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MANUAL DO PROFESSOR GEOGRAFIA ENSINO MÉDIO VOLUME 1

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Manual do Professor

GeoGrafia

ensino Médio

VoluMe 1

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2 Manual do Professor

suMário

1. Pressupostos teórico-metodológicos da coleção .............3Orientações teóricas 3Procedimentos metodológicos 4Sugestões de leitura 8Sugestões de livros e sites 13

2. Pressupostos geográficos da coleção ............................15Objetivos da Geografia para o Ensino Médio 15Os conceitos geográficos na coleção 16A Cartografia na coleção 18

3. Organização didática da coleção ....................................20Apresentação temática dos volumes 20Estrutura interna dos volumes 31Conteúdos dos volumes 35

4. Fundamentos e objetivos do volume ..............................39

5. Organização do volume ..................................................40

6. Orientações sobre os capítulos ......................................41Capítulo 1 – Orientação 41Capítulo 2 – Cartografia 45Capítulo 3 – O mapa do mundo 49Capítulo 4 – O Brasil no mapa do mundo 53Capítulo 5 – Elementos da Geologia 62Capítulo 6 – Elementos da Geomorfologia 66Capítulo 7 – Geologia e Geomorfologia do Brasil 70Capítulo 8 – A produção de minérios no mundo 83Capítulo 9 – A produção de combustíveis fósseis no mundo 86Capítulo 10 – A produção de minérios e combustíveis fósseis no Brasil 92

7. Sugestões de leitura ......................................................98Unidade 1 – Dinâmica espacial 98Unidade 2 – Geologia e relevo 100Unidade 3 – Dinâmica da produção mineral e energética 101

8. Referências bibliográficas ...........................................103

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Manual do Professor 3

1. PressuPostos teórico-MetodolóGicos da coleção

orientações teóricas

A Geografia estuda a interação entre a dinâmica da natureza e os mecanismos de or-

ganização e sistemas produtivos desenvolvidos pelas sociedades humanas A categoria de

análise primordial para identificar e interpretar os diferentes aspectos dessa interação é o

espaço geográfico

Desdobrado em conceitos como lugar, paisagem e território, o espaço geográfico não

apenas revela, em suas formas e seus conteúdos, o resultado da atuação simultânea e inter-

dependente dos elementos e fenômenos naturais e das formas de apropriação da sociedade,

como também é um agente ativo desse processo

Assim, espera-se que o estudo da Geografia possa tornar o mundo passível de compreen-

são, por meio da leitura do espaço geográfico e da análise das informações a partir dele, le-

vantadas e representadas sob a luz das características sociais historicamente constituídas

A condução crítica da produção do conhecimento geográfico, abrangendo sinteticamente

o meio físico, as forças produtivas e as representações simbólicas desse espaço, passa pela

identificação, pela descrição e pela organização, em diversas formas de registro, das múlti-

plas características que se arranjam em cada porção da superfície terrestre

Dessa forma, cabe ao livro didático de Geografia fornecer elementos e subsídios para a

apreensão dos processos que envolvem a produção do espaço, além de parâmetros para

sua análise Já ao professor compete incorporar o recurso representado pelo livro didático

às demais ferramentas de ensino, adaptando-o às especificidades regionais e ao projeto

pedagógico da escola, tornando-o, desse modo, acessível ao grupo de alunos com o qual

trabalha Também lhe cabe articular as temáticas, as necessidades e os anseios que forem

identificados

Esta coleção contempla, por meio de sua organização temática e de uma estrutura tex-

tual descomplicada, proposições consagradas no ensino de Geografia, além de possibilitar

aos alunos, por intermédio do professor, elaborar linhas de reflexão segundo tendências

recentes da prática pedagógica Ao longo dos capítulos são apresentados boxes que facul-

tam aos alunos estabelecer relações entre o conceito trabalhado e questões da atualidade

ou situações comuns em seu cotidiano As atividades, organizadas em diferentes propostas,

permitem desde a retomada do conteúdo e a preparação para os vestibulares até a proble-

matização e o desenvolvimento dos temas e das competências indicados na Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional (LDB) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio (DCN) – como os que se relacionam à leitura e à interpretação de registros gráficos e

textuais; ao reconhecimento, à seleção e à comparação de fenômenos espaciais; à investi-

gação dos processos de transformação do espaço geográfico; de fenômenos relacionados à

questão ambiental decorrentes da relação entre a sociedade e o meio ambiente; à compre-

ensão das questões referentes à educação ambiental

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4 Manual do Professor

ProcediMentos MetodolóGicos

A importância do livro didático no planejamento das aulas e suasaplicações em sala

Este livro é uma ferramenta essencial para a estruturação do curso de Geografia, mas é

importante que não seja o único material de apoio didático Ao articular seus capítulos de

forma bastante didática, de maneira a apresentar-se como um recurso precioso na con-

dução das aulas, este livro permite que o professor valorize os conhecimentos prévios dos

alunos para a análise criteriosa de suas abordagens, aproveite seus textos e recursos visuais

para estimular discussões e debates entre os alunos, e desenvolva atividades que permitam

estabelecer relações entre seus diferentes conteúdos

O livro didático deve ser empregado como ferramenta de promoção do desenvolvimento

da autonomia de aprendizagem dos alunos, que precisam ser estimulados a recorrer ao

material como fonte de pesquisa e como referência dos temas estudados, para que possam

realizar uma fundamentação básica de seus posicionamentos críticos

À figura do professor atribui-se a função de conferir sentido ao processo de aprendiza-

gem dos alunos, sem desconsiderar a condição destes como agentes ativos de produção do

conhecimento Por isso, o professor tem um papel primordial nesse processo: desenvolver

estratégias que potencializem o desenvolvimento do conhecimento, entre as quais o livro

didático deve figurar como material fundamental para o suporte das relações de ensino-

-aprendizagem O trabalho de apropriação e reflexão dos conteúdos do livro didático desvela

oportunidades de concretização dos objetivos de formar alunos e de avaliá-los, bem como de

avaliar os resultados do trabalho como um todo

A avaliação

Em se tratando das avaliações, faz-se necessário diferenciar, no mínimo, duas práticas

de análise dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano letivo A primeira prática concerne

à avaliação do desenvolvimento dos alunos diante de suas potencialidades, de acordo com

parâmetros definidos A segunda relaciona-se ao desenvolvimento do curso como um todo,

sendo fundamental que o professor atente-se ao cronograma de aulas, às atividades de-

senvolvidas em sala e às respostas dadas às propostas, verificando assim se os objetivos

estão sendo atingidos Dessa forma, o professor poderá, se necessário, reorganizar esses

objetivos e os instrumentos utilizados para atingi-los Portanto, antes de aplicar as práticas

de avaliação, é importante que o professor domine com clareza os objetivos que direcionam

suas práticas de ensino e, nesse contexto, defina o que avaliar e como avaliar

Um pressuposto importante no norteamento do processo de avaliação é o de que, no pro-

cesso de ensino-aprendizagem, a apropriação do conteúdo não se limita a uma finalidade em

si mesma, mas serve como meio para a formação ampla de uma consciência crítica, e os refle-

xos disso devem estar representados nas respostas das avaliações produzidas pelos alunos

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A avaliação dos alunos não pode resumir-se a fórmulas prontas, devendo ser condizente

com a realidade da escola e da sociedade em que esta se insere, devendo ser estruturada

sobre princípios que, além de verificar os conhecimentos adquiridos e produzidos pelos alu-

nos, permitam aprofundar o conhecimento sobre todo o trabalho escolar Concebida dessa

maneira, e integrada a um planejamento ao mesmo tempo consistente e flexível, a avaliação

permite reconhecer dificuldades e ajustar as formas de intervenção no decorrer do processo

letivo, readequando objetivos e repensando as práticas pedagógicas

Portanto, a avaliação não pode ser confundida com a simples aplicação de provas, que

sobrevalorizam notas ou conceitos A avaliação incorporada ao processo de aprendizagem

desprende-se de momentos ou procedimentos particularizados, tornando-se um princípio

contínuo, indissociável dos objetivos estruturais do curso Por meio desse princípio é possí-

vel conduzir todas as atividades de modo a revelar apontamentos coletivos e individuais rela-

cionados às propostas desenvolvidas, permitindo também, se o professor preferir, valorizar

cada atividade sem hierarquizá-las, estimulando os alunos a realizar um estudo também

contínuo, em vez de um estudo pontual às vésperas de avaliações formais

Na avaliação contínua tanto do curso como dos alunos, tende-se a utilizar uma gama

maior de parâmetros, o que contribui para compreender qualitativamente a relação dos alu-

nos com a aprendizagem, discernindo as dificuldades que provêm da apreensão do conteúdo

em si e aquelas oriundas da forma como o conteúdo é trabalhado Por fim, conhecendo me-

lhor os alunos, podem-se levar em consideração suas especificidades, criando possibilida-

des de melhorias não apenas na apreensão dos conteúdos, mas principalmente na reflexão

acerca dos temas apresentados, cujos resultados podem ser observados na avaliação (em

relação ao que dela se puder deduzir) ou até mesmo em suas posturas e ações nos debates

em sala de aula

O texto a seguir, de Léa Depresbiteris, traz mais algumas contribuições para a reflexão

sobre o tema “avaliação”

Avaliação da aprendizagem do ponto de vista técnico-científico e filosófico-político

Como atribuir notas aos alunos? Como fazer para que essas notas representem o desempenho real do

aluno? [...]

A ênfase à atribuição de notas (medida) na avaliação tem provocado alguns desvios significativos,

dentre os quais o de lhe dar um caráter meramente comercial, contabilístico, desconsiderando seu

aspecto educacional de orientação do aluno. Conforme diz Luckesi (1984), as notas são comumente

usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos, dentro de um continuum de posi-

ções, onde a maior ênfase é dada à comparação de desempenhos e não aos objetivos instrucionais que

se deseja atingir. O aluno é classificado como inferior, médio ou superior quanto ao seu desempenho

e muitas vezes fica preso a esse estigma, não conseguindo desvelar seu potencial. [...]

A associação que limita o ato de avaliar ao de atribuir uma nota leva a um desvio bastante

comum: reduzir a avaliação à mera atividade de elaborar e aplicar instrumentos de medida. Nessa

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perspectiva, há o grande perigo de direcionar a aprendizagem apenas para o domínio de conteúdos

de uma prova final, de uma unidade de ensino ou de um curso. Goldberg aponta, ainda, o problema de

considerar a avaliação como aplicação de uma prova final. Segundo a autora, muitos professores esque-

cem que é natural e espontâneo considerar, na avaliação, outros recursos, como trabalhos diários, obser-

vações e registros, enfim, todas as atividades que permitem inferir desempenhos (Depresbiteris, 1989).

Assim, é importante, ao se falar em avaliação da aprendizagem, indicar suas funções, que segundo

Gronlund (1979), são as de informar e orientar para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

[...]

Que abordagem avaliativa devemos adotar para a melhoria do ensino?

A avaliação da aprendizagem está estreitamente relacionada à abordagem curricular. Segundo

McNeil (1981), podemos classificar o currículo em acadêmico, tecnológico, humanista e de recons-

trução social.

No currículo acadêmico, a avaliação em sala de aula apresenta meios variados, de acordo com os

objetivos das diferentes disciplinas, sempre com ênfase ao conhecimento de fatos e temas. No currí-

culo humanista, a avaliação enfatiza o processo e não o produto; a avaliação é de natureza mais sub-

jetiva, valorizando a expressão do aluno em pinturas, poemas, discussões em grupo, dentre outros. Já

no currículo tecnológico, a avaliação se apoia no desempenho do aluno, definido pelo total de pontos

obtidos em testes padronizados ou, então, em testes específicos de programas que tratam de aspectos

das disciplinas escolares convencionais. Por fim, a avaliação no currículo de reconstrução social é

feita por meio de exames abrangentes durante o último ano da escola, com o objetivo de sintetizar e

avaliar a interpretação, pelo aluno, de seu trabalho. Nesse caso, a avaliação vai além da aprendizagem,

verificando efeitos da escolarização na comunidade. [...]

Até que ponto vai o planejamento do ensino e onde começa a avaliação da aprendizagem?

A avaliação e o planejamento são atividades inseparáveis; formam um processo único, no qual de-

vem ser definidos os objetivos, os conteúdos, as estratégias de ensino, os critérios e as formas de avaliar.

O que acontece, porém, é que, em vez de serem valorizados em seus aspectos educacionais, o plane-

jamento do ensino e a avaliação da aprendizagem são transformados em atividades burocráticas, formais.

O planejamento é o momento de refletir sobre os objetivos a serem atingidos, sobre como alcan-

çá-los e sobre como avaliar o que se planejou. É frequentemente confundido com o plano de ensino,

registro formal do planejamento. A cobrança ao professor é feita quanto ao papel escrito e não quanto

ao processo de reflexão.

Como consequência, no lugar de guia, de orientador da ação docente, o plano, feito quase sempre

sem ter havido planejamento, passa a ser instrumento de gaveta, sem nenhuma função pedagógica.

A avaliação, por sua vez, é vista como o registro de uma nota, tornando-se uma atividade burocrática

para o professor. [...]

DEPRESBITERIS, Léa. Avaliação da aprendizagem do ponto de vista técnico-científico e filosófico-político. São Paulo: FDE, 1998. n. 8. (Série Ideias).

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Interdisciplinaridade

Apesar de a escola, no passado, ter agrupado os saberes em disciplinas para facilitar o

processo de aprendizagem, hoje há um esforço contrário, que tenta aproximar e relacionar

conhecimentos

Ao contrário do que muitas vezes se pensa, a interdisciplinaridade não dilui as disciplinas,

mas, sim, mantém a individualidade destas, integrando-as para uma compreensão mais

ampla do conhecimento e da realidade na qual o aluno está inserido A sua prática procura

estimular a pesquisa e a curiosidade, a teoria e a prática, a construção de um conhecimento

conjunto de professores e alunos O professor se torna

reconstrutor juntamente com seus alunos; o professor é, consequentemente, um pesquisador que

possibilita aos alunos, também, a prática da pesquisa. A problematização como metodologia para a

reconstrução de construtos dá condições ao aluno de mover-se no âmbito das teorias, das diferentes

áreas do saber, construindo a teia de relações que vai torná-lo autônomo diante da autoridade do

saber. O professor pesquisador constitui-se, portanto, em agente necessário de uma formação calçada

na interdisciplinaridade. (TOMAZETTI, 1998, p. 13.)

Para o desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar, é importante a contextualização

dos temas tratados e, dessa forma, provocar a curiosidade dos alunos, através de questio-

namentos, bem como acessar às ideias prévias dos alunos a respeito do tema a ser tratado

O desenvolvimento de experiências interdisciplinares ainda é principiante e tem limita-

ções, devido às dificuldades enfrentadas na realidade da sala de aula Porém, essa prática

possibilita a interatividade entre diferentes áreas do conhecimento e procura aproximar os

saberes adquiridos na escola de uma realidade mais ampla e cotidiana do aluno

O texto a seguir repensa a interdisciplinaridade e questiona como a Geografia pode con-

tribuir com o desafio de desenvolver esse tipo de experiência

A interdisciplinaridade e o ensino de Geografia

A interdisciplinaridade como princípio e atitude interdisciplinar constitui foco de discussão para

pesquisadores e educadores dos vários níveis de ensino, que, ao reconhecerem a complexidade do

mundo pós-industrial e o processo de globalização vivenciado pelos povos do mundo inteiro, estão

cientes de que os saberes parcelares não dão conta de resolver problemas que demandam conheci-

mentos específicos, relacionados a um objetivo comum e central.

Outro aspecto importante é saber que a interdisciplinaridade se revela necessária no mundo atual,

mas não constitui panaceia para todos os problemas da humanidade no planeta Terra. Portanto, há

necessidade de uma reflexão profunda e de uma interlocução permanente entre as pessoas e grupos

envolvidos em um projeto que pretende ser interdisciplinar. [...]

A preocupação maior é saber como a Geografia contribui para a formação do professor e dos

alunos do ensino básico, considerando a especificidade da ciência e da disciplina escolar, sem realizar

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uma “sopa” teórico-prática, sem identidade. É preciso saber, por exemplo, como pode trabalhar como

um arquiteto ou um historiador, conhecer as propostas desses profissionais, sem confundir-se com

eles nem pretender dar aulas de Arquitetura ou de História.

No âmbito de cada ciência e também da Geografia, apesar de toda a discussão existente sobre

a interdisciplinaridade, ainda se realiza um trabalho compartimentado e isolado com pouca inter-

locução entre os responsáveis pelos vários ramos do conhecimento. Como avançar na direção de

trabalhos mais aproximados, já que há conhecimentos parcelares profundos e plurais, por exemplo,

na Geografia urbana, na Geografia agrária, na Geomorfologia, na Climatologia? Isso para não citar os

vários outros ramos existentes há muito e os novos ramos que surgem à medida que a sociedade, em

sua dinâmica e movimento, também se transforma.

A interdisciplinaridade pode criar novos saberes e favorecer uma aproximação maior com a re-

alidade social mediante leituras diversificadas do espaço geográfico e de temas de grande interesse e

necessidade para o Brasil e para o mundo.

O professor de uma disciplina específica com uma atitude interdisciplinar abre a possibilidade

de ser um professor-pesquisador porque deve selecionar os conteúdos, métodos e técnicas trabalha-

dos em sua disciplina e disponibilizá-los para contribuir com um objeto de estudo em interação com

os professores das demais disciplinas. Isso não pode ser realizado sem uma pesquisa permanente.

A Geografia, no desenvolvimento de seus conceitos e na maneira de produzir, ensinar e relacio-

nar-se ou não com seus próprios ramos e com outras ciências ou disciplinas escolares, é um movi-

mento histórico que se encontra em constante transformação. O professor necessita manter o diálogo

permanente com o passado, o presente e o futuro para conhecer melhor sua própria ciência e saber

como constituir projetos disciplinares e interdisciplinares na escola. [...]

A interdisciplinaridade e o ensino de Geografia. In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009. p. 143-145.

suGestões de leitura

TEXTO 1: Antonio Nóvoa, doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Genebra,

é um estudioso português que se dedica à História da Educação e Educação comparada

Na entrevista a seguir, ele faz uma reflexão do papel do professor no passado, presente e

futuro

Professor, o que é ser professor hoje? Ser professor atualmente é mais complexo

do que foi no passado?

Antonio Nóvoa – É difícil dizer se ser professor, na atualidade, é mais complexo do que foi no

passado, porque a profissão docente sempre foi de grande complexidade. Hoje, os professores têm

que lidar não só com alguns saberes, como era no passado, mas também com a tecnologia e com a

complexidade social, o que não existia no passado. Isto é, quando todos os alunos vão para a escola,

de todos os grupos sociais, dos mais pobres aos mais ricos, de todas as raças e todas as etnias, quando

toda essa gente está dentro da escola e quando se consegue cumprir, de algum modo, esse desígnio

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histórico da escola para todos, ao mesmo tempo, também, a escola atinge uma enorme complexidade

que não existia no passado. Hoje em dia é, certamente, mais complexo e mais difícil ser professor do

que era há 50 anos, do que era há 60 anos ou há 70 anos. Esta complexidade acentua-se, ainda, pelo

fato de a própria sociedade ter, por vezes, dificuldade em saber para que ela quer a escola. A escola

foi um fator de produção de uma cidadania nacional, foi um fator de promoção social durante muito

tempo e agora deixou de ser. E a própria sociedade tem, por vezes, dificuldade em ter uma clareza,

uma coerência sobre quais devem ser os objetivos da escola. E essa incerteza, muitas vezes, transfor-

ma o professor num profissional que vive numa situação amargurada, que vive numa situação difícil

e complicada pela complexidade do seu trabalho, que é maior do que no passado. Mas isso acontece,

também, por essa incerteza de fins e de objetivos que existe hoje em dia na sociedade.

Como o senhor entende a formação continuada de professores? Qual o papel da

escola nessa formação?

Antonio Nóvoa – Durante muito tempo, quando nós falávamos em formação de professores, fa-

lávamos essencialmente da formação inicial do professor. Essa era a referência principal: preparavam-

-se os professores que, depois, iam durante 30, 40 anos exercer essa profissão. Hoje em dia, é impen-

sável imaginar esta situação. Isto é, a formação de professores é algo, como eu costumo dizer, que se

estabelece num continuum. Que começa nas escolas de formação inicial, que continua nos primeiros

anos de exercício profissional. Os primeiros anos do professor – que, a meu ver, são absolutamente

decisivos para o futuro de cada um dos professores e para a sua integração harmoniosa na profissão

– continuam ao longo de toda a vida profissional, através de práticas de formação continuada. Estas

práticas de formação continuada devem ter como polo de referência as escolas. São as escolas e os

professores organizados nas suas escolas que podem decidir quais são os melhores meios, os melhores

métodos e as melhores formas de assegurar esta formação continuada. Com isso, eu não quero dizer

que não seja muito importante o trabalho de especialistas, o trabalho de universitários nessa colabo-

ração. Mas a lógica da formação continuada deve ser centrada nas escolas e deve estar centrada numa

organização dos próprios professores.

Que competências são necessárias para a prática do professor?

Antonio Nóvoa – Provavelmente na literatura, nos textos, nas reflexões que têm sido feitas ao

longo dos últimos anos, essa tem sido a pergunta mais frequentemente posta e há uma imensa lista

de competências. Estou a me lembrar que ainda há 3 ou 4 dias estive a ver com um colega meu

estrangeiro, justamente, uma lista de 10 competências para uma profissão. Podíamos listar aqui um

conjunto enorme de competências do ponto de vista da ação profissional dos professores. Resumindo,

eu tenderia a valorizar duas competências: a primeira é uma competência de organização. Isto é, o

professor não é, hoje em dia, um mero transmissor de conhecimento, mas também não é apenas

uma pessoa que trabalha no interior de uma sala de aula. O professor é um organizador de apren-

dizagens, de aprendizagens via os novos meios informáticos, por via dessas novas realidades virtuais.

Organizador do ponto de vista da organização da escola, do ponto de vista de uma organização mais

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ampla, que é a organização da turma ou da sala de aula. Há aqui, portanto, uma dimensão da orga-

nização das aprendizagens, do que eu designo, a organização do trabalho escolar e esta organização

do trabalho escolar é mais do que o simples trabalho pedagógico, é mais do que o simples trabalho

do ensino, é qualquer coisa que vai além destas dimensões, e estas competências de organização são

absolutamente essenciais para um professor. Há um segundo nível de competências que, a meu ver,

são muito importantes também, que são as competências relacionadas com a compreensão do conhe-

cimento. Há uma velha brincadeira, que é uma brincadeira que já tem quase um século, que parece

que terá sido dita, inicialmente, por Bernard Shaw, mas há controvérsias sobre isso, que dizia que:

“quem sabe faz, quem não sabe ensina”. Hoje em dia esta brincadeira podia ser substituída por uma

outra: “quem compreende o conhecimento”. Não basta deter o conhecimento para o saber transmitir

a alguém, é preciso compreender o conhecimento, ser capaz de o reorganizar, ser capaz de o reela-

borar e de transpô-lo em situação didática em sala de aula. Esta compreensão do conhecimento é,

absolutamente, essencial nas competências práticas dos professores. Eu tenderia, portanto, a acentuar

esses dois planos: o plano do professor como um organizador do trabalho escolar, nas suas diversas

dimensões, e o professor como alguém que compreende, que detém e compreende um determinado

conhecimento e é capaz de o reelaborar no sentido da sua transposição didática, como agora se diz,

no sentido da sua capacidade de ensinar a um grupo de alunos. [...]

A sociedade espera muito dos professores. Espera que eles gerenciem o seu percurso profissio-

nal, tematizem a própria prática, além de exercer sua prática pedagógica em sala de aula. Qual a

contrapartida que o sistema deve oferecer aos professores para que isso aconteça?

Antonio Nóvoa – Certamente, nas entrelinhas da sua pergunta, há essa dimensão. Há hoje um

excesso de missões dos professores, pede-se demais aos professores, pede-se demais às escolas. As

escolas, talvez, resumindo numa frase [...], as escolas valem o que vale a sociedade. Não podemos

imaginar escolas extraordinárias, espantosas, onde tudo funciona bem numa sociedade onde nada

funciona. Acontece que, por uma espécie de um paradoxo, as coisas que não podemos assegurar que

existam na sociedade, nós temos tendência a projetá-las para dentro da escola e a sobrecarregar os

professores com um excesso de missões. Os pais não são autoritários, ou não conseguem assegurar

a autoridade, pois se pede ainda mais autoridade para a escola. Os pais não conseguem assegurar a

disciplina, pede-se ainda mais disciplina à escola. Os pais não conseguem que os filhos leiam em casa,

pede-se à escola que os filhos aprendam a ler. É legítimo eles pedirem à escola, a escola está lá para

cumprir uma determinada missão, mas não é legítimo que sejam uma espécie de vasos comunican-

tes ao contrário. Que cada vez que a sociedade tem menos capacidade para fazer certas coisas, mais

sobem as exigências sobre a escola. E isto é um paradoxo absolutamente intolerável e tem criado

para os professores uma situação insustentável do ponto de vista profissional, submetendo-os a uma

crítica pública, submetendo-os a uma violência simbólica nos jornais, na sociedade, etc. o que é abso-

lutamente intolerável. Eu creio que os professores podem e devem exigir duas coisas absolutamente

essenciais que são:

uma, é calma e tranquilidade para o exercício do seu trabalho, eles precisam estar num am-•

biente, eles precisam estar rodeados de um ambiente social, precisam estar rodeados de um

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ambiente comunitário que lhes permita essa calma e essa tranquilidade para o seu trabalho.

Quer dizer, não é possível trabalhar pedagogicamente no meio do ruído, no meio do barulho,

no meio da crítica, no meio da insinuação. É absolutamente impossível esse tipo de trabalho.

As pessoas têm que assegurar essa calma e essa tranquilidade;

e, por outro lado, é essencial ter condições de dignidade profissional. E essa dignidade pro-•

fissional passa certamente por questões materiais, por questões do salário, passa também por

boas questões de formação, e passa por questões de boas carreiras profissionais. Quer dizer,

não é possível imaginar que os professores tenham condições para responder a este aumento

absolutamente imensurável de missões, de exigências no meio de uma crítica feroz, no meio

de situações intoleráveis, de acusação aos professores e às escolas.

Eu creio que há, para além dos aspectos sociais de que eu falei a pouco – e que são aspectos ex-

tremamente importantes, porque no passado os professores não tiveram, por exemplo, os professores

nunca tiveram situações materiais e econômicas muito boas, mas tinham prestígio e uma dignidade

social que, em grande parte completavam algumas dessas deficiências – para além desses aspectos so-

ciais de que eu falei a pouco e que são essenciais para o professor no novo milênio, neste milênio que

estamos, eu creio que pensando internamente a profissão, há dois aspectos que me parecem essen-

ciais. O primeiro é que os professores se organizem coletivamente – e esta organização coletiva não

passa apenas, eu insisto bem, apenas pelas tradicionais práticas associativas e sindicais – passa também

por novos modelos de organização, como comunidade profissional, como coletivo docente, dentro

das escolas, por grupos disciplinares e conseguirem deste modo exercer um papel com profissão, que

é mais ampla do que o papel que tem exercido até agora. As questões do professorado enquanto cole-

tivo parecem-me essenciais. Sem desvalorizar as questões sindicais tradicionais, ou associativas, creio

que é preciso ir mais longe nesta organização coletiva do professorado. O segundo ponto – e que tem

muito a ver também com formação de professores – passa pelo que eu designo como conhecimen-

to profissional. Isto é, há certamente um conhecimento disciplinar que pertence aos cientistas, que

pertence às pessoas da história, das ciências etc., e que os professores devem ter. Há certamente um

conhecimento pedagógico que pertence, às vezes, aos pedagogos, às pessoas da área da educação que

os professores devem ter também. Mas, além disso, há um conhecimento profissional que não é nem

um conhecimento científico nem um conhecimento pedagógico, que é um conhecimento feito na

prática, que é um conhecimento feito na experiência, como dizia há pouco, e na reflexão sobre essa

experiência. A valorização desse conhecimento profissional, a meu ver, é essencial para os professores

neste novo milênio. [...]

TV Escola. Salto para o futuro. Entrevistas: Antonio Nóvoa. Disponível em: <http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/ entrevista.asp?cod_Entrevista=59>. Acesso em: 5 fev. 2013.

TEXTO 2: o texto a seguir, retirado do livro Para ensinar e aprender Geografia, de autoria

de Nídia Nacib Pontuschka (professora doutora da Faculdade de Educação da Universidade

de São Paulo), Núria Hanglei Cacete (professora doutora da Faculdade de Educação da

Universidade de São Paulo) e Tomoko Iyda Paganelli (professora adjunta da Universidade

Federal Fluminense), comenta sobre a importância do estreitamento de outras áreas do

conhecimento e do saber cotidiano com a Geografia

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12 Manual do Professor

O ensino-aprendizagem da Geografia e as práticas disciplinares, interdisciplinares e transversais

[...] Temos a preocupação de pensar em como a aprendizagem e o ensino da Geografia se situam

perante outras possibilidades, superando a disciplinaridade pela interação com as demais disciplinas.

Assumimos a compreensão de que, ao conhecer um objeto de estudo geográfico, ele será mais apro-

fundado quando se aproveitam também os conhecimentos provenientes de outras disciplinas.

Essa é uma questão atualmente enfrentada pelos educadores brasileiros que desejam – ou são

solicitados a – trabalhar com currículos baseados nos princípios mencionados, paralelamente ou em

interação com um tratamento disciplinar dispensado aos conteúdos escolares.

A disciplinaridade ou um currículo disciplinar podem restringir-se apenas ao caráter cognitivo dos

fatos e conceitos. No entanto, se a perspectiva da escola básica é a educação integral, a Geografia deve

colaborar com essa meta e pensar em outras dimensões do conteúdo, para estreitar as relações entre

as disciplinas e promover a ampliação desse conceito. Ao ampliar o conceito do conteúdo, devem ser

considerados também os conteúdos procedimentais e atitudinais, que precisam estar presentes nas in-

tenções do professor de Geografia quando da elaboração da programação da disciplina escolar.

Na Geografia, os conteúdos procedimentais relacionam-se ao modo pelo qual os alunos assimilam

certas práticas que passam a fazer parte de sua própria vida. Aqui lembramos alguns exemplos: fazer

leituras de imagens, habituar-se a ler várias modalidades de textos e integrá-los aos conhecimentos pos-

suídos; ser capaz de utilizá-los em situações externas à escola, portanto, em situações de vida; observar

um fato isolado e poder contextualizá-lo no tempo e no espaço. Na observação, não ficar satisfeito so-

mente com os fatos visíveis, mas ir à busca de explicações mais próximas da “verdade”; saber pesquisar

e trabalhar com argumentações que aumentem a compreensão de determinadas questões complexas.

As questões complexas, intrinsecamente relacionadas com o mundo contemporâneo, com a

mundialização da economia, com a globalização das comunicações, com a formação de redes de cir-

culação de mercadorias, de pessoas e ideias, exigem procedimentos metodológicos que permitam ao

aluno compreender melhor o mundo em que está inserido.

A observação informal e também a observação sistemática de fatos ou fenômenos do cotidiano,

a capacidade de registrá-los, usando diferentes recursos e linguagens, bem como de ouvir as pessoas

sobre determinados objetos para conhecer as representações, ou seja, a concepção que o sujeito tem

sobre algo em dado momento, são procedimentos que alargam e aprofundam a reflexão, porque

ensejam a passagem de uma representação metafórica a uma representação cada vez mais conceitua-

lizada, na qual as relações resultantes permitem a produção de novos conhecimentos.

Dentre os aspectos antes propostos apenas como objetivos, mas considerados, nos dias atuais,

conteúdos atitudinais, destacam-se o respeito às diferenças de sexo, de etnia, de faixas etárias, com

responsabilidade sobre as crianças e os idosos, a valorização do patrimônio sociocultural, da diversi-

dade ambiental, dos direitos e deveres do cidadão...

Uma disciplina parcelar não consegue lidar com todos esses tipos de conteúdos, e disso decorre

a necessidade de pensar em outros métodos e princípios que conjuguem esforços integrados para

conseguir formar o homem inteiro, propiciando uma educação integral. [...]

O ensino-aprendizagem da Geografia e as práticas disciplinares, interdisciplinares e transversais. In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009. p. 107-109.

