques de Pombal foi das pessoas mais importantes para a região do Douro. As pessoas vêm cá não só para provar os nossos vinhos, mas também para conhecer o território. Acho que estamos no bom caminho.

GR: Essa aposta tem dado resul-tados?

JAFT: Tem. O ano passado foi bastan-te bom, com um feedback acima da média. Este ano vamos tentar manter essa apos-ta, embora não tenhamos transmissões televisivas, porque tivemos no S. João. Po-rém, devido ao trabalho que temos feito, e que vamos continuar a fazer, as pessoas já

ligam e perguntam-nos quando é a Festa Pombalina.

GR: Tem sentido na região que há gente a voltar a terra?

JAFT: Penso que não. No concelho, desde sempre houve o pequeno produ-tor que normalmente vai cultivando a sua horta e esse continua a fazê-lo. Agora, o retorno propriamente dito, de pessoas que acham que a agricultura está na moda, não se tem verificado. As pessoas que cá estão mantêm a tradição, mas o retorno não. Tem-se apostado no investimento, aproveitando os fundos comunitários para fazer a reconversão das vinhas. Aí, sim, tem havido uma forte aposta de pessoas que têm vindo para o território.

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Numa iniciativa da Câmara de Tondela, vai decorrer de 12 a 16 de Setembro a edição 2014 da FICTON - Feira Industrial e Co-mercial do Concelho de Tondela, evento que se tornou já numa referência regional, registando níveis de dinamismo elevados, com a inerente projecção, que atrai a esta cidade do Vale de Besteiros inúmeros visitantes.

Este ano a FICTON tem programa musical de luxo, com no-mes sonantes do panorama musical. Logo a abrir com Herman José, a que juntam, nos dias seguintes, Richie Campbel, Ana Mou-ra, Ala dos Namorados, Mastiksoul, fechando, a 16 de Setembro, com Roberto Leal.

“Este evento representa também a vitalidade, a capacidade empreendedora e a força liderante desta nossa região”, referiu o presidente da Câmara de Tondela na apresentação do certame. É que, diz José António Jesus, “temos a convicção que um inves-timento desta natureza também projectará o concelho de Ton-dela no contexto regional e nacional, promovendo esta região nas suas múltiplas facetas e ofertas turísticas, gastronómicas, patrimoniais, ambientais e culturais, reforçando a liderança re-gional”. Para o autarca, Tondela é “um concelho dinâmico e com projecção, sendo estas realizações marcas que nos distinguem e afirmam as nossas gentes”, frisou José António Jesus.

Por sua vez Pedro Adão, vereador responsável pelo certame, salientou que “o grande objectivo está na presença industrial, no comércio, nos serviços, na cultura, no nosso território associativo e no artesanato” e “num conjunto de eventos associados, como

De 12 a 16 de Setembro, em Tondela

FICTON’14 apresenta cartaz musical de luxoseja o espaço da Festa das Freguesias”.

A FICTON marca também um espaço na gastronomia do concelho, com nove associações e instituições locais, ligadas às diferentes freguesias, que mostrarão o melhor que Tondela tem para oferecer nesta área aos visitantes.

No total, marcarão presença na FICTON cerca de duas cen-tenas de stands, representando diferentes áreas de expositores, dentro do pavilhão desportivo municipal e nas áreas envolven-tes”. Entre estes, haverá um espaço destinado aos produtos en-dógenos e de qualidade do concelho, que contará com sessões de show cooking, e que terá dezena e meia de expositores ou produtores.

O certame ultrapassou as expectativas da organização em termos da adesão de expositores. “O número de inscrições ex-cedeu as expectativas”, pelo que “muitas empresas não foram contempladas”, referiu Pedro Adão, para quem este “é um sinal de que o concelho tem uma importância muito grande e que a FICTON é um cartaz para exporem os seus produtos”.

Integrado no programa da FICTON, destaque para o desfile “Moda Tondela 2014”, “um desafio que o município fez aos co-merciantes locais das áreas do vestuário, calçado e estética”, como referiu Pedro Adão, assim como a Semana Gastronómica do Frango, nos restaurantes aderentes, assim como o Caramulo Motorfestival.

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Nos dias 10, 11 e 12 de Setembro

Feira das Grandes Culturas regressa a Valada do Ribatejo

Nos cerca de 170 há da herdade do Mouchão da Fonte Boa, em Valada do Ribatejo, está tudo pronto para receber nos dias 10, 11 e 12 de Setembro a AGROGLOBAL – Feira das Grandes Cul-turas, considerada uma das maiores feiras agrícolas do País.

Neste certame as principais empresas que operam no ne-gócio agrícola em Portugal vão mostrar, em condições reais, as modernas soluções de mecanização e toda a gama de produtos e serviços disponíveis para esta actividade económica. Do pro-grama do evento constam também a organização de colóquios, que pretendem cruzar perspectivas diferentes sobre a agricul-tura do País.

À semelhança das edições anteriores, são esperadas mais de 200 empresas e 15000 visitantes.

Numa parceria entre a Escola Superior Agrária de Elvas, New Holland, Tomix e COTHN irão ser realizadas algumas demonstra-ções de soluções de Agricultura de Precisão.

Pedro Torres, administrador da Valinveste, empresa promo-tora do evento, referiu o “salto em dimensão” do certame, por via do crescente interesse que o sector agrícola tem vindo a ge-rar. “Este ano a feira vai dar um salto importante em dimensão, desde logo em termos de expositores, com o reforço da posição dos principais agentes do negócio agrícola em Portugal, mas também com a aproximação de muitas outras empresas que começam a olhar para o sector agrícola como estratégico e im-portante, como a EDP e a Galp, que têm estado presentes mas de forma simbólica, assim como os bancos e companhias de se-guros que vêm na agricultura um negócio a crescer”, sublinhou

Pedro Torres.Para o administrador da empresa promotora do evento,

“perante a adesão das organizações, a feira, do ponto de vista estrutural, teve que dar uma resposta, desde logo com mais um dia, mas também com maiores áreas de trabalho, para ter mais dinâmica e interactividade, mais culturas e novidades, quer ao nível do campo, quer ao nível do recinto da Feira”.

“As entidades ligadas ao sector têm gostado do modelo”, refere Pedro Torres, acreditando por isso que este certame “veio para ficar”, pois “é uma feira realizada no campo, 100% profis-sional, que decorre durante a semana, de uma forma interactiva, que permite, por exemplo, ao nível das máquinas que as pessoas as possam experimentar. Este modelo, que existe em muitas par-tes do mundo e de que fomos pioneiros, não poderá voltar para trás”, sustenta o administrador da Valinveste.

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O concelho de Viseu vai ser animado pela primeira Festa das Vindimas, que promete, de 18 a 21 de Setembro, um programa para todas as idades, descentralizado e capaz de atrair quer os turistas, quer os residentes.

Durante o fim-de-semana, a “festa das vindimas” desa-fia visitantes, turistas e amantes dos vinhos a uma experiência marcante em torno do Dão e da sua cidade e capital. As quintas de Lemos, de Reis, Vinha Paz, da Turquide, Pedra Cancela e Vale das Escadinhas abrem as suas portas, algumas pela primeira vez, para as vindimas. Descobrir vinhedos, adegas e pomares, desa-fiar ao granjeio das uvas e à pisa tradicional, degustar néctares e sabores, e revelar histórias e segredos farão a experiência dos visitantes, sábado, 20 de Setembro, em períodos da manhã e da tarde, para grupos até 15 pessoas.

“Viseu é a cidade vinhateira do Dão e tem um papel funda-mental a cumprir na estratégia de atractividade ecoturística da região. As vindimas do Dão não nos podem passar ao lado ou ser indiferentes”, defendeu hoje o presidente da autarquia, Almeida Henriques, durante a cerimónia de apresentação da iniciativa.

Na opinião do autarca social-democrata, “todas as regiões vinhateiras precisam de uma cidade que lhes dê centralida-de, património, animação e serviços turísticos” e “Viseu é essa cidade para o Dão”. Almeida Henriques considerou que este é o momento certo para arrancar com a Festa das Vindimas no concelho, porque “os destinos vinhateiros estão na moda, o Dão qualificou os seus vinhos para patamares de reconhecimento nacional e internacional e Viseu está mais atractiva do que nun-ca”.

Mais de 20 parceiros institucionais, patrocinadores, progra-madores, quintas e adegas prepararam um programa que tem momentos especialmente pensados para os visitantes, como as

De 18 a 21 de Setembro

Festa das Vindimas vai ‘animar’o concelho de Viseu

vindimas nas quintas e a semana gastronómica.No dia 20, seis quintas vão estar de portas abertas para

quem quiser participar nas vindimas (até um limite máximo de 200 pessoas). De 18 a 21, cerca de 20 restaurantes de Viseu vão ter um menu especial com pratos tradicionais harmoniza-dos com vinho do Dão. “Mas há eventos pensados para todos, como a animação que está programada para o centro histórico e as diferentes provas da meia maratona”, acrescentou Almeida Henriques.

A partir das 22 horas de dia 20, Luísa Sobral e a sua banda dão um concerto no adro da igreja da Misericórdia e, de seguida, os mais jovens são desafiados para a Dão Party Irreverente, uma festa nos claustros do Museu Grão Vasco que se prolongará pela madrugada. “Os vinhos do Dão podem fazer parte da animação da noite e de hábitos de consumo mais racionais. O vinho é, aliás, uma bebida que favorece um consumo moderado”, defendeu.

Almeida Henriques garantiu que o município “está apostado em construir redes de parceria, de cooperação e de cumplicida-de com os atores locais, regionais e nacionais”. Por entender que “o vinho tem um enorme potencial por explorar na região”, no próximo ano, “o município está disponível para integrar e asso-ciar outros municípios vinhateiros do Dão a esta programação”, avançou.

O presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha, frisou que o vinho “é dos mais eficazes ins-trumentos de valorização do território” nas regiões vinhateiras.

Atendendo a que a CVR Dão não tem muitos recursos, Ar-lindo Cunha congratulou-se por estas sinergias que ajudam a dar “um pouco de força ao nome de uma região que já foi mui-to grande, que ficou um pouco para trás, mas que vai subindo a pulso” e começa a ficar na moda.

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A secretária regional do Turismo da Madeira revelou que a ocupação hoteleira na “Festa do Vinho Madeira/2014”, que de-correrá de 31 de agosto a 07 de Setembro é de 87 por cento, igual à do ano passado. “É uma boa ocupação que poderá ainda aumentar dado que a sondagem foi feita no dia 19 de agosto. No ano passado, a percentagem foi aferida a quatro dias da mes-ma”, realçou Conceição Estudante na conferência de imprensa de apresentação deste cartaz de animação do destino turístico Madeira.

A “Festa do Vinho Madeira/2014” decorrerá no Funchal e no Estreito de Câmara de Lobos, envolverá 1.350 participantes. O evento contará com vindimas e pisar de uvas ao vivo, espectácu-

Os vinhos do Tejo atingiram, pela primeira vez na história, o número recorde de 189 medalhas, de Janeiro a Julho de 2014, em concursos nacionais e internacionais, contra as 142 de 2013, no mesmo período. O grande contributo para este resultado adveio da aposta na qualidade e na exportação, que os produtores da região vitivinícola do Tejo têm vindo a fazer desde 2009.

Estes resultados foram conseguidos num total de 10 concur-sos: 2 nacionais, o Concurso Nacional de Vinhos e o Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo, e 8 internacionais, International Wine Challenge, International Wine & Spirit Competition, Concur-so Mundial de Bruxelas, Mundus Vini, Vinalies International, Se-liezione del Sindaco, Challenge International du Vin e Decanter.

“Das 189 medalhas conquistadas pelos nossos produtores, 131 são internacionais e 58 nacionais, o que prova que a grande aposta que temos vindo a fazer na exportação está certa. So-mos reconhecidos internacionalmente pela nossa qualidade e é

Em concursos nacionais e internacionais

Região do Tejo bate recorde de mais de 180 medalhas em 2014

Decorrerá de 31 de Agosto a 07 de Setembro

Festa do Vinho Madeira gera ocupação hoteleira de 87%

los musicais, exposições etnográficas, quadros vivos, gastrono-mia regional com ‘show cookings’, barraquinhas para exposição e provas de vinhos e projectos que associem o cartaz à história do vinho, aos bordados e às flores.

A Festa inicia-se a 31 de Agosto com a XI Semana Europeia de Folclore, na qual participarão dez grupos. Sete da Madeira, dois de Portugal continental (o Grupo de Danças e Cantares Re-gionais do Orfeão da Feira, Aveiro, e o Rancho Folclórico e Etno-gráfico de Ramalhais, Porto) e a Associación Meiramar - Axóu-xeres, Morrazo, Espanha. O investimento do Governo Regional da Madeira neste evento é de 150 mil euros.

esse o caminho que temos que continuar seguir. Actualmente já estamos a exportar 40% do que produzimos”, afirma João Sil-vestre, director-geral da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo).

Ao todo foram distinguidos 123 vinhos tintos da região Tejo, 63 brancos e 3 rosés, num total de 3 medalhas de excelência, 5 de grande ouro, 57 de ouro, 80 de prata e 44 de bronze.

O maior destaque vai para os produtores Enoport United Wi-nes, que arrecadou um total de 27 medalhas – 1 de excelência, 11 de ouro, 8 de prata e 7 de bronze – e Adega Cooperativa do Cartaxo, com 20 medalhas – 8 de ouro, 8 de prata e 4 de bronze.

Desde 2009, os vinhos da região do Tejo já conquistaram mais de 800 medalhas, num total de 12 concursos nacionais e internacionais, resultados que acompanham o crescimento na exportação, que de 2008 a 2013 aumentou 78%.

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I

Especial

Feira do V

inho Dão

2014

II

Chegou mais uma Feira do Vinho do Dão, a maior montra de um produto reconhecido internacionalmente e que está ao nível dos melhores do mundo. O Dão mudou, cresceu e vive hoje um momento alto, talvez não tão alto como merece, por diferentes razões, em especial por aquilo que faltou fazer ao longo de muitos anos.

Porém, e reconhecidamente, quem vem de fora eleva os vinhos do Dão a uma patamar que talvez quem por cá anda todos os dias não dá conta. Todos sabemos que o vinho do Dão é um dos melhores, entre os melhores, mas reconhece-mos isso no nosso dia-a-dia?

Tive o privilégio de acompanhar um grupo de gente ligada ao vinho vinda do Brasil, liderado por José Carlos Santanita, um reconhecido enólogo português, alentejano de nascimen-

Vinhos que nos Dãoto, mas apaixonado pelo Dão, e que tem dedicado nos últimos anos a divulgar e promover os vinhos portugueses do outro lado do Atlântico. Este grupo, depois de ter passado por regiões vi-tícolas de países como Itália, França e Espanha, chegou ao Dão, depois de terem passado por outras regiões portuguesas.

Ouvir uma aula em plena vinha, dada por João Paulo Gou-veia, provar um branco Encruzado, com a uva que só o Dão tem, ou um Touriga Nacional, no berço da casta, é uma experiência inolvidável. Os “resultados” estão espelhados ao longo destas páginas, em quatro opiniões de gente insuspeita.

Agradeço ao José Carlos Santanita por incluir o Dão no ro-teiro que ‘desenhou’ para o grupo, mas especialmente à Eunice Rocha, à Consuelo Ribas, à Carmen Lucia de Moraes e ao Wagner Gabardo pelos seus contributos para este trabalho de divulga-ção dos vinhos do Dão, mas especialmente dos produtores que diariamente labutam para nos proporcionar grandes momento de prazer.

José Luís Araújo(Director)

EDITORIAL

III

IV

DirectorJosé Luís Araújo (CP n.º 7515)

[email protected] Figueiredo

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Edição EspecialClasse Média, Lda.

Câmara Municipal de Nelas

Colaboração EspecialC.V.R. Dão

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Seguros

Consultadoria e Mediação de Seguros

Produtores de Vinho do dão Adega da Corga – Virgínia Marques Bar-bosa FormosoAdegas do DãoAntónio F. L. Vaz Patto, Lda.Caminhos Cruzados, Lda.Casa da ÍnsuaChão da QuintaDão Sul, Sociedade Vitivinícola, S.A.Fidalgas de SantarFonte de GonçalvinhoJúlia Kemper Wines – CESCE Soc. Agrí-cola, S.A.Ladeira da Santa, Lda.Lusovini Distribuição, SAMadre de ÁguaMagnum VinhosPalwines, Lda.Quinta da EspinhosaQuinta da FataQuinta das Maias / Quinta dos Roques / Casa de CelloQuinta das MariasQuinta de ReisQuinta do Carvalhão TortoQuinta do Margarido / Quinta dos Gar-nachos Quinta do Mondego - MundaQuinta do PerdigãoQuinta do SobralQuinta do TralcumeQuinta dos CedrosQuinta dos MonteirinhosQuinta Mendes PereiraQuintas de Sirlyn Unip, Lda.Sociedade Agrícola Castro Pena Alba, SASociedade Agrícola da Quinta de Santo AntónioSOGRAPE Vinhos, S.A. Quinta dos Carvalhais / Grão VascoUnião Comercial da Beira, Lda.Vinha Paz / Quinta da PelladaVinícola de Nelas, S.A.

AssociAçõesADD – Associação de Desenvolvimento do DãoAssociação Recreativa e Cultural Santo António (Bairro da Igreja) CERV – Conselho Empresarial da Região de ViseuCimo do Povo Sociedade Musical 2 de Fevereiro de Santar SOS Animais de NelasSport Lisboa e Nelas – Formação / 75º Aniversário

instituições Centro Paroquial de Nelas / Lar de São MiguelComissão Vitivinícola do DãoDirecção Regional de Agricultura e Pes-cas do CentroFundação Lapa do Lobo

comerciAis Anadil – Comércio Geral e Importação, SACasa do Miradouro SantarCompanhia das Águas Medicinais da Felgueira, SAErgovisãoMáquinas Agrícolas Eurico – NATR, Lda.Planycorpo Fisioterapia, Lda.Remax Magistral

QueijAriAs, Pão, mel, doces, chocolAte e enchidos regionAis A Arte em Massa de Pão - Armindo Mo-raisANCOSE – Assoc. Nac. Criadores de Ovi-nos Serra da EstrelaChocolateria Delícia Deliciosos Porquês - Loja de Produtos Gourmet

Enchidos Regionais – Quinta do Vale Côvo – Penalva do CasteloFumeiro Flor de SalPaula Amaral – Pão & MelQueijo Serra da Estrela - Quinta da Lagoa Quinta da Lapa – Queijo Serra da Estrela Vilar Seco

ÁreA descobertA – mÁQuinAs AgrícolAs e AutomóVeis Capital Motor, Lda.J. Amaral & Almeida, Lda.J & Coimbra, Lda.M.T.A., Lda.TractoPais, Lda.

ArtesãosAcessórios para PrincesasAlda Donas – EsculturasAlzira C. Ferreira / Maria Odete LopesAnabela ArtesAntiguidadesArte ao Cubo - (José e Marta Neto)Artes da BetaArte de Brincar As Coisinhas da IsabelCestaria SampaioDeolinda PimentaDinis Pereira FernandesFrancisco MadeiraIsabel Maria Nunes SoaresJardim de PrataMagic’ ArtMaria’s DesignMaria da Conceição Rodrigues de SousaMomentos CriativosRogério de Sá Alves da Silva - GouveiaRute Cláudia Paiva de SousaSegredos MR – Acessórios de Moda Artesanal Simão MonteiroTeresa FerreiraX-Arte

23ª Feira do Vinho do Dão 2014 | Expositores

V

QUINTA MENDES PEREIRATINTO - ESCOLHA DA PRODUTORA 2006

OFERTA VÁLIDA NA APRESENTAÇÃO DESTE ANÚNCIO PARA COMPRA DE UMA GARRAFA POR PESSOA. BASTA APRESENTAR ESTA PÁGINA INCLUÍDA NA REVISTA “GAZETA RURAL” NO STAND NÚMERO 13 - QUINTA MENDES PEREIRA, DE 6 A 8 DE SETEMBRO NA XXIII FEIRA DE NELAS

VALE 2 EUROS NA COMPRA DE UMA GARRAFA DE

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VI

É a sua primeira feira enquanto presi-dente da Câmara de Nelas, mas José Borges da Silva mostra-se confiante num grande evento. O autarca, à Gazeta Rural, destaca a adesão dos produtores e de um programa vasto, mas lamenta a ausência de Assun-ção Cristas na inauguração do certame por imperativos de agenda, que estará repre-sentada pelo Secretário de Estado da Ali-mentação e da Investigação Agroalimentar. Borges da Silva diz que há muitos motivos de interesse para visitar um certame que “já faz parte do mapa turístico da região e no mapa ‘vínico’ do país”.

Gazeta Rural (GR): Quais são as mudan-

ças mais visíveis que os visitantes poderão notar na Feira do Vinho do Dão? Quais as expectativas?

Diz o presidente da Câmara de Nelas

“A Feira do Vinho do Dão já faz parte do mapa turístico da região e no mapa “vínico” do país”

José Borges da Silva (JBS): A Feira deste ano apresenta um programa muito vasto de formação, workshops, showcookings com conceituados chefes da nossa região e, pela primeira vez neste evento, dois chefes es-trela Michelin, o que muito dignifica o Vi-nho do Dão e a harmonia do mesmo com a gastronomia portuguesa.

Para além disso, decorrem dois seminá-rios onde se vão debater temáticas muito importantes para o sector vitivinícola, quer numa vertente mais técnica, a decorrer, dia 5, às 9 horas, no Centro de Estudos Vitiviní-colas do Dão (CEV) (em Nelas, na Quinta da Cale), quer numa vertente mais comercial e de promoção do Dão, a decorrer dia 6 às 15 horas, no Auditório Municipal. Em ambos o painel de oradores é de excelência, quer pelas competências reconhecidas, quer pe-

las instituições que representam, e é para nós um orgulho esta efectiva parceria no terreno entre a CVR Dão, o CEV do Dão, a Confraria dos Enófilos do Dão, a Associa-ção Nacional de Escanções, a Associação Nacional de Municípios do Vinho, Chefes e especialistas de marketing em torno de um único propósito que a Câmara de Nelas aqui protagoniza e que é o crescimento da notoriedade e qualidade dos vinhos do Dão e a consequente dinamização turística de toda a Região Demarcada do Dão.

