"Gente em Ação" n.º 66 - junho 2014

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Diário de Bordo Cada novo dia de escola é um dia novo de desco- berta e dedicação! Todos contam, porque todos são necessários e to- dos colaboram na construção do nome deste agru- pamento. Aqui nunca se esquece a riqueza do percurso aca- démico dos alunos, mas também é de todo impos- sível esquecer o valor individual de cada um como pessoa e membro de uma comunidade. Esta é uma escola de partilha e de criação de novos rumos e percursos. A procura, fora das portas da escola, de novos co- laboradores que se envolvam com séria vontade de crescer e dinamizar este concelho é também uma preocupação permanente. Assim, pedimos apoios, divulgamos atividades, solicitamos a presença de todos na escola, idealizamos novas etapas onde to- dos possam contribuir e construímos todos os dias pequenos sonhos para que um dia estes jovens que agora aqui estão possam ser aqueles que, com grande orgulho, trabalho e empenho façam crescer o nosso concelho. São esses os desafios que lhes são propostos para engrandecer o nome da sua escola e da sua terra! E cada vez sentimos que somos mais neste de- safio. O privilégio de pertencer a este grupo é bem evidente: aqui existe um ambiente familiar onde to- dos se unem por objetivos comuns e onde peque- nas divergências são úteis na construção de gran- des consensos. Boas férias! A Direção Entrevista Eng. Carlos Coelho (Celtejo) Pág. 4-6 Pequenos artistas no lagar de varas SUPLEMENTO “Livros Livres” Pág. 12 66 | junho 2014 Distribuição gratuita APOIOS: www.aevvr.pt

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Jornal do AEVVR (junho 2014)

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Diário de Bordo

Cada novo dia de escola é um dia novo de desco-berta e dedicação!

Todos contam, porque todos são necessários e to-dos colaboram na construção do nome deste agru-pamento.

Aqui nunca se esquece a riqueza do percurso aca-démico dos alunos, mas também é de todo impos-sível esquecer o valor individual de cada um como pessoa e membro de uma comunidade. Esta é uma escola de partilha e de criação de novos rumos e percursos.

A procura, fora das portas da escola, de novos co-laboradores que se envolvam com séria vontade de crescer e dinamizar este concelho é também uma preocupação permanente. Assim, pedimos apoios, divulgamos atividades, solicitamos a presença de todos na escola, idealizamos novas etapas onde to-dos possam contribuir e construímos todos os dias pequenos sonhos para que um dia estes jovens que agora aqui estão possam ser aqueles que, com grande orgulho, trabalho e empenho façam crescer o nosso concelho.

São esses os desafios que lhes são propostos para engrandecer o nome da sua escola e da sua terra!

E cada vez sentimos que somos mais neste de-safio. O privilégio de pertencer a este grupo é bem evidente: aqui existe um ambiente familiar onde to-dos se unem por objetivos comuns e onde peque-nas divergências são úteis na construção de gran-des consensos.

Boas férias!

A Direção

EntrevistaEng. Carlos Coelho (Celtejo)

Pág. 4-6

Pequenos artistas no lagar de varas

SUPLEMENTO“Livros Livres”

Pág. 12

66 | junho 2014 Distribuição gratuita

APOI

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O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus nú-

meros, uma entrevista com antigos alunos que concluíram a

sua formação académica e estão inseridos no mundo do traba-

lho. Nesta edição, entrevistamos Pedro Pires, que desenvolve a

atividade de cozinheiro num restaurante brasileiro em Colónia

(Alemanha).

Quando é que frequen-tou a escola em Vila Velha de Ródão?

De 1995 a 2003.

Era bom aluno?Tinha os meus momentos,

mas estava dentro do medí-ocre.

O que é que achava da escola?

Acima de tudo, sempre gostei da escola desde o primeiro dia, tinha todas as condições para ensinar bem, tínhamos é que saber aproveitá-las.

Qual ou quais eram as suas disciplinas preferi-das?

Educação física e Físico-química.

Lembra-se de algum professor ou professora que o tenham marcado es-pecialmente?

Sim, desde o começo tive vários professores que me marcaram. Por exemplo, o professor Sena, a profes-sora Luisinha, o professor Batista, o professor Jorge Gouveia, o diretor de turma Luís Costa, entre outros.

Para além das atividades letivas, que outras iniciati-vas a escola lhe oferecia e nas quais participava?

O desporto escolar, as vi-sitas de estudo…

Mantém o contato com

os antigos colegas de tur-ma / escola?

Quanto aos colegas de turma, cada um seguiu o seu caminho e não tenho muito contato com eles. No entanto, mantenho contato com alguns colegas da es-cola.

Acha que esta escola contribuiu para o seu su-cesso pessoal e profissio-nal? De que forma?

Claro que sim, abriu-me portas e despertou-me a atenção para as duas coi-sas que eu gostava mais de fazer na vida, isto através do que os professores na atura falavam connosco.

Recorda-se de algum episódio que tenha vivido na escola e do qual guarde uma especial recordação?

Tenho boas e más recor-dações. Uma boa recorda-ção diz respeito à publica-ção de um livro, atividade proporcionada pela profes-sora Helena. Foi ela que me despertou o gosto pela leitura.

Após o ensino básico, qual a via que seguiu no prosseguimento de estu-dos? Porquê?

Após o 9º ano, inscrevi-me no 10º ano para frequentar o ensino secundário, mas de-sisti antes do Natal, porque não era aquilo que procura-va. Depois, estive um ano parado e fui para o ensino

técnico-profissional, atra-vés do Turismo de Portugal.

Que diferenças sentiu ao mudar desta escola para aquela onde tirou o seu curso técnico-profis-sional?

Não senti muitas diferen-ças, apesar de estar a ficar mais maduro e a querer sa-ber realmente o que queria.

Fale-nos um pouco do seu percurso escolar e profissional.

Comecei numa pequena escola primária em Gavião de Ródão. Em seguida, fre-quentei o ensino básico em Vila Velha de Ródão, estive depois três meses inscrito no ensino secundário na escola Amato Lusitano, em Castelo Branco e, por últi-mo, estive três anos na Es-cola Profissional do Fundão.

Profissionalmente, co-mecei com dois estágios de cozinha: um na Pousa-da Convento de Belmonte e o segundo no Hotel São Rafael Suite Hotel5*, em Albufeira. Quando acabei o curso, fui trabalhar, como cozinheiro, para o Hotel Fonte Santa/Hotel Astória, nas termas de Monfortinho. De seguida, “dei o salto” e fui para Viseu, como chefe de cozinha, para o restau-rante “Caprichos e sabo-res”. Passado uns tempos, fizeram-me um convite e fui abrir o H2otel Congress and Spa 4*, em Unhais da Serra,

Redação do Gente em Ação

Pedro Pires

também como chefe de co-zinha. Posteriormente, senti necessidade de ir conhecer novas formas de cozinha e então fui chefiar uma fábrica de produção alimentar, em Lisboa, durante 5 anos e, no ano passado, decidi sair para o estrangeiro.

Por que razão decidiu emigrar para a Alemanha?

Já era um sonho desde que tirei o meu curso. Um dia queria emigrar e apren-der mais coisas sobre ou-tros países, desde a cozi-nha à língua. Então deu-se esta oportunidade. Decidi arriscar ir para a Alemanha, apesar de já estar como efe-tivo no anterior trabalho.

O que mais o motiva na atividade profissional que hoje desenvolve?

Neste momento, apren-der a usar novos produtos e novas técnicas. Como a Alemanha está no centro da europa, no fundo aprendo vários gostos: russos, ita-lianos, franceses, ingleses,

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (12)Entrevista (1)

Bilhete de IdentidadeNome: Pedro Miguel Ferreira PiresData de nascimento:08 de setembro de 1985Frequentou a escola de VVR: De 1995 a 2003 Média de conclusão do 9º Ano: 3,1Profissão: Cozinheiro

Uma das turmas do Pedro

nórdicos e até árabes.

Acompanha a atividade da escola? Que opinião tem hoje da escola?

Sinceramente, não tenho tido muito tempo para acom-panhar o quer que seja, mas já dei uma vista de olhos à página do Facebook.

Costuma ler o nosso jor-nal e conhece a nossa pá-gina no Facebook?

Não, mas vou ser um leitor mais assíduo, quanto à pági-na, sim já conheço.

Que mensagens ou su-gestões gostaria de deixar aos nossos jovens leito-res?

Sejam curiosos, atentos à realidade do mundo, críticos construtivos e com muita vontade de fazer aquilo que mais gostam, seja o que for, a nível profissional. E, quan-do sentirem dificuldades, e estiverem a pensar desistir, não o façam!

Muito obrigado!

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Atividades

Teresa Gouveia e Ricardo Pereira (8ºA)

No dia 16 de maio, os alu-nos do 7.º, 8.º e 9.º anos do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão fizeram uma visita a Espanha, à ci-dade de Salamanca, no âm-bito da disciplina de Moral.

À hora prevista, acom-panhados de alguns pais e professores, Luís Costa, Filomena Conceição, Pau-lo Martins, Isabel Mateus e Olga Almeida, demos inicio à viagem.

Chegados a Tordesilhas, fomos visitar o museu das Casas do Tratado de Tor-desilhas, onde tivemos o privilégio de observar docu-mentos com mais de meio século. De seguida, rumá-mos a Salamanca para visi-tar o Museu do Automóvel, onde pudemos apreciar vá-rios carros de séculos ante-riores e também do presente (coleção particular de Gó-mez Planche).

Viagem a Salamanca e Tordesillas

Depois de nos instalarmos numa albergaria para estu-dantes, saímos para uma noite de divertimento.

Fomos até à Praça Maior (monumento com uma vida social e cultural bastante ati-va), onde vimos um concerto e percorremos algumas ruas visitando as lojas daquele lo-cal maravilhoso!

No dia seguinte, fomos visitar as catedrais, com traços de arquitetura gótica e a Universidade de Sala-manca, cuja biblioteca é fas-cinante. Depois, visitámos mais alguns lugares daquela bela cidade.

Por fim, regressámos a Portugal com o desejo de repetir uma próxima viagem.

Foram dois dias muito di-vertidos, com boa disposi-ção de todos e aquisição de novos conhecimentos.

Reportagem fotográfica completa.aevvr.pt /

Prof. Luís Costa

Dando continuidade a uma tradição que remonta a 1991 realizou-se, nos dias 16 e 17 de maio, a visita de estudo dos alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (3.º ciclo). Como também vai sendo habitual, esta contou com a participação de ele-mentos da comunidade edu-cativa, pelo que o grupo de 41 pessoas incluía alunos, professores, funcionários e encarregados de educação.

Desta feita, a opção de vi-sita recaiu sobre Tordesillas, onde se visitaram as “Casas do Tratado”, que assinalam o local onde foi assinado o tratado com o mesmo nome, em 7 de junho de 1494, ce-lebrado entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino da Espanha para di-vidir as terras “descobertas e por descobrir” por ambas as Coroas fora da Europa. O tratado surgiu na sequência da contestação portugue-sa às pretensões da Coroa espanhola resultantes da viagem de Cristóvão Co-lombo, que um ano e meio antes chegara ao chamado

“Novo Mundo”, reclamando-o oficialmente para Isabel, a Católica.

A viagem continuou para Salamanca, a intitulada “Ci-dade do Conhecimento”, onde se visitou o “Museo de Historia de la Automoción”, único museu público espa-nhol dedicado ao automó-vel. Os visitantes tiveram a oportunidade de ficar a co-nhecer cerca de 100 exem-plares (muitos deles únicos) que contam a história deste meio de locomoção, bem como inúmeros acessórios relacionados com o mesmo.

Depois de jantar, foi tem-po de conhecer o centro da cidade de Salamanca, à noite. Um primeiro pas-seio desde a zona da Plaza Mayor, passando pela zona pedonal e pelas duas ca-tedrais, permitiu ficar com uma primeira panorâmica da visita que iríamos efetuar com mais tempo na manhã seguinte. O passeio a pé de volta ao albergue permitiu, ainda, atravessar a histórica Ponte Romana sobre o Rio Tormes.

A manhã de sábado foi, então, passada no centro da cidade, onde foram vi-sitadas a Universidade e as duas catedrais. Os visi-tantes ficaram a conhecer o edifício histórico da Uni-versidade mais antiga de Espanha (e a quarta mais antiga da Europa), tendo ficado impressionados, so-bretudo, com a biblioteca antiga. Da visita às Cate-drais destacou-se, sobretu-do, a originalidade do facto das duas coexistirem lado a lado, tendo a antiga sido preservada (ao contrário do que estava inicialmente previsto) após a conclusão da nova, no século XVIII, constituindo assim um con-junto arquitetónico singular.

Depois de algum tempo livre para mais um passeio pelo centro e para comprar os indispensáveis “recuer-dos”, era tempo de regres-sar a Portugal onde, de-certo, todo o grupo chegou muito mais rico e já fazendo planos para a viagem de 2015!

ÚLTIMA HORA!!!

Jovens Repórteres para o Ambiente de VVR dis-tinguidos com a “Re-portagem do mês” de

abril.(“Portas de Ródão, uma maravilha natural à nossa

porta”)http://jra.abae.pt/portal/

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Eng. Carlos Coelho

Entrevista (2) DIRETOR DA CELTEJO - EMPRESA DE CELULOSE DO TEJO, S.A.