EE_G15GG1_manual.indb 12 21.03.13 11:24:57

Manual do Professor 13

suGestões de liVros e sites

Livros

AB’SÁBER, Aziz Nacib A Amazônia: do discurso à práxis São Paulo: Edusp, 1996

______ Os domínios de natureza no Brasil São Paulo: Ateliê Editorial, 2003

ALMEIDA, Rosangela D (Org ) Cartografia escolar São Paulo: Contexto, 2002

______ Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola São Paulo: Contexto, 2001

______ ; PASSINI, Elza O espaço geográfico: ensino e representação São Paulo: Contexto, 1991

ANDRADE, Manuel Correia O Brasil e a América Latina São Paulo: Contexto, 1996

CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org ) A Geografia na sala de aula Campinas: Papirus, 1999

______ Espaço-tempo na metrópole: a fragmentação da vida cotidiana São Paulo: Contexto, 2001

CASTELLAR, Sonia M V (Org ) Educação geográfica: teorias e práticas docentes São Paulo:

Contexto, 2006

CASTRO, Iná E de; GOMES, Paulo César da C Explorações geográficas Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1997

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org ) Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano

Porto Alegre: Mediação, 2005

CHOSSUDOVSKY, Michel A globalização da pobreza São Paulo: Moderna, 1999

CHRISTOFOLETTI, Antonio Geomorfologia São Paulo: Edgard Blücher, 2003

CORREA, Roberto L Logística do espaço brasileiro: as redes geográficas Rio de Janeiro: IBGE, 2000

FIORI, José L. O poder americano Petrópolis: Vozes, 2004

FURTADO, Celso Formação econômica do Brasil São Paulo: Nacional, 1977

______ A economia latino-americana: formação histórica e problemas contemporâneos São Paulo:

Companhia das Letras, 2007

GUERRA, Antônio J T ; CUNHA, Sandra B da Geomorfologia e meio ambiente Rio de Janeiro: Bertrand

Brasil, 1996

HARVEY, David A produção capitalista do espaço São Paulo: Annablume, 2005

IANNI, Octavio A era do globalismo Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999

LACERDA, A C O impacto da globalização na economia brasileira São Paulo: Contexto, 1999

LEINS, Viktor; AMARAL, Sergio Estanislau do. Geologia geral São Paulo: Nacional, 1998

EE_G15GG1_manual.indb 13 21.03.13 11:24:57

14 Manual do Professor

LIMA, M G ; LOPES, C S (Org ) Geografia e ensino: conhecimento científico e sociedade Maringá:

Massoni, 2007

MARTINELLI, Marcello Mapas da Geografia e cartografia temática São Paulo: Contexto, 2003

MORAES, Antônio Carlos Robert A gênese da Geografia moderna São Paulo: Hucitec/Annablume, 2002

OLIVEIRA, Ariovaldo U A Geografia das lutas no campo São Paulo: Contexto, 1996

PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei Para ensinar e aprender

Geografia 3 ed São Paulo: Cortez, 2009

PONTUSCHKA, Nídia Para ensinar e aprender Geografia São Paulo: Cortez, 2007

REGO, Nelson et al (Orgs ) Geografia: práticas pedagógicas para o Ensino Médio Porto Alegre: Artmed,

2007

ROSS, Jurandyr L S Geomorfologia: ambiente e planejamento São Paulo: Contexto, 1997

SANCHEZ, I Para entender a internacionalização da economia São Paulo: Editora Senac, 2001

SANTOS, Milton A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção São Paulo: Edusp, 2002

SANTOS, Renato Emerson dos (Org ) Diversidade, espaço e relações étnico-raciais: o negro na geografia

do Brasil Belo Horizonte: Autêntica, 2007

______ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal Rio de Janeiro:

Record, 2000

SINGER, Paul Economia política da urbanização São Paulo: Contexto, 2002

TEIXEIRA, Wilson et al (Org ) Decifrando a Terra São Paulo: Nacional, 2008

VENTURI, Luís Antônio B (Org ) Praticando Geografia: técnicas de campo e laboratório São Paulo:

Oficina de Textos, 2005

VITTE, Antônio C ; GUERRA, Antônio J T Reflexões sobre a Geografia física no Brasil Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, 2004

SitesAgência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP): <http://www anp gov br>

Banco Mundial: <http://www worldbank org>

Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM): <http://www dnpm gov br>

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese): <http://www dieese org br>

Domínio Público: <http://www dominiopublico gov br>

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa): <http://www embrapa gov br>

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp): <http://www fiesp com br>

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): <http://www ibge gov br>

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama): <http://www ibama gov br>

EE_G15GG1_manual.indb 14 21.03.13 11:24:57

Manual do Professor 15

Instituto Geográfico e Cartográfico (IGC): <http://www igc sp gov br>

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): <http://www incra gov br>

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): <http://www inmet gov br>

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe): <http://www inpe br>

Ministério da Agricultura: <http://www agricultura gov br>

Ministério da Educação: <http://www mec gov br>

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: <http://www mdic gov br>

Ministério de Minas e Energia: <http://www mme gov br>

Ministério dos Transportes: <http://www transportes gov br>

ONU Brasil: <http://www onu org br>

Petrobras: <http://www petrobras com br>

Portal Brasil: <http://www brasil gov br>

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud Brasil): <http://www pnud org br>

Revista ComCiência: <http://www comciencia br>

Revista da Faculdade de Educação da USP: <http://www educacaoepesquisa fe usp br>

Revista Estudos Avançados da USP: <http://www iea usp br/revista>

TV Escola: <http://tvescola mec gov br>

2. PressuPostos GeoGráficos da coleção

objetiVos da GeoGrafia Para o ensino Médio

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), as práticas pedagógicas no

Ensino Médio devem ser orientadas por competências a serem desenvolvidas pelos alunos:

comunicação e representação; investigação, articulação e compreensão; contextualização

social e histórica dos conhecimentos; desenvolvimento do espírito crítico Já as diretrizes do

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são estruturadas em função das seguintes compe-

tências: domínio de linguagens; compreensão de fenômenos; enfrentamento de situações-

-problema; construção de argumentação; e elaboração de propostas

Entendendo as proposições acima como premissas, o próximo passo é a identificação de

como é possível que a Geografia, com suas especificidades, contribua para a formação de

alunos que dominem sua essência, conscientizando-se do papel dessa disciplina no Ensino

Básico e em suas vidas Esse papel pode ser sintetizado em: construção da autonomia na

adoção de procedimentos de verificação e análise de elementos que compõem a realidade;

tomada de posição frente à realidade compreendida; realização de intervenções balizadas

nas ações anteriores

O objetivo essencial da Geografia no Ensino Médio é propiciar aos alunos o desenvolvi-

mento das capacidades de:

definir critérios coerentes para descrever aspectos do espaço geográfico;•

ler e interpretar diferentes formas de representação do espaço geográfico;•

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16 Manual do Professor

analisar criticamente materiais cartográficos e outros documentos de interesse •

geográfico;

coletar e sistematizar informações disponíveis em mapas, gráficos e tabelas, assim •

como utilizar esses recursos para expressar o conhecimento;

compreender e utilizar as escalas geográfica e cartográfica como formas de demons-•

trar a ocorrência e a distribuição espacial de fenômenos;

reconhecer, a partir da análise do espaço geográfico, as relações e interações de fe-•

nômenos sociais e naturais;

reconhecer e estabelecer relações entre as diversas escalas dos fenômenos geográ-•

ficos (local, regional, global);

relacionar fatores históricos às estruturas da sociedade atual;•

avaliar os impactos do trabalho humano no meio físico ao longo do tempo;•

reconhecer a importância dos sistemas econômicos e políticos para a organização •

dos processos de produção do espaço;

selecionar, comparar e interpretar aspectos da realidade espacial, sem rupturas que •

comprometam a apreensão de seu contexto;

elaborar estratégias de pesquisa e investigação de informações que possam estimu-•

lar reflexões e embasar a construção do conhecimento geográfico;

analisar criticamente a apropriação dos recursos naturais pelos seres humanos, con-•

siderando as demandas sociais e a necessidade de preservação do meio ambiente;

identificar, no espaço vivido, subsídios para a compreensão de fenômenos de interes-•

se geográfico;

aplicar, no cotidiano, os conceitos e os conhecimentos adquiridos por meio do estudo •

da Geografia;

reconhecer, no espaço vivido, as manifestações de processos de abrangência global;•

conduzir com autonomia seu próprio processo de aprendizagem, buscando nas expe-•

riências vividas e nos recursos teóricos os elementos para a aferição do mundo;

pautar-se em noções de cidadania para atuar nos ciclos sociais e interferir nas esca-•

las espaciais em que está inserido;

relacionar os conteúdos do ensino de Geografia com outras disciplinas •

os conceitos GeoGráficos na coleção

Os conteúdos reunidos nesta coleção apoiam-se em conceitos que fundamentam o co-

nhecimento geográfico e atendem às DCN, constituindo parâmetros para o desenvolvimento

de práticas de ensino-aprendizagem adequadas às demandas atuais

O espaço geográfico, conceito elementar e ligado à própria unidade da Geografia como

área do conhecimento, permeia toda a obra, sustentando a abordagem dos diferentes recor-

tes da superfície terrestre e das diferentes feições que estes assumem, por meio da imbri-

cação entre os fenômenos naturais e as atividades de apropriação social do espaço

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Manual do Professor 17

Em consonância com o espaço geográfico, os conceitos de paisagem, lugar e território

são também categorias espaciais de fundamental importância para a interpretação do mun-

do sob a mediação do pensamento geográfico

A paisagem, entendida como produto dos sentidos, é um conceito tratado na obra como

recurso visual (em fotografias e ilustrações) para a identificação ou contextualização de as-

pectos relevantes dos locais ou fenômenos trabalhados Como categoria de análise, é tra-

balhada principalmente nos boxes, revelando como interagem os fenômenos naturais que

competem para a disposição dos elementos físicos na superfície terrestre e permitindo o

reconhecimento das características sociais manifestadas no espaço produzido

A concepção de lugar é utilizada como referência principalmente nos boxes e nas ativi-

dades, tendo como principal objetivo aproximar os temas que estruturam os capítulos da

realidade particular e imediata dos alunos Por meio de situações do cotidiano resgatadas

em sala de aula, os alunos podem encontrar elementos preciosos para compreender várias

questões trazidas pela coleção, ampliando assim sua consciência sobre sua identidade e

seu pertencimento ao lugar, e estimulando sua inclinação para reflexões sobre relações de

consenso e conflito, dominação e resistência

O território é o conceito atrelado ao exercício do poder, é sua manifestação no espaço, e

por essa razão embasa os capítulos que priorizam as relações entre países, as estratégias

de dominação econômica e as articulações políticas e geopolíticas É por meio da noção de

território que os alunos adquirem a capacidade de desvelar as relações de domínio e apro-

priação presentes no espaço geográfico

Outro conceito importante é o de escala, que aparece na obra definido basicamente de

duas maneiras: com um sentido mais restrito, como recurso de produção dos materiais car-

tográficos; e com um sentido mais amplo – o de escala geográfica –, como instrumento

de análise dos fenômenos que interagem nas diversas dimensões do espaço geográfico O

geógrafo Ailton Luchiari (2005, p 56) e seus colaboradores, apoiados em Josué Montello,

apresentam algumas definições para esse conceito, a saber:

escala cartográfica: indica a proporção entre o tamanho do objeto no terreno e as •

suas dimensões no mapa É expressa numericamente por uma fração (por exemplo:

1 : 50 000), ou graficamente, por uma barra graduada;

escala dos fenômenos: indica as dimensões da ocorrência de fenômenos sobre a su-•

perfície terrestre A região semiárida brasileira ocupa uma área total de 974 752 km2,

e abrange a maior parte dos estados da Região Nordeste (86,48%), a região setentrio-

nal do estado de Minas Gerais (11,01%) e o norte do Espírito Santo (2,51%)

Um conceito fortemente ligado ao de escala é o de globalização, que aparece articulado

com os temas de diferentes capítulos No artigo “A quem interessa a globalização” (cuja

leitura é recomendada), o geógrafo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Wagner

Costa Ribeiro (1995, p 18) define globalização como “um estilo de vida em configuração, no

qual os agentes centrais seriam os consumidores (de informação e produtos)”

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18 Manual do Professor

Conceitos utilizados em áreas mais específicas da ciência geográfica (mas não menos

importantes) foram apresentados e aprofundados em capítulos diretamente relacionados

a seu campo de influência Entre eles, podemos citar: recursos naturais, meio ambiente e

desenvolvimento sustentável, energia, produção e fluxos

a cartoGrafia na coleção

A Cartografia, além de um conjunto de técnicas ligadas à representação do espaço e

aos códigos de linguagem pertinentes à Geografia, é um campo do conhecimento que com-

plementa a análise espacial, viabilizando e legitimando a concretização dos estudos geo-

gráficos Permite o registro sintético dos elementos levantados pela investigação geográ-

fica, convertendo-o em instrumento de inferência da realidade O domínio da Cartografia,

portanto, não apenas viabiliza a documentação dos elementos de organização do espaço,

como também confere maior qualidade à investigação e à interpretação dos objetos de

pesquisa

Reconhecendo sua importância para o ensino da Geografia, a abordagem teórica da

Cartografia é apresentada nesta coleção logo nos capítulos iniciais do volume 1 Isso garante

que todo o conteúdo a ser trabalhado ao longo do Ensino Médio possa ser mais bem apro-

veitado pelos alunos, que, ao dominarem os elementos básicos da Cartografia, estarão mais

aptos a apropriar-se com mais facilidade dos recursos cartográficos que dão suporte aos

textos dos capítulos, além de selecionar, sistematizar e registrar as informações (dispostas

em mapas ou não)

Nos capítulos 1 e 2 do primeiro volume, estão: a fundamentação das noções de orientação

e localização espacial; a definição do conhecimento cartográfico e sua construção históri-

ca; a apresentação das projeções cartográficas como possibilidades de representação do

mundo; e a abordagem técnica e conceitual da escala cartográfica Como já foi exposto na

parte final do texto introdutório, a leitura cartográfica (ou, em outras palavras, o domínio

instrumental dos materiais cartográficos) conquista-se efetivamente por meio da produção

de materiais

Desse modo, os subsídios fornecidos pela coleção devem ser contextualizados em traba-

lhos que utilizem diferentes exemplos de materiais cartográficos Sempre que possível, os

elementos da Cartografia devem ser significados por meio de atividades práticas, nas quais

os alunos possam aplicá-los, formando arranjos completos

Os inúmeros mapas e gráficos distribuídos por todos os capítulos visam facilitar ou com-

plementar a compreensão de temas presentes nos textos, sintetizar fenômenos, localizar

áreas e ocorrências pontuais, fomentar interpretações, verificar tendências e evoluções

temporais, além de comparar eventos que se manifestam de maneira desigual Os mate-

riais cartográficos que compõem as atividades propostas, principalmente as questões de

vestibulares, são recursos reveladores de informações, considerados elementos de análise

imprescindíveis

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Manual do Professor 19

O texto a seguir, demonstrando a importância dos mapas, remete ao papel da Cartografia

na construção do conhecimento geográfico e no emprego desse conhecimento na interpre-

tação e contestação do espaço geográfico

A importância do mapa

O mapa, um modelo de comunicação visual, é utilizado cotidianamente por leigos em suas via-

gens, consulta de roteiros, localização de imóveis, e por geógrafos, principalmente, de forma específica.

O mapa já era utilizado pelos homens das cavernas para expressar seus deslocamentos e registrar as

informações quanto às possibilidades de caça, problemas de terreno, matas, rios etc. Eram mapas em

que se usavam símbolos iconográficos e que tinham por objetivo melhorar a sobrevivência. Eram mapas

topológicos, sem preocupação de projeção e de sistema de signos ordenados, mas os símbolos pictóricos

eram de significação direta, sem legenda, pois era a própria linguagem deles, a iconográfica.

Uma vez que a Geografia é uma ciência que se preocupa com a organização do espaço, para ela

o mapa é utilizado tanto para a investigação quanto para a constatação de seus dados. A Cartografia e

a Geografia e outras disciplinas, como a Geologia e a Biologia, caminham paralelamente para que as

informações colhidas sejam representadas de forma sistemática e, assim, se possa ter a compreensão

“espacial” do fenômeno.

O mapa, portanto, é de suma importância para que todos que se interessem por deslocamentos

mais racionais, pela compreensão da distribuição e organização dos espaços, possam se informar e se

utilizar deste modelo e tenham uma visão de conjunto.

Os espaços são conhecidos dos cientistas que os palmilham em suas pesquisas de campo, mas é o

mapa que trará a leitura daquele espaço, mostrando a interligação com espaços mais amplos.

Assim, também os leigos, ao se preocuparem com a organização do seu espaço, ou de forma mais

cotidiana com deslocamentos mais racionais, ou circulações alternativas (congestionamentos, impe-

dimentos), devem apelar para o mapa. [...]

Mapeador x leitor de mapas

Iniciando o aluno em sua tarefa de mapear, estamos, portanto, mostrando os caminhos para que

se torne um leitor consciente da linguagem cartográfica.

[...] A ação para que o aluno possa entender a linguagem cartográfica não está em pintar ou

copiar contornos, mas em “fazer o mapa” para que, acompanhando metodologicamente cada passo

do processo – reduzir proporcionalmente, estabelecer um sistema de signos ordenados, obedecer a

um sistema de projeções para que haja coordenação de pontos de vista (descentralização espacial) –,

familiarize-se com a linguagem cartográfica.

PASSINI, Elza; ALMEIDA, Rosângela Doin. Espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 2002.

Ainda sobre a temática em pauta, podemos apresentar uma série de questionamentos

formulados por Ângela Katuta (2007, p 147), que podem balizar a elaboração e o desenvol-

vimento de trabalhos em sala de aula com os alunos:

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20 Manual do Professor

Que objetivos pedagógicos eu tenho ao ensinar Geografia, portanto, o que enfatizarei •

no processo de alfabetização geográfica-cartográfica?

Que tipos de Geografia e de Cartografia eu devo abordar em sala de aula? As que são •

fundadas na cisão entre o sujeito e o objeto? Ou as fundadas na polissemia do sujeito

e, portanto, do espaço?

É necessário que os discentes expressem cartograficamente as espacialidades por •

eles vivenciadas e percebidas, a fim de que construam a capacidade de entender a

localização geográfica dos lugares?

Devo, momentaneamente, romper com a “norma culta” da Cartografia no processo •

de ensino e aprendizagem dos conhecimentos geográficos, a fim de que os alunos,

em um momento inicial, consigam expressar, por meio de suas representações, os

elementos vivenciados e percebidos no espaço cotidiano?

A fim de trazer geografias discentes para dentro da sala de aula, apenas a linguagem •

cartográfica basta? Outras linguagens se fazem necessárias para a compreensão dos

lugares?

As linguagens escritas e cartográficas são excludentes ou complementares?•

Sabemos que o trabalho com gráficos em sala de aula é indispensável para uma completa

apreensão da linguagem cartográfica Acerca da função desse tipo de linguagem, recomen-

damos a leitura do texto “Aprendizagem significativa de gráficos no ensino de Geografia”, em

que Elza Passini (2007, p 174) afirma: “O gráfico possibilita a leitura imediata: ele é visual,

mostra os dados organizados de forma lógica, prendendo-se à essência É uma linguagem

universal que permite ver a informação”

3. orGanização didática da coleção

aPresentação teMática dos VoluMes

Esta coleção divide-se em três volumes, sendo cada um dirigido a um ano do Ensino

Médio Todos os volumes estão organizados em unidades compostas de capítulos cujos te-

mas estabelecem relações entre si O conteúdo dos capítulos foi elaborado de modo que

possibilite aos alunos compreenderem as diversas relações existentes entre a sociedade e o

meio, e, para isso, o recurso utilizado é a análise de diferentes etapas de processo de ocupa-

ção do espaço natural pelos seres humanos Nos volumes 1 e 2 são analisadas as relações

existentes entre os elementos do espaço natural e as formas de apropriação do espaço pela

sociedade, tanto no que se refere aos aspectos econômicos como à dinâmica de ocupação

humana O volume 3 tem como objetivos aprofundar a análise acerca da dinâmica econômica

global e debater temas voltados para a geopolítica dos séculos XX e XXI

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Manual do Professor 21

A coleção está estruturada da seguinte forma:

Volume 1 – 1o ano

O volume 1 é composto de três temas principais: noções cartográficas e de orientação

espacial; aspectos físicos da superfície terrestre; e exploração dos recursos naturais O ele-

mento que confere unidade a esses temas centrais é o conceito de superfície terrestre, pois,

como esta é a base física da construção do espaço geográfico e fonte de recursos, é necessá-

rio que a sociedade tenha o domínio sobre suas características Nesse âmbito, a Cartografia

emerge como parte do conhecimento técnico que a sociedade desenvolve como instrumento

para esse conhecimento e domínio

UnIdAdE 1 – dInâmIcA ESPAcIALFocada no estudo da superfície terrestre (e por vezes apresentando exemplos específicos

do Brasil), essa unidade aborda conhecimentos e técnicas de orientação e localização espa-cial; as diversas formas de representação cartográfica dos recortes espaciais; e as princi-pais características do planeta Terra, destacando sua situação em relação aos demais astros do Sistema Solar e a estruturação de sua superfície em continentes e oceanos

capítulo 1 – Orientação

O capítulo apresenta as noções básicas de orientação e localização, os principais ins-trumentos e referenciais utilizados na orientação espacial, assim como o sistema de linhas imaginárias e coordenadas geográficas representadas nas cartas e nos mapas, além de sua relação com os fusos horários no mundo

Na página de abertura, o trecho extraído do livro Mar sem fim, de Amyr Klink, não ape-nas indica a importância fundamental dos equipamentos de orientação geográfica, mas, por meio de uma narrativa envolvente, abre possibilidades de sensibilização dos alunos em re-lação ao tema Incentivar os alunos a pesquisar outros textos que impliquem a localização e a orientação espacial e confrontá-los com situações análogas já vivenciadas são alternativas para tornar a aula mais consistente e dinâmica

capítulo 2 – cartografia

Neste capítulo, a Cartografia é apresentada conceitualmente e sua importância é ilus-trada por uma perspectiva histórica A evolução técnica e tecnológica também é destacada, assim como as projeções cartográficas e os elementos que compõem os mapas

O texto de abertura, um relato de uma experiência pessoal, indica que a Cartografia não se refere apenas à simples representação de espaços e de seus elementos Sugerimos que esse texto seja utilizado para estabelecer uma discussão sobre como um mapa pode servir de meio para expressar interpretações do mundo e que, assim como um texto, pode gerar di-ferentes leituras Essa discussão pode ser aproveitada para apontar o fato de que os próprios mapas são concebidos com base em objetivos previamente definidos ou, em outras palavras, podem adquirir caráter político ou ideológico

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22 Manual do Professor

capítulo 3 – O mapa do mundo

Este capítulo situa o planeta Terra em relação ao Sistema Solar, revelando suas dimen-

sões, seu eixo de inclinação e seu movimento de translação (e sua influência no meio am-

biente e na sociedade), além de caracterizar os oceanos e continentes que compõem a su-

perfície terrestre

O depoimento de Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro a deixar o planeta Terra,

traz à tona o fascínio que as viagens extraplanetárias despertam no ser humano, desde os

tempos anteriores à sua viabilização As palavras do astronauta revelam a necessidade de

pensarmos nossa relação com o planeta, enxergando-o como um sistema vivo e vulnerável

capítulo 4 – O Brasil no mapa do mundo

Neste capítulo, a localização geográfica do Brasil no planisfério, suas fronteiras e as divi-

sões regionais são examinadas de modo mais minucioso É neste momento que os aspectos

regionais e contrastantes do país podem ser apresentados aos alunos, para que esse apren-

dizado seja uma referência quando estudarem os demais capítulos da coleção que tratam

dessa temática

O trecho da entrevista com o jornalista Maurício Kubrusly pode ser utilizado como aborda-

gem inicial, revelando a riqueza cultural do enorme território do Brasil Também pode servir

de estímulo e referência para a busca por outros textos ou materiais que demonstrem os inú-

meros contrastes regionais brasileiros

UnIdAdE 2 – GEOLOGIA E RELEVO

A unidade trata dos elementos da Geologia e da Geomorfologia, ou seja, da estrutura in-

terna da Terra e da crosta terrestre, além da estrutura superficial da crosta e das diferentes

formas de relevo que compõem a superfície do planeta

capítulo 5 – Elementos da Geologia

Este capítulo traz a definição da Geologia como ciência e apresenta algumas de suas ra-

mificações A origem do planeta Terra é explicada para embasar o entendimento da forma-

ção de suas camadas internas, cujas características gerais também são descritas A crosta

terrestre e suas camadas recebem um tratamento privilegiado Assim, a teoria das placas

tectônicas é um dos temas abordados, bem como as eras geológicas e o processo de forma-

ção das rochas

Na abertura do capítulo há um poema de Mário Quintana, cuja leitura pode facilitar a

introdução de alguns aspectos da importância dos estudos da Geologia, como as transfor-

mações que o planeta ou uma simples rocha passaram ao longo do tempo e a importância

desses materiais para a compreensão da formação do planeta Terra

capítulo 6 – Elementos da Geomorfologia

Este capítulo expõe a dinâmica de formação do relevo, demonstrando que suas formas resultam da atuação complementar de dois tipos de processos: os internos e os externos

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Manual do Professor 23

Nessa dinâmica destacam-se fenômenos (como sismicidade, vulcanismo e intemperismo) e agentes modeladores do relevo Resultantes da interação entre os processos internos e externos, as montanhas, os planaltos, as depressões e as planícies são caracterizadas como as principais formas de relevo

Ao realizar uma narrativa que tenta reconstruir um fato histórico – a erupção do Vesúvio

e o soterramento de Pompeia – o autor abordou uma manifestação da dinâmica tectônica, o

vulcanismo A situação relatada no texto permite explorar questões referentes às caracte-

rísticas dos vulcões, suas ligações com as demais camadas da crosta terrestre e as conse-

quências dessa manifestação para a sociedade

capítulo 7 – Geologia e Geomorfologia do Brasil

Neste capítulo são apresentadas as estruturas geológicas e geomorfológicas do Brasil,

referenciadas por reconhecidos geógrafos brasileiros, como Aziz Ab’Sáber e Jurandyr Ross

O texto de abertura, uma notícia sobre um terremoto em Itacarambi (MG), comenta a

ocorrência de terremotos no Brasil e permite introduzir o debate sobre esses fenômenos em

território brasileiro, uma vez que é comum a ideia de que o país, por estar na porção central

da placa Sul-americana, não passa por atividades sísmicas

UnIdAdE 3 – dInâmIcA dA PROdUçãO mInERAL E EnERGéTIcA

Após tratarmos dos processos de formação da crosta terrestre e dos tipos de rocha, apre-

sentamos, neste módulo, o aproveitamento econômico dos recursos minerais provenientes

dessa camada da Terra Esses recursos naturais são empregados basicamente como maté-

rias-primas ou fontes de energia

capítulo 8 – A produção de minérios no mundo

Este capítulo aborda os aspectos mais importantes relacionados à produção dos minérios,

como as principais aplicações industriais, a distribuição e as características dos minérios mais

utilizados no mundo, além das questões ambientais decorrentes da atividade mineradora

Na página de abertura, há um texto de Júlio Verne, extraído do livro Viagem ao centro da

Terra, que ilustra o estudo dos recursos minerais Apesar do caráter fictício de suas obras,

Verne as escrevia aproveitando conceitos científicos e conhecimentos de sua época e mis-

turava ficção e realidade Isso confere um estilo envolvente às histórias, que podem ser uti-

lizadas como um importante instrumento de sensibilização dos alunos para a temática da

exploração do subsolo terrestre

capítulo 9 – A produção de combustíveis fósseis no mundo

Este capítulo expõe importantes questões a respeito da produção de combustíveis fós-

seis, revelando sua importância e as implicações ambientais de seu uso Entre os problemas

ambientais mais preocupantes, intensificados pelo consumo excessivo desses combustíveis,

estão o aquecimento global e a chuva ácida

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24 Manual do Professor

O texto jornalístico apresentado na abertura do capítulo introduz o debate a respeito dos sub-

sídios oferecidos à produção de combustíveis fósseis em detrimento dos oferecidos para outras

fontes energéticas, e possibilita a análise da eficiência no consumo energético mundial

capítulo 10 – A produção de minérios e combustíveis fósseis no Brasil

O tema tratado neste capítulo é a distribuição regional da produção mineral e de com-

bustíveis fósseis no território brasileiro, sempre enfocando a questão da atuação de capitais

estrangeiros em conjunto com investimentos estatais nos grandes projetos ligados a essas

atividades

A abertura apresenta o texto de Auguste de Saint-Hilaire, que descreve a sua visita à Real

Fábrica de Ferro de São João de Ipanema As informações desse texto podem ser utilizadas

para tratar da diversidade e da quantidade de minérios do Brasil, além de possibilitar o início

da análise da importância histórica da mineração para o país

Volume 2 – 2o ano

O volume 2, além de apresentar temas focados no território brasileiro e em aspectos e

fenômenos físicos, propõe um estudo voltado às questões sociais, principalmente as de-

mográficas Outra característica importante do volume é o trabalho paralelo de aspectos

referentes ao mundo e ao Brasil

UnIdAdE 1 – dInâmIcA dA nATUREzA: cLImA E VEGETAçãO

Esta unidade é dedicada aos elementos responsáveis pela definição de boa parte das ca-

racterísticas das paisagens naturais do planeta: hidrografia, clima e vegetação Juntamente

com o relevo e outros elementos naturais, eles interagem de modo diverso nas diferentes

porções da superfície terrestre, formando os grandes domínios climatobotânicos

capítulo 1 – Elementos do clima e da vegetação

O capítulo trabalha assuntos relacionados ao clima e à vegetação O tratamento desses

elementos oferece muitas possibilidades de conexões, uma vez que eles influenciam-se

mutuamente

Sobre o clima, trata-se de sua definição conceitual, comparativamente à noção de tempo

atmosférico; de algumas formas de manifestação climática; dos principais fatores que atuam

na definição dos tipos climáticos e na distribuição dos climas no mundo O tema vegetação é

inserido a partir da definição do conceito de biosfera, demonstrando sua relação com outros

elementos da natureza, sobretudo o clima Consta ainda uma proposta de classificação da

vegetação, sua distribuição pela superfície do planeta e as possibilidades de seu aproveita-

mento econômico como recurso natural

O poema de Paulo Leminski e a imagem de abertura remetem ao fenômeno da precipita-

ção Utilizando exemplos da própria localidade da escola e da cidade, é possível iniciar um

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Manual do Professor 25

diálogo sobre como esse fenômeno afeta a vida da população local e como ele é um elemento

determinante na classificação dos climas

capítulo 2 – domínios climáticos e formações vegetais no mundo

Os grandes domínios climatobotânicos são apresentados como classificação de exten-

sas áreas da superfície da Terra cujos aspectos naturais são relativamente homogêneos

Reconhecido como um dos fatores mais importantes no condicionamento desses domínios,

o clima permite situar suas características e sua ocorrência espacial Pode-se, por exemplo,

utilizando mapas disponíveis, perceber grande correlação entre a ocorrência dos tipos cli-

máticos e de vegetação

O texto de Thaís Fernandes permite o debate a respeito das mudanças que a Floresta

Amazônica passou ao longo da evolução geológica do planeta, e há a possibilidade de de-

monstrar que os estudos sobre as formações vegetais no mundo são realizadas por diferen-

tes ramos da ciência, o que abre espaço para a elaboração de projetos interdisciplinares

capítulo 3 – clima e vegetação do Brasil

Este capítulo parte do trabalho com clima e vegetação como elementos complementa-

res, pois eles interagem de maneira fundamental para a formação das paisagens naturais

Apresentam-se os fatores climáticos (latitude, altitude, massas de ar, maritimidade e conti-

nentalidade) e os tipos climáticos brasileiros (sintetizados em climogramas), além da clas-

sificação das formações vegetais originais do Brasil e de alguns problemas ambientais que

as afetam

Na abertura do capítulo, a narrativa de Graciliano Ramos, em um trecho do livro Vidas

Secas, retrata uma paisagem que revela grande correspondência entre os elementos natu-

rais, principalmente a formação vegetal (caatinga) e as características climáticas (aridez)

Tão importante quanto chegar a essa constatação é perceber como o ambiente inóspito

também corresponde à gravidade que marca as possibilidades de vida das personagens,

ficando claro que o estudo dos aspectos naturais não deve ser feito à revelia das questões

sociais

UnIdAdE 2 – dInâmIcAS dA nATUREzA: hIdROGRAFIA E hIdROGRAFIA dO BRASIL

Esta unidade trata dos elementos e das características da hidrografia e sua relação com

a população das diferentes regiões do Brasil, além de sua importância e seu aproveitamento

econômico

capítulo 4 – Elementos da hidrografia

Após ser apresentada a hidrografia, é abordada a importância dos rios para as sociedades

humanas e os elementos e fenômenos que regulam seus cursos e fluxos Da dinâmica hídri-

ca também são apontadas a formação das bacias hidrográficas e a interferência dos rios no

perfil do terreno (e vice-versa), por meio de processos erosivos e de sedimentação

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26 Manual do Professor

No poema de João Cabral de Melo Neto, a essência da vida (humana) da personagem

é comparada e confundida com a fluidez dos rios O poema nos leva a pensar não apenas

no que há em comum entre ser humano e rio (o movimento rumo ao destino), mas sobre-

tudo em como a vida daquele depende da vida deste A carga de significantes que essa e

outras obras literárias conferem aos rios é uma maneira estimulante de introduzir o tema

hidrografia

capítulo 5 – hidrografia e recursos hídricos no Brasil

Sobre a hidrografia são tratados, neste capítulo, desde os elementos que compõem uma

bacia hidrográfica até as características das maiores bacias e dos principais rios brasileiros

