Geometria Algébrica

161
IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática ( Universidade Estadual de Maringá – PR ) Cleber Haubrichs dos Santos ( CEFET Química de Nilópolis – RJ ) apresentam & Uma Introdu Uma Introdu Uma Introdu Uma Introduç ç ção Ilustrada ão Ilustrada ão Ilustrada ão Ilustrada à à à Geometria Alg Geometria Alg Geometria Alg Geometria Algé é ébrica Cl brica Cl brica Cl brica Clá á ássica ssica ssica ssica # 29 de Setembro a 03 de Outubro de 2008 #

Transcript of Geometria Algébrica

Page 1: Geometria Algébrica

IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática( Universidade Estadual de Maringá – PR )

Cleber Haubrichs dos Santos( CEFET Química de Nilópolis – RJ )

apresentam

&

Uma IntroduUma IntroduUma IntroduUma Introduçççção Ilustrada ão Ilustrada ão Ilustrada ão Ilustrada

àààà Geometria AlgGeometria AlgGeometria AlgGeometria Algéééébrica Clbrica Clbrica Clbrica Cláááássicassicassicassica

# 29 de Setembro a 03 de Outubro de 2008 #

Page 2: Geometria Algébrica

O belo do infinito é que não existe um adjetivo sequer que

se possa usar para defini-lo. Ele é, apenas isso: é.

(...)

Que pena eu não entender de física e matemática para

poder, nessa minha divagação gratuita, pensar melhor e

ter vocabulário adequado para transmissão do que sinto.

(...)

Qual a forma mais adequada para que

o consciente açambarque o infinito?

Clarice Lispector – “Divagando Sobre Tolices”Publicado no Jornal do Brasil, 13 de Junho de 1970

Page 3: Geometria Algébrica
Page 4: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Parte IV: A Geometria Projetiva mostra os pontos que estavam faltando

Parte III: A Geometria Complexa ainda não resolve tudo

Parte II: A Geometria Analítica Real é boa mas tem seus defeitos

Parte I: Uma Introdução Histórica

Neste mini curso estudaremos alguns conceitos básicos da Geometria Algébrica Clássica, tendo como motivação o TEOREMA DE BEZOUT

IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

Page 5: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

RESUMO do CURSO

Para entender o Teorema de Bezout em sua versão

projetiva, vamos introduzir e trabalhar os seguintes

conceitos: curvas algébricas, interseção de curvas,

multiplicidade de interseção, plano projetivo,

coordenadas homogêneas, entre outros.

Page 6: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

CARACTERÍSTICAS

Deseja-se que esta apresentação alcance e

seduza o maior número possível de alunos. Para

tanto, as características pretendidas para este curso são:

•Poucos pré-requisitos

•Conexões com a História da Geometria

•Resolução detalhada de exemplos

•Ênfase em gráficos e figuras significativas

Page 7: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

PRÉ-REQUISITOS

Noções de Geometria Analítica no R2,

vetores no R3 e um pouco de

habilidade com equações polinomiais.

Page 8: Geometria Algébrica
Page 9: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Parte I: Uma Introdução Histórica

Page 10: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

+Geometria

Projetiva

Geometria

Analítica

GEOMETRIA ALGÉBRICA

Para começar: o que é Geometria Algébrica?

Page 11: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Um pouco de Geometria Projetiva ...

Page 12: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

A novidade da Geometria Projetiva em relação àGeometria Euclidiana é o acréscimo de pontos no

infinito.

Page 13: Geometria Algébrica

Retas concorrentes

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Posições relativas entre duas retas distintas no plano euclidiano.

Retas paralelas

Page 14: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O encontro de retas paralelas no infinito.

Page 15: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo

RevoluçãoFrancesa(1789)

Monge(1746-1818)

Poncelet(1788-1867)

Plücker(1801-1868)

Raffaello(séc XVI)

Masaccio(séc XV)

Descartes(1596-1650)

Bezout(1730-1783)

Renascimento(séc XV e XVI)

Discurso do Método(1637)

Desargues(1591-1661)

Page 16: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Santíssim

a Trindade

por Masaccio

(1401-1427)

Page 17: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Escola de Atenas por Raffaello Santi (1483-1520)

Page 18: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Mulher Ensinando Geometria – Uma figura tipicamente medieval

Page 19: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo

RevoluçãoFrancesa(1789)

Monge(1746-1818)

Poncelet(1788-1867)

Plücker(1801-1868)

Raffaello(séc XVI)

Masaccio(séc XV)

Descartes(1596-1650)

Bezout(1730-1783)

Renascimento(séc XV e XVI)

Discurso do Método(1637)

Desargues(1591-1661)

Page 20: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Girard Desargues (1591-1661)

� Arquiteto e Engenheiro.

