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POPULAÇÃO I O que você deve saber sobre A população mundial superou a marca de 6 bilhões de pessoas. O crescimento demográfico resulta da diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. A partir do final do século XIX, diversos países observaram um decréscimo acentuado nas taxas de mortalidade e isso contribuiu para um significativo aumento da população do planeta.

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POPULAÇÃO IPOPULAÇÃO I

O que você deve saber sobre

A população mundial superou a marca de 6 bilhões de pessoas. O crescimento demográfico resulta da diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. A partir do final do século XIX, diversos países observaram um decréscimo acentuado nas taxas de mortalidade e isso contribuiu para um significativo aumento da população do planeta.

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I. Teorias da população

POPULAÇÃO I

Século XVIII, Thomas Malthus: o ritmo de crescimento populacional ocorreria em progressão geométrica; o crescimento da produção de alimentos, em progressão aritmética, gerando escassez de comida e fome.

• Essa teoria não se concretizou, ocorreram avanços no setor agropecuário que elevaram a produção alimentar e, no século XX, a difusão de métodos contraceptivos seguros reduziu a natalidade.

• Ainda há fome e desnutrição no mundo, mas são resultantes da má distribuição de recursos.

Teoria Malthusiana

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I. Teorias da população

POPULAÇÃO I

A partir de 1960, neomalthusianos: com o crescimento populacional, resultado da redução da mortalidade nos países subdesenvolvidos, os neomalthusianos defendiam que o elevado crescimento demográfico seria responsável pela pobreza dos países. Para eles, uma população jovem demandaria mais gastos governamentais com creches e escolas, reduzindo recursos para a indústria e agricultura. A solução seria o controle de natalidade.

Teoria Neomalthusiana

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I. Teorias da população

POPULAÇÃO I

Em resposta ao neomalthusianismo, os reformistas diziam que o atraso econômico era o responsável pelas altas taxas de natalidade e pela falta de condições adequadas de saúde, saneamento e educação. O investimento na área social seria a solução.

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Crianças indianas

Teoria reformista

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II. Transição demográfica

POPULAÇÃO I

ESQUEMA DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

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III. Estrutura etária da população

POPULAÇÃO I

PIRÂMIDE ETÁRIA DA RÚSSIA - 2000

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III. Estrutura etária da população

POPULAÇÃO I

A dinâmica demográfica dos países interfere no comportamento da PEA. Países com elevada população idosa e reduzido número de jovens tendem a ter escassez de mão de obra e maiores gastos com o sistema previdenciário.

PIRÂMIDE ETÁRIA DA ÁFRICA − 2000

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IV. Outros indicadores socioeconômicos

POPULAÇÃO I

Índice de Desenvolvimento Humano

Produto Interno Bruto

Índice de Pobreza Humana

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ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – 2007

IV. Outros indicadores socioeconômicos

POPULAÇÃO I

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V. Movimentos populacionais

POPULAÇÃO I

Migração

Necessidades do grupo: trabalho, estudo, melhores condições de vida

Motivações externas: guerras, epidemias, fome, tragédias naturais

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Terremoto que atingiu a cidade de Concepción, no

Chile, 2010

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V. Movimentos populacionais

POPULAÇÃO I

Entre os séculos XVIII e o início do XX ocorreram importantes movimentos migratórios, principalmente de saída de europeus para a América e Oceania.

No século XX, houve migrações na Índia, no Paquistão e no Oriente Médio, em razão de guerras e conflitos regionais.

Nas últimas décadas, a migração tem ocorrido de países pobres para nações desenvolvidas da Europa e da América do Norte. Isso reforça, nos países ricos, uma grande vigilância das fronteiras, enrijecimento das leis anti-imigração e, por vezes, recrudescimento do racismo e da xenofobia.

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(UFCG-PB) Observe a figura e leia o texto abaixo.

