GEOPROCESSAMENTO APLICADO ÀS ATIVIDADES … · Glaucia Vieira Pires Santa Maria, RS, Brasil 2015....

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM CURSO DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO GEOPROCESSAMENTO APLICADO ÀS ATIVIDADES REALIZADAS NA EMPRESA ENGEAMBIH RELATÓRIO DE ESTÁGIO Glaucia Vieira Pires Santa Maria, RS, Brasil 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM

CURSO DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO

GEOPROCESSAMENTO APLICADO ÀS ATIVIDADES REALIZADAS NA EMPRESA ENGEAMBIH

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Glaucia Vieira Pires

Santa Maria, RS, Brasil 2015

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GEOPROCESSAMENTO APLICADO ÀS ATIVIDADES REALIZADAS NA EMPRESA ENGEAMBIH

Glaucia Vieira Pires

Relatório de Estágio apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, como requisito

parcial para a obtenção do grau de

Tecnólogo em Geoprocessamento.

Orientador: Prof. Dr. Elódio Sebem

Santa Maria, RS, Brasil 2015

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Universidade Federal de Santa Maria

Colégio Politécnico da UFSM

Curso de Tecnologia em Geoprocessamento

A comissão Examinadora abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio

GEOPROCESSAMENTO APLICADO ÀS ATIVIDADES REALIZADAS NA EMPRESA ENGEAMBIH

Elaborado por Glaucia Vieira Pires

Como requisito parcial para obtenção do grau de

Tecnólogo em Geoprocessamento

COMISSÃO EXAMINADORA:

Elódio Sebem, Dr. (Orientador)

Ana Caroline Paim Benedetti, Dra. (UFSM)

Aline Nogueira Palmeira, Eng. Ftal (UFSM)

Santa Maria, 30 de junho de 2015

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Universidade Federal de Santa Maria

Colégio Politécnico da UFSM

Curso de Tecnologia em Geoprocessamento

GEOPROCESSAMENTO APLICADO ÀS ATIVIDADES REALIZADAS NA EMPRESA ENGEAMBIH

Relatório de Estágio realizado na

ENGEAMBIH

elaborado por Glaucia Vieira Pires

Elódio Sebem, Dr. (Orientador)

Francisco Monte Alverne de Sales Sampaio (Diretor da empresa)

Glaucia Vieira Pires (Estagiária)

Santa Maria, 30 de junho de 2015

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RESUMO Relatório de Estágio

Colégio Politécnico da UFSM Universidade Federal de Santa Maria

GEOPROCESSAMENTO APLICADO ÀS ATIVIDADES REALIZADAS NA

EMPRESA ENGEAMBIH

AUTOR: GLAUCIA VIEIRA PIRES ORIENTADOR: PROF. DR. ELÓDIO SEBEM

Santa Maria, 30 de junho de 2015

O estágio supervisionado, de 300 horas, como requisito parcial para formação no curso de Tecnologia em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, foi desenvolvido na Empresa Engeambih – Soluções em Engenharia e Meio Ambiente, localizada no município de Santa Maria – RS, e teve como objetivo principal aprimorar e colocar em prática os conhecimentos obtidos em sala de aula. Durante a realização do mesmo, foi possível acompanhar e executar, como parte integrante da equipe técnica da Empresa, as diversas tarefas elaboradas por esta, em sua maioria concentradas na área do Meio Ambiente, como por exemplo, a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a produção de mapas para laudos periciais e o auxílio em levantamentos topográficos. Conclui-se que o Geoprocessamento possui ampla aplicabilidade, serve como base para diversos serviços e pode ser utilizado como complemento em outros, tendo em vista, que fornece informações seguras e confiáveis do local a ser estudado.

Palavras-chave: estágio. Cadastro Ambiental Rural. perícia.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - APP de encostas com declividade superior a 45º. .................................... 20

Figura 2 - APP nas bordas de tabuleiros e chapas. .................................................. 20

Figura 3 - APP em altitudes superiores a 1.800 metros. ........................................... 21

Figura 4 - APP em topo de morros, montes, montanhas e serras. ............................ 21

Figura 5 - Delimitação das características ambientais do imóvel no software Arcgis 32

Figura 6 - Mapa das características ambientais e da Reserva Legal do imóvel. ....... 33

Figura 7 - Dados do cadastrante a serem preenchidos na plataforma do SICAR. .... 34

Figura 8 - Dados do Imóvel a serem preenchidos na plataforma do SICAR. ............ 35

Figura 9 - Dados do domínio do imóvel a serem preenchidos na plataforma do

SICAR. ...................................................................................................................... 35

Figura 10 - Dados da documentação preenchidos na plataforma do SICAR. ........... 36

Figura 11 - Importação de arquivos shapefile na plataforma do SICAR. ................... 37

Figura 12 - Comparação entre a posição da área na imagem do Google Earth e na

imagem do SICAR. .................................................................................................... 37

Figura 13 - Disposição dos arquivos shapefile inseridos na plataforma do SICAR. .. 38

Figura 14 - Tópico informações da plataforma do SICAR. ........................................ 39

Figura 15 - Resumo contendo o protocolo de preenchimento da inscrição no CAR. 40

Figura 16 - Mapa das microbacias da área urbana de Santa Maria. ......................... 43

Figura 17 - Mapa da direção de fluxo d’água na área de estudo. ............................. 44

Figura 18 - Mapa da localização da área de estudo em relação o bioma do município

de Santa Maria - RS. ................................................................................................. 46

Figura 19 - Loteamento no Município de Restinga Seca - RS................................... 48

Figura 20 - Equipe que participou do levantamento topográfico. .............................. 48

Figura 21 - Levantamento topográfico, equipamentos e métodos............................. 49

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Faixa de Área de Preservação Permanente exigida conforme classe de

curso d’água. ............................................................................................................. 17

Quadro 2 - Recomposição das Áreas de Preservação Permanente de acordo com os

módulos fiscais. ......................................................................................................... 18

Quadro 3 - Áreas de Preservação Permanente e faixa de recomposição dos lagos e

lagoas naturais de acordo com os módulos fiscais e área de espelho d’água. ......... 18

Quadro 4 - Percentual da Reserva Legal. ................................................................. 23

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

APP Áreas de Preservação Permanente

Art. Artigo

AUR Áreas de Uso Restrito

CAR Cadastro Ambiental Rural

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CEP Código de Endereçamento Postal

