GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DAS ROCHAS …

1
GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DAS ROCHAS VULCÂNICAS ÁCIDAS DOS CERROS TUPANCI, MARÇAL E DOS PICADOS, VILA NOVA DO SUL, CENTRO-OESTE DO RS. Felipe Padilha Leitzke¹, Carlos Augusto Sommer² 1. PIBIC - CNPq/UFRGS / 2. CPGq - Instituto de Geociências - UFRGS METODOLOGIA: -Revisão Bibliográfica; -Trabalho de campo: a) Reconhecimento das principais unidades geológicas da área; b) Levantamentos geológicos básicos e de detalhe, através de perfis geológicos; c) Coleta de cerca de 20 amostras para os trabalhos de petrografia e análise química. -Trabalho de laboratório: a) Descrições petrográficas; b) Preparação e envio das amostras para análise química; c) Confecção de um mapa de pontos no ArcGIS e um banco de dados no Excel; d) Interpretação preliminar dos dados litoquimicos. INTRODUÇÃO: Na região do Tupanci, porção noroeste do escudo Sul-Rio- Grandense, ocorre um expressivo volume de depósitos vulcânicos e hipabissais de composição ácida, estratigraficamente correlacionados à Formação Acampamento Velho, da Bacia do Camaquã. Esta região representa a exposição mais setentrional deste episódio vulcânico, caracterizado por uma sequência vulcânica de rochas efusivas e piroclásticas, composição dominantemente ácida, afinidade alcalina sódica e idades aproximadas a 550 Ma, cujos processos são vinculados aos estágios pós-colisionais do ciclo orogênico Brasiliano/Pan-Africano (Fig. 1). Neste contexto, este trabalho busca apresentar os dados de campo, petrográficos e litoquimicos destes vulcanitos, para poder associá-los de uma maneira petrológica à este episódio vulcânico. Figura 1 - Mapa geológico simplificado do ESRG, com a distribuição das principais ocorrências do vulcanismo Neoproterozóico na Bacia do Camaquã (Lima et al., 2007) GEOLOGIA DA ÁREA: Predominam as rochas vulcânicas efusivas distribuídas em três cerros: Tupanci, Marçal e dos Picados, antecedidas por uma seqüência vulcânica/hipabissal intermediári de andesitos e lamprófiros (Fm. Hilário), rochas sedimentares (Fm. Maricá) e granitóides (Complexo Cambaí), enquanto a cobertura é associada à Bacia do Paraná (Fig. 2). Folha Rio Vacacaí Parcial (SH22-Y-A-I-1) Córrego Alegre/MG Legenda Estrada Principal Estrada Secundária Drenagem Açudes Ponto Cotado Contatos Falhas Porto Alegre Vila Nova do Sul Rio Grande do Sul 57º 51º 27º 33º BR - 290 Vila Nova do Sul 54º56' 30º15' 53º45' 54º56' 30º05' C. Picados C. Marçal C. Tupanci 195 217 236 231 119 N COLUNA ESTRATIGRÁFICA IDADE FORMAÇÃO LITOLOGIA Quaternário Permo - Carbonífero Ordoviciano Cambriano Eo - Cambriano Pré - Cambriano COR Areias e Argilas de Aluviões Folhelhos siltícos e betum. - Irati Palermo Rio Bonito Ac. Velho Hilário Hilário Gr. Maricá Cambaí Folhelhos e Siltitos cinza Arenitos ferruginosos e silt. Riolitos Granito São Sepé Lamprófiros Andesitos Siltitos, Ardósias e Arcóseos Microgranitos Gnaisses e Migmatitos 53º45' 0 1 2 3 4 5 Km Figura 2 - Mapa geológico simplificado da região do Tupanci (modificado de Menegotto e Medeiros, 1976) CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se indicar, preliminarmente, uma vinculação genética com o magmatismo da Fm. Ac. Velho. Investigações posteriores permitirão uma correlação mais detalhada com esta unidade, visando estabelecer relações com o magmatismo neoproterozóico pós- colisional do tipo “A” do Escudo Sul-Rio-Grandense. Referências DE LA ROCHE, H., LETERRIER, J., GRANDCLAUDE, P., MARCHAL, M., 1980, A classification of volcanic and plutonic rocks using R1R2 -diagram and majorelement analyses--Its relationships with current nomenclature: Chemical Geology, v. 29, p. 183-210. LIMA, E. F. de., SOMMER, C. A., NARDI, L. V. S. O vulcanismo neoproterozóico-ordoviciano no Escudo Sul-Riograndense: os ciclos vulcânicos da Bacia do Camaquã. In: 50 anos de Geologia: Instituto de Geociências. Contribuições, p. 79-95. 2007. NAKAMURA, N. Determination of REE, Ba, Fe, Mg, Na and K in carbonaceous and ordinary chondrites. Geochimica Cosmochimica Acta, v. 38, p. 757-775. 1974. PEARCE, J. A., HARRIS, N. W., TINDLE, A. G. Trace element discrimination diagrams for the tectonic interpretation of granitic rocks. Journal of Petrology, v. 25, p. 956–983. 1984 WHALEN, J. B., CURRI, K. L., CHAPPELL, B. W. A-type granites: geochemical characteristics,discrimination and petrogenesis. Contributions to Mineralogy and Petrology, v. 95, p. 407-419. 