� 100 anos depois dos pintores renascentistas, descobre a perspectiva na Matemática.

�Não foi entendido pelos seus contemporâneos matemáticos.

� Suas obras ficaram perdidas por cerca de 200 anos.

Page 21: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Teorema de Desargues: Considere dois triângulos...

A B

C

A'

B'

C'

Page 22: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Teorema de Desargues: ... tais que vale a configuração abaixo.

A B

C

A'

B'

C'

O

Page 23: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Teorema de Desargues: Construa os pontos P, Q e R.

A B

C

A'

B'

C'

O

P

Q

R

Page 24: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Teorema de Desargues: Estes pontos estão alinhados.

A B

C

A'

B'

C'

O

P

Q

R

Page 25: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo

RevoluçãoFrancesa(1789)

Monge(1746-1818)

Poncelet(1788-1867)

Plücker(1801-1868)

Raffaello(séc XVI)

Masaccio(séc XV)

Descartes(1596-1650)

Bezout(1730-1783)

Renascimento(séc XV e XVI)

Discurso do Método(1637)

Desargues(1591-1661)

Page 26: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Jean Victor Poncelet (1788-1867)

�Tenente do exército na mal sucedida campanha de Napoleão contra a Rússia.

�Na gelada prisão russa, escreveu, 100 anos depois de Desargues, e sem conhecer a obra dele, o livro que inaugurou a Geometria Projetiva: Traité des

Proprietés Projetives des

Figures.

Page 27: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Pontos “impróprios” em retas

P

P

P

P

P

Page 28: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Plano Projetivo

O plano projetivo é o plano que contém os pontos finitos e os pontos “impróprios” (isto é, os pontos no infinitos).

Page 29: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Plano Projetivo

O plano projetivo é o plano que contém os pontos finitos e os pontos “impróprios” (isto é, os pontos no infinitos).

O plano projetivo foi definido com toda clareza por Poncelet em 1822.

Page 30: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Plano Projetivo

O plano projetivo é o plano que contém os pontos finitos e os pontos “impróprios” (isto é, os pontos no infinitos).

O plano projetivo foi definido com toda clareza por Poncelet em 1822.

Desargues (1639) chegou perto de uma definição correta.

Page 31: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Plano Projetivo

O plano projetivo é o plano que contém os pontos finitos e os pontos “impróprios” (isto é, os pontos no infinitos).

O plano projetivo foi definido com toda clareza por Poncelet em 1822.

Desargues (1639) chegou perto de uma definição correta.

Suspeita-se de que num dos três livros perdidos de Euclides há alguma tentativa de estudo da Geometria Projetiva.

Page 32: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Parábola euclidiana e parábola projetiva

P

Page 33: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

E agora, um pouco de Geometria Analítica ...

Page 34: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

A novidade da Geometria Analítica em relação àGeometria Euclidiana é a introdução de um sistema de

coordenadas.

Page 35: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo

RevoluçãoFrancesa(1789)

Monge(1746-1818)

Poncelet(1788-1867)

Plücker(1801-1868)

Raffaello(séc XVI)

Masaccio(séc XV)

Descartes(1596-1650)

Bezout(1730-1783)

Renascimento(séc XV e XVI)

Discurso do Método(1637)

Desargues(1591-1661)

Page 36: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

René Descartes (1596-1650)

�Considerado o filósofo pai do racionalismo moderno.

�Publicou vários livros em francês, sua língua natal, uma novidade na época.

Page 37: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Discurso do Método (1637)

� Foi num apêndice de uma publicação posterior do Discurso do Métodoque Descartes introduziu as idéias básicas da Geometria Analítica.

� No entanto não desenvolveu a Geometria Analítica tal como a conhecemos hoje.

Page 38: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo

RevoluçãoFrancesa(1789)

Monge(1746-1818)

Poncelet(1788-1867)

Plücker(1801-1868)

Raffaello(séc XVI)

Masaccio(séc XV)

Descartes(1596-1650)

Bezout(1730-1783)

Renascimento(séc XV e XVI)

Discurso do Método(1637)

Desargues(1591-1661)

Page 39: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Gaspar Monge (1746-1818)

� Trabalhou no Departamento de Pesos e Medidas da Assembléia Constituinte da Revolução Francesa.

� Fundador, administrador e professor da ÉcolePolytechnique.

� Sistematizou e escreveu os primeiros livros didáticos sobre a Geometria Analítica.

Page 40: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Plano Cartesiano

eixo x

eixo y

P=(a,b)

{ }RR ∈= baba ,|),(2

Page 41: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Espaço Cartesiano

eixo x eixo y

eixo z

P = (a,b,c)

{ }RR ∈= cbacba ,,|),,(3

Page 42: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Chegamos então àGeometria Algébrica ...

