Geo individual

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Índice I. Introdução.................................................1 I.I Objectivo geral...........................................1 I.II Objectivos específicos...................................1 I.III Metodologia.............................................1 II. Resumo....................................................2 3. Movimentos migratórios (emigração e imigração).............3 3.1. Causas e consequências das migrações em Moçambique.......3 3.1.1. Causas das migrações...................................3 4. Principais actividades produtivas e turísticas de Moçambique ..............................................................5 4.1. Agropecuária.............................................6 5. Turismo e espaços turísticos...............................7 6. Impacto socioeconómico e ambiental do turismo..............8 6.1 Impacto socioeconómico....................................9 6.1.2. O emprego..............................................9 6.1.3. Balança de pagamento..................................10 6.1.4. Efeito demonstração ou imitação.......................10 6.1.5. Subida do preço de terra..............................10 6.1.6. Problemas no transporte...............................10 6.2. Impacto ambiental.......................................10

Transcript of Geo individual

Índice

I. Introdução.................................................................................................................................1

I.I Objectivo geral........................................................................................................................1

I.II Objectivos específicos............................................................................................................1

I.III Metodologia..........................................................................................................................1

II. Resumo....................................................................................................................................2

3. Movimentos migratórios (emigração e imigração)..................................................................3

3.1. Causas e consequências das migrações em Moçambique.....................................................3

3.1.1. Causas das migrações.........................................................................................................3

4. Principais actividades produtivas e turísticas de Moçambique................................................5

4.1. Agropecuária.........................................................................................................................6

5. Turismo e espaços turísticos....................................................................................................7

6. Impacto socioeconómico e ambiental do turismo....................................................................8

6.1 Impacto socioeconómico........................................................................................................9

6.1.2. O emprego..........................................................................................................................9

6.1.3. Balança de pagamento.....................................................................................................10

6.1.4. Efeito demonstração ou imitação.....................................................................................10

6.1.5. Subida do preço de terra...................................................................................................10

6.1.6. Problemas no transporte...................................................................................................10

6.2. Impacto ambiental...............................................................................................................10

7. Conclusão...............................................................................................................................12

8. Referencias Bibliográficas.....................................................................................................13

Anexos.......................................................................................................................................14

I. Introdução

O presente trabalho é referente a cadeira de geocartografia e tem como principal propósito

destacar espaço geográfico que serve como palco de movimentos migratórios, das actividades

produtivas e turísticas de Moçambique. De referir que o trabalho encontra-se subdivido em cinco

(5) subtítulos a saber: Movimentos migratórios, Causas e consequências das migrações em

Moçambique, Principais actividades produtivas e turísticas de Moçambique, Turismo e espaços

turísticos, Impacto socioeconómico e ambiental do turismo.

I.I Objectivo geral

Conhecer a dinâmica da população Moçambicana e as suas fontes de subsistência.

I.II Objectivos específicos

Identificar as causas e consequências das migrações em Moçambique;

Mencionar as Principais actividades produtivas e turísticas de Moçambique;

Indicar os espaços turísticos;

Identificar o Impacto socioeconómico e ambiental do turismo.

I.III Metodologia

Para realização deste trabalho foi usada pesquisa bibliográfica que serviu para explicar dados a

partir de referências teóricas documentais como preconiza (CERVO:1996,480).