CPC Código de Processo Civil

CPF Cadastro de Pessoas Físicas

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

GPX GPS Exchange Format

HA Hectare

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

KML Keyhole Markup Language

MMA Ministério do Meio Ambiente

NBR Norma Brasileira

ONG Organização não Governamental

PPCI Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio

SIG Sistema de Informação Geográfica

RL Reserva Legal

RS Rio Grande do Sul

RSTM Shuttle Radar Topography Mission

SEMA Secretária de Estado do Meio Ambiente

SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

SHP Arquivo Formato Shapefile

SICAR Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural

SIRGAS 2000 Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas

SNCR Código no Sistema Nacional de Cadastro Rural

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UF Unidade da Federação

UFLA Universidade Federal de Lavras

UFSM Universidade Federal de Santa Maria

UTM Universal Transversa de Mercator

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LISTA DE ANEXOS

Anexo A - Folder de divulgação do CAR ............................................................... 56

Anexo B - Planilha de coleta de dados para o CAR ............................................. 57

Anexo C - Certificado do curso CapCAR .............................................................. 58

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 12

1.1 Justificativa ........................................................................................................ 12

1.2 Apresentação da Empresa ............................................................................... 12

1.3 Objetivo Geral .................................................................................................... 14

1.4 Objetivos Específicos ....................................................................................... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................. 15

2.1 Geoprocessamento ........................................................................................... 16

2.2 Cadastro Ambiental Rural ................................................................................ 16

2.2.1 Imóvel Rural ..................................................................................................... 16

2.2.2 Àreas de Preservação Permanente ................................................................. 17

2.2.3 Remanescentes de Vegetação Nativa ............................................................. 22

2.2.4 Área de Uso Restrito ........................................................................................ 22

2.2.5 Área de Reserva Legal ..................................................................................... 23

2.2.6 Área Rural Consolidada ................................................................................... 24

2.3 Perícia Judicial .................................................................................................. 24

2.3.1 Perito ................................................................................................................ 25

2.3.1 Quesitos ........................................................................................................... 26

2.3.2 Perícia Ambiental ............................................................................................. 26

2.3.3 Laudo Pericial ................................................................................................... 27

2.4 Levantamento Topográfico .............................................................................. 27

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ..................................................... 29

3.1 Cadastro Ambiental Rural ................................................................................ 29

3.1.1 Pesquisa ........................................................................................................... 29

3.1.2 Treinamento ..................................................................................................... 30

11

3.1.3 Divulgação ........................................................................................................ 30

3.1.4 Elaboração do CAR .......................................................................................... 31

3.2 Perícia Ambiental .............................................................................................. 41

3.3 Levantamento Topográfico .............................................................................. 47

4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................ 50

4.1 A Empresa .......................................................................................................... 50

4.2 Dificuldade encontradas durante o estágio .................................................... 50

4.3 Recomendações ao Curso ............................................................................... 50

REFERÊNCIAS .................................................................................... 52

ANEXOS .............................................................................................. 56

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1 INTRODUÇÃO

Este relatório de estágio apresenta a descrição das atividades realizadas na

empresa Engeambih – Soluções em Engenharia e Meio Ambiente, localizada no

município de Santa Maria – RS, durante o período de 5 de fevereiro do ano de 2015

a 17 de abril do mesmo ano, somando um total de 300 horas de estágio, orientadas

pelo professor Elódio Sebem e supervisionadas pelo diretor da empresa, Sr.

Francisco Monte Alverne de Sales Sampaio.

1.1 Justificativa

O estágio curricular supervisionado é de caráter obrigatório para obtenção do

grau de Tecnólogo em Geoprocessamento, e tem como finalidade criar uma etapa

de transição entre a vida acadêmica e a profissional, onde o aluno tem a

oportunidade de vivenciar a realidade de sua área de formação e compreender as

diferentes teorias que regem o exercício profissional.

Além disso, o estágio também oportuniza ao aluno aprender a trabalhar em

equipe, uma das características mais procuradas hoje no mercado de trabalho, onde

cada indivíduo é valorizado, e todos fazem parte de uma mesma ação, o que

possibilita a troca de conhecimentos e experiências.

1.2 Apresentação da Empresa

A Engeambih – Soluções em Engenharia e Meio Ambiente, teve o início de

suas atividades em 18 de outubro do ano de 2012, composta por uma equipe

multidisciplinar com propósito de auxiliar seus clientes nas mais diversas questões e

em diferentes seguimentos, como:

Serviços de Engenharia;

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Serviços de Arquitetura;

Desenho Técnico relacionado à arquitetura e Engenharia;

Perícias técnicas relacionadas à segurança do trabalho;

Atividades de pesquisa e desenvolvimento experimental à Engenharia;

Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial;

Obras de urbanização - Ruas, praças e Calçadas;

Obras de infraestrutura;

Assessoria e consultoria em gestão empresarial;

Serviços de Cartografia, Topografia e Geodésia;

Pesquisa e desenvolvimento experimental, relacionados à engenharia;

Consultoria e assessoria em projetos do meio ambiente;

Captação, tratamento e distribuição de água;

Diagnóstico e monitoramento da fauna;

Produção de software para gerenciar atividades diversas;

Elaboração de plano de gestão integrada de resíduos sólidos;

Diagnóstico e monitoramento Florestal.

A empresa atualmente localiza-se na região central do Rio Grande do Sul, no

município de Santa Maria e tem como uma das principais atividades a prestação de

serviço à pessoas físicas, jurídicas, empresas privadas, públicas e organizações não

governamentais (ONG’s), inclusive junto à Justiça Estadual, Federal e Ministério

Público, com a realização de perícias judiciais ou assistência técnica, nas áreas de

engenharia e meio ambiente.

Devido à grande demanda do mercado, a empresa hoje também atua na

elaboração de Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) e na

realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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1.3 Objetivo Geral

O objetivo é colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula

durante o curso de graduação e desenvolver habilidades, hábitos e atitudes

necessárias para aquisição de competência profissional.

1.4 Objetivos Específicos

Aplicar as técnicas de Geoprocessamento na realização das atividades

propostas pela empresa:

Pesquisa, divulgação e realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR);

Elaboração de mapas para o embasamento dos laudos periciais;

Auxílio nos levantamentos topográficos.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Geoprocessamento

De acordo com Medeiros (2012) o Geoprocessamento é a área do

conhecimento que engloba um conjunto de técnicas ligadas à informação espacial,

quer seja no tocante a coleta, armazenamento, tratamento e análise, bem como no

uso integrado desses dados geográficos. Dentre as técnicas de Geoprocessamento

mais utilizadas podemos destacar o sensoriamento remoto, a cartografia temática, a

estatística espacial e os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs).

Conforme Câmara et al. (2011) o Geoprocessamento pode ser considerado

uma ciência interdisciplinar, que permite o encontro de diferentes disciplinas

científicas para o estudo de fenômenos ambientais, urbanos e rurais.