A importância econômica e social da rede hidrográfica brasileira nas diferentes regiões do

país é um dos aspectos mais enfatizados

O capítulo traz, na abertura, mais um trecho de obra literária Trata-se de um excerto

de Sagarana, de Guimarães Rosa, livro em que o autor faz brilhantes ambientações dos lu-

gares onde os enredos se desenrolam Ao construir essas ambientações, os rios aparecem

como elemento significativo de várias paisagens – no trecho em questão, eles delimitam o

palco da trama, constituindo o espaço chamado de “mesopotâmia” Essa denominação re-

mete, por analogia, à região do Oriente Médio que corresponde ao atual Iraque e é cercada

pelos rios Tigre e Eufrates, fundamentais para a sobrevivência e o desenvolvimento dos

povos locais Essas descrições fornecem o ensejo para abordar a importância dos rios não

apenas como fontes de recursos naturais, mas também como elementos de composição

territorial

UnIdAdE 3 – dInâmIcA dA POPULAçãO

Esta unidade é composta de capítulos que abordam questões demográficas mundiais,

indicando tendências e fatores relativos à estrutura populacional dos países, além de tratar

da discussão sobre as consequências sociais relacionadas à demografia

A demografia do Brasil também é trabalhada, fornecendo-se elementos para apreender

o perfil da população brasileira por meio de dados sobre sua distribuição pelo território, sua

estrutura demográfica, os deslocamentos populacionais e o processo de urbanização

capítulo 6 – distribuição e crescimento da população mundial

O capítulo aborda a dinâmica da população mundial, trazendo dados demográficos e os

principais fatores históricos do crescimento populacional no mundo Nesse contexto são

apresentadas as teorias demográficas

A população mundial hoje ultrapassa 7 bilhões de habitantes, e o crescimento populacio-

nal mundial gera debates e preocupações em relação ao acesso dos habitantes do planeta

aos recursos naturais e serviços básicos, como o saneamento básico Essas questões são

analisadas no texto de André Julião

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Manual do Professor 27

capítulo 7 – Estrutura e migrações da população mundial

Este capítulo, complementando o capítulo 6, mostra a composição da estrutura popula-

cional e sua representação em pirâmides etárias As estruturas da população brasileira e de

outros países são tomadas como exemplos para abordar os fatores que condicionam a confi-

guração de cada perfil demográfico Outro importante tema contemplado no capítulo são os

movimentos populacionais e sua importância para a composição das populações

A página de abertura deste capítulo traz um poema de Ribeiro Couto que descreve a situ-

ação dos imigrantes no Brasil O poema ilustra a diversidade étnica da população brasileira,

revelando essa diversificação como uma das consequências dos fluxos migratórios, além de

expor alguns aspectos da inserção dos imigrantes no Brasil A necessidade de os imigrantes

buscarem uma vida melhor e suas dificuldades de adaptação a novas realidades são alguns

dos pontos a serem contemplados por meio da leitura do poema

capítulo 8 – distribuição, crescimento e estrutura da população do Brasil

Tratando da dinâmica demográfica brasileira, o capítulo trabalha conceitos e informações

a respeito da população absoluta e relativa das regiões do país, do crescimento populacional

e da estrutura demográfica, identificando a tendência de envelhecimento dessa população

A página de abertura traz um fragmento da célebre obra de Darcy Ribeiro, O povo bra-

sileiro, recompondo a formação da população do Brasil O autor demonstra a formação do

caráter miscigenado do povo brasileiro e destaca a pluralidade cultural O papel dos povos

indígenas e dos africanos na composição da base da população brasileira também é desta-

cado por ele

capítulo 9 – migrações externas e internas da população do Brasil

O capítulo apresenta os movimentos populacionais brasileiros, destacando os fluxos his-

tóricos de imigração e emigração entre o Brasil e outros países, e aqueles das migrações

internas Além da identificação e da tipificação dos deslocamentos populacionais, também

são tratados os fatores de atração e repulsão como motores do processo migratório

A página de abertura do capítulo traz a letra da música “Encontros e despedidas”, de

Milton Nascimento e Fernando Brant A letra retrata uma estação com constantes chegadas

e saídas de trens, remetendo à própria condição de mobilidade do ser humano, impelido a

deslocar-se dependendo dos rumos da vida, mas motivado, essencialmente, pelos objetivos

de ter uma vida melhor O título da canção também alude a situações corriqueiras no Brasil

em função dos fluxos migratórios, como quando famílias são obrigadas a fragmentar-se

porque apenas parte dos membros consegue partir em busca de meios de sobrevivência,

criando a demanda por reencontros que nem sempre ocorrem

capítulo 10 – Urbanização no Brasil

Este capítulo aborda o processo de urbanização no Brasil, trazendo os conceitos de ur-

banização, aglomerados urbanos e regiões metropolitanas Além disso, são apresentadas

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28 Manual do Professor

as características da urbanização das regiões e os problemas socioambientais das grandes

cidades brasileiras

O texto de Sérgio Junior discute o conceito de cidade e a importância que esta tem para a

sociedade, além de já iniciar a associação entre o processo de industrialização e o fenômeno

da urbanização

Volume 3 – 3o ano

O volume 3 desta coleção volta-se para as relações e questões internacionais, sem

deixar de tocar em pontos importantes para a compreensão da realidade brasileira Nesse

sentido, são propostos temas ligados a disputas geopolíticas, relações econômicas no âm-

bito da globalização, dinâmicas do desenvolvimento econômico e industrial, sistemas pro-

dutivos, questões e confrontos territoriais, entre outros A análise da atividade produtiva,

tanto no âmbito industrial como no agropecuário, também contribui para uma compreen-

são mais aprofundada das relações políticas e econômicas no Brasil e no mundo Assim, o

volume possibilita o desenvolvimento de um olhar crítico sobre um mundo cada vez mais

complexo

UnIdAdE 1 – dA ORdEm BIPOLAR à nOVA ORdEm mUndIAL

Esta unidade trabalha as articulações econômicas e políticas internacionais, destacando

os jogos de poder desdobrados em dois importantes momentos históricos: após a Segunda

Guerra Mundial e após o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que

foi acompanhado pelo processo de globalização e pela formação de blocos econômicos

supranacionais

capítulo 1 – do mundo bipolar ao fim da Guerra Fria

O capítulo revela como as decorrências geopolíticas da Segunda Guerra Mundial le-

vam à configuração de um arranjo de poder estruturado em duas grandes potências, os

Estados Unidos e a URSS Esse arranjo, chamado de ordem bipolar, duraria até o fim da

década de 1980

O texto de abertura de John Hersey, do seu livro Hiroshima, trata delicadamente das con-

sequências do lançamento da bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima para

a vida das pessoas, chamando o leitor a refletir sobre a dimensão humana, e não somente

política, da guerra Por meio de sua leitura, é possível discutir com os alunos como decisões

externas a um país podem afetar o modo de vida de sua população – neste caso de modo

muito evidente Se possível, apresente exemplos de situações recentes em que medidas

ou imposições externas (como aquelas introduzidas pelo Fundo Monetário Internacional –

FMI –, ou por países influentes, como os Estados Unidos) vão alterando ao longo do tempo,

mesmo que de modo pouco perceptível, a situação econômica, política e social de alguns

países

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Manual do Professor 29

capítulo 2 – A nova ordem mundial

O capítulo expõe o processo de desarticulação da ordem bipolar, a partir da decomposi-

ção do bloco socialista, para dar lugar a uma ordem que, de modo geral, pode ser entendida

como politicamente unipolar e economicamente multipolar Esse contexto passou a ser cha-

mado de nova ordem mundial

A música de Caetano Veloso permite sensibilizar e compreender inicialmente os proces-

sos de reorganização política mundial que têm ocorrido nas últimas décadas

capítulo 3 – Globalização da economia

O capítulo aborda as relações econômicas internacionais no contexto da globalização,

enfatizando a expansão da atuação das empresas transnacionais São apresentadas também

importantes informações sobre os principais blocos econômicos, demonstrando, sobretudo,

a origem e a evolução da União Europeia

A letra de Arnaldo Antunes apresenta situações que revelam os intercâmbios possibili-

tados pelo processo de globalização Por meio do aumento exponencial do fluxo de merca-

dorias, finanças e pessoas, as relações culturais, econômicas e sociais estão se tornando

cada vez mais intensas Ao mesmo tempo, a canção remete ao estabelecimento de barreiras

reforçadas à entrada de determinados grupos em determinados territórios, mostrando as

contradições advindas do processo de globalização

UnIdAdE 2 – O mUndO ATUAL: dESIGUALdAdES E cOnFLITOS

O subdesenvolvimento e os conflitos territoriais no mundo são as tônicas desta unidade

Além dos condicionantes específicos de cada caso abordado, a unidade trata dos processos

de colonização promovidos pelas potências industriais como motivadores essenciais dessas

questões

capítulo 4 – características do subdesenvolvimento

Neste capítulo são apresentadas as causas e consequências da situação de subdesenvol-

vimento de muitos países da África, da Ásia e da América Latina Indicadores socioeconômi-

cos, como aqueles que tratam das condições de moradia, saúde, renda etc são trabalhados

para oferecer parâmetros para a análise da precariedade das condições de vida e de produ-

ção nesses países

O poema de Ferreira Gullar apresenta elementos que caracterizam os principais proble-

mas verificados em países subdesenvolvidos, como a fome, o desemprego, a desigualdade

social, os preços elevados e a corrupção

capítulo 5 – conflitos e questões territoriais na África e na América Latina

Neste capítulo, as questões territoriais da África são reveladas a partir da ocupação co-

lonialista do continente pelos europeus – a chamada “partilha da África” A herança desse

processo é apontada como desastrosa, resultando em conflitos violentos e pobreza crônica

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30 Manual do Professor

Sobre as questões territoriais da América Latina, o capítulo expõe a formação do socialismo

em Cuba e seu papel na Guerra Fria, além de tratar dos conflitos envolvendo a guerrilha

colombiana e da geopolítica amazônica

A letra da banda de rock Legião Urbana demonstra como as guerras são um negócio lucra-

tivo, o que aponta para a dificuldade de reduzir o número de conflitos no mundo Além disso, o

recrutamento de crianças para a guerra tem sido uma prática comum, ilegalmente estimulada

por grandes potências em territórios de países de frágil economia e fraca assistência social

capítulo 6 – conflitos e questões territoriais na Ásia

O capítulo expõe vários conflitos envolvendo questões territoriais na Ásia Entre eles,

destacam-se: os conflitos no Oriente Médio (incluindo a questão palestina e a luta dos cur-

dos pelo direito a um Estado), os conflitos relacionados às questões territoriais da China, a

Guerra da Coreia e a disputa entre Índia e Paquistão pela Caxemira

O texto de abertura do capítulo, Conselho de Segurança destaca diplomacia preventiva como

solução para conflitos na Ásia Central, fala sobre o papel da ONU na resolução de confli-

tos e mostra a importância de se pensar na diplomacia para a promoção de diálogos entre

países

UnIdAdE 3 – A PROdUçãO IndUSTRIAL

A unidade é composta de temas ligados à industrialização, recompondo as fases da

Revolução Industrial, trazendo as especificidades da industrialização no Brasil e de outros

países do mundo

capítulo 7 – O desenvolvimento da atividade industrial

Este capítulo aborda os aspectos mais importantes da industrialização O principal desta-

que é dado ao processo da Revolução Industrial, demonstrando suas etapas e apontando as

transformações sociais e econômicas decorrentes dela Discriminam-se os principais tipos

de indústria e apresentam-se os fatores da localização industrial

O texto de abertura relata a experiência de um jornalista que visitou uma fábrica robotizada

na Coreia do Sul e fala dos avanços tecnológicos impressionantes que são usados na indústria

capítulo 8 – A produção industrial no Brasil

Este capítulo apresenta conteúdos referentes à industrialização brasileira, expondo as

fases de estruturação de seu parque fabril, o papel do Estado como provedor de infraestru-

turas e investimentos diretos no processo de industrialização, a distribuição regional das

indústrias e a recente tendência de desconcentração industrial

A música de Chico Buarque trata do trabalhador de linhas de montagem, cuja atividade é

caracterizada pela repetição e pela alienação do processo produtivo, devido à especificidade

e à parcialidade de suas tarefas Além disso, são apresentados alguns elementos caracterís-

ticos da industrialização brasileira

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Manual do Professor 31

capítulo 9 – A atividade industrial nos Tigres Asiáticos e nos Brics

Neste capítulo são apresentadas as condições do desenvolvimento industrial e econômico

dos Tigres Asiáticos – grupo de países em desenvolvimento no Sudeste Asiático –, e dos Brics

– grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul Os paí-

ses dos dois grupos estão ampliando cada vez mais sua participação no mercado mundial

O texto de abertura, uma notícia de economia, trata dos Brics e da possibilidade de o Brasil

perder a posição no grupo, pois a economia do país não vem crescendo como previsto

capítulo 10 – Atividade industrial no Grupo dos Sete (G7)

Neste capítulo, trabalha-se a produção industrial nos países do G7, demonstrando sua

importância no contexto mundial, principalmente no que diz respeito ao poder econômico

exercido pelos Estados Unidos Também são descritas as características dos parques indus-

triais dos países do grupo, destacando-se os principais tipos de indústria e parte dos proble-

mas ambientais gerados pela atividade industrial dessas potências econômicas

Na página de abertura, há uma notícia que aborda a crise na União Europeia e o seu re-

flexo no setor industrial

UnIdAdE 4 – A PROdUçãO AGROPEcUÁRIA nO mUndO E nO BRASIL

Esta unidade volta-se à atividade agropecuária no mundo e no Brasil, levantando aspec-

tos das técnicas e tecnologias aplicadas no campo e sua importância econômica No caso

brasileiro, aborda-se também a questão fundiária

capítulo 11 – Agropecuária no mundo

São destaques deste capítulo: a participação da agropecuária no comércio mundial, os

sistemas agropecuários de produção e as características da produção agropecuária em di-

versas regiões do mundo, dividindo-o em países do Norte e países do Sul

A composição de Arnaldo Antunes na abertura possibilita iniciar questionamentos sobre

as diferentes formas de utilização do solo Mesmo no âmbito apenas dos objetivos ligados à

agricultura, o solo pode ser cultivado por meio de diversos sistemas

capítulo 12 – Agropecuária no Brasil

O capítulo traz uma caracterização da agricultura e da pecuária no Brasil, retratando suas

formas de produção e aproveitamento, a estrutura fundiária e os problemas que dela decor-

rem, além do desenvolvimento agropecuário das regiões

O texto trata do agronegócio e seu impacto para a economia, a sociedade e o meio ambiente

no Brasil Para explicar esses impactos, a notícia cita uma pesquisa de um biólogo

estrutura interna dos VoluMes

Abertura dos capítulos

As aberturas dos capítulos, de maneira geral, procuram abordar aspectos do conteúdo

a ser tratado por meio de diferentes gêneros literários (notícias de jornal, relatos, músicas,

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32 Manual do Professor

poemas, textos literários etc ) Dessa forma, além de apresentar o tema de forma prazerosa,

elas adquirem um caráter interdisciplinar com Língua Portuguesa, dando a possibilidade ao

professor de trabalhar o texto em sala de aula mais amplamente

Texto-base dos capítulos

A proposta didática da coleção está intrinsecamente relacionada à estrutura de textos-

-base, boxes e atividades propostas presentes em cada capítulo

Os textos de cada capítulo procuram apresentar e resgatar para os alunos os conteúdos

consagrados dentro da ciência geográfica e relevantes para o Ensino Básico, sob a égide dos

documentos educacionais oficiais, oferecendo subsídios para uma discussão fundamentada

das temáticas trabalhadas Esta seção, portanto, serve de referência e aporte inicial relativo

aos conteúdos geográficos distribuídos tematicamente ao longo dos capítulos

É importante buscar uma articulação entre esses textos e as demais seções dos ca-

pítulos em que cada um deles se insere Quando conveniente, deve-se articular também

os textos de um capítulo aos demais, buscando sempre um diálogo e uma continuidade

entre eles Dessa forma, o professor criará melhores condições para que os estudantes

não apenas absorvam as informações básicas, mas também as associem à sua realidade

e reflitam sobre os conteúdos, permitindo assim seu posicionamento e até mesmo en-

gajamento e inserção nas problemáticas que despertem seu interesse e estejam em seu

campo de atuação

Os boxes

O objetivo dos boxes é propiciar uma abordagem ao mesmo tempo alternativa e com-

plementar àquela apresentada no texto-base de cada capítulo Por meio das orientações e

atividades que eles oferecem, é possível proporcionar referências aos alunos para que eles

executem um trabalho de reflexão, articulação e aprofundamento dos conteúdos apresenta-

dos É imprescindível compreender que, apesar de as propostas de trabalho sugeridas (ou

seja, o fazer Geografia dentro dos processos de ensino-aprendizagem) nos textos de base e

nas seções de boxes e atividades serem diferentes entre si, elas não são, de modo algum,

excludentes, mas complementares

Esta seção também contribui para a contextualização de temas socioeconômicos, políti-

cos, culturais e ambientais, trabalhando-se exemplos do cotidiano ou assuntos que, de modo

geral, despertam interesse nos jovens Outra possibilidade contemplada pelos boxes é o es-

tabelecimento de relações entre conteúdos que, em determinadas ocasiões, aparecem como

dissociados – é o caso, por exemplo, daqueles relacionados ao meio físico e às atividades

humanas, ou dos fenômenos de abrangência global que têm efeitos locais

As atividades presentes nos boxes permitem aprofundar o conhecimento por meio da

aplicação de procedimentos e da proposição de reflexões e pesquisas, que levam ao reco-

nhecimento dos temas abordados em situações factuais

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Manual do Professor 33

As atividades

Assim como os boxes, as atividades da coleção foram elaboradas com base em propos-

tas que permitem a ampliação da capacidade analítica dos alunos e o desenvolvimento de

procedimentos de estudo e pesquisa Com objetivos específicos, as atividades encontram-se

divididas nas seções descritas a seguir

RETOmAndO O cOnTEúdO

O objetivo fundamental desta seção é a revisão do conteúdo Porém ela não propõe cum-

prir esse objetivo por meio de tarefas de simples memorização, mas de propostas que levem

os alunos a aprimorar habilidades, como selecionar informações, relacionar conceitos e sin-

tetizar dados e informações

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO

As atividades desta seção foram desenvolvidas para estimular procedimentos e habilida-

des, como leitura, análise, reflexão, pesquisa, comparação e estabelecimento de relações

Para isso, variados recursos de ensino são utilizados, como charges, quadrinhos, fotos, ma-

pas, gráficos, tabelas, poemas, canções e textos jornalísticos que tratam de questões atuais

relativas ao tema trabalhado Esses recursos e linguagens contribuem para ampliar o reper-

tório geográfico e cultural dos alunos e podem, quando for conveniente, ser utilizados como

disparadores para trabalhos de caráter interdisciplinar

As respostas e opiniões indicadas não necessariamente se vinculam de maneira integral

ao conteúdo do livro, o que exige dos alunos, guiados por uma adequada orientação, buscar

e pesquisar outras informações para, de fato, ampliar seus conhecimentos

ATIVIdAdE FInAL

Esta seção apresenta uma proposta diversificada, com o objetivo de oferecer uma ativida-

de de sistematização e fechamento do capítulo Entre os exercícios que a compõem, podem

ser citados:

debate;•

pesquisa e trabalho de campo;•

leitura e produção de texto;•

pesquisa de dados;•

pesquisa e produção de texto;•

pesquisa e debate;•

filme e debate;•

análise de mapas;•

produção de mapas •

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34 Manual do Professor

Com essa proposta, busca-se aprofundar os conhecimentos dos estudantes por meio de

atividades que, de forma geral, exigem análise, reflexão, leitura e produção de textos (con-

tribuindo para a interpretação e a construção da escrita), desenvolvimento da oralidade e

capacidade de argumentação Desta seção também constam atividades voltadas para a alfa-

betização cartográfica e para a compreensão da realidade em contextos vivos, como estudos

do meio Por ter propostas amplas que exigem do aluno conhecimentos de outras matérias,

como Língua Portuguesa ao se propor a produção de texto, essas atividades acabam por

promover a interdisciplinaridade

Projeto interdisciplinar

Nesta seção, por meio de projetos que estimulam a pesquisa, a curiosidade, a teoria e a

prática, e a construção de um conhecimento coletivo, procura-se explorar o interdisciplinar,

ao unir áreas do conhecimento distintas

Cada projeto tem propostas diferentes e a interação de matérias diversificadas, como

Língua Portuguesa, História, Química, Biologia, Matemática, Sociologia e Literatura

Enem e vestibulares

O objetivo desta seção é possibilitar que os alunos se familiarizem com os formatos, os con-

teúdos e as habilidades comumente apresentados e exigidos nas provas do Enem e dos princi-

pais vestibulares do país, podendo desenvolver seu domínio sobre esse tipo de avaliação

Selos

Ao longo do livro, os alunos e o professor poderão identificar dois selos diferentes: o de

“Interdisciplinaridade” e o de “Contextualização”

InTERdIScIPLInARIdAdEEstes selos indicam que naquele trecho de conteúdo do livro há interdisciplinaridade com

alguma outra área do conhecimento, como História, Matemática, Física, Química, Biologia e Literatura

O selo serve como referência ao aluno Já para o professor, na parte “Orientações sobre os capítulos” deste manual, ele poderá encontrar uma nota, indicando como a Geografia e as áreas do conhecimento indicadas se relacionam

cOnTEXTUALIzAçãOO selo “Contextualização” serve como indicação de uma atividade que procura aproximar,

ao máximo, a realidade, a experiência e a vivência do aluno ao conteúdo estudado e, dessa forma, consolidar sua aprendizagem

A atividade com o selo pode aparecer nos boxes do livro, no “Retomando o conteúdo”, no “Ampliando o conhecimento” ou na “Atividade final”, por meio de propostas como pesquisas, perguntas cuja resposta remeta à realidade do aluno, debates e leitura e análise de textos

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Manual do Professor 35

conteúdos dos VoluMes

Volume 1

UnIdAdE 1 – dInâmIcA ESPAcIAL

Capítulo Conteúdo

1 Orientação

O que é orientação Pontos de orientação Instrumentos de orientação Coordenadas geográficasFusos horários

2 Cartografia

O que é Cartografia?História da Cartografia Tecnologia e projeções cartográficas Escalas gráficas e numéricas Legendas e suas funções Cartografia e ideologia

3 O mapa do mundo

A Terra, movimento de translação e estações do ano Movimento aparente do Sol Zonas térmicas Dimensões terrestres Continentes, oceanos e mares

4 O Brasil no mapa do mundo

O Brasil no mundo Fusos horários no Brasil Diferentes regionalizações do Brasil As fronteiras brasileiras

UnIdAdE 2 – GEOLOGIA E RELEVO

Capítulo Conteúdo

5 Elementos da Geologia

O que a Geologia estuda?A estrutura interna da Terra A teoria das placas tectônicas O equilíbrio isostático da crosta As eras geológicas Os minerais e as rochas

6 Elementos da Geomorfologia

A dinâmica interna da Terra: epirogênese, orogênese, fenômenos sísmicos e vulcânicos A dinâmica externa da Terra: intemperismo e erosão Formas de relevo

7 Geologia e Geomorfologia do Brasil

Estrutura geológica do Brasil Estrutura geomorfológica do Brasil Classificações do relevo brasileiro: Aroldo de Azevedo, Aziz Ab’Sáber, Jurandyr Ross O relevo nas regiões brasileiras

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36 Manual do Professor

UnIdAdE 3 – dInâmIcA dA PROdUçãO mInERAL E EnERGéTIcA

Capítulo Conteúdo

8 A produção de minérios no mundo

A importância da atividade mineral Minério de ferro e produção do aço Os minérios de manganês, estanho, níquel e cromo e a produção de aços especiais O minério de alumínio e a produção do alumínio metálico O ouro e a prata Importadores e exportadores de minérios no mundo A exploração mineral e a questão ambiental

9 A produção de combustíveis fós-seis no mundo

Fontes energéticas A produção e o consumo de carvão mineral Petróleo: origem, importância, produção e consumo A produção e o consumo do gás natural Consumo de combustíveis fósseis, o aquecimento global e a chuva ácida

10 A produção de minérios e com-bustíveis fósseis no Brasil

A produção mineral brasileira A distribuição regional da produção mineral no Brasil As fontes de energia primária O petróleo, o carvão mineral, o gás natural, a lenha e o carvão vegetal no Brasil

Volume 2

UnIdAdE 1 – dInâmIcAS dA nATUREzA: cLImA E VEGETAçãO

Capítulo Conteúdo

1 Elementos do clima e da vegetação

O que é atmosfera?Buraco na camada de ozônio Tempo e clima Temperatura e pressão atmosférica As massas de ar Fenômenos meteorológicos Distribuição dos climas Correntes marítimas A biosfera

2 Domínios climáticos e formações vegetais no mundo

Interações entre vegetação e clima O mundo frio, o mundo temperado e o mundo tropical

3 Clima e vegetação do BrasilO clima brasileiro e a classificação climática do Brasil A vegetação brasileira O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)

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Manual do Professor 37

UnIdAdE 2 – dInâmIcAS dA nATUREzA: hIdROGRAFIA E hIdROGRAFIA dO BRASIL

Capítulo Conteúdo

4 Elementos da Hidrografia

A distribuição das águas superficiais A distribuição de água doce no Brasil O consumo de água na Terra A importância dos rios e os regimes fluviais Erosão, transporte de sedimentos e sedimentação O uso econômico dos rios no mundo

5 Hidrografia e recursos hídricos no Brasil

A hidrografia brasileira As regiões hidrográficas do Brasil As bacias hidrográficas brasileiras O uso econômico dos rios brasileiros

UnIdAdE 3 – dInâmIcA dA POPULAçãO

Capítulo Conteúdo

6 Distribuição e crescimento da população mundial

População mundial O crescimento da população mundial As teorias demográficas

7 Estrutura e migrações da população mundial

As diferentes estruturas populacionais O que é migração?Os grandes movimentos migratórios

8 Distribuição, crescimento e estru-tura da população do Brasil

A população absoluta e relativa do Brasil O crescimento da população brasileira A estrutura da população brasileira A estrutura étnica

9 Migrações externas e internas da população do Brasil

A imigração no Brasil As migrações internas As migrações pendulares A emigração de brasileiros

10 Urbanização no Brasil

O que é urbanização A urbanização no Brasil A hierarquia urbana e as regiões metropolitanas Os problemas urbanos

Volume 3

UnIdAdE 1 – dA ORdEm BIPOLAR à nOVA ORdEm mUndIAL

Capítulo Conteúdo

1 Do mundo bipolar ao fim da Guerra Fria

A geopolítica após a Segunda Guerra Mundial A ordem mundial bipolar A Guerra Fria

2 A nova ordem mundialO fim da União Soviética As transformações no Leste Europeu A nova ordem política e econômica no mundo

3 Globalização da economiaIntensificação do comércio internacional e globalização da economia Os blocos econômicos

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38 Manual do Professor

UnIdAdE 2 – O mUndO ATUAL: dESIGUALdAdES E cOnFLITOS

Capítulo Conteúdo

4 Características do subdesenvolvimento

O subdesenvolvimento no mundo As diferentes formas de dividir o mundo Medindo o desenvolvimento As graves deficiências sociais As graves deficiências econômicas

5 Conflitos e questões territoriais na África e na América Latina

Grandes conflitos e questões territoriais na África Grandes conflitos e questões territoriais na América Latina

6 Conflitos e questões territoriais na Ásia

Os conflitos e questões territoriais no Oriente Médio Os conflitos e questões territoriais no Extremo Oriente Os conflitos na Ásia Meridional

UnIdAdE 3 – A PROdUçãO IndUSTRIAL

Capítulo Conteúdo

7 O desenvolvimento da atividade industrial

A era da indústria Tipos de indústria A localização industrial Primeira, Segunda e Terceira Revoluções Industriais

8 A produção industrial no Brasil Economia industrial do Brasil A distribuição regional da indústria

9 A atividade industrial nos Tigres Asiáticos e no Brics

A atividade industrial nos Tigres Asiáticos A atividade industrial no Brics

10 Atividade industrial no Grupo dos Sete (G7)

A distribuição mundial das indústrias A atividade industrial nos países do G7

UnIdAdE 4 – A PROdUçãO AGROPEcUÁRIA nO mUndO E nO BRASIL

Capítulo Conteúdo

11 Agropecuária no mundo

A agricultura e a pecuária A agropecuária nos países do Norte A agropecuária nos países do Sul Agricultura de plantation

12 Agropecuária no Brasil

A agricultura no Brasil A estrutura fundiária A questão da reforma agrária Principais áreas de produção agropecuária

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Manual do Professor 39

4. fundaMentos e objetiVos do VoluMe

O volume do 1o ano desta coleção é estruturado de forma a permitir: a apreensão dos

aspectos físicos da superfície terrestre e dos fenômenos (principalmente os naturais) que

atuam em sua configuração; a compreensão das possibilidades de representação da super-

fície terrestre, por meio do emprego das técnicas cartográficas básicas e da reflexão sobre

a contribuição dos produtos cartográficos para a análise do espaço; e o reconhecimento de

como o meio físico e os elementos que o constituem podem ser apropriados pelos seres hu-

manos na condição de recursos naturais

Depreende-se dessa estrutura que a técnica é um elemento de mediação entre a ati-

vidade humana e o meio natural – seja na apropriação direta da superfície terrestre pelos

seres humanos no processo de produção de espaços geográficos (como celeiro de recursos

naturais), seja na apropriação simbólica do espaço, que também dá base ao conhecimento

científico e pode ser reconhecida, por exemplo, nas representações cartográficas

Os conteúdos propostos neste volume contribuem para o desenvolvimento de ativida-

des e estratégias que podem proporcionar, ao aluno, aquisições referentes aos seguin-

tes objetivos:

reconhecer e saber utilizar os pontos cardeais para a localização em mapas e no es-•

paço concreto;

saber utilizar a rosa dos ventos;•

ter noção do funcionamento da bússola e de outros instrumentos de orientação; •

compreender a função das coordenadas geográficas e saber utilizá-las para encon-•

trar a localização de pontos determinados em representações cartográficas;

compreender a função da Cartografia;•

reconhecer os diferentes tipos de mapa e as possibilidades de uso de cada um;•

entender como as projeções cartográficas determinam as características dos mapas •

e podem refletir as ideologias de quem os produz;

reconhecer as características da superfície terrestre em relação à distribuição das •

águas e das terras emersas;

reconhecer as especificidades dos continentes; •

reconhecer as características das camadas internas da Terra;•

entender o que são as placas tectônicas e as consequências de sua movimentação;•

compreender a origem dos fenômenos tectônicos;•

apreender o modo como as eras geológicas foram estruturadas, para organizar cro-•

nologicamente os eventos que remontam à evolução da Terra;

compreender o que são minerais e reconhecer os tipos de rocha;•

entender os processos de formação das rochas;•

reconhecer os agentes internos e externos de formação do relevo;•

relacionar os mecanismos internos e externos, para compreender a formação do relevo;•

reconhecer a importância dos minerais para as atividades humanas;•

EE_G15GG1_manual.indb 39 21.03.13 11:24:58

40 Manual do Professor

ter noção da variedade de minerais metálicos disponíveis na natureza e das possibili-•

dades de utilização de seus principais tipos;

avaliar os principais problemas ambientais decorrentes da exploração mineral;•

identificar as principais fontes energéticas;•

analisar os principais aspectos relacionados à exploração e ao consumo de carvão •

mineral, petróleo e gás natural no mundo;

entender a importância do petróleo no mundo contemporâneo e interpretar as impli-•

cações de seu consumo exagerado;

interpretar criticamente a relação entre a dependência dos combustíveis fósseis e a •

geração de impactos ambientais;

reconhecer os principais aspectos da produção mineral brasileira;•

identificar os principais recursos minerais explorados no Brasil e a localização de •

suas principais jazidas;

recompor os aspectos mais importantes da história da exploração de petróleo no •

Brasil

5. orGanização do VoluMe

Este volume está organizado em capítulos, que, por sua vez, agrupam-se em três unida-

des temáticas, como segue:

Unidade 1 – dinâmica espacial

cAPíTULO 1 – ORIEnTAçãO; cAPíTULO 2 – cARTOGRAFIA; cAPíTULO 3 – O mAPA dO

mUndO; cAPíTULO 4 – O BRASIL nO mAPA dO mUndO

A correlação entre os temas centrais dos capítulos que formam esta unidade se estabe-

lece em torno da apreensão da superfície terrestre como espaço geográfico e como espaço

de representação regional ou global A unidade apresenta a caracterização da superfície ter-

restre, as técnicas cartográficas que viabilizam sua representação em produtos diversos e

noções de orientação espacial, que pode ser realizada na própria superfície terrestre e nela

encontrar referenciais

Unidade 2 – Geologia e relevo

cAPíTULO 5 – ELEmEnTOS dA GEOLOGIA; cAPíTULO 6 – ELEmEnTOS dA

GEOmORFOLOGIA; cAPíTULO 7 – GEOLOGIA E GEOmORFOLOGIA dO BRASIL

Esta unidade aborda a Geologia e a Geomorfologia A primeira diz respeito ao substrato

rochoso que dá forma à superfície terrestre e às camadas internas da Terra A segunda, às

formas de relevo, as quais resultam da interação entre a dinâmica das camadas internas da

Terra e os fenômenos que ocorrem na parte externa da superfície terrestre No sétimo capí-

tulo, a temática é trabalhada com foco no Brasil

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Manual do Professor 41

Unidade 3 – dinâmica da produção mineral e energética

cAPíTULO 8 – A PROdUçãO dE mInéRIOS nO mUndO; cAPíTULO 9 – A PROdUçãO dE

cOmBUSTíVEIS FóSSEIS nO mUndO; cAPíTULO 10 – A PROdUçãO dE mInéRIOS E cOm-

BUSTíVEIS FóSSEIS nO BRASIL

Os capítulos desta unidade referem-se a dois tipos distintos de recurso mineral: os mi-

nérios, utilizados como matérias-primas nas indústrias, e os combustíveis fósseis, usados

como fontes de energia Os capítulos abordam a apropriação humana de recursos naturais

provenientes da crosta terrestre, o que lhes confere unidade

6. orientações sobre os caPítulos

caPítulo 1 – orientação

As técnicas de orientação espacial podem ser aplicadas por meio da realização de tarefas

práticas, como encontrar uma localidade, estabelecer rotas, ler mapas, definir os trajetos de

uma viagem etc Promover momentos de contextualização do tema por meio do levantamen-

to e até mesmo da simulação dessas possibilidades potencializa não apenas a compreensão

do conteúdo, como também o envolvimento dos alunos nas aulas

A noção de referenciais pode ser trabalhada levando os alunos a perceberem que o pró-

prio espaço geográfico é composto por inúmeros elementos que podem ser utilizados como

referenciais, e, além desses, os seres humanos desenvolveram, ao longo do tempo, referen-

ciais abstratos – como os pontos cardeais –, que são representados nos materiais cartográ-

ficos e empregados para a orientação no espaço concreto

O domínio sobre os mecanismos de localização por meio das coordenadas geográficas

requer o prévio conhecimento dos meridianos e paralelos, além da compreensão da função

das linhas imaginárias e dos conceitos de latitude e longitude Em geral, os alunos do Ensino

Médio não encontram dificuldades em relação a esses requisitos, mas pequenas confusões

são comuns na utilização dos sistemas de coordenadas Por isso é importante encarar o

domínio desse sistema como uma habilidade a ser praticada, por meio, por exemplo, da

realização de atividades que envolvam a identificação de cidades em um planisfério e/ou de

locais em um guia de ruas

Abertura: atividades complementares (p. 10)

Leia com atenção o texto apresentado na abertura deste capítulo, dando ênfase ao 1. trecho abaixo:

Quatro mil milhas cumpridas dentro da Convergência, faltando ainda 9 mil. [...]