II. ResumoMigração é o movimento de saída e de entrada de população de um país para outro. Em Moçambique numa primeira fase as migrações tinham como principal causa a política que apresentava-se de forma imperativa devido as guerras. Na segunda o motivo principal das migrações estão a volta da economia que de forma invisível leva a camada mais jovem da população moçambicana a deslocar-se para outros países e regiões a procura de melhores condições de vida. Como consequência verificam-se enchentes nos locais de chegada esgotando recursos ai existentes e as regiões de partida ficam despovoadas. A actividade produtiva mais predominante em Moçambique é agricultura que cobre cerca de 80% da população. As outras actividades praticadas pela população nacional estão a volta da Pecuária, Pesca, Silvicultura, Indústria, Transporte e comunicações, Comércio e Turismo. Quanto ao espaço turístico é criado em função de factores psicológicos e provocam a formação de imagens turística. O impacto sócio económico e ambiental do turismo pode ser visto sob ponto de vista positivo e negativo. Do ponto de vista positivo o pais receptor acumula divisas que respondem as necessidades internas, a população passa a ter melhores condições de vida devido ao emprego e vias de acesso que a industria turística cria. O ambiente torna-se modificado graças a alta tecnologia que nela é implementada. Do ponto de vista negativo verifica-se a subida do preço de terra que por sinal é vendida aos estrangeiros, a população não desfruta-se das infoestruturas que o sector turístico cria o que numa segunda fase cria desavenças entre o turista e a população local esta que por sinal vive uma situação de emprego provisório devido ao carácter sazonal e passageiro do turismo. O meio ambiente torna-se degradado devido a destruição da flora, fauna assim como poluição.Palavras-chave: migração, turismo, ambiente, Moçambique, economia, espaço.

3. Movimentos migratórios (emigração e imigração)No seu conceito as migrações concentram todas as suas características que particularizam outros

fenómenos demográficos. Enquanto movimento de entrada de uma população as migrações são

aparentadas com a fecundidade. Enquanto movimento de saída os seus efeitos são semelhantes

nos da mortalidade. Quer saídas por emigração quer entradas por imigração são resistíveis

sempre que seguidas de um movimento de retorno ao local de partida (BANDEIRA, 2004:313-

314).

Exemplos de emigração e imigração segundo Bandeira

Emigração - Um determinado endividou que nasce num determinado território e que abandonou

durante um determinado período para se estabelecer noutro território.

Imigração - Um indivíduo exterior a um determinado território e que nele se vem estabelecer

realiza uma imigração.

Os movimentos migratórios podem ser observáveis de forma directa que incide em princípio

sobre registo de mudança de residência efectuadas pelos migrantes antes da partida e no local de

chegada (BANDEIRA, 2004:316).

De forma indirecta baseia-se na observação indirecta das migrações e realiza-se a partir de dois

pilares relevantes (os recenseamentos, e inquéritos biográficos) (Ibid).

3.1. Causas e consequências das migrações em MoçambiqueAte os anos de 1980 existiam poucos estudos sobre migrações campo-cidade porque para alem

de alguns estudos dispersos de deslocação de mão-de-obra o único trabalho existente na altura

foi elaborado pela direcção nacional de estatística em 1984 com base nos dados de

recenseamentos de 1970 e 1980 sobre título de fluxos migratórios da população. (MAPENGOS,

2011:41)

3.1.1. Causas das migraçõesAs migrações internas foram influenciadas pela guerra civil (1976-1992) política de aldeias

comunais (1975-1985) e a operação produção (1983). A construção de infra-estruturas sócio

económicas bem como a seca dos anos 1980 e as cheias do ano 2000 que assolaram na sua

maioria as zonas rurais e suburbanas também contribuíram para migrações internas

(MAPENGO, 2011:44).

Como resultado da ausência de alternativas, as comunidades pobres, na busca da sua

sobrevivência diária, pressionam cada vez mais a base dos recursos naturais de uma forma sem

precedentes e o efeito imediato dessa pressão é o esgotamento do solo, ou seja, a

improdutividade da terra que não lhes garante a segurança alimentar, sequer a curto termo. Uma

vez a terra esgotada e degradada, as populações sentem-se forçadas a movimentarem-se para

outras zonas, em busca de novas terras que garantam maior produtividade, segurança alimentar e

rendimentos extras (MICOA, p.38).

As migrações em Moçambique, para além de motivações económicas, sociais e políticas, são

também a consequência da seca e da desertificação. As migrações podem ser internas ou

externas. As internas manifestam-se através da deslocação para outras áreas dentro do mesmo

distrito. São exemplo as migrações que conduzem as populações de Mabalane, Chibuto,

Chicualacuala e Moamba, para junto das margens dos rios Limpopo e Incomati e sopé de

montanhas onde os recursos florestais e faunísticos são ainda satisfatórios. As migrações

externas verificam-se para os países vizinhos, onde as populações procuram melhores condições

de vida, que poderão ter por base outras actividades que não sejam a agro-pecuária (Ibid., p.39).

