George-R.-R.-Martin-Livro-01-A-Guerra-dos-Tronos-As-Crônicas-de-Gelo-e-Fogo.pdf

- Deveríamos regressar - insistiu Gared quando os bosques
começaram a escurecer ao redor do gruo! - "s se#vagensestão mortos! - "s mortos o assustam$ - erguntou %or &a'mar (o'ce com não mais do que uma sugestão de sorriso no rosto! Gared não mordeu a isca! )ra um *omem ve#*o+ com mais de cinquenta anos+ e vira os nobres c*egar e artir! - ,m morto um morto - resondeu! - .ada temos a tratar com os mortos!
8/13/2019 George-R.-R.-Martin-Livro-01-A-Guerra-dos-Tronos-As-Crônicas-de-Gelo-e-Fogo.pdf
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- /as estão mortos$ - erguntou (o'ce com suavidade! - ue rova temos disso$ - &i## os viu - disse Gared! - %e e#e di que estão mortos+ rova suiciente ara mim!
&i## 34 sabia que o arrastariam ara a disuta mais cedo ou mais tarde! Dese3ou que tivesse sido mais tarde! - /in*a mãe disse-me que os mortos não cantam - contou &i##! - /in*a ama de #eite disse a mesma coisa+ &i## - resondeu (o'ce! - .unca acredite em nada do que ouvir 3unto 5 mama
de uma mu#*er! 64 coisas a arender mesmo com os mortos -sua vo gerou ecos+ a#ta demais na enumbra da #oresta! - Temos erante n7s uma #onga cava#gada - sa#ientou Gared! - "ito dias+ ta#ve nove! ) a noite est4 ara cair! %or &a'mar (o'ce o#*ou o cu de re#ance+ com desinteresse! - 8sso acontece todos os dias or esta *ora! 9oc: erde a
viri#idade com o escuro+ Gared$&i## via o aerto em torno da boca de Gared+ a ira s7 a custo rerimida nos o#*os que esreitavam sob o esesso cau negro de seu manto! )#e assara quarenta anos na ;atru#*a da .oite+ em *omem e em raa+ e não estava acostumado a ser desva#oriado! /as era mais do que isso! &i## conseguia detectar no *omem mais ve#*o a#go mais sob o orgu#*o erido! )ra ossíve# sentir-#*e o gosto< uma tensão nervosa que se aro=imava erigosamente do medo! &i## arti#*ava o desconorto do outro *omem! )stava *avia quatro anos na /ura#*a! Da rimeira ve que ora enviado ara #4+ todas as ve#*as *ist7rias #*e tin*am acorrido ao crebro+ e suas entran*as se tin*am eito em 4gua! )ra agora
um veterano de cem atru#*as+ e a escura e ininita terra
se#vagem a que os su#istas c*amavam #oresta assombrada 34 não tin*a terrores ara si! >t aque#a noite! >#go era dierente então! 6avia naque#a escuridão a#go de cortante que #*e aia eriçar os e#os da
nuca! Cava#gavam *avia nove dias+ ara norte e noroeste+ edeois de novo ara norte+ cada ve ara mais #onge da /ura#*a+ seguindo sem desvios a tri#*a de um bando de sa#teadores se#vagens! Cada dia ora ior que o anterior! >que#e tin*a sido o ior de todos! ,m vento rio sorava do norte e aia as 4rvores sussurrarem como coisas vivas!
Durante todo o dia&i## tivera uma sensação que era como se a#guma coisa o estivesse observando+ a#go rio e im#ac4ve# que não gostava de#e! Gared tambm sentira! &i## nada dese3ava com tanta orça como cava#gar a toda ressa de vo#ta 5 segurança da /ura#*a+ mas este não era um sentimento que se udesse arti#*ar com um comandante! )secia#mente com um comandante como aque#e! %or &a'mar (o'ce era o i#*o mais novo de uma Casa antiga com demasiados *erdeiros! )ra um 3ovem bem-aessoado de deoito anos+ de o#*os cinentos+ e#egante e esbe#to como uma aca! /ontando em seu enorme corce# de bata#*a negro+ o cava#eiro e#evava-se bem acima de &i## e Gared+ montados
nos seus garranos de menores dimens?es! Tra3ava botas negras de couro+ ca#ças negras de #ã+ #uvas negras de e#e de toueira e uma cinti#ante cota de ma#*a negra e #e=íve# or cima de v4rias camadas de #ã negra e couro ervido! %or &a'mar era um 8rmão Juramentado da ;atru#*a da .oite *avia menos de meio ano+ mas ningum oderia dier que não
se rearara ara a sua vocação! ;e#o menos no que diiareseito ao guarda-roua!
" manto constituía a consumação da sua g#7ria@ ibe#ina+ esessa e negra+ suave como e#e! A>osto que oi e#e r7rio quem as matou todas+ a*+ ois aostoA+ dissera Gared na caserna+ entre os vaores do vin*o+ Btorceu-#*es as cabecin*as
e arrancou-as+ o nosso oderoso guerreiroA! > garga#*ada oraarti#*ada or todos! A diíci# aceitar ordens de um *omem de quem nos rimos de coo na mãoA+ re#etiu &i##+ sentado+ tremendo+ sobre o dorso do garrano+ Gared devia sentir o mesmo! - /ormont nos disse ara os encontrarmos+ e encontramos -
disse Gared! - )stão mortos! .ão vo#tarão a nos causarrob#emas+ Temos uma dura cava#gada 5 nossa rente! .ão gosto deste temo! %e nevar+ oderemos #evar uma quinena ara regressar+ e a neve o me#*or que odemos eserar! >#guma ve viu uma temestade de ge#o+ sen*or$ " nobre areceu não ouvi-#o! )studava o crescu#o+ o que aroundava aque#e seu modo meio aborrecido e meio distraído! &i## 34 cava#gava com o cava#eiro *avia temo suiciente ara comreender que era me#*or não o interromer quando tin*a aque#a e=ressão! - Diga-me de novo o que viu+ &i##! Todos os deta#*es! .ão dei=e nada de ora+ &i## ora um caçador antes de se 3untar 5 ;atru#*a da .oite!
Eem+ na verdade ora um caçador urtivo! "s cava#eiros #ivres de /a##ister tin*am-no aan*ado com a boca na boti3a nos bosques do r7rio /a##ister+ eso#ando um dos seus gamos+ e aenas udera esco#*er entre assar a vestir-se de negro e erder uma mão! .ingum era caa de se mover e#a #oresta tão si#enciosamente como &i##+ e os irmãos negros não tin*am
demorado muito temo ara descobrir seu ta#ento!- " acamamento ica duas mi#*as mais 5 rente+ ara #4 daque#a cumeada+ ao #ado de um c7rrego - disse &i##! -
C*eguei o mais erto que me atrevi! )#es são oito+ com *omens e mu#*eres! .ão vi crianças! )rgueram um abrigo contra a roc*a! > neve 34 o cobriu bem+ mas mesmo assim consegui descortin4-#o! .ão vi nen*um ogo ardendo+ mas a
cova da ogueira ainda estava c#ara como o dia! .ingum semovia! "bservei durante muito temo! .unca um *omem vivo icou tão quieto! - 9iu a#gum sangue$ - Eem+ não - admitiu &i##! - 9iu armas$
- >#gumas esadas+ uns quantos arcos! ,m *omem tin*a ummac*ado! Com ar de ser esado+ duas #Fminas+ um crue# bocado de erro! )stava no c*ão 5 seu #ado+ 3unto 5 sua mão! - ;restou atenção 5 osição dos coros$ &i## enco#*eu os ombros! - ,m ar de#es est4 sentado 3unto ao roc*edo! > maioria est4
no c*ão! Como caídos!- "u dormindo - sugeriu (o'ce! - Caídos - insistiu &i##! - 64 uma mu#*er numa 4rvore de au- erro+ meio escondida entre os ramos! ,ma o#*os-#ongos - e#e deu um t:nue sorriso! - >ssegurei-me de que não me conseguiria ver! uando me aro=imei+ vi que e#a tambm não se movia - e sacudiu-se or um estremecimento invo#unt4rio! - )st4 enrege#ado$ - erguntou (o'ce! - ,m ouco - murmurou &i##! - o vento+ sen*or! " 3ovem cava#eiro virou-se ara seu grisa#*o *omem de armas! o#*as esadas de geada susiravam ao assar or e#es+ e o corce# de bata#*a movia-se de orma inquieta!