Com a revolução técnico-científica e a desregulamentação dos territórios e dos mercados promovida pela reforma neoliberal dos Estados, o processo de globalização se impõe e se amplia. A velocidade da informação e dos transportes facilita a circulação mundial de serviços, produtos, ideias etc. Contudo, “as fronteiras se abrem para os produtos e se fecham para os homens”.

SOUSA, Maria Adélia A. de. Geografia das desigualdades:globalização e fragmentação. Em: SANTOS,

Milton et al. Território: globalização e fragmentação.5. ed. São Paulo: Annablume, 2002. p. 24.

Mexicano tenta pular a cerca que separa seu país

dos Estados Unidos.

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RESPOSTA:Partem, geralmente, dos países do sul subdesenvolvido para os do norte desenvolvido; ou então de países mais pobres do sul para outros vizinhos com economias mais dinâmicas. Nesse contexto, são exemplares as correntes migratórias de africanos para a Europa, de latino--americanos para os Estados Unidos, de asiáticos de diversas partes da Ásia para os Estados Unidos, a Europa,o Japão e, eventualmente, a Austrália e a Nova Zelândia.

Relacione a figura e o recorte de texto, e responda:

a) De onde partem e para quais espaços se direcionamos principais fluxos migratórios atuais?

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RESPOSTA:A globalização capitalista reforça a supremacia econômica dos países desenvolvidos − como Estados Unidos, União Europeia e Japão −, que continuam concentrando e centralizando os capitais. Nesse mesmo processo, distribui de maneira seletiva e fragmentada os investimentos produtivos e os capitais financeiros em pontos dos territórios dos países subdesenvolvidos do sul, ao mesmo tempo que deixa o restante desses territórios ou países inteiros entregues a sua própria sorte (estagnação econômica, pobreza, desemprego etc.). Essa tessitura de produção ou reprodução das desigualdades socioeconômicas e espaciais impulsiona os fluxos migratórios, notadamente os motivados por causas econômicas, dos países subdesenvolvidos do sul para os desenvolvidos do norte.

b) Por que a globalização capitalista é a principal responsávelpela ativação desses fluxos?

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RESPOSTA:A geografia da globalização, representada pelos modernos meios de informação e de transportes, entre outros, foi montada para facilitar os fluxos econômicos e financeiros, não para a circulação da mão de obra, representada pelas pessoas pobres, desempregadas e de baixa instrução, que se tornam, inclusive, desnecessárias para o capital. Para inibir ou conter o fluxo dessas pessoas do sul subdesenvolvido, consideradas mão de obra concorrente aos postos de trabalho e peso para os serviços de atendimento social (saúde, educação, habitação etc.), os países do norte desenvolvido reforçam o policiamento de suas fronteiras, erguem muros de contenção (como o mostrado na imagem do eslaide 12), endurecem suas leis de imigração, prendem e deportam os que se aventuram a entrar em seus territórios sem permissão etc.

c) Por que, apesar das facilidades oferecidas à circulação, pela implantação dos aparatos tecnológicos nos territórios, as fronteiras se fecham para esses homens e mulheres?

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RESPOSTA: E

(Ufal) Observe o gráfico a seguir. Pelos dados nele contidos, é correto dizer que se trata da representação:

a) de um argumento da Geografia Crítica quanto à questão do crescimento da população economicamente ativa.b) da teoria de Marx sobre o capitalismo e os recursos naturais.c) de um argumento favorável à teoria da luta de classes.d) de uma hipótese do Possibilismo Geográfico.e) da teoria de Malthus.

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(Unesp) Pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizadas na década de oitenta, revelaram que 97% da população dos países industrializados têm acesso à água tratada, enquanto apenas 35% da população dos países em desenvolvimento têm este benefício. Os gráficos representam índices de mortalidade infantil, (I), e acesso à água tratada, (II), em alguns países.