Na manhã seguinte, sexta-feira, o último grupo de ilhas do Índico ficou para trás: as Mc

Donald (53°03’ S – 72°35’ E), 230 milhas a sudoeste de Kerguelen, um conjunto de quatro ilhas

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42 Manual do Professor

– Mc Donald, Flat Island e Meyer Rock – e, 23 milhas a oeste, a maior do grupo, a ilha Heard, de

formação vulcânica recente (53°06’ S – 73°31’ E) [...].

Nesse trecho, o navegador brasileiro Amyr Klink menciona distâncias e localizações muito

específicas, essenciais para o desenvolvimento das rotas náuticas e para a segurança da na-

vegação como um todo Procure deduzir quais instrumentos de orientação e localização es-

pacial o navegador brasileiro teve de utilizar para obter, precisamente, essas informações

Resposta: na atualidade, essas informações são obtidas principalmente por meio do uso

do sistema de posicionamento global (GPS), mas também os equipamentos de radar, as car-

tas náuticas e a bússola são de grande utilidade

Em quais atividades você já precisou utilizar recursos de localização espacial? Descreva os 2. recursos utilizados e como eles facilitaram a realização dessas tarefas

Resposta: resposta pessoal Os recursos de localização espacial, como mapas, cartas,

plantas e aparelhos de orientação por meio de GPS são geralmente usados para encontrar

endereços desconhecidos, traçar roteiros de viagens, situar-se espacialmente etc

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

AS cOORdEnAdAS GEOGRÁFIcAS – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm mATEmÁTIcA (P. 14)

Professor há a possibilidade de integrar os conceitos relacionados às coordenadas geo-

gráficas com a Matemática, pois o sistema de coordenadas tem relação direta com os conhe-

cimentos ligados ao sistema de coordenadas cartesiano, criado por Descartes

PARA LER E REFLETIR – OS FUSOS hORÁRIOS E A ORIEnTAçãO dOS VIAjAnTES (P. 19)

Em Brasília são 9h e, em Tóquio, 21h 1. O avião deverá chegar a Londres às 21h, horário local 2. O avião chegaria em Paris às 21h 3.

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 20)

É o movimento aparente de deslocamento do Sol no céu, do ponto de vista de quem está na 1. Terra É chamado de aparente porque, na Terra, temos a impressão de que estamos para-

dos em relação ao Universo e de que é o Sol que se desloca, entre o nascente e o poente

Na verdade, não é o Sol que se move, mas a Terra, realizando o movimento de rotação

Os alunos devem mencionar os pontos cardeais e os colaterais Pontos cardeais: Norte 2. (N), Sul (S), Leste (E) e Oeste (O) Pontos colaterais: Nordeste (NE), Sudeste (SE), Noroeste

(NO) e Sudoeste (SO)

Paralelos são círculos imaginários traçados paralelamente a outro círculo imaginário, 3. chamado de Equador, que divide a Terra em dois hemisférios: o Norte (ou Setentrional, ou

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Manual do Professor 43

Boreal) e o sul (ou Meridional, ou Austral) A latitude de um ponto corresponde à medida

angular (em graus) do arco do meridiano, que vai desse ponto ao Equador Ela varia nos

dois hemisférios, de 0º, no Equador, a 90º, nos polos geográficos Ou seja: a latitude varia,

no hemisfério Norte e no hemisfério Sul, de 0º a 90º

Meridianos são semicírculos imaginários, traçados de forma a ligar os dois polos geográ-4. ficos da Terra Qualquer um desses semicírculos, juntamente com o seu antimeridiano,

divide a Terra em duas partes iguais Por isso, em 1884, durante uma convenção interna-

cional, o Meridiano de Greenwich foi adotado como referencial A longitude de um ponto

corresponde à medida angular, em graus, do arco do paralelo, que vai desse ponto ao

Meridiano de Greenwich Ela varia nos dois hemisférios: de 0º, no Meridiano de Greenwich,

a 180º, no antimeridiano de Greenwich Ou seja: no hemisfério Leste e no hemisfério Oeste,

a longitude varia de 0º a 180º O Meridiano de Greenwich divide a Terra em dois hemisfé-

rios: o Leste (ou Oriental) e o Oeste (ou Ocidental)

Resposta pessoal GPS é a sigla de 5. Global Positioning System, que, em português, significa

Sistema de Posicionamento Global Esse sistema é, hoje, o recurso mais moderno e pre-

ciso para determinar a posição de um ponto na superfície terrestre O GPS utiliza satélites

que enviam sinais contínuos para a superfície, que são recebidos por um aparelho e infor-

mam a posição geográfica exata por meio das coordenadas daquele ponto

Esse movimento chama-se rotação A Terra executa o movimento de rotação de oeste para 6. leste em torno de um eixo imaginário, que atravessa seu centro e passa pelos polos Norte

e Sul – com duração de um dia (24 horas)

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 20)

7. Resposta pessoal O exemplo dado no exercício mostra quais são os objetivos da ativida-a.

de: reforçar a noção de localização espacial, o uso de mapas e a identificação de pontos

cardeais

Georgetown ou Paramaribo (norte); Brasília (nordeste); Montevidéu ou Buenos Aires (sul); b.

Santiago (sudoeste); La Paz, Lima, Quito ou Bogotá (noroeste)

ATIVIdAdE FInAL: dEBATE (P. 21)

No debate, é importante o professor permitir que os alunos expressem livremente seus co-

nhecimentos prévios e suas ideias sobre o uso de tecnologias como o GPS, bem como de tec-

nologias da informação e comunicação em seu cotidiano e na sociedade contemporânea

É interessante levar os alunos a refletir sobre a era em que vivemos, sobre o fenômeno

da globalização e sobre o advento das novas tecnologias da informação e comunicação (com

destaque para a internet), no intuito de compreenderem melhor os quadros contemporâneos

da informação e alguns discursos que tocam as novas tecnologias

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44 Manual do Professor

Pode-se afirmar que existem basicamente três linhas de interpretação e análise das tec-

nologias de informação e comunicação: os entusiastas, os pessimistas e aqueles que, “para

além do bem e do mal”, analisam a natureza desses dispositivos tecnológicos

No primeiro grupo, pode-se destacar Pierre Lévy, em seu livro Cibercultura, no qual afir-

ma que é impossível negar o fenômeno da cibercultura e seu caráter de vanguarda, pre-

conizando um discurso entusiasmado em relação à possibilidade de usos da tecnologia na

construção de uma comunidade planetária do conhecimento, de uma inteligência coletiva

Nesse contexto, as tecnologias seriam utilizadas para o “bem”

No segundo grupo, pode-se mencionar Paul Virilio, em Estratégia da decepção, obra em

que analisa as novas tecnologias, o mundo cibernético, os meios de comunicação e mais

precisamente a guerra da informação (information warfare) no contexto da Guerra do Kosovo

e do conflito nos Bálcãs Para ele, houve uma nítida transformação de um conflito militar

eletrônico (eletronic warfare), tratando-se do Iraque, em um conflito militar da informação

(information warfare) Em tom pessimista, o autor aborda as alterações profundas nas ca-

racterísticas e nos componentes dos conflitos militares do futuro, que vão basear-se no de-

senvolvimento tecnológico sofisticado, com a utilização constante de informações visuais,

sonoras e digitais Nesse contexto, as tecnologias seriam utilizadas para o “mal”, para a

guerra A reportagem apresentada nesta atividade (p 21) menciona o uso do dispositivo GPS

nas ações militares e nos conflitos bélicos

No terceiro grupo, estão os que abordam a natureza e as especificidades dessas novas

tecnologias, indo além da discussão “uso para o bem” X “uso para o mal” Adriano Duarte

Rodrigues é um dos autores que nos ajudam a compreender o fenômeno dos novos disposi-

tivos tecnológicos informacionais atentando para o que ele tem de diferente, considerando

sua essência, sua natureza e sua especificidade Esse fenômeno está de fato inserido em

uma ordem econômica e política, porém, em sua natureza, não é essa ordem que prevalece,

mas sua dimensão de linguagem (dimensão simbólica) Em linhas gerais, o autor afirma

que não se trata de abordar os recursos tecnológicos do ponto de vista meramente instru-

mental, como fazem alguns pensadores que encaram o acesso às novas tecnologias com

um otimismo talvez exagerado, configurando uma visão que se detém na descrição dessas

tecnologias Nem se trata, por outro lado, de abordar o fato de essas novas tecnologias fa-

vorecerem a morte das culturas tradicionais e da diversidade dos modos de vida Para ele,

as novas tecnologias não constituem mero utensílio de produção ou de auxílio na percepção

do mundo, mas dispositivos da linguagem, que criam um padrão simbólico, uma forma de

comunicação e de encarar os fatos

Após desenvolver com os alunos essas três linhas de interpretação e análise sobre

as tecnologias de informação e comunicação, seria interessante questioná-los sobre

o que pensam a respeito dessas visões e opiniões, com qual dos três grupos cada um

concorda, e por quê

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Manual do Professor 45

caPítulo 2 – cartoGrafia

O estudo da Cartografia não deve ter um fim em si mesmo, mas ser empreendido de modo

articulado à construção do conhecimento geográfico como um todo Portanto é necessário

que os alunos sejam não somente orientados para a aquisição de técnicas cartográficas, mas

também estimulados a apropriar-se da linguagem cartográfica como instrumento de análise

e transmissão de conhecimentos pertinentes à Geografia E o próprio domínio das técnicas

básicas da Cartografia é alcançado com mais eficiência quando ocorre por meio de ativida-

des que possibilitem a contextualização de temas da Geografia familiares aos alunos

Após levar os alunos a reconhecerem os exemplos de materiais cartográficos disponíveis

no capítulo, assim como os recursos técnicos e tecnológicos empregados na confecção des-

ses materiais, é importante discutir com eles a relação entre a natureza das informações co-

letadas e as possibilidades de representações cartográficas dessas informações – lembrando

que o objetivo de quem os confecciona também é um fator a ser considerado para a definição

das características dos materiais cartográficos Podem ser oferecidos à análise dos alunos

alguns exemplos de informações passíveis de registro cartográfico (tanto qualitativas – lo-

calização de portos e aeroportos, ocorrência dos tipos climáticos etc – como quantitativas

– índices do crescimento vegetativo, renda per capita etc ), propondo-se o levantamento de

hipóteses sobre os recursos visuais que melhor representariam cada tipo de informação

É importante orientar os alunos a discernir a adequada utilização das cores para repre-

sentar informações qualitativas e quantitativas: enquanto aquelas devem ser representadas

por cores ou símbolos que não estabeleçam relações hierárquicas entre si, servindo apenas

para indicar a localização de cada ocorrência, estas devem ser representadas por variações

tonais de uma mesma cor, e a intensidade da cor deve corresponder à intensidade do dado

representado A ideia de variação de intensidade do fenômeno também pode ser indicada por

símbolos com tamanhos proporcionais aos dados que representam

O conceito de escala merece ser trabalhado de modo geral, e não restrito à aplicação

cartográfica, discutindo-se a amplitude do termo como elemento de análise da realidade

Isso pode ser ilustrado com processos que tenham manifestações globais e locais – como a

globalização Assim se faz necessário também especificar a função da escala para a carto-

grafia e trabalhar a conversão de proporções entre os espaços concretos e os representados

nos mapas Para consolidar o domínio sobre a dedução de medidas proporcionais indicadas

pelas escalas gráficas e numéricas, é preciso proporcionar aos alunos boa quantidade de

exercícios que exijam o cálculo de distâncias no mapa e no espaço real, a partir das escalas

dadas Também é importante oferecer exercícios inversos, em que os alunos devem deduzir

a escala empregada em uma representação a partir de dados referentes ao espaço real e ao

espaço representado

Objetivando não apenas o domínio do uso das escalas, mas também o aperfeiçoamento

do raciocínio lógico, esse tema oferece ótima ocasião para o trabalho interdisciplinar com os

professores de Geografia e Matemática

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46 Manual do Professor

Abertura: atividade complementar (p. 22)

O texto de abertura relata como João da Cruz utilizou um mapa-múndi para expor o que

supunha sobre o futuro das relações internacionais Além de permitir a demonstração de

teses, os mapas também auxiliam nas análises que dão suporte às teses Nesse sentido,

considere a situação hipotética em que você pretendesse demonstrar o papel do petróleo

como elemento norteador dos investimentos da China na África Para auxiliar a sustentação

dessa proposição, quais mapas seriam necessários? Justifique sua resposta

Resposta: seriam necessários, pelo menos, um mapa das reservas petrolíferas africanas

e outro demonstrando o destino dos investimentos chineses na África Confrontando-os, se-

ria possível verificar se os países africanos que têm as maiores reservas de petróleo coinci-

dem com os que recebem os principais recursos provenientes da China, determinando assim

se há ou não correspondência entre as variáveis

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

hISTóRIcO dA cARTOGRAFIA – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm hISTóRIA (P. 24)

A proposta de interdisciplinaridade com a História envolve a análise da importância dos

antigos mapas criados pela humanidade e a relação direta destes com a cultura e a história

dos povos que os criaram Como sugestão, há a possibilidade de comparar um mapa criado

por Ptolomeu, na Antiga Grécia, com os mapas T-O utilizados ao longo da maior parte da

Idade Média

PARA REFLETIR E PESqUISAR– SEnSORIAmEnTO REmOTO:

FUnçõES E APLIcAçãO (P. 27)

É importante o professor ressaltar que o sensoriamento remoto é uma importante 1. técnica de mapeamento de fenômenos caracterizada pela utilização de altíssima tec-

nologia e, portanto, há o aumento da qualidade das informações quantitativas e quali-

tativas dos mapas

Resposta pessoal 2.

PARA OBSERVAR E REFLETIR – cURVA dE níVEL (P. 33)

Professor, as curvas de nível são um importante referencial cartográfico Sua aplicação

vai desde a simples verificação de abrangência de bacias hidrográficas até o planejamento

de obras públicas e privadas

A maior altitude mostrada na imagem é de aproximadamente 400 metros (um pouco me-1. nos que isso, pois a linha topográfica não chega a essa cota)

O intervalo é de 100 metros 2.

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Manual do Professor 47

Resposta pessoal O instrumento que pode indicar a altitude do lugar onde estamos é 3. o GPS, estudado no capítulo 1 Atualmente, diversos aparelhos celulares e smartphones

apresentam aplicativos de localização e GPS, o que facilita a obtenção não apenas da alti-

tude, mas também de outras informações relacionadas à localização geográfica, como a

latitude e a longitude

Para observar e refletir – A anamorfose (p. 34)

Especialistas em educação cartográfica, como Fernanda Padovesi (professora da área de

cartografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São

Paulo, FFLCH-USP), afirmam a importância de os alunos compreenderem que existem di-

versas possibilidades de representar o espaço geográfico – a anamorfose é uma delas

É importante os alunos perceberem que, na anamorfose, podemos representar e compa-1. rar dados e informações que tenham espacialidade geográfica, de modo que os limites

políticos das macrorregiões brasileiras fiquem distorcidos Nessa representação, a área

dessas macrorregiões deve ser proporcional à informação que serve de base para a cons-

trução do mapa

Sim, a anamorfose permite a visualização de fenômenos no planeta Ela representa um 2. fenômeno de maneira proporcional e dando destaque a ele O fenômeno pode ser econô-

mico, social ou de outra categoria

Resposta pessoal 3.

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 37)

Cartografia é uma técnica que envolve diversos aspectos da representação dos fenômenos 1. geográficos É, ao mesmo tempo, arte, ciência e técnica Tem como objetivo representar

a Terra ou parte dela, ou seja, realizar a transposição gráfica dos fenômenos por meio de

cartas e mapas, a fim de obter um retrato – o mais preciso possível – da realidade

Os romanos mapearam, com extrema riqueza de detalhes, as estradas que serviam de 2. itinerário para os soldados se deslocarem em todas as direções do Império

O século XX, com duas guerras mundiais e, posteriormente, com um longo período marca-3. do pelas tensões da Guerra Fria Esse avanço se deu principalmente por causa da geomá-

tica, que alia os conhecimentos das ciências da computação ao avanço das tecnologias de

fotografias aéreas, de registros de satélites e de sensoriamento remoto

O sensoriamento é realizado por meio de sensores remotos, dispositivos acoplados a saté-4. lites artificiais que fornecem informações para a geração de imagens ou dados referentes

à superfície terrestre

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48 Manual do Professor

O principal problema é que há uma diferença entre as duas superfícies – a que está 5. sendo representada e a que está sendo usada para a representação Para solucioná-

-lo, são usadas técnicas de projeção para que as formas e as dimensões dos elemen-

tos que estiverem sendo representados proporcionalmente reproduzam, tanto quanto

possível, a realidade

Projeção é uma correspondência matemática entre as coordenadas da superfície esféri-6. ca da Terra – as latitudes e as longitudes – e as coordenadas da superfície retangular do

plano – as abscissas e as ordenadas As projeções mais comuns são: cilíndrica conforme

(ou projeção de Mercator), cilíndrica equivalente (ou projeção de Peters), cônica e central

Professor, se achar produtivo, peça aos alunos que mencionem características de cada

uma dessas projeções

A projeção de Mercator conserva a forma das massas continentais, mas distorce suas 7. áreas relativas Destaca áreas situadas em latitudes médias e altas (como o continente

europeu e o norte-americano) Já a projeção de Peters conserva as dimensões relativas

dos territórios representados, mas distorce suas formas Destaca os países não desenvol-

vidos, sobretudo da Ásia, América Latina e África

A escala de um mapa é a relação constante entre as dimensões dos elementos nele repre-8. sentados e suas dimensões reais na natureza Demonstra quantas vezes as dimensões do

terreno foram reduzidas para ser representadas no mapa Existem duas formas de indicar

as escalas: a numérica e a gráfica

A legenda explica a simbologia da representação gráfica Pode ser composta de linhas, 9. cores e símbolos

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 37)

Aerofotogrametria é uma técnica cartográfica que utiliza fotografias aéreas e se desenvol-10. veu largamente, sobretudo na Segunda Guerra Mundial, auxiliada pelo desenvolvimento

da aviação As atividades que paralelamente se beneficiaram da aerofotogrametria estão

ligadas a técnicas de produção de películas especiais para filmes e a técnicas de desenho

baseadas em fotografias aéreas Consequentemente, também cresceram o setor de im-

pressões e o setor agrícola

11. a.

A divisão do mundo após a Segunda Guerra Mundial: capitalistas e socialistas (1950) •

Escala gráfica •

É uma legenda de cores e indica os países capitalistas e socialistas do planeta em •

1950 Os países em verde são capitalistas e os em rosa, socialistas

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Manual do Professor 49

Resposta pessoal Professor, incentive os alunos a utilizarem um atlas, o que facilitará o b.

trabalho e lhes possibilitará entrar em contato com diferentes tipos de mapa temático

A área central e urbana da Região Metropolitana de São Paulo está representada pela cor 12. violeta e apresenta grande concentração populacional, diferentemente do entorno (esver-

deado) A ausência de áreas verdes e a grande concentração de concreto na região central

favorecem a elevação da temperatura, em comparação às áreas mais preservadas do en-

torno (representadas pela cor esverdeada)

ATIVIdAdE FInAL: PESqUISA dE cAmPO E ILUSTRAçãO (P. 39)

Neste exercício, os estudantes devem compreender que existem diversas formas de re-

presentação da paisagem e do espaço geográfico, duas importantes categorias de análise da

ciência geográfica Embora os mapas tenham sido priorizados neste capítulo, é importante

atentar para o fato de que croquis, ilustrações, plantas, gráficos, fotografias aéreas e ima-

gens de satélites também constituem formas comuns atualmente utilizadas pelos geógrafos

para representar a paisagem ou o espaço

A atividade de campo aqui sugerida, além de ser importante estratégia de ensino-apren-

dizagem, desde as séries iniciais até o curso superior, favorece a percepção/compreensão

da paisagem e do espaço por meio da seleção de elementos e fenômenos que são realmente

importantes para os alunos no momento de construir representações

Por fim, pode-se desenvolver a atividade de modo integrado com a disciplina de Arte

caPítulo 3 – o MaPa do Mundo

Conhecer os aspectos gerais do planeta Terra, sobretudo os que permitem apreender a

estrutura de sua superfície, é pré-requisito para os estudos de Geografia Tratando-se do lu-

gar que ocupamos no Universo, os alunos já dominarão muitas informações sobre os temas

deste capítulo Dessa forma, o professor pode iniciar os trabalhos explorando os conheci-

mentos prévios dos alunos

É interessante que os alunos percebam a variedade fisionômica do planeta, manifesta-

da nos diferentes recortes da superfície terrestre (tomando os continentes como base, por

exemplo), como resultado da atuação dos agentes naturais e sociais, e sintam-se estimulados

a refletir sobre os processos relacionados à configuração e às transformações espaciais

Abertura: atividades complementares (p. 40)

O texto de Marcos Pontes traz uma reflexão sobre a nossa condição humana e o planeta

Terra Ele traz elementos que serão tratados no capítulo, como rotação e translação, além de

elementos relacionados à Geografia, como escala, noções de tempo e distância

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50 Manual do Professor

A qual escala Marcos Pontes se refere quando diz que “somos pequenos nessa escala!”?1.

Resposta: Marcos Pontes se refere à escala do Universo, imaginando como o nosso planeta é

pequeno em relação a ele e, ainda, em relação a nós seres humanos

O que ele quis dizer com a afirmação “todos nós somos, de certa forma, astronautas”?2.

Resposta: somos astronautas porque a Terra está viajando pelo Universo e todos nós, seres

humanos, estamos “embarcados” nessa “nave”

dImEnSõES TERRESTRES – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm mATEmÁTIcA E

hISTóRIA (P. 46)

A medição das dimensões do planeta Terra, hoje facilmente realizada com o uso de tec-

nologia, era um tema que gerava preocupação em antigos pensadores, assunto interessante

a ser estudado em História Um deles, Erastótenes (276-194 a C ), tentou calcular a circun-

ferência da Terra utilizando conhecimentos da trigonometria, o que abre a possibilidade de

associar os conhecimentos geográficos e matemáticos em torno desse assunto

PARA LER E PESqUISAR – UnIãO EUROPEIA (P. 53)

É importante que, neste momento, os alunos já comecem a relacionar as informações

sobre os continentes com as dinâmicas econômicas globais, como a constituição da União

Europeia e do Mercado Comum do Sul (Mercosul), bloco econômico mais próximo de sua

realidade Para isso, em sala de aula, podem-se mostrar mapas representando os diversos

blocos econômicos da atualidade, introduzindo o assunto Se o professor achar oportuno,

pode abordar as vantagens e os inconvenientes da formação de blocos econômicos

De maneira geral, a crise econômica afetou o sistema financeiro da União Europeia, o 1. que gerou consequências para os países-membros, como: o aumento do desemprego e

a dificuldade de crescimento econômico; o oferecimento de pacotes de ajuda econômi-

ca aos países mais afetados pela crise; e mudanças nas taxas de juros e nas condições

para a liberação de empréstimos Dentre os países mais afetados pela crise, destacam-se:

Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha

Os candidatos são: Macedônia, Islândia, Montenegro, Sérvia e Turquia Em 2013, a Croácia 2. era um país em fase de adesão e a previsão era que se tornasse um país-membro da União

Europeia em 1o de julho de 2013

PARA REFLETIR E PESqUISAR – dESEnVOLVImEnTO InSUSTEnTÁVEL:

O cASO dO mAR dE ARAL (P. 58)

Ao comentar a questão ambiental que envolve o mar de Aral, é possível trabalhar o tema

do desenvolvimento sustentável, relacionando-o com a região em que vivem os alunos O

professor pode perguntar-lhes, por exemplo, como está o nível de preservação dos recursos

hídricos de seu entorno

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Manual do Professor 51

A má utilização de suas águas, como desvios para a irrigação de lavouras, além do 1. uso de agrotóxicos em plantações próximas ao rio e dos efeitos da construção de

barragens

O objetivo da atividade é que os alunos pesquisem quais são as fontes hídricas da região 2. em que vivem e se essas estão sendo preservadas ou poluídas Professor, oriente os alu-

nos se tiverem dificuldades em obter as informações Sites das companhias responsáveis

pelo saneamento básico da região e de organizações não governamentais (ONGs) costu-

mam oferecer informações e mapas sobre os reservatórios de água utilizados

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 59)

A unidade utilizada na astronomia é o ano-luz, medida que corresponde à distância per-1. corrida pela luz em um ano, que é de 300 mil quilômetros por segundo

O outro movimento é a translação, que consiste em a Terra girar em torno do Sol A dura-2. ção da translação da Terra é de 365 dias, 5 horas e 48 minutos

A inclinação do eixo imaginário da Terra em relação ao plano da órbita do planeta e o mo-3. vimento de translação são os fatores que originam as estações do ano

As cinco zonas climáticas são: intertropical (cortada pelo Equador e, portanto, de menor 4. latitude), temperada do norte, temperada do sul, glacial ártica e glacial antártica (estas

duas estão mais próximas dos polos, apresentando, portanto, maior latitude) A maior par-

te do Brasil está localizada na zona intertropical e uma porção menor do país (sul) situa-se

na zona temperada do sul

As terras que se encontram acima das águas e representam aproximadamente 30% da 5. superfície terrestre são chamadas de terras emersas As terras cobertas pelas águas oce-

ânicas são denominadas terras submersas e abrangem cerca de 70% do globo terrestre

A Ásia é o maior de todos os continentes e sua extensão territorial ocupa cerca de 30% 6. do globo terrestre A América é dividida geograficamente em América do Norte, América

Central e América do Sul A África é atravessada, em sua porção central, pela linha do

Equador e, em razão dessa localização, seu clima é predominantemente tropical A

Antártida é o quarto maior continente da Terra e está situada quase totalmente no Círculo

Polar Antártico; durante o inverno, esse continente dobra de tamanho em razão do volume

de gelo marinho que se forma ao seu redor A Europa é um continente composto, em sua

maioria, de países ricos, que apresentam elevado padrão de desenvolvimento social A

Oceania é o menor dos continentes, situa-se no hemisfério Sul e é banhada pelo oceano

Índico, a oeste, e pelo Pacífico, a leste

O oceano Pacífico é o maior de todos os oceanos e nele se localiza a fossa submarina de 7. maior profundidade da Terra, conhecida até hoje O Atlântico é o segundo maior oceano

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52 Manual do Professor

em área ocupada e o que apresenta fluxo de navegação mais intenso O Índico é o menor

dos três oceanos e apresenta menor importância econômica e densidade e salinidade mé-

dias mais acentuadas que estes

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 59)

Esta atividade permite a realização de um trabalho integrado com a área de Língua 8. Portuguesa, em que se podem explorar as características literárias do autor citado e da

escola romântica Além disso, possibilita abordar o tema das zonas térmicas, associan-

do-as às características climáticas das regiões

Para complementar a questão, o professor pode pedir aos alunos que pesquisem e apon-

tem características do clima tropical, abordado na atividade

O poema foi escrito por Gonçalves Dias alguns anos depois de sua partida para Portugal,

onde ele foi estudar Trata-se de uma alusão à pátria distante, o Brasil, configurando um

tema caro ao Romantismo, movimento no qual esse autor se enquadra Ao retratar as

saudades da pátria, pode-se dizer que o trecho do poema menciona uma espécie animal e

uma vegetal predominantes nesse país, situado, portanto, em uma zona tropical

O objetivo da atividade é que os alunos realizem pesquisas sobre os continentes estudados 9. em sala de aula para aprofundar o que sabem sobre eles em aspectos variados, como so-

ciedade, cultura, população, economia, política, religião etc

ATIVIdAdE FInAL: LEITURA E PROdUçãO dE TEXTO (P. 60)

1. Os registros mostram que, nos séculos XVIII, XIX e XX, a maior ação humana na região foi a.

a de destruição

A Antártida precisa ser respeitada porque muitos dos mecanismos de interação global b.

passaram a ser estudados com mais atenção no final dos anos 1990 As “teleconexões”

entre sistemas meteorológicos, efeitos globais, interação ar-mar ainda estão sendo ava-

liadas, e novas teorias têm surgido O complexo mecanismo entre as diversas áreas do

conhecimento mostra que todas são engrenagens importantes de uma máquina não total-

mente conhecida

O que deve ser enfatizado no texto feito pelos alunos é o embate entre o direito de explo-2. ração racional e o dever de conservação de uma região que ainda não está definitivamente

delimitada no âmbito político No final, os alunos deverão ser capazes de posicionar-se

diante das questões de exploração/conservação e de definir quais países ou instituições

deveriam ter esses direitos/deveres e por quê

EE_G15GG1_manual.indb 52 21.03.13 11:24:59

Manual do Professor 53

caPítulo 4 – o brasil no MaPa do Mundo

É interessante introduzir o capítulo instigando os alunos a localizar o Brasil no globo e a

compará-lo aos demais países do mundo Nesse trabalho, pode-se orientá-los a observar

as extensões territoriais, a localização de acordo com o hemisfério e com as latitudes, a ex-

tensão do litoral, as fronteiras etc É importante que o professor utilize um planisfério cuja

projeção se preste à análise proposta: por exemplo, um mapa na projeção de Mercator não é

adequado para comparar extensões territoriais, já que distorce a proporção dos territórios

O professor pode conduzir a leitura das páginas do capítulo, verificando o entendimento

dos conceitos e das questões mais importantes por meio de questionamentos que levem os

alunos a refletir sobre o conteúdo lido

A função da regionalização para a organização de um território é um elemento importante

a ser discutido Pode-se explanar sobre sua importância para os estudos de Geografia

O texto de aprofundamento a seguir alude aos movimentos migratórios entre Brasil, Peru

e Colômbia, evidenciando alguns aspectos dos limites fronteiriços entre esses países

Tríplice fronteira Brasil, Peru e Colômbia e os desafios às políticas internacionais de migração

[...] Como acontece em todas as demais regiões de fronteira do território brasileiro, a mobili-

dade humana na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia também revela a presença incômoda

do “novo”, do “estranho”, do “diferente”, enfim, do migrante, que é sempre acompanhada de reações

contrárias por parte daqueles que não admitem sua ação ou intervenção. Nesse sentido, não se pode

falar de migração nessa fronteira sem também considerar todas as formas de rejeição por que passam

as pessoas nessa situação, que envolvem dois problemas fundamentais: a xenofobia dissimulada e a

ausência de políticas internacionais de migração.

No caso do Brasil, observa-se que, historicamente, vem se reproduzindo uma atitude xenófoba

ou de intolerância caracterizada por certa sutileza, que encobre uma realidade social conflitiva e a

institucionalização de uma sociedade marcada pelas desigualdades sociais. Aquele mesmo estigma do

preconceito que fora colocado sobre os ombros das vítimas do fenômeno das migrações internas que

se configurou no Brasil desde inícios do século XX vem sendo transferido para o migrante estrangeiro

que vive no país, principalmente nas fronteiras.

No caso específico dos fluxos migratórios de peruanos e colombianos para o Brasil, na Região

Amazônica, a proximidade entre os países é um dos pontos mais impulsionadores de uma corrente

migratória que vem se acentuando cada vez mais. A referência e os pontos de convergência na trí-

plice fronteira são as cidades Santa Rosa (Peru), Tabatinga (Brasil) e Letícia (Colômbia). São cidades

de pequeno porte, perdidas nos confins dos três países. No entanto, a cidade de Tabatinga, distante

1 105 quilômetros de Manaus (em linha reta) e 1 607 quilômetros (em via fluvial), destaca-se como

ponto de maior movimentação migratória, concentrando uma porcentagem significativa de migrantes

colombianos e peruanos e se apresentando também como porta de entrada no território brasileiro.