- ue #*e arece que ossa ter matado aque#es *omens+ Gared$ - erguntou %or &a'mar com ar casua#+ a3ustando a osição do #ongo manto de ibe#ina! - oi o rio - disse Gared com uma certea rrea! - 9i *omens
conge#ar no inverno assado e no outro antes desse+ quando eu era equeno! Toda a gente a#a de neve com doe metros de roundidade+ e do modo como o vento de ge#o c*ega do norte uivando+ mas o verdadeiro inimigo o rio! >ro=ima-se em si#:ncio+ mais urtivo do que o &i##! > rincíio estremece-se e os dentes batem+ e bate-se com os s no c*ão e son*a-se com
vin*o aquecido e boas e quentes ogueiras! )#e queima+ a*+como queima! .ada queima como o rio! /as s7 durante a#gum temo! )ntão+ enetra no coro e começa a enc*:-#o+ e assado a#gum temo 34 não se tem orça suiciente ara combat:-#o! ) mais 4ci# #imitarmo-nos a nos sentar ou a adormecer! Diem que não se sente dor a#guma erto do im! ;rimeiro+ ica-se raco e sono#ento+ e tudo começa a se des- vanecer+ e deois como aundar num mar de #eite morno! Como que acíico! - uanta e#oqu:ncia+ Gared - observou %or &a'mar! - .unca suseitei que a tivesse dentro de si! - Tambm tive o rio dentro de mim+ nobre - Gared u=ou ara tr4s o cau+ oerecendo a %or &a'mar um #ongo o#*ar sobre os cotos onde as ore#*as tin*am estado! - Duas ore#*as+ tr:s dedos dos s e o mindin*o da mão esquerda! Tive sorte! )ncontramos meu irmão conge#ado no seu osto de vigia com um sorriso no rosto! %or &a'mar enco#*eu os ombros! - Deveria vestir coisas mais quentes+ Gared!
Gared #ançou ao nobre um o#*ar ero+ e as cicatries em redor das suas ore#*as icaram verme#*as de ria nos #ocais onde o /eistre >emon as cortara! - 9eremos quão quente oder4 se vestir quando c*egar o
inverno - u=ou o cau ara cima e arqueou as costas sobre o garrano+ si#encioso e carrancudo! - %e Gared di que oi o rio!!! - começou &i##! - 9oc: e a#guma vigia nesta #tima semana+ &i##$ - %im+ sen*or - nunca *avia uma semana em que e#e não iesse uma ma#dita dia de vigias! >onde o *omem queria
c*egar$- ) em que estado encontrou a /ura#*a$ - Hmida - &i## resondeu+ ranindo a sobrance#*a! >gora que o nobre o iera notar+ via os atos com c#area! - )#es não odem ter conge#ado! %e a /ura#*a est4 mida+ não odem! " rio não suiciente!
(o'ce anuiu!- (aa eserto! Tivemos a#guns rios #igeiros na semana assada+ e uma queda de neve r4ida de ve em quando+ mas com certea não *ouve nen*um rio suicientemente orte ara matar oito *omens adu#tos! 6omens vestidos de e#es e couro+ re#embro+ com um abrigo a#i 5 mão e meios ara aer ogo - o sorriso do cava#eiro ressumava coniança! - &i##+ #eve- nos #4! uero ver esses mortos com meus r7rios o#*os! ) a artir desse momento nada mais *avia a aer! > ordem ora dada+ e a *onra os obrigava a obedecer! &i## seguiu 5 rente+ com o equeno garrano e#udo esco#*endo com cuidado o camin*o or entre a vegetação rasteira! ,ma neve #igeira caíra na noite anterior+ e *avia
edras+ raíes e covas escondidas or bai=o da sua crosta+ 5 esreita dos descuidados e dos imrudentes! %or &a'mar
(o'ce vin*a #ogo atr4s+ com o grande corce# negro de bata#*a reso#egando de imaci:ncia! >que#e cava#o era a montaria errada ara uma atru#*a+ mas tentem dier isto ao nobre! Gared ec*ava a retaguarda! " ve#*o so#dado resmungava
ara si r7rio enquanto avançava!" crescu#o aroundava-se! " cu sem nuvens tomou um roundo tom de rura+ a cor de uma ve#*a n7doa negra+ e deois se disso#veu em negro! >s estre#as começaram a surgir! ,ma meia-#ua se ergueu! &i## estava grato e#a #u! - ;odemos decerto avançar mais deressa do que isto - disse
(o'ce deois de a #ua se erguer or com#eto!- Com este cava#o+ não - resondeu &i##! " medo tornara-o inso#ente! - Ta#ve meu sen*or dese3e tomar a dianteira$ %or &a'mar (o'ce não se dignou a resonder! )m a#gum #ugar nos bosques um #obo uivou! &i## #evou o garrano ara bai=o de uma ve#*a e nodosa 4rvore de au-erro e desmontou! - ;or que arou$ - erguntou %or &a'mar! - me#*or ir o resto do camin*o a + sen*or! " #ugar #ogo deois daque#a co#ina! (o'ce e uma ausa momentFnea+ de o#*os resos na distFncia e o rosto ensativo! ,m vento rio sussurrou or entre as 4rvores! " grande manto de ibe#ina agitou-se nas
costas como uma coisa semiviva! - 64 qua#quer coisa de errado aqui - murmurou Gared! " 3ovem cava#eiro dedicou-#*e um sorriso desden*oso! - >í *4$ - .ão o sentiu$ - erguntou Gared! - )scute a escuridão! &i## sentia! )m quatro anos na ;atru#*a da .oite+ nunca
estivera tão temeroso! " que era aqui#o$
- 9ento! (uído de 4rvores! ,m #obo! ue som te aavora tanto+ Gared$ - como Gared não resondeu+ (o'ce des#iou graciosamente da se#a! >tou com segurança o corce# de bata#*a a uma ramada bai=a+ bem aastado dos outros
cava#os+ e retirou a esada da bain*a! J7ias cinti#aram no un*o e o #uar ercorreu o aço bri#*ante! )ra uma arma magníica+ or3ada num caste#o e+ segundo aarentava+ novin*a em o#*a! &i## duvidava que tivesse sido a#guma ve brandida em ria! - " arvoredo esesso or aqui - reveniu &i##! - )ssa esada
o atraa#*ar4+ sen*or! ,ma aca me#*or!- %e recisar de instruç?es+ eu as edirei - disse o 3ovem sen*or! - Gared+ ique aqui! Guarde os cava#os! Gared desmontou! - ;recisamos de uma ogueira! Tratarei disso! - uanta to#ice tem nessa cabeça+ ve#*ote$ %e *ouver inimigos
nesta #oresta+ uma ogueira a #tima coisa que queremos!- 64 a#guns inimigos que uma ogueira manter4 aastados - disse Gared! - ,rsos+ #obos gigantes e!!! e outras coisas!!! > boca de %or &a'mar transormou-se numa #in*a dura! - .ão *aver4 ogo! " cau de Gared engo#ia-#*e o rosto+ mas &i## conseguia ver a cinti#ação dura nos o#*os que se i=avam no cava#eiro! ;or um momento+ temeu que o *omem mais ve#*o u=asse a esada! )ra uma coisa curta e eia+ com o un*o desbotado e#o suor e o gume denteado e#o muito uso+ mas &i## não daria um endão de erro e#a vida do nobre se Gared a desembain*asse! ;or im+ Gared o#*ou ara bai=o! - .ão *aver4 ogo - murmurou de orma quase inaudíve#! (o'ce tomou aqui#o como aquiesc:ncia e virou-se!
- 8ndique o camin*o - disse a &i##! &i## teceu um rumo atravs de um mataga#+ deois subiu o dec#ive da co#ina bai=a onde encontrara seu onto de vigia+ or bai=o de uma 4rvore sentine#a! %ob a ina crosta de neve o
so#o estava mido e #amacento+ escorregadio+ com roc*as e raíes escondidas+ rontas ara rovocar troeços! &i## não e nen*um som enquanto subia! >tr4s de si ouvia o suave roçar met4#ico da cota de ma#*a do nobre+ o resto#*ar de o#*as e ragas murmuradas quando ramos esetados se agarravam 5 esada e u=avam o magníico manto de
ibe#ina do outro *omem!> grande 4rvore estava mesmo no too da co#ina onde &i## sabia que estaria+ com os ramos ineriores não mais que trinta centímetros acima do so#o! &i## des#iou or bai=o+ com a barriga aoiada na neve e na #ama+ e o#*ou a c#areira vaia mais abai=o! " coração arou no seu eito! ;or um momento não se atreveu a resirar! " #uar bri#*ava sobre a c#areira+ sobre as cinas na cova da ogueira+ sobre o abrigo coberto de neve+ sobre o grande roc*edo+ sobre o equeno riac*o meio conge#ado! Tudo estava como estivera a#gumas *oras antes! )#es não estavam #4! Todos os coros tin*am desaarecido! - DeusesI - ouviu a#gum dier atr4s de si! ,ma esada
go#eou um ramo quando %or &a'mar (o'ce atingiu o too da co#ina! icou em ao #ado da 4rvore+ de esada na mão+ com o manto a ondu#ar nas costas+ sorado e#o vento que se #evantava+ nobremente de#ineado contra as estre#as ara que todos o vissem! - >bai=em-seI - segredou &i## com urg:ncia! - 64 a#go de
errado! (o'ce não se moveu! "#*ou ara a c#areira vaia e deu risada!