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MORTALIDADE INFANTIL E PERCENTAGEM DAPOPULAÇÃO COM ACESSO À ÁGUA TRATADA − 1982

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RESPOSTA:Quanto menos acesso à água, maiores as taxas de mortalidade infantil (países subdesenvolvidos).

a) Descreva as tendências observadas nos gráficos I e II.

b) Com base nos dados, agrupe os países relacionados em duas grandes categorias, caracterizando-as.

RESPOSTA:Desenvolvidos ou em desenvolvimento − Estados Unidos, França, Argentina, México, Tailândia. Subdesenvolvidos − Afeganistão, Serra Leoa, Mali, Etiópia, Haiti, Zimbábue.

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(UFPE, adaptado) No estudo das populações humanas, convencionou-se representar a composição etária através da Pirâmide de Idades.

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As pirâmides A e B representam a realidade de dois grupos de países: os desenvolvidos e os subdesenvolvidos. Dessa forma, analisando-se os 2 gráficos, pode-se afirmar:

a) ( ) A pirâmide B representa a realidade de países desenvolvidos, possuindo base larga que vai se estreitando à proporção que se aproxima do ápice.b) ( ) As alterações que vêm ocorrendo na taxa de fecundidade da população brasileira terão um reflexo na pirâmide etária do país.c) ( ) A maior expectativa de vida está expressa na pirâmide B.d) ( ) Países como os Estados Unidos, a Alemanha e a França apresentam uma baixa taxa de natalidade, inferior a vinte por mil, e uma taxa de mortalidade também baixa, inferior a doze por mil. A pirâmide etária desses países é semelhante à pirâmide A.e) ( ) A existência de uma elevada percentagem de população jovem nos países novos é o resultado da queda observada, no pós-guerra, na taxa de mortalidade, sem que tenha havido uma correspondente queda da taxa de natalidade. Tal situação é representada pela pirâmide A.

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(UFPB) O gráfico abaixo descreve o processo imigratório nos Estados Unidos, no período de 1820 a 1990.

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RESPOSTA: D

Acerca desse processo, é incorreto afirmar que:

a) os europeus formaram o principal contingente imigratórionorte-americano do século XIX.b) o decréscimo da imigração nos Estados Unidos, nas três primeiras décadas do século XX, explica-se pela recessão da economianorte-americana nessa fase. c) a maior parcela dos imigrados nos Estados Unidos, nos últimos cinquenta anos, é representada por latino-americanos.d) o crescimento da imigração nos Estados Unidos, na segunda metade do século XX, deve-se a uma política de privilégios e incentivos aos estrangeiros que pretendem trabalhar naquele país.e) a atual crise de emprego no mundo tem acirrado as lutas entre as diversas etnias que hoje habitam o território norte-americano, fenômeno que se aguça com a rapidez do crescimento da imigração nos Estados Unidos.

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(Unicamp-SP)

1 − 50 anos ou menos 3 − 61 a 70 anos2 − 51 a 60 anos 4 − 71 anos ou mais

Expectativa de vida

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•transição demográfica é uma premissa social elaborada pelo demógrafo estadunidense Frank Notestein, na primeira metade do século XX, para refutar, por meio de números e dados, a teoria populacional malthusiana, que afirmava que o crescimento demográfico ocorria em ritmo exponencial. Na concepção da transição demográfica, verifica-se que, na verdade, existe uma tendência em que as populações de diferentes lugares crescem conforme ciclos que se intensificam e depois se reduzem sob as mais diversas razões.

•A teoria da transição demográfica afirma que não existe um processo único e constante de explosão demográfica ou crescimento populacional muito elevado. Quando esse fenômeno ocorre, postula-se que a tendência por parte dos diversos lugares é que haja uma posterior estabilização, sobretudo pelas sucessivas modificações nas taxas de natalidade e mortalidade. O principal efeito da transição demográfica, nesse sentido, seria o processo de envelhecimento populacional.

•De acordo com os principais teóricos da teoria populacional em questão, a transição demográfica pode ser segmentada em quatro diferentes fases.