Não podemos deixar de destacar a Pra-ça de Alimentação, onde todos os visitantes poderão almoçar e jantar com qualidade e variedade, num farto convívio entre gastro-nomia e vinhos como todos procuram tam-bém sempre que visitam este certame.

Finalmente o enorme destaque que re-presenta o Musical e Espectáculo de Vídeo Mapping, que foi concebido totalmente original para a Feira do Vinho de 2014, da responsabilidade artística do encenador António Leal. Nas três noites da feira, das 22 às 23 horas todos poderão assistir a um espectáculo único raramente visto e produ-zido para um evento desta natureza. Nunca o Vinho do Dão foi tão celebrado e eterni-zado. O espectáculo “As Músicas que os Vi-nhos Dão” conseguirá esse grande triunfo.

GR: Afinal, ainda não é este ano que um ministro da Agricultura inaugura a Fei-ra?

JBS: Infelizmente a Sra. Ministra infor-mou há dias que contrariamente à confir-mação que nos tinha dado, por imperativos de uma deslocação a Bruxelas, não conse-guirá vir e será representada pelo Sr. Secre-tário de Estado da Alimentação e da Inves-tigação Agroalimentar, Professor Dr. Nuno Vieira de Brito. É para nós igualmente um orgulho ver a Tutela representada na sessão solene de abertura da Feira e consequente visita oficial aos expositores presentes no evento.

A dinâmica que esta região demarcada necessita para se projectar cada vez mais nos mercados nacional e internacional, de-pende muito de um envolvimento activo de todas as instituições que representam o sector, de todos os produtores, de todos os 16 municípios Dão, mas sobretudo tam-bém do poder governativo como principal decisor de políticas e estratégias de inves-timento que norteiem positivamente os in-teresses da região. Por isso, um membro do governo na sessão de abertura da Feira é revelador da importância do exposto.

VII

GR: Como viu a adesão dos produto-res?

JBS: Excelente! Temos quase 40 produ-tores de toda a Região Demarcada do vinho do Dão, isto é revelador da expectativa que anualmente todos depositam na Feira do Vinho do Dão em Nelas. Vamos ter vários lançamentos de produtos/vinhos novos e isso é muito importante para a confirmação do que o Município de Nelas pretende com este investimento, já anteriormente refe-rido. Agradecemos a todos por engrade-cerem, ano após ano, um evento cada vez mais no mapa turístico de uma região e no mapa “vínico” do país!

GR: A integração do espaço do antigo edifício da Federação dos Viticultores o que pode trazer de novo?

JBS: É um marco histórico fundamental do que se conhece hoje desta Região De-

marcada de vinhos, centralizado em Nelas, tal como o Centro de Estudos Vínicos do Dão, na Quinta da Cale. Com o protocolo assinado recentemente com a CVR Dão ob-tivemos as condições necessárias para legi-timar a utilização do mesmo, conseguindo já este ano na feira do Vinho do Dão como tanto pretendíamos.

A envolvência que o mesmo confere no espaço interior em bruto, cheio de cubas de vinho (apenas nos foi possível limpar e garantir todas as condições de segurança) irá, certamente, criar um ambiente perfeito e emocional que ficará na memória dos que terão o privilégio de o explorar nas activi-dades planeadas.

A integração do espaço da Federação dos Viticultores do Dão, mais do que tra-zer algo de novo, traduz o nosso grande respeito à história do Vinho do Dão e da sua Região Demarcada pela valorização do

que hoje se faz e do que muito se fez no passado.

GR: Há um conjunto de iniciativas e parceiros no programa da Feira. O que mais destacaria?

JBS: Todos eles sem excepção! Todos os parceiros envolvidos na concretização deste grande desafio foram importantes, sem eles pouco seria possível em tão pou-co tempo de executivo municipal. Desde os parceiros institucionais, aos parceiros da hotelaria e turismo, aos da área comercial, aos associativos e a tantos “incógnitos” par-ticulares, o nosso grande bem-haja! A Feira é de todos e é para todos! Estão, por isso mesmo, todos (muito bem) convidados!

VIII

O presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão revela que se verificou “um crescimento de cerca de 6% no primei-ro semestre de 2014 face ao período ho-mólogo de 2013” nas vendas de vinhos do Dão. Arlindo Cunha, à Gazeta Rural, espera que a Feira que se realiza em Nelas “seja mais um contributo qualificado para a pro-moção dos nossos vinhos”.

Gazeta Rural (GR): Como olha para a edição 2014 da Feira do Vinho do Dão e que expectativa tem?

Arlindo Cunha (AC): Que seja mais um contributo qualificado para a promoção dos nossos vinhos. Mas este ano as expec-tativas são ainda mais elevadas pelas novas dinâmicas introduzidas na sua organiza-ção, incluindo o aproveitamento do espaço contíguo com armazéns, cubas de cimento e logradouro que a CVR do Dão cedeu em

Revela o presidente da CVR Dão

Os vinhos do Dão “cresceram cerca de 6% no primeiro semestre” de 2014 face a 2013

comodato à Câmara de Nelas para este tipo de eventos.

Vão vir visitantes de todo o país, im-prensa e profissionais do sector. Ora tudo isso constitui uma considerável massa crí-tica para promover o vinho do Dão. De registar ainda, como pontos importantes, o envolvimento do Centro de Estudos Vi-tivinícolas, com a organização de um se-minário dedicado aos impactos nos vinhos da região das alterações climáticas e uma prova de vinhos da rica enoteca do Centro.

GR: Como estão os vinhos do Dão, nos mercados nacional e internacional?

AC: Estão bem, com um crescimento de cerca de 6% no primeiro semestre de 2014 face ao período homólogo de 2013.

GR: Quais as acções de promoção pre-vistas para os próximos tempos?

AC: Fizemos recentemente o Dão Pri-mores, em Viseu, e o Dão Capital, em Lis-boa. Participaremos activamente na Feira do Vinho do Dão, em Nelas, e na Festa das Vindimas, em Viseu. Estamos na Feira de São Mateus com os nossos produtores. Estamos envolvidos no Concurso A Mesa dos Portugueses, em que os vinhos do Dão aparecem a harmonizar com os pratos se-leccionados e terão a devida divulgação pública.

Vamos organizar a 24 de Outubro a nossa Gala de entrega dos prémios do Concurso dos Vinhos da Dão Engarrafados. Em Novembro estaremos novamente em Lisboa, no Encontro com o Vinho e os Sa-bores. E contamos assinar o Acto Fundador da Rota do Vinho do Dão lá para Dezembro com os produtores/empresas que forem seleccionados. Além disso, temos um Pro-tocolo de colaboração com a Viniportugal, no quadro do qual apoiamos a presença dos nossos produtores num conjunto de acções promocionais nos principais merca-dos-alvo.

GR: Qual o ponto de situação em rela-ção ao Centro de Estudos de Nelas?

AC: É sabido que os sucessivos gover-nos, nos últimos 20 anos, têm deixado cair a investigação e experimentação agrárias. O CEV do Dão é um exemplo, entre mui-tos outros pelo país fora. Esperemos que o Ministério da Agricultura tenha a lucidez de aceitar uma parceria com entidades da Região Demarcada para se injectarem no-vos recursos e se introduzir uma nova di-nâmica. Para isso é preciso organizar uma parceria alargada e estabelecer um progra-ma de trabalho a longo prazo, aproveitan-do os fundos estruturais da União Europeia para o período de 2014-2020. Urge absolu-tamente que o interesse global da região prevaleça sobre os pequenos interesses corporativos, pois num sector tão compe-titivo como este não há futuro sem investi-gação e experimentação.

IX

X

A Ministra da Agricultura vai presidir, no próximo dia 6 de Setembro, ao acto de assinatura do financiamento para a restru-turação da antiga Adega de Nelas, o principal centro logístico da Lusovini Distribuição.

O contrato entre a Lusovini e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) diz respeito aos fundos europeus do PRODER que irão financiar um investimento de 2,5 milhões de eu-ros. Este irá restruturar as instalações da adega, hoje com mais de 60 anos, dotá-la da mais moderna tecnologia e, ao mesmo tempo, valorizar os aspectos tradicionais que ao longo das décadas estive-ram na origem de grandes vinhos do Dão.

“Quando o investimento estiver executado estas serão uma das maiores e mais modernas instalações vinícolas do Dão”, afir-ma Casimiro Gomes, presidente da Lusovini. “Com o reforço desta unidade, a Lusovini poderá assegurar o desenvolvimento da sua estratégia de internacionalização e aumentar de forma significativa a actividade exportadora”, assegura.

“Varanda da Serra” recupera a tradição dos brancos de guarda

A anteceder aquele acto terá lugar a apresentação de uma das grandes apostas das Lusovini para o futuro. O novo branco “Varan-da da Serra” 2013, com uma edição limitada de três mil garrafas todas numeradas, é um grande vinho produzido a partir de vinhas com mais de 85 anos, engarrafado em garrafas de 1,5 litros e com um enorme potencial de envelhecimento. É um vinho para déca-das, pois tem estrutura, cremosidade, mineralidade, acidez, fres-cura e está fadado para grandes ocasiões.

A aposta tem a ver com as indicações que o Varanda da Serra, 2013 dá de se poder transformar num caso muito sério, um vinho branco com capacidade para evoluir e crescer ao longo, não só de

Assunção Cristas presidira à cerimónia de assinatura

Restruturação da antiga Adega de Nelas terá um financiamento de 2,5 milhões de euros

anos, mas de décadas.Tem origem em vinhas velhas, implantadas em solos graníti-

cos e arenosos das encostas da margem esquerda (as mais frescas) do Dão, no concelho de Nelas, a pouco mais de 500 metros do rio. A base é Encruzado (80%), sendo as restantes castas Malvasia-Fina, Cercial-Branco e Bical: a viticultura é de João Paulo Gouveia, enólogo do Pedra Cancela e um investigador universitário dedi-cado à reinterpretação do comportamento das castas na região do Dão.

A enologia, essa, é de Sónia Martins. Trata-se de um vinho branco com alguma maceração pelicular, fermentação em barricas de carvalho francês e “batonnage” (60%) e fermentação em de-pósito de inox também com “batonnage” (40%). Com graduação de 13,5 Vol, o vinho apresenta-se com estrutura, cremosidade, mineralidade, acidez e frescura. Sendo um vinho de guarda, tem a madeira ainda presente, mas esta irá integrar-se cada vez melhor ao logo dos anos em que o vinho evoluir na garrafa. Bebe-se já com muito prazer, mas o tempo joga inteiramente a seu favor.

“O nosso objectivo foi recriar, com a viticultura e a enologia de hoje, os grandes vinhos de guarda do Dão”, afirma Casimiro Gomes. “Era norma nas casas senhoriais do Dão seleccionar lotes de vinhos para engarrafar em garrafas de litro e meio e guardá-las para momentos especiais, como o casamento de uma filha ou o baptizado de um neto. É essa tradição que queremos ajudar a recuperar”.

A apresentação do vinho na Feira do Vinho do Dão será feita por Luís Lopes, director da Revista de Vinhos, no âmbito de uma “Wine Party”.

Empresa exporta 70% da produção A Lusovini representa mais de 70 marcas de vinho em todo

o mundo, das quais quase cinquenta são feitas em parceria com

XI

alguns dos mais reputados enólogos e produtores nacionais João Paulo Gouveia/Pedra Cancela, Domingos Alves de Sousa/Ta-padinha, Álvaro de Castro/Quinta de Pinhanços, Ricardo Guerra/Quinta das Hidrângeas, Anselmo Mendes, Marta Simões/Quinta da Alorna, Luís Duarte/Monte Alcântara e Rapariga da Quinta, entre outros.

Estas parcerias constituem, aliás, o ADN da empresa: juntar o “know-how” do seu aparelho comercial ao “know-how” de quem faz os vinhos, pondo-os a conceber e a afinar marcas em conjunto.

Em 2013 a Lusovini aumentou o volume de negócios em 20% e duplicou os resultados operacionais consolidados face a 2012. Em 2013 os mercados externos continuaram a ser responsáveis pela maior parte da facturação, 70% – com destaque para Angola, Brasil e Norte da Europa. Em Portugal as vendas cresceram exac-tamente na mesma proporção que no estrangeiro: 20%.

Lusovini Distribuição, SAA LusoVini apresenta-se no mercado como uma distribuidora

de serviço integrado. Fundada e gerida por elementos com for-tes ligações à viticultura, enologia, produção e distribuição de vinhos, oferece aos seus representantes toda essa experiência, quer no desenvolvimento enológico dos seus produtos quer no marketing e comercialização dos mesmos nos seus mercados de actuação (nacional e internacional).

Todo este conhecimento e acompanhamento muito próximo da produção são colocados ao serviço dos seus clientes através de uma equipa profissional, que procura em cada caso sempre a melhor solução para cada necessidade específica.

Atenta aos mais recentes desenvolvimentos no mercado mundial, a LusoVini desenvolve alguns vinhos com responsabi-lidade em toda a fileira. Trata-se de vinhos desenhados desde a vinha até à garrafa final para responderem às últimas tendências que surgem no mercado português e internacional.

Morada: Avenida da Liberdade nº 15 Areal - 3520-061 NelasTelefone: 232 945 243Email: [email protected] de fundação: 2009Enóloga: Sónia MartinsPrincipais rótulos: Flor de Nelas, Flor de Viseu, Dikas e Cariz.Website: www.lusovini.com

XII

Caminhos Cruzados

Caminhos Cruzados, Lda.Morada: Largo Vasco da Gama, 23 - 3520-079 Nelas Telefone: 232 940 195

Email: [email protected] de fundação: 2012

Enólogos: Carlos Magalhães e Manuel VieiraPrincipal rótulo: Titular

Principais prémios: Vinho Branco Encruzado 2013 - Medalha de Prata no Dão PrimoresVinho Rosé 2013 - Medalha de Prata no Dão Primores (prémio mais elevado nesta categoria)

Vinho Tinto Alfrocheiro 2011 - Medalha de Bronze no International Wine Challenge 2014Vinho Tinto Colheita Seleccionada 2010- Medalha de Prata no concurso “La Selezione del

Sindaco 2013”Vinho Tinto Colheita 2012 – Medalha de Ouro no China Wine & Spirits awards 2014

Vinho Tinto Touriga Nacional 2012 - Medalha de Ouro no China Wine & Spirits awards 2014Web: www.caminhoscruzados.net

A Caminhos Cruzados nas-ce pela iniciativa e vontade de Paulo Santos, natural de Nelas, que, determinado a regressar às suas origens para investir no mundo do vinho, decidiu trans-formar uma antiga empresa agrícola numa moderna empre-sa produtora e engarrafadora de vinhos.

A filosofia da empresa ba-seia-se na produção de vinhos de qualidade, com uma verten-te de tradição aliada ao moder-nismo e constante diferencia-ção que o mercado exige. Os seus vinhos são feitos a partir de uvas de produção própria e de produtores seleccionados, reconhecidos pela sua qualida-de e excelência de castas, todos na região do Dão.

Produzido a partir de uma mistura de castas tí-picas da região (Encruza-do, Malvasia-Fina e Bical) e fruto de uma vinificação muito cuidada, este vi-nho apresenta-se jovem, com aromas de boca in-tenso, frutado e típico. Vinho com paladar muito jovem e fresco.

Lote constituído por 100% Encruzado. É um vinho com grande fres-cura e mineralidade a que se alia uma enorme capacidade de evolução positiva em garrafa.

Originalidades do aroma, onde as notas suavemente florais se casam com apontamen-tos de frutos vermelhos e alguma mineralidade. Na boca realce para a elegância e frescura e para a superior vocação gastronómica.

A exuberância aro-mática e volume da Touriga Nacional, foram temperadas pelos tani-nos firmes e mineralida-de da Tinta Roriz, com-plementadas pela acidez alegre do Alfrocheiro.

Lote constituído pelas castas de Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz e Jaen. É um vinho jovem, com uma cor viva, aromas de fruta vermelha e taninos equi-librados.

Lote constituído em igual percentagem por Encruzado, Malvasia-Fi-na e Bical. É um vinho com boa acidez e aro-ma fresco e frutado. Na boca apresenta-se bem fresco com alguma es-trutura e volume.

Feito essencialmen-te a partir de Touriga-Nacional e Tinta-Roriz, este vinho apresenta um paladar muito jovem e fresco, com aromas de boca intenso, com fruta vermelha bem viva

Nov

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Titular branco Colheita 2013

Titular Encruzado 2013 Titular Touriga Nacional 2012

Titular Reserva Tinto 2012Titular Colheita Tinto 2012

Titular Colheita Branco 2013

Titular Colheita Rosé 2013

XIII

XIV

Quinta da Fata - Agricultura e Turismo

Quinta da FataMorada: Quinta da Fata, Vilar-Seco - 3520-225 Nelas

Telefone: 232 942 332Email: [email protected]

Ano de fundação: Século IXX, Reconversão em 1998Enólogos: António Narciso e Eurico Ponces de Amaral (produtor)Principais rótulos: Conde de Vilar-Seco, Quinta da Fata Clás-sico, Quinta da Fata Reserva, Touriga-Nacional “talhão do alto”

e Encruzado.Website: www.quintadafata.com

Lote de Touriga Na-cional, Tinta-Roriz e Alfro-cheiro, com fermentação em tradicionais lagares de granito, seguindo-se um estágio em barricas usadas durante um ano. Resultou assim um vinho estrutu-rado, com frescura e con-centrado na cor e aromas, onde sobressai a fruta ver-melha e silvestre e algumas notas tostadas.

Vinho com final persis-tente e harmonioso.

Teve apenas estabiliza-ção natural e uma ligeira filtração final de modo a manter todo o seu poten-cial. Pode ganhar depósito durante o envelhecimento em garrafa. Consumir a uma temperatura de 18º. Contém sulfitos.

A Quinta da Fata é uma propriedade centenária, na qual se insere uma vinha de aproximadamente 6 hectares, plantada numa suave encosta exposta a sul e em solo granítico.

Após ter sofrido uma reconversão total em 1998, para a qual se recorreu a clones, bem identificados e seleccionados, tem hoje uma produção controlada de cerca de 30.000 garrafas.

A vindima é feita manualmente e a uva, depois de passar pela extracção do cardaço, fermenta em lagares de granito, com pisa a pé após o que sofre um estágio de tempo variável em barricas de carvalho francês ou americano. Uma vez engarrafado fica em re-pouso na garrafeira o mínimo de 6 meses. Todos os nossos vinhos possuem uma boa capacidade de envelhecimento.

O agroturismo e o enoturismo são actividades que a actual geração (terceira) inclui nas suas ofertas em perfeita simbiose com a produção do vinho.

Principal prémios:Medalha de Ouro e Troféu IWC Londres, 3 Medalhas de Ouro

no AWC Áustria, 1º Prémio no concurso “O Melhor Vinho do Dão no Produtor

Proposta gastronómica:Vinho: Quinta da Fata Clássico 2012Prato: Sardinhas assadas

Novo vinho: Quinta da Fata Clássico 2012

Dão

XV

Na idade média, a vinha foi desenvolvida pelo clero, no-meadamente pelos monges de Cister. Era o clero que conhecia as melhores práticas agrícolas. Em 1908 a área de produção de vinho foi delimitada, tornando-se o Dão a segunda região demarcada portuguesa.

A Região do Dão situa-se no centro-norte de Portugal e as condições geográficas são excelentes para produção de vinhos. As serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela protegem as vinhas da influência de ventos marítimos. Nessa região as vinhas situam-se entre os 400 e 700 metros de altitu-de e desenvolvem-se em solos xistosos ou graníticos.

O clima do Dão sofre, simultaneamente, a influência do Atlântico e do interior, com invernos frios e chuvosos e verões quentes e secos. É entre as serras e as águas dos rios Mondego e Dão que nascem os brancos e os tintos da região. A região produz alguns dos melhores vinhos nacionais e tradições pre-servadas. É também conhecida como a Borgonha Portuguesa.

A grande variedade gastronómica que a região oferece, aliada à excelente qualidade e prestígio dos vinhos, resulta numa magnífica harmonização de sabores.

Esta região portuguesa apresenta também um artesanato rico e diversificado.

Viseu foi berço de um dos maiores artistas portugueses do século XVI: Grão Vasco. E se é verdade que a cidade antiga é encantadora, com muito por descobrir, também apresenta modernidade. Seu povo é excelente anfitrião.

Eunice RochaDentista e Somelier

Curitiba - Brasil

Aprender com o Dão

Vilar Seco 3520-225 Nelas - Portugal

Tel./Fax (+351) 232 942 332

Tlm. 914 559 086

Mail: [email protected]

www.quintadafata.com

GPS: N 40º 33' 33,01''

W 007º 52' 25,84''

Tudo que o Dão tem de bom para oferecer

Vilar Seco 3520-225 Nelas - Portugal

Tel./Fax (+351) 232 942 332

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W 007º 52' 25,84''

Tudo que o Dão tem de bom para oferecer

A opinião dos outros

XVI

União das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA)

União das Adegas Cooperativas Do Dão

Morada: Quinta da Misericórdia, Ranhados - 3500-322 Viseu Tel: 232467060 Email: [email protected]

Enólogo: Carlos SilvaPrincipais marcas: Adro da Sé, Irreverente, Udaca Colheita,

Tesouro da Sé e InvulgarWebsite: www.udaca.pt

Em 21 de Maio de 1966 um conjunto de homens pioneiros e de grande visão estratégica fundaram a União das Adegas Coope-rativas da Região Demarcada do Dão (UDACA).

Os objectivos que levaram à sua fundação são hoje tão ou mais importantes do que eram à época, por isso, a UDACA continua fiel e empenhada em satisfazer com elevado rigor e profissionalismo os seus clientes e associados, comercializando e promovendo os vinhos e a Região Dão em todos os mercados onde actua, respei-tando e preservando o meio ambiente social e físico; partilhando o seu sucesso com os colaboradores, associados e todas as entida-des com quem se relaciona.