1987. WINCHESTER, J. A., FLOYD, P. A. Geochemical discrimination of different magma series and their differentiation products using immobile elements. Chemical Geology, v. 20, p. 325–343.1977. ROCHAS EFUSIVAS O Cerro Tupanci apresenta características de uma intrusão subvulcânica com morfologia alongada (N-S) e é representado por riolitos porfiríticos, com fenocristais de feldspato alcalino, quartzo e restos de minerais máficos, envoltos por uma matriz quartzo- feldspática equigranular fina a afanítica (Fig. 3). No Cerro dos Picados ocorrem lavas riolíticas texturalmente semelhantes, porém com matriz afanítica de aspecto vítreo. ROCHAS PIROCLÁSTICAS: O Cerro Marçal é caracterizado pela predominância de depósitos ignimbríticos em duas fácies principais: uma lapilítica, rica em litoclastos, púmices e cristaloclastos de feldspato alcalino e quartzo, e outra tufácea, com abundância em púmices, cristaloclastos e raros litoclastos, e uma destacável textura eutaxítica (Fig. 3). Rochas riolíticas porfiríticas ocorrem de forma subordinada. Figura 3 - Aspectos petrográficos: a) Litoclasto de riolito - LP; b)Qzo com feições de reabsorção - LP; c)Textura axiolítica - LP; d)Textura eutaxítica, cristal de feldspato alc.; e) Textura esferulítica - LP; f)Textura eutaxítica, com cristaloclastos e litoclastos - LN; g)Riolito Porfiritico com matriz vítrea; h) Ignimbrito - fácies lapilítica; i) Riolito Porfirítico, Cerro Tupanci; j)Ignimbrito - fácies tufácea; k)Ignimbrito riolítico rico em litoclastos; l)Ignimbrito - fácies lapilítica a b c f e d g h i La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu 0.1 1 10 100 1000 Phonolite Trachyte Rhyolite Andesite/Basalt Rhyodacite/Dacite SubAlkaline Basalt Trachy- andesite Alk-Bas Com/Pant Bsn/Nph Andesite 1.000000e-02 5.000000e-02 5.000000e-01 5.000000e+00 0.001 0.005 0.050 0.500 5.000 Nb/Y Zr TiO 2 Figura 4 - Diagrama de classificação Nb/Y versus Zr/TiO2 segundo Winchester e Floyd (1977). Figura 7 - Diagrama ETR normalizado pelo condrito, segundo Nakamura (1974). Figura 8 - Diagrama discriminante de ambientes tectônicos, Zircônio segundo Whalen et al. (1987). versus 1000*Ga/Al e IAGP versus1000*Ga/Al, Y+Nb Rb 1 10 100 1000 1 10 100 1000 ORG VAG WPG syn-COLG Figura 5 - Diagrama discriminante de ambientes tectônicos, Rb versus Y+Nb, segundo Pearce (1996). 1 2 5 10 20 10 50 200 1000 10000*Ga/Al Zr A I & S Cerro Tupanci Cerro dos Picados Cerro Marçal ankaratrite basanite alkali basalt basalt tholeiite nephelinite tephrite hawaiite lati- basalt andesi- basalt phono-tephrite mugearite latite lati- andesite andesite phonolite trachy- phonolite trachyte quartz trachyte alkali rhyolite quartz latite dacite rhyolite rhyodacite picritic rock -1000 0 1000 2000 3000 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 R 1 = 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti) R 2 = 6Ca + 2Mg + Al Cerro Tupanci Cerro dos Picados Cerro Marçal j k l Figura 6 - Diagrama de classificação R1/R2 (De La Roche et al., 1980) Agradecimentos: Ao CNPq pelas bolsas de produtividade e pelo apoio financeiro (CNPq: 470488/2010-8, 502128/2010-0, 303584/2009-2, 473683/2007, 5470641/2008-8, 470203/2007-2 e 303038/2009-8; FAPERGS: PqG - 1007198 ). Ao Edital PRONEX CNPq-FAPERGS 2009 pelo apoio financeiro. Ao IGEO/UFRGS pela logística. LITOQUÍMICA: Os três cerros apresentam teores elevados de SiO2, álcalis e FeOt/FeOt+MgO (> 0,9), baixos conteúdos de Al2O3 CaO e MgO, e índice agpaítico próximo a unidade. Nos diagramas de classificação as amostras ocupam o campo dos riolitos alcalinos, tendendo ao campo dos riolitos peralcalinos (Figs. 4,6). Constata-se também altos valores para Zr, Nb, Y, Rb e ETR leves e baixos para Ba e Sr. O padrão de ETR mostra um leve enriquecimento de ETR leves em relação aos ETR pesados e uma forte anomalia negativa em Eu (Fig. 7). Em diagramas discriminantes de ambientes tectônicos, as amostras ocupam o campo dos granitos tipo A e os ambientes intra-placas, tendendo ao campo pós-colisional (Figs. 5,8). O magmatismo pode ser classificado como supersaturado em sílica, semelhante aos sistemas de alta sílica, de afinidade alcalina e tendência metaluminosa a levemente peralcalina, com características de granitos do tipo A. 1 2 5 10 0.6 0.8 1.0 1.4 1.8 10000*Ga/Al Agpaitic Index A I & S

