Geologia 10º ano

39
Método científico Fases do método científico: Observação - Quase todas as investigações científicas começam por uma observação que desperta a curiosidade ou suscita uma questão. Problema - Após uma observação para a qual não se encontra explicação imediata surge um problema e é formulada uma pergunta. O propósito da pergunta é estreitar o foco da investigação e identificar o problema em termos específicos. Hipótese - Sugestão de possível resposta à questão levantada. Experiência - É planificada de modo a testar uma hipótese. o Etapas da planificação da experiência: -definição de objetivo (s); -definição da variável; -escolha de materiais; -desenho do procedimento. o Dimensão da amostra - Quanto maior for o número de dados disponíveis como ponto de partida para a pesquisa, mais válida será a generalização.

description

 

Transcript of Geologia 10º ano

Page 1: Geologia 10º ano

Método científico

Fases do método científico:

Observação - Quase todas as investigações científicas começam por uma

observação que desperta a curiosidade ou suscita uma questão.

Problema - Após uma observação para a qual não se encontra explicação

imediata surge um problema e é formulada uma pergunta. O propósito da

pergunta é estreitar o foco da investigação e identificar o problema em termos

específicos.

Hipótese - Sugestão de possível resposta à questão levantada.

Experiência - É planificada de modo a testar uma hipótese.

o Etapas da planificação da experiência:

-definição de objetivo (s);

-definição da variável;

-escolha de materiais;

-desenho do procedimento.

o Dimensão da amostra - Quanto maior for o número de dados

disponíveis como ponto de partida para a pesquisa, mais válida será a

generalização.

Page 2: Geologia 10º ano

Grupo onde as variáveis da

experiência são mantidas

inalteráveis.

o A experiência tem de ser controlada - as variáveis têm de ser todas

controladas, de modo a que apenas uma esteja aberta a estudo.

Experiência controlada

Na experiência devidamente controlada, dois grupos são submetidos a

tratamento idêntico em todos os aspetos, menos um.

Essa diferença única é o fator investigado

Geralmente:

o Os grupos-controle representam a situação normal,

o Os grupos experimentais representam a variação.

O grupo-controle proporciona base para comparação: um padrão em relação

ao qual se podem medir as alterações que se verificarem no grupo

experimental.

Análise de resultados

Durante uma experiência são reunidos todos os dados, de modo a juntar indícios que

podem ajudar a sustentar ou a rejeitar a hipótese. A análise dos resultados tem como

objetivo final provar ou negar a hipótese e, ao fazê-lo, responder à pergunta original.

Experiência

controlada

Grupo de controlo

ou testemunho

Grupo

experimental

Grupo onde é testada uma

variável independente sendo as

restantes condições e

constituição mantidas iguais ao

grupo controlo.

Page 3: Geologia 10º ano

Conclusão

Etapa em que, perante a análise dos resultados, se aceita ou rejeita a hipótese. Se a

hipótese for aceite, deve ser feita a sua divulgação à comunidade científica. Se a

hipótese for rejeitada, deve se proceder à formulação de nova hipótese.

A importância do método científico

Em ciência a parcialidade precisa ser evitada a todo custo.

O método científico tenta minimizar a influência da parcialidade que o

responsável pela experiência possa apresentar.

O método científico oferece uma abordagem objetiva e padronizada para a

condução de experiências e melhorar os resultados obtidos.

Subsistemas Terrestres

Que tipos de sistemas existem?

Isolados;

Fechados;

Abertos.

Sistema isolado

É aquele cujas fronteiras impedem a troca de matéria e energia;

Não existem na natureza;

Ex.:

o Laboratórios no vácuo;

o garrafa térmica hermeticamente fechada.

Page 4: Geologia 10º ano

Sistema fechado

As fronteiras permitem troca de energia mas não de matéria.

Ex.:

o Panela de pressão ao lume.

Sistema aberto

As fronteiras permitem trocas de energia e matéria.

Ex.:

o Oceano;

o Floresta;

o Célula.

Sistema Terra

Troca energia com o universo: o Fonte de energia externa: radiação solar; o Fonte de energia interna: calor resultante da desintegração de

elementos radioactivos.

Trocas de matéria diminutas em relação à massa/dimensões do planeta:

o Perda de gases (H e He) para o espaço devido à sua baixa densidade;

o Adição de matéria proveniente da queda de meteoritos ou poeiras

cósmicas.