Page 43: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

+Geometria

Projetiva:

Pontos no Infinito

Geometria

Analítica:

Sistema de Coordenadas

GEOMETRIA ALGÉBRICA

Page 44: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo

RevoluçãoFrancesa(1789)

Monge(1746-1818)

Poncelet(1788-1867)

Plücker(1801-1868)

Raffaello(séc XVI)

Masaccio(séc XV)

Descartes(1596-1650)

Bezout(1730-1783)

Renascimento(séc XV e XVI)

Discurso do Método(1637)

Desargues(1591-1661)

Page 45: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Etienne Bezout (1730-1783)

�Escreveu uma obra monumental em 6 volumes que cobria toda a Matemática superior conhecida na época (que era basicamente Cálculo, Equações Diferenciais e Geometrias).

�Trabalhava nas escolas da marinha francesa como professor de Matemática.

Page 46: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos de interseção entre duas curvas no plano.

Page 47: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos de interseção entre duas curvas no plano.

Historicamente pode ser considerado o primeiro teorema da Geometria Algébrica.

Page 48: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos de interseção entre duas curvas no plano.

Historicamente pode ser considerado o primeiro teorema da Geometria Algébrica.

Maclaurin (1720), a partir de generalizações de trabalhos de Newton, enunciou o teorema sem, no entanto, prová-lo.

Page 49: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos de interseção entre duas curvas no plano.

Historicamente pode ser considerado o primeiro teorema da Geometria Algébrica.

Maclaurin (1720), a partir de generalizações de trabalhos de Newton, enunciou o teorema sem, no entanto, prová-lo.

Bezout (1770) desenvolveu muita teoria da eliminação e provou o teorema que leva seu nome.

Page 50: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos de interseção entre duas curvas no plano.

Historicamente pode ser considerado o primeiro teorema da Geometria Algébrica.

Maclaurin (1720), a partir de generalizações de trabalhos de Newton, enunciou o teorema sem, no entanto, prová-lo.

Bezout (1770) desenvolveu muita teoria da eliminação e provou o teorema que leva seu nome.

Liouville (1841) descobriu falhas na prova de Bezout, mas não conseguiu consertá-la.

Page 51: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout

Maclaurin (1720), a partir de generalizações de trabalhos de Newton, enunciou o teorema sem, no entanto, prová-lo.

Bezout (1770) desenvolveu muita teoria da eliminação e provou o teorema que leva seu nome.

Liouville (1841) descobriu falhas na prova de Bezout, mas não conseguiu consertá-la.

A primeira prova correta é atribuída a Mertens (1899).

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos de interseção entre duas curvas no plano.

Historicamente pode ser considerado o primeiro teorema da Geometria Algébrica.

Page 52: Geometria Algébrica
Page 53: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Parte II: A Geometria Analítica Realé boa mas tem seu defeitos

Page 54: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Equações de 1º grau representam retas

0=++ cbyax

Page 55: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Equações de 2º grau representam cônicas

022 =+++++ feydxcxybyax

Page 56: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

(Só para lembrar de onde vêm as cônicas...)

Page 57: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Curvas algébricas em R2

Dado um polinômio de duas variáveis f(x,y) com coeficientes reais chamamos de curva algébricaao conjunto de todos os pontos

(a,b) de R2 que satisfazem a equação f(x,y)=0.

Page 58: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Interseções entre duas retas no plano

Sistema Linear 2x2:

=+

=+

rqypx

cbyax

Retas concorrentes: Sistema possível e determinado

Retas paralelas: Sistema impossível

Page 59: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Uma pergunta...

O que podemos dizer sobre um sistema de equações não lineares?

Page 60: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Uma pergunta...

O que podemos dizer sobre um sistema de equações não lineares?

ou seja

Page 61: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Uma pergunta...

O que podemos dizer sobre um sistema de equações não lineares?

ou seja

E quando as equações de um sistema não representarem duas retas?

Page 62: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Algumas interseções entre uma reta e uma cônica no plano

=++

=+++++

0

022

rqypx

feydxcxybyax

Page 63: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Algumas interseções entre duas cônicas no plano

=+++++

=+++++

0

022

22

sryqxpxynymx

feydxcxybyax

Page 64: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

O Teorema de Bezout

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos em comum entre duas curvas algébricas no plano, desde que essa quantidade de pontos de interseção seja um número finito.

Page 65: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos em comum entre duas curvas algébricas no plano, desde que essa quantidade de pontos de interseção seja um número finito.

O Teorema de Bezout

Page 66: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos em comum entre duas curvas algébricas no plano, desde que essa quantidade de pontos de interseção seja um número finito.

O Teorema de Bezout

1

2

3

4

0

11 1

22

Page 67: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos em comum entre duas curvas algébricas no plano, desde que essa quantidade de pontos de interseção seja um número finito.