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54 Manual do Professor

Há problemas similares vivenciados pelos três países nessa área específica. O narcotráfico impera na

tríplice fronteira com proporções diferentes em cada uma das três cidades. O desemprego e o traba-

lho informal também são característicos do trio.

Vista a partir do ângulo do movimento migratório, a tríplice fronteira funciona como lugar de

permanência e também como porta de entrada e de saída nos três sentidos. Mesmo estando muito

próximos, cada país apresenta uma conjuntura diferenciada nos setores sociais, políticos e econômi-

cos que são determinantes no itinerário migratório. A fronteira do lado brasileiro segue sendo aquela

para onde se converge um considerável fluxo da migração dos outros dois países.

Um problema muito sério nesse vai e vem na tríplice fronteira é o acesso ilegal de pessoas que

entram no país sem documentos. A fiscalização federal de fronteiras é intensa em algumas áreas, po-

rém, considerando a vastidão da selva amazônica, é humanamente impossível manter um controle

100% eficaz nessas condições de traslado permanente. Entretanto, o cotidiano de privações a que os

migrantes peruanos e colombianos são submetidos no Amazonas denuncia as várias lacunas da po-

lítica de migração brasileira com suas leis arcaicas calcadas nos interesses puramente econômicos e

comerciais, que nunca esteve aberta à migração de hispano-americanos. [...]

OLIVEIRA, Márcia Maria de. A mobilidade humana na tríplice fronteira: Peru, Brasil e Colômbia. Revista do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 20, n. 57, maio/ago. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-

40142006000200014&script=sci_arttext&tlng=en>. Acesso em: 7 mar. 2013.

Abertura: atividade complementar (p. 62)

A abertura deste capítulo traz uma entrevista concedida por Maurício Kubrusly, em que

o jornalista relata seu anseio em mostrar o Brasil que a maioria desconhece, por meio de

inúmeras histórias coletadas pelos rincões do país Em seu modo de ver, qual característica

do Brasil mais contribui para a existência de realidades ainda a serem reveladas, após mais

de 500 anos de existência?

Resposta: resposta pessoal A característica do Brasil que mais contribui para isso é sua

grande extensão territorial Também podem ser mencionadas outras características que

concorrem para isso, como: a tênue integração regional, a grande concentração populacio-

nal na faixa litorânea, o isolamento de localidades mais pobres, a polarização que os gran-

des centros urbanos exercem sobre a mídia etc

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

PARA LER E REFLETIR – O hORÁRIO dE VERãO (P. 65)

Resposta pessoal Professor, alterações acontecem com frequência em relação aos esta-1. dos brasileiros que adotam o horário de verão Atente para essas mudanças

Resposta pessoal Procure trabalhar a questão em sala de aula e verificar como essa alte-2. ração influencia a vida dos alunos

Resposta pessoal O objetivo dessa questão é permitir aos alunos que verifiquem, na prá-3. tica, se há economia de luz em sua residência Uma forma de verificar as diferenças entre

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Manual do Professor 55

os valores cobrados nas contas de luz antes do horário de verão e os valores cobrados

durante esse horário, além da leitura das contas mensais impressas, é consultar os sites

das distribuidoras de energia elétrica, que fornecem informações sobre contas de luz de

vários meses

A dIVISãO REGIOnAL dO TERRITóRIO BRASILEIRO (P. 66)

Professor, é importante que os alunos compreendam que as diferentes formas de regio-

nalização do Brasil estão relacionadas às transformações naturais e humanas ocorridas no

território ao longo do tempo e aos critérios escolhidos pelos órgãos públicos para agrupar,

em uma mesma região, porções do território que têm algumas semelhanças

Dessa forma, explique as duas principais formas de regionalização do país e estimule

comparações entre elas (a regionalização efetuada pelo IBGE versus a proposta do geógrafo

Pedro Pinchas Geiger) Se achar adequado ampliar o tema, comente que, ao longo do século XX,

várias divisões regionais do Brasil foram elaboradas, principalmente da década de 1940 em

diante, quando territórios se transformaram em estados e novos estados e regiões foram

criados Se possível, mostre cartogramas do Brasil (de 1940, de 1960 e de 1990), que po-

dem ser obtidos no site <http://www ibge gov br/home/geociencias/cartogramas/evolucao

html>, para que os alunos percebam a evolução das formas de regionalização do Brasil ao

longo do tempo

PARA OBSERVAR E REFLETIR – A dISPARIdAdE EcOnômIcA dAS REGIõES

BRASILEIRAS (P. 72)

Professor, o boxe procura complementar e exemplificar aspectos da dinâmica da econo-

mia regional, abordada no capítulo Procure trabalhar essas informações em sala de aula,

para demonstrar aos alunos que o Brasil caracteriza-se por grandes disparidades de desen-

volvimento regional, o que leva à existência de contrastes socioeconômicos entre estados e

regiões Esse fato dificulta a melhoria das condições de vida da população brasileira, princi-

palmente entre os habitantes das regiões com índice de desenvolvimento mais baixo, como

o Nordeste e o Norte

O Brasil é considerado um país de contrastes porque apresenta grandes disparidades regio-1. nais no que se refere principalmente ao nível de desenvolvimento econômico Com base nos

dados apresentados, pode -se constatar que mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do

país é gerado na Região Sudeste, que concentra a maior parte da infraestrutura de trans-

portes e comunicações, além de mão de obra qualificada Dessa forma, a região continua

atraindo grande parte dos investimentos produtivos que dinamizam a economia do Brasil

Resposta pessoal Professor, entre as estratégias mais variáveis para reduzir as dispari-2. dades regionais, podem ser citadas: a aplicação de investimentos públicos na melhoria da

infraestrutura de transportes e comunicação nas demais regiões do país; a ampliação de

investimentos em educação básica e profissionalizante, em nível nacional, para aumentar

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56 Manual do Professor

a qualificação da mão de obra; a oferta de incentivos fiscais pelo poder público a em-

presas privadas; entre outras medidas que favoreçam um desenvolvimento regional mais

igualitário

Para aprofundar a discussão, podem-se apresentar algumas estratégias adotadas pelo

poder público para atingir esse desenvolvimento regional mais igualitário, como a cria-

ção da Zona Franca de Manaus, a doação de terrenos e os incentivos fiscais concedidos

por governos municipais de diversas regiões para atrair empresas e desenvolver polos

industriais (como o Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia)

AS FROnTEIRAS BRASILEIRAS – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm hISTóRIA (P. 75)

A formação da atual fronteira terrestre brasileira está diretamente associada aos ciclos

econômicos estudados em História do Brasil Há a possibilidade de relacionar esse conheci-

mento histórico com o que é analisado em Geografia

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 80)

Situado inteiramente no hemisfério Ocidental e cortado ao norte pela linha do Equador, o 1. Brasil apresenta 7% de suas terras no hemisfério Norte (setentrional) e 93% no hemisfério

Sul (meridional) É cortado ao sul pelo Trópico de Capricórnio, e 92% do território brasileiro

se localiza na zona intertropical O país apresenta uma extensa faixa de fronteiras terres-

tres e uma orla marítima banhada pelo oceano Atlântico Professor: utilize o mapa “Brasil:

pontos extremos” para exemplificar a questão (p 63)

Por causa do movimento de translação da Terra (o giro do planeta em torno do Sol), os 2. países localizados no hemisfério Norte apresentam o período mais quente do ano e com

dias mais longos no meio do ano, ao contrário dos países meridionais (como o Brasil) Em

alguns países localizados na zona temperada, o Sol chega a se pôr em torno das 22 horas

nesse período Por isso, o aproveitamento dos dias mais longos para a convenção do horá-

rio de verão se processa nessa época do ano

Uma região é demarcada considerando características semelhantes, por exemplo, natu-3. rais, sociais, econômicas ou culturais, dos estados Professor, você pode ressaltar que ou-

tros critérios podem ser utilizados na regionalização de um território, como os indicadores

sociais, os aspectos culturais, as formas de uso e ocupação do solo, entre outros

4.

Macrorregiões Características principais

Norte

Maior região do Brasil em extensão territorial, o Norte compreende sete esta-dos e ocupa 45,2% do território nacional Seus habitantes estão distribuídos ao longo dos principais cursos d’água, de vias terrestres, de aglomerados urbanos e de novas fronteiras de ocupação territorial Sua economia está ligada predo-minantemente às atividades extrativistas vegetais e minerais

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Manual do Professor 57

Centro-Oeste

É composta por três estados e pelo Distrito Federal Tem a menor população entre as regiões do país Fornece produtos agropecuários, como soja e carne, abastecendo indústrias alimentícias do Centro e do Sul do país e o mercado externo

Nordeste

É a terceira maior região do país em extensão territorial, compreendendo nove estados Região com os piores índices sociais, apesar das melhoras nos últimos anos Conhecida também por praias, conjuntos arquitetônicos históricos, festas populares etc

SudesteEssa região tem quatro estados e ocupa 10,8% do território nacional Concentra 42,1% da população do país É a região mais industrializada, respondendo por 60% da riqueza nacional

SulCompreende três estados, é a menor região em extensão e a segunda mais industrializada do país Sua economia é baseada na agricultura, que é moderna e diversificada

Segundo a proposta de Geiger, os aspectos são: o quadro natural da Amazônia, o quadro 5. social do Nordeste e o quadro econômico do Centro-Sul

Grandes complexos regionais

Características

Amazônia

Abrange quase 60% do território nacional e abriga apenas aproximadamen-te 8% da população do país, caracterizando-se como o complexo regional menos povoado do Brasil Conhecida por suas características naturais, apresenta uma das mais exuberantes paisagens vegetais do planeta, a flo-resta equatorial Nas últimas décadas, sua porção oriental passou a apresentar uma dinâmi-ca mais intensa por causa de um processo de ocupação calcado na introdu-ção de grandes projetos agropecuários e de exploração de minerais

Nordeste

Sua área corresponde a pouco mais de 15% do país e sua população a cerca de 27% do total de brasileiros O complexo nordestino tem se caracterizado historicamente pelos problemas socioeconômicos que enfrenta, como ele-vada mortalidade infantil e falta de empregos Porém, nos últimos anos, o complexo nordestino vem passando por modificações significativas em sua estrutura econômica, tanto no campo industrial como no meio rural

Centro-Sul

Concentra cerca de 65% da população nacional e é a região mais populosa e mais povoada do país Sua economia é mais dinâmica que as das outras regiões em praticamente todos os setores de atividades Concentra a maior parte da renda nacional

O Brasil tem 23 086 km de fronteiras, sendo 15 719 km de limites terrestres e 7 367 km 6. de limites marítimos Os limites estão definidos predominantemente por características

naturais da paisagem, com a presença de rios (50%), serras (25%) e lagos (5%) Os 20%

restantes das fronteiras foram definidos pelas linhas geográficas, ou seja, pelas coorde-

nadas geográficas: paralelos e meridianos

Porque, ao longo de sua história, as relações comerciais do Brasil ocorreram mais com al-7. guns países europeus, com os Estados Unidos e com o Japão Durante o período colonial,

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58 Manual do Professor

o objetivo econômico primordial do Brasil era remeter as riquezas agrícolas e minerais

que eram obtidas em território brasileiro para a metrópole europeia (Portugal) Após a

Independência e, mais tarde, depois da proclamação da República, o Brasil manteve a

postura de país exportador dessas riquezas para as metrópoles econômicas, inicialmente

da Europa, depois da América do Norte (Estados Unidos) e da Ásia (Japão) Professor, é

importante ressaltar que, atualmente, as trocas comerciais entre o Brasil e os países vi-

zinhos são mais significativas, em virtude da formação dos blocos econômicos regionais

envolvendo países sul-americanos, como o Mercosul

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 80)

8. Essas mudanças atingiram a Região Norte do país Os estados do Pará e do Amazonas, a.

que tinham dois fusos horários, passaram a ter apenas um (o Pará com horário de Brasília

e o Amazonas com uma hora de atraso em relação a Brasília) Além disso, o estado do Acre

passou a pertencer ao fuso que tem uma hora de atraso em relação ao horário de Brasília

Antes o Acre pertencia ao fuso que tinha duas horas de atraso em relação ao horário da

capital do país

Nos estados onde havia dois fusos, as empresas e os cidadãos passaram a não ter mais b.

problemas em realizar encontros e transações bancárias e comerciais, pois passou a exis-

tir um único horário Além disso, os veículos de comunicação não têm mais problemas em

adequar sua programação aos fusos horários no interior de cada estado da nação

9. A ocupação de cidades na floresta para ocupar a região e fazer frente aos inimigos, a cons-a.

trução da Fortaleza de São José, à beira do rio Amazonas, em Macapá, e o abrigo de uma

base militar americana (dos Estados Unidos), durante a Segunda Guerra Mundial, para

vigiar aquela parte do oceano Atlântico

O estado do Amapá localiza-se na Região Norte, que apresenta dificuldades de defesa do b.

seu território em virtude da baixa densidade demográfica

Resposta pessoal Professor, entre os acontecimentos históricos que podem ser citados pe-c.

los alunos, é possível destacar as Guerras Platinas, que envolveram as disputas territoriais

entre Brasil, Argentina e Uruguai, ocorridas no século XIX, pelo domínio da região do rio da

Prata, culminando no reordenamento das fronteiras territoriais entre o Brasil e os demais

países envolvidos, e a disputa entre Brasil e Bolívia pelo território atualmente pertencente

ao Acre, durante a exploração da borracha na Região Amazônica, no início do século XX

10. É a Região Nordeste Resposta pessoal O objetivo desse item é levantar os conhecimentos a.

adquiridos no capítulo e na pesquisa realizada pelos alunos Este pode ser um momento

oportuno para o professor fazer uma avaliação continuada da turma

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Manual do Professor 59

As áreas mais dinâmicas da Região Nordeste são as capitais dos estados: São Luís (MA), b.

Teresina (PI), Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju

(SE) e Salvador (BA), além de alguns polos econômicos regionais, como Petrolina (PE) e

Juazeiro (BA)

Imagem A: divisa do Brasil (Uruguaiana, RS) com a Argentina; imagem B: divisa do Brasil 11. (Foz do Iguaçu, PR) com o Paraguai

ATIVIdAdE FInAL: PESqUISA dE dAdOS E PROdUçãO dE mAPA (P. 83)

Professor, nesta atividade espera-se que os alunos construam um mapa para traba-

lhar com o desenvolvimento regional do Brasil baseando-se na divisão do país em ma-

crorregiões Os itens apresentados pelo IBGE correspondem aos indicadores sociais de

cada região Com base na interpretação de um dos dados desse item, em comum para

todas as regiões, os alunos terão de fazer uma análise do grau de desenvolvimento social

de cada região e elaborar um mapa demonstrando as disparidades regionais existentes

em relação ao dado escolhido

Após a interpretação dos dados e a elaboração do mapa, as dificuldades que surgiram ao

elaborar a representação cartográfica podem ser discutidas com a turma Essa é uma boa

oportunidade para retomar o conceito de representação cartográfica, enfatizando os ele-

mentos que a compõem: título, escala, legenda, orientação e fonte

Para aprimorar o aprendizado sobre regionalização, você pode propor aos alunos a re-

alização de uma atividade lúdica de regionalização da própria turma Para isso, estabeleça

alguns critérios e, de acordo com estes, disponha os alunos na sala Os critérios podem ser

aleatórios, como a cor da roupa ou o corte de cabelo, ou podem ajudar a revelar um perfil so-

ciocultural da sala, como idade, preferências disciplinares, clube de futebol favorito, gênero

musical preferido etc Recomenda-se evitar determinados critérios, por exemplo, desem-

penho escolar, que possam estabelecer ou reforçar rótulos negativos, ou seja, estigmati-

zações, sobre os alunos Ao término da atividade, é importante levar a turma a estabelecer

uma relação entre ela e a regionalização de um país, estado ou município

PROjETO InTERdIScIPLInAR: AGRIcULTURA dE PREcISãO (P. 84)

Professor, essa atividade envolve as disciplinas de Geografia e Química Para que os alu-

nos respondam às questões, devem pesquisar nos livros dessas duas disciplinas e em ou-

tras fontes para complementar suas respostas

Como resposta à primeira parte, os alunos devem explicar que o GPS (Sistema de

Posicionamento Global) identifica tanto a latitude quanto a longitude de um ponto O sistema

é útil na localização de lugares, pessoas, para a navegação aérea e para a marítima, e para

a agricultura Já o SIG (Sistema de Informação Geográfica) possibilita a coleta, o armaze-

namento, a manipulação e a análise de informações georreferenciadas que resultam em

EE_G15GG1_manual.indb 59 21.03.13 11:24:59

60 Manual do Professor

mapas O sensoriamento remoto, sistema de captação de informações por meio de sensores

acoplados a satélites artificiais, permite o mapeamento da superfície terrestre e a interpre-

tação de suas imagens Como conteúdo complementar, indicamos os seguintes links:

Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG): • <http://www idcplp net/ar-

chive/doc/georrefIntroducaoSIG_InesPinto pdf> Acesso em: 7 mar 2013;

Laboratório de estruturas e materiais estruturais (Escola Politécnica da Universidade •

de São Paulo): <http://www lem ep usp br/Pef411/~Caio%20Eduardo%20Aoki%20

Kac/PEF411 htm> Acesso em: 7 mar 2013

Na segunda parte, os alunos devem aferir que a argila presente no solo facilita a retenção

de água, responsável pela dissolução de nutrientes que serão absorvidos pelas plantas Além

disso, a porosidade do solo está associada à proporção de areia, argila e silte Contudo, sua

capacidade de reter nutrientes e água é maior quando há certa proporcionalidade entre areia,

argila e silte Pode-se considerar um solo como argiloso quando ele tem mais de 35% de argi-

la em sua composição (sendo formado por grãos menores que os da areia) Assim, na unidade

agrícola predomina o solo argiloso, mas o excesso de argila dificulta a retenção de água, ar e

nutrientes, visto que são facilmente compactados É preciso arar o solo e aplicar-lhe maiores

quantidades de potássio, para manter sua fertilidade

Sobre o assunto, indicamos os seguintes links:

Geografia – Tipos de solo: • <http://www brasil gov br/sobre/meio-ambiente/geografia/

tipos-de-solo> Acesso em: 7 mar 2013;

Embrapa – Solos: • <http://sistemasdeproducao cnptia embrapa br/FontesHTML/

Algodao/AlgodaoIrrigado/solos htm> Acesso em: 7 mar 2013

Em relação à terceira parte, os alunos podem compor suas respostas baseando-se na ta-

bela periódica O potássio (K) é um metal alcalino presente na família 1A da tabela periódica

Os elementos da família dos metais alcalinos reagem muito facilmente com a água e, quan-

do isso ocorre, formam hidróxidos (substâncias básicas ou alcalinas), liberando hidrogênio

Esses metais também reagem facilmente com o oxigênio, produzindo óxidos São metais de

baixa densidade, moles e altamente eletropositivos e reativos O potássio é fundamental para

o crescimento das plantas, pois está presente na fotossíntese, nos processos de absorção de

água e de outros nutrientes do solo, na divisão celular e nas reações enzimáticas, no meta-

bolismo dos carboidratos e proteínas Assim, plantas que crescem em solos com deficiência

em potássio apresentam menor desenvolvimento e produzem frutos menos suculentos

O fósforo (P) é um não metal pertencente à família 5A da tabela periódica Os elementos

presentes nessa família podem ser isoladores ou semicondutores, ou seja, eles interferem

na condução de eletricidade de um corpo a outro O fósforo é um elemento essencial porque

participa das moléculas de DNA e RNA responsáveis pela transmissão das características

genéticas; ele é indispensável à multiplicação celular Além disso, os compostos de fósforo

são os principais manipuladores de energia nas células vivas O fósforo constitui um elemen-

to básico também para a bioquímica, visto que desempenha uma função essencial tanto no

metabolismo molecular como na regulação entre absorção e liberação energéticas

EE_G15GG1_manual.indb 60 21.03.13 11:25:00

Manual do Professor 61

O potássio e o fosfato figuram entre os mais importantes nutrientes responsáveis pelo

bom desenvolvimento das plantas

Os alunos podem explicar que o pH serve para avaliar as condições de um solo – se este

é ácido, neutro ou alcalino A escala de pH vai do 1 ao 14, sendo 7 a neutralidade, abaixo de

7 a acidez e acima de 7 a alcalinidade Para o desenvolvimento das plantas, a faixa de pH

considerada ideal é de 6,0 a 6,5 Os solos ácidos são um problema para a agricultura, pois

as plantas não se desenvolvem bem em condições de acidez pelo fato de que contam com

pouca disponibilidade de nutrientes, o que torna muito baixa a produtividade das lavouras

No entanto, cada cultivo tem um nível de pH ideal, daí a necessidade de corrigir o solo de

modo a adaptá-lo ao cultivo que estiver sendo realizado, para que a área de plantio não tenha

grandes variações de pH O crescimento e a produção das plantas podem ser afetados tanto

pela acidez como pela alcalinidade, se forem excessivas

Sugestões de fontes:

Embrapa – Correção da acidez do solo:• <http://sistemasdeproducao cnptia embrapa

br/FontesHTML/Feijao/FeijaoVarzeaTropical/correcao_acidez_solo htm> Acesso em:

7 mar 2013;

Experimentação no ensino de Química – pH do solo: • <http://qnesc sbq org br/online/

qnesc31_4/11-EEQ-3808 pdf> Acesso em: 7 mar 2013

EnEm E VESTIBULARES (P. 86)

Alternativa A 1.

Alternativa B 2.

3. A finalidade do Sistema de Posicionamento Global (GPS) é possibilitar a localização precisa a.

de um elemento natural ou artificial na superfície terrestre Os dados com as informações

da localização desse elemento são fornecidos dos satélites aos receptores por meio da

emissão de energia eletromagnética

Ab. latitude é a medida angular entre o Equador (0°) e um ponto qualquer na superfície da

Terra unido perpendicularmente ao centro do planeta Ela varia de 0° a 90° nos hemis-

férios Norte e Sul A longitude é a medida angular formada entre um ponto qualquer e o

meridiano de origem (0°) Ela varia entre 0° a 180° nos hemisférios Ocidental e Oriental

4. 1 – Pará; 2 – Mato Grosso; 3 – Rondônia a.

Os estados do Maranhão (porção oeste) e do Mato Grosso b.

Alternativa A 5.

Alternativa A 6.

EE_G15GG1_manual.indb 61 21.03.13 11:25:00

62 Manual do Professor

Alternativa C 7.

Alternativa B 8.

Alternativa A 9.

Alternativa A 10.

caPítulo 5 – eleMentos da GeoloGia

A Geologia tem como foco o estudo da estrutura interna da Terra, que repercute sobre as

características da crosta terrestre Mas esse estudo não deve ser realizado separadamente

das questões humanas ou sociais, já que as formas da superfície terrestre influenciam o

modo como a humanidade apropria-se do espaço

A estrutura do planeta não é um arranjo estático, mas o resultado de processos dinâmi-

cos que, desde o início da formação do planeta até hoje, promovem contínuas transforma-

ções tanto na estrutura interna da Terra como na configuração de sua superfície Daí advém

a necessidade de promover abordagens que permitam aos alunos, mais do que identificar as

características das camadas internas da Terra, compreender as interações que se estabe-

lecem entre estas e o modo como essa dinâmica leva a alterações nas formas de relevo e à

geração de fenômenos sísmicos e vulcânicos

O conhecimento proporcionado pela ciência geológica possibilita a recomposição de parte

dos eventos que constituíram a evolução da Terra, auxiliando as análises que fundamentam

a ocupação do espaço Os recursos visuais disponíveis no capítulo podem ser utilizados para

promover o reconhecimento dos elementos essenciais à compreensão da dinâmica geológica

do planeta É fundamental destacar principalmente as camadas internas e os deslocamen-

tos das placas tectônicas – cuja origem está relacionada a movimentos cíclicos do material

magmático que pressionam a crosta, a qual se fragmenta em placas postas em movimento

por essa pressão

Também é importante orientar a apreensão das características elementares dos tipos

de rocha, apresentando seus principais processos de formação e transformação Trata-se

de ajudar a desenvolver nos alunos a noção de que esses processos constituem um ciclo e,

portanto, um tipo de rocha pode transformar-se ao longo do tempo em qualquer outro, de-

pendendo das condições a que as rochas forem submetidas

Abertura: atividade complementar (p. 92)

O texto de abertura deste capítulo transmite a ideia de que as pedras (fragmentos de ro-

chas) não são elementos estáticos, atribuindo, poeticamente, “vida” a elas

Sob a perspectiva científica, também é possível afirmar que as rochas são elementos di-1. nâmicos? Justifique sua resposta

EE_G15GG1_manual.indb 62 21.03.13 11:25:00

Manual do Professor 63

Resposta: sim É possível afirmar que as rochas são elementos dinâmicos, pois elas es-

tão em constante (embora lenta) transformação Por meio dos processos que caracterizam

o ciclo das rochas, esses elementos geológicos alteram-se de tempos em tempos em novos

tipos

Transcreva um trecho do poema de Mario Quintana que aluda a uma transformação sofri-2. da pela pedra

Resposta: o segundo verso: “tão lisa de tanto rolar”

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

A ORIGEm dA TERRA – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm FíSIcA (P. 93)

Professor, temas relacionados à Astronomia, como a origem de planetas, sistemas so-

lares e buracos negros, são estudados pela Física, o que abre a possibilidade de integração

entre os conhecimentos debatidos em sala de aula pelas duas disciplinas e a criação de

projetos e trabalhos

AS ERAS GEOLóGIcAS – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm BIOLOGIA (P. 98)

As eras geológicas são divididas de acordo com a evolução de diferentes formas de vida

e as grandes extinções de seres vivos ocorridas no passado Para a Geografia, geralmente

os temas mais trabalhados são os relacionados à formação de recursos naturais e à divisão

continental, mas há a possibilidade de integrar esses conhecimentos à Biologia, o que abre

espaço, por exemplo, para a análise da evolução da vida na Terra e das consequências que

os fenômenos geológicos e climáticos tiveram para os seres vivos

PARA REFLETIR E PESqUISAR – PETRóLEO: ORIGEm E UTILIzAçãO (P. 102)

Os aumentos dos preços do petróleo na década de 1970 estão relacionados à crise do 1. petróleo (choque de preços) causada por conflitos políticos e interesses econômicos dos

grandes países produtores, principalmente do Oriente Médio O Brasil procurou resolver

esta questão criando o programa Pró-Álcool, que obteve relativo sucesso

O mundo está empenhado em encontrar soluções para substituir o petróleo, por causa da 2. preocupação ambiental, da redução dos estoques e da alta dos preços dos combustíveis

fósseis Há um esforço para valorizar as fontes renováveis e menos poluentes de energia

ou ambientalmente limpas, como a eólica ou a solar

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 103)

Geologia é a ciência que estuda a crosta terrestre, ou seja, a camada mais superficial do 1. planeta Essa ciência subdivide-se em ramos de estudo, entre os quais se destacam a

Geomorfologia, a Paleontologia e a Geologia Econômica

EE_G15GG1_manual.indb 63 21.03.13 11:25:00

64 Manual do Professor

A Geomorfologia estuda a dinâmica física da superfície terrestre, ou seja, as transforma-2. ções da crosta decorrentes da ação dos agentes formadores e modeladores do relevo A

Paleontologia estuda a história da Terra por meio da análise dos vestígios geológicos (por

exemplo, um fóssil) presentes nas rochas, buscando reconstituir o passado geológico do

planeta ou de uma região

A concepção mais antiga da origem da Terra é a de que o planeta teve uma origem quente, 3. ou seja, de que tenha surgido de uma quente e extensa esfera gasosa, explicação atribuída

também aos outros planetas do Sistema Solar A concepção cada vez mais aceita atual-

mente é a de que a Terra teve uma origem fria, ou seja, o planeta, como os outros planetas

do Sistema Solar, surgiu de uma nuvem extensa e fria, formada de gás e poeira cósmica

O quadro deve conter as seguintes informações:4.

Camada da Terra Características principais

NúcleoCamada central, composta de elementos metálicos, como níquel e ferro Subdivide-se em núcleo interno (que estaria no estado sólido) e externo (que estaria no estado líquido ou pastoso)

MantoCamada composta basicamente de silicatos ferromagnesianos Apresenta-se pre-dominantemente no estado sólido Subdivide-se em manto superior, que abrange a astenosfera, e manto inferior

Crosta

Camada superficial onde se encontram os nutrientes e minerais necessários ao desenvolvimento da vida no planeta É composta, basicamente, de basalto e gra-nito Identifica-se, em seu interior, as seguintes camadas: litosfera, astenosfera, mesosfera e endosfera

A dinâmica da crosta terrestre é o resultado da ação de forças originárias das camadas 5. interiores do planeta, ou seja, da mesosfera e da endosfera Segundo a teoria da isostasia,

o equilíbrio das estruturas que compõem a crosta terrestre está relacionado à diferença

de densidade entre os materiais de que elas são constituídas

As respostas podem ser variáveis, porém devem atender às divisões existentes na tabela 6. das eras geológicas (p 100)

Os minerais são substâncias de origem orgânica, compostas de um ou mais elementos 7. químicos São encontrados naturalmente na crosta terrestre, na maioria das vezes no es-

tado sólido e no estado cristalino A crosta terrestre contém cerca de 2 500 minerais

As rochas são agregados naturais de um ou mais minerais e estão presentes na crosta 8. terrestre Os principais tipos de rocha são: ígneas ou magmáticas, que se originam do res-

friamento do magma – material fundido, rico em silicatos, proveniente do manto superior;

sedimentares, originárias da agregação de materiais acumulados nas diversas áreas de

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Manual do Professor 65

sedimentação existentes na superfície da Terra; metamórficas, que se originam da trans-

formação de outras rochas (ígneas, sedimentares e até mesmo metamórficas), em virtu-

de, sobretudo, da ação de elevadas temperatura e pressão

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 103)

9. De acordo com o mapa indicado no capítulo, o sul da Europa, onde se localiza a Itália, a.

está próximo ao encontro de três placas tectônicas: a Euro-asiática, a Africana e a

Arábica Os deslocamentos de placas tectônicas determinam a ocorrência de fenô-

menos nas áreas de contato entre elas, como os terremotos Dessa forma, pode-se

inferir que, como a Itália está próxima a várias placas tectônicas, é comum ocorrerem

terremotos no país

Por meio da observação do mapa, pode-se concluir que a brasileira não estava acostu-b.

mada com a ocorrência de terremotos porque o Brasil está localizado na porção central

de uma placa tectônica, a placa Sul-Americana, ou seja, não está situado em uma área de

contato entre placas tectônicas, o que diminui a ocorrência de terremotos Tremores de

elevada intensidade são pouco comuns no Brasil, apesar de suceder grande quantidade de

tremores de baixa intensidade

Os tipos de limite entre as placas tectônicas são: limites divergentes (quando as placas c.

estão se afastando); limites convergentes (quando as placas estão em colisão); limites con-

servativos (deslizes laterais) Entre os principais eventos que ocorrem devido aos contatos

entre as placas, destacam-se: tsunamis, o vulcanismo e o surgimento de ilhas vulcânicas

10. De acordo com a tabela da página 100, a extinção dos dinossauros ocorreu na era Mesozoica, a.

no período Cretáceo Portanto, foi nesse momento que pode ter acontecido a suposta coli-

são do asteroide com a Terra

A nova hipótese revelada na notícia afirma que as verdadeiras causas da extinção dos di-b.

nossauros podem ter sido megaerupções vulcânicas na região que hoje é o planalto do

Decã, no oeste da Índia Essas erupções podem ter liberado no ar grandes quantidades de

gases tóxicos, como ácido clorídrico e dióxido de enxofre, matando tudo o que estivesse em

volta, e provocado alterações climáticas radicais Isso porque o dióxido de enxofre ajuda a

resfriar o planeta, bloqueando a luz solar Esse fenômeno teria acontecido no hemisfério

Norte e no hemisfério Oriental

ATIVIdAdE FInAL: PESqUISA E PROdUçãO dE TEXTO (P. 104)

O trabalho de pesquisa e produção de texto proposto nesta seção busca retomar conceitos

já desenvolvidos em capítulos anteriores e considerar novas informações, contidas neste

capítulo e no próximo É importante orientar os alunos na pesquisa de novas informações,

mesmo que estas sejam aprofundadas posteriormente Além disso, recomendamos enfatizar

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66 Manual do Professor

que os fenômenos aqui retratados, como terremotos e tsunamis, atingem as formas de vida

na Terra nos dias atuais, incluindo a humana Como leitura complementar e apoio para o tra-

balho docente, sugerimos a obra Decifrando a Terra, organizada por Wilson Teixeira O livro

apresenta ilustrações que podem ser trabalhadas em sala de aula

caPítulo 6 – eleMentos da GeoMorfoloGia

A Geomorfologia, ciência que estuda os fenômenos relacionados às formas da superfície

terrestre, ou seja, às formas de relevo, está diretamente ligada à Geologia A Geomorfologia,

ciência que estuda a dinâmica física da superfície terrestre, ou seja, as transformações da

crosta decorrentes da ação dos agentes formadores e modeladores do relevo, está direta-

mente ligada à Geologia

O conhecimento geológico constrói-se por meio da investigação dos processos intrínsecos à

estrutura interna da Terra Os fenômenos decorrentes da estrutura interna da Terra interagem

com aqueles que ocorrem sobre a superfície terrestre, constituindo as formas de relevo