O p

laneta Terra, é co

nsid

erado

um

sistema

FECH

AD

O

Page 5: Geologia 10º ano

Implicações da Terra ser considerada um sistema quase fechado

Recursos naturais limitados devemos usá-los cautelosamente;

Os materiais residuais permanecem dentro das fronteiras do sistema,

nomeadamente materiais poluentes, podendo afectar o seu equilíbrio;

Qualquer alteração existente num dos subsistemas terrestres pode afectar

todos os outros pois estes são abertos, dinâmicos e interdependentes uns dos

outros.

Subsistemas terrestres

Hidrosfera;

Atmosfera;

Geosfera;

Biosfera.

Page 6: Geologia 10º ano

Hidrosfera

É constituída pelos reservatórios de água que existem na Terra os oceanos, os rios, os

lagos, os glaciares e as águas subterrâneas fazem parte deste subsistema.

Page 7: Geologia 10º ano

Agressões à Hidrosfera:

Poluição doméstica e industrial;

Derrames petrolíferos;

Impermeabilização dos solos;

Poluição por resíduos depositados à superfície.

Atmosfera

É constituída pela camada gasosa que envolve a hidrosfera, a geosfera e a biosfera.

Page 8: Geologia 10º ano

Agressões à Atmosfera:

Libertação de GEE;

Libertação de CFC;

Queima de combustíveis fósseis;

Consumos excessivo de combustíveis.

Geosfera

Parte sólida da Terra, quer profunda, quer superficial. Engloba os diversos tipos de

rochas e minerais seus constituintes e os solos.

Agressões à Geosfera:

Agricultura intensiva;

Poluição dos solos;

Exploração mineira;

Exploração de energia fóssil.

Page 9: Geologia 10º ano

Biosfera

Formada pelos seres vivos que habitam a Terra.

As rochas, arquivos que relatam a história da Terra

Agressões à Biosfera:

Caça e pesca excessivas;

Desflorestação;

Poluição da água;

Incêndios.

Page 10: Geologia 10º ano

Quanto à sua origem, podemos considerar três tipos básicos de rochas:

Rochas sedimentares - formadas à superfície, ou muito próximo dela por

deposição de materiais em bacias de sedimentação.

Rochas Magmáticas - formadas por solidificação de rochas fundidas (magma).

Rochas Metamórficas - formadas pela transformação de rochas pré-existentes

no estado sólido devido ao aumento da pressão e/ou da temperatura.

Ambiente sedimentar

Constituem uma fina película que recobre cerca de ¾ da superfície dos

continentes.

Formam-se a partir de rochas pré-existentes ou de materiais originados pela

actividade dos seres vivos, por um processo que decorre em duas fases:

sedimentogénese e diagénese.

Envolvem na sua formação o ciclo da água cujo “motor” é o Sol.

Génese das Rochas Sedimentares

Sedimentogénese - compreende os processos que intervêm desde a elaboração

dos materiais que vão constituir as rochas sedimentares até à deposição desses

materiais.

o Meteorização, erosão, transporte, sedimentação.

Diagénese - inclui processos físico-químicos que transformam sedimentos em

rochas sedimentares.

o Compactação e cimentação.

Page 11: Geologia 10º ano

Rochas Magmáticas

Resultam da solidificação de um magma ou lava. Esta solidificação pode ocorrer no

interior da crusta - rochas magmáticas intrusivas ou plutónicas - ou à superfície -

rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas.

Rochas Metamórficas

São formadas a partir de rochas pré-existentes que experimentam transformações

mineralógicas e estruturais.

Essas transformações são devidas a condições de pressão e de temperatura elevadas

ou à acção de fluidos de circulação.

Page 12: Geologia 10º ano

O metamorfismo pode resultar da acção combinada da pressão e temperatura ou

pode resultar de um processo em que haja predomínio de um destes factores sobre o

outro.

Metamorfismo de contato - metamorfismo experimentado pelas rochas adjacentes a

uma intrusão magmática devido ao aquecimento provocado pelo calor proveniente do

magma.

Metamorfismo regional - é causado por pressões muito intensas e elevadas

temperaturas, caracteristicamente desenvolvido em grandes áreas (milhares de

quilómetros quadrados), nas regiões de formação de montanhas.

A medida do tempo geológico e a idade da Terra

O tempo em geologia

A noção de tempo é um conceito fundamental em geologia.

Page 13: Geologia 10º ano

Datação das rochas

Datação relativa - Método que avalia a idade das formações geológicas umas em

relação às outras. Como? Analisando a posição relativa dessas formações e

averiguando acerca da existência de fósseis (de idade).