- ;arece que seus mortos #evantaram acamamento+ &i##! > vo de &i## o abandonou! ;rocurou a#avras que não vieram! .ão era ossíve#! %eus o#*os ercorreram ara a rente e ara tr4s o acamamento abandonado e araram no
mac*ado! ,m enorme mac*ado de bata#*a de duas #Fminas+ ainda caído onde o vira e#a #tima ve+ intocado! ,ma arma va#iosa!!! - De + &i## - ordenou %or &a'mar! - .ão *4 ningum aqui! .ão quero v:-#o escondido or bai=o de um arbusto! (e#utante+ &i## obedeceu!
%or &a'mar o#*ou-o com aberta desarovação<- .ão vou regressar a Caste#o .egro com um racasso na min*a rimeira atru#*a! 9amos encontrar aque#es *omens - o#*ou de re#ance em vo#ta! - %uba na 4rvore! %e3a r4ido! ;rocure uma ogueira! &i## virou-se+ sem a#avras! .ão va#ia a ena argumentar! " vento movia-se! Tresassava-o! Dirigiu-se ara a 4rvore+ uma sentine#a abobadada cinenta esverdeada+ e começou a subir! )m breve tin*a as mãos ega3osas de seiva e estava erdido entre as agu#*as! " medo enc*ia-#*e o estmago como uma reeição que osse incaa de digerir! /urmurou uma rece aos deuses sem nome da #oresta e #ibertou o un*a# da bain*a! Co#ocou-o entre os dentes ara manter as mãos #ivres
ara a esca#ada! " sabor do erro rio na boca o conortou! )mbai=o+ o nobre de reente gritou< - uem vem #4$ &i## ouviu incertea na c*amada! ;arou de esca#ar@ escutou@ observou! "s bosques deram resosta< um resto#*ar de o#*as+ o correr ge#ado do riac*o+ o io distante de uma coru3a das
neves! "s "utros não aiam som a#gum!
&i## viu movimento com o canto do o#*o! %ombras 4#idas que des#iavam e#a #oresta! 9irou a cabeça+ viu de re#ance uma sombra branca na escuridão! Logo deois e#a desaareceu! (amos agitaram-se genti#mente ao vento+
coçando-se uns aos outros com dedos de madeira! &i## abriu aboca ara gritar um aviso+ mas as a#avras areceram conge#ar na garganta! Ta#ve estivesse errado! Ta#ve tivesse sido aenas uma ave+ um re#e=o na neve+ um truque qua#quer do #uar! >ina#+ o que vira$ - &i##+ onde est4$ - c*amou %or &a'mar! - 9: a#guma coisa$ -
o *omem descrevia um círcu#o #ento+ de sbito caute#oso+ deesada na mão! Deve t:-#os ressentido+ ta# como &i## os ressentia! .ada *avia ara ver! - (esondaI ;or que est4 tão rio$ ) estava rio! Tremendo+ &i## agarrou-se com mais orça ao seu o#eiro! >ertou o rosto com orça contra o tronco da 4rvore! %entia a seiva doce e ega3osa na boc*ec*a! ,ma sombra emergiu da escuridão da #oresta! ;arou na rente de (o'ce! )ra a#ta+ descarnada e dura como ossos ve#*os+ com uma carne 4#ida como #eite! %ua armadura arecia mudar de cor quando se movia@ aqui era tão branca como neve recm-caída+ a#i+ negra como uma sombra+ or todo o #ado saraintada com o roundo cinento esverdeado
das 4rvores! "s adr?es corriam como o #uar na 4gua a cada asso que dava! &i## ouviu a e=a#ação sair de %or &a'mar (o'ce num #ongo si#vo! - .ão avance mais - reveniu o nobre! > vo estava quebrada como a de um raa! >tirou o #ongo manto de ibe#ina ara
tr4s or sobre os ombros+ a im de #ibertar os braços ara abata#*a+ e egou na esada com ambas as mãos! " vento arara! )stava muito rio!
" "utro des#iou ara a rente sobre s si#enciosos! .a mão traia uma esada que não era como nada que &i## tivesse visto! .en*um meta# *umano tin*a entrado na or3a daque#a #Fmina! )stava viva de #uar+ trans#cida+ um ragmento de
crista# tão ino que arecia quase desaarecer quando visto derente! 6avia naque#a coisa uma t:nue cinti#ação au#+ uma #u antasmag7rica que brincava com os seus #imites+ e de a#gum modo &i## soube que era mais aiada do que qua#quer nava#*a! %or &a'mar enrentou o inimigo com bravura!
- .este caso+ dance comigo!)rgueu a esada bem a#to acima da cabeça+ desaiador! >s mãos tremiam com o eso da arma+ ou ta#ve devido ao rio! /as naque#e momento+ ensou &i##+ 34 não era um raa+ e sim um *omem da ;atru#*a da .oite! " "utro arou! &i## viu seus o#*os+ auis+ mais roundos e mais auis do que quaisquer o#*os *umanos+ de um au# que queimava como ge#o! &i## i=ou-se na esada que estremecia+ erguida+ e observou o #uar que corria+ rio+ ao #ongo do meta#! Durante um segundo+ atreveu-se a ter eserança! )mergiram em si#:ncio+ das sombras+ g:meos do rimeiro! Tr:s!!! quatro!!! cinco!!! %or &a'mar ta#ve tivesse sentido o rio que vin*a com e#es+ mas não c*egou a v:-#os+ não c*egou
a ouvi-#os! &i## tin*a de c*am4-#o! )ra seu dever! ) sua morte+ se o iesse! )stremeceu+ abraçou a 4rvore e manteve o si#:ncio! > esada c#ara veio e#o ar+ tremendo! %or &a'mar arou-a com o aço! uando as #Fminas se encontraram+ não se ouviu nen*um ressoar de meta# com
meta#+ aenas um som agudo e ino+ no #imiar da audição+como um anima# a guinc*ar de dor! (o'ce deteve um
segundo go#e+ e um terceiro+ e deois recuou um asso! "utra c*uva de go#es+ e recuou outra ve! >tr4s de#e+ ara a direita+ ara a esquerda+ em seu redor+ os observadores mantin*am-se em + acientes+ sem rosto+
si#enciosos+ com os adr?es mut4veis de suas de#icadasarmaduras a torn4-#os quase invisíveis na #oresta! /as não aiam um gesto ara intervir! ,ma ve e outra+ as esadas encontraram-se+ at &i## querer taar os ouvidos+ rotegendo-os do estran*o e angustiado #amento de seus c*oques! %or &a'mar 34 arque3ava or causa
do esorço+ e a resiração gerava nuvens ao #uar! %ua #Fminaestava branca de ge#o@ a do "utro dançava com uma 4#ida #u au#! )ntão+ a arada de (o'ce c*egou um momento tarde demais! > esada crista#ina tresassou a cota de ma#*a or bai=o de seu braço! " 3ovem sen*or gritou de dor! %urgiu sangue or entre os aros+ correu ao rio+ e as gotas areciam verme#*as como ogo onde tocavam a neve! "s dedos de %or &a'mar esregaram o #anco! %ua #uva de e#e de toueira veio emaada de verme#*o! " "utro disse qua#quer coisa numa #íngua que &i## não con*ecia@ sua vo era como o quebrar do ge#o num #ago de inverno+ e as a#avras+ escarnecedoras!
%or &a'mar (o'ce encontrou sua ria! - ;or (obertI - gritou+ e atacou+ rosnando+ erguendo com ambas as mãos a esada coberta de ge#o e brandindo-a num go#e #atera# ara#e#o ao c*ão+ carregado com todo seu eso! > arada do "utro oi quase dis#icente! uando as #Fminas se tocaram+ o aço desedaçou-se!