Transcript of GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DAS ROCHAS …

Page 1: GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DAS ROCHAS …

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DAS ROCHAS VULCÂNICAS ÁCIDAS DOS CERROS TUPANCI, MARÇAL E DOS

PICADOS, VILA NOVA DO SUL, CENTRO-OESTE DO RS.Felipe Padilha Leitzke¹, Carlos Augusto Sommer²

1. PIBIC - CNPq/UFRGS / 2. CPGq - Instituto de Geociências - UFRGS

METODOLOGIA:-Revisão Bibliográfica;-Trabalho de campo: a) Reconhecimento das principais unidades

geológicas da área; b) Levantamentos geológicos básicos e de detalhe, através de perfis geológicos; c) Coleta de cerca de 20 amostras para os trabalhos de petrografia e análise química.

-Trabalho de laboratório: a) Descrições petrográficas; b) Preparação e envio das amostras para análise química; c) Confecção de um mapa de pontos no ArcGIS e um banco de dados no Excel; d) Interpretação preliminar dos dados litoquimicos.

INTRODUÇÃO:Na região do Tupanci, porção noroeste do escudo Sul-Rio-

Grandense, ocorre um expressivo volume de depósitos vulcânicos e hipabissais de composição ácida, estratigraficamente correlacionados à Formação Acampamento Velho, da Bacia do Camaquã. Esta região representa a exposição mais setentrional deste episódio vulcânico, caracterizado por uma sequência vulcânica de rochas efusivas e piroclásticas, composição dominantemente ácida, afinidade alcalina sódica e idades aproximadas a 550 Ma, cujos processos são vinculados aos estágios pós-colisionais do ciclo orogênico Brasiliano/Pan-Africano (Fig. 1).

Neste contexto, este trabalho busca apresentar os dados de campo, petrográficos e litoquimicos destes vulcanitos, para poder associá-los de uma maneira petrológica à este episódio vulcânico.

Figura 1 - Mapa geológico simplificado do ESRG, com a distribuição das principais ocorrências do vulcanismo Neoproterozóico na Bacia do Camaquã (Lima et al., 2007)

GEOLOGIA DA ÁREA:P r e d o m i n a m a s r o c h a s

vulcânicas efusivas distribuídas em três cerros: Tupanci, Marçal e dos Picados, antecedidas por uma seqüência vulcânica/hipabissal intermediári de andesitos e lamprófiros (Fm. Hilário), rochas sedimentares (Fm. Maricá) e granitóides (Complexo Cambaí), enquanto a cobertura é associada à Bacia do Paraná (Fig. 2).