Datação absoluta - Método que avalia a idade das formações geológicas usando

referências numéricas (M.a.). Como? Através de um complexo uso de tecnologias e

análises laboratoriais de amostras das rochas que se pretendem datar.

Datação relativa

Princípios litoestratigráficos:

Princípio da Horizontalidade Inicial;

Princípio da Sobreposição de Estratos;

Princípio da Continuidade Lateral;

Princípio da Interseção;

Princípio da Inclusão;

Princípio da Identidade Paleontológica.

Princípio da Horizontalidade Inicial

Os sedimentos que estiveram na origem dos estratos são depositados, em regra,

segundo camadas horizontais paralelas à superfície de deposição.

(Quaisquer fenómenos de deformação que alterem esta horizontalidade das camadas

é posterior à sedimentação!).

Princípio da Sobreposição de Estratos

Se não ocorrerem deformações, a

deposição ocorre por ordem cronológica,

da base para o topo – uma camada é mais

recente que a que lhe serve de base e mais

antiga do que as que lhe estão acima.

Page 14: Geologia 10º ano

Exceções ao Princípio da Sobreposição de Estratos

1 – Dobras deitadas: Este princípio nem sempre pode ser usado para datar os estratos

de forma relativa! Se ocorrerem determinadas deformações nas rochas a posição dos

estratos será alterada e, às vezes, até invertida (como no caso das dobras deitadas).

2 – Terraços fluviais: O rio, por erosão, escava um novo leito, provocando a formação

de degraus onde deposita sedimentos – terraços fluviais. Os últimos a serem

depositados foram os da zona 3 (mais recentes).

3 – Grutas: Os sedimentos depositados em grutas são mais modernos do que as

camadas que lhe servem de tecto.

4 – Falhas: Blocos rochosos que fracturam (“partem”) e que se movimentam um em

relação ao outro.

Princípio da Continuidade Lateral

Um estrato delimitado pelo mesmo tecto e muro e com semelhantes propriedades

litológicas possuí a mesma idade em toda a sua extensão lateral.

Page 15: Geologia 10º ano

Princípio da Inclusão

Este princípio aplica-se, por exemplo a rochas compostas por fragmentos de outras

(como o conglomerado).

Page 16: Geologia 10º ano

Princípio da Interseção

Este princípio aplica-se a estratos afectados por estruturas (falhas, intrusões

magmáticas, etc…).

Princípio da Idade Paleontológica

Estratos com os mesmos fósseis possuem a mesma idade. Os fósseis são

contemporâneos das rochas onde se encontram!

Page 17: Geologia 10º ano

Mas nem todos os fósseis podem ajudar a datar litologias, apenas os fósseis de idade

ou estratigráficos.

Fósseis de idade

São fósseis de seres que fossilizam facilmente (têm partes duras) e, por isso,

ficam muitas vezes registados nas rochas. OCORRÊNCIA EM ABUNDÂNCIA;

São fósseis de seres que existiram em grande quantidade e que se expandiram

numa grande área geográfica (assim, permitem correlacionar estratos em

diferentes pontos do globo). AMPLA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA;

São fósseis de seres que não viveram durante muito tempo (à escala geológica).

CURTA DISTRIBUÇÃO TEMPORAL.

Ajuda: O que aconteceu aqui?

Page 18: Geologia 10º ano

As camadas 1 e 5 sofreram deformações, inclinando, após a sua formação (estas

camadas experimentaram a mesma história geológica pois a sua inclinação é

semelhante).

A intrusão 6 atravessa as camadas 1, 2 e 3 logo é mais recente que estas.

As camadas 9 e 10 são “cortadas” pelo vale logo podemos afirmar que este foi a última

estrutura a formar-se.

E aqui?

As camadas de 1 a 10 depositaram-se horizontalmente umas sobre as outras. Sofreram

deformação, inclinando-se. Posteriormente ocorreu a formação de uma intrusão

magmática que deu origem ao granito (contém inclusões de outras rochas mais

antigas). Deu-se a erosão de todo este conjunto e, posteriormente depositaram-se as

camadas 11 (com inclusões do granito, mais antigo) a 14.

Page 19: Geologia 10º ano

E aqui?