Nesse sentido, é possível trabalhar os capítulos 5 e 6 de maneira integrada, pois, em con-

sonância com alguns objetivos do ensino de Geografia, um pode servir de complemento ao

outro Pode-se conduzir a leitura do capítulo 6 orientando os alunos a reconhecer as dinâmi-

cas interna e externa (incluindo seus principais agentes) relacionadas à formação do relevo

Porém, após essa etapa, é importante promover atividades que exijam dos alunos confrontar

os dois conjuntos de processos e a produção de sínteses que lhes permitam entender me-

lhor a origem das formas da superfície terrestre

Também é recomendável orientar os alunos na realização de pesquisas de imagens com

exemplos de modelagem do relevo, pois é comum que estes pareçam excessivamente abs-

tratos para os alunos, dificultando a apropriação satisfatória da temática Outro aspecto im-

portante refere-se à necessidade de mostrar aos alunos a importância do estudo do relevo

Uma das alternativas para levá-los a encontrar sentido no conhecimento da Geomorfologia

é discutir, com base em exemplos práticos, como as características do relevo influenciam a

ocupação do espaço Nesse âmbito, podem-se explorar as dificuldades que os relevos aci-

dentados impõem à construção de moradias e vias de circulação, por exemplo, obrigando os

seres humanos a desenvolver técnicas de engenharia para viabilizar adaptações que permi-

tam a ocupação dessas áreas

Por fim, ao abordar Geologia e Geomorfologia, é importante considerar sempre o caso

brasileiro Se neste momento o professor achar oportuno mencionar e contextualizar

alguns exemplos do Brasil, pode-se fazer isso fixando um mapa do território brasileiro

na lousa e traçando uma linha demarcatória de determinada região de interesse (pode

ser uma área que envolva o lugar onde os alunos vivem) A partir dessa demarcação, é

interessante tentar identificar, com os estudantes, os tipos de relevo encontrados na

região demarcada

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Manual do Professor 67

Abertura: atividade complementar (p. 106)

A erupção do Vesúvio, no ano de 79, incita à reflexão sobre as dificuldades e riscos que

os vulcões ativos impõem à ocupação humana Explique quais são essas dificuldades e cite

exemplos recentes de eventos geológicos que causaram grande destruição

Resposta: além da topografia acidentada, que dificulta a ocupação humana, os vulcões

ativos podem entrar em erupção a qualquer momento, o que implicaria a emissão de ma-

teriais como gases tóxicos, fumaça, lava e fragmentos rochosos, os quais podem destruir

áreas habitadas, provocar problemas de saúde ou levar à morte os habitantes Como exem-

plos de eventos geológicos, os alunos podem citar tsunamis, emissão de cinzas de vulcões e

grandes terremotos ocorridos recentemente,

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

PARA REFLETIR E PESqUISAR – mAREmOTOS (P. 109)

As consequências podem ser: mortes e desaparecimento de pessoas e perdas materiais, 1. por exemplo, destruição de casas, ruas, carros etc

A ocorrência de 2. tsunamis costuma ser maior em regiões de contato de placas tectônicas A

região demarcada pelo oceano Pacífico apresenta grande número de ocorrências desse tipo

O objetivo da atividade é que os alunos conheçam alguns exemplos de ocorrências de ma-3. remotos e tsunamis no mundo

O SISmóGRAFO E O REGISTRO dOS ABALOS SíSmIcOS – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm

FíSIcA (P. 110)

O tema abre a possibilidade de criar uma relação entre o que é analisado em Geografia,

principalmente a formação e as consequências de um terremoto, e os estudos sobre ondula-

tória Existem diversos filmes e documentários que retratam o fenômeno dos abalos sísmi-

cos, indicamos um que retrata as consequências dos tremores e a possibilidade de um ter-

remoto 10 na escala Richter: Megaterremoto 10, produzido pelo canal The History Channel

PARA OBSERVAR E REFLETIR – RELEVO E cARTA cLInOGRÁFIcA (P. 118)

As porções leste e oeste do território têm mostrado inclinação menor, portanto são mais 1. adequadas para a construção de moradias No que se refere à porção sudeste, embora

seja mais planificada, isso não seria recomendável, em virtude da concentração de afluen-

tes, demarcando área de alagamentos Comente que regiões mais inclinadas do território

(representadas com cores mais quentes e situadas na porção central) podem ser utili-

zadas como Áreas de Proteção Ambiental (APAs) ou unidades de conservação, devido a

serem área de recarga hídrica da bacia

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68 Manual do Professor

Resposta pessoal Neste momento, procure estimular ou mesmo levar os alunos a ca-2. minhar pelo bairro ou pela cidade para que observem, de forma direta, a paisagem e as

formas do relevo O exercício de observação da paisagem é útil para que eles aprendam

quais são as diversas características das paisagens e pensem nas relações existentes en-

tre seus componentes (elementos naturais, como o relevo, e culturais)

Sim Com as informações sobre o relevo do lugar de vivência, podem -se planejar a dis-3. tribuição das moradias e das atividades econômicas, as construções e o modo de vida da

população em geral Áreas muito íngremes, por exemplo, não são adequadas para o es-

tabelecimento de construções, em virtude do risco de desabamentos e deslizamentos Ao

analisar áreas planificadas e mais baixas, é preciso observar se são facilmente alagáveis,

por exemplo

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 119)

As dinâmicas, segundo sua origem, podem ser classificadas em internas (compreendem 1. os fenômenos que ocorrem no interior da Terra, como os movimentos tectônicos, vulcâni-

cos e sísmicos) ou externas (compreendem os fenômenos que acontecem na superfície da

Terra por meio de agentes erosivos, como a água, o gelo e o vento)

Os fenômenos de origem tectônica correspondem às forças que provocam alterações es-2. truturais na camada superficial do planeta, como o levantamento ou o abaixamento (forças

epirogênicas – movimentação vertical) e os dobramentos (forças orogenéticas – movimen-

tação horizontal) dos conjuntos que compõem a crosta terrestre

O aumento de volume de algumas áreas (em virtude da deposição de sedimentos ou do 3. avanço das camadas de gelo) determina o afundamento no substrato fluido da crosta, e

a diminuição do volume (em razão do desgaste físico ou do recuo das camadas de gelo)

determina o levantamento junto ao soerguimento da crosta

Os abalos sísmicos (também conhecidos como terremotos) são tremores, normal-4. mente de curta duração, que ocorrem na crosta terrestre; são percep tíveis quando

apresentam grande magnitude Os tremores de grande intensidade podem causar

deslizamentos de terras e o levantamento ou o rebaixamento de placas, resultando

em grandes tragédias humanas Já o vulcanismo é caracterizado pela ascensão do

magma à superfície terrestre As erupções vulcânicas podem resultar no derrama-

mento de lava e em imensas nuvens negras e tóxicas em torno da região em que tenha

ocorrido o fenômeno

Os agentes de erosão física são: as águas pluviais, as águas fluviais, as águas marinhas, o 5. gelo e os ventos A principal ação química de intemperismo é a decomposição, que ocorre

por agentes biológicos ou por infiltração de água nas rochas

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Manual do Professor 69

O processo de ação química decorre fundamentalmente da infiltração das águas super-6. ficiais (que contêm gases e, portanto, tornam-se mais ácidas e com maior capacidade de

decomposição) nas fissuras das rochas Nas áreas quentes e úmidas, esse processo é

acentuado pelo fato de que, em temperaturas mais altas, a velocidade das reações quími-

cas ocorre de forma mais rápida

Os principais tipos de ação física ou mecânica que atuam sobre as rochas são: águas plu-7. viais (chuvas), cuja ação é variável de acordo com sua composição, o volume das águas e a

inclinação do terreno, entre outros fatores; águas fluviais (dos rios), cuja ação é verificada

pela escavação de leitos e pelo modelado de vertentes; águas marinhas, cuja atuação se

verifica na zona de contato entre os mares e o continente; gelo, cuja ação está localizada

em altas montanhas e em áreas de altas latitudes e que produz escavação mecânica da

superfície na qual desliza; ventos, cuja atividade é mais expressiva em áreas de climas

áridos e semiáridos; as rochas, além de mais fragilizadas, sofrem com o impacto da areia

que é carregada pelo vento

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 119)

Professor, este capítulo proporciona a oportunidade de explorar a questão da interferência

humana na natureza Além disso, pode-se estabelecer uma correlação entre este e os capítulos

anteriores e futuros (vegetação), mencionando o ser humano como agente externo de formação

do relevo

8. É a planície, forma de relevo planificada na qual predominam os processos de sedimenta-a.

ção em relação aos processos de erosão

A alteração do regime hídrico natural, devido às hidrelétricas; a urbanização, que interfere b.

no bioma por meio de obras de infraestrutura como rodovias, barragens, portos e hidro-

vias; e o desmatamento e erosão e sedimentação dos rios, devido ao manejo inadequado e

ao avanço da agropecuária

Instalar usinas hidrelétricas em regiões de planícies não é recomendável, porque, além c.

de causar forte impacto ambiental pelo alagamento de extensas áreas, em uma área

com pouca inclinação a água represada não chegará com força às turbinas, o que gerará

pouca energia

9. A erosão hídrica causa empobrecimento do solo em razão da remoção de nutrientes a.

ou da remoção de parte do solo pelas enxurradas Em consequência, a capacidade

produtiva diminui

Uma área semelhante à descrita no texto pode apresentar relevo de planalto ou de de-b.

pressão, pois neles predominam os processos erosivos em relação aos processos de

sedimentação

EE_G15GG1_manual.indb 69 21.03.13 11:25:00

70 Manual do Professor

A cobertura vegetal protege o solo contra a erosão e ajuda-o a fixar-se Numa área íngre-c.

me, o ser humano pode atuar positivamente cobrindo o solo com algum tipo de vegetação

que forneça proteção contra os efeitos das chuvas e para diminuir a remoção de partículas

para locais de menor altitude A foto da página 117 relaciona-se ao assunto

ATIVIdAdE FInAL: mOnTAndO Um GLOSSÁRIO (P. 121)

Professor, a atividade proposta visa permitir que os alunos encontrem o significado de

termos geológicos, geomorfológicos e geográficos com os quais eles usualmente entrarão

em contato em seus estudos de Geografia Caso os alunos encontrem dificuldades para re-

alizar a atividade, selecione inicialmente alguns termos que tenham sido utilizados em sala

de aula e no capítulo, como “vulcanismo”, “abalos sísmicos” e referentes a tipos de rocha

(“magmática”, “sedimentar” e “metafórmica”), para que os alunos tenham um primeiro con-

tato com o site indicado e aprendam melhor como procurar as palavras, e a partir daí bus-

quem outros termos que considerem importantes e em fontes diversificadas

caPítulo 7 – GeoloGia e GeoMorfoloGia do brasil

O capítulo pode ser iniciado por um reconhecimento das estruturas geológicas, enfa-

tizando os tipos de rocha e a gênese de cada formação, que implica diversos fatores: as

bacias sedimentares são formadas pela acumulação e pela compactação de sedimentos; os

escudos cristalinos resultam de intensos processos erosivos em formações rochosas muito

antigas; já os dobramentos modernos são formações recentes geradas pelo enrugamento

de camadas da crosta terrestre devido ao choque de placas tectônicas

As rochas são componentes elementares das estruturas geológicas, portanto, o estu-

do de seu processo de formação e transformação deve ser feito de modo indissociável do

processo de formação das unidades geológicas A abordagem do ciclo das rochas permite

perceber que as características da composição da litosfera não são estáticas, pois as rochas

transformam-se com o passar do tempo Desse modo, é possível ainda levar os alunos a

perceber que essa dinâmica também está relacionada às transformações nas estruturas

geológicas e, consequentemente, nas formas de relevo

A sismicidade é um dos fenômenos ligados à estrutura geológica que mais desperta a aten-

ção da população em geral, assim, além da própria pertinência do tema, sua abordagem contri-

bui para ampliar o interesse dos alunos pelo conteúdo de todo o capítulo Além das informações

do capítulo, é importante que eles sejam incentivados a pesquisar notícias e artigos jornalísticos

referentes a ocorrências de terremotos Você pode promover a leitura coletiva desses materiais

O trabalho com a classificação do relevo brasileiro deve propiciar aos alunos a identifica-

ção de elementos que permitam reconhecer os diferentes tipos de relevo, como os proces-

sos de formação (gênese), morfologia, estrutura geológica e topografia Para tornar mais

concreta a identificação dos tipos de relevo, é recomendável utilizar imagens representando

paisagens brasileiras em que se destaquem formações típicas

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Manual do Professor 71

Os deslizamentos de terra são fenômenos muito frequentes em diversas regiões brasilei-

ras A abordagem desse tema no boxe localizado na página 133 possibilita aos alunos refletir

sobre a relação entre as características do terreno e a ocupação humana, ou seja, entre as

dinâmicas sociais e naturais Podem-se promover debates sobre o tema, explorando princi-

palmente suas causas e medidas de contenção

Abertura: atividade complementar (p.122)

O texto de abertura do capítulo trabalha a questão dos terremotos no Brasil, já que o país,

apesar de estar localizado na porção central da placa Sul-americana, não está completa-

mente a salvo dos tremores de terra Uma possibilidade de aprofundamento dessa temática

é a pesquisa dos últimos terremotos que ocorreram no país e das consequências desses

tremores Oriente os alunos a pesquisarem sobre o tema em sites de notícias e de busca,

pois informações sobre este são facilmente encontradas na internet Posteriormente, peça

que apresentem, em sala de aula, o que tiverem encontrado

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

O cIcLO dAS ROchAS – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm qUímIcA (P. 124)

A análise dos tipos de rochas envolvem a apreciação de uma série de propriedades quí-

micas, abrindo a possibilidade de associar os conhecimentos transmitidos pela Geografia no

estudo geológico com a análise dos minerais e rochas feitos pela Química

PARA LER E PESqUISAR – OS PLAnALTOS BRASILEIROS E SUAS FORmAS dE RELEVO

(P. 130)

Resposta pessoal Professor, espera-se que os alunos apresentem formações de relevo

de diferentes regiões do país a fim de proporcionar uma apreciação da diversidade geomor-

fológica brasileira Comente com a classe a respeito da estrutura geológica presente nos

relevos específicos apresentados e a interferência desta estrutura para configuração das

formas

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 134)

1.

Tipo de estrutura geológica Características

Escudos cristalinos Correspondem às províncias geológicas formadas de rochas cristalinas, como o granito e o gnaisse, a maioria de origem Pré-Cambriana

Bacias sedimentaresCorrespondem às províncias constituídas por rochas sedimentares, como o arenito e a argila, formadas principalmente nas eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica

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72 Manual do Professor

Dobramentos modernos

Correspondem às cadeias montanhosas formadas na era Cenozoica, como a cordilheira dos Andes, na América do Sul; as Montanhas Rochosas, na América do Norte; a cadeia dos Alpes, na Europa; e a cor-dilheira do Himalaia, na Ásia

Os escudos cristalinos ocorrem em 36% do território do país Neles são encontradas ja-2. zidas minerais, principalmente de ferro e manganês, como as localizadas na serra dos

Carajás, no Pará, e no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais Os terrenos sedimentares

ocorrem em 58% do território brasileiro (excluindo os terrenos vulcânicos) Neles são en-

contradas as jazidas de carvão mineral, localizadas, em sua maior parte, nos estados do

Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, e as de petróleo, situadas predominantemente na

bacia sedimentar litorânea de Campos

Com a exposição da rocha matriz, os agentes erosivos, como a chuva, o vento, o Sol e os 3. micro-organismos, desgastam a rocha e provocam seu esfacelamento Por causa disso,

o solo fica mais espesso e surgem outros vegetais e pequenos animais Em seguida, ve-

getais maiores colonizam o ambiente, protegidos pela sombra de outros Esse processo

continua até atingir o equilíbrio, determinando a paisagem local

As plantas reduzem o impacto das chuvas e diminuem a velocidade da água através das 4. copas das árvores e das raízes As folhas caídas também agem como cobertura para o

solo, pois contribuem para a diminuição da ação da água na superfície

A sismicidade brasileira, em comparação com a da porção ocidental da América do Sul, 5. é modesta Isso ocorre principalmente porque o Brasil se localiza no centro da placa tec-

tônica sul-americana, caracterizada por ser uma área de baixa ocorrência sísmica e vul-

cânica Porém, isso não significa que o país esteja livre da ocorrência de abalos sísmicos

e terremotos, pois algumas partes do território apresentam falhas geológicas que podem

resultar em tremores de terra No Brasil, os tremores de terra registrados ocorreram em

áreas pouco habitadas ou até desabitadas e não causaram grandes prejuízos econômicos

nem vítimas fatais, exceto no caso da comunidade rural de Caraíbas, em 2007

Aroldo Azevedo foi o responsável pela primeira classificação do relevo brasileiro, na déca-6. da de 1940, adotando o nível altimétrico como referência; as áreas acima de 200 m foram

consideradas planaltos, e aquelas abaixo dessa cota, planícies No final da década de 1950,

o professor Aziz Ab’Sáber apresentou uma nova classificação, utilizando como critério o

tipo de alteração dominante na superfície: os planaltos seriam superfícies aplainadas,

com predomínio de processos erosivos; as planícies seriam caracterizadas pelo predomí-

nio de processos de sedimentação

A classificação atual foi elaborada pelo professor Jurandyr Ross, que, baseado em ima-

gens dos radares do projeto Radambrasil, associou três tipos de informações: os proces-

sos de erosão/sedimentação, o nível altimétrico e a base geológica e estrutural do terreno

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Manual do Professor 73

Nessa configuração, os planaltos definem-se como superfícies irregulares, de altitudes

superiores a 300 m e originadas pela erosão das rochas cristalinas ou sedimentares; as

depressões são constituídas de superfícies mais planas, com altitudes entre 100 m e 500

m, resultantes de processos erosivos; e as planícies são superfícies muito planas, forma-

das pelo acúmulo de sedimentos de origem fluvial, marinha ou lacustre

7. Macrorregião Características

Norte Domínio das terras baixas, com planícies que ocupam estreitas faixas de terra ao longo dos rios e algumas depressões e planaltos sedimentares de baixa altitude

Centro-Oeste

Domínio de unidades de relevo em forma tabular, mais conhecidas como chapadas A sudoeste da região localiza-se a mais típica planície brasileira, a do Pantanal mato-grossense

Nordeste

Predomínio de formações planálticas sedimentares na porção ocidental e de formações planálticas pré-cambrianas na porção oriental Entre essas duas for-mações, observa-se a presença de algumas depressões que acompanham o vale médio do rio São Francisco Há também uma estreita faixa de terras de planícies litorâneas, que se estende por toda a costa nordestina

SulDomínio das médias e baixas atitudes (entre cerca de 600 m e 800 m), com exce-ção da faixa atlântica, que atinge marcas superiores a 1 000 m A maior parte da região é caracterizada por um relevo de formação tipicamente sedimentar

Sudeste

Dominado por um conjunto de terrenos elevados, onde a metade das terras situa-se acima de 500 m de altitude e 10% acima de 1 000 m, tornando a área conhecida como região das terras altas Ocorrência de domínios com topografia acidentada (serras e escarpas) na porção oriental

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 134)

8. Resposta pessoal Professor, solicite que os alunos comparem o mapa da classificação a.

do relevo brasileiro proposta por Jurandyr Ross com o mapa político do Brasil, para que

possam localizar com mais precisão as unidades do relevo existentes no estado em que

vivem

Resposta pessoal Professor, tendo os alunos apresentado as formas de relevo presente b.

em seu estado, você pode pedir para que pesquisem algumas imagens que retratem as

paisagens essas unidades de relevo

9. A ocorrência de um terremoto é considerada uma surpresa para parte da população, pois a.

esse fenômeno ocorre com baixa frequência no Brasil, já que o país está situado no meio

da placa tectônica Sul-americana

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74 Manual do Professor

Depende da magnitude do tremor de terra e das características das áreas de ocorrên-b.

cia, pois, se o epicentro se der numa área densamente habitada, os danos serão maiores

que se ocorrer nas áreas com poucas construções e com baixa densidade populacional

Professor, você pode ressaltar que, nos países desenvolvidos, onde os terremotos costu-

mam ocorrer com certa frequência, as medidas de prevenção contra os danos provocados

pelos tremores de terra salvam milhares de vidas todos os anos Construções adaptadas

aos tremores e frequentes treinamentos de evacuação evitam danos sociais e econômicos

de grandes proporções É interessante ressaltar que o Brasil não dispõe dessas medidas

devido às baixas ocorrência e intensidade desse tipo de fenômeno em seu território

Professor, esta questão pode ser trabalhada em conjunto com o professor de Física, que 10. pode explicar o funcionamento de uma usina hidrelétrica

É o planalto, pois, por causa das diferenças altimétricas existentes em parte considerável a.

das áreas planálticas, a velocidade das águas dos rios, responsáveis por girar as turbinas

da usina, é maior, o que propicia mais geração de energia elétrica

A forma de relevo menos interessante para construir uma usina hidrelétrica é a de planície, b.

pois o predomínio de baixas altitudes e áreas planas faz que a velocidade de escoamento

da água seja baixa, implicando a geração de pouca energia e prejuízos econômicos Muitas

vezes, o problema é compensado pela maior quantidade de água represada Porém, nes-

sas condições de relevo, isso significa o alagamento de uma área muito extensa, cuja flora

fica completamente coberta, desaparecendo, e muitos animais morrem ou são obrigados

a deslocar-se de seu hábitat natural

ATIVIdAdE FInAL: PESqUISA E TRABALhO dE cAmPO (P. 136)

Professor, nesta atividade, procure desenvolver com a turma a correlação entre o solo/

demais características do meio e a ação humana sobre o local O texto apresentado funcio-

na apenas como um modelo simplificado para que os alunos compreendam o processo de

coleta, análise e classificação dos horizontes do solo O objetivo da atividade é que os alunos

apreendam melhor as principais características de um tipo de solo Indicamos como suges-

tão de leitura:

Manual técnico de pedologia, do IBGE: Disponível em: • <ftp://geoftp ibge gov br/docu-

mentos/recursos_naturais/manuais_tecnicos/manual_tecnico_pedologia pdf> Acesso

em: 11 mar 2013

Nesse manual constam informações sobre como classificar os solos quanto à textura, ri-

gidez, coloração, granulometria e a outros aspectos Se for possível, no período de aula, saia

com os alunos a campo para o recolhimento do material Depois, em sala de aula, oriente-os

a analisar as amostras coletadas Se for mais conveniente, proponha uma saída a campo por

grupos de alunos fora do período de aula

Para o êxito da atividade, recomenda-se ainda observar as seguintes orientações:

se possível, acompanhe os alunos na atividade de campo, para auxiliá-los ao longo do •

processo;

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Manual do Professor 75

ressalte que os solos escuros nem sempre indicam alto teor de matéria orgânica e •

grande fertilidade;

aborde o fato de que os solos argilosos são menos suscetíveis à erosão do que os so-•

los arenosos e os siltosos Eles também têm maior capacidade de retenção de água

do que os arenosos Já os solos com maior teor de silte estão numa situação interme-

diária entre os argilosos e os arenosos;

destaque o fato de que a presença de atividade biológica e vegetação indica a existên-•

cia de matéria orgânica no solo, o que aumenta seu teor de fertilidade Quanto maior

a espessura da camada de matéria orgânica existente, maior é a possibilidade de o

solo apresentar alta fertilidade Ressalte também o fato de que a presença de detritos

não orgânicos, como entulhos, lixo não degradável e outros objetos, demonstra o grau

de alteração do solo decorrente da ação antrópica A presença de construções nas

proximidades da área de coleta implica, geralmente, alteração da composição original

do solo Você também pode acrescentar que a existência de muitos fragmentos de

rochas de tamanhos diferenciados ocasiona maiores dificuldades de uso do solo para

atividades agrícolas

PROjETO InTERdIScIPLInAR: EROSãO dO SOLO (P. 139)

Nesse projeto, as matérias envolvidas com Geografia são Química, Física, Biologia,

Sociologia e Língua Portuguesa

Antes de iniciar a atividade, oriente os alunos acerca do processo de pesquisa, esclarecen-

do os procedimentos necessários a cada etapa do processo (levantamento de informações,

análise e síntese) Utilize como exemplo um texto acadêmico, relatórios ou publicações de

órgãos oficiais ou até mesmo um livro, para demonstrar a diversidade de fontes utilizadas e

o trabalho de seleção, análise e síntese de informações realizadas pelos autores, ressaltan-

do a diferença entre copiar trechos de um documento e elaborar um texto próprio baseado

em informações retiradas de diversos documentos Caso necessário, demonstre as técnicas

de redação abordadas na disciplina de Língua Portuguesa, destacadamente a paráfrase

Grupo 1 – Erosão do solo

O conteúdo sobre erosão e os agentes que atuam no processo podem ser baseados no

livro e aprofundado com pesquisa realizada pelos alunos

Os fatores que influenciam o escoamento superficial são: a densidade e a velocidade do

escoamento, a espessura da lâmina d’água, da inclinação e comprimento da vertente, e a

presença de vegetação Dessa forma, quanto maior o volume d’água, a inclinação da vertente

e o seu comprimento, maior será a velocidade da massa d’água e, consequentemente, maior

a energia cinética Energia cinética é a energia relacionada à movimentação dos corpos, ou

seja, é a energia que um corpo possui em virtude de estar em movimento A vegetação tam-

bém representa rugosidades na superfície por onde a água escoa, aumentando a força de

atrito e causando menor velocidade, que por sua vez possibilita maior índice de infiltração da

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76 Manual do Professor

água no solo Portanto, a menor presença de vegetação diminui a força de atrito, possibili-

tando maior velocidade no escoamento superficial e maior intensidade do processo erosivo

A energia é utilizada para realizar trabalho, que corresponde à força aplicada a um corpo

causando seu deslocamento Se não houver deslocamento, não há trabalho Dessa forma

há uma energia que atua na massa d’água para que esta se desloque, ou melhor, realize

trabalho Essa energia é definida como energia potencial gravitacional A atração da água

pela gravidade do interior da Terra faz com que ela realize trabalho, transformando a energia

potencial gravitacional em energia cinética

Os solos mais propícios à erosão são os arenosos, sobretudo os finos, secos, ácidos, pouco

coesos, coluviais (sujeitos ao deslocamento de sedimentos pela ação da gravidade) e porosos

Em áreas urbanas, as principais técnicas de prevenção dos processos erosivos incluem

o uso e ocupação do solo de forma adequada e obras de proteção e drenagem das águas

superficiais para minimizar os efeitos da erosão

Em áreas rurais, áreas com declividade maior que 40% não devem ser destinadas ao

uso agrícola; nos demais casos, o plantio deve ser feito paralelamente às curvas de nível

Recomenda-se a utilização de adubos naturais, o plantio direto para que o solo não fique

exposto, a rotação de culturas, o terraceamento, a construção de canais de desvio das águas

superficiais, de canais dissipadores de energia, de barreiras de vegetação ou de pedra, bem

como a revegetação do local Tais procedimentos tem o objetivo de diminuir a energia ciné-

tica presente no deslocamento das águas superficiais, possibilitando maior infiltração desta

no solo e minimizando os processos erosivos

Grupo 2 – Erosão pluvial

A erosão laminar caracteriza-se pelo deslocamento uniforme e suave de sedimentos em

toda a extensão de uma superfície sujeita ao agente erosivo A matéria orgânica e as partí-

culas de argila são as primeiras porções do solo a se desprenderem, sendo as partes mais

ricas e com maiores quantidades de nutrientes para as plantas Apesar de ser de difícil

observação, a erosão laminar pode ser constatada pela diminuição na produtividade das cul-

turas agrícolas, pelo aparecimento de raízes ou mesmo marcas no caule das plantas, onde o

solo tenha sido arrastado A erosão laminar está associada a terrenos de baixa declividade,

com baixa energia cinética e leve processo erosivo

Os sulcos são numerosos canais que se originam de forma aleatória nas superfícies incli-

nadas em decorrência do escoamento superficial de água, apresentando poucos centímetros

de profundidade As ravinas correspondem ao canal de escoamento pluvial concentrado,

apresentando erosão com traçado bem definido, podendo atingir alguns metros de profun-

didade Quanto maior a inclinação da vertente, maior será a velocidade da água e a energia

cinética envolvida, levando à intensificação do processo erosivo

Voçoroca é o estágio mais avançado de erosão acelerada, que corresponde à passagem

gradual da água, durante o processo de ravinamento, até atingir o lençol freático Diversos

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Manual do Professor 77

processos estão presentes na voçoroca, entre eles os relacionados com o escoamento

pluvial (lavagem superficial e formação de sulcos), a erosão interna do solo, os solapa-

mentos (afundamento do solo) e os escorregamentos dos solos, além da erosão feita

pela água do escoamento pluvial No interior da voçoroca há surgências d’água, ou seja,

o surgimento de nascentes devido ao afloramento do lençol freático As voçorocas estão

relacionadas a terrenos de alta declividade ou áreas com manejo de solo impróprio, já

que ambos facilitam a intensificação do escoamento superficial por canalizar e concen-

trar os fluxos de água, aumentando sua energia cinética e sua capacidade de deslocar

sedimentos

A erosão por embate/salpicamento ocorre quando o impacto das águas da chuva desa-

grega o solo em partículas mais finas capazes de serem arrastadas pelo escoamento super-

ficial A desagregação e o transporte dessas partículas para jusante ocorrem por causa da

intensidade da precipitação e da coesão do solo

Alguns elementos contribuem para a geração de sulcos erosivos, entre eles as trilhas

(especialmente as de gado) e as estradas de acesso, a concentração de águas pluviais, os lo-

cais submetidos ao manejo agrícola impróprio, a remoção de cobertura vegetal etc Chuvas

intensas e/ou prolongadas podem provocar deslizamentos/escorregamentos de terra, que

ocorrem quando a água, ao penetrar no solo, funciona como um lubrificante entre suas par-

tículas, facilitando o deslizamento de grandes massas de solo em áreas inclinadas

Os movimentos de massa envolvem a descida, pela encosta de montanhas, serras e mor-

ros, de materiais como solo, rocha, detritos, lama, vegetação, gerada pela ação da gravidade

em terrenos inclinados

As encostas são formadas por materiais inconsolidados (solo), estabilizados pelo atrito

entre as partículas, que dificultam seu deslocamento Os escorregamentos e deslizamentos

ocorrem quando o atrito interno é vencido pela força gravitacional (responsável pelo deslo-

camento dos materiais inconsolidados para áreas de menor altitude) A diminuição do atrito

entre as partículas é causada principalmente pelo acúmulo de água na massa de terra, pois

a saturação do solo por água aumenta o peso do material e funciona como um lubrificante,

facilitando o deslocamento do solo encosta abaixo

Entre os agentes naturais capazes de desencadear movimentos de massa destacam-se:

abalos provocados por terremotos e erupções vulcânicas, capazes de desestabilizar os ter-

renos; fusão do gelo e das neves; impacto causado por ondas do tipo tsunami; ação de ventos

fortes como tufões e furacões; erosão e intemperismo, que atuam incessantemente sobre o

solo e as rochas, sendo capazes de romper o equilíbrio das encostas; chuvas intensas e/ou

prolongadas

Quando o homem retira a cobertura vegetal e/ou promove algum tipo de modificação nas

encostas, como ocupação irregular, cortes e aterros, ele pode desestabilizar o terreno e

provocar movimentos de massa induzidos, como escorregamento de solo e queda de blocos

de rocha

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78 Manual do Professor

Grupo 3 – Erosão fluvial

Os alunos podem consultar o livro para explicar o que é a erosão fluvial Eles devem res-

saltar que, nesse processo, quanto maior for a velocidade da água, maior será a dimensão

das partículas de areia, das pedras e dos outros materiais transportados pelas águas e, por-

tanto, maiores serão os efeitos da erosão nas paredes e no leito do rio Nos rios que descem

de regiões montanhosas, a água escoa com maior velocidade e o processo erosivo é mais

intenso, principalmente durante o período das cheias ou enchentes, ou quando ocorrem en-

xurradas Esta é uma das razões para não se construir próximo às margens dos rios ou nas

áreas de várzea

O curso superior do rio compreende a nascente e o trecho de relevo mais inclinado, geral-

mente formado por rochas expostas na superfície e escassa formação vegetal Nesse trecho

o poder erosivo e de transporte de materiais é muito intenso, pois a inclinação do terreno

possibilita maior velocidade do curso d’água e, consequentemente, maior a energia cinética