,m grito ecoou e#a noite da #oresta+ e a esada quebrou-senuma centena de edaços quebradiços+ esa#*ando os esti#*aços como uma c*uva de agu#*as! (o'ce caiu de
3oe#*os+ guinc*ando+ e cobriu os o#*os! %angue 3orrou-#*e or entre os dedos! "s observadores aro=imaram-se uns dos outros+ como que em resosta a um sina#! )sadas ergueram-se e caíram+ tudo
num si#:ncio morta#!)ra um assassinato rio! >s #Fminas 4#idas atravessaram a cota de ma#*a como se osse seda! &i## ec*ou os o#*os! /uito abai=o+ ouviu as voes e os risos+ aguçados como ingentes! uando reuniu coragem ara vo#tar a o#*ar+ um #ongo temo se assara+ e a co#ina #4 embai=o estava vaia!
icou na 4rvore+ quase sem se atrever a resirar+ enquanto a#ua oi raste3ando #entamente e#o cu negro! ;or im+ com os mscu#os c*eios de cãibras e os dedos dormentes de rio+ desceu! " coro de (o'ce 3aia na neve de barriga ara bai=o+ com um braço aberto! " esesso manto de ibe#ina tin*a sido cortado numa dia de #ugares! Jaendo assim morto+ via-se como era novo! ,m raa! &i## encontrou o que restava da esada a a#guns s de distFncia+ com a e=tremidade esti#*açada e retorcida+ como uma 4rvore atingida or um re#Fmago! >3oe#*ou-se+ o#*ou em vo#ta com caute#a e a aan*ou! > esada quebrada seria sua rova! Gared saberia comreend:-#a+ e+ se não soubesse+
então *averia o ve#*o urso do /ormont ou o /eistre >emon! )staria Gared ainda 5 esera com os cava#os$ Tin*a de se aressar! &i## endireitou-se! %or &a'mar (o'ce erguia-se sobre e#e! %uas be#as rouas eram arraos+ o rosto+ uma ruína! ,m esti#*aço da esada tresassara a ui#a branca e cega do o#*o
esquerdo!" o#*o direito estava aberto! > ui#a queimava+ au#! 9ia!
> esada quebrada caiu de dedos desidos de orça! &i## ec*ou os o#*os ara rear! /ãos #ongas e e#egantes roçaram na sua boc*ec*a e deois se ec*aram em vo#ta de sua garganta! )stavam en#uvadas na mais ina e#e de toueira e
ega3osas de sangue+ mas seu toque era rio como ge#o!
Bran
> man*ã c*egara #ímida e ria+ com uma aserea que sugeria o im do verão! ;artiram ao nascer do dia ara ir ver
a decaitação de um *omem+ vinte ao todo+ e Eran cava#gavacom os outros+ nervoso e e=citado! ora a rimeira ve que se considerara que e#e tin*a idade suiciente ara ir com o sen*or seu ai e os irmãos ver aer-se a 3ustiça do rei! )ra o nono ano de verão+ e o stimo da vida de Eran! " *omem tin*a sido caturado no e=terior de um equeno
ovoado nos montes! (obb ensava que se tratava de umse#vagem+ com a esada a serviço de /ance (a'der+ o (ei- ara-#4-da-/ura#*a! ;ensar nisso aia a e#e de Eran ormigar! Lembrava-se das *ist7rias que a 9e#*a >ma #*es contava 5 #areira! "s se#vagens eram *omens cruis+ diia+ escravagistas+ assassinos e #adr?es! aiam amiade com gigantes e vamiros+ ratavam meninas e#a ca#ada da noite e bebiam sangue or cornos o#idos! ) suas mu#*eres deitavam-se com os "utros durante a Longa .oite e geravam terríveis crianças meio *umanas! /as o *omem que encontraram amarrado e#os s e mãos ao muro do ovoado+ 5 esera da 3ustiça rea#+ era ve#*o e descarnado+ não muito mais a#to do que (obb! ;erdera
ambas as ore#*as e um dedo+ queimados e#o rio+ e vestia-se
todo de negro como um irmão da ;atru#*a da .oite+ não estivessem as e#es esarraadas e besuntadas de gordura! >s resiraç?es de *omens e cava#os misturavam-se em nuvens de vaor no ar rio da man*ã quando o sen*or seu ai
ordenou que cortassem as cordas que rendiam o *omem aomuro e o arrastassem at 3unto do gruo! (obb e Jon sentavam-se+ a#tos e im7veis sobre os cava#os+ com Eran entre e#es+ no seu nei+ tentando arecer ter mais do que os seus sete anos+ e ingindo que 34 assistira antes a tudo aqui#o! ,m vento t:nue sorava atravs do ortão do ovoado! %obre
suas cabeças agitava-se o estandarte dos %tarK de &intere##<um #obo gigante cinento correndo or um camo branco de ge#o! " ai de Eran sentava-se so#enemente sobre o cava#o+ com #ongos cabe#os castan*os a ondu#ar ao vento! > barba bem aarada estava sa#icada de branco+ aendo-o arecer mais ve#*o do que os seus trinta e cinco anos! 6o3e tin*a uma sombra severa sobre os o#*os cinentos+ e arecia bem dierente do *omem que se sentava em rente ao ogo+ 5 noite+ e a#ava suavemente da era dos *er7is e das crianças da #oresta! Tirara a cara de ai+ ensou Eran+ e co#ocara a de Lorde %tarK de &intere##! 6ouve quest?es que oram ostas e suas resostas dadas a#i+
ao rio da man*ã+ mas+ mais tarde+ Eran não recordaria muito do que ora dito! ;or im+ o sen*or seu ai deu uma ordem+ e dois dos seus guardas arrastaram o *omem esarraado at o toco de au-erro no centro da raça! )murraram-#*e a cabeça 5 orça contra a madeira dura e negra! Lorde )ddard %tarK desmontou+ e seu rotegido+ T*eon Gre'3o'+
aresentou-#*e a esada! C*amavam Ge#o 5que#a esada! )ra#arga como uma mão de *omem e mais a#ta ainda do que
(obb! > #Fmina era de aço va#iriano+ or3ado com eitiços e escuro como umo! .ada mantin*a o io como o aço va#iriano! " ai de Eran desca#çou as #uvas e as entregou a Jor' Cassei+ o caitão da guarda de sua casa! ;egou Ge#o com ambas as
mãos e disse<- )m nome de (obert da Casa Earat*eon+ o ;rimeiro do seu .ome+ rei dos nda#os e dos (oinares e dos ;rimeiros 6omens+ %en*or dos %ete (einos e ;rotetor do Domínio+ e#a vo de )ddard da Casa %tarK+ %en*or de &intere## e Guardião do .orte+ condeno-o 5 morte -e ergueu a esada
bem a#to sobre a cabeça!" irmão bastardo de Eran+ Jon %noM+ aro=imou-se! - /anten*a rdea curta sobre o nei - sussurrou! - ) não aaste os o#*os! " ai saber4 se assim ier! Eran manteve rdea curta sobre o nei e não aastou os o#*os! %eu ai cortou a cabeça do *omem com um nico go#e+ dado com segurança! " sangue borriou a neve+ tão verme#*o como vin*o de verão+ ,m dos cava#os eminou-se e teve de ser segurado ara que não ugisse! Eran não conseguia tirar os o#*os do sangue! > neve que rodeava o oste bebia-o com soreguidão+ icando cada ve mais verme#*a enquanto e#e observava!
> cabeça bateu numa rai grossa e ro#ou! ;arou erto dos s de Gre'3o'! T*eon era um 3ovem esguio e escuro de deenove anos que ac*ava tudo divertido! %o#tou uma garga#*ada+ s a bota sobre a cabeça e deu-#*e um onta! - Cretino - resmungou Jon+ suicientemente bai=o ara que Gre'3o' não ouvisse! ;s uma mão no ombro de Eran+ que
o#*ava o irmão bastardo! - )steve bem - disse-#*e Jonso#enemente! Jon tin*a catore anos+ 34 era e=eriente na 3ustiça!
" temo arecia mais rio durante a #onga viagem de regresso a &intere##+ embora o vento tivesse caído e o so# estivesse mais a#to no cu! Eran cava#gava 3unto aos irmãos+ bem adiantados em re#ação ao resto dos cava#eiros+ com o nei
esorçando-se ao m4=imo ara acoman*ar o ritmo dosoutros cava#os! - " desertor morreu com bravura - disse (obb! )ra grande e #argo e crescia dia a dia+ com as cores da mãe+ a e#e c#ara+ os cabe#os verme#*o-acastan*ados e os o#*os auis dos Tu##' de Correrrio! - Tin*a coragem+ e#o menos!