A existência de população jovem com crescente aceso ao ensino e informação que face a

precárias condições de vida nas áreas rurais é levada a migrar para áreas urbanas (MAPENGO

apud MUANAMOHA: 2011).

A dificuldade em alimentar o agregado familiar, a estrema dureza do trabalho rural, o difícil

acesso a escolas, hospitais entre outros aliado a esperança de encontrar melhores condições,

maior número de empregos, bons salários e consequentemente melhores condições de vida leva

grande número de pessoas a migrar (SOUSA, 1994:34).

.3.1.2. Consequências das migrações

As migrações das populações das áreas rurais para urbanas sem devido acompanhamento

económico e social originaram o aumento do nível de pobreza em volta das cidades e mau

ordenamento nas áreas urbanas, aumento conceituado do desemprego e sub-emprego, utilização

descontrolada e esgotamento dos recursos florestais em redor das cidades, criando desequilíbrio

ecológico (MAPENGO, 2011:41).

Uma vez que os migrantes vindos das áreas rurais para urbanas são constituídos

maioritariamente por jovens nas principais idades reprodutivas é natural que a fecundidade

passou a ser visível nas cidades (Ibid).

Importa referir que nem todos autores partilham mesmos fios de pensamento, no que diz

respeitos aos principais agentes demográficos nos locais de chegada dos migrantes. Uinge (1998)

citado por Mapengo revela que através de alguns estudos feitos na província de Tete foi possível

constatar que chegado ao destino os migrantes tem uma taxa de fecundidade baixa em relação

aos não migrantes. Isto deve-se ao novo papel das mulheres nas áreas urbanas que tem a ver com

a sua participação no mercado de emprego e outras áreas económicas (Ibid)

Os impactos imediatos dessa mobilidade interna é a aceleração do esgotamento dos recursos

naturais na região de chegada, manifestando-se pelo corte da vegetação ribeirinha, assoreamento

dos rios, esgotamento dos solos (MICOA, p.39).

O crescente aglomerado de populações em zonas urbanas exige novos edifícios e novas ruas, o

que implica a impermeabilização dos solos a qual impede a alimentação dos lençóis subterrâneos

pelas águas das chuvas. Tendo em conta que o aumento da população faz crescer a necessidade

do consumo da água. Assim, o problema do abastecimento das cidades provoca necessidade de

investimentos crescentes de circulação de bens (SOUSA, 1994:36-37).

A saída de gente jovem por vezes já com formação profissional tem efeitos que em nada

beneficiam as áreas da partida. As possibilidades da atrair investimentos do exterior podem ficar

comprometidas porque para alem da redução da população e da procura, em certos casos os

emigrantes constituem um valioso e significativo número de trabalhadores ou técnicos

qualificados, deixando os seus países desprovidos dos melhores valores profissionais (Ibid).

4. Principais actividades produtivas e turísticas de MoçambiqueA economia Moçambicana é dominada por três sectores, nomeadamente o sector de serviços que

compreende o comércio, serviços de reparação, restaurantes, hotéis, transportes e comunicações,

finanças e serviços do governo, o sector agrário e o sector da Indústria. O FMI estimava em 2004

que os três Sectores contribuem para o PIB1 nacional em 98 porcento. Com base nos dados do

FMI de Setembro 2005, a contribuição do sector industrial no PIB em 2004 situou-se em 27.3

porcento, enquanto a construção e o sector manufactureiro foi 9.6 porcento e 14 porcento

respectivamente (S/A. P.12)

A base produtiva agrária revela a predominância da produção de culturas alimentares básicas no

sector agrário, que chega a atingir 90% da produção total agrícola, e que tem sido relativamente

estável nas últimas três décadas. Na estrutura de exportações, existe uma forte dependência de

produtos primários não processados ou semi-processados como o caju não processado, algodão,

tabaco, açúcar, madeira não processada e copra (Ibid., P.12).