Jovens Repórteres para o Ambiente

Continua na pág. seguinte

O “Gente em Ação” foi entrevistar o engenheiro Carlos Coelho, diretor fabril da Celtejo desde 2011 e membro da comissão executiva do grupo Altri.

Possui Mestrado em Produção de Pasta para Papel e formação diversa na área da gestão, tendo frequentado recentemente o Programa Avançado para Executivos na Universidade Católica e o Senior Executive Programme London Business School.

Ser diretor de uma fábri-ca deste tamanho é fácil ou difícil?

No início não é fácil, por-que existem muitas maté-rias que é preciso aprender. É como começar um novo ano na escola. Com o tem-po torna-se mais fácil.

Qual é o volume diário e anual da produção de pas-ta de papel?

Neste momento e com a otimização que temos vindo a fazer, a fábrica consegue fazer mais de 650 tons/dia o que significa que pode-remos fazer por ano entre 220 000 a 230 000 tons de pasta.

A produção da fábrica é vendida para o mercado interno ou para o merca-do externo? Quais são os principais países importa-dores?

A Celtejo tem um cliente muito importante no mer-cado interno que é a AMS. Tirando essa exceção, toda a pasta é vendida para o mercado externo, sobretu-do para os países europeus como a Espanha, a Itália, a Áustria, a Alemanha, a França e alguns outros.

Esta empresa produz

toda a energia que conso-me?

A Celtejo tem vindo a equi-librar a relação entre a ener-gia (elétrica) que compra e a que vende. Neste momento, depois do investimento que fizemos nesta área, somos autossuficientes em termos energéticos. Mais importan-te ainda é perceber que se trata de uma energia reno-vável.

No ano passado, a popu-lação de VVR manifestou-se contra a poluição que esta fábrica produz. Um pó preto era visível em todo o lado. Como é que resolveram isso, visto que as pessoas deixaram de reclamar?

Por vezes, nas fábricas, surgem situações novas que temos de estudar, porque nem tudo vem nos livros. Logo que percebemos o que se passava, resolvemos depressa a situação. É tam-bém assim que trabalham os cientistas que descobrem novas coisas.

Por que razão são vis-tas diariamente massas de fumo branco a serem emitidas pelas chaminés? Estas têm algum impacto na atmosfera?

Quando se queima um produto natural como a cas-ca ou o que na fábrica cha-mamos o licor, produz-se dióxido de carbono e água. É esta água (fumo branco) que se vê na saída das cha-minés, tal com se vê lá em casa quando se aquece a comida no fogão.

Quais são os constituin-tes do fumo? Esses cons-tituintes são nocivos para a saúde?

Mais de 99% do “fumo” que se vê sair das chami-nés é constituído por água, dióxido de carbono e azoto. Não esquecer que 4/5 ou seja 80% do ar é constituído por azoto e o ar é necessá-rio para a caldeira funcionar. Depois existe também uma pequeníssima quantidade de gases com enxofre.

Há dias em que se nota um cheiro nauseabundo. A que se deve? O que pen-sam fazer para o eliminar?

Se forem aos Açores e fize-rem a mesma pergunta a um habitante local duma zona vulcânica, ele vai achar en-graçada a questão. Lá como cá é o enxofre que provoca o cheiro caraterístico que sentimos. Nos Açores, é a natureza que o tira das suas

entranhas através de um vulcão, no caso da Celtejo é a forma como cozemos a madeira que o torna neces-sário. O nosso olfato é sen-sível a concentrações de en-xofre tão pequenas que os nossos equipamentos mais sofisticados quase não as conseguem medir. Apesar de tudo, estamos sempre atentos a novas tecnologias que não deixaremos de apli-car se forem eficientes.

Normalmente, esta fá-brica envia amostras dos resíduos que emite para análise química?

Sim, todos os anos são enviadas para análise amos-tras dos resíduos mais im-portantes produzidos pela Celtejo.

Como são controladas as descargas dos resídu-os para o rio Tejo para que não tenham um impacto negativo no ecossistema?

Na Celtejo, não descar-regamos resíduos para o rio Tejo, pelo que certamente estaremos a falar do efluen-te líquido. A fábrica tem uma ETAR (Estação de Trata-mento de Águas Residuais) onde todas as águas do pro-cesso são tratadas. O pri-meiro tratamento chama-se gradagem e serve para tirar coisas grandes (ex. pedras, pequenos ramos, etc). De-pois temos 2 decantadores ou sedimentadores onde o material mais pesado vai ao fundo (ex. fibras de madei-ra e areias). Este material passa por uma prensa onde é espremido para retirar a água e volta para a fábrica para ser usado na produção de energia. As águas que saem do decantador vão de-pois para os reatores bioló-gicos onde as batérias “lim-pam” a água, consumindo a matéria orgânica. Só depois destes tratamentos todos é que mandamos a água para o rio.

Que estratégias têm para diminuir os efeitos da poluição?

Temos muitas, mas as mais importantes passam

por usar cada vez menos água e menos energia para fabricar a pasta. Chama-se a isto otimizar o processo de fabrico.

Tentamos também valori-zar todos os materiais, como por exemplo a casca do eu-calipto que serve para fazer energia. Deste modo, não usamos tantos combustíveis fósseis e reduzimos a polui-ção.

A matéria-prima usada para a produção de papel é o eucalipto. Quantas to-neladas são “moídas” por dia?

Para vos dar uma imagem que seja mais fácil de enten-der, podemos dizer que, em cada dia que passa, a fábri-ca consome cerca de 80 ca-miões de madeira.

Qual é a política da em-presa no que concerne às questões relativas à flo-resta e à replantação de árvores?

A Celtejo é uma empre-sa certificada pelo FSC e PEFC. O que querem dizer estas siglas é que existem organizações a nível mun-dial que vocês podem pes-quisar na Internet e que dizem que a Celtejo, que pertence ao grupo Altri, gere bem a sua floresta. Gerir bem significa, por exemplo, que procuramos plantar mais árvores que aquelas que cortamos. Significa que, nas zonas florestais, prote-gemos a biodiversidade.

As alterações climáti-cas, cujas causas resul-tam em grande medida das atividades humanas, constituem um problema prioritário que o mundo tem de resolver. Em que medida a sua empresa, e o grupo ao qual pertence, estão sensibilizados para esta realidade ambiental?

Para a existência da Cel-tejo, que utiliza uma matéria-prima natural, é fundamental que o clima seja estável, com estações do ano bem definidas para que as nos-

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Entrevista (2)

Continuação da pág. anterior

sas árvores cresçam fortes e saudáveis. Por isso, es-tamos muito sensibilizados para este problema do nos-so planeta.

Qual a ligação da Celtejo com a fábrica vizinha – a AMS Goma Camps?

A Celtejo sente-se mui-to feliz com a existência da AMS com quem sempre tivemos excelentes rela-ções de cooperação que vão muito além da simples relação cliente-fornecedor. Cada empresa aprende com a outra e, em conjunto, me-lhoramos a nossa competiti-vidade.

A Celtejo foi recente-mente eleita, pela revista Exame, a 26º melhor em-presa para trabalhar em Portugal e a 2º melhor no setor “Indústria”. A que se deve, na sua opinião, este reconhecimento?

Nos últimos 3 anos, a Cel-tejo tem feito nascer uma cultura que se pode traduzir com o lema “ small size but great ideas”, ou, em portu-guês “as nossas ideias são do tamanho do mundo, a fá-brica ainda não”.

Os resultados obtidos na lista da revista Exame tam-bém significam que, duma maneira geral, todos estão envolvidos nas decisões que a empresa toma e, des-te modo, sentem-nas como suas e lutam por elas. Tenho orgulho em sentir que os tra-balhadores da Celtejo sen-tem paixão no que fazem. Enfim, sentem a empresa como sendo deles e isso é o segredo para o sucesso.

A vossa política de em-

prego dá prioridade às pessoas que residem em Vila Velha de Ródão?

A Celtejo é uma empresa em que o domínio da tecno-logia é muito importante e, como tal, tentamos contratar os mais competentes. Se fo-rem nossos vizinhos, mais fácil será virem trabalhar

connosco. A Celtejo incenti-va a fixação em VVR.

Sabemos que, ao contrá-rio de muitos dos trabalha-dores desta empresa, de-cidiu residir em Vila Velha de Ródão. Porquê?

A gestão duma empresa com a Celtejo é uma ativida-de exigente pelo que a pro-ximidade com a fábrica per-mite-me estar rapidamente presente quando é necessá-rio apoiar o pessoal no terre-no e tomar decisões urgen-tes. É muito importante fazer parte da população que vive na envolvente da fábrica. Para além disso, sinto-me cada vez mais apaixonado por esta vila. Sinto-me um verdadeiro rodense. Para além de tudo, sou muito bem tratado pela população de VVR. É com muita satis-fação que vejo a população de VVR falar agora da Celte-jo com um carinho especial.

Quais os aspetos que mais aprecia nesta região?

A generosidade e humil-dade das pessoas, a beleza natural da região e o traba-lho concertado que tem sido feito por todos para criar um melhor futuro para os habi-tantes de VVR.

Que contributo está a Celtejo a dar para o desen-volvimento futuro do con-celho? Quais os projetos em desenvolvimento?

A Celtejo é indiscutivel-mente, pela sua dimensão, um dos motores da econo-mia local. Além dos empre-gos diretos, ascendem a mi-

lhões os euros que ficam na região através da aquisição de madeiras, da contratação de serviços e da aquisição e promoção internacional de produtos regionais.

Neste momento, a Celtejo está a trabalhar na versão fi-nal da sua estratégia de mé-dio e longo prazo que será revelada logo que possível.

O que espera a sua em-presa da nossa escola em especial e do sistema edu-cativo em geral?

Esta é realmente uma per-gunta difícil, mas não vou deixar de responder. A Cel-tejo precisa de jovens bem preparados que possam, num futuro próximo, dar con-tinuidade ao trabalho que a empresa está a desenvol-ver. Mas, mais do que pedir à escola o que ela tem para nos dar, os alunos devem perguntar-se o que podem dar eles à sua escola, para que ela se torne uma refe-rência para as outras esco-las. Perguntem a vocês pró-prios: “Eu tenho orgulho em andar na minha escola?”, “De que forma eu contribuí para tornar a minha escola uma referência?” Quando a resposta for positiva a am-bas as perguntas, também a vossa escola poderá ganhar prémios e estar entre as me-lhores do país, porque o ta-manho não importa.

E lembrem-se que, por es-tranho que pareça, trabalhar pode ser divertido quando “fazemos o que gostamos e somos bons no que faze-mos.”

No passado dia 2 de maio, o Ciclo Preparatório de Vila Velha de Ródão realizou uma visita de estudo ao centro fabril de Ródão. Esta visita foi realizada com a preocupação de informar os alunos como funciona a ce-lulose. Como sabemos, esta fábrica produz pasta para papel. São cerca de 500 os operários que ali trabalham.

Vamos, então, dar um pe-queno esclarecimento sobre este centro fabril.

Entram ali, diariamente, muitos camiões carregados de madeira. Essa madeira é descarregada no chama-do “parque de madeiras”. Depois, é posta numa mesa de descarga, onde lhe são tiradas algumas areias. De seguida, é transportada para um destroçador, onde é cortada em estilhas que, por sua vez, são lançadas no “parque de estilhas”. A estilha é levada para um di-gestor que é um grande tubo com 40 metros de altura, tipo foguetão. Aí, a estilha é cozida em água de lixívia ou soda cáustica. A lixivia bran-ca é um produto muito cor-rosivo que, se cair na nossa pele, faz queimaduras do 3º grau. Esta lixivia branca,

tal como a energia elétrica, é produzida na própria em-presa. Como sabemos, a madeira tem nós e acontece que a lixivia branca não os consegue cozer. Por isso, existe no fundo do diges-tor um género de crivo que separa os nós das fibras de madeira que, neste mo-mento, já se chamam pasta. Os nós são moídos e fazem uma pasta de menos valor (pasta de nós). Entretanto, a pasta sem nós é levada para uma secção onde é transformada numa folha de 4 metros de largura. De seguida, essa folha passa para a secção de secagem, onde é seca. Ao sair da se-cagem, essa folha de pas-ta é cortada aos pedaços que depois são atados em fardos de 200 quilos. São cerca de 1300 os fardos de pasta produzidos diaria-mente.

Essa pasta é vendida para o comércio interno e exter-no. Segundo dados esta-tísticos, o mercado interno absorve 35% da produção, enquanto o mercado exter-no absorve os outros 65%. Um dos principais países importadores é a China.

«A generosidade e humildade das pessoas, a beleza natural da região e o trabalho concerta-do que tem sido feito por todos para criar um melhor futuro para os habitantes de VVR.»

Jornal da Escola Preparatória de Vila Velha de RódãoAno I, Número 1, Maio de 1984

Visita de estudo à Celtejo

DO ARQUIVO

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Atividades | Projetos

O papel da CeltejoBianca Almeida (redatora principal) / JRA

Os Jovens Repórteres para o Am-biente foram convidados pelo dire-tor da Celtejo, engenheiro Carlos Coelho, para visitar as instalações desta fábrica de papel situada em Vila Velha de Ródão.