- .ão - disse Jon %noM ca#mamente! - .ão era coragem! )steestava morto de medo! ;odia--se ver em seus o#*os+ %tarK - os de Jon eram de um cinento tão escuro que areciam quase negros+ mas ouco *avia que não vissem! Tin*a a mesma idade que (obb+ mas os dois não eram arecidos! Jon era esguio e escuro+ enquanto (obb era muscu#oso e c#aro@ este era gracioso e #igeiro@ seu meio-irmão+ orte e r4ido! (obb não estava imressionado! - ue os "utros #evem seus o#*os - rague3ou! - )#e morreu bem! aemos uma corrida at a onte$ - aemos - disse Jon+ imu#sionando o cava#o em rente! (obb rague3ou e seguiu-o+ e ga#oaram e#a tri#*a aora+ com (obb aos gritos e assobios+ e Jon si#encioso e concentrado! "s cascos dos cava#os #evantavam nuvens de neve or onde assavam! Eran não tentou segui-#os! %eu nei não era caa de acoman*4-#os! 9ira os o#*os do *omem esarraado+ e estava agora ensando ne#es! >7s a#gum temo+ o som das garga#*adas de (obb atenuou-se e os bosques icaram
si#enciosos novamente!
)stava tão embren*ado nos seus ensamentos que não ouviu o resto do gruo+ at que seu ai s o cava#o a ar com sua montaria! - )st4 bem+ Eran$ - erguntou+ não sem simatia!
- %im+ ai - disse Eran! "#*ou ara cima! )nvo#to em e#es ecouros+ montado no grande cava#o de guerra+ o sen*or seu ai airava acima de si como um gigante! - (obb di que o *omem morreu bravamente+ mas Jon disse que e#e tin*a medo! - ) o que ensa voc:$ - erguntou-#*e o ai!
Eran re#etiu sobre o assunto!- ;ode um *omem continuar a ser va#ente se tiver medo$ - )sta a nica maneira de um *omem ser va#ente - seu ai resondeu! - Comreende or que o i$ - )#e era um se#vagem - disse Eran! - )#es roubam mu#*eres e vendem-nas aos "utros! %eu ai sorriu! - > 9e#*a >ma tem andado outra ve a #*e contar *ist7rias! .a verdade+ o *omem era um insurreto+ um desertor da ;atru#*a da .oite! .ingum ode ser mais erigoso! " desertor sabe que sua vida est4 erdida se or caturado+ e or isso não vaci#ar4 erante nen*um crime+ or mais vi# que se3a! /as voc: não me comreendeu bem! > ergunta não era
sobre o motivo or que o *omem tin*a de morrer+ mas sim or que eu tive de a:-#o! Eran não tin*a resosta ara aqui#o! - " rei (obert tem um carrasco - resondeu+ em tom incerto! - Tem - admitiu o ai! - ) os reis Targar'en tambm tiveram antes de#e! /as o nosso costume o mais antigo! " sangue dos
;rimeiros 6omens ainda corre nas veias dos %tarK+ e man- temos a crença de que o *omem que dita a sentença deve mane3ar a esada! %e tirar a vida de um *omem+ deve o#*4-#o
nos o#*os e ouvir suas #timas a#avras! ) se não conseguir suortar a:-#o+ então ta#ve o *omem não mereça morrer! ,m dia+ Eran+ ser4 vassa#o de (obb+ mantendo um domínio seu ara o seu irmão e o seu rei+ e a 3ustiça caber4 a voc:!
uando esse dia c*egar+ não deve ter nen*um raer natarea+ mas tamouco dever4 desviar os o#*os! ,m governante que se esconde atr4s de e=ecutores agos deressa se esquece do que a morte! oi então que Jon reaareceu sobre o cume da co#ina 5 rente do gruo! >cenou e gritou-#*es<
- ;ai+ Eran+ ven*am deressa ver o que (obb encontrouI - edeois vo#tou a desaarecer! Jor' s-se ao #ado de Eran e do
ai! - ;rob#emas+ sen*or$ - %em nen*uma dvida - disse o sen*or seu ai! - 9amos+ vamos ver que ve#*acaria desenterraram agora os meus i#*os - s o cava#o a trote! Jor'+ Eran e o resto do gruo seguiram- no! )ncontraram (obb na margem do rio+ ao norte da onte+ com Jon ainda montado ao seu #ado! >s neves do im do verão tin*am sido esadas naque#a vo#ta da #ua! (obb estava enterrado em branco at os 3oe#*os+ com o cau atirado ara tr4s+ e o so# bri#*ava nos seus cabe#os! >conc*egava a#guma
coisa no braço enquanto os raaes conversavam em voes e=citadas+ mas bai=as! "s cava#eiros esco#*eram o camin*o com cuidado atravs dos detritos emi#*ados e#o rio+ tateando em busca de aoio s7#ido no terreno escondido e irregu#ar! Jor' Casse# e T*eon Gre'3o' oram os rimeiros a c*egar erto dos raaes!
Gre'3o' ria e grace3ava enquanto se aro=imava! Eran ouviu o #ego sair-#*e do eito!
- DeusesI - e=c#amou+ #utando or manter o contro#e do cava#o enquanto #evava a mão 5 esada! > esada de Jor' 34 estava na mão! - (obb+ aaste-se dissoI - gritou+ enquanto o cava#o eminava
entre suas ernas! (obb sorriu e ergueu o o#*ar do vo#ume que tin*a nos braços! - )#a não #*e ode aer ma# - disse! - )st4 morta+ Jor'! ;or aque#a a#tura+ Eran 34 ardia de curiosidade! Teria esoreado o nei ara avançar mais deressa+ mas o ai os e desmontar 3unto 5 onte e aro=imar-se a ! Eran sa#tou
do anima# e correu!Tambm Jon+ Jor' e T*eon Gre'3o' 34 tin*am desmontado! - " que+ e#os sete inernos+ isso$ - disse Gre'3o'! - ,ma #oba - disse (obb! - ,ma aberração - disse Gre'3o'! - "#*a o taman*o da coisa! " coração de Eran marte#ava-#*e no eito enquanto abria
camin*o atravs de uma i#*a de detritos que #*e a#cançava acintura+ at que c*egou ao #ado do irmão! /eio enterrada na neve manc*ada de sangue+ uma orma enorme ato#ava-se na morte! )m sua desgren*ada e#agem cinenta ormara-se ge#o+ e um t:nue c*eiro de utreação imregnava-a como erume de mu#*er! Eran viu de re#ance os o#*os cegos re#etos de vermes+ uma grande boca c*eia de dentes amare#ados+ /as oi o taman*o da coisa que o e icar de boca aberta! )ra maior que seu nei+ com o dobro do taman*o do maior cão de caça do cani# de seu ai! - .ão aberração nen*uma - disse Jon ca#mamente! - 8sso uma #oba gigante! )#es crescem mais do que os da outra escie!
T*eon Gre'3o' disse<
- .ão visto nen*um #obo gigante ao su# da /ura#*a *4 duentos anos! - 9e3o um agora - resondeu Jon! Eran desviou os o#*os do monstro! oi então que rearou no
ardo que estava nos braços de (obb! %o#tou um grito de de#eite e aro=imou-se! " i#*ote era uma minscu#a bo#a de e#o cina-escuro+ ainda com os o#*os ec*ados! Eatia cegamente com o ocin*o contra o eito de (obb+ rocurando #eite nos couros que o cobriam+ so#tando um equeno som #amentoso e triste+ Eran estendeu uma mão *esitante!
- 94 #4 - disse-#*e (obb+ - ;ode toc4-#o+Eran e um aago r4ido e nervoso no i#*ote e deois se virou quando Jon disse< - "ra+ ve3a aqui - seu meio-irmão s um segundo i#*ote nos seus braços! - 64 cinco ao todo - Eran sentou-se na neve e abraçou a cria de #obo+ encostando-a ao rosto! " e#o do
anima# era suave e morno!- Lobos gigantes 5 so#ta no reino deois de tantos anos - murmurou 6u##en+ o mestre dos cava#os! - .ão me agrada! - um sina# - disse Jor'! " ai raniu a sobrance#*a! - 8sto s7 um anima# morto+ Jor' - disse+ aesar de arecer erturbado! > neve rangia sob seus s enquanto asseava ao redor do coro! - %abemos o que a matou$ - 64 qua#quer coisa na garganta - disse (obb+ orgu#*oso de ter encontrado a resosta mesmo antes de o ai ter erguntado! - >#i+ or bai=o da mandíbu#a! " ai a3oe#*ou-se e tateou sob a cabeça do anima#! Deu um u=ão e ergueu a coisa ara que todos a vissem! Trinta
centímetros de um c*ire esti#*açado de veado+ com as ontas artidas+ todo verme#*o de sangue! ,m si#:ncio sbito caiu
sobre o gruo! "s *omens o#*aram inquietos ara o corno+ mas ningum se atreveu a a#ar! /esmo Eran ressentia seu medo+ embora não comreendesse! " ai atirou o c*ire ara o #ado e #imou as mãos na neve!