Uma análise dos padrões de investimentos revela que, tanto ao nível da economia no seu geral

como ao nível do sector agrário, o investimento feito tende a ser altamente concentrado num

número limitado de grandes projectos, províncias e sectores, e em torno de projectos financiados

com investimento directo estrangeiro, e empréstimos externos ou ajuda internacional (Ibid.,

P.13).

4.1. AgropecuáriaCerca de 80% da população activa de Moçambique vive da agricultura, sendo esta actividade a

principal base da economia do país, contribuindo para o PIB, em 1998, com 27,8%. A

estabilidade política destes últimos anos, não só permitiu o regresso das populações às suas

zonas de origem e recomeçar as suas actividades agro-pecuárias, como também favoreceu a

reorganização dos serviços de extensão rural. (MICOA, p.27).

A criação de gado bovino localiza-se na região sul e a produção agrícola, nas regiões do centro e

norte do país, dadas as óptimas condições edafoclimáticas naquelas regiões (Ibid., p.27).

Desde os anos 90 que o Governo de Moçambique (GOM) implementou muitas reformas

estruturais de “primeira geração” tais como a adopção de políticas monetárias e fiscais sólidas,

privatização de empresas públicas e a liberalização do comércio. Em 2000 o GOM adoptou o

Plano de Acção para Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) como um instrumento a médio

prazo incorporado no sistema de planeamento público. Foi nesta óptica que o turismo foi

1 Produto Interno Bruto

encarado como uma área prioritária pois o seu investimento pode gerar emprego que é o seu

principal objectivo (IFC – OECD & FIAS, 2006:101).

Segundo XI encontro nacional de turismo realizado no Brasil em 2010 turismo é um fenómeno

complexo que se transforma ou se expande devido a modificações históricas que interferem em

aspectos de conhecimentos sobre a comunidade visitada este acrescenta ainda que o

desenvolvimento turístico está relacionado a importantes fenómenos socioculturais que surgiram

com a evolução do capitalismo moderno2.

As outras actividades económicas moçambicanas são Pesca Silvicultura Indústria Transporte e

comunicações e Comércio.

5. Turismo e espaços turísticosTurismo é um conjunto de diversas actividades económicas incluindo transportes, hospedagem,

agenciamento de viagens e praticas de lazer, alem de outras opções metodológicas que produzem

riquezas e geram empregos para muitas regiões e países (LAGE&MILONE, 1998:30).

Turismo é uma combinação de actividades e serviços, que proporcionam experiências e

satisfação aos visitantes e receptores.

Segundo vários autores citados pelo XI encontro nacional de turismo Brasil 2010 para que esta

actividade torne-se uma realidade é necessário que os defensores do ambiente e a comunidade

envolvam-se com vistas à obtenção de benefícios e melhorias da qualidade de vida, além disso os

cidadãos têm obrigação de envolver-se no processo de planeamento turístico da municipalidade,

uma vez que são eles que viverão as causas directas do desenvolvimento da actividade (passim)

Ao longo dos últimos anos têm-se verificado algumas mudanças na forma como a

implementação de novas estruturas de alojamento é levada a cabo e como são reinventadas

algumas das unidades que se encontram em funcionamento há mais tempo. A diversificação na

oferta de equipamentos e estruturas de lazer (salas de conferências, entre outros), a inovação

tecnológica e a associação de temáticas ou de produtos turísticos ao conceito base é cada vez

mais frequente nas unidades hoteleiras como forma de valorização do modelo de negócio e da

2 XI ENCONTRO NACIONAL DE TURISMO COM BASE LOCAL “Turismo e Transdisciplinaridade: novos

desafios. IN:Niterói “– RJ, 2010. pp. 780- 1037.

criação de uma oferta mais competitiva que vá ao encontro das exigências específicas de procura

turística (MARQUES & SANTOS, 2012:105).