Vinhos premiados como Dom Divino, Porta do Fontelo, Irreve-rente, Adro da Sé, Tesouro da Sé, entre outros, são o resultado de uma combinação entre aquilo que o Dão tem de mais tradicional e a imagem moderna e actual da UDACA.

A política da empresa consiste em dignificar a região do Dão, os seus produtores e adegas associadas, comercializando vinhos com qualidade superior e reconhecida que acompanham sempre as novas tendências dos mercados. A UDACA aposta também na internacionalização, estando já presente em diversos mercados externos e exportando cerca de 50% do seu volume de negócios.

Lançamentos Recentes:

Tesouro da Sé Privat Seleciton Dão 2011A grande magnitude dos Vinhos do Dão está

bem evidente neste vinho. O Tesouro da Sé Privat Selection é resultante de uma cuidadosa vinifica-ção das castas Touriga-Nacional e Alfrocheiro. Es-tagiou em barricas de carvalho francês durante 12 meses ao qual se seguiu o engarrafamento depois de uma ligeira filtração. Apresenta cor rubi pro-funda com reflexos violeta. O aroma demonstra notas de ameixa e amora madura com nuances de baunilha fina, chocolate preto e especiarias. Na boca é complexo, intenso e aveludado, com boa estrutura de elegantes taninos contribuindo para uma requintada persistência. Deve ser servido a 16 a 18 º C de temperatura.

Adro da Sé Reserva Dão 2011O forte carácter dos vinhos do Dão, resultan-

te da excelente combinação das castas desta re-gião, é expresso harmoniosamente neste vinho. O Adro da Sé, Reserva 2011 foi cuidadosamente vinificado a partir das castas Touriga-Nacional, Alfrocheiro, Tinta-Roriz e Jaen. Apresenta uma cor vermelha muito profunda, com reflexos gra-nada. O aroma é complexo e rico em notas de ameixa preta, amora, violeta e bergamota casa-das com nuances de baunilhas frescas ladeadas com fragâncias balsâmicas. Revela um corpo bem musculado e aveludado fruto da estrutura firme e fina das castas e do caracter do nosso terroir. Deve ser servido à temperatura de 16 a 18 º C.

Touriga-Nacional UDACA Dão 2011A Touriga-Nacional é a casta de maior exce-

lência de Portugal e encontra na Região do Dão o seu berço, expressando aqui a sua maior exu-berância. Reconhecendo este valor, a UDACA foi umas das primeiras casas a dar a conhecer esta casta no seu estado singular. Este vinho Touriga-Nacional 2011 é resultante de uma criteriosa vi-nificação de uvas colhidas no seu ponto óptimo de maturação e plenitude. Estagiou em barricas de carvalho Allier Fino durante 12 meses. Revela uma magnífica cor vermelha forte com reflexa púrpura, aroma muito complexo e requintado de frutos vermelhos bem maduros aliados a no-tas de violeta e especiarias. Na boca é intenso e aveludado, com boa estrutura de taninos, da casta e do carvalho, que lhe conferem uma mag-nífica evolução na garrafa. Deve ser servido à temperatura de 16 a 18 ºC.

Proposta Gastronómica: Tesouro da Sé Privat Seleciton Dão 2011 - Cabrito assado tí-

pico da região.Adro da Sé Reserva Dão 2011 - Bacalhau à lagareiro no forno.Touriga-Nacional UDACA Dão 2011 – Vitela assada à moda

de Lafões.

XVII

Natural da região do Dão, Canas de Senhorim, o chefe Diogo Rocha ‘vestiu a camisola’ da XXIII Feira de Vinhos do Dão e estará destacado em di-versos momentos do evento. O chef, que já passou por diversos projectos, encontra-se actualmente a liderar a cozinha do restaurante ‘Mesa de Lemos’, na Quinta de Lemos, em Passos de Silgueiros.

Na Feira do Vinho Diogo Rocha irá confeccio-nar um dos jantares mais emblemáticos que irá decorrer no dia 5, no edifício da Federação dos Viticultores do Dão. O espaço histórico, situado mesmo ao lado da Câmara de Nelas, tem cerca de meio hectare e está agora a ser dinamizado pela autarquia com os mais variadíssimos eventos, sen-do este jantar um momento único onde se con-jugarão harmoniosamente vinhos do Dão com os pratos de Diogo Rocha.

Outro momento alto do evento será no dia 6, às 16 horas, no Espaço Formação, com «Conversas de três», que junta o chef Diogo Rocha, o enólogo Tiago Macena e o DJ Gryzzler numa prova de vi-nhos com muito boa disposição à mistura.

Já nos workshops da feira, as apostas do chefe foram para a sub-chefe Inês Beja, sua colega no res-taurante Mesa de Lemos, que fará nos dias 6 e 7, às 11 horas, no Espaço Formação, uma masterclass de cozinha saudável para crianças; e para o Chef Nuno Fonte, uma jovem promessa da região, que também dará a conhecer melhor o seu trabalho ao público durante a feira, no dia 6, às 14,30 horas

“Estou muito contente de poder apoiar este evento. A Feira do Vinho do Dão é um aconteci-mento importante da região, procurámos criar para esta edição momentos especiais, para que cada vez mais possamos surpreender os visitantes. Os nossos vinhos e a nossa gastronomia têm de ser cada vez mais valorizadas”, afirmou Diogo Rocha.

Além de Diogo Rocha, abrilhantam esta edi-ção da Feira de Vinhos do Dão, outros conhecidos chefes de cozinha convidados como é o caso de Miguel Laffan (L’And Vineyards, 1 estrela Miche-lin); Chefe António Baptista (Hotel Madre d’Agua); Henrique Sampaio (restaurantes Global wines/Dão Sul); Paulo Cardoso (Casa da Ínsua); Renato Oliveira (Casino da Figueira) e Francisco Siopa (Siopa Cho-colatier).

Outros chefs de cozinha dinamizam o certame

Chef Diogo Rocha em destaque na Feira de Vinhos do Dão

XVIII

Criada em Dezembro de 1960 por onze viticultores da região, a Adega Cooperativa de Penalva do Castelo materializou a vonta-de de todos unirem as mãos em prol do bem comum e do vinho do Dão, constituindo o primeiro passo de um percurso difícil mas gratificante.

Em 1963 o projecto já contava com 43 associados, mas só quatro anos mais tarde a adega ficou apta a vinificar as uvas de todos.

A qualidade dos primeiros vinhos e a recompensa do esforço de quem tinha confiado as suas uvas à Cooperativa ajudou a de-cidir muitos indecisos, que, aos poucos, foram aderindo à causa e engrossando o movimento cooperativo das Terras de Penalva. A fama dos vinhos foi-se consolidando, tanto em brancos como em tintos, a obra foi crescendo e novos desafios foram surgindo. Hoje, passado mais de meio século, todos reconhecem que valeu a pena.

A Cooperativa tem cerca de 1 000 associados, recebe anual-mente as uvas de mais de 1.200 ha de vinha, produz em média seis milhões de litros de vinho, dispõem da mais moderna tecno-logia de vinificação, estágio e engarrafamento de vinhos, engar-rafa mais de 600.000 garrafas, tem uma gestão profissionalizada e uma situação económica robusta, faz chegar o nome de Penalva aos quatro cantos do mundo, é uma das maiores empresas do concelho, uma referência incontornável dos vinhos do Dão e, aci-ma de tudo, a menina dos olhos de todos os associados e suas famílias.

A dinâmica com que a Adega Cooperativa de Penalva do Cas-telo tem enfrentado os desafios de um mercado globalizado e muito competitivo é o garante de um futuro risonho para todos os associados, um baluarte para o prestígio do vinho do Dão e a prova provada de que os ideais cooperativos também podem conduzir ao sucesso e ao bem-estar do mundo rural.

Adega Cooperativa de Penalva do CasteloMorada: Calvário – Ínsua - 3550-167 Penalva do Castelo

Telefone: 232 642 264Email: [email protected]

Ano de fundação: 1960Enólogos: Virgílio Loureiro e Reinaldo Pinho

Principais rótulos: Milénio - Reserva e Encostas De PenalvaPrincipais prémios:

Adega de Penalva Branco Malvasia Fina 2013 - Medalha de Ouro no Concurso de Vinhos Engarrafados da CVGR Dão 2013Adega de Penalva Reserva 2010, Adega de Penalva Tinto Touriga Nacional 2009 e Adega de Penalva Rosé 2013 receberam a

medalha de prata no Concurso Internacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco” 2014Website: www.adegapenalva.com

Adega Cooperativa de Penalva do CasteloNovo vinho:

Adega de Penalva Branco Malvasia Fina 2013

Vinho de cor citri-na, aroma floral e no-tas de frutos exóticos. Vinho fresco, com bom volume de boca, revela a elegância dos vinhos de Malvasia-fina do Dão.

Propostas gastronómicas:

Adega de Penalva Branco Malvasia Fina 2013 – Pratos de peixe

Adega de Penalva Tinto Touriga Nacio-nal 2010 - Carnes vermelhas

Adega de Penalva Rosé 2013 – Mariscos

XIX

XX

Adega Cooperativa de Silgueiros

Adega de Silgueiros é uma cooperativa com cerca de 2000 sócios, vitivinicultores da região de Silgueiros. Foi fundada em 1962 e começou a sua laboração em 1964. O objectivo a que esta adega se propôs foi criar formas de produção e escoamento para um tão afamado vinho, que é o vinho do Dão, e, mais particularmente, o vinho de Silgueiros.

A região de Silgueiros situa-se no concelho de Vi-seu, a cerca de 9 km da sede do mesmo. Dada a sua situação geográfica, encontra-se numa posição privile-giada para a feitura de tão precioso néctar.

Os seus solos, de origem franco-arenosa, pro-porcionam um aroma esplendoroso aos vinhos aí produzidos. As suas encostas viradas para a Serra da Estrela e para o rio Dão criam um clima único para a maturação das uvas. Pode-se dizer que Silgueiros é o coração da Região Demarcada dos Vinhos do Dão.

Novo vinho:

Morgado de Silgueiros Branco 2013

Vinho branco de cor citri-na, apresenta um aroma de fruta branca de pomar aliada a notas de fruta exótica, ana-nás e manga. Na boca é longo, fresco, mineral e muito equi-librado.

Adega Cooperativa de Silgueiros Morada: Loureiro de Silgueiros 3500-538 Silgueiros - Viseu

Telefone: 232 951 154Email: [email protected]

Ano de fundação: 1962Enólogo: Miguel Oliveira

Principais rótulos: Adega Cooperativa de Silgueiros; Morgado de Silgueiros e Dom Daganel

Website: www.adegasilgueiros.pt

XXI

A Região

XXII

Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem

Fundada em 1954, a Ade-ga Cooperativa de Vila Nova de Tazem concebeu desde os seus primórdios as suas infraestrutu-ras como cooperativa. Receber e vinificar as uvas cultivadas pelos seus associados, assente nas cas-tas típicas da região do Dão, foi desde sempre o objectivo prin-cipal.

Com quase 60 anos de exis-tência, a notoriedade e sobrie-dade das suas marcas vincam o rigor desta Adega que vai de encontro à qualidade demarcada pela região do Dão.

A primeira vindima realizada nas actuais instalações ocorreu em 1967, tendo recebido uvas de 198 associados. Nos primei-ros anos de actividade a adega vendia toda a sua produção a granel, mas gradualmente foi iniciando o processo de comer-cialização de vinhos engarrafa-dos. A primeira marca “Encosta da Serra” surgiu em 1980.

Em 1985 a Adega atinge um passo importante na sua histó-ria, tornando-se a primeiro no seu género a ter linha de engar-rafamento própria. Ao mesmo tempo lança no mercado a m arca “Pedra D’Orca”.

Actualmente a Adega Coo-perativa de Vila Nova de Tazem aposta na melhor selecção de uvas e castas para as suas pro-duções. Enquanto produtora de vinhos de qualidade, e através do seu portfólio de marcas, pre-tende levar até à mesa dos con-sumidores a melhor companhia, para qualquer ocasião.

Colocar ao dispor dos apre-ciadores os melhores vinhos, distintos, elegantes, de aromas intensos e frutados, reveladores do carácter da região.

Propostas Gastronómicas:

- Fritada de peixe do rio com o Pedra d’Orca Branco 2013

- Alambicada de Borrego com o Grande Escolha 2010

- Migas de bacalhau no Lagar com Touriga Nacional 2011

Adega Cooperativa de Vila Nova de TazemMorada: Rua Dr. António Borges, 122

6290-632 Vila Nova de TazemTelefone: 238 486 182

Email: [email protected] de fundação: 1954Enólogos: Pedro Pereira

Principais rótulos: Encosta da Estrela, Pedra d’Orca, Tazem e PenedoWebsite: www.adegatazem.pt

Nov

o vi

nho:

XXIII

Estive recentemente em Portugal numa viagem belíssima que fiz com a Wine Senses, leia-se José Carlos Santanita e Joelma Santanita. Foram visitas maravilhosas, degustações especiais e momentos ines-quecíveis.

Um dos pontos altos desta viagem foi uma verdadeira aula que o nosso grupo teve com o renomado professor Eng. Agrônomo João Pau-lo Gouveia, da Vines e Wines, em pleno coração do Dão, região de grande riqueza e diversidade vitícola.

Pudemos conversar in loco sobre duas das principais castas da re-gião: Touriga Nacional (tinta) - que proporciona estrutura, profundi-dade do aroma e delicadas notas florais -, e Encruzado (branca), - que traduz-se em elegância, intensidade e equilíbrio -, além de outras cas-tas tão importantes para o blend, como as tintas Alfrocheiro, Jaen, Ara-gonez, Rufete (Tinta Pinheira) e Alvarelhão, e as brancas Bical, Malvasia, Verdelho e Cercial Branco.

João Paulo Gouveia destacou as condições do solo de xisto e granito, a posição numa zona de transição entre os climas marítimo e continental, e as dificuldades em trabalhar a região devido às características climáticas.

Degustamos um Pedro Cancela Touriga Nacional e um Pedro Cance-la Encruzado e brindamos pelo sucesso dessa rica e encantadora região de contrastes, de montanhas, colinas e vales, invernos frios e húmidos e verões quentes e secos. Uma região que busca a internacionalização, aprimorando-se em conhecimento e tecnologia de ponta, mas sem es-quecer as tradições deste maravilhoso país. Viva o Dão!

Carmen Lucia de MoraesSommelier e Estudante de Pós-graduação em Viticultura e Enologia

Curitiba - Brasil

Vinho do Dão: Riqueza, tradição e tecnologia

A opinião dos outros

XXIV

A Adega Cooperativa de Mangualde nasceu na década de 60, década marcada pela valorização, expansão e implementação do espírito e valores cooperativos em Portugal. De facto, a agricultu-ra na sociedade, potenciada pelo cooperativismo, possibilitou o seu desenvolvimento e organização como componente socioeco-nómica estrutural nas diferentes regiões portuguesas.

Assim, no dia 4 de Dezembro de 1963, assente em valores de-mocráticos e de responsabilidade social, foi constituída a Adega Cooperativa de Mangualde, CRL. por escritura pública.

Em 1972, a Adega, já com sede própria, laborava pela primei-ra vez, aproximadamente meio milhão de quilos de uvas dos seus cooperantes produtores de uvas. Sem recursos a apoios estatais, foram os cooperantes a origem de todo o capital investido.

Na década de 90, iniciou-se um processo de investimento e modernização, quer ao nível de instalações, como ao nível de equipamentos laboratoriais e de controlo de qualidade dos vi-nhos. Pela primeira vez, a Adega recorreu a fundos estatais e co-munitários, construindo um centro de vinificação e estabilização para vinhos e investindo numa linha de engarrafamento própria. Também, ao nível de recursos humanos, houve uma aposta na formação e contratação de pessoal qualificado nas áreas de eno-logia e gestão e foram desenvolvidas parcerias com entidades e instituições locais.

Actualmente, a Adega de Mangualde procura manter e me-lhorar os seus padrões de qualidade, que se reflectem nos seus vi-nhos. Também, a par da evolução tecnológica e social, existe uma cultura de marketing em constante desenvolvimento, assente no marketing sensorial, na estimulação dos sentidos. Nesse âmbito, existe uma dinâmica de marcas e vinhos para diferentes públicos.

Tem-se assistido a uma evolução e associação crescente entre o turismo e a agricultura. Assim, o vinho e os trabalhos associa-dos à sua produção e concepção têm despertado um interesse crescente para a sociedade e economias locais, não só na com-ponente gastronómica, como também na componente do eno-turismo.

Nesse sentido, em 2013 foi efectuada e aprovada a candidatu-ra ao programa PRODER - Abordagem LEADER, estando neste mo-mento a decorrer as obras que darão origem ao Centro Interpre-tativo da Vinha e do Vinho da Adega Cooperativa de Mangualde, com inauguração prevista para o segundo semestre do presente ano. A nova valência visa a fortificação e implementação de uma

Adega Cooperativa de Mangualde

Adega Cooperativa de Mangualde

Morada: Quinta do Melo - 3530-250 MangualdeTelefone: 232 623845

Email: [email protected] de fundação: 1963

Enólogo: Jaime MurçaPrincipais referências: Castelo de Azurara e Adega de Mangualde

Website: www.acmang.com

cultura vitivinícola na região que permita aos seus visitantes sentir intensamente todo o ciclo da vinha e do vinho, bem como os seus costumes e sabores.

Novos vinhos:Castelo de Azurara Tinto 2011Cor vermelha, aromas baunilhas, com toque suave a frutos se-

cos. Na boca demonstra grande complexidade, originada pela sua boa estrutura e taninos redondos.

Castelo de Azurara Encruzado 2013Cor Amarelo palha, aroma floral com notas de especiarias. Na

boca demostra grande equilíbrio originado pela combinação da sua mineralidade com a sua invulgar estrutura. Termina com fres-cura e equilíbrio.

Castelo de Azurara Aragonez 2012Cor vermelha intensa, aroma complexo com notas a frutos se-

cos. Na boca está equilibrado, encorpado com taninos redondos e final de boca persistente.

Sugestão Gastronómica Castelo de Azurara Tinto 2011 - Torresmo da BeiraCastelo de Azurara Encruzado 2013 - Trutas abafadasCastelo de Azurara Aragonez 2012 - Cabrito assado no forno

XXV

Sandinus

Sandinus surgiu do sonho de uma família nascida e criada nes-tas terras. Um sonho que querem partilhar. Sandinus é um projecto inovador, ancorado na Adega Cooperativa de Mangualde. Ao abri-go do protocolo estabelecido entre a cooperativa e os associados aderentes é permitido que o associado vinifique separadamente nas instalações da Adega Cooperativa uma pequena parte das suas uvas e que comercialize com marca própria.

A marca Sandinus insere-se num vasto projecto que está a ser desenvolvido pelos proprietários da Quinta dos Cedros. O grande enfoque do projecto é o Enoturismo. A Quinta dos Cedros conta com uma adega tradicional, com lagar de pedra e chão de terra, destinado a provas de vinho e organização de eventos até 20 pes-soas. Deste projecto faz parte a reabilitação de três pequenas ca-sas de campo que serão transformadas em habitações para férias.

A Quinta dos Cedros é uma pequena propriedade com cerca de 7 hectares, localizada na freguesia de Alcafache. O seu nome tem origem na pequena mata de cedros que existe na propriedade, onde se podem encontrar árvores com idades entre 1 e mais de 60 anos. As roseiras são uma constante, transmitindo energia, beleza e muita cor à paisagem.

Na Quinta dos Cedros é possível a interacção com diversos ani-mais domésticos e do campo, como galinhas, patos, pombas, coelhos e porcos, não esquecendo os estimáveis cães e gatos. Os cerca de 5 hectares de vinha estão divididos em várias parcelas, todas alinhadas

Quinta dos Cedros

Morada: Rua da Quelha, 1, Casal Sandinho - 3530-022 MangualdeTelefone: 965050115

Email: [email protected] de fundação: 2012

Enólogo: Jaime Murça Principal rótulo: Sandinus

WEB: www.qcedros.pt - Faceboock.com/qcedros

na mesma orientação, transmitindo uma simetria invulgar. A paisa-gem é ainda enriquecida com um pequeno olival em bordadura das vinhas, elemento tradicional e diferenciador do Dão.

A nomenclatura da marca teve origem no cavaleiro de nome Sandinus que possuía terras nestas áreas. Há notícias de um San-dinus Randúlfizi, no início do século XII; era proprietário de terras na zona de Viseu e foi mandado por D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, presidir à alçada que inquiriu Viseu, seu aro e termo. Dai a origem do nome da localidade onde se encontra a quinta - Casal Sandinho.

Vinhos

Sandinus branco Encruzado 2013Cor amarelo limão. Aroma floral com algumas especiarias à mistu-

ra, o que lhe confere grande complexidade. Na boca sente-se crocan-te, proporcionado pela sua estrutura e equilíbrio dos ácidos.

Sandinus Private Selection Reserva 2011Cor vermelho vivo. Aroma a baunilha, com nuances de fruta

vermelha.

Propostas gastronómicas:

Sandinus branco Encruzado 2013 - Bacalhau à lagareiroSandinus Private Selection Reserva 2011 - Borreguito assado

no forno de lenha

XXVI

A história da Quinta de São Francisco remonta ao Século XVIII e a função de origem da Quinta era como Solar do Visconde de Treixedo, em Lourosa de Cima. A Quinta ostenta uns majestosos jardins, cujo traçado e percurso foram desenhados ao estilo bar-roco.

A Quinta de São Francisco está localizada em plena Beira Alta no coração da Região Demarcada do Dão, implantada numa das zonas mais ricas de Portugal em termos de usos e costumes, está perfeitamente enquadrada com a rusticidade do local e constitui um bom exemplo da construção das casas senhoriais do século XVIII.

A quinta foi adquirida em 1996 por Horácio Marques da Rua e foi a concretização de um sonho – a produção de vinho. Não sendo de origem uma quinta com produção de vinho, foi toda plantada com as castas Touriga Nacional e Tinta Roriz em 1998.