- %urreende-me que e#a ten*a vivido temo suiciente ara arir - disse+ e sua vo quebrou o encantamento! - Ta#ve não ten*a - disse Jor'! - "uvi *ist7rias!!! ta#ve a #oba 34 estivesse morta quando os i#*otes c*egaram! - .ascidos com os mortos - interveio outro *omem! - ;ior sorte!
- .ão imorta - disse 6u##en! - .ão tarda e estarão mortostambm! Eran so#tou um grito inarticu#ado de desa#ento! - uanto mais deressa+ me#*or - concordou T*eon Gre'3o' e u=ou a esada! - D:-me o anima#+ Eran! > criaturin*a enroscou-se ne#e+ como se tivesse ouvido e comreendido!
- .ãoI - gritou Eran eromente! - meu!- Guarda a esada+ Gre'3o' - disse (obb+ que or um momento soou tão autorit4rio como o ai+ como o sen*or que viria a ser um dia! - 9amos icar com esses i#*otes! - .ão ode aer isso+ raa - disse 6arMin+ que era i#*o de 6u##en! - %er4 misericordioso mat4-#os - disse 6u##en! Eran o#*ou o sen*or seu ai em busca de sa#vação+ mas s7 recebeu um ranir de cen*o+ uma testa c*eia de su#cos! - 6u##en a#a a verdade+ i#*o! me#*or uma morte r4ida do que uma #enta+ de rio e de ome! - .ãoI - sentia que #4grimas #*e brotavam dos o#*os e aastou- se! .ão queria c*orar na rente do ai!
(obb resistia com teimosia!
- > cade#a verme#*a de %or (odriK ariu de novo na semana assada - disse! - oi uma nin*ada equena+ s7 com dois cac*orros vivos! )#a ter4 #eite suiciente! - )#a os desedaçar4 quando tentarem mamar!
- Lorde %tarK - disse Jon! )ra estran*o ouvi-#o c*amar o aiassim+ de modo tão orma#! Eran o#*ou-o com uma eserança deseserada! - 64 cinco crias! Tr:s mac*os e duas :meas! - ) então+ Jon$ - " sen*or tem cinco i#*os #egítimos - disse Jon! - Tr:s i#*os e duas i#*as! " #obo gigante o se#o da vossa Casa! "s vossos
i#*os estão destinados a icar com essa nin*ada+ sen*or!Eran viu o rosto do ai mudar e os outros *omens trocarem o#*ares! .aque#e momento+ amou Jon de todo o coração! /esmo com seus sete anos+ Eran comreendeu o que o irmão iera! > conta estava certa aenas orque Jon se omitira! 8nc#uíra as moças e at (icKon+ o beb:+ mas não o bastardo que usava o ae#ido %noM+ o nome que+ e#o costume+ devia ser dado a todos aque#es que+ no .orte+ eram suicientemente ine#ies ara não ossuir um nome seu! " ai tambm o comreendera! - .ão quer uma cria ara voc:+ Jon$ - erguntou brandamente! - " #obo gigante *onra os estandartes da Casa %tarK - Jon
retrucou! - )u não sou um %tarK+ ai! " sen*or seu ai o o#*ou+ ensativo! (obb aressou-se a reenc*er o si#:ncio que e#e dei=ara! - Cuidarei eu r7rio de#e+ ai - rometeu! - )mbeberei uma toa#*a em #eite morno e assim #*e darei de mamar! - )u tambmI - disse Eran num eco!
" sen*or ava#iou os i#*os #onga e cuidadosamente com oso#*os!
- 4ci# dier+ mas diíci# aer! .ão quero v:-#os deserdiçando com isto o temo dos criados! %e querem esses i#*otes+ voc:s os a#imentarão! )ntendido$ Eran acenou com ardor! " anima# contorceu-se nos seus
braços e #ambeu-#*e o rosto com uma #íngua morna! - Devem trein4-#os tambm - disse-#*es o ai! - Devem ensin4- #os! " mestre do cani# não vai querer ter nada a ver com esses monstros+ garanto a voc:s! ) que os deuses os rote3am se neg#igenciarem+ ma#tratarem ou treinarem ma# esses animais! )sses não são cães que eçam estas ou se esquivem a um
onta! ,m #obo gigante caa de arrancar o braço de um*omem com tanta aci#idade como um cão mata uma rataana! T:m certea de que querem isto$ - %im+ ai - disse Eran! - %im - concordou (obb! - "s i#*otes odem morrer de qua#quer modo+ aesar de tudo
o que ierem!- )#es não morrerão - disse (obb! - .ão dei=aremos que morram! - iquem então com e#es+ Jor'+ Desmond+ reco#*am os demais! temo de regressarmos a &intere##! oi s7 deois de terem montado e de se terem osto a camin*o que Eran se ermitiu saborear o doce ar da vit7ria! .essa a#tura+ seu i#*ote estava aconc*egado entre seus couros+ quente contra seu coro+ a sa#vo durante a #onga viagem ara casa! Eran erguntava-se como *averia de c*am4-#o! .o meio da onte+ Jon u=ou subitamente as rdeas! - ue se assa+ Jon$ - erguntou o sen*or seu ai! - " sen*or não ouviu$
Eran ouvia o vento nas 4rvores+ o ruído dos cascos nas t4buas de au-erro+ os #amentos da cria aminta+ mas Jon escutava outra coisa! - >#i - disse Jon! e o cava#o dar meia-vo#ta e ga#oou e#a
onte+ e#o camin*o or onde viera! 9iram-no desmontar onde a #oba gigante 3aia morta na neve e a3oe#*ar-se! ,m momento mais tarde+ cava#gava de regresso+ sorrindo! - Deve ter se aastado dos outros - e#e disse! - "u sido aastado - disse o ai+ o#*ando a se=ta cria! > e#agem desta era branca+ enquanto a do resto da nin*ada era
cinenta! %eus o#*os eram tão verme#*os como o sangue do*omem esarraado que morrera naque#a man*ã! Eran ac*ou curioso que s7 aque#e cac*orro tivesse aberto os o#*os+ enquanto os outros ainda estavam cegos! - ,m a#bino - disse T*eon Gre'3o' com um erverso divertimento! - )ste ainda vai morrer mais deressa do que os
outros!Jon %noM deitou sobre o rotegido de seu ai um o#*ar #ongo e ge#ado! - ;enso que não+ Gre'3o' - disse! - )ste me ertence!
Catelyn
Cate#'n nunca gostara daque#e bosque sagrado! .ascera entre os Tu##'+ em Correrrio+ mais ao %u#+ nas margens do (amo 9erme#*o do Tridente! " bosque sagrado que #4 *avia era um 3ardim+ #uminoso e are3ado+ onde grandes 4rvores de au-brasi# esa#*avam sombras saraintadas or c7rregos que rumore3avam entre as margens+ aves cantavam
em nin*os escondidos e o ar era erumado e#o odor de #ores!
"s deuses de &intere## mantin*am um tio dierente de bosque! )ra um #ugar escuro e rimordia#+ tr:s acres de #oresta antiga+ intocada ao #ongo de de mi# anos+ enquanto o caste#o se #evantava a toda sua vo#ta! C*eirava a terra mida
e a decomosição! >#i não crescia o au-brasi#! >que#e era umbosque de obstinadas 4rvores sentine#as+ revestidas de agu#*as cina-esverdeadas+ de oderosos carva#*os+ de 4rvores de au-erro tão ve#*as como o r7rio reino! >#i+ esessos troncos negros enroscavam-se uns aos outros+ enquanto ramos retorcidos teciam um denso dosse# e#evado e raíes
deormadas bata#*avam sob o so#o! >que#e era um #ugar deroundo si#:ncio e sombras meditativas+ e os deuses que a#i viviam não tin*am nomes! /as e#a sabia que naque#a noite encontraria a#i seu marido! %emre que e#e tirava a vida de um *omem+ rocurava deois o sossego do bosque sagrado! Cate#'n ora ungida com os sete 7#eos e ora-#*e dado o nome no arco-íris de #u que enc*ia o seto de Correrrio! ;ertencia 5 + ta# como o ai e o av+ e o ai deste antes de#e! %eus deuses ossuíam nomes+ e seus rostos eram-#*e tão ami#iares como os de seus ais! " serviço re#igioso era um setão com um turíbu#o+ o c*eiro do incenso+ um crista# de sete #ados animado com #u+ voes erguidas em canto! "s Tu##'
mantin*am um bosque sagrado+ como todas as grandes casas+ mas era aenas um #ugar ara assear+ #er ou icar deitado ao so#! > rece ertencia ao seto! ;or e#a+ .ed tin*a construído um equeno seto onde odia cantar 5s sete caras de deus+ mas o sangue dos ;rimeiros 6omens ainda corria nas veias dos %tarK+ e seus deuses eram
os antigos+ os deuses sem nome nem rosto da mata verde quearti#*avam com os i#*os desaarecidos da #oresta!