Os estudos dos espaços turísticos partem do pressuposto de que a percepção humana, as

experiências pessoais e as características culturais dos indivíduos e colectividades servem de

ponto de partida para um melhor entendimento do espaço ou ambiente em que vivem. Assim,

noções e conceitos geográficos fundamentais como espaço, paisagem, lugar, região, têm sido

reinterpretados sob a luz da denominada Geografia Humanística ou da Percepção fundamentada

na Fenomenologia (SILVEIRA, 2005: 2).

O incremento do tempo livre, associado aos avanços ocorridos nos meios de transportes e

comunicações, bem como aos novos hábitos de consumo durante o tempo de lazer da sociedade

moderna, provocou uma verdadeira explosão do turismo nas últimas quatro décadas nas

sociedades modernas o turismo é visto como uma forma de evasão para fora do mundo de

trabalho, um “cano de escape” para as tensões das actividades produtivas, especialmente nos

grandes centros urbanos. Nesses lugares, a concentração, os congestionamentos, o ritmo

frenético imposto pelo modo de vida urbano, provocam o stress, o esgotamento físico e mental,

enfim, a angústia psicológica do viver cotidiano no dizer de (SILVEIRA, apud Krippendorf

1989)

Seja nas praias, campos ou cidades, a valorização dos espaços vistos como “turísticos” possui

tanto uma dimensão objetiva quanto uma dimensão subjetiva. Isto é, os lugares podem ser

procurados pelos turistas por conta da infra-estrutura física que oferecem – acesso, atractivos

naturais e/ou construídos, equipamentos de hospedagem, de lazer e entretenimento, entre outros,

e importa referir que estes factores são procurados em função de factores psicológicos e

provocam a formação de imagens turísticas, que são compostas a partir de processos perceptivos

tais como ( os lugares que são visitados e percorridos, os lugares sobre os quais se lê, se vê

filmes, obras de arte, imagens na televisão, passam a serem vistos sob a luz da experiência

pessoal, da imaginação e dos fragmentos guardados na memória). (,SILVEIRA Passim).

6. Impacto socioeconómico e ambiental do turismoEstudos recentes mostram que o turismo acarreta muitos efeitos e que não se deve considerar

serem seus resultados equivalentes em todas partes. Os agentes estudiosos e profissionais do

turismo actual devem estar cientes de cada um dos principais impactos, positivos ou negativos

que a indústria do turismo pode gerar (LAGE&MILONE, 1998:30).

6.1 Impacto socioeconómicoMuitos países em via de desenvolvimento vivem grandes dificuldades em financiar o próprio

turismo, assim sendo dão prioridade a expansão de oportunidades de exportações e reduzem as

importações. A actividade turística é vantajosa como fonte geradora de divisas, particularmente

quando gerada nos países em desenvolvimento, pelo facto do turismo depender nesses países, da

demanda internacional assim sendo, caracteriza-se como uma actividade de exportação em seus

estágios iniciais (Ibid., p. 30).

O desenvolvimento de turismo pode resultar em benefícios ou custos para a população das

sociedades receptoras, sejam consumidores ou produtores. Os consumidores podem ter acesso a

múltiplos serviços tais como melhorias das estradas, novos hotéis entre outras infra-estruturas

que por sinal alguns destes são de difícil acesso ou encontram-se em campos restritos para o

consumidor pois servem para o próprio turista. Nos resorts3 turísticos é comum a criação de

conflitos sociais, pois a interacção normal entre os turistas e os habitantes locais é desencorajada.

(Ibid., p. 31).

Como produtoras as populações locais podem receber maiores salários pelos recursos

disponíveis. Entretanto para aqueles que exercem actividades competitivas, não engajadas na

indústria turística esses gastos económicos podem representar perdas individuais (Ibid).

6.1.2. O empregoO turismo pode gerar emprego embora não seja o seu objectivo primordial mas mesmo assim

acaba sendo um dos seus resultados. O turismo gera três categorias de emprego: empregos

directamente relacionados com a direcção e o funcionamento da indústria turística; empregos

resultantes do desenvolvimento da industria turística (no sector de transportes, agricultura...)

empregos indirectos que surgem como consequência do montante de recursos oriundos das

actividades produtivas e acumuladas pelos residentes locais. A explosão de construção e os

melhores salários são alguns frutos do turismo que em algum momento tornam-se passageiros

3 Palavra inglesa que significa estancia turística ou hotel de lazer

devido a sazonalidade crónica na indústria do turismo que faz com que o emprego por ela gerada

seja de natureza temporária (LAGE&MILONE, 1998:32).