O Teorema de Bezout

Neste curso vamos aprender onde e comocontar esses pontos de interseção entre duas curvas

1

2

3

4

0

11 1

22

Page 68: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Sistema de Equações e Eliminação de Variáveis

Para calcular os pontos que estejam na interseção de uma curva f(x,y)=0 com uma curva g(x,y)=0, basta resolver o sistema de equações simultâneas.

Page 69: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Sistema de Equações e Eliminação de Variáveis

Uma estratégia possível é a seguinte: numa das equações, isolamos uma das variáveis e a seguir substituímos na outra equação.

Para calcular os pontos que estejam na interseção de uma curva f(x,y)=0 com uma curva g(x,y)=0, basta resolver o sistema de equações simultâneas.

Page 70: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Sistema de Equações e Eliminação de Variáveis

Uma estratégia possível é a seguinte: numa das equações, isolamos uma das variáveis e a seguir substituímos na outra equação.

Outra estratégia: Multiplicamos as equações por constantes não nulas adequadas para, após somá-las, eliminar uma das variáveis.

Para calcular os pontos que estejam na interseção de uma curva f(x,y)=0 com uma curva g(x,y)=0, basta resolver o sistema de equações simultâneas.

Page 71: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Sistema de Equações e Eliminação de Variáveis

Uma estratégia possível é a seguinte: numa das equações, isolamos uma das variáveis e a seguir substituímos na outra equação.

Outra estratégia: Multiplicamos as equações por constantes não nulas adequadas para, após somá-las, eliminar uma das variáveis.

Estratégias semelhantes a essas são a origem do que mais tarde veio a se chamar de Teoria das Eliminações.

Para calcular os pontos que estejam na interseção de uma curva f(x,y)=0 com uma curva g(x,y)=0, basta resolver o sistema de equações simultâneas.

Page 72: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Duas curvas podem ter uma quantidade infinita de pontos em comum?

Mais uma pergunta...

Page 73: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

A resposta é SIM quando uma das curvas for componente da outra.

Duas curvas podem ter uma quantidade infinita de pontos em comum?

Mais uma pergunta...

Page 74: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

A resposta é SIM quando uma das curvas for componente da outra.

Dito mais claramente: A curva algébrica g(x,y) = 0 é componente da curva f(x,y) = 0

quando o polinômio g(x,y) faz parte da fatoração do polinômio f(x,y).

Duas curvas podem ter uma quantidade infinita de pontos em comum?

Mais uma pergunta...

Page 75: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Por exemplo...

04 42 =− xy

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

Page 76: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Por exemplo...

04 42 =− xy 02 2 =+ xy

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

Page 77: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Por exemplo...

04 42 =− xy 02 2 =+ xy

)2()2()4(queNote 2242 xyxyxy +⋅−=−

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

Page 78: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Então vamos combinar o seguinte...

Neste curso, em cada exemplo e a cada vez que uma versão do Teorema de Bezout for enunciado, estaremos desconsiderando a hipótese de que as curvas algébricas mencionadas sejam componentes uma da outra.

Page 79: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Exemplos e Exercícios

Page 80: Geometria Algébrica

−3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1

1

2

3

4

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

04844 22 =+−−+ yxyx 022 =+− yx

Interseções reais simples em (0, 1) e (2, 2)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 81: Geometria Algébrica

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

3659 22 =− xy 635 =− yx

Interseções reais simples em (0, -2) e (3, 3)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 82: Geometria Algébrica

−2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8

−1

1

2

3

4

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

0171664 22 =+−−+ yxyx

32 =+ yx

Uma interseção real dupla em (1, 1)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 83: Geometria Algébrica

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

1

2

3

4

5

6

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

06515018259 22 =+−++ yxyx011396216 22 =+−++ yxyx

Interseções reais simples em (-5, 2), (-5, 4), (3, 2) e (3, 4)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 84: Geometria Algébrica

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

yyx 122 22 =+

yyx 1022 =+

Interseções reais simples em (-4, 8) e (4, 8)

e uma interseção real dupla em (0, 0)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 85: Geometria Algébrica

−14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

−7

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

84 2 += yx

422 =− yx

Uma interseção real quádrupla em (2,0)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 86: Geometria Algébrica

−11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

7538 23 −−+= xxxy

052 =+− yx

Uma interseção real simples em (3, 4) e uma interseção real dupla em (-3, 1)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 87: Geometria Algébrica

−14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

−7

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

51239 23 +−−= xxxy

235 =+ yx

Interseção real tripla em (1, -1)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 88: Geometria Algébrica

−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

xxy 1551184 3 −=

5573 22 =+ yx

Interseções reais simples em (-4, -1), (-3, 2), (3, -2), (4, 1) e outros dois pontos.