Quando chegámos, à entrada da fábrica, tínhamos à nossa espera uma “comissão de boas vindas”, constituída pelo próprio diretor e dois engenheiros. Logo de seguida, dirigimo-nos para o refeitório, onde nos esperava um almoço que todos apreciámos.

Após o almoço, fomos visitar as instalações da fábrica para ficar-mos a conhecer todo o processo do fabrico do papel. Todos os Jovens Repórteres estavam bastante en-tusiasmados e revelavam bastante interesse em saber como funciona aquela fábrica que conhecem ape-nas por fora, pois os seus edifícios destacam-se na paisagem da vila, sobretudo por causa das altas cha-minés que estão permanentemente a deitar um fumo branco. Além dis-so, estavam curiosos para saber como é que se fabrica o papel que serve para fazer os livros e os ca-dernos que usam no seu dia-a-dia enquanto estudantes.

Assim, munidos de blocos de no-tas, de gravador e de máquina fo-tográfica, sempre acompanhados pelo diretor da empresa, que nos serviu de guia, iniciámos a visita.

Dirigimo-nos para a área onde se faz a receção da madeira, o descas-que e o destroçamento e onde es-tão armazenadas muitas toneladas de troncos de eucaliptos que são a matéria-prima desta unidade fabril. Mal chegámos, fomos inundados por uma onda de barulho repentina, pois assistimos ao destroçamen-to da madeira “ao vivo e a cores”. Os eucaliptos chegam em camiões enormes que são descarregados no parque de madeiras. Máquinas com gruas elevam os troncos ainda com casca que entram na linha e são descascados dentro dum tubo fe-chado e isolado para podermos dor-mir durante a noite na vila. A casca é triturada e depois é queimada para produzir energia elétrica. A madeira entra descascada no tapete que de-pois segue para o destroçador que, segundo nos disse o nosso guia, é o maior do mundo. Este desfaz a ma-deira em aparas pequenas que são depois transportadas para o silo. As aparas são separadas: as que têm o tamanho ideal serão transformadas em pasta de papel e as outras serão usadas na queima para a obtenção de energia que será utilizada na

própria fábrica. Desde janeiro, esta é a primeira

empresa do género, no mundo, que consegue aproveitar a totalidade da árvore, uma vez que até da raiz tam-bém se fazem aparas. A este pro-pósito, o engenheiro Carlos Coelho afirmou: “Somos pioneiros a nível mundial e temos um projeto-piloto que consiste em recebemos também as raízes das árvores que depois processamos para fazer aparas. As raízes são partidas em vários boca-dinhos que passam por uma piscina para serem limpas, aí a madeira fica a boiar, a parte mais pesada cai e só depois é feito o destroçamento final. Este é um procedimento difícil, mas nós achamos que faz sentido apro-veitar toda a árvore por causa das questões ambientais.”

As questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental são uma preocupação constante para os responsáveis desta empresa. O engenheiro Carlos Coelho disse-nos ainda que “cortamos muitas árvores, mas também, no país, somos quem também planta mais”. São produzi-das, no viveiro da fábrica, cerca de 2 milhões de árvores para plantação. Neste momento, estão a ser plan-tadas muitas árvores para cobrir o perímetro da fábrica, no sentido de minimizar o impacto visual, pois o comprimento dos edifícios é quase tão grande como o comprimento da vila. Carlos Coelho referiu ainda que “outro dos nossos objetivos é fazer uma corrente de filtro que filtre o mau cheiro que emana das chami-nés”. A Quercus visita a fábrica re-gularmente e, se as normas ambien-tais não estiverem a ser cumpridas, há uma comunicação imediata ao Ministério do Ambiente. Além disso, as entidades que regulam o ambien-te também monitorizam os índices de poluição emanados. “Nunca pa-gámos uma coima por infração am-biental, contudo já tivemos alguns processos”, disse Carlos Coelho.

Continuámos a nossa “viagem”, agora no interior de um enorme edi-fício, onde observámos que as apa-ras, depois de saírem do silo, são puxadas para o digestor, que é uma espécie de panela de pressão, que as vai cozer.

As aparas que tiverem o tamanho ideal vão diretas para o silo, as que tiverem maiores ou menores dimen-sões são reprocessadas. Toda a madeira é aproveitada e lavada e a água é reciclada. A água que lava a madeira anda sempre em circula-ção. O processo de fabrico da pasta de papel inicia-se com o cozimento

das aparas. Estas provêm do silo e são puxadas para o digestor, que é uma espécie de panela de pressão, que as vai cozer com vapor e licor branco. Este licor é à base de soda, é produzido na própria empresa e anda em circuito fechado. Este li-cor depois sai negro e vai à caldei-ra para ser regenerado. As aparas, após saírem do digestor, já cozidas, têm uma tonalidade castanha, sen-do depois enviadas para a caldeira de recuperação onde terão dois des-tinos: a queima para a produção de energia - onde é usado o licor negro forte - a caustificação - onde o licor negro fraco chega como licor verde, sendo depois banhado com soda, obtendo-se, como produto final, o licor branco. Quando o licor negro vai para a queima, transforma-se em licor verde. E, com o calor, pro-duz-se vapor e energia elétrica. O licor verde depois vai a uma máqui-na, leva com cal branca e fica licor branco, que depois é reutilizado. A pouca água suja que é enviada para o rio Tejo é também tratada. Todo o processo é monitorizado e em todas as salas existe um laboratório para se fazerem análises periódicas. To-das estas ações levam a que este processo seja um ciclo fechado em que não existem desperdícios, nem se prejudique o meio ambiente. As-sim, a pasta castanha obtida neste processo é lavada e, de seguida, vai ser branqueada.

Quando chegámos à zona de branqueamento da pasta, fomos surpreendidos por um mau cheiro quase insuportável e ainda nos su-jámos todos, graças ao pó presente nos corrimões. Era muito difícil ca-minhar naqueles corredores que pa-reciam andaimes e que se situavam a vários metros de altura. Alguns dos Jovens Repórteres tiveram ver-tigens!

O nosso guia informou-nos que o processo de branqueamento “é o processo mais limpo e sustentá-

JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE

vel que há, pois nós branqueamos a pasta e não precisamos de usar lixívia; branqueamos a pasta com oxigénio, ozono que produzimos cá dentro e peróxido que é vulgarmente conhecido como água oxigenada”.

Depois de ser branqueada, a pas-ta sai líquida e depois é espalhada numa mesa onde fica a secar atra-vés de um sistema de vácuo que suga a água. Depois de seca, é prensada. Finalmente, entra numa estufa onde há vapor a 140 graus. Fomos informados que 95% da pas-ta seca que é vendida destina-se à exportação e que os outros 5% vão para a AMS (fábrica de papel situa-da a pouca distância desta) por meio de um tubo.

Para finalizar a visita às instala-ções da Celtejo, passámos ainda pelo armazém onde milhares de to-neladas de folhas de papel prensa-do estão depositadas, prontas para iniciarem longas viagens.

Tivemos ainda tempo para uma conversa informal, no auditório, com o engenheiro Carlos Coelho. Para ele, “a pasta de papel é o petróleo português e esta empresa é um bom exemplo de criação de riqueza para o país”. Para comprovar esta afirma-ção, referiu que “a Celtejo foi recen-temente eleita, pela revista Exame, a 26ª empresa para trabalhar em Portugal e a 2ª melhor no setor In-dústria”.

É muito interessante saber que esta empresa prima pela inovação e pela sustentabilidade, sendo que toda a sua atividade é supervisiona-da pelas normas impostas pelo Mi-nistério do Ambiente.

A Celtejo, empresa de fabrico de papel, tem certamente um papel importante a desempenhar no de-senvolvimento da região onde está inserida e está, neste momento, a empreender um esforço nesse sen-tido, sobretudo através de parcerias com as entidades locais.

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Atividades | Notícias | Talentos

O 9º Ano foi ao teatro

No dia 13 de maio, os alunos do 9º ano foram assistir à peça de teatro “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, representada pelo grupo Contra-Palco, nas instalações do IPDJ.

Fomos de manhã e, tal como nós, mais turmas do distrito de Castelo Branco foram ver o espetáculo, em que Gil Vicente demonstrou, através da comédia, o que os nossos antepassados faziam no século XVI, de acordo com as suas crenças religiosas. Este auto retrata o tribunal alegórico a que as pessoas são sujeitas quando morrem, tendo em conta todos os pecados que cometeram durante toda a sua vida.

Foi uma representação muito divertida, pois os atores interagiram imen-so com o público. No final da representação deste magnifico auto, fizemos algumas perguntas aos atores e, de seguida, tivemos direito a um almoço oferecido pelo nosso Agrupamento.

Houve razões que levaram o nosso professor de Português a querer le-var-nos a ver esta peça: este texto dramático faz parte da matéria do nosso ultimo ano no 3º ciclo e pode perfeitamente sair no nosso exame.

Gostámos muito deste dia, pois tivemos direito a um momento lúdico com colegas de outras escolas. Foi a nossa última visita como turma do 9ºano, por isso aproveitámos cada momento.

Nos dias 8 e 15 de maio realizou-se o ateliê ‘’Pensar a escrita…es-crever o pensamento”, na Bibliote-ca Municipal José Batista Martins, no qual a turma do 9ºano participou, acompanhada pelo professor de Português.

Neste ateliê, a bibliotecária, Dr.ª Graça Batista, ajudou-nos, na pri-meira sessão, a interpretar poemas e, na seguinte, a conhecer técnicas para pensar e escrever um bom tex-to argumentativo.

Na parte da poesia, deu-nos um texto como exemplo e, todos juntos, interpretámo-lo. De seguida, cada um escolheu um poema, entre al-

guns propostos, e ofereceu-o à pes-soa que mais se identificava com ele. Depois, cada aluno interpretou-o e partilhou a informação com a turma.

Na segunda sessão, deram-nos boas técnicas para esquematizar e depois utilizámo-las em grupos de dois, para construirmos um texto cuja o tema era ‘’O desenvolvimento dos espaços urbanos /preservação ambiental ‘’.

Esta atividade ajudou-nos muito e simplificou-nos o trabalho de elabo-rar e interpretar textos. Fomos muito bem recebidos e repetiríamos com gosto a experiência.

A escola é fixe Mas tu tens que ajudar,Pega no saco do lixoe começa já a limpar. Poupa águaDesliga a luz,Não deites lixo no chãoPõe o papel no papelão,As pilhas no pilhãoE o plástico no embalão.Respeita a natureza,Não a queiras destruir,As árvores dão-nos a sombraAs flores fazem-nos sorrir. Se queres ter higieneTens que contribuir,A escola é fixeP’ra estudar e p’ra curtir.

Turma do 9ºA

Pensar a escrita...Escrever o pensamento

Carolina Cruz e Tatiana Barata (9ºA)

Eco-Código

Alunos do Ninho de Português - Fénix-8ºano

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Higiene corporal, oral e alimentar

CPCJ de Vila Velha de Ródão

Opinião | Atividades

No passado dia 2 de junho, com o objetivo de sensibilizar para a ne-cessidade de criarmos rotinas de higiene, uma equipa de enferma-gem do Centro de Saúde local, no âmbito da parceria com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) veio à escola sede do Agru-pamento implementar uma ação.

Todos os alunos do 1º ciclo fo-ram, com as respetivas professo-ras, para a Biblioteca Escolar e aí assistiram a uma apresentação de um conjunto de curtas-metragens sobre hábitos de higiene no quo-tidiano, corporal, oral e alimentar. A atividade foi dina-mizada por uma equipa de uma enfermeira e duas enfermeiras esta-giárias que deram ainda inúmeras explicações mais pormenorizadas sobre a escova-gem dos dentes, a lavagem da língua, o uso do fio den-tal…e tentaram também responder

à curiosidade dos alunos.O interesse foi evidenciado pela

participação de muitos dos pre-sentes que questionaram e deram exemplos, ou falaram das suas ex-periências e hábitos quando tal se justificou. Verificamos ainda que to-dos conhecem, embora uns melhor que outros, as principais regras de higiene, o que mais nos deve moti-var para incentivar ao seu cumpri-mento, contribuindo para um desen-volvimento integral mais saudável e harmonioso.

No âmbito do Projeto “ Articulação da CPCJ de Vila Velha de Ródão e Centro de Saúde com o Agrupa-mento de Escolas de Vila Velha de Ródão”, teve lugar, na biblioteca da nossa escola, uma ação de sensibi-lização subordinada ao tema “ Higie-ne Oral, Corporal e Alimentar”.

Esta ação, dirigida a todos os alunos do 1º ciclo, foi orientada por três enfermeiras. Começaram por nos apresentar um filme muito in-teressante que nos mostrava como proceder, no dia-a-dia, para termos

uma vida saudável.