As primeiras aplicações do Geoprocessamento foram durante a década de

50, utilizavam-se computadores de grande porte para o planejamento urbano e

posteriormente, para a análise ambiental. O avanço tecnológico do final da década

de 1980 e início de 1990 proporcionou o acesso a programas de fácil manipulação,

equipamentos de baixo custo e com grande capacidade de memória, o que

alavancou a difusão do Geoprocessamento e sua utilização em outras áreas

(RAMALHO, 2006).

Segundo Xavier-da-Silva e Zaidan (2004) a partir das técnicas de

Geoprocessamento foi possível, em uma escala antes nunca imaginada, investigar

sistematicamente as propriedades e relações posicionais dos eventos e entidades,

onde dados são transformados em informações que servem de apoio à resolução de

problemas.

Câmara et al. (2011) acrescenta que em um país com dimensões continentais

como o Brasil e com enorme carência de informações adequadas para a tomada de

decisões, o Geoprocessamento apresenta um grande potencial, principalmente se

baseado na possibilidade de aquisição de informações espaciais com um custo

relativamente baixo.

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2.2 Cadastro Ambiental Rural

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é o registro eletrônico de caráter nacional,

obrigatório para todas as propriedades rurais, recentemente, prorrogado até 05 de

maio de 2016, foi instituído pela Lei 12.651/12 e regulamentado pelo Decreto

7.830/12.

O CAR tem por finalidade gerar e integrar as informações ambientais das

propriedades e posses rurais, compondo uma base de dados para controle,

monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento

(Art. 2º, II, do Decreto nº 7.830/12).

De acordo com o Mistério do Meio Ambiente (2012), o CAR pretende mapear

as características ambientais dos imóveis rurais, através da delimitação e do

perímetro do imóvel, dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de

Preservação Permanente (APP), das Áreas de Uso Restrito (AUR), das áreas

consolidadas e da Reserva Legal (RL).

2.2.1 Imóvel Rural

O imóvel ou propriedade rural, é conceituada como um prédio rústico de área

contínua, qualquer que seja sua localização, que se destine ou possa se destinar à

exploração agrícola, pecuária, extrativista vegetal, florestal ou agroindustrial,

conforme disposto no inciso I do Art. 4º da Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993,

caracterizado como:

Pequena propriedade ou posse: com área de até 4 módulos fiscais,

incluindo-se aquelas descritas nos termos do inciso V do Art. 3º da Lei 12.651/12;

Média propriedade ou posse: com área superior a 4 até 15 módulos

fiscais;

Grande propriedade ou posse: com área superior a 15 módulos fiscais.

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2.2.2 Áreas de Preservação Permanente

As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas protegidas, coberta

ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos

hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo

gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações

humanas (Inciso II Art. 3º Lei 12.651/12).

Segundo o Artigo 61-B da Lei 12.651, as áreas com até 2 módulos fiscais

devem ter no máximo 10% de APP, considerando a área total do imóvel, as áreas de

2 a 4 módulos fiscais, tem limite máximo de 20% de APP.

O Artigo 4º da Lei 12.651 considera APP os seguintes locais:

a) Margens de cursos d’água: faixas marginais de qualquer curso d’água

natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do

leito regular, com abrangências em conformidade com o quadro 1.

Largura do Curso d’água Faixa de Preservação

Cursos até 10 m 30 metros

Cursos de 10 a 50 m 50 metros

Cursos de 50 a 200 m 100 metros

Cursos de 200 m a 600 m 200 metros

Cursos acima de 600 m 500 metros

Quadro 1 - Faixa de Área de Preservação Permanente exigida conforme classe de curso d’água. Fonte: Lei 12.651/12, Art. 4º.

No caso de retirada indevida da vegetação deverá ocorrer à recomposição a

partir da borda da calha do leito regular, independente da largura do curso d’água,

tendo como base o tamanho das propriedades em módulos fiscais (Quadro 2).

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Tamanho da

propriedade

(Módulos fiscais)

Largura do Curso D’água

Até 10 metros Acima de 10 metros Limitador

Até 1 5 metros 10%

1 a 2 8 metros 10%

2 a 4 15 metros 20%

De 4 a 10 20 metros 30 a 100 metros Integral

Acima de 10 30 metros 30 a 100 metros Integral

Quadro 2 - Recomposição das Áreas de Preservação Permanente de acordo com os módulos fiscais. Fonte: Jaguszewski et al. (2014).

b) Lagos e lagoas naturais: são consideradas APP as faixas mínimas de área

no entorno dos lagos e lagoas naturais descritas no quadro 3, com suas respectivas

faixas de recomposição, com exceção dos que possuem superfície d’água inferior a

1 hectare, que não necessitam APP.

Tamanho da

propriedade

(Módulos fiscais)

Regra Geral APP Recomposição

< 1 ha > 1 ha

< 20 ha > 20 ha Exigência Limitador

Ate 1

Dispensado 50 m 100 m

5 m 10%

1 a 2 8 m 10%

2 a 4 15 m 20%

De 4 a 10 30 m

Integral

Acima de 10 Integral

Quadro 3 - Áreas de Preservação Permanente e faixa de recomposição dos lagos e lagoas naturais de acordo com os módulos fiscais e área de espelho d’água. Fonte: Jaguszewski et al. (2014).

c) Reservatórios artificiais: Não será exigida APP no entorno de reservatórios

artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos

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d’água naturais, fica a critério do Licenciamento Ambiental a definição da faixa

marginal no entorno dos mesmos.

d) Nascentes e olhos d’água perenes: são consideradas APP, em regra geral,

as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes em raio de 50

metros.

Caso exista Áreas Rurais Consolidadas no entorno de nascentes e olhos

d’água perenes, será admitida a realização de atividades agrossilvipastoris, de

ecoturismo e de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de

15 metros (Parágrafo 5º Art. 61-A Lei 12.651/12).

e) Topos de morro, encostas e bordas de tabuleiro: de acordo com os incisos

V, VIII, IX e X, da Lei 12.651/12 Art. 4º, são considerados APP:

Encostas o com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na

linha de maior declive (Figura 1);

Bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo,

em faixa igual ou superior a 100 metros em projeção horizontal (Figura 2);

Áreas com altitude superior a 1.800 metros, com qualquer cobertura

vegetal (Figura 3);

Topo de morros, montes, montanhas e serras (Figura 4), com altura

mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a

partir da curva de nível correspondente a 2/3 da altura mínima da elevação sempre

em relação à base, sendo está definida pelo plano horizontal determinado por

planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto

de sela mais próximo da elevação.