1 - Deposição de A, B, C, D, E, F e G e posterior inclinação;

2 – Ocorrência da falha H;

3 – Erosão e formação de uma descontinuidade (I) – superfície irregular;

4 – Deposição de J, K e L;

5 – Aparecimento da Intrusão M;

6 – Novo episódio de erosão com formação de uma segunda descontinuidade (N);

7 – Deposição de P (com inclusões de rochas mais antigas) e Q;

8 – O filão R e as camadas de lava S e T surgiram depois da deposição de Q mas não é

possível concluir se R surgiu antes ou depois de S e T pois não o intersecta; Com

certeza sabemos apenas que a camada mais recente de todas é a T.

E nesta situação, como proceder à datação?

Page 20: Geologia 10º ano

Datação absoluta

A radioactividade é uma das principais fontes de energia térmica interna da Terra.

Os átomos fazem parte da constituição da matéria (de tudo aquilo que existe). Nas

rochas também existem átomos.

Alguns deles (urânio, rádio, etc.) são radioactivos, isto é, ao longo dos tempos, e

naturalmente, os seus núcleos vão-se desintegrando espontaneamente para se

tornarem mais estáveis. Quando isso acontece liberta-se energia.

A datação pode também ser chamada de datação radiométrica ou isotópica.

Os isótopos de urânio são muito frequentes nas rochas (1g por cada 1000 Kg de rocha).

Estes isótopos são muito instáveis – os seus núcleos desintegram-se espontaneamente

formando um átomo de um elemento químico diferente, mais estável.

Átomo inicial: ISÓTOPO – PAI (instável).

Átomo formado após desintegração: ISÓTOPO – FILHO (mais estável).

Porque razão o decaimento radioactivo oferece uma boa forma de medir

o tempo de forma absoluta?

A taxa de decaimento radioactivo (desintegração dos isótopos-pai em isótopos-filho) é

constante para cada isótopo (não varia com condições de pressão, temperatura ou

outros aspectos associados aos processos geológicos).

A desintegração é irreversível: o isótopo-pai não volta a adquirir as propriedades

iniciais.

Quando a rocha se forma adquire elementos radioactivos que se começam a

desintegrar marcando o momento de formação daquela rocha.

Page 21: Geologia 10º ano

Período de semi-vida ou semi-transformação

Tempo decorrido para que metade do número de

isótopos-pai radioactivos sofra desintegração,

transformando-se em isótopos-filho.

No final de um período de semi-vida, 50% dos

isótopos-pai já foram transformados em isótopos-

filho… No final do 2º período de semi-vida,

metade da metade que restou (¼) do nº original

de isótopos-pai ainda permanecem na rocha… No

3º período de semi-vida ⅛ e assim por diante!

(restará sempre uma quantidade residual de isótopos-pai na rocha)

Page 22: Geologia 10º ano

Qual o melhor isótopo para datar rochas jovens?

Carbono-14, pois tem o período de semi-vida

mais curto.

É que se a rocha for “velha” e a taxa de

decaimento for rápida, os isótopos-pai já se

transformaram quase todos em isótopos-

filho: sabemos que o relógio isotópico parou,

não sabemos é há quanto tempo isso

aconteceu.

O Carbono-14 é muito usado na arqueologia e

é o ideal para datar fósseis ou quaisquer

outros resíduos orgânicos… Porquê?

Page 23: Geologia 10º ano

Todos os seres vivos contêm carbono. Ele é absorvido pelos seres fotossintéticos e daí

segue por toda a cadeia alimentar. Quando os seres morrem inicia-se o decaimento! E

a arqueologia estuda eventos recentes – interessam isótopos com menor tempo de

semi-vida.

Limitações da datação radiométrica ou isotópica

Não permite datar rochas sedimentares.

Este método pressupõe que as rochas sejam sistemas fechados, não existindo entradas

ou saídas de isótopos. Mas, se as rochas sofrerem erosão ou meteorização, podem

ocorrer perdas de isótopos (pais e filhos) o que irá influenciar a idade atribuída.

Cada grão de areia tem um relógio calibrado para uma data distinta, a qual remonta

provavelmente a muito antes de a rocha sedimentar se formar. Assim, em matéria de

cronometragem, a rocha sedimentar é uma confusão. Não serve.

Atribuí uma idade ao metamorfismo e não à rocha antes de o sofrer.

Se tivermos em conta que as rochas metamórficas resultam de modificações, devidas a

pressão e temperatura, sofridas por outras rochas, o metamorfismo que as afectou

não elimina os átomos-filho que elas possam conter nesse momento e, dessa forma,

obtém-se uma idade superior à que deveria corresponder à última fase de

metamorfismo.