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 89: Geometria Algébrica

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

xxxy 1893 23 ++=

0530124 22 =−++ yxyx

Interseção real dupla em (0, 0)

e interseções reais simples em outros quatro pontos.

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 90: Geometria Algébrica

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Uma interseção real simples em (1, 1)

01266222 =+−−−+ yxxyyx

0=− yx

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 91: Geometria Algébrica

−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

0225409049 22 =+−−+ yxyxyyx 1022 =+

Interseções reais simples em (3, 1) e (3, 9)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 92: Geometria Algébrica

−13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

05442 =+−+ yxy

5=+ yx

Não há interseções reais

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 93: Geometria Algébrica

−14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

093095 2 =−−− yxy03632 =+−+ yxy

Interseções reais simples em (-1, 0) e (-1, 6)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 94: Geometria Algébrica

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−2

−1

1

2

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

122 =− xyx

02 =− yx

Não há interseções reais

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 95: Geometria Algébrica

−16 −15 −14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

03612822 =+−++ yxyx

Uma interseção real dupla em (0, 6)

036121022 =+−++ yxyx

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 96: Geometria Algébrica

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

232 3xxy +=3=+ yx

Interseção real simples em (1, 2)

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 97: Geometria Algébrica

−11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

443 2 +−= xxy

Cada par de curvas tem interseção real dupla em (2, 0)

442 +−= xxy

442 2 +−=− xxy

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 98: Geometria Algébrica

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−2

−1

1

2

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

xyyx 333 =+01=++ yx

Não há interseção real

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 99: Geometria Algébrica

−10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

0962 =+−+ xxy

24 xy =

Não há interseções reais

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 100: Geometria Algébrica

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

223 2 −+= xxy

Uma interseção real simples em (-4, 2) e uma interseção real dupla em (-1, -1)

21173 23 +++= xxxy

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Page 101: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Podemos enunciar uma versão parcial do Teorema de Bezout

Page 102: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Teorema de Bezout(Versão para Geometria Analítica Real)

Suponha que:

Duas curvas no plano cartesiano são

representadas uma por um polinômio de grau m

e outra por um polinômio de grau n.

Então:

O número de pontos de interseção das duas

curvas, contados com suas multiplicidades,

será no máximo m.n.

Page 103: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Teorema de Bezout(Como gostaríamos que fosse...)

Suponha que:

Duas curvas no plano cartesiano são

representadas uma por um polinômio de grau m

e outra por um polinômio de grau n.

Então:

O número de pontos de interseção das duas

curvas, contados com suas multiplicidades,

será exatamente m.n.

Page 104: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Possíveis “correções” ao Teorema de Bezout

Trabalhar num “plano cartesiano” formado

de pares de números complexos

ao invés de pares de números reais.

Trabalhar num “plano cartesiano”

onde seja possível descrever

algebricamente os pontos no infinito.

e / ou

Page 105: Geometria Algébrica
Page 106: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Parte III: A Geometria Complexa ainda não resolve tudo

Page 107: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Números Complexos

Unidade Imaginária

Número complexo:

Adição: Multiplicação:

R∈+ baiba ,com,

CR ⊂{ }RC ∈+= baiba ,com,

ibpaqbqapqipbia )()()()( ++−=+⋅+iqbpaqipbia )()()()( +++=+++

1−=i

Page 108: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

O plano afim: uma versão complexa do plano cartesiano

{ }),(2 qipbia ++=×= CCC

Page 109: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Curvas algébricas afins

Dado um polinômio de duas variáveis f(x,y)

(com coeficientes reais ou complexos) chamamos de curva algébrica afim ao

conjunto de todos os pontos do plano afim C2 que satisfazem a equação f(x,y)=0.

Page 110: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Equações polinomiais à uma variável

0... 012

21

1 =+++++ −− axaxaxaxa n

n

n

n

Page 111: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Equações polinomiais à uma variável

Teorema Fundamental da Álgebra: Toda equação polinomial de grau n admite pelo menos uma raiz complexa.

0... 012

21

1 =+++++ −− axaxaxaxa n

n

n

n

Page 112: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Equações polinomiais à uma variável

Teorema Fundamental da Álgebra: Toda equação polinomial de grau n admite pelo menos uma raiz complexa.

0... 012

21

1 =+++++ −− axaxaxaxa n

n

n

n

Corolário: Toda equação polinomial de grau n admite n raízes complexas.

Page 113: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Equações polinomiais à uma variável

Teorema Fundamental da Álgebra: Toda equação polinomial de grau n admite pelo menos uma raiz complexa.

0... 012

21

1 =+++++ −− axaxaxaxa n

n

n

n

Corolário: Toda equação polinomial de grau n admite n raízes complexas.

(as raízes podem ser reais puras ou não e devem ser contadas com suas multiplicidades)

Page 114: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Equações polinomiais à uma variável

Teorema Fundamental da Álgebra: Toda equação polinomial de grau n admite pelo menos uma raiz complexa.