A legislação autoriza a continuidade de atividades agrossilvipastoris nas áreas

citadas anteriormente, com exceção das culturas anuais (Art. 63 Lei 12.651/12).

f) Outras áreas: o Artigo 4º da Lei 12.651/12, também reconhece como APP

os seguintes locais:

As restingas, sendo elas fixadoras ou estabilizadoras de dunas;

Os manguezais em toda a sua extensão;

As veredas, faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima

de 50 metros a partir do espaço que permanece brejoso e encharcado.

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Figura 1 - APP de encostas com declividade superior a 45º. Fonte:<http://www.bunge.com.br/sustentabilidade/2009/port/download/Bunge_IAP_Conscientizacao_ambiental.pdf > Acesso em: 19/05/2015.

Figura 2 - APP nas bordas de tabuleiros e chapas. Fonte: <http://www.ciflorestas.com.br/cartilha> Acesso em: 19/05/2015.

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Figura 3 - APP em altitudes superiores a 1.800 metros. Fonte: <http://www.ciflorestas.com.br/cartilha> Acesso em: 19/05/2015.

Figura 4 - APP em topo de morros, montes, montanhas e serras. Fonte: <http://www.ciflorestas.com.br/cartilha> Acesso em: 19/05/2015.

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2.2.3 Remanescentes de vegetação nativa

De acordo com o Decreto 7.830 de 17 de outubro de 2012 no inciso IV, Art.

2º, são áreas com remanescentes de vegetação nativa os locais que contenham

vegetação nativa primária ou secundária em estágio secundário de regeneração.

A Resolução do CONAMA nº 33, de 7 de dezembro de 1994, em seus Art. 1º

e 2º, define os estágios sucessionais das formações vegetais que ocorrem na região

da Mata Atlântica do Estado do Rio Grande do Sul, sendo eles:

Art. 1º [...] vegetação primária a vegetação de máxima expressão local com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar significativamente suas características originais de estrutura e de espécies. Art. 2º [...] vegetação secundária ou em regeneração, considera-se aquelas formações herbáceas, arbustivas ou arbóreas decorrentes de processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação original por ações antrópicas ou causas naturais (CONAMA nº 33, 1994).

Jaguszewski et al. (2014) acrescenta que para o bioma Pampa, ainda não foi

definida uma regra sobre os estágios da vegetação, por isso, recomenda-se muito

cuidado na interpretação da lei.

2.2.4 Área de Uso Restrito

As Áreas de Uso Restrito são constituídas pelos pantanais, planícies

pantaneiras e pelas encostas com inclinações entre 25 e 45°, sendo permitida a

execução de atividades ecologicamente sustentáveis, em concordância com as

recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa (JAGUSZEWSKI et al

2014).

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2.2.5 Área de Reserva Legal

O Art. 3º, Inciso III, da Lei 12.651/12 descreve as áreas de Reserva Legal

(RL) como um local no interior de uma propriedade ou posse rural, com a função de

assegurar o uso econômico sustentável dos recursos naturais do imóvel, auxiliar a

conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna e da flora

nativa.

Segundo Jaguszewski et al. (2014) a RL deve permanecer coberta por

vegetação natural e pode ser explorada com a utilização de um manejo florestal

sustentável, nos limites estabelecidos em lei para o bioma em que a propriedade

está inserida.

O Artigo 12 da Lei 12.651/12 estabelece o percentual mínimo do imóvel que

deve ser destinado a RL, de acordo com o bioma em que se encontra a propriedade

e o tipo de vegetação, representado no quadro 4.

Localização Vegetação Percentual

Amazônia Legal Floresta 80%

Amazônia Legal Cerrado 35%

Amazônia Legal Campos Gerais 20%

Demais Regiões Demais Vegetações 20%

Quadro 4 - Percentual da Reserva Legal. Fonte: Lei 12.651/12, Art. 12.

Conforme o Art. 66 da Lei 12.651/12, a propriedade rural que não possuía, em

22 de julho de 2008, área de Reserva Legal nos percentuais exigidos, pode ser

regularizada adotando técnicas alternativas de recomposição, regeneração natural

da vegetação e compensação, em um prazo de 20 anos. Com possibilidade de

plantio intercalado de espécies nativas e exóticas, em sistema agroflorestal, desde

que o percentual de espécie exótica não exceda 50% da área total a ser recuperada.

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De acordo com Jaguszewski et al. (2014) a compensação da reserva legal

também pode ser realizada a partir do cadastramento de outra área do mesmo

proprietário ou de terceiros, através da aquisição de Cotas da Reserva Ambiental

(CRA), desde que possuam extensão compatível com a área a ser recomposta e

estejam localizadas no mesmo bioma.

2.2.6 Área Rural Consolidada

São consideradas Áreas Rurais Consolidadas os locais da propriedade rural

com ocupação antrópica, anterior a 22 de julho de 2008, com edificações,

benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção

do regime de pousio (Inciso IV Art. 3 Lei 12.651/12).

De acordo com Jaguszewski et al. (2014) atividades com baixo impacto

ambiental como, ecoturismo, agrossilvipastoris e de turismo rural, realizadas em

Áreas Rurais Consolidadas, poderão ter continuidade, uma vez que se atendam os

critérios mínimos de preservação ambiental previstos nos parágrafos 1º ao 4º do

Artigo 61-A da Lei 12.651/12.

2.3 Perícia Judicial

De acordo com Dinamarco (2001) a Perícia Judicial se define como um

estudo realizado em pessoas ou coisas, por um profissional com conhecimentos

técnicos específicos, com objetivo de produzir provas a respeito dos fatos ocorridos.

O Código de Processo Civil Brasileiro (CPC), em seu Art. 420, descreve a

prova pericial como um exame, vistoria ou avaliação, deferida pelo juiz nos casos

em que a produção de provas depende de conhecimento especial técnico, sendo a

verificação possível, e se as demais provas fornecidas não forem suficientes.

25

Segundo Gutierres (2010) qualquer atividade pericial parte do princípio que

toda ação humana deixa marcas ou vestígios, desta forma, cabe ao perito á analise

necessária para obter a prova material da existência do dano.

Para Almeida et al. (2000) em todas as áreas técnico-científicas do setor

humano, as quais o conhecimento jurídico não se faz suficiente, existe a

necessidade de realizar a perícia para apurar a veracidade dos fatos, que

geralmente, surge devido a demanda, por iniciativa das partes interessadas, mas

também pode ocorrer por iniciativa do juiz, quando o mesmo julgar necessário.

2.3.1 Perito

Segundo Almeida et al. (2000) a função do perito é satisfazer a finalidade da

perícia, analisar fatos relativos ao caso em questão, se certificar dos mesmos ou

interpretá-los. Seu parecer técnico será apresentado, de acordo com a determinação

do juiz, em inquirição em audiência ou por escrito (laudo).