6.1.3. Balança de pagamentoO turista ocupa um quarto do hotel, utiliza o restaurante, pode alugar um automóvel,

normalmente faz compras. Em linhas gerais o turista aufere divisas ao pais receptor este que

pode por sua vez comprar outros bens e serviços no exterior (Ibid.,p.32).

6.1.4. Efeito demonstração ou imitaçãoNos locais onde pratica-se o turismo os residentes frequentemente procuram reproduzir o

comportamento de consumo dos visitantes. Isto faz com que a demanda de importados aumente

ainda mais, provocando um efeito infantário na economia local (Ibid., p. 33).

6.1.5. Subida do preço de terraDevido a pratica do turismo verifica-se o rápido crescimento do preço de terra o que esta aliado a

nacionalidade de quem a adquire. Este fenómeno torna-se preocupante devido ao processo de

entrega da terra aos estrangeiros o que pode afectar as opções de desenvolvimento das gerações

futuras (LAGE&MILONE, 1998:35).

6.1.6. Problemas no transporteCristaliza-se o congestionamento de trânsito como primeiro ponto de saturação a nível interno.

Este problema agudiza-se quando os turistas usam as facilidades disponíveis com maior

frequência do que os residentes locais. Eles viajam mais, comem mais, compram mais, produzem

mais desperdícios e também, tomam mais banho (Ibid., p. 35).

6.2. Impacto ambientalA relação entre turismo e meio ambiente tende a ser simbiótica na medida em que conservação

das áreas naturais, vida selvagem, sítios, de preservação, monumentos arqueológicos e interesses

históricos mantém os produtos oferecidos à demanda, diante de estímulos dos fluxos turísticos

(LAGE&MILONE, 1998:41).

Esta mesma relação pode simbolizar um perigo para a região mais especificamente a vegetação e

a vida selvagem, pela poluição do ar ou pela degradação de outros factores fundamentais para

sua manutenção. Devido a prática do turismo traz prejuízo para o solo, poluição de cursos de

água, perda de vida da flora e da fauna nos habitats selvagens, vandalismo… Quando esses

impactos são fortes, podem resultar em mudanças adicionais no mio ambiente que alteram o

carácter básico, a integridade e a omissividade de uma área. (Ibid., p. 41-42).

O turismo pode também ser associado ao desenvolvimento como portador de tecnologias

modernas e facilidades que ajudam a melhorar a qualidade ambiental (Ibid., p. 42).

7. Conclusão

A população moçambicana não é estática pois, torna-se dinâmica na medida em que envidar

esforços para satisfazer as suas necessidades de modo a ultrapassar enormes dificuldades que ela

vida. A tal dinâmica cristaliza-se nos seus movimentos migratórios que por várias causas de

entre as quais a económica é a mais relevante é esforçada a circular em todo lado a procura de

uma luz de esperança. A tal procura arrasta consigo varias consequências na medida em que cria

uma situação demográfica diferente no local de partida de chegada. Esta procura é também

respondida pelas actividades produtivas que em parceria com o governo vai ultrapassando varias

dificuldades rumo ao desenvolvimento. O turismo é uma das actividades verificadas no palco

geográfico moçambicano, esta actividade é muito benéfica mas acarreta vários custos e

investimento a nível nacional. Uma economia turística bem sucedida depende de alto nível de

cooperação entre os sectores públicos e privados, sendo os governos locais responsáveis pela

infra-estrutura básica, sem a qual o turismo não pode operar. Alem disso, é necessário que o

governo local crie leis éticas socioambientais de modo a não colocar em risco o ambiente,

desrespeito a sociedade local tal como verificou-se na praia da Barra em Inhambane com a

polémica do no black.