Aprende-mos o se-guinte:

- D e v e -mos ter muito cui-dado com os dentes, l a v a n d o -os sempre depois das re fe i ções e antes de deitar;

-É muito importante usar, cor-

Horta pedagógica na Celtejo

No dia 21 de maio, as crianças de cinco anos voltaram à horta peda-gógica na Celtejo

Ali puderam aferir o desenvol-vimento das plantas que tinham plantado. Para além disso, foi preciso tirar as ervas daninhas que proliferavam e descobrir lin-dos morangos escondidos no meio das mesmas. Depois, foi só apanhar aqueles pequenos frutos e desfrutar do seu sabor numa pequena prova já no jardim-de-infância.

Tiveram a companhia do peque-no pónei, enfeitado com flores da

primavera e de alguns colaborado-res da fábrica que iriam construir um abrigo para ele.

Os alunos de Educação Especial: a Bruna, a Sónia, o Diogo, o Gonçalo e o André juntaram-se aos alunos do pré-escolar e à professora Mafalda, à educadora Lucinda e à educado-ra Emília.

Foram todos à Celtejo para tratar da horta biológica: arrancar ervas daninhas, cavar, apanhar moran-gos e ver o pónei.

Os alunos do pré-escolar ficaram muito contentes ao ver o pónei e brincaram com ele.

Quando chegámos à escola fo-mos descansar, pois tivemos uma manhã de muito trabalho, mas que nos deu muito prazer e satisfação ao saber que deixamos um talhão de plantas medicinais e aromáticas muito bonito e muito arranjadinho.

Foi uma manhã muito agradável!

Bruna Matos (9ºA) e Sónia Nunes (8ºA)

retamente, o fio dentário e uma boa escova;

-Devemos mudar de escova de 6 em 6 meses;

- Fomos aconselhados a usar o flúor para “ afugentar os micróbios “;

-Mostraram-nos a importância de tomarmos banho todos os dias e de termos, sempre, os cabelos bem lavados e bem penteados, assim como as unhas bem cortadas para prevenir o aparecimento de doenças e até dos piolhos;

-É muito importante, também, la-var as mãos antes e depois das re-feições e sempre que vamos à casa de banho.

Como se pode imaginar, gostá-mos muito desta sensibilização, pois aprendemos e relembrámos conhe-cimentos que nos ajudam a viver melhor e a ser mais felizes, intera-gindo uns com os outros, ouvindo, questionando e dando a nossa opi-nião.

Por fim, ouvimos uma linda can-ção relacionada com o tema, apren-demo-la rapidamente e cantámos todos, muito entusiasmados, até re-petimos a canção várias vezes.

Alunos da turma C (3º ano)

As enfermeiras vieram à nossa Escola

Educadora Fátima Correia

Vamos cuidar da horta biológica!

No dia 21 de maio, fizemos uma viagem até às instalações da Celtejo para cuidarmos da horta que ajudá-mos a plantar.

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Notícias | Talentos

Concurso “40 anos de abril”João Barateiro (8ºA)

O concurso “40 anos de abril” tinha como objetivo a criação de um livro, por parte dos jovens alunos, fazen-do entrevistas, pesquisas e também trabalhos manuais, o qual valorizas-se e celebrasse o marco histórico: a Revolução dos Cravos (revolução ocorrida no dia 25 de abril de 1974).

O concurso foi promovido pela Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão, com o apoio da Câmara Mu-nicipal, do Agrupamento de Escolas, da Associação de Pais e da Bibliote-ca Municipal.

O júri era constituído por elemen-tos representativos das entidades promotoras do concurso. Podiam participar alunos dos 9 aos 15 anos. As inscrições deveriam ser entre-gues até ao dia 20 de março. A partir do dia 24 de março, o “Livro Livre”, da autoria de Francisco Bairrão Rui-vo, Danuta Wojciechowska e Joana Paz foi disponibilizado pela Bibliote-ca Municipal José Baptista Martins). Depois dessa etapa, a próxima seria a mais árdua… o trabalho, esse que deveria ser entregue até ao dia 16 de abril de 2014.

Essa etapa pode ter sido a mais

árdua, mas adorei-a, adquiri mais conhecimento e fiquei a conhecer muitas histórias de vida.

Dos trabalhos que foram a con-curso, foram seleccionados os dez melhores e, esses dez, foram “dis-cutidos” entre cada participante e o júri, antes da derradeira etapa.

No dia 25 de abril de 2014, nas celebrações dos 40 anos da Revo-lução dos Cravos, foram entregues os prémios, pela seguinte ordem: 1º lugar - João Barateiro (computador

portátil), 2ºlugar - Rita Pereira (ta-blet), 3º lugar - Diogo Dias e Patrícia Afonso (máquina fotográfica).

Pela qualidade dos trabalhos, fo-

ram atribuídas Menções Honrosas, para os lugares do Top 10. Os con-correntes que não passaram à fase seguinte receberam ainda diplomas, mas acho que estão todos de para-béns por terem concluído o trabalho.

Penso que teremos também de dar o mérito aos consultores (no meu caso, foi a minha madrinha e tia, Anabela Barateiro), a todos os entrevistados que se disponibiliza-ram para dar as entrevistas, o meu muito obrigado.

Finalmente, aos promotores deste concurso, desejo que realizem no-vas iniciativas para envolver os jo-vens na comunidade.

Para mim, foi um trabalho árduo, mas bem conseguido!

Neste número:Suplemento especial “Gente Livre em Ação”,

com uma seleção de textos incluídos nos “Livros Li-vres” entregues no âmbito deste concurso.

Ateliê “Ler com ajuda”Prof.ª Mafalda Figueiredo

No decorrer deste ano letivo, a parceria estabelecida entre o ate-liê “ler com ajuda”, que envolve os alunos de Educação Especial e a Biblioteca Municipal, centrou-se na realização de actividades de estímu-lo ao desenvolvimento sociocultural e comunicacional que resultou um êxito, levando os alunos a ter uma postura e um olhar diferente para uma área até aqui desconhecida e sem interesse.

A experiência obtida com as ac-ções desenvolvidas no decurso do ano anterior e o conhecimento mais aprofundado das preferências dos alunos foi uma mais-valia significati-va para o planeamento das múltiplas atividades e diferentes ações que, ao longo das sessões semanais, fo-ram propostas aos alunos e que se revelaram sempre muito apelativas

e obtiveram opiniões muito favorá-veis de todos os envolvidos.

As motivações foram muitas, des-de visitas às exposições que a Bi-blioteca Municipal e a Casa de Artes promoveram, concursos, apresen-tações do Projeto de Jardinagem à população, maratonas de leitura, rap para apresentações em festas, entre muitas outras atividades que se desenrolaram ao longo do ano e prenderam a atenção de todos os participantes.

Concluído o ano letivo, estamos naturalmente satisfeitos com a for-ma como decorreu o ateliê e faze-mos uma avaliação muito positiva à forma como os alunos correspon-deram aos inúmeros desafios e pro-postas que, consecutivamente, ao longo do ano, lhes foram lançados.

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Desporto

Campeonato “Super T-Matik”

Bianca Almeida (8ºA)

Como já tem vindo a ser hábito, foi realizado, na dinâmica interna da nossa escola, o campeonato de “SuperT” a Inglês e Matemática. A seleção entre turmas consistiu em fazer vários jogos e determinar um campeão e vice-campeão em cada turma.

Depois de feita a seleção, fomos jogar eletronicamente. No meu caso, fui apurada campeã de Inglês na minha turma. Depois de termos saído da aula de Matemática, eu e o Rui Tavares, que foi o vice-cam-peão, fomos até à sala de TIC para tentar a nossa sorte. Depois de a professora Elsa Flor nos ter dado a nossa senha, jogámos três vezes tentando, em cada vez, fazer o me-nor tempo possível.

O mesmo prcesso aconteceu com a disciplina de Matemática que, se-jamos sinceros, é mais complicada

que o Inglês!Nos dias seguintes, aguardámos

ansiosamente pelos resultados, pois achámos que tínhamos tempos muito bons. E não achámos mal.

Desde já quero dar os meus pa-rabéns ao João Barateiro, que ficou colocado em 4º lugar a nível mun-dial, na categoria 7, pela sua pres-tação durante o jogo de “Super T” de Matemática. É de se louvar re-almente!

Por cá, temos em 2º lugar, a nível nacional, na categoria 8 de Inglês. Eu fiquei em 2º lugar! Não achei que tivesse feito o tempo necessá-rio, mas sinto-me orgulhosa.´

Quando eu e o João soubemos da notícia, sentimo-nos chocados, porém muito contentes por elevar o nome da nossa escola tão alto!

Pró ano há mais!

Sónia Nunes (8ºA); Bruna Fontelas (9ºA)

No dia 22 de maio, pelas 11h15,deflagrou um incêndio na sala de informática da nossa escola.

Após terem sido averiguadas as causas do incêndio, conclui-se que ocorreu um curto-circuito. Os bom-beiros foram chamados ao local e apagaram rapidamente o fogo. Ape-sar disso, há duas vítimas a registar: o Gonçalo Correia e o Diogo Olivei-ra, que estavam a trabalhar na sala de informática. Foram assistidos no local e transportados na ambulância para o hospital de Castelo Branco, tendo-se verificado que a situação não era grave, pois apenas sofre-

ram alguns ferimentos e tinham difi-culdade em respirar.

PENSARAM QUE ISTO ERA VERDADE? NÃO! TUDO NÃO

PASSOU DE UM SIMULACRO!

Na verdade, quando os alunos ouviram a campainha, foram cum-pridas todas as regras definidas para estas situações. Dirigiram-se ordenadamente para o pátio, aguardaram a chegada dos bom-beiros e ouviram atentamente as explicações deles.

Incêndio na sala de informática

Concurso Nacional de Leitura em Proença-a-Nova

Professora Luísa Filipe

No dia 23 de abril, na Bibliote-ca Municipal de Proença-a-Nova, realizou-se a prova distrital de apu-ramento dos alunos de Castelo Branco, do Concurso Nacional de Leitura, no âmbito do Plano Nacio-nal de Leitura.

A nossa escola esteve represen-tada por dois alunos do 8ºA – Ma-riana Santos e Rui Tavares – e por uma aluna do 9ºA, Iolanda Tavares. Para participarem nesta prova, os alunos tiveram que ler a obra: “A bibliotecária de Auschwitz”, um ro-mance de Antonio G. Iturbe sobre a história corajosa e verdadeira de uma sobrevivente deste campo de extermínio nazi, Dita Dorachova.

Os alunos tiveram uma partici-pação bastante positiva nesta 2ª fase, embora não tenham sido apurados para a fase nacional. De qualquer forma, estiveram entre os melhores. Para além da participa-ção no concurso, puderam visitar o “Bibliomóvel”(um projeto inovador desta Biblioteca Municipal que con-siste numa biblioteca itinerante), pu-deram assistir às provas orais dos concorrentes selecionados, confra-ternizar com a escritora Dulce Car-doso, autora da obra “O retorno”, que os alunos do secundário tinham que ler para realizar a prova, bem como puderam conviver com os alu-nos leitores das outras escolas, pois

eram 96 o total dos participantes. De realçar a excelente organiza-

ção deste evento por parte da Biblio-teca Municipal de Proença a Nova que, para além da animação previs-

ta e da visita guiada ao Centro de Ciência Viva da Floresta, ofereceu ainda um lanche a todos os jovens e adultos presentes.

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CPCJ de Vila Velha de Ródão

Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância- 2014

tória do Laço Azul” adaptada para a descoberta do seu significado. De tudo o que ouviram, produziram al-guns trabalhos que ilustram a leitu-ra que cada um fez do que lhes foi apresentado.

Para a comunidade educativa, foi apresentada pelo psicólogo Dr. Al-fredo Leite, a palestra “Temos sido bons pais?” que obteve da assis-tência uma atenção entusiasmada e interessada pelo modo brilhante como decorreu!

Ainda, partindo de um convite fei-to nas redes sociais, imprevisto, foi conseguida a mobilização suficiente da comunidade, que permitiu regis-tar o “nosso” laço azul com a res-posta dada ao desafio “Vamos vestir de Azul”- 24 de abril.

O empenho de toda a população envolvida, mais jovem ou menos, permitiu realizar, com sucesso, to-das as atividades… um sinal evi-dente de que as boas causas con-seguem mover-nos …

Atividades | Sugestões de Leitura

Integrados na comemoração do Dia da Criança, foram divulgados, após o almoço convívio desse dia, os resultados do concurso “Eu res-peito os meus direitos…e tu?”, que visava reconhecer o trabalho, por ci-clo de ensino, que melhor ilustrasse, dentro das modalidades previstas, os Direitos da Criança.

A Comissão de Proteção recebeu inúmeros trabalhos e não foi tarefa fácil para o júri destacar os vencedo-res. Para além da muita criatividade presente em alguns, pelos matérias utilizados ou pela forma dada ao tra-balho, todos evidenciaram o conhe-cimento de algum dos direitos ou de vários…o que constituía o objetivo máximo deste concurso!

Todas as produções foram divul-

gadas, no seu conjunto, na página Web do Agrupamento. A todos os participantes, damos os parabéns pelo empenho e, sobretudo, por não terem ficado indiferentes, pois praticaram assim um dos principais direitos de qualquer cidadão: dar a sua opinião, com conhecimento!

Por níveis de ensino, foi atribuído o primeiro prémio, no Pré-escolar, a Beatriz Martins; no 1º/2º ano, a Afonso Carmona; no 3º/4º ano, a Carolina Santos; no 3º Ciclo, a Bianca Almeida.