Nem sempre as rochas contêm grandes quantidades dos isótopos necessários à sua

datação.

Apenas as rochas ígneas proporcionam

bons relógios radioactivos.

As rochas ígneas costumam conter muitos

isótopos radioactivos diferentes. A

solidificação das rochas ígneas dá-se

bruscamente, o que tem uma consequência

feliz: todos os relógios de um dado

fragmento de rocha são calibrados em

simultâneo.

Page 24: Geologia 10º ano

Por que motivo a estratigrafia não permite medir o tempo de forma

absoluta?

Os sedimentos não se acumulam numa taxa constante em nenhum ambiente de

sedimentação (podem até haver longos momentos de ausência de sedimentação). Por

exemplo, durante uma inundação, um rio poderá depositar uma camada de areia de

vários metros de espessura em questão de poucos dias, enquanto durante todos os

anos que se seguirem entre as inundações ele apenas deposita uma camada de areia

com poucos centímetros de espessura. Além disso a taxa de erosão também não é

constante.

Page 25: Geologia 10º ano

Questão

1. 25%

2. Dois períodos de semi-vida

3. 2 x 0.7 x 109

Page 26: Geologia 10º ano

A Terra, um planeta muito especial (Universo)

Sistema Solar

É constituído pelo Sol e por todos os corpos que gravitam em torno dele:

Planetas;

Asteróides;

Cometas.

Do sistema solar fazem parte 8 planetas principais, cerca de 60 satélites naturais,

centenas de cometas e milhares de asteróides.

Sol

Faz parte de uma galáxia – Via Láctea, que possui centenas de milhares de milhões de

estrelas.

Com um raio de cerca de 700 000 Km, é uma estrela muito modesta, quer pelo seu

tamanho, quer pelo seu brilho.

Ocupa uma posição excêntrica num dos braços da espiral, sento a sua distância ao

centro da galáxia cerca de 27 000 anos-luz.

Em cada segundo são convertidos 710 milhões de toneladas de H (hidrogénio) em 705

milhões de toneladas de He (Hélio), sendo os restantes convertidos em energia, como

por exemplo a luz e o calor.

Teoria nebular

Segundo esta teoria no enorme espaço

que separa as diferentes estrelas da

nossa galáxia, existia uma nébula

formada por gases e poeira muito

difusa, que seria o ponto de partida

para a génese do Sistema Solar.

A nébula ter-se-ia contraído devido a

forças de atração gravítica entre as

diferentes partículas que a constituíam.

A contracção da nébula proto-solar

provocaria um aumento da sua

velocidade de rotação.

Page 27: Geologia 10º ano

Lentamente a nébula teria começado a arrefecer e a adquirir a forma de disco muito

achatado, em torno de uma massa de gás densa e luminosa em posição central, que

seria o proto-sol.

Durante o arrefecimento do disco nebular, ocorreria a condensação dos materiais em

grãos sólidos, mas não de um modo uniforme. As regiões situadas na periferia, em

contato com o espaço intersideral, arrefeciam mais rapidamente do que as próximas

da estrela em formação.

A cada temperatura corresponde a condensação de um tipo de material com

determinada composição química, o que leva a uma zonação mineralógica de acordo

com a distância ao Sol.

No disco achatado, a força da gravidade provocaria aglutinação de poeiras constituídas

por diferentes minerais que formariam pequenos corpos chamados planetesimais,

com um diâmetro de cerca de 100m.

Os maiores desses corpos atraíam os mais pequenos, verificando-se a colisão e o

aumento progressivo das dimensões, o eu levou à formação de planetesimais com

alguns quilómetros.

Todo este processo designado acreção, desencadeou um bombardeamento cada vez

maior, formandos os protoplanetas.

Finalmente os protoplanetas por acreção de novos materiais, teriam dado origem a

planetas.

Planetas Telúricos

Os planetas que se formaram a temperaturas mais elevadas, os que se encontram mais

próximos do Sol, são essencialmente constituídos por materiais refractários, isto é,

materiais com um ponto de fusão mais elevado

Assim, Mercúrio, Vénus, Terra e Marte, são pequenos, rochosos, formados

essencialmente por silicatos, possuindo atmosferas pouco densas, destituídas de

hidrogénio.

Page 28: Geologia 10º ano

Planetas Gigantes

Os planetas longínquos, que condensaram a temperaturas mais baixas, são ricos em

substâncias voláteis.