•1ª fase – Pré-transição

•A primeira fase da transição demográfica, também chamada de pré-transição, ocorre quando há um certo equilíbrio entre as taxas da natalidade e mortalidade, porém ambas com valores muito altos. Nesses casos, são sociedades que contam com um baixo desenvolvimento econômico e social, onde nascem muitas pessoas anualmente e, ao mesmo tempo, perdem-se muitas vidas em razão de epidemias, baixa expectativa de vida e precárias condições sanitárias. Um cenário como esse pôde ser visto na Europa na fase inicial de sua industrialização.

•2ª fase – Aceleração ou explosão demográfica

•Na segunda fase ocorre aquilo que muitos denominam por explosão demográfica, o crescimento acentuado da população em um curto período de tempo. Mas a teoria da transição demográfica demonstra que esse processo não ocorre pelo aumento das taxas de natalidade, e sim pela diminuição brusca das taxas de mortalidade, em razão das melhorias sociais em termos de saúde, saneamento, acesso à água e outros fatores.

•Esse processo ocorreu na Europa ao longo do século XIX, em boa parte dos países emergentes ao longo do século XX (inclusive no Brasil) e atualmente acontece nos países periféricos, com destaque para a Nigéria e outras nações em desenvolvimento. O continente europeu também acompanhou uma explosão demográfica acentuada no período pós-guerra, o que gerou a expressão “geração baby boom”.

•3ª fase – Desaceleração demográfica

•À medida que as sociedades se desenvolvem, a tendência geral é haver uma redução nas taxas de natalidade, o que se explica pela difusão do planejamento familiar, a inclusão da mulher no mercado de trabalho, a intensiva urbanização (no campo, as taxas de fecundidade são sempre maiores), entre outros fatores. Por esse motivo, há um gradativo processo de declínio do número de nascimentos, o que acontece em uma velocidade inferior à queda da mortalidade.

•Esse processo passou a ser vivido no Brasil na segunda metade do século XX, sobretudo a partir da década de 1970. Atualmente, as taxas de natalidade do Brasil são baixíssimas, quase sempre inferiores a 1% por ano.

•4ª fase – Estabilização demográfica

•A estabilidade demográfica é atingida quando as taxas de natalidade e mortalidade finalmente se equilibram, mantendo patamares que, embora possam apresentar oscilações conjunturais, mantêm-se em médias muito baixas. Nesse cenário, diz-se que há um total controle do crescimento demográfico.

•Observe o gráfico a seguir:

•Gráfico esquemático dos processos cíclicos da transição demográfica

•Diante desse panorama, nota-se que o crescimento populacional é contido, o que representa, de certa forma, uma vantagem. Por outro lado, quando isso acontece, há também o processo do envelhecimento populacional, pois a elevada expectat iva de vida e a baixa natalidade geram um aumento médio da idade da população, o que proporciona a queda da população economicamente at iva e a possibilidade crescente de uma crise econômica e social.

•Em muitos países europeus, a realidade do envelhecimento populacional bate à porta, pois o número médio de filhos por casal é inferior a dois e o número de idosos é cada vez maior. Muitos países – como França e Alemanha – realizam diversas campanhas e até fornecem incent ivos financeiros para os casais que desejam ter um segundo ou terceiro filho. O Brasil também se vê ameaçado por esse problema, de modo que deixamos de ser considerados como um “país jovem” para nos tornarmos um “país adulto”.

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RESPOSTA:América do Sul (Argentina, Uruguai, Chile), Oceania (Austrália e Nova Zelândia) e Ásia (Japão).

a) Além da Europa ocidental e da América anglo-saxônica, quais as regiões do mundo onde há maior expectativa de vida?

b) Explique por que essas regiões são as que apresentam maior expectativa de vida.

RESPOSTA:Oceania e Ásia: processo de expansão industrial com crescimento urbano. Argentina, Uruguai e Chile: elevados índices de urbanização garantidos pelo desenvolvimento industrial e pelo turismo. Europa ocidental e América anglo-saxônica: urbanização e industrialização no século XIX.

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