Aos vencedores presentes, para além do reconhecimento sob a for-ma de aplausos, foi simbolicamente oferecida uma camisola alusiva ao concurso.

Ao longo de todo o mês de abril, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Velha de Ródão as-sinalou a “Campanha do Laço Azul”, uma iniciativa em desenvolvimento por todo o país, através das diver-sas Comissões, Autarquias e outras entidades.

Para além da distribuição de pe-quenos laços azuis por toda a co-munidade mais próxima do Agrupa-mento, a serem usados como sinal de consciência dos maus tratos e predisposição para os denunciar, foram desenvolvidas atividades di-versas, adequando-se a cada nível de ensino.

Assim, para os alunos dos 2º e 3º ciclos, foi proporcionado o visio-namento de curtas-metragens, bem como um powerpoint informativo acerca da Campanha “Laço Azul”, um debate e reflexão sobre o tema.

Os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo assistiram à projeção e narra-ção do conto “Quando a mãe gri-ta…”, de Jutta Bauer, ouviram a “his-

Eu respeito os meus direitos…e tu?

CPCJ de Vila Velha de Ródão

Bianca Almeida (8ºA)Reza o 9ºdireito que, por outras palavras, todas as crianças devem ser

protegidas contra o abandono e a exploração no trabalho. Será que é bem assim?

O mundo onde vivemos atualmente é tudo menos justo. Muita dessa in-justiça é vista diariamente nas condições de vida precárias de crianças inocentes. Se devem ser protegidas contra o abandono, porque é que há pais que abandonam os filhos, e depois, quando se lembram da existência dos mesmos, é para magoar mais do que já tinham magoado?

Quando uma criança é abandonada, para fazer jus à Declaração dos Direitos da Criança, esta deve ver a justiça ser feita. A criança merece ser protegida de quem a abandonou e também tem o direito de ser feliz numa outra família, sem problemas nem preocupações.

Quanto à exploração no trabalho, estamos a olhar para algo com dimen-sões muito maiores e, inclusive, mais problemáticas. Se alguém se desse ao trabalho de analisar a vida de muitos meninos e meninas, ficariam cho-cados com a quantidade de sofrimento que muitas das vezes até os mais novos carregam.

Para fazer respeitar este direito crucial, a minha opinião é que qualquer pessoa, se de algum caso soubesse, o devia denunciar, pois as crianças de hoje serão os líderes de amanhã.

Não sou a única que acho que uma criança é uma dádiva da vida e que também há muitos progenitores/as que nunca na vida o deveriam ter sido. Disso, estou certa. Quantas raparigas e rapazes não choraram e choram à espera dum salvador/a que nunca aparece?

É por isso que elas necessitam de ser protegidas.Escolhi o 9ºdireito por me identificar com o mesmo, mas todos os 10 são

muitíssimo importantes. Todos eles se devem fazer cumprir e, mais impor-tante ainda, entender e respeitar. Pois, como disse António Gedeão, com algumas adaptações minhas, toda a criança merece uma vida comandada por um sonho. Todas elas são corajosas e todas elas necessitam do nosso apoio. Nada é mais “cool” do que um sorriso duma criança!

Tenho dito!!

Será que, enquanto criança, os meus direitos são respeitados?

Acima: Texto vencedor da categoria do 3º Ciclo.À Direita: Momento da entrega de prémios aos vencedores das três catego-

rias (1º e 2º ano; 3º e 4º ano; 3º Ciclo)

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Resolução de problemas(Pedro Prates - JI Sala 1)

“Os homens das cavernas“

(Beatriz Maria Martins- JI Sala 2)

“25 de Abril“

(João Nunes - JI Sala 2)

A Página dos Mais Pequenos

“Desenha um mamífero“(Iris São Pedro- JI Sala 2)

“A Ovelha Carlota”

(Maria Eduarda Rufino- JI Sala 1)“As três galinhas“(Adriana Faia - JI Sala 1)

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A Página dos Mais Pequenos | Noticias

Decorreu, no dia 3 de junho, du-rante todo o dia, uma atividade de pintura, no Lagar de Varas de Vila Velha de Ródão, dinamizada pelo departamento do 1º ciclo.

Foram convida-dos a professora de belas-artes, Dr.ª Maria Helena Fernandes e o pin-tor de arte mole, José Maria Sub-til. Estes artistas sensibilizaram os alunos para a arte,

dialogando e mostrando quadros maravilhosos deste artista.

A seguir, pas-sou-se para a parte prática, onde os peque-nos artistas, com materiais diversos, de-ram asas à sua imaginação e desenvolveram o sentido esté-tico.

I Concurso Internacional “Vamos Ilustrar um Livro” Educadora Fátima Correia

O Jardim de Infância de Porto do Tejo foi a escola vencedora do concurso “Vamos ilustrar um livro”.Os desenhos realizados pelos alunos Inês Filipa do Carmo Ribeiro e Miguel Correia Dias irão ilustrar os trechos 14 e 21 da obra de literatura infantil

“Nos Braços da Amizade”.Os desenhos serão incluídos na obra que será publicada pela EUDACTICA, em Setembro.

Ilustração de Miguel Dias - JI Sala 1 Ilustração de Inês Ribeiro - JI Sala 2

PRÉ-ESCOLAR

Turma B - 2º ano

Ateliê de pintura – Lagar de Varas

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A Página dos Mais Pequenos

A minha mãe

Nunca foi a Belém.

Com o meu pai Luis

Nunca partiu o nariz!

Ela casou aos 16 anos

E nunca gostou de limpar com

panos.

Ela usa lindos óculos

Aos quais chamo binóculos!

Ela é muito nova mãe

Com a família sente-se bem,

Se está comigo, está com Deus

E espero nunca lhe dizer adeus!

Mãe, nunca te irei desiludir!

Quando estiveres a chorar

[ponho-te a rir

Já que o pai não faz isso

Eu terei esse compromisso!

Nesta última quadra que faço

Digo: pela vida irei passo a passo

Com a minha mãe a meu lado

Não cairei, irei bem amparado.

A sessão de filminhos “Os animais andam loucos!” permitiu e proporcio-nou às crianças do Jardim de Infân-cia de Porto do Tejo, uma excelente oportunidade para desenvolver a imaginação, a inteligência emocio-nal, o reconhecimento de diferentes animais, sua cadeia alimentar e a

Visita ao Museu do Pão - Seia

Educadora Fátima CorreiaNo dia 23 de maio, os alunos do Jardim de Infância de Porto do Tejo fizeram uma visita de estudo ao Museu do Pão, em Seia.

Tratou-se de uma oportunidade para proporcionar às nossas crian-ças a possibilidade de contatar com ambientes socioculturais di-ferentes daqueles em que se mo-vimenta quotidianamente e melho-rarem e aprofundarem as relações interpessoais.

Através desta atividade, as crian-ças contataram com a magia dos gnomos da tribo dos Lusitanos, que os transportaram ao passado. Para além de ficarem a conhecer o ciclo do pão, de traba-lharem a massa e fazerem um quadro de massa de pão, as crianças viaja-ram de comboio e visitaram uma mer-cearia com produ-tos regionais

A realização des-ta visita só foi pos-sível com o apoio

identificação e a forma de supera-ção de algumas emoções, (positivas e negativas) das suas personagens.

Consideramos que esta atividade contribuiu para ajudar a um desen-volvimento mais equilibrado das nossas crianças.

“Os animais andam loucos!”Educadora Fátima Correia

David Tavares (4ºAno)

Homenagem à minha mãe

dos pais e da Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão que ofereceu o transporte, a quem muito agradece-mos.

Foi uma viagem muito divertida e cheia de novas experiências.

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Professora Elsa FlorBianca Almeida (8ºA)

Como gostamos muito da discipli-na de Português, decidimos fazer um piquenique para comemorar a 100ª lição a esta disciplina, apesar de já termos ultrapassado a lição número 160!

Combinámos, entre todos, levar comida, sumos, etc.

Passavam cerca de 20 minutos das 13 horas do passado dia 11 de junho, quando chegámos ao cais, destino da nossa “minifesta”. Como os nossos colegas do 6ºano já ha-viam terminado as aulas e também eles queriam fazer a sua comemora-ção, foram connosco no autocarro.

Quando lá chegámos, fomos uns

No passado dia 11 de junho, os

alunos do 6ºA participaram num al-

moço convívio à beira Tejo, junto do

cais de Vila Velha de Ródão.

A ideia deste convívio partiu dos

alunos para assinalar o final do ano

letivo e, ao mesmo tempo, gastar o

montante proveniente da venda dos

produtos na “Feira do Empreendedor

Júnior e Expo Empresas”, em Caste-

lo Branco, no dia 23 de maio.

Foi um almoço muito agradável

entre alunos e professores da tur-

ma onde não faltaram as deliciosas

pizas confecionadas pela padaria

Canelas, em Amarelos.

O cais de Ródão é um local bas-

tante aprazível, com sombras e me-

sas para um excelente piquenique o

que contribuiu, em muito, para uns

bons momentos de descontração.

Este local é recomendado a todos

os que nos quiserem visitar.

O Dia da Espiga

O Dia da Espiga comemora-se no dia da Ascensão de Jesus ao Céu, sempre numa quinta-feira e quaren-ta dias depois da Páscoa. É uma das principais festas do calendário cristão e remonta, pelo menos, aos finais do século IV.

Pensa-se que vem das antigas tra-dições pagãs associadas às festas da deusa romana Flora que aconte-ciam por esta altura, na primavera, em que a natureza está exuberante, pois esta era a deusa da fecundida-de da natureza. A Igreja, à seme-lhança do que fez com outras festas ancestrais pagãs, cristianizou-a.

Assim, tem atravessado os tempos com dupla aceção: como Quinta-feira da Ascensão para os cristãos, e como Dia da Espiga, traduzindo aspectos e crenças não religiosos, mas exclusivos da esfera agrícola e familiar.

Quando eu era criança, neste dia, grupos de pessoas iam pelo campo, levavam uma merenda, comiam-na e colhiam o viçoso ramo, não só de espigas, mas também de papoilas, de malmequeres e outras flores sil-vestres. Também não podia faltar o raminho da oliveira. A composição do ramo varia de zona para zona, mas a sua simbologia é idêntica: a espiga representa o pão; a papoila,

o amor e a vida; a oliveira, o azeite e a paz ; o malmequer, o ouro e prata; a videira, o vinho e a alegria; e o alecrim a saúde e a força.

Este ramo é guardado até ao ano seguinte pendurado em qualquer lu-gar da casa e é um poderoso amule-to que traz a abundância, a alegria, a saúde e a sorte.

Presentemente, na maioria das al-deias do nosso país, a tradição man-tém-se. Mas, nas grandes cidades, o que é feito da tradição?

Evidentemente que, nas cidades, é difícil encontrar o simbólico Ramo da Espiga. Mas têm surgido pesso-as que vão ao campo colher os ra-mos para os vender aos nostálgicos de um passado ainda não distante.

É caso para dizer que fazem ne-gócio com a tradição... mas ajudam a mantê-la!... o que já não é nada mau nos nossos dias, nesta época de globalização.

Profª. Luísa Morgado

O piquenique do 6º Ano

Opinião / Atividades

Educadora Fátima Correia

Mais uma vez, o Jardim de Infân-cia de Porto do Tejo realizou o “Pe-ddy Paper das histórias”.

É de salientar o prazer, a alegria e o desfrute com que as crianças e os encarregados de educação par-ticiparam nesta atividade. De uma forma lúdica, foram testados os co-nhecimentos acerca das histórias

tradicionais contadas ao longo do ano, desenvolveu-se a capacidade de resolução de enigmas, bem como a destreza e a rapidez de raciocínio.

Esta atividade contribuiu para a promoção do bom relacionamento e cooperação entre todos os interve-nientes no processo educativo.

Peddy paper das histórias

para um lado e outros para o outro. Comemos muito, é verdade, mas foi uma tarde muito divertida. Tendo como paisagem de fundo o rio Tejo, tivemos uma refeição agradável e divertimo-nos na companhia de pro-fessores e colegas.

A meio da tarde, recebemos duas visitas surpresa - o professor Luís Costa e a educadora Lucinda - que ainda ajudaram a tarde a ser mais divertida!

Mas, como o que é bom acaba de-pressa, voltámos para a nossa es-colinha com um único pensamento: “Pró ano vamos repetir!”.

Comemoração da centésimalição de Português

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Biblioteca | Sugestões de Leitura

Na Biblioteca Municipal:

Este ano, uma vez mais, fomos frequentadores da Biblioteca Muni-cipal. Aqui, desenvolvemos várias atividades: visitámos exposições, assistimos a teatros, no âmbito das comemorações da semana do teatro, vimos filmes, consultámos livros, revistas e jornais, fizemos pinturas e escrevemos…

Fica-nos na memória, também, o concurso da soletração “ De Le-tra a Letra”. Foi uma experiência interessantíssima que começou no ano passado. Eram-nos dadas listas de palavras de três catego-rias: fáceis, de média dificuldade e difíceis. Tínhamos um determinado tempo para as memorizar. Depois, entrávamos em ação no concurso: individualmente, frente a um júri formado por três professores, ía-mos soletrando, letra a letra, uma palavra de cada categoria. Como é óbvio, ganhou quem obteve mais pontos.