Júpiter e Saturno são suficientemente grandes para reterem, por força gravítica,

materiais pouco densos da nébula solar primitiva, com o hidrogénio e o hélio.

Estes planetas são pobres em metais e silicatos.

A existência de uma zonação química, de acordo com a distância ao Sol, conferiu o

carácter químico próprio, e a composição original de cada planeta

A teoria nebular é coerente com grande parte dos factos observados,

como:

Uma idade idêntica para todos os corpos do Sistema Solar;

Regularidade das orbitas planetárias, que são órbitas elipsóides, quase

circulares;

Todas as órbitas são quase complanares, formando um disco, com algumas

exceções, como por exemplo a órbita de Plutão;

Todos os planetas têm movimento de rotação no mesmo sentido, excepto

Vénus e Úrano;

A densidade dos planetas mais próximos do Sol é superior à dos planetas mais

afastados, o que está de acordo com a posição em que se formaram numa

nébula em rotação.

Existem dados que não estão completamente clarificados

Baixa velocidade de rotação do Sol;

Movimento de rotação em sentido oposto de Vénus e Úrano, relativamente

aos outros planetas.

Planetas

Planetas principais – descrevem as suas órbitas, directamente em torno do Sol.

Planetas secundários ou satélites – descrevem translações em torno dos planetas

principais.

Page 29: Geologia 10º ano

Mercúrio

Planeta rochoso e dos mais densos;

É semelhante à Lua com numerosas crateras de impacto;

Praticamente destituído de atmosfera;

Actualmente não tem actividade vulcânica;

O dia tem a duração de três meses.

Vénus

Atmosfera muito densa, volumosa e corrosiva, constituída por CO2, algum N2 e

pequenas quantidades de água que permitem a formação de ácidos, como HCl

e H2SO4;

A atmosfera cria um efeito de estufa que determina temperaturas junto do solo

na ordem dos 480ºC;

Derrames vulcânicos parecem ocupar grandes extensões da superfície do

planeta.

Terra

Planeta geologicamente muito activo com intensa actividade sísmica e

vulcânica;

É o único a ter água nos três estados;

A água no estado líquido e a existência de temperatura adequada permitem o

desenvolvimento da vida;

Satélite: Lua.

Marte

Numerosas crateras de impacto;

Numerosos vulcões, Monte Olimpo é o maior do Sistema Solar;

Vales largos e profundos, semelhantes aos talhados pelos rios na Terra;

Actualmente sem vestígio de água;

Tempestades de areia vermelha;

Satélites: Deimos e Fobos.

Júpiter

Maior planeta do Sistema Solar, formado basicamente por Hidrogénio e Hélio e

em menor quantidade por metano, amónia e água;

Atmosfera com bandas claras e escuras alternadas, paralelas ao equador;

Satélites: 16 (Io, Europa, Ganimedes e Calisto).

Page 30: Geologia 10º ano

Saturno

Muito semelhante a Júpiter;

Sistema de anéis bem visíveis, formados por partículas de gelo e fragmentos

rochosos cobertos de gelo, que descrevem órbitas bem definidas á volta do

planeta;

Satélites: 18 (Titã é o maior do Sistema Solar).

Úrano e Neptuno

Muito semelhantes;

Constituídos por gases, com um pequeno núcleo rochoso;

Possuem um sistema de anéis.

Asteróides

Corpos de pequenas dimensões

Os maiores não chegam a atingir os 1000Km de diâmetro;

Geralmente movem-se entre a órbita de Marte e Júpiter –

cintura de asteróides;

Alguns apresentam órbitas muito excêntricas, podendo

intersectar a órbita de alguns planetas.

Page 31: Geologia 10º ano

Cometas

Pequenos corpos, muito primitivos, com órbitas muito

excêntricas em relação ao Sol;

Formados essencialmente por gelo e rochas, só são visíveis

quando se aproximam do Sol;

São constituídos por núcleo, cabeleira e cauda.

Meteoróides

Meteoro - quando um asteróide sai da sua órbita e entra no campo gravitacional da

Terra.

Meteorito - colisão do meteoro com a superfície do nosso planeta.

Cratera de impacto - depressão saliente no solo, resultante da colisão.

Estrela cadente - meteoro de pequenas dimensões que entra na atmosfera terrestre e

que sofre aquecimento devido ao atrito, o qual é suficiente para o consumir.