.o centro do bosque+ um antigo rereseiro reinava ensativo sobre uma equena #agoa onde as 4guas eram negras e rias! .ed c*amava-#*e Aa 4rvore-coraçãoA! > casca do rereseiro era branca como osso e suas o#*as+ verme#*as como um
mi#*ar de mãos manc*adas de sangue! ,ma cara tin*a sidoescu#ida no tronco da grande 4rvore+ de traços comridos e me#anc7#icos+ com os o#*os roundamente escavados+ verme#*os de seiva seca e estran*amente vigi#antes! >que#es o#*os eram ve#*os@ mais ve#*os do que a r7ria &intere##! %e as #endas a#avam a verdade+ tin*am visto Erandon+ o
Construtor+ assentar a rimeira edra@ tin*am visto asmura#*as de granito do caste#o crescer 5 sua vo#ta! Diia-se que os i#*os da #oresta tin*am escu#ido as caras nas 4rvores durante os scu#os de a#vorada+ antes da c*egada dos ;rimeiros 6omens+ vindos do mar estreito! .o su#+ os #timos rereseiros tin*am sido derrubados ou queimados *avia mi# anos+ e=ceto na 8#*a das Caras+ onde os *omens verdes mantin*am sua vigi#Fncia si#enciosa e as coisas eram dierentes! >qui cada caste#o ossuía seu bosque sagrado+ e cada bosque sagrado tin*a sua 4rvore--coração+ e cada 4rvore-coração+ seu rosto! Cate#'n encontrou o marido sob o rereseiro+ sentado numa edra coberta de musgo! Tin*a Ge#o+ a esada+ ousada sobre
as co=as+ e #imava-#*e a #Fmina naque#as 4guas+ negras como a noite! /i# anos de *mus 3aiam numa grossa camada no so#o do bosque sagrado+ engo#indo o som dos s da mu#*er+ mas os o#*os verme#*os do rereseiro areciam segui-#a enquanto se aro=imava! - .ed - e#a c*amou+ com suavidade! )#e ergueu a cabeça ara
o#*4-#a! - Cate#'n - disse! %ua vo era distante e orma#! - "nde estão as crianças$ )#e semre #*e erguntava aqui#o!
- .a coin*a+ discutindo nomes ara as crias de #obo - e#a estendeu o manto sobre o c*ão da #oresta e sentou-se 3unto 5 #agoa+ de costas vo#tadas ara o rereseiro! ;odia sentir os o#*os a observ4-#a+ mas e o me#*or que de ara ignor4-#os!
- >r'a 34 est4 aai=onada+ e %ansa+ eneitiçada e aiedada+mas (icKon não est4 muito seguro! - Tem medo$ - .ed erguntou! - ,m ouco - admitiu e#a! - %7 tem tr:s anos! .ed raniu as sobrance#*as! - )#e tem de arender a enrentar seus medos! .ão ter4 tr:s
anos ara semre! ) o inverno est4 ara c*egar!- %im - concordou Cate#'n! >s a#avras rovocaram-#*e um arreio+ como semre! >s a#avras %tarK! Todas as casas nobres tin*am as suas a#avras! Lemas de amí#ia+ edras de toque+ escies de oraç?es+ que a#ardeavam *onra e g#7ria+ rometiam #ea#dade e verdade+ 3uravam e coragem! Todas+ menos a dos %tarK! " inverno est4 ara c*egar+ diiam as a#avras %tarK! (e#etiu sobre como aque#es norten*os eram um ovo estran*o+ e 34 não era a rimeira ve que o aia! - " *omem morreu bem+ osso #*e assegurar - disse .ed! Tin*a na mão um bocado de couro o#eado com o qua# aia ercorrer com #evea a esada enquanto a#ava+ o#indo o meta# at so#tar um bri#*o escuro! - iquei contente or causa de Eran! Teria icado orgu#*osa de#e! - )stou semre orgu#*osa de Eran - Cate#'n resondeu+ observando a esada enquanto e#e a esregava! Conseguia ver as ondu#aç?es roundas do aço+ onde o meta# ora dobrado sobre si r7rio cem vees durante a or3a! Cate#'n não sentia qua#quer amor or esadas+ mas não odia negar que Ge#o
ossuía sua be#ea! Tin*a sido or3ada em 9a#íria antes de a destruição ter caído sobre a antiga cidade ranca+ quando os
erreiros traba#*avam seus metais tanto com eitiços como com marte#os! Tin*a 34 quatrocentos anos+ e era tão aguçada como no dia em que ora or3ada! " nome que ostentava era ainda mais antigo+ um #egado da era dos *er7is+ quando os
%tarK eram reis no .orte! - oi o quarto este ano - disse .ed sombriamente! - " obre *omem estava meio #ouco! >#go #*e incutiu um medo tão roundo que min*as a#avras não o a#cançaram - susirou! - Een escreveu-me diendo que a orça da ;atru#*a da .oite 34 não tem mi# *omens! .ão são s7 deserç?es! Tem tambm
erdido *omens nas atru#*as!- %ão os se#vagens$ - e#a erguntou! - uem mais oderia ser$ - .ed ergueu Ge#o e observou o aço rio ao #ongo de todo seu comrimento! - ) s7 vai iorar! ;ode c*egar o dia em que eu não ten*a esco#*a a não ser reunir os vassa#os e marc*ar ara o norte a im de #idar de uma ve or
todas com esse (ei-ara-#4-da-/ura#*a!- ;ara #4 da /ura#*a$ - a idia e Cate#'n estremecer! .ed viu o terror no seu rosto! - /ance (a'der não nada que devamos temer! - 64 coisas mais escuras ara #4 da /ura#*a - e#a o#*ou de re#ance a 4rvore-coração 5s suas costas+ a casca c#ara e os o#*os verme#*os+ observando+ escutando+ ensando seus #ongos e #entos ensamentos! " sorriso de#e era genti#! - 9oc: ouve em demasia as *ist7rias da 9e#*a >ma! "s "utros estão tão mortos como os i#*os da #oresta+ desaarecidos *4 oito mi# anos! /eistre LuMin #*e diria que nunca sequer c*egaram a estar vivos! .en*um *omem vivo a#guma ve viu
um!