0... 012

21

1 =+++++ −− axaxaxaxa n

n

n

n

Corolário: Toda equação polinomial de grau n admite n raízes complexas.

(as raízes podem ser reais puras ou não e devem ser contadas com suas multiplicidades)

Teorema: Quando o número complexo a+bi é raiz de uma equação polinomial com coeficientes reais então o número complexo conjugado a-bi também o é.

Page 115: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Uma esperança...

=

=

0),(

0),(

yxg

yxfFazendo a eliminação de variáveis, podemos tentar transformar um sistema de equações simultâneas numa equação polinomial à uma variável

Page 116: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Uma esperança...

0... 012

21

1 =+++++ −− axaxaxaxa n

n

n

n

=

=

0),(

0),(

yxg

yxfFazendo a eliminação de variáveis, podemos tentar transformar um sistema de equações simultâneas numa equação polinomial à uma variável

Page 117: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Uma esperança...

0... 012

21

1 =+++++ −− axaxaxaxa n

n

n

n

=

=

0),(

0),(

yxg

yxfFazendo a eliminação de variáveis, podemos tentar transformar um sistema de equações simultâneas numa equação polinomial à uma variável

O Teorema Fundamental da Álgebra garante a existência de todas as raízes!

Page 118: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Exemplos e Exercícios

Observação: Nos exemplos a seguir, embora se pretenda “fazer as contas” com as curvas algébricas na versão afim (isto é, complexa),

suas imagens aparecerão na versão cartesiana (isto é, real)

Page 119: Geometria Algébrica

−13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Não há interseções reais, mas há interseções complexas simples em (1+3i, 4-3i) e (1-3i, 4+3i)

05442 =+−+ yxy

5=+ yx

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Page 120: Geometria Algébrica

−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Interseções reais simples em (3, 1) e (3, 9) e interseções complexas simples em (15, 5+..... ) e (15, 5- .....) )2105,15(e)2105,15( ii −+

0225409049 22 =+−−+ yxyxyyx 1022 =+

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Page 121: Geometria Algébrica

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Uma interseção real simples em (1, 2) e interseções complexas simples em ..........( ) ( )2

3392

3332339

2333 ,e, iiii +−−−+−

232 3xxy +=

3=+ yx

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Page 122: Geometria Algébrica

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Não há interseções reais. Temos interseções complexas simples em ....................( ) ( )25

362756i12

253627

56i12 ,e, ii −−++

0962 =+−+ xxy

24 xy =

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Page 123: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Novamente vamos ler o enunciado do Teorema de Bezout

Page 124: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Complexa

Teorema de Bezout(Versão para Geometria Afim)

Suponha que:

Duas curvas algébricas afins são dadas uma por um

polinômio de grau m e outra por um polinômio de grau n.

Então:

O número de pontos de interseção das duas curvas,

sejam reais ou complexos, contados com

suas multiplicidades, será no máximo m.n.

Page 125: Geometria Algébrica
Page 126: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Parte IV: A Geometria Projetiva mostra os pontos que estavam faltando

Page 127: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem do sistema.

O plano projetivo P2: Sua construção a partir do espaço cartesiano

Page 128: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem do sistema.

O plano projetivo P2: Sua construção a partir do espaço cartesiano

Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy) intersecta o plano z = 1 em um único ponto. Esses pontos (que, na verdade, são todos os pontos do plano z = 1) serão chamados de pontos finitos do plano projetivo.

Page 129: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem do sistema.

O plano projetivo P2: Sua construção a partir do espaço cartesiano

Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy) intersecta o plano z = 1 em um único ponto. Esses pontos (que, na verdade, são todos os pontos do plano z = 1) serão chamados de pontos finitos do plano projetivo.

Cada reta “horizontal” (isto é, contida no plano xy) determina uma única direção no plano z = 1 (tanto quanto em qualquer outro plano paralelo ao “chão”). Essas direções serão chamadas de pontos infinitos do plano projetivo.

Page 130: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

O plano projetivo com alguns dos seus pontos finitos

x

z

yv=(a,b,c)

P= (a:b:c)

Page 131: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

x

z

y

v=(a,b,c)

P

O plano projetivo com um dos seus pontos no infinito

Page 132: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Retas paralelas no plano euclidiano...

P

Exemplo importante: Duas retas paralelas distintas

... tem um ponto de interseçãono plano projetivo

x

z

y

P

Page 133: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Coordenadas homogêneas no plano projetivo

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem do sistema. Cada reta determina unicamente uma direção.

Page 134: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Coordenadas homogêneas no plano projetivo

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem do sistema. Cada reta determina unicamente uma direção.

Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c ≠ 0. Cada reta “horizontal” (isto é, contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c = 0.