Meteoritos

A Terra – acreção e diferenciação

A Terra, tal como os outros corpos do Sistema Solar, teve origem a partir da acreção de

materiais da nébula solar por acção da força gravítica, seguido de um processo de

diferenciação.

Embora se tenha começado a formar há cerca de 4600 M.a., continuou a crescer

durante cerca de 120 a 150 M.a., até atingir as dimensões actuais.

As rochas magmáticas mais antigas encontram-se na Bacia de Hudson, Canadá, e têm

3825 M.a.

Page 32: Geologia 10º ano

Diferenciação

Inicialmente a Terra teria uma estrutura homogénea, com uma distribuição regular do

ferro, dos silicatos e da água.

A estrutura da Terra tem camadas

concêntricas, com um núcleo central muito

denso rodeado por um manto, e este pela

crosta, menos densos, a existência de uma

atmosfera e de uma hidrosfera levaram a

procurar uma explicação para essa

diferenciação estrutural e química.

Que fontes de energia estariam envolvidas no processo de

diferenciação?

Impacto dos planetesimais;

Compressão;

Desintegração radioactiva.

Impacto dos planetesimais

Energia cinética era convertida em calor.

Compressão

As zonas internas do planeta eram

comprimidas sob o peso crescente da

acumulação de novos materiais. Como

resultado o calor acumulava-se e a

temperatura aumentava no interior da

Terra Compressão do planeta resultante

do seu próprio peso.

Desintegração radioactiva

Os átomos dos elementos pesados, urânio, tório e

potássio (por ex.) desintegram-se espontaneamente,

emitindo energia e transformando-se noutros

elementos mais estáveis. Esse calor flui com

dificuldade devido à fraca condutividade térmica das

rochas, ficando armazenado no interior da Terra.

Page 33: Geologia 10º ano

Diferenciação

Os materiais sofreram fusão;

Sendo o ferro mais denso deslocou-se na direcção do centro do planeta e os

materiais menos densos para a periferia, que ao arrefecerem originaram a

crosta primitiva;

Na crosta recém formada os fenómenos de vulcanismo seriam generalizados;

Juntamente com o derrame de lava seriam libertadas grandes quantidades de

gases que permitiram o aparecimento da atmosfera;

O vapor de água libertado ter-se-ia condensado por arrefecimento, originando

chuvas abundantes, que caindo sobre o planeta já arrefecido se acumularam

constituindo os oceanos primitivos.

Sistema Terra-Lua

Lua

Satélite natural da Terra;

Dimensões reduzidas;

Não possui atmosfera;

Reduzido campo gravítico;

Massa reduzida;

Escassa água no estado sólido;

Não há erosão;

A superfície mantém-se inalterável;

Page 34: Geologia 10º ano

Sistema Terra-Lua

O satélite preserva as marcas acontecidas antes da formação dos nossos

continentes.

A Lua e a Terra interactuam uma com a outra:

Efeito das Marés;

Dá origem a que a rotação da Lua seja síncrona com a sua translação.

Entre a Lua e a Terra existe uma forte ligação gravitacional, pelo que são

considerados, por alguns cientistas, como planetas duplos.

Características da Lua

A Lua possui a mesma origem que o seu planeta principal.

Origem da Lua

Origem incerta;

Origem comum com a Terra:

o A lua desprendeu-se de uma massa

incandescente de rocha liquefeita

primordial.

Um planeta desaparecido Theia, com o tamanho de Marte,

ainda no princípio da Terra, teria chocado como nosso

planeta.

Da colisão, resultou a desintegração do planeta Theia é

forçado à expulsão de pedaços de rocha líquida.

Estes pequenos corpos condensados num mesmo corpo

teriam ficado aprisionados no campo gravitacional da Terra.

Page 35: Geologia 10º ano

Continentes lunares

Possuem cor clara;

Relevo escarpado;

Rochas : anortositos e noritos;

Apresentam maior número de crateras de impacto;

Ocupam maior extensão da superfície lunar.

Mares lunares

Tom escuro e relevo plano;

Rochas: basalto;

Mares lunares são frequentes na face visível;

Os mares resultaram do preenchimento, por lavas basálticas;

Apresentam mascons.

Mascons

São regiões rochosas de massa muito concentrada, localizadas nos mares lunares e

detectadas por anomalias gravimétricas. Admite-se que os mascons estejam

relacionados com a ascensão de lava basáltica, de elevada densidade, proveniente do

manto lunar, que preencheu depressões originadas pelos impactos de corpos celestes.

O termo "mascons" é a abreviatura do inglês mass concentrations.