A Quinta de S. Francisco apresenta uma área de 8 hectares de vinha, que beneficiam de uma excelente exposição solar e encon-tram-se a uma altitude de cerca de 400 metros com solo granítico.

A Quinta iniciou a sua produção em 2010 com os vinhos “Chão da Quinta”, que exprimem todo o terroir que esta região emana. Os primeiros vinhos “Chão da Quinta apresentaram-se em duas gamas de tinto, o Colheita (50% Touriga Nacional e 50% Tinta Roriz) e um monocasta de Touriga Nacional. Em 2012 alargou o leque de oferta e deu início à produção de um vinho branco sob a marca Chão do Vale. Em 2013 alargou-se a gama Chão da Quinta, com a introdução no final de 2013 de um lote especial de cerca de 1000 garrafas de Touriga Nacional com estágio mais prolongado em bar-ricas. A par da marca Chão da Quinta, produz ainda um lote de vi-nho branco sob a marca “Chão do Vale”, um Lafões DOP, elaborado a partir das castas Cerceal e Arinto.

Neste momento a Quinta de S. Francisco tem uma produção de cerca de 40 mil garrafas/ano com tendência a aumentar.

Quinta de São Francisco

Quinta de S. FranciscoMorada: Quinta de S. Francisco, Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Telefone: 232 431 214 Email: [email protected] de fundação: 2010 Enólogos: Vines & Wines

Principais marcas: Chão da Quinta e Chão do ValeChão da Quinta Tinto 2010, Chão da Quinta Premium Selection, Chão do Vale.

Prémios: Chão da Quinta Premium Selection Colheita de 2010 - Medalha de Prata Concurso Mundus Vini 2012; Chão da Quinta Premium Selection Colheita de 2011 - Medalha de Ouro - Concurso “Os melhores vinhos no Produtor 2012”, organizado pela CVR

Dão; Chão da Quinta Premium Selection Colheita de 2011 - Medalha de Bronze - Concurso Decanter 2013; Chão da Quinta Premium Selection Colheita de 2011 - Medalha de Bronze - Concurso Vinhos de Portugal 2013; Chão da Quinta Premium Selection Colheita

de 2010 - Medalha de Prata - XV Concurso de Vinhos ACIC Coimbra 2013Website: www.chaodesaofrancisco.pt

Vinhos novos:

Chão da Quinta Classic 2012É um vinho com aspecto brilhante, apresenta uma cor rubi

profunda com nuances violeta. Elegante aromaticamente, deno-tam-se desde logo as notas de frutos vermelhos bem maduros, ameixa e amora, casados com um leve toque de pimenta preta, cacau e baunilha. No palato é um vinho que revela um corpo bem estruturado com bom volume de boca, com presença de taninos firmes. O vinho apresenta elevado requinte e persistência, óptimo para beber já mas que vai evoluir muito bem na garrafa. Pode guardá-lo por mais 12 anos.

Chão do Vale Branco 2013Aspecto brilhante e cor citrina. Apresenta um

aroma complexo de fruta exótica aliado a uma mine-ralidade expressiva. Na boca é fresco, longo e muito equilibrado

Propostas gastronómicas:

Chão da Quinta Classic 2012Deve ser servido à temperatura de 16 a 18ºC a acompanhar

pratos de carnes vermelhas e assados.

Chão do Vale Branco 2013 - Acompanha pratos de peixe e mariscos.

Novos lançamentos:

Chão da Quinta Touriga Nacional Signature 2011

Em Novembro será lançado um lote especial de cerca de 1200 garrafas de Touriga Nacional, com um estágio mais prolongado em barricas de carvalho Francês. Este lote será lançado apenas em anos muito bons.

Chão da Quinta Premium Selection 2011O Chão da Quinta Premium Se-

lection tem lançamento previsto para meados de Setembro, num total de se-rão lançadas ainda cerca de 6700 gar-rafas.

XXVII

Portugal é um país vitícola fascinante. A diversidade de terroir num território pequeno, se comparado com as dimensões continentais do Brasil, nos permite viajar em poucas horas de um lugar para a outro, tão distintos entre si.

Ali, a interacção entre homem e natureza se dá de for-ma plena. Todo pedaço de terra é cultivado ou preservado. Mesmo em terrenos onde a intervenção do homem pa-recia impossível estão plantadas videiras, olivais e outras culturas.

A região do Dão, circundada pelas serras da Nave (Norte), Estrela (nascente) e Caramulo) a poente, situada no centro-norte do país, propiciam um microclima que torna a região mais fresca, com boas variações de tempe-ratura que parecem ser ideias para maturação das castas autóctones. Castas, que originam vinhos com equilíbrio, persistência, de aromas e sabores marcantes. Vinhos que evidenciam as suas qualidades quando servidos à mesa, acompanhando comidas regionais.

Os brancos da casta Encruzado, natural da região, sur-preendem pela bela acidez, untuosidade e mineralidade. Esta variedade, pouquíssimo conhecida e difundida, pro-duz vinhos tão nobres e interessantes como os melhores alvarinhos de Monção. Comparáveis a um grande Char-donnay da Borgonha.

Já os tintos são caldos com classe. Seduzem pelos aro-mas, enchem a boca e jamais cansam o paladar. Tintos gas-tronómicos, de acidez equilibrada, com taninos presentes, porém bem resolvidos. Vinhos que merecidamente podem ser chamados elegantes.

A Touriga Nacional encontrou ali o seu berço e onde se expressa de forma plena, seja nos tradicionais cortes ou em vinhos monocasta.

O montanhoso Dão merece sem dúvida destaque, den-tro do ecléctico cenário vitícola lusitano. Terra de vinhos com muito carácter, que ficam na memória.

Wagner GabardoSommelier Wine Senses

Brasil

Impressões do Dão

A opinião dos outros

XXVIII

Quinta Mendes Pereira

Quinta Mendes Pereira Morada: Quinta da Sobreira, Oliveira do Conde - 3430-350

Carregal do SalTelefone: 939 559 990

Email: [email protected]ólogo: António Narciso

Principais marcas: Quinta Mendes Pereira (QMP)Website: www.qmp.com.pt

A Raquel Mendes Pereira não sabia nada de vinhas, de quintas, de terroir, de castas e de Dão. A Raquel sabia pouco de Portugal. Foi por amor, ao pai, às filhas e à terra que há dez anos deixou no Brasil a cidade do sul que nunca dorme e veio viver para o peque-no rectângulo ancestral. Terra que foi de seu pai, de onde um dia ele partiu para ganhar a vida no Brasil, sobretudo na cosmópole, São Paulo.

A “braseleira”, como se ri de si própria quando esbarra o seu sotaque paulista, naquela fala de “chechs” serrados típicos da Beira Alta, aprendeu do início tudo o que havia para saber sobre vinho, mas sobretudo a conhecer os homens, a terra e o tempo. Arrancou, plantou, perdeu, afinou até que acertou.

Hoje a Quinta Mendes Pereira é uma referência nos elegan-tes e complexos vinhos do Dão e, por inerência, grandes vinhos portugueses. Numa pequena exploração, onde entrou por investi-mento toda a tecnologia e não saiu nenhuma tradição.

Oliveira do Conde, aldeia bonita do concelho de Carregal do Sal, tem no sangue das suas gentes o cultivo da vinha e a produção de vinho. É essa a sua história e o seu passado. A Quinta Mendes Pereira é uma das maiores explorações particulares de todo o Dão e, na palavra dos entendidos, uma das melhores. “Mesmo em ano de pouco vinho, aquelas terras são abençoadas por Deus” diz-se lá em Oliveira. As coisas muito boas têm sempre por trás algo de extraordinário.

Reserva Touriga Nacional 2010

Vinho estruturado, com volume e fruta delicada, bem típica da casta. Predominam as notas de compota de fruta vermelha e toques doces, ao que ajudou o estágio em madeira nova, que concentrou o vinho, ficando assim mais volumoso e redondo. Final per-sistente, onde ressalta a complexidade de aromas, a mineralidade e frescura.

Reserva Rosé Touriga Nacional 2011

No Dão este é um vinho com pala-dar muito jovem, com aromas de boca intenso, com fruta vermelha bem viva. Na boca apresenta-se fresco, estrutu-rado e com final persistente.

Branco Encruzado 2011

Vinho com paladar fresco, com aromas de boca intenso, bem frutado e típico. Na boca apresenta-se inten-so, estruturado e volumoso com final persistente. Ressalta a untuosidade e volume com acidez marcante.

XXIX

Após um desafio lançado aos produto-res no ano passado, a Cooperativa de Oli-vicultores de Nelas vai lançar na Feira do Vinho do Dão o azeite virgem extra “Olivais do Dão. Em entrevista à Gazeta Rural, Ma-dalena Prata Barros, presidente da Coope-rativa, mostra-se confiante, na nova aposta, para valorizar a variedade galega que pro-duz azeites diferenciadores.

Gazeta Rural (GR): Qual a actividade da Cooperativa de Olivicultores?

Madalena Prata Barros (MPB): A Coope-rativa presta o serviço de extracção de azeite aos agricultores que são sócios. Colhem e transportam a azeitona até ao lagar e levan-tam a totalidade do azeite produzido.

GR: Que tipo de azeite produz?MPB: A matéria-prima é fundamental-

mente a azeitona de olivais tradicionais com oliveiras centenárias. De forma geral não são tratados, pelo que a azeitona não é sã. O azeite obtido, é, assim, maioritaria-mente lampante, que só pode ser comer-cializado para a Indústria de Refinação.

A quantidade de azeite virgem extraído por campanha é muito pequena. E a quanti-dade de azeite virgem extra é praticamente diminuta. Esta situação tem inibido a Coo-perativa de comercializar azeite.

GR: Na Feira do Vinho do Dão vão lan-

çar o azeite virgem extra “Olivais do Dão”?MPB: Sim. Na campanha anterior desa-

fiámos um conjunto de agricultores, a altera-rem alguns comportamentos nomeadamente o não entulhamento da azeitona. Nós, num sistema de extracção com possibilidades de higienização entre produções, conseguimos extrair azeite virgem extra. É este azeite que vai ser colocado no mercado.

As quintas aderentes vão colocar no mercado com as suas respectivas marcas e a Cooperativa vai comercializar com a mar-ca Olivais do Dão

Na Feira do Vinho do Dão

Cooperativa de Olivicultores de Nelas lança azeite virgem extra “Olivais do Dão

GR: Como enquadra o azeite numa região profundamente vitícola?

MPB: A oliveira antiga da galega faz parte do património de quase todas as explorações. O seu azeite, tem na minha opinião características suficientemente diferenciadoras para conquistar nichos de mercado que o valorizem.

É necessário que cada agricultor se posicione perante o intervalo de rentabili-dade padrão da região que a Cooperativa desenvolveu num estudo prático.

XXX

A Sogrape entrou na região do Dão, em 1957, através da aqui-sição da sociedade Vinícola do Super Dão, que passou a denomi-nar-se Vinícola do Vale do Dão e a produzir, para além do Reserva Dão (“Dão Pipas”), o então lançado Dão Grão Vasco, que alcança-ria, rapidamente, enorme sucesso. Coube então à Sogrape um im-portante papel pioneiro na modernização técnica, na valorização e difusão das castas nobres regionais e na recuperação da imagem de qualidade dos vinhos do Dão.

A compra da Quinta dos Carvalhais, uma bonita propriedade no concelho de Mangualde, junto a Nelas e Alcafache, desenca-deou em 1988 um processo de fortes investimentos da empresa na Região Demarcada do Dão, com o plantio de novas vinhas com castas nobres regionais (as tintas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Pinheira; e as brancas Encruzado, Assa-rio, Verdelho, Bical e Cerceal), assim como a construção de um moderno centro de vinificação na Quinta dos Carvalhais, que ficou pronto no período recorde de nove meses, tendo começado a fun-cionar na vindima de 1990 com os primeiros estudos de monova-rietais (Encruzado e Touriga Nacional) e o lançamento de um novo vinho - “Duque de Viseu” - que se juntou ao Dão Grão Vasco numa história de sucesso em qualidade e volume.

A Quinta dos Carvalhais é, actualmente, uma verdadeira refe-rência na vitivinicultura portuguesa, tendo sido decisiva na defesa dos interesses e das condições de vida de muitos pequenos vitivi-nicultores que aí entregam as suas uvas, bem como na produção de vinhos de qualidade extra dirigida pela sabedoria e paixão da enóloga Beatriz Cabral de Almeida.

Com uma área total de 105 hectares, 50 dos quais de vinhas, a Quinta dos Carvalhais produz, exclusivamente com uvas próprias, preciosos vinhos que honram a tradição e a reputação do Dão, casos do Único, do Quinta dos Carvalhais Reserva, Quinta dos Car-valhais Colheita, todos os Quinta dos Carvalhais varietais, Quinta dos Carvalhais Colheita Tardia, etc. Com uvas próprias e uvas ad-quiridas são produzidas o Duque de Viseu (Branco e Tinto) e o Dão Grão Vasco (Branco e Tinto).

Quinta dos Carvalhais

Sogrape Vinhos

Ano de fundação: 1942Morada: Rua 5 de Outubro, 4527 - 4430-761 Avintes

Telefone: 227 850 300Email: [email protected]

Website: www.sograpevinhos.euQuinta dos Carvalhais

Enóloga: Beatriz Cabral de AlmeidaPrincipais rótulos: Grão Vasco Branco, Grão Vasco Tinto,

Quinta dos Carvalhais, Duques de Viseu Branco e Duque de Viseu Tinto.

Feito com 58% Encruzado e 42% Verdelho

o Quinta dos Carvalhais Reserva Branco 2010 é a nova pérola da região do Dão. Apresen-ta uma cor amarelo palha, clara e brilhante. Com uma boa intensidade aromática, revela notas de biscoito de manteiga, frutos secos e mel, bem como toques minerais e algum vegetal, conferindo frescura e complexidade ao lote. O volume de boca, o aroma da barri-ca de carvalho onde estagiou e novamente as notas de frutos secos e mel, estão perfeita-mente equilibrados com a acidez muito viva. É um vinho austero e elegante, que termina num final longo e delicado.

Quinta dos Carvalhais Colheita é um vi-nho tinto do Dão de excepcional qualidade, expoente máximo da elegância e riqueza e herdeira dos saberes antigos. Feito com 59% Touriga Nacional, 21% Alfrocheiro e 20% Tinta Roriz apresenta uma cor vermelha muito den-sa e um aroma delicado, onde sobressaem os frutos pretos (ameixa, amoras) e notas florais em harmonia com aromas balsâmicos frescos e um toque mineral. A madeira, bem integra-da, está presente apenas em notas muito delicadas, contribuindo para a complexidade do vinho. Na boca tem um ataque estimulan-te, com taninos bem polidos e envolventes a conferirem uma bela estrutura que, combina-da com uma acidez viva, fazem deste vinho um exemplo de equilíbrio e harmonia.

Novos vinhos:Quinta dos Carvalhais Reserva Branco 2010

Quinta dos Carvalhais Colheita Tinto 2010

Propostas gastronómicas:Quinta dos Carvalhais Reserva Branco 2010 - Trufas brancas,

numa versão mais contemporânea, ou cabrito assadoQuinta dos Carvalhais Colheita Tinto 2010 - Excelente acom-

panhamento para pratos de carne, caça e queijos amanteigados.

XXXI

Quando em 2003 o empresário Carlos Torres decidiu recuperar a casa dos avós, José e Maria José Antunes da Cunha, onde ia passar as férias quando era pequeno, na aldeia da Lapa do Lobo, entusiasmou-se e recuperou outras tantas casas, que deram origem a um turismo de charme e ainda a uma fundação muito activa e dinâmica, pro-motora das mais diversas iniciativas cultu-rais.

Inauguradas em Maio deste ano, as Ca-sas do Lupo são um dos grandes apoiantes da XXIII Feira de Vinhos do Dão, sendo lá também que pernoitarão alguns dos convi-dados. A recuperação destas casas foi fiel à utilização de materiais de construção tradi-cionais da região, como o granito e a madei-ra. A decoração assentou na recuperação de móveis antigos, muitos deles pertencentes aos proprietários. Os espaços exteriores fo-ram criados segundo um conceito minima-lista, com contrastes entre a ancestralidade das oliveiras existentes e a modernidade de algumas intervenções.

O complexo Casas do Lupo é composto por quatro casas e oito quartos, todos deco-rados de forma moderna mas diferentes uns dos outros. É no núcleo principal de casas que dão para o principal largo e ponto de encontro da aldeia, onde também se encon-tram as zonas de lazer comuns, constituídas por sala de pequenos-almoços, sala de estar

Casas do Lupo: Turismo de charme na Lapa do Lobo

e bar, bem como o jardim, com piscina e bar de apoio com esplanada.

Parte do projecto, a funcionar desde 2010, é a Fundação Lapa do Lobo, também ela uma casa recuperada, onde como o pró-prio nome indica existe uma fundação com objectivos culturais e pedagógicos, que in-

tegra um espaço cibernético, uma bibliote-ca, um espaço para exposições, um auditó-rio para cerca de 90 pessoas e um espaço multifuncional para organização de cursos de aprendizagens diversas, o que necessa-riamente trouxe à localidade e à zona uma grande dinamização cultural.

XXXII

O casal suíço Elisabeth e Peter Eckert comprou em Janeiro de 1991 uma quinta bastante abandonada com 4 ha na freguesia Oli-veira do Conde, em Carregal do Sal. Peter Eckert tinha trabalhado nos anos 80 como administrador de uma Companhia de Seguros em Portugal. Viajara muito, conhecia bem o país, mas tinha uma grande preferência pelo Dão. Como Elisabeth, a esposa, e as três filhas do casal têm todas ‘Maria’ no nome, resolveram chamar à propriedade “Quinta das Marias”.

Enquanto a esposa começou a renovar a casa, Peter Eckert meteu mãos à obra na vinha. Surribaram-se dois ha de terreno, com a ajuda de António Coelho Lopes, que entrou nos serviços da Quinta em Fevereiro de 1991 e que ainda hoje é o responsável da quinta. Esta vinha foi alargada ao longo dos anos através da compra de vários terrenos adjacentes, tendo hoje a quinta 12 ha, sendo 10 de vinha, com uma produção anual de 40 mil garrafas.

Em 1998 começou a frutuosa colaboração com o enólogo An-tónio Narciso que ainda hoje presta apoio enológico à Quinta. Uma primeira adega foi construída em 1994 e uma segunda, bem maior e melhor, em 2005. A Quinta das Marias apostou sempre nas castas autóctones do Dão, como o Encruzado, para os bran-cos, e na Touriga-Nacional, Jaen e Alfrocheiro para os tintos, tendo como referência a qualidade e o segmento Premium.

Quinta das MariasMorada: Oliveira do Conde - 3430-364 Carregal do Sal

Telefone: 935 807 031 Email: [email protected] de fundação: 1991

Enólogos: Peter Viktor Eckert e António NarcisoPrincipais rótulos: Quinta das Marias

Principais prémios: Várias medalhas de Ouro nos concursos da CVR do Dão e o “Melhor Vinho Varietal do Ano”, no Concurso Nacional de Vinhos de 2014.

Website: www.quintadasmarias.com

A Quinta das Marias foi eleita “Descoberta do ano” pela Re-vista Vinhos e ganhou várias medalhas nos concursos da CVRD. A cereja no topo do bolo chegou em 2014, quando um júri inter-nacional no Concurso Nacional dos Vinhos, organizado pela Vini-portugal, atribuiu ao Touriga Nacional Reserva 2011 o prémio do “Melhor Vinho Varietal do Ano”.

Vinhos

Nos brancos a Quinta das Marias tem um único vinho um mo-nocasta “Encruzado”, que tem recebidos bastantes elogios e fama nos bons restaurantes da Linha de Cascais, por acompanhar muito bem os pratos de peixe e de marisco. Este vinho tem também uma grande aceitação na Suíça, no Canada e na Alemanha.

Nos tintos, a Quinta das Marias lança todos os anos dois vi-nhos de monocasta, um Alfrocheiro, com uma edição limitada de 1200 garrafas, e um Reserva Touriga Nacional, que em 2014 re-cebeu o prémio do Melhor Vinho Varietal do Ano, no Concurso Nacional de Vinhos.

Nos ‘blends’, a Quinta das Marias tem um vinho com o nome “Lote”, feito com as quatro castas tradicionais do Dão, Touriga Nacional, Tinta-Roriz, Alfrocheiro e Jaen. Produz todos os anos um Reserva, com o nome de “Cuvée TT”, onde o TT salienta as cas-tas Touriga Nacional e Tinta Roriz. Fora do ritmo anual, a Quinta lançou em 2005 e em 2010 um vinho de “Garrafeira” que é actual-mente o topo de gama.

XXXIII

Símbolos de QualidadeQuinta das Marias - Oliveira do Conde - 3430-364 Carregal do Sal

Tel. 93 580 70 31 - www.quintadasmarias.com

XXXIV

A Vinícola de Nelas, situada no coração da Região Demarca-da do Dão, foi fundada em 1939 dedicando-se desde o inicio ao comércio de vinhos e seus derivados. Nesse mesmo ano, com o inicio da Segunda Guerra Mundial, a Vinícola de Nelas teve logo uma forte expansão na comercialização de vinhos e aguardentes, destinados para o esforço de guerra dos países envolvidos.

Na década de cinquenta, o mercado ultramarino tornou-se uma rampa de lançamento para uma nova etapa de crescimento da empresa, culminando com a construção de modernas instalações no porto de Luanda.

No ano de 1990, uma nova fase da empresa foi materializada com a construção de um centro de vinificação com a capacidade de produção de 2.500.000 litros/campanha, passando a ter uma adega moderna com os mais recentes e adequados equipamentos, permitindo o aproveitamento de todas as potencialidades das ex-celentes uvas adquiridas aos agricultores da Região do Dão.

A Vinícola de Nelas, ao longo dos seus 75 anos, para além do mercado nacional, tem feito uma aposta forte no mercado exter-no, atingindo este ano 25% das suas vendas.