Folha Rio Vacacaí Parcial (SH22-Y-A-I-1)

Córrego Alegre/MG

Legenda

Estrada Principal

Estrada Secundária

Drenagem

Açudes

Ponto Cotado

Contatos

Falhas

Porto Alegre

Vila Nova do Sul

Rio Grande do Sul57º 51º

27º

33º

BR - 290

Vila Nova do Sul54º56'

30º1

5'

53º45'54º56'

30º0

5'

C. Picados

C. Marçal

C. Tu

pan

ci

195

217

236 231

119

N

COLUNA ESTRATIGRÁFICA

IDADE FORMAÇÃO LITOLOGIA

Quaternário

Permo - Carbonífero

OrdovicianoCambriano

Eo - Cambriano

Pré - Cambriano

COR

Areias e Argilas de Aluviões

Folhelhos siltícos e betum.

-

Irati

Palermo

Rio Bonito

Ac. Velho

Hilário

Hilário

Gr. Maricá

Cambaí

Folhelhos e Siltitos cinza

Arenitos ferruginosos e silt.

Riolitos

Granito São Sepé

Lamprófiros

Andesitos

Siltitos, Ardósias e Arcóseos

Microgranitos

Gnaisses e Migmatitos

53º45'

0 1 2 3 4 5 Km

Figura 2 - Mapa geológico simplificado da região do Tupanci (modificado de Menegotto e Medeiros, 1976)

CONSIDERAÇÕES FINAIS:Pode-se indicar, preliminarmente, uma vinculação genética com o

magmatismo da Fm. Ac. Velho. Investigações posteriores permitirão uma correlação mais detalhada com esta unidade, visando estabelecer relações com o magmatismo neoproterozóico pós-colisional do tipo “A” do Escudo Sul-Rio-Grandense.

ReferênciasDE LA ROCHE, H., LETERRIER, J., GRANDCLAUDE, P., MARCHAL, M., 1980, A classification of volcanic and plutonic rocks using R1R2 -diagram and majorelement analyses--Its relationships with current nomenclature: Chemical Geology, v. 29, p. 183-210.LIMA, E. F. de., SOMMER, C. A., NARDI, L. V. S. O vulcanismo neoproterozóico-ordoviciano no Escudo Sul-Riograndense: os ciclos vulcânicos da Bacia do Camaquã. In: 50 anos de Geologia: Instituto de Geociências. Contribuições, p. 79-95. 2007.NAKAMURA, N. Determination of REE, Ba, Fe, Mg, Na and K in carbonaceous and ordinary chondrites. Geochimica Cosmochimica Acta, v. 38, p. 757-775. 1974.PEARCE, J. A., HARRIS, N. W., TINDLE, A. G. Trace element discrimination diagrams for the tectonic interpretation of granitic rocks. Journal of Petrology, v. 25, p. 956–983. 1984WHALEN, J. B., CURRI, K. L., CHAPPELL, B. W. A-type granites: geochemical characteristics,discrimination and petrogenesis. Contributions to Mineralogy and Petrology, v. 95, p. 407-419. 1987.WINCHESTER, J. A., FLOYD, P. A. Geochemical discrimination of different magma series and their differentiation products using immobile elements. Chemical Geology, v. 20, p. 325–343.1977.

ROCHAS EFUSIVASO Cerro Tupanci apresenta características de uma intrusão

subvulcânica com morfologia alongada (N-S) e é representado por riolitos porfiríticos, com fenocristais de feldspato alcalino, quartzo e restos de minerais máficos, envoltos por uma matriz quartzo-feldspática equigranular fina a afanítica (Fig. 3). No Cerro dos Picados ocorrem lavas riolíticas texturalmente semelhantes, porém com matriz afanítica de aspecto vítreo.

ROCHAS PIROCLÁSTICAS:O Cerro Marçal é caracterizado pela predominância de depósitos

ignimbríticos em duas fácies principais: uma lapilítica, rica em litoclastos, púmices e cristaloclastos de feldspato alcalino e quartzo, e outra tufácea, com abundância em púmices, cristaloclastos e raros litoclastos, e uma destacável textura eutaxítica (Fig. 3). Rochas riolíticas porfiríticas ocorrem de forma subordinada.