Este concurso teve uma sessão por cada período e, no mês de maio, tivemos a grande final. Os vencedores foram: 1º lugar para a Carolina Santos, o 2º lugar para a Patrícia Afonso e, em terceiro lugar, ficaram o Tomás Vicente e o Tomás Esteves.

Houve prémios para todos: ven-

cedores e restantes participantes. Todos ficámos felizes! Aprendemos e, ao mesmo tempo, divertimo-nos imenso.

Na Biblioteca da Escola:

Este espaço foi, durante todo o ano escolar, um ótimo recurso que tivemos ao nosso dispor. Aqui, pu-demos requisitar livros para ler (em casa e na escola); vimos filmes, jogámos no computador, fizemos pesquisas nas enciclopédias e na Internet.

Com periodicidade semanal, tive-mos a hora do conto, sob a orien-tação da professora bibliotecária. Com os contos apresentados pela professora, participámos no con-curso “ O Melhor Ouvinte”. Em cada sessão íamos acumulando pontos. No final, certamente, todos desejarí-amos ter ganho mas, só teve direito aos primeiros prémios quem mais se empenhou e melhor fez. Assim, ficaram, no 3º ano: 1º lugar - Beatriz, 2º lugar- Rui Pedro, 3º lugar - Dinis; no 4º ano: 1º lugar - Tomás Vicente, 2º lugar - Tomás Esteves e 3º lugar - Carolina.

Para o próximo ano, gostaríamos de dar continuidade a este trabalho, pois aprendermos e divertimo-nos simultaneamente.

No último dia de aulas, dia 13 de junho, a partir das 9h30, realizou-se, na biblioteca da escola, o jogo interdisciplinar “Quem quer ser sa-bichão?” da responsabilidade dos professores de História e H.G.P., Português e Inglês e da equipa da Biblioteca Escolar.

As regras do jogo eram simples: as equipas seriam constituídas por dois a três jogadores que deveriam responder a doze questões, sendo que cada questão certa valia dois pontos. A equipa vencedora seria a que obtivesse melhor pontuação. Das dezasseis equipas participan-tes, num total de 47 alunos, duas obtiveram a mesma pontuação – 24 pontos, pelo que tiveram que defrontar-se novamente. As duas

equipas finalistas eram constituídas por dois elementos cada: Iolanda Tavares e Ana Rita Pereira e Bianca Almeida e Rui Tavares. Após uma renhida disputa no desempate, em que ambas as equipas deram imen-sa luta, a vencedora foi a dupla do 8ºA, Bianca Almeida e Rui Tavares.

A todos os que participaram neste jogo queremos agradecer e desde já motivar para outras oportunidades, uma vez que o principal objetivo do mesmo era enriquecer a cultura ge-ral dos participantes e, ao mesmo tempo, de forma lúdica, aprender mais. Acreditamos que todos pas-saram um momento agradável tes-tando, desta forma, os seus conhe-cimentos.

Prof.ª Luísa Filipe

“QUEM QUER SER SABICHÃO?”

Alunos da turma C (3º e 4º anos)

As Bibliotecas ajudam-nos a crescer… Último Clube de Leitura do 8.º ano

Bianca Almeida (8º A)

No decorrer deste 8.º ano que agora acaba, a disciplina de Português tem vindo a desenvolver uma iniciativa pioneira relacionada com livros e expressão oral. Vou passar a explicar. Esta consistia no seguinte: numa quinta -feira (na minha turma) apresentarmos aos nossos colegas uma obra que tivéssemos lido e gostado.

Entre os meninos do 8.º ano, esta atividade foi muito bem aceite, havendo muitas surpresas ao longo do ano. Meninos que antes não ligavam a livros, leram, apre-sentaram e até disseram de sua justiça na apreciação de apresentações feitas por outros colegas.

Para fechar o ano com chave de ouro, o último clube de leitura foi feito na bibliote-ca da nossa escola. Acabando como começou, apenas houve duas apresentações: “A rapariga que roubava livros” e “Nómada”.

Como temos, na minha turma, leitores ávidos, no final entregaram se prémios aos que mais leram:

1.º lugar : Ricardo Pereira (25 apresentações);2.º lugar : Bianca Almeida (24 apresentações);3.º lugar: Bruna Martins, Diogo Dias e Mariana Santos (7 apresentações.)

Parabéns a todos, inclusive àqueles que demonstraram uma evolução positiva ao longo do ano. Ficou provado que “Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pes-soa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê -lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo.”

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Biblioteca | Centro de Recursos

No passado dia 3 de junho, a GNR veio à escola para mostrar aos alu-nos alguns dos materiais e técnicas que utiliza no dia-a-dia para ajudar os cidadãos.

Os agentes começaram por ensi-nar as regras de trânsito aos meni-nos do 1º ciclo. Para isso, até trou-xeram bicicletas.

Um pouco mais tarde, mostraram os materiais que usam, como armas e munições, coletes à prova de bala, gás pimenta, algemas, entre outros. À medida que iam mostrando tudo isto, iam explicando as suas utilida-des.

Também mostraram as suas po-tentes motas e alguns alunos tive-ram até a oportunidade de se sentar nelas.

No final da manhã, fomos para o campo de futebol, onde os treina-dores fizeram truques com os cães, como procurar vítimas ou detetar drogas.

Foi uma manhã interessante, onde aprendemos muitas coisas novas de maneira diferente.

GNR na escola

Dizem que “é de pequenino que

se torce o pepino”. Logo, desde

muito novos, devemos ter noções

básicas acerca das regras de se-

gurança.

A primeira atividade que os agen-

tes da GNR proporcionaram aos

mais novos foi uma mini aula de

condução destinada aos meninos

do 1º ciclo.

A atividade seguinte consistiu

na mostra de material usado pelos

agentes no seu dia-a-dia.

Antes da visita ter terminado,

toda a escola vibrou com a atuação

de dois cães treinados para reco-

nhecer odores e droga. Foi bastan-

te interessante ver os cães a brin-

car e, ao mesmo tempo, a trabalhar

para evoluir e quem sabe, um dia,

estar ao nosso serviço.

Foi, com certeza, uma manhã

interessante que gostaríamos de

repetir!

Bianca Almeida (8ºA)

A GNR veio à escolaRui Tavares e Diogo Dias (8ºA)

Patrícia Afonso (4º Ano)

A GNR esteve connosco!

De novo a GNRVeio à nossa querida escolaPara termos cuidado com os sinaisE também com a pistola.

Muitas coisas nos ensinaramSobre conduta e bem-estarSoubemos que as drogas não [podemos usarPorque nos irão prejudicar.

Levaram gás pimenta e dois [cães de guardaO Pastor Belga e o LabradorEstavam bem ensinadosPara suportar tanto calor.

Foi muito divertidoEspero que se repitaEspero torná-los a verPois gostei de os conhecer.

À escola veio um políciaPara nos trazer boa notíciaQuando os vimos a chegarFicámos a delirar.

A GNR veio à escolaCom a sua pistola,Também com o cassetete.Pois bem! Com eles ninguém [se mete.

A GNR veio à escolaFazer uma demonstração de [pistola.Eles estiveram a ensinarQue não é fácil disparar.

Se viesse o comandanteCom a carrinha do almirantePor certo, quais os seus [pensamentos:

“Onde estarão meus sargentos?”

Andámos de bicicletaO Ruben foi o primeiro a chegar.Foi muito divertido,Pois encontrou um sinal proibido.

Vieram dois cães da políciaQue até assustaram a Patrícia,Um deles saltava de alegriaQue até nos divertia.Vieram à nossa escolaA correr e a saltarMas quando íamos ao pé delesNão paravam de ladrar.

Descarregaram uma pistolaE uma caçadeira também,Deixaram-nos pegar nelas.Meu Deus, como nos soube bem!

Alunos da turma C (3º e 4º anos)Puseram as motas a trabalharE colocaram-nos lá em cima,Não pudemos acelerarPorque não tinham gasolina

Com tudo isto na escolaSem dúvida, foi um dia diferente.

Diferente para os cãesE também para toda a gente

E, para terminar,Uma coisa vou dizer:Quando for crescidoAgente quero ser.

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Atividades

A comida, a perceção e o tempo das coisas

Quando nos detemos a pensar sobre comida percebemos que es-tamos perante uma temática cen-tral da sociedade de hoje. Porquê? A comida alimenta o corpo e, simul-taneamente, a alma – os afectos vão-se tecendo através da alimen-tação. Depois da amamentação, as refeições-mãe seguem-se as refeições-família pontuadas pelas refeições-festa, as refeições-na-moro, as refeições amizade. A co-mida é sempre o chão onde faze-mos o caminho dos encontros que vão determinando a nossa vida. Os ingredientes utilizados e o modo de os confeccionar são um nunca acabar de possibilidades com um forte cunho cultural que resulta da complexa relação do homem com o meio e da forma como interpre-ta e produz conhecimento a par-tir dessa relação. A produção dos alimentos faz-se na interacção do homem com a natureza e, portanto, é determinada pela sua concepção da realidade. Nesse aspecto, tal-vez a humanidade esteja dividida em dois grupos – os que acreditam que a natureza pertence ao homem e existe apenas para satisfazer as suas necessidades e a sua avidez e os que acreditam que o homem pertence à natureza que é uma permanente fonte de bem-estar. Os primeiros fazem o caminho da agricultura industrial, dos o.g.m.s e da mercadização das sementes, produzindo muito e barato a curto prazo, mas esquecendo e omitin-do que a médio e longo prazo os

Prof.ª Graça Passos

droegas, fizemos um bolo de urtigas com farinha de bolota e regalámo-nos com todas as outras iguarias confeccionadas em casa com pro-dutos caseiros que todos trouxeram. Apesar de não estar programado, acabámos por nos reencontrar com a arte contemporânea que o CENTA operou no seio desta unidade agrí-cola durante 20 anos. Vimos o vídeo do Projecto Tojeira em que a mãe da Iolanda dançou em 1989, saborea-mos as fotografias tiradas em 1999 pela Luísa Ferreira à população do Salgueiral e falou-se do PFAC- a formação artística continua que os alunos frequentaram no 1º ciclo. O contacto com esta outra forma de conhecimento relembra-nos nova-mente a importância da percepção e do corpo - as imagens da arte “contribuem para desenhar configu-rações novas do visível, do dizível e do pensável e, por essa via, uma nova paisagem do possível”, como diz J. Rancière.

Esta iniciativa, realizada no dia 10

de Junho, foi organizada pelo P.E.S. (programa de educação para a saú-de) em colaboração com a discipli-na de Ciências Naturais no âmbito das rubricas “Ciência e Tecnologia e qualidade de vida” e “Opções que interferem no equilíbrio do organis-mo”. À semelhança do ano passado, a conversa abordou as dificuldades surgidas na adolescência, pois tan-to os pais como os filhos se sentem incompreendidos e injustiçados. A necessidade de autonomia e de pri-

custos são, afinal, exorbitantes, pois são pagos com a saúde dos consu-midores, a perda da biodiversidade, a contaminação da água e a deser-tificação dos solos. Os segundos fazem o caminho do respeito pela natureza através da agricultura bio-lógica, da biodinâmica, da perma-cultura, do decrescimento, da con-vivialidade e do bem-estar de cada pessoa no respeito pela sua singula-ridade. O primeiro grupo está fasci-nado pela velocidade e pelos lucros e é alimentado pela mercadorização do conhecimento, em particular o científico e tecnológico. O segundo está fascinado pela complexidade, pela diversidade da natureza e pe-los seus ritmos próprios e sabe que a realidade associada ao primeiro grupo aparentemente inescapável não passa de uma ficção enraiza-da no sim da maioria. Sabe que a realidade não é dada à partida, é tecida pela nossa percepção, que é uma qualidade do corpo. Sabe que o corpo está constantemente a recriar-se a partir dos nutrientes que os alimentos fornecem às células e, simultaneamente, a partir da com-plexa rede de interacções que esta-belece de si para consigo e entre si e o mundo.

O nosso almoço slow-food, a con-versa entre pais e filhos e a visita ao lagar tradicional certificado para modo de biológico da Tapada da To-jeira enquadra-se inequivocamente na perspectiva do segundo grupo. Por iss, a biodiversidade também nos acompanhou. Cozinhámos bel-

vacidade é um novo desafio e a difi-culdade em se reflectir em conjunto e expressar emoções e sentimentos gera roturas e conflitos que é neces-sário superar para nos mantermos na zona do bem-estar que é o terri-tório da saúde. É preciso não esque-cer que, de acordo com a O.M.S., saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.

Opinião dos alunos

Carolina Cruz- Achei o almoço interessante, pois demonstrou que não é só a fast- food que é boa. Aprendemos que a slow-food e a comida biológica são boas e sau-dáveis. Fico mais satisfeita com a comida saudável do que com a fast-food.

Iolanda Tavares - Achei divertido e diferente. Aprendemos novas recei-tas mais saudáveis confecionadas com os nossos produtos regionais. Prendemos também como se faz o azeite ao visitarmos o lagar da Tapa-da da Tojeira. Foi um bom momento de convívio.