Vinícola de Nelas

Vinícola de Nelas, SAMorada: Areal, Apartado 2 - 3520-061 Nelas

Telefone: 232 944 243 Email: [email protected] de fundação: 1939

Principais rótulos: Estrémuas, Escanção, Status, Oiro da Beira, Chão do Monte, Vinelas, Encosta de Nelas e VN.Principais Prémios: Medalha de Ouro no Challenge International du Vin (França), na Vinexpo 1995; Medalha de Ouro no Challen-

ge du Vin (França), na Vinexpo 1995 com o Escanção Branco de 1992; Medalha de Ouro no “10º concurso Enologico Internazio-nale” de “La Selezione del Sindaco” com o Status Touriga Nacional 2008 e Medalha de Prata - Concurso Nacional de Vinhos 2012

- Quinta das Estrémuas Touriga Nacional 2007Website: www.vinicola-nelas.pt

Novos vinhos:

Vinho Tinto Quinta das Estrémuas Touriga-Nacional 2008

Apresenta uma cor vermelha forte, com reflexos púrpura, aroma muito complexos e requintados de frutos silvestres bem madu-ros, aliados a notas violeta e chocolate. Na boca é profundo, cheio e musculado. Este vinho demonstra uma excelente riqueza fe-nólica, o que lhe confere um elevado poten-cial de envelhecimento. É um vinho que se apresenta pronto para se consumir no en-tanto a sua qualidade melhorará certamente nos próximos 5 anos.

Deve ser servido à temperatura de 18 ºC

Vinho Tinto STATUS Grande Escolha 2012Apresenta uma cor vermelha profunda

com reflexos púrpura, um aroma complexo e requintado com nuances de frutos

vermelhos bem maduros, de elevada ele-gância.

Na boca revela-se intenso e profundo, aveludado, apresentando um final requinta-do e persistente.

STATUS Branco Colheita de 2013Apresenta um aspecto cristalino e cor

citrina. O aroma demonstra-se exuberan-te e requintado com nuances florais muito frescas. Na boca revela-se fresco, com boa estrutura, apresentando um final elegante e longo.

Propostas gastronómicas: Vinho Tinto Quinta das Estrémuas Touriga-Nacional 2008 Arroz de javali com míscaros; Rancho à moda de Viseu e com

todos os pratos robustos gastronomia portuguesa.

Vinho Tinto STATUS Grande Escolha 2012Rojões à beirão; cabrito assado em forno de lenha, chanfana e

o tradicional enchido beirão.

STATUS Branco Colheita de 2013Bacalhau à beirão; truta salmonada assada em forno de lenha,

perdiz de caça ou queijo Serra da Estrela com um ano de cura.

XXXV

Novo StatusGrande Escolha 2012,

Branco 2013 e Rosé 2013

Os vinhos do Dão revelam o melhor da região onde nascem: diversidade, exuberância, robustez e carácter. Os tintos resultam complexos mas delica-dos, muito elegantes e encorpados e com uma acidez excepcional. Revelam um grande potencial de envelhecimen-to. Os brancos, de cor citrina, sugerem aromas frutados, complexos e delica-dos, são frescos na boca e apresentam uma acidez equilibrada. O final de boca é exuberante.

No Dão também se produzem ro-sés com sedutores aromas florais e frutados, que apresentam uma acidez equilibrada e um sabor fresco e per-sistente. Os espumantes são verdadei-ras expressões de requinte e sedução, apresentando aromas frutados, sabo-res frescos e uma rara elegância.

Graças à sua diversidade, estes vinhos harmonizam com uma grande variedade de iguarias, desde as carnes mais condimentadas (para os tintos) aos peixes frescos e frutos do mar (para os brancos ou rosés) passando pelas entradas ou sobremesas (para rosés ou espumantes).

Os vinhos do Dão

XXXVI

Depois de mais de 30 anos de experiência e plantados por 32 hectares de vinha, eis que surge a ideia de construir uma adega e criar a sua própria marca. Esta a ideia que João Barbo-sa colocou em prática, depois de ter passado pela presidência das Adegas Cooperativas de Penalva do Castelo e UDACA. Foi assim que surgiu a Adega da Corga, marca com que o produtor se apresenta no mercado.

É nas encostas do rio Dão, em Pindo, no concelho de Pe-nalva do Castelo, num terroir magnífico, que estão situadas as vinhas, onde se destaca a casta Rainha do Dão – a Touriga Nacional -, que dão origem a vinhos topo de gama. Com mais de 40 anos de história, estas cepas produzem um néctar cri-teriosamente seleccionado com as melhores uvas, para que se atinja um padrão de qualidade bastante elevado, que os clientes e os vários prémios obtidos comprovam.

A Adega da Corga tem instalações com capacidade de ar-mazenamento para 500.000 litros, equipadas com tecnologia de ponta, apenas engarrafa vinhos em anos de qualidade com-provada, produzindo cerca de 28.000 garrafas por ano.

Adega da Corga

Adega da Corga Morada: Rua da Capela - Corga - 3550-243 Pindo

Telefone: 919520975 - 967507201 Email: [email protected]

Enólogos: Wines & Wines e Rafael FormosoPrincipais prémios:

“Adega da Corga Reserva Touriga Nacional” foi galardoado com o prémio “O Grande Vinho do Dão” em 2010 e 2011

Adega Da Corga Branco 2012Vinho com boa acidez, que mostra a frescura e esplendor das

castas Arinto, Malvasia Fina e sobretudo Encruzado, características da Região do Dão. Nariz vivo e elegante, com notas de aromas citri-nos, de frutas bem maduras. Harmonioso e bom final de boca.

Deve ser bebido a uma temperatura de 10 a 12ºC

Adega Da Corga Rosé 2012Vinho com uma estrutura complexa invulgar num rosado, deri-

vado da monocasta que o compõe - a Touriga-Nacional. Notas de framboesa, de frutas bem maduras e equilibrado, sensação de leveza e frescura com um final muito elegante.

Deve ser bebido a uma temperatura de 10 a 12ºC

Adega da Corga Reserva Touriga Nacional 2011‘Eleito O Grande Vinho do Dão’Um Reserva bastante arredondado, com estrutura, donde se destaca

os aromas a frutos silvestres com leves notas de chocolate o que confere nobreza ao vinho. Nariz complexo. Final de boca complexo e longo.

XXXVII

Touriga Nacional

Apesar de ser actualmente plantada noutras regiões de Portu-gal, é no Dão que revela todo o seu potencial, devido às caracterís-ticas do clima e aos solos graníticos.

A Touriga Nacional acrescenta aos vinhos aromas frutados in-tensos e complexos. Torna-os cheios e enriquece-os em corpo, per-sistência e robustez. Uma das grandes particularidades dos vinhos produzidos a partir da Touriga Nacional é o facto de envelhecerem de forma extraordinária, com uma elegância e um aroma raros e persistentes.

Jaen

Em Portugal, a presença da Jaen é quase exclusiva do Dão. Na hora de produzir o vinho, dá origem a exemplares elegantes, perfu-mados, macios e com um teor alcoólico regular.

Aragonez ou Tinta Roriz

A Aragonez ou Tinta Roriz é a mais versátil das castas ibéricas, capaz de se adaptar a diferentes climas e solos. Bem trabalhada, esta casta produz vinhos harmoniosos, elegantes e com grande ca-pacidade de envelhecimento.

Alfrocheiro

Originária do Dão mas já muito cultivada no sul do país, a casta Alfrocheiro dá origem a vinhos ricos em cor e aromas frutados que revelam um excelente equilíbrio entre álcool, taninos e acidez.

Castas Tintas do Dão

XXXVIII

A Quinta do Carvalhão Torto fica situada no concelho de Nelas, centro geográfico da Região Demarcada do Dão. A sua história tem um passado indelevelmente ligado à produção de vinho do Dão, sen-do propriedade de uma família ancestralmente ligada à vitivinicul-tura, iniciou a produção de vinhos próprios em 2004. Possui uma área de seis hectares de vinha repartidos pelas principais castas da região do Dão, como Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen, Alfrocheiro, Encruzado e Malvasia Fina.

A estratégia da Quinta do Carvalhão Torto passa pelo controlo rigoroso das vinhas, garantindo a produção de uvas de elevada qua-lidade organoléptica. Enologicamente é adepta das características endógenas, da genuinidade dos vinhos produzidos, reveladores da especificidade do “Terroir” local, sendo a enologia da responsabi-lidade da terceira geração da família. Alguns críticos consideram os nossos vinhos como os que “melhor representam o Dão Clássico” - In “Vinhos de Portugal de João Paulo Martins”.

A qualidade dos vinhos produzidos pela Quinta do Carvalhão Torto tem sido reconhecida internacionalmente, como o demons-trem os galardões recebidos em vários concursos Internacionais.

Carvalhão Torto - Sociedade de Vinhos, Unipessoal, Lda

Morada: Rua Dr. Eurico Amaral, n.º 39 - 3520-050 NelasTelefone: 232 944 385Email: [email protected] de fundação: 2004Enólogos: José C. Lopes Oliveira e Luís M. H. OliveiraPrincipais rótulos: Quinta do Carvalhão Torto e Estrada da Corte.Principais prémios:Premiado com “Wine Commended em 2008” “Quinta do Carvalhão Torto - Reserva 2004”;Premiado com “Wine Commended em 2010” “Quinta do Carvalhão Torto 2005”; Medalha de Ouro em 2011 no concurso Interna-cional Selezione del Sindaco em Itália, com o Reserva de 2007, e em 2013 duas medalhas de Prata no concurso Selection, na Ale-manha, com o Estrada da Corte Colheita 2011 e o Quinta do Carvalhão Torto 2008.Website: www.carvalhaotorto.pt

Estrada da Corte - Branco Dão DOC de 2013

Elaborado com as castas Encruzado, Malva-sia-fina, Rabo de Ovelha e Bical, apresenta uma cor citrina, muito aromático, um sabor rico a fruta, mi-neral, com uma acidez que lhe confere uma excelente frescura. Na boca apresen-ta uma frescura crocante, volumoso com um final persistente.

Carvalhão Torto Tinto 2008

Elaborado com as cas-tas Touriga Nacional e Tin-ta Roriz, produzidas em regime de protecção inte-grada, foi vinificado com controlo de temperatura e maceração prolongada.

Apresenta cor rubi e aroma delicado, com forte tipicidade. Na boca um sa-bor suave e aveludado.

Propostas gastronómicas: Estrada da Corte - Branco Dão DOC de 2013 - Bacalhau à Laga-

reiroQuinta do Carvalhão Torto - Reserva 2007 - Arroz de Entrecosto

em Vinha de AlhosQuinta do Carvalhão Torto - Jaen Alfrocheiro 2005 - Cabrito Assa-

do em forno de Lenha

Nov

os v

inho

s:

XXXIX

Encruzado

O Encruzado é a casta branca por excelência do Dão. Para além de ter uma grande capacidade de en-velhecimento em garrafa, os vinhos resultantes desta casta são delicados e elegantes, atingem um equilíbrio quase perfeito entre o açúcar e a acidez.

Bical

Da Bical nascem vinhos muito macios e aromáti-cos com boa graduação alcoólica e baixa acidez. Mas é quando estagia em madeira que consegue os melhores resultados.

Malvasia Fina

A Malvasia Fina não precisa de estágio em madeira para revelar as notas aromáticas de mel, cera e noz-moscada que a tornam tão apreciada. Dá origem a vi-nhos florais com uma acidez equilibrada e final elegan-te, mas é nos espumantes que assume maior destaque.

Cerceal Branco

Os vinhos produzidos a partir da Cerceal Branco apresentam uma cor citrina e aromas frutados, mas é a sua boa acidez que acentua o seu sabor. É muitas vezes misturada com outras castas para lhe acrescentar mais aroma e acidez.

Castas Brancas do Dão

XL

A Fidalgas de Santar iniciou a sua actividade em 2010 e desde logo a sua estratégia empresarial é dirigida para o mercado nacio-nal, pretendendo destacar-se no mercado europeu. A empresa, se-deada em Santar, onde tem as suas vinhas, dedica-se à produção e comercialização de vinhos e produtos da região. Apesar de jovem, todo o seu processo produtivo é baseado nas técnicas e know how tradicionais, a fim de realçar todo o costume vitivinícola da região, aleado a um conceito inovador e potenciador de crescimento e desenvolvimento de Santar. Dignificar e prestigiar a região e con-tribuir para o desenvolvimento económico é um dos objectivos das Fidalgas de Santar.

Sendo o mercado vinícola extremamente competitivo, o vinho Fidalgas de Santar, cuja primeira colheita é de 2011, distingue-se pela sua personalidade única, sendo a sua qualidade reconhecida em concursos da especialidade a nível nacional e internacional.

A Fidalgas de Santar pretende dar continuidade à tradição mar-cada pela história e dinamizar os sabores da região, contribuindo para o desenvolvimento da economia local.

A empresa tem como missão atender com excelência os seus clientes e oferecer uma diversidade de produtos, mantendo e dan-do continuidade à tradição e história, produzindo com paixão vi-nhos únicos que dignificam a região.

Vinhos premiadosFidalgas de Santar Branco 2012; Fidalgas de Santar Colheita

Tinto 2011 e Fidalgas de Santar Reserva 2011 são os vinhos que a empresa está a comercializar e que têm recebidos rasgados elo-gios da crítica e premiados no Concurso la “Selezione del Sinda-co,”, em Itália, com medalhas de prata, bem como no como no Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados” da CVR Dão, com medalhas de prata.

Fidalgas de Santar GourmetA empresa dispõe de uma loja, Fidalgas de Santar Gourmet,

situada em Santar, junta à estrada Viseu – Nelas, onde comercializa vinhos e produtos regional. Ao mesmo tempo, com este espaço, pretende mostrar e dar continuidade ao que de melhor a região tem, desde as compotas, o mel, o azeite, passando pelo famoso queijo Serra da Estrela e, sobretudo, pelo vinho do Dão. Todos os produtos da loja são únicos, reflectindo as emoções e o gosto por manter acesas as tradições de uma região com história.

Proposta de degustação:Branco 2012 – Queijo Serra da EstrelaTinto 2011 – Carnes grelhadasReserva 2011 – Cabrito assado

Fidalgas de Santar

Fidalgas de Santar GourmetMorada: Rua Vale Moledo- EN 231 - 3520-111 Santar

Tel.: 232 945 504Email: [email protected]

Enólogos: Jaime Murça e António MendesMarca: Fidalgas de Santar

Website: http://fidalgasdesantar.pt/

XLI

XLII

A Quinta do Perdigão é uma propriedade de agricultura fa-miliar, numa pequena quinta com apenas 7 hectares de vinha em modo de produção biológica certificada. O objectivo principal é o de criar vinhos de grande personalidade “Top Dão”, mantendo o Curriculum Vitae como “A Quinta mais premiada do Dão, nacional e internacionalmente desde 1999 até hoje”.

A Quinta está localizada a uma altitude de 365 metros, em Pindelo de Silgueiros, a 9 Km de Viseu, Terras do Infante D. Hen-rique, “o Navegador”, I Duque de Viseu, na primeira encosta do Rio Dão, cujo leito está a 200 metros de altitude.

Possui uma plantação de grande densidade, com cerca de 5.000 videiras por hectare, mas só produz pequenas quantidades de vinho de alta qualidade das uvas tintas Touriga Nacional, Alfrocheiro Preto, Tinta Roriz/Aragonês e Jaen, e da uva branca Encruzado.

A pequena quantidade de vinhos produzidos, tinto, rosé e bran-co, resulta da severa vindima selectiva das uvas ainda em estado ver-de, para o chão, nos meses de Julho e Agosto, e da ultra-rigorosa vin-dima manual em Setembro e Outubro, onde se pretende encontrar o ponto ideal de maturação de cada qualidade de uva.

A Adega da Quinta do Perdigão está referenciada pela Wine Opus, entre as 4.000 melhores do mundo.

Em Portugal pode encontrar este vinho em alguns bons restau-rantes, garrafeiras de prestígio, lojas gourmet e lojas do Aeroporto de Lisboa e Porto. Os vinhos da Quinta do Perdigão estão representa-dos ao mais alto nível na Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, Inglaterra, Irlanda, Japão, Noruega, Suíça e USA (NY).

Em Inglaterra, o vinho está em locais de grande prestígio como o Hotel du Vin e na loja The Sampler - Decanter Trophy para a melhor loja de vinhos do Reino Unido 2014.

Em Nova York, nas lojas AOC Fine Wines, Brooklyn Wine Ex-

Quinta do Perdigão

Quinta do Perdigão

Morada: Pindelo de Silgueiros - 3500-543 Silgueiros, ViseuTelefone: 232 421 812

Email: [email protected] de fundação: 1999

Enólogos: José Perdigão e Vines & WinesPrincipal rótulo: Quinta do Perdigão Website: www.quintadoperdigao.com

change, Gotham Wines & Liquors, MCF Rare Wine, Mister Wright Fine Wines e Nancy’s Wines e nos restaurantes Are-tsky’s Patroon, Dovetail, City Winery (En-cruzado a copo), Corkbuzz (Encruzado a copo) e no Koi Soho.

Vinho – A lançar na Feira do Vinho do Dão 2014

Touriga-Nacional 2009 ·Sabor intenso e esplendoroso… Me-

morável! Digno substituto do Touriga-Na-cional 2008.

Outros Vinhos

“Reserva” Branco Encruzado 2013“…Pleno e

fresco, vibrante e complexo, mineral, transparente e lumi-noso”. “Belíssimo… Impressionante!” - Homenagem a Josef Kaempf, 1958-1914, Designer, Galerista de Arte, Homem de Cultura, promotor de espectáculos de Jazz, Instalador e

Director de Produção da BODUM em Por-tugal.

“Reserva” Alfrocheiro 2009 90 pontos – Robert Parker/Mark Squires

Proposta gastronómica:

Branco Encruzado 2013 - Para acom-panhar enchidos tradicionais, risoto de cogumelos, sobremesas de frutos silves-tres, café e chocolate…

“Reserva” Alfrocheiro 2009 - Para acompanhar um cabrito grelhado nas vi-des, uma perdiz, sobremesas, café expres-so e chocolate…

XLIII

XLIV

Casa de Santar

A história da Casa de Santar remonta aos tempos do Rei D. Sancho II, com mais de 400 anos de tradição na produção de vi-nhos de qualidade reconhecida. Além da casa apalaçada dos sécu-los XVII e XVIII e dos magníficos jardins, possui uma adega perfei-tamente enquadrada no conjunto arquitectónico da propriedade, equipada com as mais modernas tecnologias. A vinha desta pro-priedade é a maior vinha contínua da região do Dão, com cerca de 100 hectares. A Casa de Santar pertence ao universo de empresas do grupo Global Wines/Dão Sul desde 2006.

Grupo Global Wines

Paço dos Cunhas de SantarA Vila de Santar é um património histórico da região do Dão.

É emblemática pela sua reputação na produção de vinhos de gran-de qualidade e pelas suas casas apalaçadas. O Paço dos Cunhas de Santar é uma propriedade datada do início do séc. XVII, com uma forte tradição na produção de vinhos com qualidade reconhecida. De forma a procurar a simbiose perfeita entre a Natureza e o tra-balho do Homem e considerando que as questões ambientais são um vector fundamental na cultura do Grupo Dão Sul, as vinhas do Paço dos Cunhas de Santar foram reconvertidas para modo pro-dução biológica. As uvas daqui resultantes são depois vinificadas com um mínimo de operações tecnológicas e também sem recur-so a quaisquer produtos enológicos. Igual tratamento tem o vinho durante o seu estágio e maturação; não é filtrado, não estagia em barricas e a sua estabilização é natural. Tudo isto tem como ob-jectivo a sustentabilidade, o respeito pela genuinidade do vinho, sem prejuízo da sua qualidade, e o prazer de proporcionar novas sensações e bem-estar aos apreciadores de bom vinho.

Dão Sul

Com sede na vila de Carregal do Sal, em pleno coração do Dão, a Dão Sul é hoje uma empresa reconhecida no mercado como um dos produtores mais dinâmicos e inovadores do panorama nacio-nal. Cresceu em torno da marca Cabriz, uma referência dos vinhos da região do Dão, produzindo também aqui os vinhos das marcas Casa de Santar, Paço dos Cunhas de Santar e Grilos. A riqueza do património vitivinícola português levou a Dão Sul a alargar a sua produção a outras regiões com potencial quer no mercado nacio-nal quer no mercado internacional. Assim, surgiram os projectos nas regiões do Douro (Encostas do Douro), Bairrada (Quinta do Encontro), Lisboa (Martim Joanes Gradil), Alentejo (Herdade Mon-te da Cal) e nos Vinhos Verdes (Quinta de Lourosa). A Dão Sul valo-riza verticalmente o produto vinho, procurando levar sempre em consideração a percepção das dinâmicas do mercado e do sector, e garantindo a qualidade final do produto.

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XLV

Na típica aldeia Termal das Caldas da Felgueira, no concelho de Ne-las, foi erguida a primeira unidade rural de luxo. A decoração é moderna, simples e com vários apontamentos vintage – foram recuperadas peças de mobiliário e utensílios que têm passado entre as várias gerações das proprietárias.

No total são quatro casas que ganharam forma e vida sob o signo dos 4 elementos (Ar, Terra, Fogo e Água), onde a arquitectura tradicional se funde com a modernidade dos materiais aplicados.

Catarina Minhoto e Lídia Minhoto são as mentoras do projecto. Duas jovens com ligações familiares muito fortes a Caldas da Felgueira. Foi aqui que avós, pais e as próprias cresceram.

“A ideia de ver ruir a casa que tantas recordações nos trazem à memória era algo que não podíamos permitir que acontecesse”, justificam as irmãs que, em 2012 e com a ajuda de fundos comunitários, começaram a dar uma nova vida às casas. Foram precisos 2 anos, 250.000 euros, e muita perseve-rança para tornar o sonho em algo real e com identidade.

Bem no coração do centro da aldeia termal das Caldas da Felgueira, “o objectivo do empreendimento turístico é, em primeira instância, propor-cionar momentos de bem-estar, conforto e privacidade a quem nos visita”.