Energia cinética é a energia relacionada à movimentação dos corpos, ou seja, é a energia

que um corpo possui em virtude de estar em movimento Se as rochas do terreno são muito

resistentes, o rio circula por elas, formando quedas de água, gargantas ou desfiladeiros, o

que propicia que a velocidade da água aumente ainda mais A menor presença de vegetação

de solos espessos diminui a força de atrito da água com a superfície, possibilitando maior

velocidade no escoamento superficial e maior intensidade do processo erosivo A energia é

utilizada para realizar trabalho, que por sua vez corresponde à força aplicada a um corpo

que causa o seu deslocamento Se não houver deslocamento, não há trabalho Dessa forma,

há uma energia que atua na massa d’água para que esta se desloque, ou melhor, realize

trabalho Essa energia é definida como energia potencial gravitacional A atração da água

pela gravidade do interior da Terra faz com que ela realize trabalho, transformando a energia

potencial gravitacional em energia cinética, ou seja, em movimento

No curso médio do rio, a diminuição da declividade leva à diminuição da velocidade do flu-

xo d’água e de sua capacidade de transportar sedimentos mais pesados, que começam a ser

depositados Na época das cheias, o rio transborda, depositando nas várzeas grande quanti-

dade de sedimentos Nessas regiões formam-se grandes planícies sedimentares, onde o rio

descreve amplas curvas chamadas meandros

O curso inferior do rio corresponde às zonas mais próximas de sua foz/desembocadu-

ra A inclinação do terreno torna-se quase nula e há pouquíssima erosão e quase nenhum

transporte A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir nela acumulações que

dificultem a saída da água No primeiro caso, a foz do rio recebe o nome de estuário e no

segundo, formam-se os deltas

Mesmo nos rios que correm por áreas planas, a própria dinâmica fluvial, com a subida do

nível da água durante as cheias ou enchentes e a descida da água durante a vazante, provoca

a erosão das margens, dando origem ao processo conhecido por “terras caídas” O processo

acontece porque a corrente de água escava a base do barranco (talude) na margem do rio,

desestabilizando o terreno, que desliza para dentro do rio

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Manual do Professor 79

Quando há excesso de sedimentos depositados no leito do rio ocorre o assoreamento Os

leitos dos rios ficam entulhados de sedimentos, que dificultam o escoamento d’água, por

isso se tornam cada vez mais rasos e transbordam mais facilmente durante as cheias Como

resultado, ocorrem cheias e inundações, que atingem frequentemente as classes sociais

mais baixas, segundo o nível de renda, que residem em áreas de várzea ou áreas ribeirinhas

As principais consequências socioeconômicas são as perdas materiais (residências, móveis

e outros bens pessoais), a destruição de infraestruturas urbanas e rurais (pontes, estradas,

prédios públicos etc ), a destruição de plantações, a morte e o desaparecimento de pessoas

e de animais

Grupo 4 – Erosão marinha costeira

A água do mar provoca erosão através da ação das ondas, das correntes marítimas, das

marés e das correntes de turbidez O mar fica batendo dia e noite nas rochas do litoral e do

fundo do oceano, provocando o seu desgaste, por abrasão (atrito causado entre as partículas

em suspensão – silte e areia – na água e as rochas presentes na costa) É esse processo que

dá origem à areia da praia O desgaste da ação da água também é mecânico, pois as ondas

também atiram rochas de diversos tamanhos contra os paredões rochosos litorâneos, e o

choque resultante causa fraturas em tais paredões (falésias)

Embora os principais agentes da erosão marinha sejam as ondas e as correntes, a água

do mar também atua no processo erosivo, dissolvendo rochas como os calcários, podendo

formar grutas marinhas As rochas são formadas por diversos tipos de minerais, sendo que

alguns podem ser solúveis em água Dessa forma, a água do mar pode atuar como solvente,

causando a dissolução desses minerais, que geram interstícios/fissuras na rocha, facilitan-

do sua desagregação em partículas menores Trata-se do intemperismo químico

A erosão marinha resulta de:

alterações nos padrões de dispersão e transporte de sedimentos na zona costeira, rela- •

cionado ao balanço de sedimentos na zona costeira, ou seja, a diferença entre créditos

e débitos de sedimentos; assim, se para um determinado trecho da linha de costa o

balanço de sedimentos é positivo, a linha de costa avança mar adentro, se esse balanço

é negativo, a linha de costa recua em direção ao continente, e, se o balanço é zero, a

posição da linha de costa se mantém fixa;

intervenções humanas na zona costeira, capazes de induzir ou potencializar os processos •

de degradação dessa área, entre as quais podemos citar: ocupação de áreas muito próxi-

mas ao mar, normalmente sujeitas à oscilação das marés ou à ação das ondas, principal-

mente durante o período de ressacas, intensificando a erosão; despejo de esgoto e águas

pluviais, que podem resultar na formação de ravinas e sulcos que vão se ampliando cada

vez mais; retirada da vegetação costeira que protege as praias e fixa as dunas; desma-

tamentos e retirada da mata ciliar ao longo dos rios, que contribuem para o aumento da

erosão e da quantidade de sedimentos que chegam à foz dos rios, formando bancos de

areia que modificam a direção das ondas e as correntes marítimas; construção de portos,

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80 Manual do Professor

que podem provocar mudanças na direção das ondas e correntes marítimas que vão ero-

dir outras áreas do litoral, contribuindo para diminuição da faixa de praia;

possível subida do nível relativo do mar •

Para conter o avanço da erosão marinha, as técnicas mais utilizadas são a construção de

muros e espigões nas áreas criticamente atingidas e o engordamento de praia (adição de

grandes volumes de areia provenientes de outros lugares para aumentar a faixa de areia na

linha de costa) No entanto, tais técnicas são onerosas e não resolvem o problema

Para áreas ainda não ocupadas, a solução mais adequada seria o disciplinamento do uso

do solo, com o estabelecimento de faixas de recuo

A erosão marinha é responsável pela formação de sedimentos, que juntamente com

aqueles produzidos no interior do continente e transportados pelas redes hidrográficas ao

mar, são deslocados e depositados pela atuação das correntes marítimas

Se um banco de areia se depositar entre a costa e uma ilha costeira, esta poderá unir-se

ao continente, formando então um tômbolo Caso um banco de areia se deposite de modo

paralelo à linha da costa, fechando uma praia ou enseada, poderá formar uma restinga e

uma lagoa litorânea

Os recifes podem ser: de sedimentos, quando formados pelo acúmulo de sedimentos

próximo ao litoral; ou de corais, quando formado pela superposição de esqueletos calcários

de organismos do filo Cnidária (águas vivas e anêmonas, que servem de substrato para um

grande número de outros organismos que nesse local se desenvolvem em razão dos dife-

rentes micro-habitats que se formam, conferindo-lhe elevados índices de biodiversidade e,

consequentemente, elevada produção biológica)

Os recifes, restingas e tômbolos fazem parte dos ecossistemas costeiros e de ou-

tros ambientes importantes do ponto de vista ecológico, todos apresentando diferentes

espécies animais e vegetais, em razão das diferenças climáticas e geológicas da costa

brasileira

Grupo 5 – Erosão glacial

A erosão glacial por abrasão ocorre quando partículas incorporadas na base de gelei-

ras são transportadas sob intensa pressão contra a superfície rochosa Os detritos agem

como ferramentas abrasivas, gerando superfícies com diferentes formas indicativas de flu-

xo, como estrias glaciais, sulcos e cristas A maior parte da abrasão é produzida pelos frag-

mentos de rochas presentes na base do bloco de gelo, e não pela ação direta do gelo, visto

que este apresenta baixa dureza A abrasão promove o riscamento e a remoção de partículas

da superfície rochosa, de acordo com a velocidade do deslocamento da massa de gelo e da

disponibilidade de fragmentos rochosos em sua base

A erosão glacial por remoção relaciona-se à remoção de fragmentos rochosos maiores

com o deslocamento de massas de gelo, que, embora se movimentem muito lentamente,

têm uma enorme capacidade de transporte, podendo carregar blocos de rocha que se sol-

tam ao longo do caminho, que podem atingir o tamanho de uma casa

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Manual do Professor 81

Há duas formas de erosão glacial por degelo: mecânica: ocorre quando a água acumu-

lada nas cavidades das rochas durante o verão congela com a chegado do inverno, sofren-

do dilatação; isso pressiona as paredes dos poros, rompendo a rocha e, como a cada ano

o processo se repete, a rocha aos poucos se desagrega; química: ocorre quando a água de

degelo solubiliza e carrega os minerais solúveis presentes na rocha, gerando interstícios/

fissuras na rocha e facilitando sua desagregação em partículas menores; trata-se do in-

temperismo químico

Quando derretem, as geleiras formam depósitos sedimentares muito heterogêneos, cha-

mados de morenas ou morainas, localizadas nos arredores das geleiras

Os fiordes são corredores estreitos e profundos numa costa alta, formados pela erosão

glacial em eras geológicas passadas e atualmente submerso, invadido pelo mar Fiordes

podem ser encontrados ao longo da costa da Noruega, na Islândia, na Groelândia, nas costas

sul e oeste do Alasca e no sul do Chile, por exemplo

As marcas na superfície rochosa causadas pela erosão glacial por remoção e por abrasão

são utilizadas para indicar as áreas que estavam cobertas por geleiras em eras geológicas

passadas, e a direção das marcas deixadas pelo deslocamento dos blocos de gelo indicam

que antigamente a disposição dos continentes era diferente da atual, já que, quando os conti-

nentes são encaixados, marcas atualmente encontradas em diferentes porções da superfície

da Terra apresentam certa semelhança e continuidade, indicando que tais porções estavam

unidas em épocas remotas

Grupo 6 – Erosão eólica

A partir da definição do livro, os alunos devem desenvolver o conteúdo, abordando os ou-

tros aspectos pedidos no projeto

O transporte das partículas, pela erosão eólica, é influenciado pelo seu tamanho, pela

velocidade do vento e pela distância a percorrer A deposição do sedimento ocorre quando a

força da gravidade é maior que a força de sustentação das partículas no ar

Os grãos de areia variam de tamanho, de muito finos (0,125 mm) a muito grossos (2 mm)

Quanto maior a partícula de areia, menor será seu deslocamento, pois as partículas apre-

sentam resistência ao vento de acordo com seu tamanho, que influi no seu peso Os grãos de

areia podem ser levados por arrastamento, por suspensão e por saltação

O deslocamento por suspensão ocorre quando as partículas menores permanecem sus-

pensas por longos períodos de tempo em razão do fluxo de ar turbulento e da velocidade da

massa de ar, sendo transportadas a longas distâncias e formando grandes depósitos areno-

sos, chamados de loess, e tempestades de areia

Quando as partículas em suspensão são depositadas, pode ocorrer a colisão com grãos

presentes na superfície, promovendo o deslocamento destes por pequenos saltos O movi-

mento da areia por esse processo é denominado de saltação, que provoca o desgaste da parte

inferior dos morros por abrasão (desgaste por fricção, raspagem, atrito) e a desagradável

sensação de picadas que se sente nas pernas quando se está na praia em dia de vento forte

EE_G15GG1_manual.indb 81 21.03.13 11:25:01

82 Manual do Professor

O deslocamento por arrastamento ocorre quando as partículas movimentadas por salta-

ção colidem com grãos de areia maiores, arrastando-os na mesma direção do vento Esse

tipo de deslocamento é menos significativo, devido ao peso das partículas e ao atrito entre

elas e a superfície

Os principais fatores que influenciam na erosão eólica são: clima: deve-se levar em consi-

deração as precipitações, o vento, a temperatura, a umidade, a viscosidade e a densidade do

ar; solo: distinguem-se sua textura, sua estrutura, a densidade de suas partículas, sua ma-

téria orgânica, a umidade e a rugosidade de sua superfície; é importante salientar que, den-

tre todos esses fatores, o mais importante é a umidade, pois somente o solo relativamente

seco é sujeito à erosão; vegetação: considera a altura e a densidade da cobertura vegetal

Dentre as principais consequências da erosão eólica destacam-se: o empobrecimento

do solo, a morte das plantas, a ocupação de estradas de ferro e rodovias Tempestades de

areia ocasionadas por severa erosão eólica causam problemas adicionais: homens e animais

sofrem por causa da inalação de poeira, que causa infecções nos olhos e no sistema respi-

ratório; além disso, a atmosfera fica poluída

EnEm E VESTIBULARES (P. 141)

1. As principais diferenças estão em seus processos de formação As rochas sedimentares a.

resultam da ação de desgaste e deposição de grãos de rochas pré-existentes, sendo

também mais friáveis As magmáticas, com maior grau de dureza, surgem a partir da

consolidação de material ígneo, do início da formação da Terra

A rocha metamórfica é o produto da transformação de rochas pré-existentes a partir de b.

alterações químicas de suas estruturas, resultantes da pressão do edifício geológico e

do grau geotérmico, que provocam metamorfismo na rocha

Alternativa B 2.

Alternativa B 3.

Alternativa E 4.

Alternativa A 5.

Alternativa A 6.

Alternativa A 7.

Alternativa A8.

Alternativa A 9.

EE_G15GG1_manual.indb 82 21.03.13 11:25:01

Manual do Professor 83

caPítulo 8 – a Produção de Minérios no Mundo

Neste capítulo, recomenda-se que os alunos sejam levados a reconhecer os principais

minérios economicamente aproveitados Você pode solicitar que eles comparem as proprie-

dades mais importantes dos minérios, para que possam depreender suas diferentes aplica-

bilidades Incentive também a realização de pesquisas complementares, em fontes diversas,

para que os alunos aprofundem seus conhecimentos sobre as características dos minérios e

seu emprego industrial como matéria-prima de vários produtos essenciais para a realização

das atividades contemporâneas

Instigar os alunos a realizar pesquisas para identificar os minérios empregados na fabri-

cação dos objetos mais utilizados no cotidiano de cada um é uma maneira interessante de

abordar o tema Eles também podem levantar informações sobre a cadeia produtiva desses

objetos

Os recursos visuais (fotografias e mapas) do livro também podem ser explorados para

problematizar questões referentes à localização das áreas de produção mais relevan-

tes, às estruturas de exploração e às transformações espaciais decorrentes da atividade

mineradora

Abertura: atividade complementar (p.146)

Os minérios têm grande aplicação industrial, por isso são importantes recursos econô-

micos Porém há um conjunto de aplicações específicas para cada um deles, dependendo

de suas propriedades Uma das funções de parte dos profissionais ligados à mineração é

justamente a de classificar os minerais Transcreva uma passagem do texto de Júlio Verne

que aluda a critérios de classificação mineral

Resposta: “Pela fratura, pelo aspecto, pela dureza, pela fusibilidade, pelo som, pelo chei-

ro ou pelo gosto, era capaz de classificar sem hesitação um qualquer mineral entre as seis-

centas espécies com que a ciência conta hoje em dia”

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

PARA REFLETIR E PESqUISAR – A mInERAçãO Em SERRA PELAdA (PA) (P. 152)

Revela a situação das pessoas que vivem do trabalho no garimpo, que normalmente é de 1. extrema pobreza e precariedade (o “inferno”) Porém, caso uma pessoa encontre uma pe-

dra de ouro de tamanho considerável, essa situação muda completamente, visto que ela

pode melhorar de vida e enriquecer de uma hora para outra (o “céu”)

Formigas ou homens-formiga eram pessoas que carregavam sacos pesados, com rochas 2. e terra, para fora do buraco do garimpo Eles recebiam pagamento de acordo com a quan-

tidade de sacos que retiravam e tinham essa denominação porque se movimentavam em

fileiras, como as formigas operárias

EE_G15GG1_manual.indb 83 21.03.13 11:25:01

84 Manual do Professor

A intensa exploração mineral não existe mais e enriqueceu poucas pessoas, de fato A 3. região atualmente apresenta uma população de baixíssima renda, que vive num local in-

tensamente degradado social, cultural e ambientalmente Os minérios remanescentes em

Serra Pelada – com destaque para o ouro, o paládio e a platina – voltarão a ser extraídos

pela empresa Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, criada por uma par-

ceria entre a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada e uma empresa de mineração

canadense Estava previsto que o projeto iniciaria suas atividades em 2013

A ImPORTâncIA dA REcIcLAGEm dOS PROdUTOS IndUSTRIAIS cOmO mEdIdA dE PRE-

SERVAçãO – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm BIOLOGIA E qUímIcA (P. 154)

O tema reciclagem é amplamente abordado por diferentes disciplinas da grade curricular

do Ensino Médio Há a possibilidade de se explorar esse tema para a elaboração de projetos

que envolvam assuntos relacionados à Biologia e Química A Biologia pode abordar questões

referentes à preservação dos recursos naturais e os impactos ambientais causados pelas

atividades mineradoras, enquanto a Química pode trabalhar com as propriedades dos dife-

rentes minerais

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 155)

Os minerais são utilizados como matérias-primas para a indústria de base, notadamente 1. a siderurgia e a metalurgia

Para introduzir um grande projeto de extração mineral, é necessário que nas jazidas exis-2. tam minérios de qualidade e em grande quantidade A infraestrutura adequada inclui hi-

drelétricas, rodovias, ferrovias e portos, além de moradias, escolas e hospitais para aten-

der à população trabalhadora

O minério de ferro é utilizado como insumo natural básico do aço (que é resultante da mis-3. tura, em proporções adequadas, de ferro metálico e carbono) Por sua grande resistência

à tração, o aço é largamente utilizado na construção civil, em fábricas de automóveis, de

ferramentas, de maquinário e na produção de trilhos de trem

No setor siderúrgico, o manganês, misturado ao aço, é utilizado na fabricação de produtos 4. que exigem elevado grau de resistência, como escavadeiras, trilhos de trem, carros-fortes

e tanques No setor metalúrgico, é utilizado na produção do bronze-manganês

Estanho: é um dos minerais menos tóxicos e mais resistentes ao processo de oxidação, 5. utilizado na produção de vários itens industriais, como bronze, solda e folha de flandres É

encontrado no minério de cassiterita e relativamente raro

Níquel: metal raro na crosta terrestre, destaca-se pela forte resistência aos processos de

corrosão e oxidação e, por isso, é utilizado na produção de aço inoxidável

EE_G15GG1_manual.indb 84 21.03.13 11:25:01

Manual do Professor 85

Cromo: metal raro na crosta terrestre, é bastante resistente à corrosão e à oxidação e, por

isso, é utilizado no revestimento de objetos metálicos

Na primeira fase de transformação da bauxita em alumínio, utilizam-se técnicas químicas 6. para isolar a alumina presente na bauxita Em seguida, a alumina é solidificada em solu-

ção aquosa e transformada em hidróxido de alumínio sólido, que, depois de beneficiado,

resulta em alumina seca Na terceira fase, a alumina seca é dissolvida em criolita, produ-

zindo uma solução aquosa denominada criolita-alumina, que será submetida a tempera-

turas bastante elevadas

A desvantagem ambiental e financeira do processo de produção do alumínio está relacio-

nada à grande quantidade de energia elétrica que o processo exige

Ouro: considerado o mais nobre dos metais (por sua ductibilidade, maleabilidade e resis-7. tência à corrosão), é usado como matéria-prima na produção de objetos valiosos e como

reserva de valor

Prata: metal muito brilhante e resistente à corrosão, utilizado como matéria-prima na

produção de vários utensílios domésticos, joias, espelhos e materiais elétricos e fotográ-

ficos Os países importadores são geralmente os que não têm grandes jazidas minerais e

dispõem de recursos financeiros suficientes para a compra desses minérios

Países importadores: são, em geral, países que não dispõem de grandes jazidas mine-8. rais em seus territórios, necessitando da importação destes recursos para obtenção de

matéria-prima para suas atividades industriais

Países exportadores: são predominantemente os chamados países em subdesenvolvi-

mento, que necessitam exportar esses recursos para gerar renda Nesse grupo, há tam-

bém alguns países desenvolvidos que, já atendendo sua demanda interna, exportam esses

minérios como forma de complementação financeira

Depois de reciclados, os produtos podem ser reutilizados como matérias-primas na fabri-9. cação de outros objetos (como cadernos, sacos de lixo ou pneumáticos) Esse processo é

muito importante, pois minimiza os problemas gerados pelo aumento do volume de lixo no

mundo e diminui a utilização de recursos disponíveis na natureza Em nível global, o pro-

cesso de conscientizar a população sobre essa questão ainda é lento e não atingiu índices

expressivos

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 155)

10. Dentre os diversos impactos causados pela mineração, o texto destaca: contaminação dos a.

rios, lagos e lençóis freáticos; desmatamento; redução da biodiversidade; e deslocamento

da população local

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86 Manual do Professor

O texto indica o aumento do rigor em relação às leis ambientais nos países da América b.

Latina

Resposta pessoal Professor, há a possibilidade de que as imagens coletadas pelos alunos c.

sejam utilizadas para algum projeto em paralelo, como a montagem de seminários, carta-

zes ou murais para exibição na escola ou a criação de portfolios

11. A diferença é de US$ 714 a.

O Brasil tem um enorme prejuízo financeiro e so cial, pois, como possui siderúrgicas, pode-b.

ria investir na produção dos próprios trilhos, o que geraria empregos e diminuiria gastos

com importação

O minério de ferro é classificado como um recurso mineral metálico No Brasil, suas princi-c.

pais jazidas estão localizadas no Quadrilátero Ferrífero (MG) e na Serra dos Carajás (PA)

ATIVIdAdE FInAL: dEBATE (P. 157)

Os preços das commodities são determinados pela demanda do mercado, em outras pala-

vras, a lei da oferta e da procura Existem alguns mecanismos para proteger os produtores e

compradores das oscilações de preços, chamados de contratos futuros, nos quais os preços,

que são estabelecidos no dia do acordo, são mantidos por um prazo futuro, diminuindo os

impactos das variações de preços

Países que apresentam elevada dependência das commodities sofrem com essa variação

de preços, apesar da existência dos contratos futuros Exemplo é o preço do barril do petró-

leo, que em maio de 2008 atingiu aproximadamente US$ 130 o barril, e em junho de 2012

teve o preço em aproximadamente US$ 80 o barril Essa variação dificulta o planejamento a

longo prazo dos países que dependem das commodities, já que a arrecadação com a venda

dos produtos primários sofre variações constantes

Uma forma de reduzir os efeitos dessa variação de preços é adoção de tecnologias para

agregar valor aos produtos primários, como reduzir a venda do grão de soja e aumentar a

produção de produtos derivados do grão; comercializar menos minério de ferro e mais aço;

e exportar mais petróleo refinado ao invés do petróleo bruto Isso reduz os impactos da va-

riação das commodities e, consequentemente, aumenta a competitividade dos países produ-

tores no mercado internacional

caPítulo 9 – a Produção de coMbustíVeis fósseis no Mundo

Os combustíveis fósseis começaram a ser utilizados em larga escala a partir da Revolução

Industrial, sendo ainda fontes energéticas indispensáveis para o desenvolvimento das ativi-

dades humanas, principalmente aquelas que regem a dinâmica das sociedades mais indus-

trializadas Contextualizar situações que reforcem essas premissas ajuda no reconhecimen-

to da importância desses combustíveis pelos alunos, ampliando os meios de abordagem do

EE_G15GG1_manual.indb 86 21.03.13 11:25:01

Manual do Professor 87

tema É importante discutir a relevância dos combustíveis fósseis para o desenvolvimento

das indústrias siderúrgicas e petroquímicas, por exemplo, e as transformações que estes

viabilizaram nos sistemas de transportes

É fundamental fornecer subsídios para que os alunos possam analisar as especificidades

de cada tipo de combustível fóssil, de modo que consigam apontar suas vantagens e desvan-

tagens e reconhecer suas possibilidades de uso

Cabe ainda ressaltar que o tema tratado neste capítulo extrapola a própria questão

energética, devendo ser estimulados debates e problematizações a respeito dos desafios

tecnológicos de exploração dos recursos (o tópico pode ser ilustrado com a exploração

do petróleo na camada pré-sal no Brasil); dos impactos ambientais relacionados à ex-

tração, ao transporte, ao processamento e ao consumo dos combustíveis fósseis e deri-

vados; e dos mecanismos políticos e de poder em torno da apropriação desses recursos

Oriente os alunos a buscar fundamentação, para que se posicionem nesses debates, no

próprio livro didático e nas notícias veiculadas nos meios de comunicação sobre os as-

suntos correlatos

Abertura: atividade complementar (p. 160)

O texto de abertura introduz o debate a respeito do excessivo apoio governamental de

diversos países do mundo aos combustíveis fósseis em detrimento do apoio dado às fontes

energéticas renováveis Discuta com os alunos sobre a importância de maiores investimen-

tos em energia renovável e coloque em destaque os temas relacionados à questão ambien-

tal, como a poluição atmosférica, a maior incidência de chuvas ácidas e o debate a respeito

do aquecimento global É importante reforçar aos alunos que os estudos a respeito de com-

bustíveis fósseis estão diretamente relacionados ao meio ambiente, à economia mundial e à

geopolítica global

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

PETRóLEO: ORIGEm E ImPORTâncIA – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm qUímIcA

(P. 164)

O petróleo, composto de hidrocarbonetos, é um tema trabalhado de maneira intensa em

Química, e essa relação com a Geografia pode ser estabelecida a partir da análise da forma-

ção não apenas do petróleo, mas também dos outros combustíveis fósseis, como o carvão

mineral e o gás natural

PARA LER E REFLETIR – BIOmASSA: UmA FOnTE ALTERnATIVA dE EnERGIA? (P. 171)

A queima de biomassa, assim como a de outros materiais, pode gerar uma poluição

atmosférica local e, dessa forma, contribuir, por exemplo, para o aumento de doenças

respiratórias dessa população Entretanto, a biomassa é considerada menos poluente

que outras fontes de energia, como o carvão e o petróleo Portanto, devemos sempre

EE_G15GG1_manual.indb 87 21.03.13 11:25:01

88 Manual do Professor

considerar em nossa análise a quantidade de energia gerada, atentando o impacto para

a população local Além disso, alguns pesquisadores consideram a biomassa uma fonte

de energia mais limpa graças à possibilidade de reposição ambiental mais rápida, por

meio do reflorestamento e da (re)captura de gases poluentes pela utilização de novas

áreas de plantio

PARA LER E PESqUISAR – IndúSTRIAS, mEIO AmBIEnTE E dESEnVOLVImEnTO

SUSTEnTÁVEL: BREVE hISTóRIcO dOS AcORdOS InTERnAcIOnAIS (P. 172)

Resposta pessoal Economia Verde é a associação entre diferentes processos produtivos

e o desenvolvimento sustentável O objetivo da implantação da Economia Verde é incentivar

mudanças como o menor uso de combustíveis fósseis, a maior preocupação com o aqueci-

mento global, o incentivo a práticas agrícolas consideradas verdes, a melhora na eficiência

energética, entre outros aspectos, sem afetar o crescimento econômico local e global O

conceito de Economia Verde foi amplamente debatido na conferência Rio+20, apesar de ain-

da existirem poucos exemplos de como o crescimento econômico e o meio ambiente podem

coexistir de maneira eficiente Estimule os alunos a descobrir esses exemplos e a expô-los

em sala de aula por meio de debates ou seminários

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 174)

As fontes energéticas primárias estão relacionadas ao conjunto de matérias-primas e fe-1. nômenos naturais utilizados na produção de energia, como os combustíveis fósseis – pe-

tróleo, gás natural e carvão mineral – e os minérios atômicos – urânio e tório – ou fenôme-

nos naturais – água de rios e ventos Fontes energéticas secundárias são originadas pela

transformação ou conversão das fontes energéticas primárias, como a gasolina e o óleo

diesel, obtidos do petróleo; a energia elétrica, obtida com as águas correntes, nas usinas

hidrelétricas, ou da fissão de átomos de urânio nas usinas termonucleares; e a energia

eólica, obtida por meio da ação dos ventos

2.

Combustível fóssil Origem Utilização

Carvão mineral

Originado do soterramento de antigas florestas, em ambiente com pouco oxigênio, particular-mente na era Paleozoica

Pode ser encontrado em diversos estágios que revelam sua qualidade: turfa, linhito, hulha e antracito É utilizado nos setores si-derúrgico e termoelétrico Muito empregado durante a Primeira Revolução Industrial, foi gradativamente substituído pelo petróleo, por ser muito caro e muito poluente

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Manual do Professor 89

Petróleo

Óleo natural originado da conjun-ção de alguns fatores: plâncton e restos vegetais depositados no fundo dos mares e lagos (no pe-ríodo Mesozoico), que sofreram intensa sedimentação pela ação de micro-organismos e devido às altas temperatura e pressão

Geralmente destilado para ser utilizado como fonte energética, é o combustível fós-sil mais utilizado no planeta desde a década de 1960, em razão de uma série de fatores: houve avanço tecnológico em sua explora-ção; seu transporte é mais flexível que o do carvão, capacidade de refinamento para a obtenção de diversos derivados; invenção dos motores movidos por combustão inter-na utilizados em sistemas de transporte, agrícola e de aquecimento

Gás natural

Encontrado no subsolo da crosta terrestre associado ao petróleo, é constituído predominantemen-te de gás metano

Sua utilização tem se ampliado nas últimas décadas, como matéria-prima no setor pe-troquímico e como combustível em aquece-dores residenciais e em usinas termoelé-tricas É menos poluente que o petróleo e o carvão mineral

Até a Segunda Guerra Mundial, a produção de petróleo no cenário internacional ainda 3. era pequena Depois, sobretudo na década de 1960, surgiram diversos produtores no

Oriente Médio (motivo pelo qual essa fonte energética se tornou alvo mundial de interes-

ses econômicos e geopolíticos), que rapidamente encontraram mercados consumido-

res Até a década de 1970, poucas empresas monopolizavam esse comércio, controlando

os preços Essa década ficou marcada pelos chamados “choques do petróleo” (em 1973

e em 1979), que consistiram em aumentos estratosféricos no preço do barril A valoriza-

ção do petróleo e sua importância geopolítica contribuíram para o desencadeamento de

conflitos políticos nos países do Oriente Médio Esses choques estimularam a produção

de petróleo em diversas regiões do globo, bem como a busca dos países importadores

por outras fontes de energia

O efeito estufa é um fenômeno natural de retenção de raios solares e consequente 4. aquecimento da superfície da Terra (o que permite a sobrevivência dos seres vivos)

Atualmente, o efeito estufa tem se intensificado em virtude da grande queima de com-

bustíveis fósseis, responsável pelo aquecimento global, fruto da intensificação do uso

desses combustíveis nas atividades humanas, principalmente para a obtenção de ener-

gia Alguns pesquisadores afirmam que a temperatura média do planeta aumentou As

implicações desse aquecimento podem ser desastrosas tanto para os seres humanos

como para o meio ambiente Caso o planeta esteja se aquecendo de fato, esse fenômeno

pode ter consequências como: o derretimento de vastas extensões polares, causando o

aumento do nível dos oceanos e, em decorrência disso, a inundação de áreas mais pró-

ximas à costa; a desertificação de áreas agricultáveis; a alteração dos limites das zonas

climáticas; entre outros fenômenos

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90 Manual do Professor

Chuva ácida é uma precipitação cujas águas apresentam nível de acidez acima do normal 5. O impacto desse tipo de chuva está relacionado à devastação de coberturas vegetais, ao

aumento do nível de acidez dos solos, a prejuízos para a fauna aquática e à corrosão de

superfícies metálicas e pintadas

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 174)

6. O petróleo e as fontes sólidas (principalmente o carvão mineral) a.

Nesse ano, o petróleo seria a fonte energética mais usada Os alunos podem citar exem-b.

plos de derivados do petróleo, como: plástico, gasolina, querosene e óleo diesel

O petróleo é o recurso mais utilizado nos meios de transporte Na geração de energia c.

elétrica, o país se destaca por suas usinas hidrelétricas, principalmente a de Itaipu, uma

das maiores do mundo Com a instalação de gasodutos, o consumo desse tipo de energia

vem crescendo nos últimos anos Nas siderúrgicas, é mais comum a utilização de fontes

sólidas, como o carvão mineral

Professor, você pode explorar as questões de política energética brasileira em relação ao 7. gás natural, incluindo no debate novas informações sobre preços, fornecimento e amplia-

ção do consumo desse tipo de combustível

O gás natural pode ser utilizado, por meio de sua queima, para a geração de eletricidade ou a.

de força motriz para o fornecimento de frio ou calor Já como matéria-prima, pode ser usa-

do nas indústrias siderúrgica, química, petroquímica e de fertilizantes e para a produção de

gás carbônico nas indústrias de refrigerantes Pode ainda ser utilizado em equipamentos

eletrodomésticos, em geradores de energia e como combustível automotivo (GNV)

Benefícios ambientais (é menos poluente que outras fontes não renováveis de energia), b.

econômicos (não provoca entupimentos nos equipamentos, aumentando a vida útil destes),

versatilidade de usos, além de não necessitar ser armazenado previamente

As negociações brasileiras de compra do gás natural fecharam o preço do produto em c.

dólar, o que significa que o pagamento fica sujeito às variações do mercado, tornando o

acordo arriscado e podendo gerar dívidas imprevisíveis devido à possibilidade de faltarem

consumidores

Além disso, a cláusula do take or pay obriga o país a pagar uma quantidade mínima pelo

produto, mesmo que este não seja consumido (o que de fato aconteceu durante pelo menos

uma década), gerando prejuízos desnecessários ao orçamento nacional

8. Em 1973 ocorreu a primeira grande crise do petróleo, devido ao aumento excessivo de seu a.

preço por parte dos países produtores Essa elevação de preços causou instabilidade na eco-

nomia mundial e estimulou o investimento dos países importadores de petróleo em novas

fontes energéticas, reduzindo um pouco a dependência global em relação ao Oriente Médio

EE_G15GG1_manual.indb 90 21.03.13 11:25:01

Manual do Professor 91

De acordo com a tendência mostrada no gráfico, observa-se que, apesar da redução da b.