Sandro Sousa - Eu penso que o almoço foi engraçado, porque pude-mos preparar os ingredientes para o nosso almoço todos juntos, o que ajudou a passarmos um bom boca-do e a divertirmo-nos. Também gos-tei da visita ao lagar e de ver como tudo é preparado. O almoço estava bom e passámos um bom bocado.

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Opinião / Atividades

Ana Beatriz Encarnação (7ºA)Nas minhas férias da Páscoa, eu

tive a grande oportunidade de ir a Londres.

Uma das coisas que eu mais gos-tei foi o facto de os ingleses não re-pararem em ninguém. A vida deles é simplesmente atarefada.

Visitei muitos sítios conhecidos: estive ao pé do Big Ben, estive ao pé do Palácio Real, estive na cidade olímpica, estive na loja dos M&M’s (o paraíso para quem gosta de cho-colates), também fui à praça Sony e, claro, fui a Oxford Street, a rua mais famosa de Londres.

Só tenho pena de não ter visitado um lugar: o museu de cera! Mas, para a próxima vez que for a Lon-

dres, irei lá certamente! Amei ir a Londres!

Londres é outro Mundo!

Justo ou Injusto?CPCJ de Vila Velha de Ródão

os jovens avaliaram os problemas à luz dos seus valores, verbalizando-os.

No início, eventualmente por al-gum receio de “não dar a resposta certa”, a afluência à mesa foi enver-gonhada, mas não tardou em juntar pequenos grupos ansiosos por res-ponder, tendo passado a mensagem de que há situações para as quais as respostas não são certas, nem erradas!

Simbolicamente, cada participa-ção foi premiada de acordo com as preferências de cada participan-te: um lápis, um caramelo ou uma goma!

No âmbito das atividades do Dia do Agrupamento, que marcaram mais um encerramento de um ano letivo, no passado dia 13 de junho, a CPCJ também esteve presente, ten-tando promover a reflexão acerca de situações geradoras de conflito do quotidiano, de forma lúdica.

Ao longo da manhã, a Comissão apresentou aos participantes, sob a forma de pequenos cartões, um conjunto de situações para as quais, individualmente, apresentavam uma justificação e eventual resolução, pondo em evidência o modo como lidam com a igualdade de género, a partilha de tarefas, o conhecimento dos direitos da criança…Em suma,

Comemoração do Dia Mundial da Criança

Bianca Almeida (8ºA)cioso e todas as mães ajudaram a confecioná-lo.

Durante todo o mês de abril, foi promovido o concurso “Eu respeito os meus direitos… e tu?” pela CPCJ e, neste dia, foram anunciados os vencedores.

Este foi um dia “super divertido”, cheio de atividades e em que todos conviveram de uma forma salutar e feliz.

Não se esqueçam que, tal como dizia Fernando Pessoa, “o melhor do mundo são as crianças”.

O nosso Agrupamento organizou um convívio para comemorar o Dia Mundial da Criança.

Este dia iniciou-se pelas 09h30 com atividades de jardinagem. Mui-tas das mães deixaram o trabalho de jardinar para os pais e foram para a cozinha. Os alunos, como não po-diam estar em duas áreas, foram brincando.

Antes da hora de almoço, os jo-vens assistiram a um espetáculo de magia, promovido pela Associação de Pais.

O almoço foi espetacular e deli-

Viva a primavera!Prof.ª Mafalda Figueiredo

No passado dia 1 de junho, ao longo de toda a manhã, a escola recebeu alunos, pais e avós para, mais uma vez, colaborarem no ar-ranjo dos espaços exteriores. Esta foi uma atividade promovida pelo Clube de Jardinagem que, este ano, se associou às comemorações do Dia Mundial da Criança.

Esta atividade, que já se vai tor-nando habitual todos os anos, teve uma larga adesão por parte da co-munidade escolar, contando com a presença de muitas crianças, pais e avós que colaboraram ativamen-te no embelezamento dos canteiros junto ao pavilhão do 1.º ciclo, com

plantas produzidas no viveiro pelos alunos do Clube de Jardinagem. O espaço ficou mais bonito, com este novo arranjo.

O objetivo principal desta ação - sensibilizar os mais novos para a preservação dos espaços exteriores da escola – foi cumprido.

Finalizados os trabalhos, realizou-se uma visita ao viveiro do Clube de Jardinagem, onde puderam ser vis-tas todas as variedades de espécies de plantas que foram sendo produ-zidas ao longo destes dois anos de existência deste clube. Os alunos puderam ainda levar para casa uma planta que eles próprios plantaram.

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Legend

Sugestões de leitura | Talentos

Bianca Almeida (8ºA)

Ínclita Geração

Nome da obra: Ínclita Geração (Isa-

bel de Borgonha, a filha de D. Filipa de Len-

castre que levou Portugal ao mundo)

Autora: Isabel StilwellEditora: A esfera dos livrosEdição: 1ªNº de páginas: 496Género: Romance Histórico

A Ínclita geração é a a geração perfeita, cantada por Camões.

Isabel de Lencastre e Avis era a única mulher sobrevivente. Quando a sua mãe, à hora da morte instrui os seus irmãos mais velhos, Duarte e Henrique, instrui-a a ela também, mas duma maneira diferente, a ela deu-lhe o medalhão que pertencera à sua avó Blanche de Lancaster. An-tes do seu casamento ser anunciado com Philippe, duque de Borgonha, a Isabel foi lido o seu destino. Tal como Cynosura, também Isabel foi o ponto onde todos convergeram e foi quem iluminou os mercadores. O pintor flamengo Van Eyck enten-dera perfeitamente a sua essência e pintou 2 quadros para enviar ao seu noivo. Um era feito de luzes e outro de sombras. Mãe de 3 filhos, apenas Carlos, o Temerário sobrevi-vera. Assistiu impotente aos proble-mas em Portugal, desde a morte de D.Fernando ao problema de suces-

Este livro retrata a vida de um de-linquente juvenil que foge da Repú-blica, e de uma rapariga, um génio, um prodígio da República. Depois do irmão de June morrer, ela tem como objetivo encontrar o seu as-sassino e capturá-lo.

Day, com a ajuda de Tess, tentam sobreviver nas ruas, quando encon-tram uma rapariga misteriosa que acaba por travar amizade com eles. June apaixona-se pelo rapaz que a salva, mas esse rapaz é o suposto

2ºAno – Turma B

Ricardo Pereira (8ºA)

A Mimi e os Dinossauros

Título: A Mimi e os DinossaurosAutores: Korky Paul e Valérie Tho-

masEdição: 2012Páginas: 28Editor: Gradiva Publicações

A Mimi e o Rogério, o seu gato pre-to, adoravam ir ao museu que esta-va cheio de objectos interessantes, mas o que mais lhes despertava a atenção era a sala dos dinossauros. Gostavam de observar os esquele-tos, as pegadas e os ossos. Mas o que Mimi mais desejava era ver um dinossauro a sério. Então, quando o museu organizou “A semana dos Dinossauros” houve um concurso especial, cujo título era: “Faz um desenho ou constrói um modelo de dinossauro”. A bruxa Mimi resolve participar, mas o seu gato Rogério detestava dinossauros. Dizia ele para si:”Ainda bem que nunca vou ver um dinossauro a sério.” Mas enganava-se redondamente, pois a bruxa Mimi, com a ajuda da sua varinha mágica, voou com o Rogé-rio até aos tempos dos dinossauros, isto é quando viviam na Terra. Com a palavra mágica “Abracada-bra” conseguiu trazer um belo e ver-

dadeiro dinossauro.Como se previa, ganhou o concur-

so. Evidentemente que Mimi ficou muito, muito contente e levou o di-nossauro para o seu jardim. Como era herbívoro, comia todas as plan-tas do jardim e ela estava muito des-gostosa.

De repente teve uma ideia e, fa-zendo uso dos seus poderes má-gicos, agitou a varinha e disse em alta voz: “Abracadabra”. O milagre surgiu e o grande dinossauro trans-formou-se num animal de pequenas dimensões de quem o Rogério muito gostava, tornando-se o seu animal de estimação e companheiro inse-parável de brincadeiras.

são na coroa portuguesa. Vítima das traições de Philippe, teve sempre um grande jogo de cintura ao manter o grande ducado da Borgonha com um pulso de ferro.

Honrando a divisa da ordem que o seu marido instruiu após o casa-mento (ordem do Tosão de Ouro) outra não houve e outra não há.

Assim termino a história de Isa-bel Lencastre de Avis e Borgonha, uma princesa portuguesa que nunca esqueceu que era filha de Filipa de Lencastre.

Opinião

Esta é, sem dúvida, uma das me-lhores obras escritas por Isabel Sti-lwell. Retrata a vida duma mulher que nunca renegou as suas origens. Para quem gosta de romances, esta é, sem dúvida, uma leitura necessá-ria!

assassino do seu irmão. Mas isso é mentira, o assassino está ainda à solta e agora June tem de libertar Day com a ajuda dos Patriotas, os inimigos da República.

Este livro foi escrito especialmente para os fãs dos “Jogos da Fome” e é algo a não perder.

Título: LegendAutora: Marie LuEdição: 2014Páginas: 296Editor: Edições Asa

Alunos da turma C (3º e 4º anos)

A escola e os alunos

A escola já teve alunos

Alunos que cresceram

Alguns que já são velhos

E que com os exames

[aprenderam.

O 4º ano teve exames

De Português e de Matemática.

Foi na segunda e na quarta-

[feira

E toda a gente teve prática.

Os exames foram fáceis,

Fáceis como o vento.

Mas, nessa segunda e nessa

[quarta,

O céu esteve cinzento.

Choveu certamente

Mas não houve trovoada,

O tempo esteve mau

Mas exames não custam nada.

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boio que nos leva de férias”.Ler este livro é marcante

e é uma história que tão fa-cilmente não se esquece e é bom que não a esqueça-mos nunca para que não se torne a repetir!

Sugestões de leitura

Tudo começou quando, certo dia, a narradora andava a passear pela praia e reparou num aglomerado de casas junto de um monte. Ela tentou entrar numa casa mas, quando pôs o pé na soleira da porta, o mar revol-tou-se com ondas ruidosas que se quebravam a seus pés. Afastou-se e subiu o tal monte por de trás das casinhas, aí encontrou quatro árvo-res, todas de espécies diferentes: uma faia, um choupo, um pinheiro e um cipreste. Quando, de repente, à sua frente apareceu um velho que lhe contou o motivo pelo qual esta-vam ali aquelas casinhas e as qua-tro árvores.

Naquela pequena aldeia habitava Silka, uma menina muito bonita que vivia com os seus pais e irmãos. Certo dia, quando vinha de uma aldeia ali perto, atraída pela fres-cura do mar, decidiu ir banhar-se nas suas ondas. Quando regressou a casa e já estava no seu quarto, saltou-lhe da blusa um bicho meio cobra meio peixe que lhe fez vários pedidos. E, um desses pedidos, foi para que Silka se casasse com ele; e ela, já cansada de o ouvir, acabou por lhe dizer que sim. No dia seguin-te levantou-se cedo, pegou no bicho e levou-o para o mar.

Quando os seus pais e irmãos a chamaram, ela não respondia e, por isso, decidiram ir ao quarto dela e,

ao abrirem porta, depararam-se com o quarto sem ninguém.

Durante anos, Silka foi procurada e esperada e, quando menos espe-ravam, ela apareceu com os seus filhos. Durante todo aquele tempo, Silka vivera com aquele bicho que, quando entrava na água, se transfor-mava em humano. Quando reapare-ceu, ela nunca disse nem o nome do seu marido, nem disse que teria de se ir embora. Certo dia, tomou coragem e, finalmente, contou aos seus pais que teria de se ir embo-ra e, quando os seus irmão ouviram isto, ficaram com tanta raiva que a torturaram a si e aos seus filhos, até que o mais pequeno não aguentou e confessou o nome do seu pai. Os irmãos de Silka, como bons mergu-lhadores que eram, lançaram – se ao mar e mataram o marido dela. Si-lka, no dia a seguir, vendo o mar tin-gido de vermelho, resolveu não re-gressar. E subiu ao monte e deu um grito tao grande que transformou os seus filhos e ela própria em árvore.

Bianca Almeida (8ºA)

Silka

Liesel Meminger estava destina-da a marcar a vida de quem por ela passasse. Após testemunhar a mor-te do irmão numa viagem, Liesel é mandada para uma família de aco-lhimento na Alemanha nazi, consti-tuída por Rosa e Hans Hubberman. A morte, narradora omnipresente, conta-nos a história duma menina que viu nos livros a sua força para viver. Desenvolveu uma amizade muito especial com Rudy Steiner, um jovem que partilhava das suas angústias.

Liesel conheceu Max Vanderburg, um judeu que temia o Fuhrer e só queria a sua vida de volta. Durante meses, Vanderburg viveu na cave dos Hubberman até que adoeceu e Liesel leu-lhe todos os dias até ele melhorar.

A rapariga que roubava livros ata-cou várias vezes apenas para satis-fazer a sua sede de conhecimento. Uma vez, Liesel recusou-se a ir para o abrigo quando houve uma amea-ça de bombardeamento da sua rua e ficou em casa a ler. Isso salvou-lhe a vida.