“Queremos dar a conhecer o melhor da região de Nelas, com espe-cial destaque para os afamados vinhos do Dão. Apostámos na criação de programas vínicos que proporcionem experiências únicas aos nossos clientes, desde passeios, visitas e provas de vinho em adegas com his-tória. Claro que o turismo termal não fica de fora, ou não estivéssemos numa estância termal, como é a de Caldas da Felgueira”, adiantam.

De entre as muitas missões traçadas, as Casas do Pátio têm criado sinergias com agentes locais, com o objectivo de potenciar e valorizar o que é tradicional e tem qualidade. Foram estabelecidas várias parce-rias com agricultores, produtores e artesãos locais. “Por exemplo, nos pequenos-almoços regionais (pequeno-almoço à carta), usamos essen-cialmente produtos regionais, também disponíveis para compra”. “Ser tradicional não é sinónimo de falta de qualidade, pelo contrário. Quere-mos ser a prova disso mesmo!”.

As Casas do Pátio são o primeiro empreendimento turístico para o seu segmento que conseguiu estabelecer parceria com a marca de cosméticos NUXE®, responsável pelos amenities da unidade. “Ter a Nuxe® como par-ceiro, é um privilégio, não só pela qualidade e prestígio da marca e produ-tos, mas sobretudo pelo voto de confiança no nosso projecto”.

As Casas do Pátio querem posicionar-se para um target de classe média-alta, com destaque para o mercado nacional, mas também para a captação de turistas internacionais, oriundos de

Espanha, França, Holanda e Alemanha.

A primeira unidade rural do seu segmento na região

Casas do Pátio oferecem turismo de luxo nas Caldas da Felgueiras

XLVI

Localizada entre Mangualde e Nelas, no lugar de Abrunhosa do Mato, a Quinta dos Roques é bem o exemplo do espírito com que está a ser edificado o novo Dão. Desde os primitivos Roques, já lá vai mais de um século, que a vinha e o vinho fazem parte do dia-a-dia desta família, embora durante muito tempo a produção satis-fizesse pouco mais do que as necessidades de consumo da casa.

No início da década de oitenta virou-se uma página na histó-ria desta quinta. A agricultura tradicional de subsistência, onde as vinhas eram cultivadas à força de braço e as uvas entregues na cooperativa de Mangualde, chegou ao fim. Em seu lugar começou a ser construído um projecto que visava a produção de vinho do Dão da mais alta qualidade.

A primeira etapa deu prioridade à vinhas. Escolhidos os me-lhores terrenos de origem granítica e, por vezes, xistenta, situados em encostas suaves viradas a Sul, neles foram plantadas as melho-res castas da região segundo as técnicas mais modernas. Passados alguns anos, quandoa produção das vinhas começou a ser consis-tente, foi construída a nova adega.

Actualmente a Quinta dos Roques dispõe de quarenta hectares de vinhas modernas, que se distinguem das demais pela raciona-lidade dos sistemas de condução e pela qualidade das uvas pro-duzidas. Cerca de 75 % da área é ocupada por castas tintas, onde domina a Touriga Nacional (40 %), Jaen, Alfrocheiro, Tinta Roriz, Tinto Cão e Tinta Pinheira; os restantes 25 % são de castas brancas, onde prevalece o Encruzado (40 %), Malvasia Fina, Cercial e Bical. A produção de vinho, com tendência para aumentar, ronda os cento e cinquenta mil litros, dos quais cinco mil de espumante natural.

Novo vinho:Quinta dos Roques Tinto 2012Vinho de cor rubi, límpido, de aroma frutado, lembrando ba-

gas silvestres e caruma do pinheiro, com notas de baunilha con-feridas pela madeira de carvalho. Na boca mostra-se pujante com a adstringência própria da juventude. Muito equilibrado, prenun-ciando um bom potencial de envelhecimento.

Os vinhedos da Quinta de Reis são pro-priedade da família Ferreira dos Reis há, pelo menos, quatro gerações. Situados na Região Demarcada do Dão têm o seu terroir na Sub-região de Silgueiros, usufruindo de excelen-tes condições vitícolas: terrenos graníticos com inclinações entre 4 e 8% em altitude mé-dia de 440m, voltadas a Sul, a escassos 3km do rio que empresta o nome à região.

A marca “Vinha de Reis” iniciou a sua existência em 2004 na velha adega familiar, agora renovada e dotada de todas as tecno-logias da moderna enologia. O proprietário, Jorge Reis, deixava então o seu gabinete de médico obstetra/ginecologista para se de-dicar a tempo inteiro à vinha e aos vinhos. Tem obtido, dentre outros concursos, as mais altas classificações da Comissão Vitivinícola Regional do Dão entre outros e, em 2006, foi premiado com o galardão “O Grande Vinho do Dão”.

As castas utilizadas nos vinhos tintos são a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen. Nos brancos Encruzado, Bical e Malva-sia-Fina.

Quinta dos Roques

Quinta dos Roques

Morada: Rua da Paz, Abrunhosa do Mato - 3530-050 Cunha Baixa

Telefone: 232 614 500 Email: [email protected] de fundação: 1989

Enólogos: Rui Reguinga e João SantiagoPrincipais rótulos: Quinta dos Roques e Quinta do Correio

Principais prémios:Quinta do Correio tinto 2010 - Medalha de Prata no concurso

“International Wine Challenge 2013 - Londres”; Quinta dos Roques Encruzado 2008 - Medalha de Prata no concurso

“International Wine Challenge 2010 - Londres”Quinta dos Roques Reserva 2006 - Medalha de Ouro no con-

curso “Decanter World Wine Awards 2009 - Londres”Website: www.quintaroques.pt/

Vinha de Reis

Morada: Quinta de Reis, Oliveira de Barreiros - 3500-892 ViseuTelefone: 914 788 531 Email: [email protected]

Ano de fundação: 2004Enólogos: Jorge Almeida F. Reis

Principais rótulos: Vinha de Reis Touriga Nacional, 2009, Vinha de ReisBranco, 2010, Vinha de Reis Reserva 2008.

Prémios: International Wine Challenge 2010 - Wine Note 2008 – Medalha de prata; Concurso Nacional de Vinhos 2011 – Touriga Nacional 2009 – Medalha de prata;

CVR Dão – Concurso Melhores Vinhos do Dão no Produtor - Tinto 2004 – Medalha de Ouro; Tinto 2005 – Medalha de Ouro; Tinto 2006 – Medalha de prata; Touriga

Nacional 2006 – Medalha de Ouro – O Grande Vinho do Dão; Tinto 2008 – Medalha de Ouro e Touriga Nacional 2009 – Medalha de Ouro

Website: www.quintadereis.com

XLVII

Será uma das grandes surpresas da edi-ção deste ano da Feira de Vinhos do Dão. “As músicas que os vinhos Dão” é um es-pectáculo multimédia da autoria de Antó-nio e Sandra Leal, idealizado para o contex-to específico do evento, que irá realizar-se à noite, durante todos os dias da feira.

O espectáculo, que terá a duração apro-ximada de 30 a 40 minutos, visa apresentar o vinho de forma alegórica, dedicando-lhe total destaque. A celebração do vinho é revelada em diferentes contextos, estabe-lecendo contrastes e pontos em comum entre a sua presença mais sofisticada nos meios nobiliárquicos e de alta sociedade, e o seu lado mais popular e castiço, salien-tando assim a sua transversalidade na so-ciedade e na vida das pessoas.

António Leal, à Gazeta Rural, diz que achou “interessante e apropriado abordar num espectáculo o vinho, à luz de alguns grandes temas musicais que o celebram”. O encenador espera que “o público goste da proposta e se divirta”.

Gazeta Rural (GR): Que espectáculo é este e o que espera do público?

António Leal (AL): Resolvi intitular este espectáculo de “As músicas que os vinhos Dão” em virtude de o mesmo ter sido con-cebido especificamente para a XXIII Fei-ra do Vinho do Dão. Achei interessante e apropriado abordar num espectáculo o vinho, à luz de alguns grandes temas mu-sicais que o celebram. Assim sendo, este

Durante todos os dias da feira

António Leal apresenta “As músicas que os vinhos Dão” na Feira do Vinho

espectáculo conceptual, traça de uma forma ale-górica o percurso e a importância do vinho na sociedade, transversal a todas as classes sociais e intemporal. Espero, ob-viamente, que o público goste da proposta e se divirta.

GR: A musica é uma boa companheira do vi-nho ou ao contrário?

AL: A música, tal como o vinho, há da boa e da má. Uma boa música casa bem com um bom vinho e vice -versa. Já uma má música é como um mau vinho e vice-versa.

Conclusão: música e vinho, quando de qua-lidade são bons compa-nheiros.

GR: Se tivesse que optar por entre um copo de bom vinho do Dão e uma sinfonia de Mozart que escolheria?

AL: No contexto ac-tual e muito específico português e dada a po-breza cada vez maior de oferta cultural de qualidade no nosso país, admito que optaria pela sinfonia de Mozart. Fe-lizmente, a oferta de vinho Dão de qualidade é grande e acessível a muitos. Infelizmente, o mesmo não podemos di-zer da cultura em Portu-gal nos dias de hoje, nem das sinfonias de Mozart que, nem abundam, nem são acessíveis a muitos. Mas só se a dita sinfonia fosse ao vivo. Em casa, felizmente, posso fazer as duas coisas em simul-tâneo.

XLVIII

A Quinta do Mondego está situada na região vitivinícola do Dão, nas Caldas da Felgueira, no concelho de Nelas. A vinha esten-de-se pelas margens do rio que lhe dá o nome, o Rio Mondego.

Em 1994 a família Fontes da Cunha adquiriu a Quinta do Mon-dego e a partir desse ano iniciou-se uma reestruturação profun-da das vinhas velhas existentes e sucederam-se até hoje diversas plantações, num crescimento constante, com as castas autóctones do Dão com o objectivo principal de se produzirem de vinhos de alta qualidade.

Após experiências iniciais de vinificação no ano de 2003, em 2005 iniciou-se a comercialização dos vinhos de Denominação de Origem Controlada Dão da colheita de 2004 com duas marcas pró-prias - Munda e Quinta do Mondego -, as quais têm vindo a obter

Quinta do Mondego

Fontes da Cunha Consultadoria Estudos e Gestão, SA

Morada: Estrada do Mondego, 3520 Caldas da FelgueiraEscritórios: Rua Júlio de Brito nº 102 – 4150-449 PortoTelefone: 22 6173525Telefone: 22 6173525 22 6101836Email: [email protected] de fundação: 1994Enólogos: Francisco OlazabalPrincipais rótulos: Munda Encruzado, Munda Touriga Nacio-nal, Quinta do Mondego, Rosados.Principais Prémios: Munda Touriga-Nacional Top 10 of the 50 great portuguese wines 2012 by Doug Frost - Munda TN 2008; Top 50 great wines 2011 by Tom Cannavan - Munda TN 2007; Wine spectator: 91 points Munda TN 2005 e 90 points Munda TN 2009;Concurso internacional de Vinhos Selezione del Sindicato : 2010 Medalha de Ouro – Munda TN 2007; 2011 Grande Me-dalha de Ouro – Munda TN 2008 e 2012 Medalha de Ouro –

excelentes resultados junto da crítica nacional e internacional. “Munda”, nome que os romanos davam ao rio, originalmente

descrevia a transparência, claridade e pureza das águas do rio que banha a quinta e do qual derivou o nome Mondego.

Em 2009, iniciou-se também a comercialização do vinho da marca “Rosados”, de uvas provenientes da Quinta dos Rosados ad-quirida pela empresa em 2008. Em 2013 a empresa adicionou uma marca nova ao seu portfólio - “Mondeco” - vinho branco e tinto.

Munda Encruzado – Bacalhau com broaQuinta do Mondego tinto – cabrito assado forno de lenha,

vitela a LafõesMondeco tinto – Sardinhas assada na brasa

Munda TN 2009.

Munda Encruzado Medalha de Prata no IXº Concurso internacional de Vinhos Selezione del Sindicato; Os Melhores 365 Vinhos 2011 - Anibal Coutinho;Wine spectator - 89 points MUNDA Encruzado 2010; Decanter World Wine Awards 2013 - Medalha bronze - Munda Encruzado 2011;91 pontos Wine Enthusiast – MUNDA Encruzado 2011

Quinta do Mondego Decanter World Wine Awards 2013 - Medalha bronze - Meda-lha “comended” - Quinta do Mondego 2009;International wine challenge 2013 - Medalha prata – Quinta do Mondego tinto 2009;Wine spectator - 89 points Quinta do Mondego tinto 2007;

Mondeco Tinto 2009 – 91 pontos Wine Enthusiast Rosados Tinto 2009 - 89 Pontos Wine SpecatorMondeco branco 2012 - 89 pontos Wine EnthusiastWebsite: www.quintadomondego.com

XLIX

O “vinho da casa” era de venda obrigatória em alguns res-taurantes há mais de três décadas, mas esta obrigação legal dei-xou de existir, segundo a ASAE, porque não há uma tipificação clara dos estabelecimentos aos quais pode ser aplicada.

Os restaurantes de II e de III, os estabelecimentos de be-bidas de II e de III e os estabelecimentos sem interesse para o turismo “deverão obrigatoriamente ter à disposição do consu-midor o ‘vinho da casa’ e fazer constar o seu preço, quer da car-ta de vinhos quer das ementas das refeições com o respectivo preçário”, lê-se numa portaria de 1984.

Em meados de 2011, por portaria do Governo, e para dar cumprimento ao licenciamento zero previsto no programa SIM-PLEX, foi aprovado o regime de classificação de estabelecimen-tos de restauração ou de bebidas.

A nova tipologia qualificou dois grupos: os estabelecimen-tos de restauração (alimentação e bebidas) e os estabelecimen-tos de bebidas (com serviço de bebidas e de cafetaria). “Como as várias definições não são similares torna-se impossível fazer a correspondência entre os estabelecimentos indicados” na portaria de 1984 que obriga à disponibilização do “vinho da casa” em alguns estabelecimentos, explica a Autoridade de Se-gurança Alimentar e Económica (ASAE).

A identificação dos estabelecimentos de restauração e be-bidas que são considerados de III e de III é “impossível”, frisa, precisando que também não existe legislação específica nesse sentido. “Assim, sendo inexequível a aplicação da referida por-taria [de 1984], por não existir uma tipificação clara dos estabe-lecimentos de restauração ou de bebidas a que a mesma seria aplicável, a mesma está tacitamente revogada, tendo deixado de existir”, acrescenta a ASAE.

Em consequência, a obrigatoriedade por parte dos estabe-lecimentos de restauração e de bebidas de ter à disposição do consumidor “o vinho da casa” também deixa de existir.

Segundo a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica

Restaurantes livres da obrigatoriedade de

vender “vinho da casa”

L

A Ladeira da Santa surgiu em 1997 a partir da plantação de uma pequena vinha. Apesar de ter iniciado por uma paixão à terra, e à vinha em particular, cedo se percebeu que o vinho produzido naquele pequeno hectare tinha potencial. Assim, ao longo dos úl-timos anos a área de vinha tem aumentado, apresentando já seis hectare, dos quais um se destina à produção de vinhos brancos e cinco à produção de vinhos tintos.

As vinhas encontram-se a 500 metros de altitude no extremo sul da Região Demarcada do Dão, permitindo uma heterogeneida-de entre solos graníticos e xistosos, aliados a climas mais quentes. A vinha é igualmente caracterizada por uma paisagem em redor composta por florestas de pinheiros mansos, pinheiros bravos e carvalhos.

Actualmente são produzidos quatro tipos de vinhos.

Ladeira da Santa

Ladeira da Santa, Lda

Morada: Quinta das Corgas, São João da Boavista - 3420-226 TábuaTelefone: 911 827 931

Email: [email protected] de fundação: 1996

Enólogos: Vine & Wines e Miguel OliveiraPrincipal rótulo: Ladeira da Santa

Prémios: Medalhas de Ouro no Concurso Nacional de Vinhos de 2010 para o Tinto Reserva 2009 e 2011 para o Tinto Reserva de 2010; Medalha de Ouro no Concurso O Melhor Vinho do Dão no Produtor para o Tinto Colheita 2010; Medalha de Prata

no Decanter World Wine Awards para o Tinto Reserva 2010.

Os vinhos

Ladeira da Santa BrancoApresenta-se fresco e bastante aromático, muito bem estrutu-

rado em volume de boca e profundidade.

Ladeira da Santa RoséApresenta uma cor salmonada, aroma de fruta vermelha bem

fresca com leves toques de violeta

Ladeira da Santa Tinto ReservaApresenta aromas de frutos do bosque bem maduros, floral,

notas achocolatadas e especiarias;

Ladeira da Santa Tinto ColheitaApresenta aromas de fruta madura, frutos do bosque, nuances

a café e tosta.

Proposta gastronómicaRelativamente à gastronomia da região, os vinhos tintos Ladei-

ra da Santa acompanham muito bem pratos mais condimentados, nomeadamente Vitela à Lafões, Rancho à Moda de Viseu e Torres-mos à Beira Alta. Já os Brancos e Rosés, para além de cocktails, acompanham iguarias como Bogas do Rio Alva em molho de Esca-beche, Cavalas Grelhadas e Bucho à Beira Serra.

LI

www.ladeiradasanta.com

http://www.facebook.com/ladeiradasanta

[email protected]

Telefone: 911827931

Quinta das Corgas

São João da Boavista

3420-223 Tábua

Portugal

Após uma viagem incrível por várias regiões do sul da Europa, concluímos a imersão no mundo ví-nico em Portugal, nossa terra-mãe, cujas vinícolas, vinhedos, cidades históricas, gastronomia e vinhos nos encantaram muito, com certeza.

Impossível visitar este país e não perceber a calorosa hospitalidade do seu povo, a diversifica-da gastronomia e os maravilhosos vinhos. Verifica-mos que são muitas as castas e grandes vinhos a oferecer ao consumidor de diferentes estilos.

Um gosto pessoal para o Dão, região com bom potencial para vinhos que agradam ao consumidor, diversificados para ter em casa e degustar calma-mente em momentos merecedores, extremamente generosos, elegantes, com qualidade em alta, que ficaram na minha memória e que pretendo conhe-cer mais profundamente.

Os vinhos portugueses do Dão prometem um futuro brilhante para sorte de apreciadores e amantes de bons vinhos, como nós.

Consuelo RibasDesigner

Curitiba - Brasil

Os generosos vinhos do Dão

A opinião dos outros

LII

A família Monteiro Albuquerque foi, desde há 100 anos, reconhecida pelo seu trabalho na agricultura e, mais recentemente, na produção do vinho do Dão. Nunca tiveram marca própria, mas envolveram-se acti-vamente no reconhecimento e auxílio dos produtores locais, sendo que António Monteiro foi, inclusivamen-te, sócio fundador da Adega Cooperativa de Mangual-de, da Cooperativa Agrícola de Mangualde e ainda do Lagar do Azeite.

Após a morte de Miguel Monteiro, que foi enólogo em várias adegas do Dão, a família quis homenagear o trabalho e sonho da mesma, criando uma marca alusiva à família Monteirinhos (a forma como os 5 irmãos desta geração eram tratados de forma carinhosa por quem os conhecia).

Este projecto, encabeçado pelos filhos Miguel e João Ginestal Monteiro, é auxiliado com a parceria do amigo de sempre e reconhecido enólogo do Dão, Hugo Chaves de Sousa, que tem um papel preponderante no sucesso e qualidade do vinho da Quinta dos Monteiri-nhos.

As duas vinhas têm uma área total de 8ha e situam-se em Água Levada e Moimenta de Maceira Dão, com a Serra da Estrela no horizonte, nas terras graníticas do planalto beirão. Trata-se de um projecto recente, jovem e distinto pela qualidade, em detrimento da quantida-de, e pelo amor à família e orgulho nas raízes vitiviní-colas.

Quinta dos Monteirinhos

Quinta dos MonteirinhosMorada: Rua da Barroca - 3538-310 Moimenta de Maceira Dão

Telefone: 232416374/924141084Email: [email protected]

Ano de fundação: 2013Enólogo: Hugo Chaves de Sousa

Principal rótulo: Quinta dos MonteirinhosWeb: https://www.facebook.com/quintamonteirinhos

Branco Encruzado 2012

Trata-se de um vinho complexo, com aro-mas cítricos e minerais. Equilibrado na acidez, volume e estrutura, o que lhe garante uma vida longa. Foi recentemente lançado e tem caracte-rísticas ao nível do aroma e da sua constituição que lhe permitem não só envelhecer, como ser apreciado com pratos mais outonais, podendo inclusivamente ser apreciado como aperitivo. É um vinho que acompanha peixe, marisco, queijo e saladas, servido a uma temperatura de 10°.

A Quinta de Gonçalvinho situa-se no sopé da Serra da Estrela, em Paranhos da Beira, no coração do Dão, entre as vilas de Nelas e Seia. Os proprietários são um casal franco-português, Casimir e Christelle, que decidiram deixar a sua vida em França para abraçarem uma nova aventura: produ-zir vinhos na centenária Região Demarcada do Dão.

A sua chegada à Região do Dão, que não conheciam, foi uma descoberta: no Dão, as vinhas estão escondidas pelos pinheiros, pelas giestas, pelos silvados atrás de um muro. E há as tradições gastronómicas, as romarias, os usos e costu-mes e o povo beirão!

Construíram a Quinta de raiz, plantando em 2004 cerca de 12 hectares de vinha com as castas autóctones Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen, para vinhos tintos, e Encruzado e Arinto, para vinhos brancos. No processo produtivo a quinta utiliza a protecção integrada, protegen-do as vinhas de um modo economicamente rentável e efi-caz, minimizando ao máximo a poluição do ambiente.

Casimir e Christelle eram apreciadores e consumidores de vinho em França, mas a cultura da vinha e a elaboração de um vinho foram uma descoberta que rapidamente se tornou uma paixão. António Narciso, prestigiado enólogo

Fonte de Gonçalvinho

Agriema, Lda

Morada: Quinta de Gonçalvinho, Rua de Seixal - 6270-133 Paranhos da Beira Seia

Telefone: 964 000 598Email: [email protected]

Ano de fundação: 2008Enólogos: António Narciso

Website: www.fgoncalvinho.blogspot.pt

e grande conhecedor do terroir e das castas da Região do Dão, tem contribuído para o sucesso da marca Fonte do Gonçalvinho, acompa-nhando a produção do vinho desde a vinha à adega.