De acordo com o CPC, Art. 421, os peritos devem ser profissionais de nível

universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, com

comprovação de sua especialidade a partir certidão do órgão profissional em que

estiverem inscritos.

Conforme Juliano (2007) o perito é nomeado pelo juiz, no mesmo instante é

fixado o prazo para a entrega do laudo e determinado que ele apresente sua

proposta de honorários. O Art. 146, do CPC, estipula que o mesmo deve cumprir o

ofício, no prazo estipulado, todavia, pode escusar-se do encargo caso alegue motivo

legítimo.

A remuneração do perito será paga pela parte que o tenha requerido, ou pelo

autor, quando a iniciativa for de ambas as partes ou determinada pelo juiz (Art. 33

CPC).

26

2.3.1 Quesitos

Conforme Gutierres (2010) os quesitos são perguntas ou questionamentos

elaborados pelas partes ou pelo juiz, que devem ser respondidas pelo perito, com

finalidade de elucidar o objetivo da perícia. Os quesitos que o juiz considerar

irrelevantes ou fora da alçada do perito, serão vedados.

Segundo Juliano (2007), após a nomeação do perito, as partes podem

nomear assistentes técnicos de sua confiança, para que lhes auxiliem na elaboração

dos quesitos. Porém, o perito não deve se deter apenas ao teor dos quesitos para

tentar esclarecer os fatos, pois, necessita tornar compreensível também os eventos

que constam nos autos, mesmo que os quesitos não levem a isso.

Kaskantzis (2005) esclarece que os quesitos devem ser respondidos de forma

técnica e imparcial, onde podem ser utilizados dados técnicos das normas,

fotografias, referências bibliográficas especializadas, modelos matemáticos,

questionários de respostas, visitas ao local em análise, resultados de análises de

laboratório, entre outros.

2.3.2 Perícia Ambiental

Com intuito de atender as demandas provenientes do meio ambiente,

previstas pela Ação Civil Pública Ambiental, foi instituída a Perícia Ambiental que

Araújo (2008) descreve como:

[...] um meio de prova utilizado nos processos judiciais, sujeita à regulamentação prevista pelo Código de Processo Civil (CPC), com prática forense comum às demais modalidades de perícia, mas que irá atender a demandas específicas advindas das questões ambientais. A Perícia Ambiental é relativamente nova no Brasil, mas tem evoluído consideravelmente em decorrência do aprimoramento da legislação ambiental (ARAÚJO, 2008, p.108).

De acordo com Gutierres (2010) quando existir a necessidade de confirmação

de eventos, não será satisfatório apenas a apresentação de informações ou

certidões, deve ocorrer à perícia ambiental para averiguar a existência do dano e as

27

consequências negativas que o mesmo provoca ao meio ambiente, que só se dará a

partir do trabalho de profissionais qualificados na área específica.

Almeida et al. (2000) acrescenta que para que a perícia tenha maior

credibilidade o laudo deve ser formado por documentos, plantas, croquis, fotografias,

pesquisas, orçamentos ou quaisquer outras informações pertinentes ao caso, com

objetivo de esclarecer:

Dano (ameaça/ocorrido): caracterizar/mensurar/valorar;

Atividade Lesiva: caracterizar/enquadramento legal;

Nexo Causal: entre o dano e a atividade do Réu.

2.3.3 Laudo Pericial

O laudo nada mais é do que o resultado da perícia, onde são expostas

conclusões escritas e fundamentadas no estudo dos fatos, realizado pelo perito, em

que são dadas respostas objetivas aos quesitos (ALMEIDA et al. 2000).

Para que ocorra um melhor entendimento por parte de todos, o mesmo autor

recomenda:

Deve ser evitada a reprodução quase literal das questões levantadas na etapa inicial e na contestação, pois corre-se o risco de cair em dissertações prolixas, com assuntos irrelevantes para a perícia. O laudo deve ser inteligível, elaborado com clareza, abrangente e em estilo simples. Não deve conter omissões ou apresentar obscuridade. Refutam-se termos essencialmente técnicos, onde seu entendimento acarrete novas abordagens, resultando, mais uma vez, na indesejável prolixidade. Devemos lembrar que o laudo se destina, em última análise, à leitura de juízes e advogados, desconhecedores da matéria da perícia (ALMEIDA et al., 2000, p. 41).

2.4 Levantamento Topográfico

Para Coelho Júnior at al. (2014) a Topografia pode ser entendida como uma

ciência que estuda, projeta, representa, mensura e executa uma parte limitada da

superfície terrestre não levando em conta a curvatura da Terra, até onde pode-se

ignorar o erro da esfericidade, onde leva-se em consideração os perímetros,

28

dimensões, localização geográfica e posição e objetos de interesse que estejam

dentro desta porção.

Uma das principais atividades da Topografia é o levantamento topográfico,

que a Norma Brasileira (NBR 13133/94) define como:

Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhe visando a sua exata representação planimétrica numa escala pré-determinada e à sua representação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com equidistância também pré-determinada e/ou pontos cotados (ABNT, 1994, p. 3).

De acordo com Coelho Junior et al. (2014) o levantamento topográfico

consiste basicamente em coletar todos os dados e características importantes do

terreno, para posterior representar através de desenho em papel ou em ambiente

gráfico, em escala adequada e com orientação, todos os detalhes naturais e

artificiais levantados.

Conforme Veiga et al. (2012) o levantamento topográfico pode ser divido em

dois seguimentos: levantamento planimétrico, que determina a posição planimétrica

dos pontos (coordenadas X e Y), e levantamento altimétrico, que determina a cota

ou altitude de um ponto (coordenada Z). A execução de ambos, simultâneamente, é

chamada de levantamento planialtimétrico.

Segundo Lima (2012) a planimetria é a técnica pela qual as medidas tanto

angulares como lineares são reproduzidas em um plano horizontal de referência,

levando em conta apenas a locação dos objetos da área, já a altimetria é a técnica

pela qual as medidas são realizadas sob o ponto de vista vertical, onde se obtém as

diferenças de níveis e ângulos verticais, dando-se maior importância ao relevo do

terreno.

Brandalize (2015) ressalta que os levantamentos planimétricos e/ou

altimétricos são definidos e executados em função das especificações dos projetos.

Desta forma, um projeto poderá exigir somente levantamentos planimétricos, ou,

somente levantamentos altimétricos, ou ainda, levantamento planialtimétrico.

29

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades realizadas durante o período de estágio foram elaboradas em

sua maioria no escritório, onde primeiramente, foi delegada a tarefa de implantar o

serviço de Cadastro Ambiental Rural (CAR) na empresa, antes não realizado, devido

à falta de demanda desta atividade. Para isso foi desenvolvido um plano com 4

etapas básicas: pesquisa, treinamento, divulgação e, finalmente, elaboração do

CAR.