Page 135: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Coordenadas homogêneas no plano projetivo

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem do sistema. Cada reta determina unicamente uma direção.

Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c ≠ 0. Cada reta “horizontal” (isto é, contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c = 0.

Em qualquer caso, o ponto do plano projetivo que corresponde à reta cartesiana com vetor diretor (a,b,c) terácoordenadas descritas por (a:b:c). Essas coordenadas são chamadas de coordenadas homogêneas.

Page 136: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Coordenadas homogêneas no plano projetivo

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem do sistema. Cada reta determina unicamente uma direção.

Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c ≠ 0. Cada reta “horizontal” (isto é, contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c = 0.

Em qualquer caso, o ponto do plano projetivo que corresponde à reta cartesiana com vetor diretor (a,b,c) terácoordenadas descritas por (a:b:c). Essas coordenadas são chamadas de coordenadas homogêneas.

Observe que em coordenadas homogêneas vale (a:b:c) = (ta:tb:tc) para qualquer t ≠ 0.

Page 137: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Um polinômio é chamado de homogêneo quando todos os seus monômios tem o mesmo grau.

Curvas algébricas projetivas

Page 138: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Um polinômio é chamado de homogêneo quando todos os seus monômios tem o mesmo grau.

Dado um polinômio homogêneo de três variáveis F(x,y,z)

(com coeficientes reais ou complexos) chamamos de curva algébrica projetiva ao conjunto de todos os pontos do plano projetivo P2 que satisfazem a equação F(x,y,z)=0.

Curvas algébricas projetivas

Page 139: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Um polinômio é chamado de homogêneo quando todos os seus monômios tem o mesmo grau.

Dado um polinômio homogêneo de três variáveis F(x,y,z)

(com coeficientes reais ou complexos) chamamos de curva algébrica projetiva ao conjunto de todos os pontos do plano projetivo P2 que satisfazem a equação F(x,y,z)=0.

Observe que vale F(x,y,z) = 0 se e somente se F(tx,ty,tz) = 0 para qualquer t ≠ 0.

Curvas algébricas projetivas

Page 140: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Correspondência entre curvas algébricas afins e curvas algébricas projetivas

Cada curva algébrica afim f(x,y) = 0 em C2 corresponde a uma curva algébrica projetiva F(x,y,z) = 0 em P2.

Page 141: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Correspondência entre curvas algébricas afins e curvas algébricas projetivas

Cada curva algébrica afim f(x,y) = 0 em C2 corresponde a uma curva algébrica projetiva F(x,y,z) = 0 em P2.

Para passar do polinômio f(x,y) para um polinômio

homogêneo de três variáveis, faça .........................................( )z

y

zxf fzzyxF ,),,( )de(grau ⋅=

Page 142: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Correspondência entre curvas algébricas afins e curvas algébricas projetivas

Cada curva algébrica afim f(x,y) = 0 em C2 corresponde a uma curva algébrica projetiva F(x,y,z) = 0 em P2.

Para passar do polinômio f(x,y) para um polinômio

homogêneo de três variáveis, faça .........................................

Para passar do polinômio homogêneo F(x,y,z) para um polinômio de duas variáveis, faça ..........................

( )z

y

zxf fzzyxF ,),,( )de(grau ⋅=

)1,,(),( yxFyxf =

Page 143: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Exemplos e Exercícios

Observação: Nos exemplos a seguir, embora se pretenda “fazer as contas” com as curvas algébricas na versão projetiva,

suas imagens aparecerão na versão cartesiana (isto é, real e finita)

Page 144: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Interseções entre duas retas no plano projetivo

=+

=+

2

1

cbyax

cbyaxRetas paralelas

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Uma interseção real infinita simples em (b: -a: 0)

Page 145: Geometria Algébrica

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Uma interseção real finita simples em (1:1:1) e uma interseção real infinita simples em (1:1:0)

012662 222 =+−−−+ zyzxzxyyx0=− yx

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Page 146: Geometria Algébrica

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−2

−1

1

2

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Não há interseções reais finitas, mas há uma interseção real infinita dupla em (2:1:0)

22 2 zxyx =−

02 =− yx

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Page 147: Geometria Algébrica

−14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Interseções reais finitas simples em (-1:0:1) e (-1:6:1)

e uma interseção real infinita dupla em (1:0:0)

093095 22 =−−− zyzxzy

0363 22 =+−+ zyzxzy

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Page 148: Geometria Algébrica

−11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Cada par de curvas tem uma interseção real finita dupla em (2:0:1) e uma interseção real infinita dupla em (0:1:0)

22 443 zxzxyz +−=22 44 zxzxyz +−=

22 442 zxzxyz +−=−

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Page 149: Geometria Algébrica