Com uma visão “francesa” do mundo do vinho, utilizando técnicas modernas, mas respeitando a tradição local, elaboram vinhos que expres-sam a riqueza do “terroir” local com sotaque francês, nascendo, assim, a marca Fonte do Gonçalvinho.

Principal rótulo:Fonte de Gonçalvinho

Principais prémios:Medalha de Prata CVR do Dão - Touriga Nacional 2010 Cuvée

Adriane e Medalha de Ouro CVR do Dão pelo Touriga Nacional 2011Propostas gastronómicas:

Branco 2012 (Encruzado e Malvasia Fina) – Queijo Serra da EstrelaTinta Roriz 2010 – Cheesecake de MirtiloTouriga Nacional Cuveé Adriane 2010 – Bacalhau com batatas a

murro

Quinta dos Monteirinhos Tinto 2011

Feito com as castas Touriga Nacional e Tinta Roriz, é um vinho com-plexo, com aroma a frutos vermelhos, ameixa, cacau e tabaco. É excelente para acompanhar pratos de carne e queijos e deverá ser servido a uma temperatura de 16°.

LIII

“A história de um grande vinho confunde-se com a história de uma família que ao longo dos anos soube criar e aperfeiçoar os seus vinhos mantendo tradições, desenvolvendo técnicas e passando, à terceira geração, a paixão pelo seu trabalho.

A União Comercial da Beira, fundada em 1942, empresa familiar de vinhos é uma das mais antigas da Região do Dão. Na década de 80 adquiriu a Quinta do Cerrado a uns escassos 300 metros da sua sede, onde plantou 20 hectares de vinha e aí instalou uma Adega para vinificação das suas próprias uvas e das uvas que são adquiri-das a viticultores da Região. Quinta do Cerrado está representada no Brasil, USA, Canadá, Inglaterra, Bélgica, Suécia, Polónia, Macau, Holanda e Alemanha.

Os vinhos da Quinta do Cerrado estão para além do tempo, pela combinação das castas e do “terroir”. Quem comprou e guardou es-tas garrafas pode confiar na sua decisão e optar agora por bebê-las ou guardá-las, na certeza de que este histórico do Dão oferecerá ainda bons momentos no futuro. Ao longo dos anos mudaram os enólogos, a estratégia comercial e no futuro a aposta será nos mer-cados internacionais.

As principais marcas comercializadas pela União Comercial da Beira são, para além da Quinta do Cerrado, as marcas Lagares do Cerrado, Cunha Martins, Príncipe do Dão e Prova dos 9, todas elas premiadas em concursos nacionais e internacionais.

Uma parte do volume de negócios concentra-se nas principais marcas das Grandes Cadeia de Distribuição, como sejam as marcas Contemporal, do Grupo Sonae, Monástico, do Grupo Dia Minipre-ço, Monte Baixo, do Grupo Mackro, todas elas da Região do Dão e recentemente com nova marca “Vale das Beiras” da Região da Beira Interior.

Cristina Cunha Martins é a responsável pela empresa e pela Quinta do Cerrado. A sede situa-se em Oliveirinha, no concelho de Carregal do Sal.

União Comercial da Beira

União Comercial da Beira Morada: Avenida da Estação, 82 - Oliveirinha - 3430-399

Carregal do Sal Telefone: 232 968 224

Email: [email protected] Ano de fundação: 1942

Enóloga: Célia CostaPrincipais referências: Quinta do Cerrado, Lagares do Cerrado, Cunha Martins, Príncipe do Dão e Prova dos 9

Principais prémios: Medalha de Ouro - Dão Primores - Colheitas 2013 – Vinho Tinto - Dão Quinta do Cerrado Touriga

Nacional 2013 Medalha de Ouro – Decanter World Wine Awards 2014 - Dão

Quinta do Cerrado Reserva 2011 75CLMedalha de Prata – Dão Primores – Colheitas 2013 - Dão

Quinta do Cerrado Malvasia Fina 2013 75CLWebsite: www.quintadocerrado.com

Propostas Gastronómicas

Quinta do Cerrado Tinto Reserva Colheita 2011 Carnes bem condimentadas e queijos fortes.

Quinta do Cerrado Tinto Touriga Nacional Colheita 2013 Pratos criativos ou tradicionais das melhores carnes ver-

melhas ou caça grossa.

Quinta do Cerrado Branco Encruzado Colheita 2013Saladas, peixes, mariscos, carnes brancas e massas.

SERVIÇOS:Ceifeira condicionadoraFardos de RolosSimples ou Plastificádos

PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS

Rua Miguel Bombarda, n.º 80 | 3430-518 Beijós | Carregal do SalQuinta do Paitor - Canas de SenhorimTelem.: 96 51 25 790 | Fax: 232 673 352

Email: [email protected] | http://viveiros-batista.blogspot.com

LIV

Com origens que remontam ao início do século XVI, a Quinta de Santo António sempre se distinguiu pelo caracter único do seu património arquitectónico e pela íntima ligação ao cultivo da vinha. A imponente torre do relógio e a sua original janela de canto de estilo manuelino, representam há séculos uma referência incontor-nável da região.

Com cerca de 30 hectares, situada em plena região nobre da zona demarcada do Dão, a Quinta de Santo António rege-se pela paixão, integridade e exigência, assumindo a responsabilidade de levar a Portugal e ao mercado global a excelência das castas tradi-cionais do Dão.

O actual proprietário adquiriu-a em 1999, com o propósito de produzir vinhos de grande qualidade que expressem o carácter úni-co da região.

A partir das principais castas da região, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen, Alfrocheiro e Rufete, da excelente exposição solar, dum solo que reúne todos os ingredientes e da mais moderna tecnologia enológica, produz-se o vinho Terras de Santo António.

Vinhos:

Terras de Santo António Colheita 2012Envelhecido em inox e cascos de carvalho, feito com as castas

Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz, o Colheita 2012 tem cor rubi fechada, apresenta aroma intenso, sensação de fruta madura, cassis e notas florais. Mostra um paladar elegante no seu conjunto, com taninos presentes e suaves.

Quinta de Santo António

Sociedade Agrícola da Quinta de Santo António, Lda. Morada: Rua de Sto. António nº 1, 3530-071

Fornos de Maceira DãoTelef.: 232 619 590

Email: miguel.verí[email protected]ólogo: Paolo Fiuza Nigra

Principal marca: Terras de Santo António

Três irmãos, da Beira Alta, decidiram potenciar as vinhas da fa-mília para criarem um vinho singular, que cruzasse os actuais sa-beres de enologia com o sabor artesanal das memórias de mãos calejadas e pés tingidos de roxo. Assim, a 27 de Julho de 2012, os manos Borges lançaram a Palwines, empresa cuja designação é a soma das iniciais dos seus nomes próprios: Pedro, Ana e Luís.

A matéria-prima que mobilizou os gestos destes três irmãos foi uma vinha repartida por várias parcelas, sendo uma de Touriga Nacional e as outras de vinha muito velha, do tempo dos bisavós. Com a ajuda dos pais, investiram na exploração das propriedades de pouco mais de 20.000 metros quadrados. E logo na estreia, en-quanto produtora de vinho, a Palwines fez aquele que a Comissão Vitivinícola Regional do Dão considerou ser o melhor tinto da cam-panha de 2012 no concurso Dão Primores 2012.

Os irmãos Borges dão valor aos saberes, sabores e labores que passam de geração em geração. E, por isso, para estes três jovens empreendedores faz todo o sentido estender o conceito de família à própria produção do vinho. É familiar do início ao fim do proces-so, sem que haja intervenção de terceiros na criação de um tinto

Palwines - Quinta dos Três Maninhosque se quer mais próximo do artesanal que da produção em massa.

A Quinta dos Três Maninhos não é só um vinho. É a enxer-tia de duas gerações. Três netos quiseram dar futuro ao labor passado dos avôs. E ainda que recorram aos mais modernos métodos da enologia, não deixaram de conservar as tradições. O vinho é produzido no lagar onde sentiram, pela primeira vez, o odor do mosto. E o esmagamento das uvas é feito com prensa vertical incorporada e manual. Mais que industrializar a produção, o objectivo é valorizar a componente aromática da casta e o factor exclusividade.

Propostas gastronómicas:Quinta dos três Maninhos para acompa-

nhar – Torresmos à Beirão

Quinta dos três Maninhos – Reserva para acompanhar à mesa Cabrito no Forno à Padeiro

PalwinesMorada: Rua do Mondego, nº 13 - 3520-034 Nelas

Fundação: 2012Web: http://www.palwines.pt/ - https://www.facebook.com/

palwines.nelasPrincipal marca: Quinta dos três Maninhos

Prémios: • Grande Vinho do Dão 2012 – Quinta dos três Maninhos

• Ouro Reserva 2012 – Quinta dos três Maninhos – Reserva

Terras de Santo António Touriga Nacional 2011Envelhecido em barricas de carvalho francês e americano

durante 12 meses, apresenta uma cor rubi profunda, aroma com notas florais bem presentes a serem abraçadas pela fru-ta madura; Paladar com corpo envolvente, aveludado e com taninos finos.

Terras de Santo António Reserva 2010Envelhecido em barricas de carvalho francês e americano

durante 12 meses e feito com as castas Touriga Nacional, Al-frocheiro, Jaen e Tinta Roriz, o Reserva 2010 tem uma cor rubi intensa, aroma intenso com notas de especiarias e paladar com bom porte, madeira bem integrada e arredondado.

Proposta gastronómica:

Terras de Stº António - Touriga Nacional - Cabrito assado no forno

LV

A secular tradição vinícola da Casa da Ínsua surge reforça-da com a sua integração no universo dos Montebelo Hotels & Resorts, permitindo-lhe disponibilizar várias propostas na área do Enoturismo, como o Programa Gourmet & Vinhos, que in-clui alojamento e um menu de degustação acompanhado de vinhos Casa da Ínsua, vários deles premiados e únicos na região do Dão.

A produção vitivinícola secular da Casa da Ínsua beneficiou de uma modernização profunda no século XIX, graças à acção de Manuel de Albuquerque, um inovador em vinhas, tecnologia e castas.

Vinho tinto Reserva 2006 (medalha prata concurso mundial Bruxelas 2012)

Vinho tinto Reserva 2005 (medalha prata concurso inter-nacional

“Selezione del Sindaco” 2011 - Itália)Vinho tinto Colheita 2008 (medalha prata concurso inter-

nacional“Selezione del Sindaco” 2012 - Itália)Vinho tinto Colheita 2009 (medalha ouro concurso inter-

nacional“Selezione del Sindaco” 2013 - Itália)Vinho tinto Reserva 2008 (medalha prata concurso inter-

nacional“Selezione del Sindaco” 2013 - Itália)

FTP Vinhos é a designação desta empresa que se dedica à produção e comercialização de vinhos, pertencente ao Grupo Tavfer, do empresário Fernando Tavares Pereira.A FTP Vinhos tem a sua produção principal na região do Dão desde 2005. É na Quinta do Mosteiro e na Quinta do Serrado, em Penalva do Castelo, que junto à adega se situa grande par-te da nossa produção de vinhos da Região Demarcada do Dão, ficando a restante no concelho de Tábua, na Quinta Picos do Couto, que foi o ponto de partida para a criação e desenvolvi-mento de todo este projecto.Representados no mercado interno e externo com marcas de grande qualidade, “Quinta do Serrado” e “Picos do Couto” começam já a coleccionar prémios em concursos vínicos na-cionais e internacionais, motivo para a FTP Vinhos continuar a desenvolver produtos de excelente qualidade.

A Quinta do Sobral, situada na terra mais famosa do Vinho do Dão - Santar - foi criada em 1997. Desde aí foi reconstruindo vinhas velhas com novas plantações e foi adaptando a sua adega com a mais avançada tecnologia.

Após as suas primeiras colheitas e passo a passo criou em 2002 a sua adega onde estão inseridas num só complexo: vinificação, caves, laboratórios, engarrafa-mento e wine shop.

Actualmente a Quinta do Sobral dispõe de 12 hec-tares de vinho em produção, 16 hectares de floresta e um espaço de 400m2 para multiusos, onde as paredes de granito, os tonéis antigos e os portões de ferro, alia-dos a uma deslumbrante paisagem, lhe conferem uma aliciante visita.

Casa da Ínsua

Morada: Ínsua - 3550-126 Penalva do CasteloTelefone: 232 642 222

Email: [email protected], [email protected]

Ano de fundação: 2009Enólogos: Vines & Wines, José Matias

Principais rótulos: Vinhos Tintos Reserva, Vinhos Tinto Colheita, Vinhos

Brancos Espumantes, Vinhos Brancos Colheita, VinhosBrancos Reserva, Vinhos Rosé.

Website: www.casadainsua.pt · www.visabeiraturismo.pt

FTP Vinhos

FTP VinhosMorada: Rua Virgílio Correia, Nº 41, 2º Esq. - 1600-221 Lisboa

Telefone: 232 642 428Email: [email protected]ólogo: António Machado

Principais rótulos: Quinta do Serrado e Picos do CoutoWebsite: www.ftpvinhos.com

Quinta do Sobral

Quinta do Sobral

Morada: Av. 25 de Abril - 3520-113 Santar

Telefone: 232 949 384 · 914 553 766

Email: [email protected] de fundação: 1997

Enólogo: Carlos LucasPrincipais rótulos: Vinha da Neta

e Quinta do SobralWebsite: www.quinta-sobral.com

Empreendimentos Turísticos Montebelo - Soc. de Turismo e Recreio, S.A.

LVI

O Madre de Água Hotel Rural é o refúgio cer-to para partir à descoberta de uma das regiões mais emblemáticas de Portugal. Situado a cinco minutos de Gouveia, junto à aldeia de Vinhó e a pouco mais de 20 quilómetros da Torre, lá no alto da Serra da Estrela, os 10 quartos do Madre de Água Hotel Rural oferecem o conforto e a at-mosfera ideal para viver o que há de mais autên-tico e tradicional nesta região do país.

É o caso dos vinhos da Região Demarcada do Dão, que pode conhecer logo a partir das vinhas da quinta. Extremamente cuidadas, compõem a

Madre de Águapaisagem que envol-ve todo o Hotel e é através delas que se produzem vinhos as-sentes em castas tão tradicionais quanto a Touriga Nacional, Tin-ta Roriz, Alfrocheiro, Jaen, Vinha Velha, En-cruzado ou Gouveio.

O leite das ove-lhas pastoreadas na quinta é utilizado na produção de queijos de excelência, nível de qualidade que se estende à proposta do restaurante. Com produção própria de frutos e hortícolas e uma relação privile-giada com os melho-res produtores locais de carne, enchidos e tantos outros ingre-dientes, o Madre de Água Hotel Rural re-vela-se também uma intensa experiência gastronómica. Os cães de raça Serra da Estrela, os Cavalos Lu-sitanos e os rebanhos de cabras completam o cenário bucólico da Quinta, em si mesma uma experiência rural imperdível.

Novo vinho:

Encruzado 2013 O Encruzado 2013 Madre de Água

apresenta um aroma mineral com nuances florais e a frutos brancos. Na boca tem um excelente volume e uma acidez viva que confere frescura e equilibra o conjunto. Dado ser um vinho tão completo, sugere-se este néctar para acompanhar uma posta de bacalhau fresco com queijo Madre de Água, confeccionado a baixa temperatura, cebola loura e broa de milho frita em azeite Madre de Água de 0.05 grau de acidez com batata ao alhinho. O encruzado Madre de Água, devido à sua elegância e longevidade, faz o realce desta iguaria tão apreciada pelos portugueses.

Madre de Água Hotel RuralMorada: Vinhó – 6290-651 Gouveia Telefone: 238490500

Email: [email protected] Ano de fundação: 2012

Enólogo: António PinaPrincipal rótulo: Madre de Água

Principais prémios: Concurso da CVR Dão “A melhora Vinha”, medalha de Prata em 2012 e Bronze em 2013. Medalha de Ouro, em 2012, para as “Melhores Castas”

Web: www.quintamadredeagua.pt

LVII

António Vaz Patto é um pequeno produtor, sediado na aldeia de Gramaços, concelho de Oliveira do Hospital, e emprega actualmen-te 10 trabalhadores permanentes.

A empresa surgiu em meados dos anos 80, com o produtor a jun-tar ao activo da mesma um rebanho de ovelhas Serra da Estrela, assim como os diversos terrenos de floresta, pomares, prados e vinha. Cons-truiu uma queijaria artesanal, onde produz queijo Serra da Estrela e outros subprodutos do mesmo, compotas e marmeladas.

Com o encerramento da Adega Cooperativa de Nogueira do Cravo, onde entregava as uvas, a produção de vinho de quinta era já uma realidade e a empresa rapidamente se tornou produtora de marca própria. Em 2005 a marca Dos Lobos tornou-se uma realida-de e todos os produtos da empresa passaram a ostentar a mesma: Vinho Dos Lobos, Queijo Serra da Estrela Dos Lobos e Mel Dos Lo-bos. A empresa detém, hoje, cerca de 15 ha de vinha, com as castas típicas do Dão, como Jaen, Tinta Roriz, Alfrocheiro Tinto, Touriga Nacional, Cerceal, Encruzado e Borrado das Moscas. Já em 2014 foi plantada a vinha mais recente com cerca de 3,5 ha.

Em 2014, a empresa lançou os seus três vinhos Dão Dos Lobos, colheita de 2013: Tinto, Branco e Rosé, resultado do acompanha-mento dos enólogos António Mendes e Jaime Murça.

A Quinta do Cruzeiro é o nome co-lectivo que designa diferentes quintas, algumas desde os tempos remotos, e ao longo de vários séculos pertença da família Mello. Júlia de Melo Kem-per, advogada de profissão, abraçou a tradição vínica familiar apresentando em 2008 os primeiros vinhos, logo aclamados pela crítica e imprensa es-pecializada, com vários prémios em Portugal e além-fronteiras.

Para Sarah Ahmed “fantástica descoberta no Dão”; já para Jancis Robinson “Os vinhos possuem uma confiança impressionante”; Bruno Agostini, n’ O Globo, classificou o vinho tinto de 2008 como “uma ex-plosão de aromas, pura elegância.” Na revista Wine, “os vinhos Julia Kemper, conseguiram evidenciar um percurso sério e determinado” e na Revista de Vinhos, João Afonso diz: “o bom gosto nunca é demais na Quinta do Cruzeiro.”

A Quinta da Vegia, situado na região do Dão, perto de Penalva de Castelo, tem 20 hectares de vinha. As castas foram cuidadosamente escolhidas - Touriga Nacional, Aragonês, Tinto Cão e Trincadei-ra-Preta – para criar os vinhos Quinta da Vegia.

Esta quinta é propriedade da Casa de Cello, um negócio familiar de viticultura de 4 gerações. Foi na década de 80 que um dos proprietários, João Pedro Araújo, começou a profissionalizar e modernizar a actividade da Casa de Cello. Ele fez a reorganização da estrutura existente e implantou as melhores téc-nicas vinícolas e enológicas, para obter a expressão ideal do seu “terroir”. As preocupações ambientais e paisagem da Casa de Cello fez das suas Quintas locais atraentes aos visitantes.

Julia Kemper

António F. L. Vaz Patto, Lda

Quinta da Vegia

António F.L. Vaz Patto, Lda

Morada: Rua Principal, nº 20, Gramaços, 3400-053

Oliveira do HospitalTelefone: 91 997 08 46

Email: [email protected]

Ano de fundação: 2001Enólogo: António Mendes e

Jaime MurçaPrincipal rótulo: Dos Lobos

Web: www.dos-lobos.pt

CESCE - Sociedade Agrícola - ETCA

Morada: Quinta do Cruzeiro, Oliveira - 3530-239 Mangualde

Telefone: 934 457 707Email: quintacruzeiro@gmail.

comAno de fundação: 1999

Enólogos: Júlia de Melo Kemper e Vines & Wines

Principal marca: Julia Kemper Prémios: “Julia Kemper” Tinto 2009 - Medalha de Ouro atribuí-

da no Concurso Vinhos de Portu-gal 2013; “Julia Kemper” Touriga

Nacional 2009 - seleccionado por Olly Smith como um dos 50

Melhores Vinhos Portugueses para o Reino Unido em 2013Website: www.juliakemper.

blogspot.pt

Casa de Cello - Gestão Rural, Lda

Morada: Avenida da Boavista, nº 1607 - 5º direito - 4100-132

PortoTelefone: 226 095 877

Email: [email protected] de fundação: 1989

Enólogos: Anselmo MendesPrincipais rótulos: Vegia

2010, Quinta da Vegia 2010, Quinta da Vegia Reserva 2007.Website: www.casadecello.pt

LVIII

Quinta da Pellada As primeiras referências históricas que se conhecem sobre a Quin-

ta da Pellada aparecem por volta de 1570, aqui existe ainda uma casa do séc. XVI construída de face para um pátio interior, como um solar fortificado.

Álvaro de Castro é engenheiro civil e herdou esta propriedade em 1980, dedicando-se exclusivamente a ela, restabeleceu a tradição familiar na produção de vinho, quebrada há duas gerações.

Levando a peito as suas referências de juventude e recordando os vinhos produzidos pelo Eng.º Vilhena do Centro de Estudos de Nelas. O seu primeiro vinho aparece então com a vindima de 1989. Desde essa altura até hoje tem sido apoiado na enologia por Magalhães Coe-lho e mais recentemente pela sua filha, Maria Castro, e também por Ataíde Semedo.

Quinta de Saes A Quinta de Saes tem origens muito remotas, as mais antigas re-

ferências datam de 1258. A presença da viticultura como actividade agrícola é, igualmente muito antiga: registos de 1527 atestam que Saes pagava de imposto ao Rei, anualmente, a considerável soma de 80 pipas de vinho.

Outeiro

O Outeiro está localizado numa encosta virada à Serra, uma vinha mais perto da adega do que a Quinta de Saes ou Pelada. Foi primeira-mente alugada e depois adquirida à Casa da Passarela em 2002 para vir a originar o vinho PAPE (PA-Passarela e PE-Pellada).