Durante o período de estágio também foi possível acompanhar a elaboração

de um laudo pericial, onde a maior contribuição foi na edição e elaboração de mapas

temáticos, que serviram como embasamento para responder aos quesitos

solicitados no processo judicial.

Outra atividade desenvolvida foi a participação, como parte integrante da

equipe técnica da Empresa, em um levantamento altimétrico realizado em um

loteamento, que servirá de base para a elaboração de Mapas Temáticos com o

objetivo de auxiliar na preparação do Laudo Técnico Pericial de uma nova perícia

que está sendo executada.

.

3.1 Cadastro Ambiental Rural

3.1.1 Pesquisa

Para possibilitar a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) se fez

necessário uma vasta pesquisa, onde buscou-se entender e interpretar o Novo

Código Florestal, Lei nº 12.561/12, juntamente, com os seguintes Decretos e a

Resolução do CONAMA:

30

Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012 – que dispõe sobre o

Sistema de Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter geral aos

Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei no 12.651, de 25 de maio

de 2012, e dá outras providências;

Decreto nº 8.235, de 5 de maio de 2014 – que estabelece normas

gerais complementares aos Programas de Regularização Ambiental dos Estados e

do Distrito Federal, de que trata o Decreto no 7.830, de 17 de outubro de 2012,

institui o Programa Mais Ambiente Brasil, e dá outras providências;

Resolução CONAMA nº 33, de 7 de dezembro de 1994 – que define os

estágios sucessionais das formações vegetais da região da Mata Atlântica no

Estado do Rio Grande do Sul, visando viabilizar critérios, normas e procedimentos

para o manejo, utilização racional e conservação da vegetação natural.

3.1.2 Treinamento

A etapa de treinamento deu-se através da realização do curso a distância

CapCAR – Curso de Capacitação para o Cadastro Ambiental Rural, formulado pelo

Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com a Universidade Federal de

Lavras (UFLA), o Serviço Florestal Brasileiro e o Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), com carga horária de 78

horas/aula.

3.1.3 Divulgação

O processo de divulgação ocorreu através do desenvolvimento de um folder

de divulgação (Anexo A), elaborado com a utilização do software CorelDRAW

Graphics Suite X7. Este folder foi enviado aos sindicatos rurais, associações de

trabalhadores rurais, cooperativas rurais e a algumas imobiliárias, localizados nos

31

estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, juntamente, com uma carta de

apresentação da empresa, no intuito de formar parcerias positivas e adquirir novos

clientes.

Para possibilitar o envio dos mesmos, foi necessário realizar uma busca

detalhada dos endereços eletrônicos e de correspondência de todas as entidades,

citadas anteriormente, via internet.

Após a aquisição dos endereços foram enviados e-mails publicitários

contendo o material confeccionado. Para algumas entidades o envio também foi feito

via correio.

3.1.4 Elaboração do CAR

Para otimizar a execução do CAR foi planejada e desenvolvida uma planilha

de coleta de dados (Anexo B), com base nas informações que devem ser

preenchidas na plataforma do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural

(SICAR), para ser enviada aos clientes, que deverão preenche-la e reenviar a

empresa com os dados solicitados.

O primeiro CAR realizado pela empresa foi em uma propriedade rural

localizada no município de Itaara – RS, com área de 12,48ha. O imóvel já possuía

georreferenciamento, não sendo necessário ir a campo coletar os vértices da

propriedade.

A coordenadas fornecidas pelo proprietário, referentes aos vértices, foram

tabeladas no software Excel 2010 e em seguida inseridas no software ArcGIS 10.1,

onde foi gerado um arquivo shapefile de pontos, sendo que, cada ponto equivale a

um vértice da propriedade.

Após, foi criado um arquivo shapefile polígono e delimitada a área da

propriedade através da ligação dos vértices. Devido a boa qualidade das imagens

em relação à resolução espacial, utilizou-se a base de mapas do ArcGIS 10.1, World

Imagery, para identificar e vetorizar as características ambientais da propriedade,

conforme demostra a figura 5.

32

Figura 5 - Delimitação das características ambientais do imóvel no ArcGis. Fonte: Software ArcGIS 10.1.

Durante o processo foram identificadas e vetorizadas as seguintes feições:

Remanescentes de vegetação nativa, em um total de 4,43ha, que

abrange 35,5% da área do imóvel;

Área consolida, com 8,03ha, que corresponde a 64,3% da área do

imóvel;

Lagoa, com 0,008ha, aproximadamente, 0,06% da área da

propriedade.

A Reserva Legal sugerida, de acordo com a escolha do proprietário, perfaz

um total de 2,57ha, 20,6% da área total do imóvel, conforme ilustra a figura 6, que

corresponde ao mapa elaborado para ser entregue ao cliente, contendo a

localização e o quadro de áreas das características ambientais identificadas na

propriedade.

O layout do mapa também foi realizado no software ArcGIS 10.1 e o selo

utilizado no mapa foi o selo padrão da empresa.

O Datum de referência adotado foi o SIRGAS 2000, sistemas de projeção

UTM, fuso 22J.

33

Figura 6 - Mapa das características ambientais e da Reserva Legal do imóvel. Fonte: Engeambih, desenvolvido pela autora.

34

Posteriormente deu-se início ao cadastro na plataforma do SICAR, onde foi

necessário baixar as imagens do município de Itaara – RS, disponibilizadas

gratuitamente pelo próprio sistema, provenientes do satélite alemão RapidEye.

Com o auxílio da planilha de coleta de dados, que contém as informações

cadastrais da propriedade e do proprietário, deu-se seguimento do cadastro,

composto pelos seguintes tópicos:

Cadastrante – neste tópico informou-se o CPF, Data de Nascimento,

Nome e Nome da Mãe da pessoa que está preenchendo o cadastro, conforme

ilustrado na figura 7.

Figura 7 - Dados do cadastrante a serem preenchidos na plataforma do SICAR. Fonte: Módulo de cadastro – CAR.

Imóvel – neste tópico são solicitados os dados do imóvel, onde foram,

obrigatoriamente, informados o Nome do Imóvel, UF, Município, Descrição de

Acesso ao Imóvel, Zona de Localização e o Endereço de Correspondência, que

deve conter: Rua, Número do logradouro, Complemento, Bairro, CEP, UF e o

Município, de acordo com a figura 8.

35

Domínio – no domínio são requeridos os dados do proprietário, neste

caso, foi selecionada a opção Pessoa Física e preencheu-se os campos: CPF, Data

de Nascimento, Nome e Nome da Mãe, com os dados do cliente, conforme figura 9.

Figura 8 - Dados do Imóvel a serem preenchidos na plataforma do SICAR.