−10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

x

y

Não há interseções reais. Temos interseções complexas finitas simples em .................... e uma interseção real infinita dupla em (0:1:0)

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

( ) ( )253627

56i12

253627

56i12 ,e, ii −−++

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

096 22 =+−+ zxzxyz

24 xyz =

Page 150: Geometria Algébrica

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−2

−1

1

2

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Não há interseção real finita. Temos uma interseção real infinita tripla em (1:-1:0)

xyzyx 333 =+0=++ zyx

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Page 151: Geometria Algébrica

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

x

y

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Uma interseção real finita simples em (-4:2:1),

uma interseção real finita dupla em (-1:-1:1) e uma interseção real infinita tripla em (0:1:0)

22 223 zxzxyz −+= 32232 21173 zxzzxxyz +++=

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Page 152: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Uma interseção real finita dupla em (0:6:1) e interseções complexas infinitas simples em (i:1:0) e (-i:1:0)

036128 222 =+−++ zyzxzyx0361210 222 =+−++ zyzxzyx

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

−16 −15 −14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

x

y

Page 153: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Mais uma vez vamos ver o enunciado do Teorema de Bezout

Page 154: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Teorema de Bezout(Versão para Geometria Projetiva)

Suponha que:

Duas curvas algébricas projetivas são dadas uma por um

polinômio de grau m e outra por um polinômio de grau n.

Então:

O número de pontos de interseção das duas curvas,

sejam reais ou complexos, sejam finitos ou infinitos, contados com suas multiplicidades, será exatamente m.n.

Page 155: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Finalmente o Teorema de Bezoutestá bem enunciado!

Page 156: Geometria Algébrica
Page 157: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

Matemática para Graduação

•GARCIA, Arnaldo e LEQUAIN, Yves. Álgebra: Um Curso de Introdução.Projeto Euclides, IMPA. Rio de Janeiro, 1988.

•HEFEZ, Abramo. Introdução à Geometria Projetiva.Monografias de Matemática, IMPA. Rio de Janeiro, 1990.

•NASCIMENTO, Joice Santos. Interseção de Curvas Projetivas. Trabalho de Conclusão de Curso (Orientado por Juscelino Bezerra dos Santos). UERJ, 2006.

•VAINSENCHER, Israel. Curvas Algébricas Planas. Coleção Matemática Universitária, IMPA. Rio de Janeiro, 2005.

Matemática de Ensino Médio

•IEZZI, Gelson. Fundamentos de Matemática Elementar Volume 6: Complexos, Polinômios, Equações. Atual Editora. São Paulo, 2005.

•IEZZI, Gelson. Fundamentos de Matemática Elementar Volume 7: Geometria Analítica. Atual Editora. São Paulo, 2005.

Alguns textos para ler, estudar e consultar

Page 158: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

Alguns textos para ler, estudar e consultar

IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

•BOYER, Carl B. História da Matemática. Traduzido por Elza F. Gomide. Editora Edgard Blucher. São Paulo, 1996.

•HEFEZ, Abramo. Introdução à História da Geometria Projetiva. Revista Matemática Universitária, n. 6, SBM. Rio de Janeiro, 1986.

•HARTSHORNE, Robin. Geometry: Euclid and Beyond. Springer Verlag.

Matemática e História

Matemática Avançada

•SHAFAREVICH, I. Basic Algebraic Geometry 1. Second Edition. SpringerVerlag, 1994.

•STOHR, Karl Otto. Curvas Algébricas. Notas de aula do curso ministrado no IMPA. Rio de Janeiro, 2000.

•STOHR, Karl Otto. Geometria Algébrica 1. Notas de aula do curso ministrado no IMPA. Rio de Janeiro, 2001.

Page 159: Geometria Algébrica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ

IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

Ao comitê científico e aos organizadores da IV Bienal da SBM por aceitarem a

minha proposta para este curso

AGRADECIMENTOS

Ao CEFET Química de Nilópolis – RJ pelo apoio na preparação e execução deste trabalho

Aos meus amigos, colegas e alunos que assistiram ou leram versões preliminares deste curso

Page 160: Geometria Algébrica

CLEBER HAUBRICHS DOS SANTOS nasceu em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, em dezembro de 1976.

Fez a graduação em Matemática na UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998) e o Mestrado em Matemática Pura no IMPA – Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (2001), tendo sua dissertação em Geometria Algébrica orientada pelo professor Karl Otto Stohr.

É professor no CEFET Química de Nilópolis desde 2005, atuando nas disciplinas de Matemática no Curso Técnico Integrado, no Ensino Superior Tecnológico e nas Licenciaturas. Também participou da equipe que implantou o curso de Licenciatura em Matemática

em sua instituição. Atualmente é o coordenador desta licenciatura.

Sobre o professor deste mini curso

Page 161: Geometria Algébrica