Novo vinhoPrimus 2012Lançado dois anos depois após a colheita, o Primus provem de

uvas da mesma vinha, sendo este um dos factores de diferenciação. Fermenta em barrica durante cerca de dois meses e meio e estagia em garrafa.

É um vinho com estrutura e com caracter Atlântico. Ideal para acompanhar ostras, pratos de peixe no forno e algumas carnes ver-melhas.

Quinta da Pellada e Quinta de Saes

Quinta da PelladaQuinta de Saes - 6270-141 Pinhanços - SEIA

Telefone: 238 486 133 E-mail: [email protected]

Enólogos: Álvaro Castro e Maria CastroPrincipais marcas: Dão Álvaro Castro, Quinta da Pellada,

Quinta de Saes, Pape, Primus e DadoWebsite: www.quintadapellada.com

LIX

LX

11www.gazetarural.com

12 www.gazetarural.com

Os produtos de excelência do concelho de Vila Flor, no dis-trito de Bragança, estiveram em destaque durante a TerraFlor, certame que vai desdobrar-se em três edições por ano, divul-gou o município local.

Cerca de uma centena de expositores participaram na fei-ra que há onze anos é uma montra dos produtos e sabores do concelho e que passará a realizar-se, além da edição de Agos-to, por altura da época da amêndoa, no final do Verão/início do Outono, e no Inverno dedicada ao azeite e à caça. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Fernando Barros, que real-çou que a ideia é “aproveitar melhor a marca TerraFlor”, dando destaque aos respectivos produtos sazonais em cada uma das

As produções hortícolas na região norte litoral do país estão ser afectadas pelo verão atípico em termos de temperaturas, o que está atrasar as colheitas e a aumentar os custos de pro-dução.

O alerta foi dado por Manuel Silva, presidente da Horpozim, Associação de Horticultores da Póvoa de Varzim, que garante que na sua região, uma das mais significativas do país na pro-dução de horticultura, as dificuldades são transversais a todos os agricultores.

“Está ser um ano atípico porque a temperatura tem sido muito mais amena, há menos horas de luz nas zonas litorais por causa dos nevoeiros, e a humidade é maior, o que tem criado dificuldades nas produções”, explicou o dirigente.

“Isso repercute-se no crescimento das plantas, que não se estão a desenvolver normalmente. Por outro lado, o gran-

de teor de humidade obriga-nos a um aumento dos tratamentos fitofármacos, porque os fungos com esta temperatura baixa e hu-midade desenvolvem-se com mais facilidade”.

Ainda assim, Manuel Silva garante que “por enquanto as pro-duções não estão em causa, porque os agricultores prepararam--se para tal”, mas apontou que devido ao aumento dos tratamen-tos “existe um acréscimo nos custos de produção entre os 20 a 25 por cento”. “Já temos de lidar com preços baixos que nos são pagos e, com este aumento nos custos de produção, a rentabi-lidade dos horticultores vai ser, certamente, afectada”, vincou o dirigente.

Manuel Silva alertou, ainda, que “pelo facto de o inverno ter sido muito prolongado e o verão ainda não ter chegado em força será natural que as colheitas se atrasem”, estando expectante so-bre o tempo que se vai sentir em Setembro e Outubro.

Alerta foi dado pelo presidente da Associação de Horticultores da Póvoa de Varzim

Verão atípico aumenta custos e atrasa produção hortícola no norte litoral

Anunciou o autarca de Vila Flor

TerraFlor vai desdobrar-se em três edições por ano

edições. A diversidade agrícola marca este concelho do Nordeste Transmontano e esteve em destaque, nos produtos exposto na TerraFlor, nomeadamente os cogumelos, queijos, azeite, vinho, mel, frutícolas ou enchidos.

O certame decorreu pela primeira vez no parque de estacio-namento coberto junto ao centro cultural da vila e teve nesta edi-ção um espaço para a promoção de raças de gado autóctones com um concurso da ovelha Churra e da cabra Serrana, mostra de cão de gado Transmontano e uma exposição dedicada ao burro mirandês.

A TerraFlor é organizada pela Câmara de Vila Flor e associa-ções locais.

13www.gazetarural.com

O presidente da Confe-deração Nacional das Coo-perativas Agrícolas (Con-fagri) acusou as grandes cadeias de distribuição de “esmifrarem” os pequenos produtores, ao diminuir--lhes as margens de co-mercialização. “O problema é que, em Portugal, só há duas grandes cadeias de comercialização. Essas é que têm o grosso da colu-na. Tudo o resto é pratica-

Milhares de pessoas passaram pelo Sátão, nas tradicionais Festas de S. Bernardo, que este ano ofereceram um programa que pretendeu ir ao encontro dos mais variados gostos.

Destaque no dia da abertura para o elefante Salomão, através do teatro de rua “A Viagem do Elefante”, que passou por terras de Sátão perante mais de mil quinhentas pessoas. No dia seguinte perícia automóvel permitiu aos aman-tes do desporto automóvel apreciar as manobras dos carros participantes. De tarde o Festival da Sopa permitiu que muitas centenas de pessoas pudessem degustar as variadas sopas, numa mos-tra da gastronomia do concelho.

No dia de S. Bernardo realizou-se a habitual Feira Anual, que atraiu alguns milhares de pessoas, numa manhã mar-cada pelo concurso de gado, que juntou alguns criadores do concelho.

O presidente da Câmara de Sátão mostrou-se satisfeito com o balanço final das festas. Alexandre Vaz destacou a participação da comunidade satense no teatro de rua “A Viagem do Elefante” e agradeceu a presença de todos num evento que pretendeu que os satenses e os visitantes pudessem passar mo-mentos agradáveis e divertidos em ter-ras de Sátão.

Autarca fez um balanço muito positivo do evento

Festas de S. Bernardo 2014 atraíram milhares de visitantes ao Sátão

Acusa o presidente da Confederação das Cooperativas Agrícolas

“Grandes cadeias de distribuição ‘esmifrarem’ os pequenos produtores”

mente paisagem e acabam por esmifrar o tecido produtivo na-cional”, considerou Manuel dos Santos Gomes.

Em declarações aos jornalistas à margem da inauguração da Feira Agrícola do Vale do Sousa, em Penafiel, o dirigente defen-deu a necessidade de haver “regras sérias e transparentes” na

relação comercial entre os produtores e a distribuição. Para o presidente da Confagri, impõe-se uma maior fiscali-

zação, de acordo com o determinado na Plataforma de Acom-panhamento nas Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA). “A regulamentação tem coimas pesadas, mas se essa lei não for efectivamente cumprida, o que é que nos serve?”, questionou. Para Manuel dos Santos Gomes, o facto de não haver “grande concorrência entre a grande distribuição é que causa alguns en-gulhos aos produtores”.

Depois de sublinhar a vitalidade do sector agrícola e coopera-tivo, o responsável exortou as cooperativas no sentido de conti-nuarem a trabalhar na profissionalização da gestão. As coopera-tivas têm de ser geridas como uma empresa. Elas têm de pensar em ser geridas profissionalmente e economicamente como qual-quer outra empresa”, assinalou.

O dirigente participou na inauguração da XXXV edição da Agri-val, Feira Agrícola do Vale do Sousa, certame que decorreu em Pe-nafiel, e elogiou o evento, sobretudo por ser o maior da região norte, contribuindo para o desenvolvimento económico do país.

14 www.gazetarural.com

A produção deste ano do mel certificado da Serra da Lousã deve rondar as 30 toneladas, mais três que em 2013, admitiram responsáveis da Cooperativa Lousamel.

No ano passado, a produção deste mel de urze com denomina-ção de origem protegida (DOP) ascendeu a 27 toneladas, segundo a directora executiva daquela empresa, Ana Paula Sançana.

Sem dados definitivos sobre os resultados da “cresta” (colhei-ta do mel das colmeias) ainda em curso, o presidente da Lousa-mel, António Carvalho, reconheceu que a produção pode ser “su-perior” à do ano passado.

Nos dez municípios que integram a região do mel DOP Serra da Lousã - Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Gran-de, Penela e Vila Nova de Poiares - “está a verificar-se um des-fasamento nas produções”, segundo Ana Paula Sançana. “Temos apicultores com a melhor produção dos últimos 30 anos, nalguns casos 30 a 40 quilogramas de mel por colmeia, quando a média ronda oito a nove quilogramas”, disse. Para outros produtores, “está a ser uma razia completa”, referiu Ana Paula Sançana.

A actual “cresta” vai ser “mais ou menos igual” à do ano pas-sado, com os apicultores “que tiveram mais mel a compensarem os que não tiveram nada”. As baixas produções, acrescentou, po-derão “ter a ver com o controle das enxameações”, que consistem na saída de enxames novos da colmeia de origem, cada um com a sua rainha.

Quantas mais enxameações ocorrerem, menor será a quanti-dade de mel em cada ano. “O número de abelhas, que são, afinal, a mão-de-obra disponível, está intimamente ligado com a pro-dução”, afirmou a directora executiva da Lousamel, frisando que uma colmeia pode reunir entre 60 a 100 mil abelhas.

Por outro lado, o mel desta colheita “está a sair mais claro”. Nos anos em que chove muito, como este, “há menos meladas” nas áreas florestais onde as abelhas procuram alimento.

Substância rica em açúcares, a melada, que determina a cor escura do mel da Serra da Lousã, é excretada por insectos que se alimentam da seiva de árvores e outras espécies vegetais.

Com quase 26 anos, a Lousamel reúne 350 apicultores e ex-porta mel DOP para a Alemanha, além de fornecer a rede de dis-tribuição da Sonae.

Tem vindo a exportar também “pequenas quantidades” para Angola e Noruega.

Responsável pela gestão da DOP, a Lousamel comercializa o mel produzido por 45 associados e pela própria cooperativa, que possui dois apiários, em Miranda do Corvo, com um total de 120 colmeias.

A vespa velutina (“Vespa velutina nigrithorax”), a invasora que tem atacado os apiários no Minho, não foi até agora avistada na Serra da Lousã, revelou Ana Paula Sançana.

Esta vespa asiática “não é mais perigosa para os seres huma-nos do que a tradicional vespa europeia”, segundo informação do Ministério da Agricultura e do Mar, mas prejudica a actividade apícola e a agricultura, ameaçando ainda a biodiversidade, ao eli-minar abelhas e outros polinizadores.

Segundo responsáveis da Cooperativa Lousamel

Produção de mel certificado da Serra

da Lousã pode chegar este ano às 30 toneladas

15www.gazetarural.com

As abelhas possuem uma grande diversidade no plano ge-nético, o que lhes permitiu a adaptação a alterações sucessivas desde o seu aparecimento, há cerca de 300 mil anos, segundo um estudo recentemente divulgado.

“Utilizámos técnicas de ponta e identificámos um alto nível de diversidade genética nas abelhas. Contrariamente a outras espécies domésticas, a criação [deste animal] parece ter levado a variações genéticas crescentes de abelhas provenientes de di-

Segundo um estudo recentemente divulgado

Abelhas possuem grande diversidade genética e adaptaram-se a alterações

ferentes locais do mundo”, resume um comunicado do principal autor da investigação, Matthew Webster.

A abelha (apis mellifera) tem um papel crucial nas sociedades humanas, já que um terço da produção de alimentos depende da polinização de frutos e legumes pelos insectos.

O declínio das colónias de abelhas registado nos últimos anos, relacionado com o aparecimento de doenças e com as alterações climáticas, está a preocupar os cientistas e muitos responsáveis de vários países.

Os autores deste trabalho da universidade sueca de Uppsa-la, publicado na revista britânica Nature Genetics, tentam com-preender as forças e as fraquezas das diferentes espécies de abelhas, inscritas no seu genoma, e analisaram e compararam o ADN de 14 tipos presentes na Europa, África, Médio-Oriente, EUA e Brasil.

Descobriram cerca de 3.000 genes resultantes da sua adap-tação a diferentes ambientes ao longo do tempo, associados ao sistema imunitário ou à capacidade hibernar.

Os resultados do estudo “parecem também indicar que os cruzamentos intensivos não são a causa principal do declínio das colónias”, salienta o investigador.

A análise genética da abelha doméstica sugere que esta não é originária de África, como se pensava, parece antes ser des-cendente de uma espécie vinda da Ásia, há mais de 300 mil anos e que se propagou rapidamente pela Europa e África.

O mundo mudou. Esta é a frase-cliché criada para explicar a crise financeira que determinou mudanças no tecido económico e empresarial mundial e, consequentemente, no nosso modo de vida. A agricultura mudou. Esta é a constatação de uma realida-de nacional, impulsionada por múltiplos factores, entre eles a tal crise financeira que nos enviou a troika para dentro das nossas fronteiras.

Esta mudança que ocorreu no mundo rural, pela entrada de muitos jovens agricultores, que trouxeram visão, uma gestão moderna e “update”, fez com que peças chave da gestão de qualquer negócio de sucesso, como a certificação, ganhassem relevo, importância e um valor decisivos para o êxito de um pro-duto no mercado e junto dos consumidores.

A certificação é hoje um factor determinante para credibilizar um projecto agrícola e garantir que o agricultor-empresário te-nha a rentabilidade e a sua estratégia de gestão que o seu plano de negócios justificava.

Certificar já é mais do que um ponto incontornável no pro-cesso de evolução do projecto empresarial, tendo como objec-tivo acrescentar mais-valias ao produto para vingar nos merca-dos internacionais.

Certificar impõe-se pela necessidade de preservar a auto--sustentabilidade ambiental e promover a segurança alimentar. É uma mudança de paradigma que está em curso no mundo rural e que determinará as bases do seu próprio sucesso.

Noutros países, a certificação também é uma realidade nova no mundo agrícola, com cerca de uma década de implementa-ção. É significativo verificar que hoje o papel da certificação é, sem dúvida, dos mais importantes no processo de produção.

A certificação mudou o mundo rural

OPI

NIÃ

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Ele está a mudar mentalidades, conceitos e rotinas. Isto é uma mais-valia, porque as empresas certificadoras regem-se por normas éticas, de responsabilidade social e pública, de trans-parência e rigor.

Liliana Perestrelo | Gerente da Naturalfa

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As chuvas e humidade em Julho indiciam quebras na pro-dução de Outono/Inverno dos cereais, vinho e maçãs, mas em contrapartida aumentaram a produção de batata e arroz, se-gundo as previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE).

As previsões agrícolas, em 31 de Julho, apontam para uma campanha cerealífera com produções aquém do esperado, embora superiores às registadas no ano passado, devido es-sencialmente à elevada precipitação e humidade verificadas no final do ciclo dos cereais que prejudicaram quer o volume da produção, quer a qualidade do grão.

O INE estima que a área de milho de regadio diminua 10 por cento face a 2013, mas ressalva que, apesar dos atrasos provo-cados pelas baixas temperaturas, as searas de milho apresen-tam um aspecto vegetativo normal. “O nível do preço do milho tem sido a principal preocupação dos produtores, encontran-do-se próximo dos praticados em 2013 e, a avaliar pela conjun-tura internacional, com tendência para descer”, escreve o INE no boletim de previsões agrícolas.

As condições meteorológicas também prejudicaram o ren-dimento da vinha para vinho, prevendo o INE decréscimos de produtividade da ordem dos seis por cento para a maioria das regiões vitivinícolas, em alguns casos, resultantes das baixas temperaturas e elevadas precipitações.

A Península de Setúbal e as Terras de Cister são as únicas regiões vitivinícolas onde as previsões apontam para aumentos do rendimento da vinha, enquanto no Alentejo a produtividade deverá ser próxima da de 2013.

A produtividade do arroz deve rondar as seis toneladas por hectare, valor semelhante ao registado na campanha anterior, mas regista algum atraso, estando a maioria das searas a meio do afilhamento.

As temperaturas relativamente amenas têm sido favoráveis ao desenvolvimento do milho de sequeiro, cultura circunscrita a algumas regiões do Norte e Centro, prevendo-se um aumento da produtividade de cinco por cento, face a 2013.

O desenvolvimento da batata de regadio decorreu com normalidade, diz o INE, e a colheita já efectuada mostra boa qualidade dos tubérculos, prevendo o INE um acréscimo de pro-dutividade na ordem dos 10 por cento, relativamente à última colheita.

A produção de batata de sequeiro deve registar um acrésci-mo de 15 por cento, resultado do aumento das áreas plantadas, e da respectiva produtividade, mas o INE destaca dificuldades de escoamento e subvalorizado no circuito comercial porque o

Segundo as previsões do Instituto Nacional de Estatística

Chuvas de Julho ameaçam produção de cereais e maçãs

mercado se encontra abastecido por produção em quantidade e boa qualidade, verificando-se.

O INE prevê que o tomate para a indústria registe uma produ-tividade próxima das 85 toneladas por hectare, mais 10 por cento do que na campanha anterior, e que as macieiras tenham um de-créscimo global de cinco por cento face a 2013.

A produção de pera deve aumentar três por cento, e a colheita do pêssego um aumento na produtividade de 45 por cento face a 2013, quando a campanha foi fortemente afectada por condições meteorológicas desfavoráveis e por problemas fitossanitários.

As culturas forrageiras e as pastagens, tanto em regadio como em sequeiro, apresentaram na sua generalidade produções abun-dantes e de boa qualidade.

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A Gazeta Rural comemora em 2014 os seus 10 anos de existência e tem vindo a partilhar, ao longo desse período, com a CAP, com o sector agrícola e com os agricultores de uma forma geral, momentos distintos na análise que pode-mos fazer sobre a história recente da agricultura portuguesa.

O nosso país viveu durante vários anos um deslumbra-mento tecnológico e financeiro que conduziu a uma desva-lorização do sector agrícola, fazendo com que quase todos acreditassem que teriam capacidade para importar tudo o que consumissem, sem precisarem de se preocupar com o sector produtivo. Esse deslumbramento tecnológico deu lugar, mais recentemente, à evidência da necessidade de produzir. Costumamos dizer que para consumir é preciso produzir, e essa é uma realidade incontornável, com a qual estamos todos confrontados na actualidade.

Parece ser hoje indiscutível que a agricultura tem uma importância fundamental para o nosso país, como tem aliás para todos os países, incluindo os mais ricos, os quais nunca descuraram os seus sectores agrícolas, ao contrário do que fez Portugal há alguns anos, acreditando que poderia negli-genciar a produção e a agricultura e que teria sempre crédito ilimitado para tudo importar.

Actualmente, a generalidade dos observadores reconhe-ce o importante contributo que o sector agrícola está dar para a recuperação da económica nacional, aumentando ex-ponencialmente as exportações e contribuindo para o equi-líbrio da balança comercial do país. A essa nova percepção por parte da opinião pública não é de forma alguma alheio o trabalho das publicações especializadas do nosso sector, imprescindível para transmitir a verdadeira realidade da agri-cultura portuguesa.

Assim, a agricultura portuguesa está neste momento em franca recuperação e a exportar de modo crescente e sus-tentado, contribuindo para equilibrar a balança comercial do país. Esperemos que no futuro, quando tivermos possibilidade de ultrapassar definitivamente a crise em que nos encontra-mos, não tenhamos memória curta e nos lembremos da im-portância de produzir e do sector agrícola em particular.

As nossas exportações da agricultura portuguesa são já muito relevantes e, para além dos subsectores tradicional-mente exportadores, como a cortiça, o vinho e o azeite, que crescem e reforçam as suas posições, áreas de produção como as frutas e hortícolas aumentam enormemente os seus índices de exportação, dando um novo impulso a esta recu-peração.

De qualquer modo, o deslumbramento tecnológico e financeiro que referi não passou sem deixar as suas conse-quências no terreno, nomeadamente no despovoamento do interior do país. Só agora, com o que se tem vindo a designar “regresso à terra” é que se assiste a alguma recuperação re-lativamente ao êxodo de ainda há não muitos anos. Se este “regresso à terra” significar uma revalorização do sector pro-dutivo primário como actividade económica de grande rele-vância, poderá contribuir para a dinamização da actividade económica a nível local, regional e nacional, assim como para a criação de emprego.

O desenvolvimento da actividade agrícola é fundamental para a sustentabilidade das zonas rurais, quer do ponto de

OPINIÃO

Uma década a informar sobre a agricultura portuguesa

vista socioeconómico, quer numa perspectiva puramente terri-torial. Sem actividade agrícola torna-se praticamente impossível evitar o despovoamento do interior do país, assim como o au-mento exponencial do risco de incêndios florestais. A agricultura contribui assim para recuperar e desenvolver a economia na-cional, atenuando o desemprego, aumentando as exportações e substituindo as importações. No entanto, não podemos acre-ditar que as populações rurais subsistem se lhes retirarmos a as-sistência média, as escolas e a segurança.

É, portanto, indispensável que continuemos a informar e a esclarecer a sociedade portuguesa sobre a realidade do nosso sector, quer no que concerne ao valor económico da produção agrícola para o país, quer relativamente aos valores e à cultura do mundo rural.

João MachadoPresidente da CAP

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A cantora Mónica Sintra é a cabeça de cartaz da Feira das Tradições e Sabores, que se realiza a 14 de Setembro na fregue-sia de Vila Cova à Coelheira, no concelho de Vila Nova de Paiva.

A iniciativa desta autarquia das “Terras do Demo” consiste numa feira de artesa-nato e de produtos gastronómicos da re-gião, aliada ao XXXI Festival de Folclore de Vila Cova à Coelheira. A autarquia espera a inscrição de expositores de artesanato tradicionais, nas áreas da cestaria, madei-ras, ferro, tapeçaria, trabalhos em pedra, tecelagem, burel, lãs, linhos, entre outros.

Haverá ainda a degustação de alguns produtos regionais, confecção de bôlas em forno de lenha e a exposição o Ciclo do Pão.

Para além do Festival de Folclore, Mó-nica Sintra actuará pelas 18,30 horas. As inscrições estão abertas para os exposi-tores que pretendam participar na feira, até as 17 horas do dia 6 de Setembro, no Posto de Turismo da Câmara de Vila Nova de Paiva.

Em Vila Cova à Coelheira, a 14 de Setembro

Mónica Sintra é figura de cartaz da Feira das Tradições e Sabores

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