8. Referencias BibliográficasBANDEIRA, Mário L.. Demografia objecto, objecto teorias e métodos. Lisboa. Editora

escolar.2004

CERVO, A.L e BERVIAN, P. A.. Metodologia cientifica. 4. ed. S. Paulo, Miron Books, 1996.

LAGE, Beatriz H.G.&MILONE, Paulo, C.. Impactos socioeconómicos do turismo. Revista de

administração.v.33. São Paulo. 1998.

MAPENGO, Manuel. Migrações rural-urbana e crescimento populacional da cidade de

Maputo. Maputo - Moçambique. 2011.

MARQUES, J.& SANTOS, N. Espaços turísticos e novas formas de alojamento. Revista de

Geografia e Ordenamento do Território, n.º 1 (Junho). Centro de Estudos de Geografia e

Ordenamento do Território.2012.

MICOA., Plano de acção nacional de combate a seca e desertificação.

IFC – OECD & FIAS. O Sector do Turismo em Moçambique.2006.

SILVEIRA, Marcos A. T.. Percepção geográfica, turismo e valorização do espaço.

Universidade estadual de Londrina. Departamento de Geociências Laboratório de Pesquisas

Urbanas e Regionais. Londrina. 2005.

SOUSA, Helder D.ALVEZ, Maria L.CRUZ, Maria T. Aprender geografia conhecendo o mundo.

9◦ Ano. Didáctica editora. 1994.

_____XI ENCONTRO NACIONAL DE TURISMO COM BASE LOCAL Turismo e

Transdisciplinaridade: novos desafios. Niterói – RJ, 2010. pp. 780- 1037.

_____INTRODUÇÃO E CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO EM

MOÇAMBIQUE.S/A

Anexos

Quadro2: Principais destinos da população das áreas afectadas pela seca e desertificação

Áreas afectadas Destino Moamba África do Sul, Swazilândia, margens

dos rios Incomati e Sábié e centros urbanos de Maputo e Matola.

Namaacha África do Sul e Swailândia. Mabalane África do Sul, Zimbabwe e margem do

rio Limpopo. Chicualacuala África do Sul, Zimbabwe e margens do

rio Limpopo. Massagena Zimbabwe e margens do rio Save. Massinga Margem do rio Das Pedras e do rio

Chipongo e centros urbanos. Funhalouro Não há o hábito de migração. Nhamatanda Corredor da Beira, ao longo da estrada e

cidade da Beira. Gorongosa Novas áreas dentro do distrito. Maringué Novasáreas dentro do distrito. Chemba Margens do rio Zambeze. Caia Corredor da E.N. n.º 213 e margens do

rio Zambeze. Magoé Zimbabwe Changara Zimbabwe Manica Zimbabwe

Fonte: MICOA, Novembro de 2000, Subsídio para a formulação de um plano nacional de acção de combate à seca e à desertificação em Moçambique. 39

Bovinos Caprinos Ovinos Suínos Aves Cereaiston. Legum.

Mandioca

Províncias ton ton.

MaputoGazaInhambaneSofalaManicaTeteZambéziaNampulaC.DelgadoNiassa

61.470135.09374.69517.09958.059129.15817.09914.3028.0774.619

40.11949.35665.113 143.22459.142 136.80735.351 138.06546.66544.169

5.83110.36714.9169.5462.2646.8551.53816.3277.41516.672

5.3366.43513.58043.1115.97418.45121.58134.81034.5984.586

413.65145.9540499.0028.52188.560190.397610.299271.51980.90

61.87187.49396.929154.171246.494196.061334.663234.474125.411176.560

40.20419.41630.15511.6584.80017.92450.05959.86724.88440.254

32.685186.686634.55265.8886.5537.3131.592.8192.691.7071.011.022149.553

Total

Total 1995 Crescimento

519.778 758.011 91.731 188.462 2.208.812

1.705.131 266.542

6.378.779

389.833 433.368 203.538 ------------

1.091.669 +212% 2.040.800

+ 33,3%

+ 96% - 7,74%

------------

+ 60,3% + 5,6% +212%

Quadro1: Arrolamentos de 2000 e produção agrícola da campanha de 2000-2001