participação do petróleo e do aumento da participação de outras fontes de energia, como

a biomassa e a eletricidade, ainda é muito elevada a dependência dos países da OCDE em

relação ao petróleo

ATIVIdAdE FInAL: LEITURA, FILmE E PROdUçãO dE TEXTO (P. 177)

Professor, o objetivo da atividade final é demonstrar aos alunos que a ciência está em

constante evolução e novas pesquisas podem mudar o rumo de teorias consideradas defi-

nitivas Apesar de a poluição atmosférica ser extremamente estudada e ter consequências

conhecidas, novas pesquisas e opiniões de diferentes cientistas tendem a colocar em debate

a questão do aquecimento global e se as mudanças climáticas globais estão de fato asso-

ciadas à poluição atmosférica Há a possibilidade de ampliar a discussão em sala de aula

com filmes que mostrem as diferentes teorias e os distintos argumentos que existem sobre

a influência das atividades antrópicas nas mudanças climáticas O filme Uma verdade incon-

veniente, produzido por Al Gore, traz argumentos que colocam os seres humanos como os

responsáveis pelo aquecimento global Por outro lado, o filme A grande farsa do aquecimento

global, de Martin Durkin, apresenta argumentos que questionam o papel dos seres humanos

nas alterações climáticas que têm ocorrido na Terra e defendem que o Sol é o responsável

por essas mudanças Caso não seja possível apresentar aos alunos os dois filmes do início

ao fim, selecione alguns trechos destes que apresentem os diferentes argumentos sobre a

quem deve ser atribuída a responsabilidade pelo aquecimento global

1. James Lovelock defende que o planeta Terra é um superorganismo vivo, em que todos os a.

elementos da natureza se relacionam, local e globalmente

O cientista chama a atenção da comunidade internacional para os efeitos catastróficos b.

do aquecimento global que, segundo suas pesquisas, é causado pelas atividades huma-

nas, que consomem intensamente os recursos naturais e geram grandes quantidades de

poluentes

O segundo texto evidencia uma mudança de opinião do cientista porque a temperatura do c.

planeta não se elevou de acordo com as previsões feitas anteriormente, tendo aquecido em

um nível muito inferior ao esperado

Resposta pessoal Espera-se que os alunos sejam conscientizados de que o aquecimen-2. to global é um assunto ainda em discussão e novas pesquisas estão sendo feitas para

compreender a complexidade da atmosfera terrestre, não havendo um consenso científico

sobre quais são suas causas e consequências Ressalte que, apesar de as previsões cli-

máticas anteriores não terem se concretizado, isso não significa que a sociedade moderna

deve preocupar-se menos com a questão ambiental

EE_G15GG1_manual.indb 91 21.03.13 11:25:01

92 Manual do Professor

caPítulo 10 – a Produção de Minérios e coMbustíVeis fósseis no brasil

A exploração de recursos minerais não depende apenas de possibilidades técnicas e eco-

nômicas Também está condicionada à disponibilidade, no subsolo, de minerais que possam

ser aproveitados – como matérias-primas, fontes de energia, ou pelo seu valor de mercado

como as pedras e metais preciosos

A diversidade de recursos minerais resulta de processos relacionados ao ciclo das ro-

chas Desse modo, é interessante retomar os aspectos estudados no capítulo anterior para

introduzir a temática do presente capítulo, o que também permite abordar como as condi-

ções naturais podem condicionar a realização de atividades humanas

Os alunos podem ser incentivados a reconhecer a distribuição dos principais minerais no

Brasil, com base na interpretação do mapa da página 181 e na leitura do capítulo Trabalhe

em parceria com os professores de Física e de Química, para que os alunos possam compre-

ender melhor como cada tipo de mineral pode ser aproveitado industrialmente

A presença de importantes jazidas minerais em algumas áreas (como em parte da Região

Norte) também ajuda a compreender a forma de ocupação do espaço, que pode manifestar-

se pela instalação de infraestruturas e pelo surgimento de núcleos de urbanização que se

destacam no conjunto regional Os alunos podem ser levados a perceber essas relações Para

isso, podem ser aproveitados os próprios subsídios do livro didático e, se possível, oriente-os

a realizar pesquisas para complementá-los

Aproveite o tema para discutir de forma abrangente os pontos relacionados a exploração

mineral no Brasil Como eixos de problematização, podem ser levantadas as questões que

envolvem a participação estrangeira na exploração desses recursos; o fato de os minerais

brasileiros serem exportados brutos em sua maioria, isto é, sem processamento industrial,

o que agregaria valor a esses produtos; e os graves problemas ambientais que a atividade

mineradora pode gerar

As recentes descobertas de grandes jazidas de gás natural e petróleo (recurso que inclu-

sive já começou a ser explorado na camada pré-sal) também devem ser debatidas com os

alunos e abranger reflexões sobre a redução da dependência externa, a viabilidade de um

enriquecimento mais igualitário do país (tanto na esfera territorial quanto social) e o reforço

da importância econômica do Brasil no cenário internacional

Abertura: atividade complementar (p. 180)

Os relatos de Saint-Hilaire sobre a Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema nos dão

uma ideia das infraestruturas necessárias para a exploração e para o processamento dos

recursos naturais, pois, mesmo no início do século XIX, essa instalação contava com gran-

diosas edificações, provocando transformações na paisagem Na atualidade, as intervenções

são muito maiores Tendo isso em vista, reúna-se com seus colegas e:

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Manual do Professor 93

Discuta as razões que justificariam investimentos tão grandes para viabilizar a atividade 1. mineradora

Resposta: apesar das dificuldades técnicas, das amplas infraestruturas exigidas e dos

vultosos investimentos necessários à retirada dos minérios do subsolo, esses recursos

naturais são importantíssimos para a atividade industrial e, consequentemente, para a

existência de inúmeros produtos importantes na modernidade A importância desses re-

cursos faz com que os lucros das empresas mineradoras sejam grandes, compensando

seus investimentos

Pesquise os problemas ambientais mais comuns gerados pela exploração mineral 2. Resposta: as mineradoras provocam desmatamentos, retirada das camadas de solo, des-

truição dos lençóis freáticos, poluição dos rios, entre outros impactos

Sugestões interdisciplinares, boxes e atividades

A dISTRIBUIçãO REGIOnAL dA PROdUçãO mInERAL – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm

hISTóRIA (P. 182)

A produção mineral brasileira está diretamente relacionada a demandas econômicas que

estimularam a busca por recursos no país O ciclo do ouro em Minas Gerais e a busca por

minérios na Região Norte após a Segunda Guerra Mundial são tópicos que permitem a asso-

ciação entre Geografia e História

REGIãO SUdESTE – InTERdIScIPLInARIdAdE cOm LITERATURA (P. 184)

Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, região do Quadrilátero Ferrífero, es-

creveu poemas que relatam as consequências e os impactos sociais e ambientais da mine-

ração na região Eles podem ser usados em sala de aula

PARA LER E REFLETIR – A qUESTãO dOS BIOcOmBUSTíVEIS (P. 190)

Resposta pessoal Professor, espera-se que os alunos respondam que os países produto-1. res e as grandes indústrias responsáveis pela exploração, pelo refino e pela distribuição

do petróleo são os maiores interessados em manter derivados desse produto como fontes

de energia, devido aos altos lucros gerados

Resposta pessoal Professor, para que os alunos argumentem com coerência, apre-2. sente notícias recentes sobre o assunto, com pontos de vista favoráveis e contrários à

produção do etanol Você pode promover, com a turma, um debate sobre essa questão

polêmica Dessa forma, os alunos terão condições de desenvolver uma opinião crítica

sobre o tema

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94 Manual do Professor

PARA LER E PESqUISAR – A qUESTãO dO GÁS nATURAL E AS TEnSõES EnTRE BRASIL

E BOLíVIA (P. 192)

Professor, é importante que os alunos compreendam que o Brasil fez acordos bilaterais

com outros países da América do Sul sobre a questão energética O descumprimento de um

desses acordos, em 2006, com a iniciativa de Evo Morales ao nacionalizar a produção ener-

gética do país, gerou instabilidade diplomática entre o governo boliviano e o brasileiro Houve

dificuldades, impostas pela nova situação, para a atuação da Petrobras, em território boli-

viano, na exploração e distribuição do petróleo e gás natural A discussão sobre esse embate

político, diplomático e econômico e sobre a resolução do problema pode auxiliar os alunos a

compreender o contexto geopolítico das fontes de energia e a entender a relevância do gás

natural como fonte de energia no país

Resposta pessoal Professor, espera-se que os alunos mencionem as seguintes vanta-

gens: baixo custo; menor emissão de poluentes; fornecimento contínuo de gás, sem neces-

sidade de manter estoques; e maior facilidade no transporte e manuseio

RETOmAndO O cOnTEúdO (P. 193)

Em seu extenso território, o Brasil possui muitos minerais, tanto em quantidade quanto 1. em diversidade, sendo dos maiores produtores do mundo Os minérios de ferro, de esta-

nho, de manganês e de alumínio são os mais produzidos no país

A extração mineral é uma das atividades econômicas mais importantes dessa região, que 2. contém grandes áreas destinadas à extração de minério de ferro, bauxita, estanho e ouro

3. Macrorregião Característica

Norte

A produção mineral é uma das atividades mais importantes na região, com des-taque para a exploração de minério de ferro na Serra dos Carajás; de bauxita na região de Oriximiná; de ouro no vale do rio Tapajós (PA); e de estanho nos garim-pos da região

Sudeste

O estado de Minas Gerais é considerado o mais rico do Brasil em recursos mine-rais, abrigando o chamado Quadrilátero Ferrífero, com reservas expressivas de minério de ferro, manganês, bauxita e ouro Na serra do Espinhaço e nos vales fluviais dos rios Paraopeba e Doce também existem reservas minerais A maior parte da produção dessas áreas é escoada pela estrada de ferro Vitória-Minas até o porto de Tubarão, de onde é exportada, ou para o porto de Santos, de onde se dirige para o mercado interno O transporte de minérios também pode ser efetu-ado pela estrada de ferro Central do Brasil

Centro-Oeste

A região do Pantanal é a principal área de ocorrência de produção mineral do Centro-Oeste, que se dá mais precisamente no maciço do Urucum (reservas de manganês e minério de ferro) As dificuldades de transporte limitam a explora-ção dos recursos nessa área Para os mercados argentino e paraguaio predomi-na a via fluvial

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Manual do Professor 95

NordesteA produção do cloreto de sódio (sal), o maior destaque da região, é favorecida por condições climáticas (há o predomínio de clima quente e seco) e pela infraestru-tura local (pela existência do terminal exportador de Areia Branca)

SulA região é relativamente pobre em recursos minerais Há alguma produção de minério de chumbo em Adrianópolis (PR) e de minério de cobre e carvão mineral em Camaquã (RS)

Os trabalhos de exploração mineral, iniciados na região em 1960, eram realizados por uma 4. empresa estrangeira que, em 1970, associou-se à Companhia Vale do Rio Doce (CVRD),

atual Vale, e, em 1977, retirou-se da sociedade A então CVRD passou a executar as obras

de infraestrutura necessárias para a exploração do minério de ferro, que era parte de

ambiciosos projetos desenvolvimentistas dos governos militares O projeto, denominado

Grande Carajás, promoveu a implantação de vários setores produtivos na região, como os

de exploração mineral, industrial, agrícola e florestal por meio de investimentos bilioná-

rios para a construção de uma infraestrutura de transporte e de produção energética que

viabilizasse as atividades econômicas nela desenvolvidas

Na cidade de Oriximiná (PA) estão localizadas as maiores reservas de bauxita do Brasil 5. Esse recurso passou a ser explorado na região em 1975, por meio de um consórcio entre

empresas nacionais e es trangeiras, como a então CVRD e a companhia Mineração Rio

do Norte Essa produção é voltada predominantemente para o mercado externo e atende

parte da demanda relacionada a projetos locais Os projetos de maior destaque nessa área

são: Albrás (PA) e Alumar (MA)

Entre as fontes não renováveis, destacam-se os combustíveis fósseis, como o petróleo, o 6. carvão mineral e o gás natural, e os minérios radioativos (urânio e tório) Entre as fontes

renováveis, destacam-se a energia elétrica de fonte hidráulica e a biomassa, que abrange

a lenha, o carvão vegetal, o álcool e o bagaço de cana-de-açúcar

Nos últimos anos, as descobertas de novas jazidas petrolíferas na plataforma continen-7. tal elevaram o número das reservas de petróleo no Brasil, fazendo com que o país tenha

petróleo suficiente para suprir suas necessidades internas As maiores reservas do país

localizam-se na bacia de Campos, cuja exploração é muito complexa, pois envolve uma

série de equipamentos de alta tecnologia para a exploração em solo oceânico, porém a

Petrobras dispõe de uma das tecnologias mais avançadas do mundo para fazer perfura-

ções em grandes profundidades As jazidas de petróleo da região amazônica são pouco

exploradas devido aos baixos preços do produto no mercado internacional

O carvão mineral é utilizado no setor siderúrgico e nas usinas termoelétricas; 8. a lenha é utilizada para o consumo doméstico; e o carvão vegetal é utilizado na

siderurgia

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96 Manual do Professor

AmPLIAndO O cOnhEcImEnTO (P. 193)

9. Resposta pessoal Professor, as informações solicitadas são facilmente encontradas em a.

sites oficiais, como o da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Em relação às irre-

gularidades, o mais apropriado é pesquisá-las em sites de busca e de notícias

Professor, o objetivo do debate é demonstrar os argumentos favoráveis e desfavoráveis b.

relacionados à hidroeletricidade Temas como o menor custo da produção hidrelétrica, a

disponibilidade de rios planálticos no Brasil e os impactos socioambientais, por exemplo, o

realocamento populacional e a inundação de áreas florestadas, devem constar no debate

10. Os impactos socioambientais ocasionados pela atividade mineradora são o principal tema a.

tratado no texto

O Projeto Grande Carajás, apesar de ter caráter desenvolvimentista voltado para a Região b.

Norte do Brasil, pouco contribuiu para a proteção e para o desenvolvimento da qualidade

de vida das comunidades tradicionais da região, como as indígenas, as quilombolas e as

ribeirinhas Vale ressaltar que em diversos casos, como na construção de infraestrutura

de energia (hidrelétricas) e transporte (rodovias e ferrovias), essas comunidades foram as

maiores prejudicadas

11. As fontes alternativas de energia ganham mais espaço no cenário mundial com o objetivo a.

de diminuir a dependência energética com relação aos combustíveis fósseis que, além de

serem esgotáveis, são de ocorrência limitada a algumas regiões do planeta Há também

uma questão ambiental, pois a queima dos combustíveis fósseis (carvão e petróleo, prin-

cipalmente) libera muitos poluentes na atmosfera Como exemplos de fontes alternativas

podemos citar a geração de energia através dos ventos, da queima de biomassa ou do

aproveitamento da irradiação solar

Tanto os países de economia desenvolvida quanto os em desenvolvimento, investirão in-b.

tensamente em energias renováveis, sendo os países emergentes os grandes centros de

produção de energia

Resposta pessoal Professor, espera-se que o aluno produza um texto levando em conta os c.

recursos renováveis disponíveis no território brasileiro com potencial de utilização para a

geração de energia, como tipo de energias renováveis pode-se citar a hidroeletricidade e os

biocombustíveis como o etanol e o biodiesel As vantagens econômicas decorrentes de um

modelo pautado nas energias renováveis são a menor dependência de importações de ener-

gia (devido ao grande potencial do Brasil para a geração de energias renováveis), bem como

a possibilidade de exportar energia e atrair investimentos para o país) Os ganhos ambientais

são a diminuição da poluição atmosférica e do efeito estufa, uma vez que as energias renová-

veis são consideradas mais limpas, além da preservação de recursos naturais esgotáveis

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Manual do Professor 97

ATIVIdAdE FInAL: PESqUISA dE dAdOS E PROdUçãO dE TEXTO (P. 196)

Professor, os sites sugeridos têm diversos dados sobre o petróleo no Brasil, o pré-sal e a

região conhecida como Amazônia Azul Essa denominação, dada pela Marinha do Brasil, deve-

se à área ocupada (que é de aproximadamente 5,2 milhões de km2) e à elevada diversidade de

riquezas naturais disponíveis, com destaque para o petróleo existente na camada pré-sal

O marco regulatório do pré-sal demonstra que, no futuro, a demanda por petróleo au-

mentará e sua produção diminuirá Esse problema poderá ser atenuado se houver a des-

coberta de novas reservas de petróleo (daí a importância do pré-sal e da Amazônia Azul), o

desenvolvimento e o aprimoramento de fontes alternativas de energia e a criação de tecno-

logias que ofereçam maior eficiência no gasto energético, como a produção de motores de

automóveis mais econômicos

PROjETO InTERdIScIPLInAR: “TERRAS RARAS” (P. 198)

Nesse projeto, as matérias envolvidas com Geografia são Química e Matemática

Antes de iniciar a atividade, oriente os alunos acerca do processo de pesquisa, esclarecen-

do os procedimentos necessários a cada etapa do processo (levantamento de informações,

análise e síntese) Utilize como exemplo um texto acadêmico, relatórios ou publicações de

órgãos oficiais, ou até mesmo um livro, para demonstrar a diversidade de fontes utilizadas e

o trabalho de seleção, análise e síntese de informações realizados pelos autores, ressaltan-

do a diferença entre copiar trechos de um documento e elaborar um texto próprio, baseado

em informações retiradas de diversas fontes Caso necessário, demonstre as técnicas de

redação abordadas na disciplina de Língua Portuguesa, destacadamente a paráfrase

As terras raras compreendem um grupo de 17 elementos químicos metálicos de ampla

distribuição na crosta terrestre, mas com baixas concentrações Após a entrega dos relató-

rios, sugerimos a formação de 7 grupos para a elaboração dos cartazes/banners, conforme

especificado a seguir

Elementos a serem apresentados pelo grupo

Grupo 1 Escândio (Sc), Ítrio (Y)

Grupo 2 Lantânio (La), Cério (Ce), Praseodímio (Pr)

Grupo 3 Neodímio (Nd), Promécio (Pm), Samário (Sm)

Grupo 4 Európio (Eu), Gadolínio (Gd), Térbio (Tb)

Grupo 5 Disprósio (Dy), Hólmio (Ho), Érbio (Er)

Grupo 6 Túlio (Tm), Itérbio (Yb), Lutécio (Lu)

Grupo 7Principais países produtores e consumidores de “terras raras”; demanda mundial de “terras raras” por uso final; disputas econômicas envolvendo as “terras raras” e os problemas relacionados à sua exploração

Note que as ilustrações (mapas, tabelas, gráficos, fotos, esquemas, desenhos etc ) e os

dados quantitativos acerca da distribuição de “terras raras” e da produção de bens podem

variar, de acordo com a fonte bibliográfica utilizada por cada grupo

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98 Manual do Professor

EnEm E VESTIBULARES (P. 200)

Alternativa B 1.

Alternativa C 2.

Alternativa E 3.

Alternativa B 4.

Alternativa E 5.

Alternativa B 6.

7. suGestões de leitura

unidade 1 – dinâMica esPacial

TEXTO 1: o texto a seguir conta um pouco da história da linha internacional da data e como

foi feita a tentativa de traçá-la para evitar, ao máximo, problemas de diferenças de datas

A linha internacional de data

Quando associamos instantes de tempo aos ângulos de rotação própria da Terra, fazemos um

mapeamento do intervalo (0,2π) na reta real. Nesse mapeamento há ambiguidades evidentes, pois o

tempo (medido na reta real) é ilimitado tanto no futuro como no passado, e os ângulos são natural-

mente periódicos. A Terra gira do Oeste para Leste, então, se dermos uma volta completa ao redor da

Terra de Leste para Oeste, ao voltar ao ponto de partida teremos retroagido um dia (não importando,

é claro, quanto tempo tenha durado a viagem).

Este fato foi observado pela primeira vez pela expedição marítima de circunavegação do navega-

dor português Fernão de Magalhães (1480-1521), que partiu em 20 de setembro de 1519 do porto

de Sanlúcar de Barrameda, na Espanha, com cinco navios e 256 tripulantes, sempre navegando para

oeste. Após três anos de uma viagem épica, apenas 18 tripulantes chegaram ao ponto de partida em

9 de julho de 1522, uma quarta-feira pelos registros do navio. No entanto, para espanto de todos, na

Europa já era quinta-feira, 10 de julho!

Um dos 18 sobreviventes da epopeia foi o escritor italiano Antonio Pigafetta, que pagou a via-

gem do próprio bolso e redigiu um detalhado relatório da viagem. Sobre esse fato, ele escreveu:

“De modo a vermos se havíamos mantido um registro exato dos dias, pedimos a todos que

desembarcassem que indagassem que dia da semana era, e eles eram informados pelos habitantes

portugueses [...] que era quinta-feira, o que nos foi causa de grande espanto, já que para nós era ainda

quarta-feira. Não pudemos convencer a nós próprios de que estávamos errados, e eu achava-me mais

surpreso que os outros, já que, tendo sempre gozado de boa saúde, eu havia diariamente, sem inter-

rupção, registrado o dia corrente.”

Alternativa A 7.

Alternativa B 8.

Alternativa A 9.

Alternativa B 10.

Alternativa C 11.

Alternativa A 12.

EE_G15GG1_manual.indb 98 21.03.13 11:25:02

Manual do Professor 99

Tal fora a surpresa pela aparente “viagem ao passado” que uma delegação foi especialmente ao

Vaticano para consultar o Papa sobre este assunto, que só foi resolvido quando o Cardeal Gasparo

Contarini explicou a discrepância de datas devido à circunavegação ter sido feita de leste para oeste.

Esse fato não era, a rigor, novo, pois o navegador sírio Abu-l-Fida, já no século XIII, sabia que, sendo

três quartos da Terra ocupados pelos oceanos, uma circunavegação faria com que se ganhasse ou per-

desse um dia inteiro, se a mesma fosse feita na direção oeste ou leste, respectivamente.

[...] Na Inglaterra, o escritor Lewis Carroll (que escreveria futuramente Alice no País das

Maravilhas), em um ensaio publicado em 1850 e intitulado “The rectory umbrella”, sugeriu pela

primeira vez a fixação de uma linha internacionalmente reconhecida como marcando a mudança de

data. [...]

A necessidade de uma linha internacional de data confunde-se com a necessidade da fixação de

fusos horários, o que já havia sido sugerido por Benjamin Franklin. Em 1878 o inglês Charles Dowd

propôs a criação de ambas, com o objetivo prático de simplificar as tabelas de horários de ferrovias

transcontinentais, que eram baseadas numa grande mistura de horários locais em cada cidade.

A linha internacional de data foi estabelecida seguindo aproximadamente o meridiano exis-

tente a 180 graus de longitude do Meridiano de Greenwich (cidade próxima a Londres), sendo que

sua configuração mais recente começou a valer a partir de 1o de janeiro de 1995. A linha às vezes

desvia-se bastante desse meridiano para não cruzar países, como no extremo oriente da Rússia.

Dessa forma a linha passa pelo estreito de Bering, deixando as ilhas Aleutas para leste (a fim de

parte delas não ficar numa zona diferente do restante do Alasca). A ilha Attu, no extremo oeste das

Aleutas, é o ponto extremo dessa região, também conhecida como o “ponto mais tarde do mun-

do”, pois é o último lugar onde o dia termina. Mais ao sul, a linha internacional de data desvia-se

bastante para leste (quase 30 graus de longitude) a fim de manter todo o arquipélago da República

de Kiribati (originalmente uma possessão britânica) com a mesma data. Isso fez com que o atol

Carolina, no extremo leste de Kiribati, seja o ponto mais à leste na Terra, ou seja, o primeiro lugar

onde o dia nasce. A distinção de ser o lugar habitado mais à leste pertence à ilha Kiritimati (ou

Ilha do Natal) desse mesmo arquipélago. Na sequência, a linha internacional de data percorre um

caminho à leste do meridiano de 180 graus, a fim de manter vários arquipélagos do Pacífico Sul,

como Fiji e Tonga, à oeste.

Naturalmente, embora a linha internacional de data tenha sido cuidadosamente traçada de modo

a evitar problemas, ainda assim há curiosas variações, como na região entre Kiritimati (à oeste da

linha) e Samoa (à leste da linha), onde podemos ter nada menos que três datas diferentes ao mesmo

tempo! Por exemplo, quando (tempo universal, ou seja, em relação ao Meridiano de Greenwich) são

10h15 horas da manhã de uma quinta-feira, são 23h15 da noite de quarta-feira em Samoa, e 00h15

da madrugada de sexta-feira em Kiribati. Evidentemente esse problema é inevitável, e o máximo que

se pôde fazer foi restringi-lo a regiões com baixa densidade populacional.

VIANA, Ricardo. A linha internacional de data. Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná. Disponível em: <http://fisica.ufpr.br/viana/ensaios/data.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2013.

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100 Manual do Professor

unidade 2 – GeoloGia e releVo

TEXTO 2: o texto a seguir comenta sobre o abalo sísmico ocorrido em Caraíbas, Minas

Gerais, em 2007, e explica porque esse fenômeno ocorreu, mesmo em um país como o Brasil,

onde acredita-se que esse tipo de evento não deveria se suceder

Tectônica Global

No dia 9 de dezembro de 2007, às 0h05, a comunidade rural de Caraíbas, a 32 km de Itacarambi,

no norte de Minas Gerais, experimentou o gosto amargo da Tectônica Global. A terra tremeu, seis

casas ruíram e outras 70 ficaram danificadas. Segundo moradores, “teve um estrondo que parecia de

baixo da terra. Foi um barulho que não tem filho de Deus que não ouviu. Saímos de casa correndo

e nas ruas você só escutava choros, clamor”. Mas o saldo trágico maior deste abalo sísmico de mag-

nitude 4,9 na escala Richter foi a morte da menina Jesiqueli Oliveira da Silva, de 5 anos, o primeiro

registro de morte por terremoto no Brasil.

Costumava-se ouvir que o Brasil é um país geologicamente estável, livre de perigos da natureza

como terremotos, vulcões e tsunamis, que ocorrem frequentemente nos países andinos vizinhos. Mas

o evento relatado nos ensina que estabilidade é diferente de imobilidade e nos alerta a uma outra re-

alidade, que envolve as escalas de tempo e espaço fora da nossa perspectiva usual. Durante uma vida

humana, por exemplo, pouco se notam as mudanças da Terra (planeta), assim como um inseto, cujo

ciclo de vida é de apenas duas semanas, não pode acompanhar o crescimento da árvore onde habita.

Guardadas as devidas proporções, assim se parece nosso planeta aos olhos humanos.

A Terra é um planeta dinâmico, em contínua transformação, resultado de processos que atuam

em escala temporal de milhares, milhões e bilhões de anos e envolvem continentes, crosta e manto.

Se ao longo de toda sua história a Terra tivesse sido fotografada do espaço a cada mil anos, e se estas

imagens surrealistas fossem transformadas num filme, veríamos a superfície do planeta em constante

mutação, com os continentes se deslocando, colidindo e se fragmentando, cadeias de montanhas se

elevando e sendo erodidas e os mares avançando sobre os continentes para, logo em seguida, recua-

rem novamente.

Atualmente, sabe-se que a crosta da Terra é constituída por cerca de uma dúzia de placas

litosféricas superficiais, delimitadas por uma teia de grandes falhas, profundas fossas oceânicas e

extensas cadeias de montanhas submarinas. As placas se originam no meio dos oceanos em cadeias

de montanhas conhecidas como dorsais ou cadeias meso-oceânicas e se deslocam sobre a superfí-

cie, separando-se e chocando-se como resposta a processos atuantes no manto. Dependendo das

características físicas das placas e do ângulo e da velocidade de impacto, o choque entre elas pode

provocar o mergulho da placa mais densa sob a outra e sua consequente reincorporação no manto

(como a placa de Nazca debaixo da placa Sul-americana), o enrugamento e a elevação das bordas

das placas (como na colisão das placas Indo-australiana e da Eurásia), ou o deslizamento lateral

entre ambas (como entre as placas Pacífica e Norte-americana). Esses esforços também geram

reflexos em maior ou menor grau, mais cedo ou mais tarde, em toda a extensão das placas, como

comprova o abalo sísmico relatado no primeiro parágrafo.

TEIXEIRA, Wilson et al. (Org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

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Manual do Professor 101

unidade 3 – dinâMica da Produção Mineral e enerGética

TEXTO 3: o texto a seguir fala sobre a política e os interesses envolvidos com os royalties

do petróleo do pré-sal e critica a euforia sobre o assunto sendo que não se sabe ainda, ao

certo, o quanto isso pode realmente render para o país

Dinheiro na mão é vendaval

Vistos a distância, os royalties do petróleo soam como a panaceia do desenvolvimento brasi-

leiro para as próximas décadas. Aparentemente eles poderão resolver os déficits dos municípios

ou tornarão reais as metas da educação. O debate acirrado no Congresso e as reações no Rio de

Janeiro ou Espírito Santo sugerem que sim. Especialistas advertem, contudo, ser necessário ir com

calma na expectativa. Não se sabe ao certo quanto representará a renda do pré-sal ou a partir de

quando ela estará disponível para ser investida. Ou simplesmente gasta, conforme o desfecho das

discussões em Brasília.

Até aqui os cálculos soam generosos, mas não muito confiáveis. A estimativa de bancar um aumen-

to das verbas para a educação, até chegar aos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) previstos no Plano

Nacional de Educação (PNE), estaria além do que o petróleo pode de fato render na próxima década.

O foco da discussão sobre o destino dos royalties é criticado por Ildo Sauer, professor do IEE-

USP [Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP] e ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras (2003-

2007). “A discussão sobre o que fazer com os royalties não pode ser séria, sem antes sabermos de que

volume de recursos estamos falando. É inverter a lógica.”

Na educação, provavelmente, não terá o potencial redentor sugerido pelos ânimos inflados de

estados produtores e não produtores. “Será um adicional de recursos, mas não o suficiente. Precisamos

saber quantas concessões serão feitas, quanto de petróleo será produzido, a partir de quando e qual

será o preço”, diz Otaviano Helene, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo

(USP), um dos articuladores do PNE. Mas poucas respostas exatas surgiram até o momento.

Passar dos atuais 5,8% do PIB de investimentos em educação para os 10% aprovados pelos de-

putados à revelia do governo federal, que defendia 7%, requer injetar cerca de 20 bilhões de reais a

mais por ano no sistema educacional, até alcançar 400 bilhões de reais destinados ao ensino público

em 2020, ante os cerca de 200 bilhões aplicados atualmente, um salto mais que desejável. [...]

Após a Câmara aprovar o projeto de lei sobre os royalties sem destiná-los à educação, uma

Medida Provisória editada em 30 de novembro determinou o repasse de 100% dos recursos arreca-

dados nas futuras concessões para as escolas, centros de pesquisas e universidades, além de 50% do

Fundo Social do Petróleo, a ser formado com o pré-sal, sob a gestão da União.

Para especialistas, a conta não fecha, ao menos diante das informações disponíveis. Para ter uma

ideia do montante em jogo, com a produção de 2 milhões de barris de petróleo ao dia hoje no Brasil,

foram arrecadados em 2012, até novembro, 14,3 bilhões de reais em royalties, ou 0,3% do PIB. A

maior parte vai para o Rio de Janeiro, Espírito Santo e seus municípios. Não à toa os estados mais

descontentes com o PL aprovado na Câmara.

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102 Manual do Professor

A estimativa da Petrobras é produzir em 2016 cerca de 2,5 milhões de barris por dia. No bolo

entrarão apenas valores arrecadados por meio de contratos de concessão assinados daqui para a frente.

Essa exploração começará em 2013, provavelmente, com duas licitações planejadas. Uma em maio,

no regime de concessão, e outra em novembro, a primeira no modelo de partilha. “Na hipótese de

entrarem na conta mais 1 milhão de barris de petróleo ao dia, a 100 dólares o barril, daria cerca de

30 bilhões de dólares por ano, ou 60 bilhões de reais, dos quais 6 bilhões iriam para a educação. Mas

são necessários 20 bilhões em 2013, 40 bilhões em 2014, até chegar a 200 bilhões até 2020. Estamos

perdendo tempo ao não discutir outras saídas”, afirma Otaviano Helene. [...]

A incerteza sobre a arrecadação futura fez com que estados e municípios hoje fora da divisão dos

royalties reivindicassem uma parcela dos valores arrecadados atualmente. O lobby, principalmente,

municipal foi vitorioso, mas a mudança aprovada em projeto de lei na Câmara, que retirava até 3,4

bilhões do Rio de Janeiro, foi vetada pelo Palácio do Planalto.

No Congresso, os esforços se voltam para derrubar o veto. Parlamentares representantes dos 24

estados “prejudicados” conseguiram reunir votos suficientes para pedir urgência na tramitação da MP.

O objetivo é retirar a destinação de 100% para a educação com a desculpa de que a medida engessaria

o orçamento. [...]

Os estados produtores correm o risco de perder recursos que lhes serviriam de compensação

pela perda da arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a

venda do petróleo. A Constituição de 1988 mudou o recolhimento do ICMS do petróleo da origem

para o destino, o que significou uma renúncia fiscal importante para o Rio de Janeiro.

Em uma lei de 1989, foi definida a forma de recolhimento dos royalties com maior parcela aos

estados e municípios produtores, o que reduziu o “prejuízo” dessas regiões.

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anotações

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