Liesel veio a falecer em Sydney e segundo a morte, foi tudo muito pa-cífico, pois ela nunca esqueceu que tinha uma coragem vinda das pala-vras.

Opinião

De todos os livros que já li, este, sem dúvida, faz parte do meu top favorito. É uma história intemporal que fica na memória de quem a lê. Vejo nele a minha biografia e reco-mendo-a a toda a gente que goste dum bom romance.

A Bibliotecária de Auschwitz

Título: A Bibliotecária de AuschwitzAutor: Antonio G. IturbeEditora: Planeta

Este livro relata-nos, de uma forma comovedo-ra, a história verdadeira de coragem de uma so-brevivente do campo de concentração nazi – Dita Dorachova. Quando foi deportada para Auschwitz com a sua mãe tinha apenas 14 anos. Foi parar ao Bloco 31 que albergava cerca de 500 crianças, vários prisioneiros adultos que tinham sido nome-ados “conselheiros” e que, apesar da vigilância apertada dos Nazis, mantinham neste bloco au-las improvisadas para as crianças e, o que é mais surpreendente, uma biblioteca infantil clandesti-na. Consistia em apenas oito livros, entre os quais “Uma breve história do mundo” de H.G.Wells, um livro de texto russo e outro de geometria analítica. Ao fim do dia, estes raros livros, tratados como tesouros, eram confiados a Dita, uma das meni-

Prof. ª Luísa Filipenas mais velhas e ela estava encarregue de os esconder todas as noites num lugar diferente. O mentor do Bloco 31, o judeu Alfred Hirsch, cuida das crianças o melhor que pode e sabe, com a ajuda de mais alguns adultos (alguns deles livros vivos) e conta com a coragem de Dita, a pequena bibliotecária que, num lugar em que os livros são proibidos, esconde debaixo do vestido os frágeis volumes daquela que foi provavelmente a mais pequena, recôndita e clandestina biblioteca públi-ca que jamais existiu.

No meio do horror e do inferno daquele terrível campo de extermínio nazi, Dita dá-nos uma ma-ravilhosa lição de coragem: não se rende nunca e nunca perde a vontade de viver nem de ler por-que “abrir um livro é como entrar para um com-

Sara Rei (6º A)

Título: SilkaAutora: Ilse Losa Edição: 2009Páginas: 46Editor: Edições AfrontamentoColeção: Tretas e letras

A rapariga que roubava livros

Nome da obra: A rapariga que roubava livros

Autor: Markus Zusak Género: RomanceEditora: Editorial PresençaNºde Páginas: 236

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Atividades | Talentos

No passado dia 23 de maio realizou-se em Castelo Branco um concurso dinamizado pela CIMBB e o 6º ano teve a oportunidade de participar, com o tema escolhido pelos alunos: “O oiro de Ródão “. Este oiro é o azeite que, em tempos, foi uma das grandes riquezas desta terra.

Os alunos saíram da escola por volta das nove horas, e quando che-garam à feira, foram até à sua barraquinha onde expuseram os produtos que tinham preparado antecipadamente. E, quando já estava tudo pronto, começaram as vendas.

Os produtos que levaram eram os seguintes: bicas de azeite com azeito-nas e ervas aromáticas, biscoitos de azeite, bolos de mel e azeite, garrafi-nhas de azeite com vários ingredientes, cheiros e sabores, azeite da Rodoliv e azeitonas em conserva. Levaram tam-bém cremes para o rosto feitos à base de azeite e argila.

Quando lhes foi pedido, os alunos ex-plicaram tudo sobre os seus produtos e responderam às perguntas do júri. Este ficou certamente impressionado quan-do a turna entoou a cantiga “Ó que lindo chapéu preto “.

Quando a feira estava prestes a ter-minar, os alunos foram receber os di-plomas de participação e, nesse mo-mento, ficaram a saber que que tinham ficado em 2º lugar naquele certame.

“O Oiro de Ródão”Sara Rei e Bruno Canelas (6ºA)

“Coolturismo”Bianca Almeida (8ºA)

No passado dia 23 de maio, as turmas do 6º e 8º anos concorreram à 2ª edição do concurso de empreendedorismo promovido pela CIMBB com as suas ideias.

O 8º ano apresentou a concurso uma empresa denominada “COOLTuris-mo”, que consistia em desenvolver o turismo rural em Vila Velha de Ródão usando as rotas turísticas definidas pela empresa anteriormente. Durante cerca de um mês, toda a turma se esforçou em desenvolver um logótipo, um nome e parcerias com entidades locais. Em muito pouco tempo e com muitas horas de trabalho, conseguimos levar a concurso um projeto viável.

Quando chegámos às Docas, montámos a nossa “barraquinha” com um cartaz anteriormente feito, panfletos e produtos regionais da nossa terra. Durante o evento, fomos vendendo os nossos produtos e correu tudo muito bem.

Cerca das 11h00 da manhã, três elementos representantes da nos-sa turma foram apresentar o nosso projeto ao júri e, apesar de alguns contratempos, a apresentação não podia ter corrido melhor.

Após todas as apresentações, almoçámos e convivemos sempre ansiosos pelos resultados.

Quando chegou o momento de anunciar os resultados do 3º ciclo, não podíamos ter ficado mais feli-zes com o 2º lugar alcançado.

Damos também os parabéns aos nossos colegas do 2º ciclo, pelo 2º lugar, a recompensar o seu esforço.

E viva o COOLTurismo!

No dia 23 de maio, o nosso agrupamento brilhou, uma vez mais, no campo do empreendedorismo! A cidade de Castelo Branco recebeu o evento final do Projeto de Empre-endedorismo promovido pela CIMBB/GesEntrepreneur que contou com a participação de várias escolas dos concelhos inseridos na Comunidade In-termunicipal da Beira Baixa. Nesta segunda edição, a turma do 8ºA foi convidada a participar na Feira

de Negócios – Expo-Empresas, tendo criado, em pouco tempo, a empresa COOLTurismo que pretendia agregar e promover as ofertas turísticas de Vila Velha de Ródão. Os alunos desta turma, revelando um espírito de união e entreajuda notável, participaram ativa e apaixonadamente neste desafio e o seu esforço e dedi-cação foram recompensados… a COOLTurismo alcançou o 2º lugar! Vila Velha de Ródão foi represen-tada ao mais alto nível e os nos-sos jovens alunos revelaram-se grandes empreendedores!

Os alunos da turma A do 6º ano do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão participaram na Feira do Empreendedor Júnior e Expo Empre-sas, que se realizou no dia 23 de maio em Castelo Branco (Docas), com o projeto “O Oiro de Ródão”. Este projeto foi orientado e acompanhado pela professora Elsa Flor, nas aulas de Educação para a Cidadania.

Nesta feira, participaram outras escolas do distrito de Castelo Branco com os respetivos projetos. O projeto do 6ºA obteve o 2º prémio na categoria de 2º ciclo.

A escolha do tema, pela turma, teve em conta o saberem que o azeite foi, outrora uma das riquezas da re-gião. Pelo número de oliveiras que cada família possuía, se mediam os dotes das meninas casadoiras.

A ideia foi contribuir para a divul-gação do azeite da região utilizan-do-o na confeção de produtos que pudessem ser apresentados na feira, desenvolvendo nos alunos atitudes, comportamentos e espíri-to empreendedor.

Um bem-haja a todos os que contribuíram (alunos, pais, assis-tentes operacionais) para o suces-so deste projeto.

EMPREENDEDORISMO

Prof.ª Elsa Flor

Prof.ª Manuela Cardoso

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Gente em

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-Mail: gente.vvr@

gmail.com

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Avenida da Achada6030-221 Vila Velha de Ródão

Telefone: +351 272 541 041Fax: +351 272 541 050

E-Mail: [email protected]ços Administrativos: [email protected]

COORDENAçÃOProfessora Anabela Afonso

E-Mail: [email protected]

GRAFISMO E PAGINAçÃOProfessor Luis Costa

Professor Helder Rodrigues

COLABORADORESProfessores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associa-

ção de Pais e Encarregados de Educação, Comunidade Educativa

IMPRESSÃOJornal Reconquista - Castelo Branco

[email protected]

NA INTERNET

NOVA Webpage do AgrupamentoJá disponível em:http://www.aevvr.pt

Plataforma Moodle(NOVO SERVIDOR E URL)

http://moodle.aevvr.pt

Facebookwww.facebook.com/Agrevvr

Atividades

Comemoração do Dia Mundial do Ambiente

Beatriz Cardoso e Rodrigo Barradas (8ºA)

No passado dia 5 de junho, o município

de Vila Velha de Ródão e o Geopark co-

memoraram o Dia Mundial do Ambiente

com a atribuição dos prémios do concurso

escolar: “A água que nos une: desertifica-

ção”.

Na parte da manhã, todas as escolas do

distrito de Castelo Branco que participa-

ram no concurso deslocaram-se à CacTe-

jo, onde os alunos do 8º ano e alguns do

9º ano da nossa escola também se encon-

travam.

Após a apresentação dos trabalhos e en-

trega dos prémios, todos os pupilos e seus

professores dirigiram-se ao cais da nossa

vila. Lá, foi-lhes servido um almoço volan-

te que culminou num momento de convívio

entre discentes e docentes.

Depois do almoço, fomos fazer um pas-

seio de barco pelo rio Tejo, acompanhados

por uma técnica do Geopark que nos ia ex-

plicando tudo acerca das Portas de Ródão e da

biodiversidade daquela área.

Damos os parabéns à turma do 9º ano que,

apesar de não ter ganho nenhum prémio, é ven-

cedora também.

Neste dia, enriquecemos a nossa fonte de co-

nhecimentos e percebemos que a “água que nos

une” é o suporte para a nossa vida. Há que pou-

par, pois sem água não há vida.

No passado dia 5 de junho, deslocámo-

nos até à Cactejo para assistir à entrega

dos prémios no âmbito de um projeto es-

colar denominado “A água que nos une”.

Começámos por assistir à apresenta-

ção dos trabalhos desenvolvidos pelas

escolas participantes e, em seguida, fo-

ram entregues os prémios aos melhores

trabalhos.

Aprendemos várias coisas ligadas ao

tema – a desertificação – como por exem-

plo: quais são as diferenças entre uma

zona desertificada e outra não desertifi-

cada; quais são as causas, as consequ-

ências e as soluções da desertificação; e

o que fazer para que a nossa zona não

fique desertificada.

Quando a palestra terminou, fomos ver

os troncos fósseis, já no espaço exterior.

Oferecido pela Câmara Municipal, o al-

moço realizou-se no cais. Após o almoço,

os alunos convidados foram visitar o mu-

seu e o lagar de varas, mas antes deram

um passeio de barco no rio Tejo que os levou até

à Portas de Ródão.

Nós demos apenas o passeio de barco, que

foi muito agradável. Ficámos a perceber como é

que se formaram as Portas de Ródão e a conhe-

cer “ao vivo” a biodiversidade existente naquele

local.

Depois deste dia, ficámos ainda a perceber

melhor qual a importância da água para a nossa

vida.

Bianca Almeida e Mariana Santos (8ºA)

Dia mundial do ambiente

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Última Página

Festa de final do ano letivoProf. Luís Costa

Reportagem fotográfica da festa de encerramento.

O final do ano letivo 2013/2014 foi assinalado no passado dia 13 com um dia pleno de atividades. Duran-te a parte da manhã, realizou-se um conjunto de ações promovidas pe-las várias disciplinas e pelo departa-mento do 1.º ciclo. Entre estas, des-taque para o concurso “Quem quer ser sabichão?”, torneio de pétanque e o já tradicional “peddy-paper” no pré-escolar.

O almoço também foi diferente, pois contou com uma ementa in-ternacional, da responsabilidade do Departamento de Línguas. Este ano, os comensais tiveram oportu-nidade de degustar creamy carrot soup, sunday roast with mashed po-tatoes and Yorkshire pudding acom-panhados por grenadine e ainda o tradicional English pudding como sobremesa.

Mas o ponto forte deste dia esta-va guardado para o final da tarde, altura em que se abriu a escola à comunidade para a festa de encer-ramento do ano letivo, que este ano contou com um porco-no-espeto, in-sufláveis para todas as crianças (e até adultos!) e a atuação do grupo “Kompanhia”, que manteve os últi-mos resistentes a dançar até depois da meia-noite.

Durante a festa assistiu-se, ainda, a alguns momentos de representa-ção, música e dança protagoniza-dos pelos alunos do 6.º, 7.º e 8.º anos, por um vídeo de “despedida” dos alunos do 9o ano que a todos emocionou e pela habitual entrega dos diplomas aos alunos do 4º ano.

Mais uma vez, o ano letivo termi-nou em festa, tendo esta constituí-do mais um excelente momento de convívio e partilha entre todos os elementos da comunidade educati-va.

A Direção do Agrupamento gos-taria de agradecer à Câmara Muni-cipal de Vila Velha de Ródão pelo apoio concedido à preparação e re-alização da atividade e à CELTEJO pelo patrocínio da mesma, entida-des sem as quais não teria sido pos-sível realizar a festa nestes moldes.