Figura 3 - Aspectos petrográficos: a) Litoclasto de riolito - LP; b)Qzo com feições de reabsorção - LP; c)Textura axiolítica - LP; d)Textura eutaxítica, cristal de feldspato alc.; e) Textura esferulítica - LP; f)Textura eutaxítica, com cristaloclastos e litoclastos - LN; g)Riolito Porfiritico com matriz vítrea; h) Ignimbrito - fácies lapilítica; i) Riolito Porfirítico, Cerro Tupanci; j)Ignimbrito - fácies tufácea; k)Ignimbrito riolítico rico em litoclastos; l)Ignimbrito - fácies lapilítica

a b c

fed

g h i

La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu

0.1

110

100

1000

Phonolite

Trachyte

Rhyolite

Andesite/Basalt

Rhyodacite/Dacite

SubAlkaline Basalt

Trachy-andesite

Alk-Bas

Com/Pant

Bsn/Nph

Andesite

1.000000e-02 5.000000e-02 5.000000e-01 5.000000e+00

0.0

01

0.0

05

0.0

50

0.5

00

5.0

00

Nb Y

-

Zr TiO2

plot

(Winchester

+

Floyd

1977)

Nb/Y

Zr

TiO

2

Figura 4 - Diagrama de classificação Nb /Y ve rsus Z r /TiO2 segundo Winchester e Floyd (1977).

Figura 7 - Diagrama ETR normalizado pelo condrito, segundo Nakamura (1974).

Figura 8 - Diagrama discriminante de ambientes tectônicos, Zircônio

segundo Whalen et al. (1987). versus 1000*Ga/Al e IAGP

versus1000*Ga/Al,

Y+Nb

Rb

110

100

1000

1 10 100 1000

ORGVAG

WPGsyn-COLG

Figura 5 - Diagrama d i s c r i m i n a n t e d e ambientes tectônicos, R b v e r s u s Y + N b , segundo Pearce (1996).

1 2 5 10 20

10

50

20

01

00

0

10000*Ga/Al

Zr

A

I & S

Cerro TupanciCerro dos PicadosCerro Marçal

ankaratrite

basanite

alka

li ba

salt

basalt

tholeiite

nephelinite

tephrite

hawaiitelati-basalt

andesi-basaltphono-tephrite

mugearite

latitelati-

andesite

andesite

phonolite

trachy-phonolite

trachyte quartztrachyte alkali rhyolite

quartzlatite

dacite

rhyolite

rhyodacite

picritic rock

-1000 0 1000 2000 3000

05

00

10

00

15

00

20

00

25

00

30

00 R1-R2

plot

(De

la

Roche

et

al.

1980)

R1= 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti)

R2=

6C

a +

2M

g +

Al

Cerro TupanciCerro dos PicadosCerro Marçal

j k l

Figura 6 - Diagrama de classificação R1/R2 (De La Roche et al., 1980)

Agradecimentos: Ao CNPq pelas bolsas de produtividade e pelo apoio financeiro (CNPq: 470488/2010-8, 502128/2010-0, 303584/2009-2, 473683/2007, 5470641/2008-8, 470203/2007-2 e 303038/2009-8; FAPERGS: PqG - 1007198 ). Ao Edital PRONEX CNPq-FAPERGS 2009 pelo apoio financeiro. Ao IGEO/UFRGS pela logística.

LITOQUÍMICA:Os três cerros apresentam teores elevados de SiO2, álcalis e

FeOt/FeOt+MgO (> 0,9), baixos conteúdos de Al2O3 CaO e MgO, e índice agpaítico próximo a unidade. Nos diagramas de classificação as amostras ocupam o campo dos riolitos alcalinos, tendendo ao campo dos riolitos peralcalinos (Figs. 4,6). Constata-se também altos valores para Zr, Nb, Y, Rb e ETR leves e baixos para Ba e Sr. O padrão de ETR mostra um leve enriquecimento de ETR leves em relação aos ETR pesados e uma forte anomalia negativa em Eu (Fig. 7). Em diagramas discriminantes de ambientes tectônicos, as amostras ocupam o campo dos granitos tipo A e os ambientes intra-placas, tendendo ao campo pós-colisional (Figs. 5,8). O magmatismo pode ser classificado como supersaturado em sílica, semelhante aos sistemas de alta sílica, de afinidade alcalina e tendência metaluminosa a levemente peralcalina, com características de granitos do tipo A.

1 2 5 10

0.6

0.8

1.0

1.4

1.8

10000*Ga/Al

Agpaitic

Index

A

I & S