Fonte: Módulo de cadastro - CAR.

Figura 9 - Dados do domínio do imóvel a serem preenchidos na plataforma do SICAR. Fonte: Módulo de cadastro – CAR.

36

Documentação – no tópico documentação é solicitada a informação se

o imóvel é Propriedade ou Posse Rural e os dados comprobatórios, neste caso,

selecionou-se a opção de Propriedade Rural e informou-se o Nome do Imóvel, Área

em hectares (ha), Tipo de Documento, Número da Matrícula, Data do Documento,

Livro, Folha, UF do Cartório, Município do Cartório e o Código no Sistema Nacional

de Cadastro Rural (SNCR), segundo ilustrado na figura 10.

Figura 10 - Dados da documentação preenchidos na plataforma do SICAR. Fonte: Módulo de cadastro – CAR.

Geo – no tópico geo, deve-se mapear as características ambientais da

propriedade, através de vetorização sobre as imagens disponibilizadas pelo sistema

SICAR ou pela de inserção de arquivos nos formatos shapefile (SHP), Keyhole

Markup Language (KML) ou GPX, em qualquer Datum. Neste caso, optou-se por

inserir os arquivos SHP gerados, anteriormente, no software ArcGIS.

Para que o sistema aceitasse os arquivos foi necessário separar e zipar as

extensões dbf, drj, shp e shx de cada arquivo shapefile. Posteriormente, selecionou

a opção Área do Imóvel e importou-se o arquivo shapefire zipado correspondente,

conforme demonstra a figura 11.

37

Figura 11 - Importação de arquivos shapefile na plataforma do SICAR. Fonte: Módulo de cadastro – CAR.

Após a inserção da área no SICAR, verificou-se um deslocamento nas

imagens, relacionado ao local que a área devia sobrepor nas mesmas, o que

representou um grande obstáculo enfrentado durante o estágio.

O deslocamento pode ser observado na comparação realizada entre a

localização da área na plataforma SICAR e a localização da mesma área,

transformada em arquivo KML, nas imagens do Google Earth PRO, ilustrada na

figura 12.

Figura 12 - Comparação entre a posição da área na imagem do Google Earth e na imagem do SICAR. Fonte: Google Earth PRO e módulo de cadastro – CAR.

38

Ao analisar a figura 12, pode-se verificar que quando inserida no SICAR a

área fica deslocada para o norte e sobrepõe à estrada, o que não condiz com a

realidade.

Em busca de orientação, vários e-mails foram enviados ao Serviço Nacional

de Aprendizagem Rural (SENAR), órgão responsável por auxiliar nas questões

relacionadas ao CAR no estado no RS, onde se obteve a informação de que,

realmente, as imagens do SICAR apresentam certo deslocamento, mas que nada

pode ser feito, e o envio deve prosseguir da mesma forma.

A partir desta informação, os arquivos shapefiles restantes (área consolidada,

remanescentes de vegetação nativa, lago e a reserva legal proposta), foram

inseridos no sistema SICAR, conforme demostra figura 13.

Figura 13 - Disposição dos arquivos shapefile inseridos na plataforma do SICAR. Fonte: Módulo de cadastro – CAR.

Informações – na tela de informações (Figura 14), foram respondidas

as perguntas referentes à situação ambiental da propriedade, onde se selecionou

“SIM” ou “NÃO” para cada pergunta, e foi informado o ano e a Lei, a qual, a Reserva

Legal está submetida.

39

Figura 14 - Tópico informações da plataforma do SICAR. Fonte: Módulo de cadastro – CAR.

40

Posteriormente, o cadastro foi finalizado e gerado o resumo dos dados

informados durante o cadastro (Figura 15), juntamente, com o número do protocolo

de preenchimento para inscrição no CAR.

Figura 15 - Resumo contendo o protocolo de preenchimento da inscrição no CAR. Fonte: Módulo de cadastro – CAR.

41

O próximo passo foi a gravação do cadastro e o envio do mesmo, ao órgão

responsável para avaliação.

3.2 Perícia Ambiental

A atividade de perícia ambiental deu-se através da continuidade de um estudo

já em andamento, onde havia sido realizada a coleta de dados a campo e a

confecção de parte dos mapas pelo estagiário anterior, sendo necessário auxiliar os

engenheiros ambientais na elaboração dos mapas restantes e na edição dos já

existentes, caso necessário.

A primeira etapa foi a leitura e compreensão das demandas e quesitos que

compunham o processo judicial, e a interação a respeito das atividades que já

haviam sido realizadas, como, entrevistas aos moradores, arquivo fotográfico e de

áudio e a respeito dos mapas preexistentes.

As principais demandas ou problemas, consistiam na canalização e na

supressão de parte da vegetação nativa no entorno de um curso d’água, localizado

na região urbana do município de Santa Maria. O objeto da perícia neste caso é a

construção de um condomínio, sem a devida licença prévia para a obra e, segundo o

Autor do processo, com Licença irregular para a supressão.

A finalidade da perícia era investigar as condições ambientais da construção

realizada pela empresa, bem como a existência de impactos e passivos ambientais

no local do empreendimento.

Foi solicitada a elaboração de um mapa contendo o adensamento de

microbacias hidrográficas existentes no setor urbano, juntamente com uma base

mapas com certa confiabilidade que reconhecesse a existência de um curso d’água

bem caracterizado na área de estudo, ilustrado na figura 16.

Para essa tarefa foi utilizada a hidrografia proveniente da base cartográfica de

Hasenack e Weber (2010), com a qual delimitou-se as microbacias existentes no

setor urbano do município de Santa Maria, com o auxílio software ArcGIS 10.1.

42

A base de mapas utilizada foi a do próprio ArcGIS, a Open Street Map, por

confirma a existência de um curso d’aguá no local, que posteriormente deságua no

do Arroio Cancela.

Os dados referentes aos limites municipais utilizados neste mapa, foram

adquiridos da base cartográfica disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE, 2010).

O Datum de referência adotado foi o SIRGAS 2000, projeção cartográfica

UTM, fuso 22J, e o selo utilizado foi o selo padrão da empresa. Estas referências

foram adotadas para todos os mapas elaborados neste processo.

Também foi solicitada a edição do mapa de direção de fluxo d’água (Figura

17), confeccionado a partir de imagens SRTM, disponibilizadas pela EMBRAPA. A

geração dos fluxos deu-se a partir do software ArcGIS 10.1, através da ferramenta

Flow Direction.

A hidrografia e as curvas de nível utilizadas foram da base dados de

Hasenack e Weber (2010), os divisores de água foram vetorizados com base no

perfil altimétrico observado e na hidrografia. A delimitação da área de estudo se deu

a partir de dados coletados em um levantamento planimétrico preexistente.