Page 36: Geologia 10º ano

Crateras de impacto

Apresentam forma circular e diâmetro variável e são depressões que se

encontram dispersas, existindo quer nos mares quer nos continentes lunares;

O rebordo das crateras é sobrelevado e no centro surgem formações cónicas

resultantes das ondas de descompressão que se geram após os impactos;

Nem todas as crateras foram ocupadas por magmas, apresentando-se muitas

delas preenchidas por um material que foi fundido e fragmentado.

Rególito

Cobertura de material sólido não consolidado que cobre a rocha subjacente,

resultante de contracções e dilatações que experimentam os minerais lunares

devido às grandes amplitudes térmicas que suportam;

O rególito lunar é um material pulverulento, desde um pó fino até blocos de

vários metros de diâmetro, solto, de cor acinzentada, com numerosas esferas

vitrificadas que resultaram do arrefecimento de rocha fundida após um

impacto meteorítico.

Planeta Terra

Áreas continentais

Ocupam 36% da superfície terrestre (29% emersos e 7% imersos).

Têm uma espessura que varia entre os 20 e 70 Km.

Continentes

Representam uma pequena parte da superfície terrestre.

Geologia e morfologia muito complexa.

Elementos característicos:

o Escudos;

o Plataformas;

o Cadeias montanhosas.

Unidades básicas

Escudos ou cratões – vastas extensões onde afloram rochas de idade pré-câmbrica que

formam os núcleos de cada continente. São geralmente as raízes de montanhas

erodidas e apresentam deformação.

Plataformas estáveis – zonas de escudos que não afloram porque estão cobertas de

sedimentos, praticamente não deformadas.

Page 37: Geologia 10º ano

Cinturas orogénicas recentes – enormes cadeias alongadas de montanhas, resultantes

da colisão continente-continente ou placa oceânica-continente.

Núcleos pré-câmbricos (Escudos ou cratões):

Bases de continentes com baixo relevo;

Rochas pré câmbricas dobradas;

Predomínio de rochas magmáticas e metamórficas.

Plataformas estáveis

Zonas não aflorantes dos escudos;

Cobertura sedimentar resultante da erosão dos escudos;

Áreas não deformadas – estratos horizontais.

Cadeias montanhosas

Resultam da colisão de placas litosféricas;

Localizam-se em margens continentais;

Cadeias recentes –relevo elevado;

Áreas extensas;

Rochas intensamente dobradas e deformadas;

Cadeias de montanhas com dobras e falhas.

Cadeias de colisão

Oceano – Continente;

Continente – Continente;

Oceano – Oceano.

Como se formam estas cadeias?

As regiões da crosta continental hoje ocupadas por cadeias montanhosas, podem ter

correspondido, num passado muito distante, a bacias de sedimentação, que se

localizavam entre dois continentes.

A ligação da Índia com a Ásia, ficou marcada, pela formação da

cordilheira dos Himalaias.

Page 38: Geologia 10º ano

Oceanos

Das áreas cobertas pelas águas oceânicas podemos considerar:

Um domínio continental;

Um domínio oceânico.

O fundo oceânico apresenta uma paisagem submarina idêntica à paisagem dos

continentes: montanhas, vales e planícies.

As principais áreas que constituem o fundo dos oceanos são:

A plataforma continental;

O talude continental;

Planície abissal;

A crista médio-oceânica;

As fossas oceânicas.

Domínio continental

Plataforma continental – faz parte da crosta continental e prolonga o continente,

podendo atingir a profundidade de -200 m.

Talude continental – representa o limite da parte imersa do domínio continental, É

uma zona de forte declive, cuja profundidade passa de -200 m para -2500 m.

Domínio oceânico

Planícies abissais – profundidades compreendidas entre os 2500 m e 6000 m.,

correspondendo a 50% da superfície do Globo. Por vezes existem depressões, as

fossas, muito profundas que podem ultrapassar os 11 000 m.

Anel de fogo

Page 39: Geologia 10º ano

Dorsais oceânicas – situam-se na parte média ou nos bordos dos oceanos. Elevam-se a

3000m acima dos fundos das bacias e estendem-se por uma largura com cerca de

1000Km.

Na parte central de algumas dorsais existe um rifte, cuja profundidade varia entre -

1800 e -2000m. As dorsais são cortadas por falhas transversais. As encostas destas

montanhas submarinas são constituídas por lavas consolidadas dispostas em faixas

paralelas para um e outro lado do rifte.