Para o mapa de localização utilizou-se a base de mapas Open Street Map,

disponível no software ArcGIS 10.1.

Através da análise do sentido dos fluxos de água e do divisor de água

localizados no mapa (Figura 17), foi possível observar que grande parte de toda a

água proveniente de precipitações (águas superficiais), assim como das águas

subterrâneas, vão em direção norte ou sul, a partir do divisor de água. Tendo em

vista que, o objetivo era ressaltar a provável existência de um córrego bem

caracterizado, considerando-se que os mesmos podem estar localizados nas

encostas e/ou depressões do terreno, ou ainda no nível de base representado pelo

curso d’água local.

43

Figura 16 - Mapa das microbacias da área urbana de Santa Maria. Fonte: Engeambih, desenvolvido pela autora.

44

Figura 17 - Mapa da direção de fluxo d’água na área de estudo. Fonte: Engeambih, desenvolvido pela autora.

45

Para verificar se o Cálculo da Reposição Florestal Obrigatória estipulado pela

Instrução Normativa SEMA No 01, de 31 de julho de 2006, que estabeleceu a

doação de 15 mudas nativas para cada exemplar suprimido, por parte da empresa

Ré, estava correto, foi elaborado o mapa de biomas, devido a esse cálculo de

manejo não se aplicar em áreas situadas dentro do bioma Mata Atlântica e existir

dúvidas sobre a localização da área em relação ao bioma do município.

Para a elaboração do mapa de localização da área em relação ao bioma do

município de Santa Maria (Figura 18), foram adquiridos os dados cartográficos

disponibilizados pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA), referentes aos biomas,

que posteriormente foram manipulados com o auxílio do software ArcGIS 10.1.

O limite municipal utilizado é proveniente do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE, 2010).

Como pode-se observar na figura 18, o município de Santa Maria encontra-se

em uma zona de transição entre os biomas Pampa e Mata Atlântica. A área de

estudo em questão, assim como a maior porção do município, está situada na região

que remete ao bioma Pampa, o que sugere que o Cálculo da Reposição Florestal

Obrigatória está correto.

46

Figura 18 - Mapa da localização da área de estudo em relação o bioma do município de Santa Maria - RS. Fonte: Engeambih, desenvolvido pela autora.

47

3.3 Levantamento Topográfico

O levantamento topográfico foi realizado em um loteamento no município de

Restinga Seca – RS, com objetivo de definir o perfil do terreno, delimitar os lotes já

existentes e marcar a cota máxima de alague, tendo em consideração, que o

mesmo, está localizado nas proximidades do rio Vacacaí.

Primeiramente o foi realizado o checklist do equipamento a ser utilizado

durante o levantamento.

A aquisição dos dados topográficos deu-se através da utilização uma estação

total TC 407 da marca Leica e 2 prismas, com as quais foram coletados pontos de

forma sistemática, de 10 e 10 metros. A coleta de pontos foi estendida até as

margens do rio, com objetivo de gerar curvas de nível para caracterizar o perfil

altimétrico do terreno.

Foram adquiridas também as coordenadas dos vértices das cercas para

delimitação dos lotes e realizada entrevista com os moradores para coletar

informações sobre a altura máxima que água já chegou durante a época de cheia do

rio.

As cotas indicadas pelos moradores foram marcadas com giz e mensuradas

com utilização de uma trena, geralmente com base nas marcas que a água deixou

nas paredes das residências.

A contribuição para esta atividade foi no auxílio prestado durante o

levantamento a campo.

48

Figura 19 - Loteamento no Município de Restinga Seca - RS. Fonte: Engeambih.

Figura 20 - Equipe que participou do levantamento topográfico. Fonte: Engeambih.

49

Figura 21 - Levantamento topográfico, equipamentos e métodos. Fonte: Engeambih.

50

4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

4.1 A Empresa

A empresa Engeambih se demostra receptiva a novos estagiários, apresenta

um ótimo ambiente de trabalho, composto por uma equipe multidisciplinar sempre

disposta a auxiliar, embora, não possua em seu quadro funcional profissionais da

área de Geoprocessamento para prestar maiores esclarecimentos sobre a

metodologia a ser adotada nas atividades.

4.2 Dificuldades encontradas durante o estágio

Por ser uma atividade nova para empresa e por não ter sido abordado

durante a graduação, houve muitas dúvidas em relação ao CAR, sendo necessário

muita pesquisa. Além do deslocamento encontrado nas imagens do SICAR, que

representou um grande obstáculo durante o estágio.

Outra dificuldade encontrada foi em relação ao manuseio dos equipamentos

topográficos.

4.3 Recomendações ao Curso

Recomenda-se ao Curso Superior de Geoprocessamento, se possível, um

enfoque maior em relação às atividades práticas na Disciplina de Topografia, para

que o aluno se encontre melhor preparado para as exigências do mercado de

trabalho.

51

4.4 Conclusão Geral

O estágio supervisionado foi de extrema importância para a vida profissional,

por complementar a formação acadêmica. Através deste pôde-se vivenciar a

realidade de uma empresa, suas dificuldades e exigências, assim como, expandir os

conhecimentos através da troca de experiências.

52

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, J. R. de; OLIVEIRA, S. G. de; PANNO, M. Perícia Ambiental. Rio de Janeiro: Thex, 2000. ARAÚJO, L. A. de. Perícia Ambiental. In: A Questão Ambiental: diferentes abordagens. Sandra Batista Cunha; Antonio José Teixeira Guerra. (Orgs.). 4º Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p.107-151. 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13133: Execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994. BRANDALIZE, M. C. B. Topografia. Curitiba: PUC/PR. Disponível em: < http://www.georeferencial.com.br/old/material_didatico/TOPOGRAFIA_brandalize.pdf>. Acesso em: 03 jul. 2015. BRASIL. Código de Processo Civil de 11 de janeiro de 1973. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br> Acesso em: 12 de mai. 2015. BRASIL. Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012. Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras providências. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7830.htm>. Acesso em: 21 dez. 2013. BRASIL. Decreto nº 8.235, de 05 de maio de 2014. Estabelece normas gerais complementares aos Programas de Regularização Ambiental dos Estados e do Distrito Federal, de que trata o Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, institui o Programa Mais Ambiente Brasil, e dá outras providências. Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/ visualiza/index. jsp?data=05/05/2014&jornal=1000&pagina=1&totalArquivos= >. Acesso em: 05 de mai. 2015. BRASIL. Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal. Diário Oficial da União. Brasília – DF: 12 mai. 2015.

53

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ANEXOS

Anexo A - Folder de divulgação do CAR

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Anexo B - Planilha de coleta de dados para o CAR

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Anexo C - Certificado do curso CapCAR