- >t *o3e de man*ã+ nen*um *omem vivo tin*a visto um #obo gigante - recordou Cate#'n! - J4 devia saber que não se ode discutir com uma Tu##' - e#e disse com um sorriso triste e devo#veu Ge#o 5 sua bain*a! -
.ão veio at aqui me contar *ist7rias de emba#ar! %ei bemcomo gosta ouco deste #ugar! ue se assa+ min*a sen*ora$ Cate#'n tomou nas suas a mão do marido! - 6o3e c*egaram do#orosas novas+ meu sen*or! .ão quis incomod4-#o at se ter uriicado - não *avia maneira de suaviar o go#e+ e e#a o disse sem rodeios! - Lamento tanto+
meu amor! Jon >rr'n est4 morto!"s o#*os de#e encontraram os de#a+ e Cate#'n viu como #*e custou+ como sabia que custaria! .a 3uventude+ .ed tin*a sido aco#*ido no .in*o da Nguia+ e Lorde >rr'n+ que não tin*a i#*os seus+ tin*a se tornado um segundo ai ara e#e e ara o seu outro rotegido+ (obert Earat*eon! uando o (ei >er's n Targar'en+ o Louco+ e=igira suas cabeças+ o %en*or do .in*o da Nguia erguera em revo#ta os seus estandartes da #ua e do a#cão em ve de entregar aque#es que 3urara roteger! ) um dia+ *4 quine anos+ seu segundo ai tin*a se transormado tambm num irmão+ quando e#e e .ed se
3untaram no seto de Correrrio ara desosar duas irmãs+ as
i#*as de Lorde 6oster Tu##'+ -Jon!!! - .ed disse! - )sta notícia segura$ - Traia o se#o do rei+ e a carta vin*a escrita na ca#igraia do r7rio (obert! Guardei-a ara voc:! Di que Lorde >rr'n artiu deressa! .em /eistre ;'ce##e de aer a#guma coisa+ mas trou=e o #eite da aou#a+ ara que Jon não icasse
or muito temo em sorimento! - 8sto oi uma equena miseric7rdia+ suon*o - e#e disse! Cate#'n via o esar em seu rosto+ mas mesmo nesse momento
seu rimeiro ensamento era-#*e dedicado! - > sua irmã - disse .ed! - ) o i#*o de Jon! ue notícias *4 de#es$ - > mensagem diia aenas que estavam bem e que tin*am regressado ao .in*o da Nguia - e#a resondeu! - )u reeria
que tivessem ido ara Correrrio! " .in*o da Nguia um#ugar a#to e so#it4rio+ e semre oi o #ugar de Jon+ não de#es! > mem7ria de Lorde Jon assombrar4 cada edra! Con*eço min*a irmã! )#a recisa do conorto da amí#ia e dos amigos ao seu redor! - %eu tio esera no 9a#e+ não verdade$ "uvi dier que Jon o
nomeou Cava#eiro do ;ortão! Cate#'n anuiu com a cabeça!- Er'nden ar4 or e#a e e#o raa o que uder! ) a#gum conorto+ mas mesmo assim!!! - 94 ter com e#a - .ed tentou anim4-#a! - Leva as crianças! )nc*a aque#es sa#?es de ruído+ gritos e risos! >que#e raa recisa de outras crianças a sua vo#ta+ e L'sa não deve icar s7 na sua dor! - Gostaria de oder aer isso - disse Cate#'n! - > carta traia outras notícias! " rei via3a ara &intere## 5 sua rocura! .ed recisou de um momento ara ver o sentido daque#as a#avras+ mas+ quando as comreendeu+ a escuridão abandonou seus o#*os! - (obert vem ara c4$ - quando e#a anuiu+ um sorriso abriu-se
no seu rosto! Cate#'n dese3ou oder comarti#*ar da a#egria do marido! /as ouvira o que se diia e#os 4tios@ um #obo gigante morto na neve+ com um c*ire artido na garganta! " terror retorcia-se no seu interior como uma serente+ mas orçou-se a sorrir ara aque#e *omem que amava+ aque#e *omem que
não un*a a#guma nos sinais!
- %abia que te agradaria - disse! - Deveríamos enviar uma mensagem ao seu irmão+ na /ura#*a! - %im+ c#aro - e#e concordou! - Een vai querer estar aqui! Direi a /eistre LuMin ara enviar sua ave mais r4ida - .ed
ergueu-se e a3udou a esosa a r-se em ! - Demnios+ quantos anos 34 se assaram$ ) não nos d4 mais notícias do que estas$ > mensagem diia quantos *omens tra na comitiva$ - ;enso que um cento de cava#eiros+ e#o menos+ com todos os seus servidores+ e ve e meia este nmero de cava#eiros #ivres!
Cersei e as crianças via3am com e#es!- (obert vir4 em asso moderado or causa de#as - disse .ed! - >inda bem! Teremos mais temo ara nos rearar! - "s irmãos da rain*a tambm v:m na comitiva - e#a com#etou! >o ouvir aqui#o+ .ed e um tre3eito! Cate#'n sabia que ouca
simatia *avia entre e#e e a amí#ia da rain*a! "s Lannisterde (oc*edo Caster#' tin*am c*egado tarde 5 causa de (obert+ quando a vit7ria era raticamente certa+ e e#e nunca os erdoara or isso! - Eem+ se o reço a agar e#a coman*ia de (obert uma inestação de Lannister+ que se3a! ;arece que (obert tra metade da corte! - >onde o rei vai+ o reino segue - e#a resondeu! - %er4 bom ver as crianças! " mais novo ainda mamava da teta da Lannister da #tima ve que o vi! >gora deve ter o qu:$ Cinco anos$ - " ;ríncie Tommen tem sete anos! > mesma idade de Eran! ;or avor+ .ed+ ten*a tento na #íngua! Lannister nossa
rain*a+ e di-se que seu orgu#*o cresce a cada ano que assa! .ed aertou-#*e a mão!
- Ter4 de *aver um estim+ bem-comosto+ com cantores+ e (obert vai querer caçar! )nviarei Jor' ara o su# com uma guarda de *onra ao seu encontro+ a im de esco#t4-#os no camin*o at aqui e#a estrada do rei! Deuses+ como iremos
a#imentar a todos$ /a#dito se3a o *omem! /a#dito se3a o seurea# couro!
Daenerys
" irmão ergueu o vestido ara que e#a o insecionasse!- 8sto uma be#eaI Toque-o! 9amos! >caricie o tecido+ Dan' o tocou! " tecido era tão macio que arecia correr-#*e e#os dedos como 4gua! .ão conseguia se #embrar de a#guma ve ter usado a#go tão suave! >ssustou-se! >astou a mão! - mesmo meu$
- ,m resente de /agíster 8##'rio - disse 9iser's+ sorrindo!%eu irmão estava de bom *umor naque#a noite! - > cor rea#çar4 o vio#eta dos seus o#*os! ) voc: tambm ter4 ouro e
37ias de todos os tios! 8##'rio rometeu+ )sta noite deve se arecer uma rincesa! ,ma rincesa+ ensou Dan'! J4 se esquecera de como aqui#o era! Ta#ve nunca tivesse rea#mente sabido! - ;or que e#e nos d4 tanto$ - e#a erguntou! - " que quer de n7s$ - *4 quase meio ano que viviam na casa do magíster+ comiam da sua comida+ eram aaricados e#os seus criados! Dan' tin*a tree anos+ idade suiciente ara saber que tais resentes raramente v:m sem reço a#i+ na cidade #ivre de ;entos!
- 8##'rio não nen*um to#o - 9iser's resondeu! )ra um 3ovem magro com mãos nervosas e um ar ebri# nos o#*os de
um tom c#aro de #i#4s! - " magíster sabe que não esquecerei os amigos quando subir ao trono! Dan' não disse nada! /agíster 8##'rio era um comerciante de eseciarias+ edras reciosas+ ossos de dragão e outras coisas
menos a#at4veis! Tin*a amigos em todas as .ove CidadesLivres+ diia-se+ e mesmo ara #4 de#as+ em 9aes Dot*raK e nas terras das 4bu#as 3unto ao /ar de Jade! Tambm se diia que nunca tin*a tido um amigo que não osse caa de vender a#egremente e#o reço 3usto! Dan' escutava o a#at7rio nas ruas e ouvia essas coisas+ mas tambm sabia que era me#*or
não questionar o irmão enquanto tecia suas teias de son*o!uando era desertada+ a ira de 9iser's era a#go terríve#! )#e a c*amava Ao acordar do dragãoA! " irmão endurou o vestido ao #ado da orta! - 8##'rio enviar4 as escravas ara #*e darem ban*o! >ssegure- se de se #ivrar do edor dos est4bu#os! O*a# Drogo tem mi# cava#os e *o3e vem 5 rocura de um tio dierente de montaria - estudou-a criticamente! - >inda tem as costas tortas! )ndireite-se - s-#*e as mãos nos ombros e u=ou-os ara tr4s! - Dei=e-os ver que tem agora a orma de uma mu#*er - os dedos do irmão roçaram #evemente seus seios em botão e aertaram num mami#o! - .ão me a#*ar4 esta noite! %enão+ ser4 mau ara voc:! .ão quer acordar o dragão+ quer$
- os dedos torceram-se+ um be#iscão crue# e duro atravs do tecido grosseiro da tnica! - uer$ - e#e reetiu! - .ão - resondeu Dan' doci#mente! " irmão sorriu! - Ptimo - tocou-#*e os cabe#os+ quase com aeição! - uando escreverem a *ist7ria do meu reinado+ min*a doce irmã+ dirão
que começou esta noite!uando e#e saiu+ Dan' oi at a 3ane#a e o#*ou+ me#anc7#ica+ as 4guas da baía! >s torres quadradas de ti3o#o de ;entos
eram si#*uetas negras de#ineadas contra o so# oente! )#a conseguia ouvir os sacerdotes verme#*os cantando+ enquanto acendiam as iras noturnas+ e os gritos de crianças esarraadas que 3ogavam ara #4 dos muros da roriedade!
;or um momento dese3ou oder estar #4 ora com e#as+ de snus+ sem #ego e vestida de arraos+ sem assado nem u- turo+ sem banquete ara ir na mansão de O*a# Drogo! )m a#gum #ugar ara #4 do r do so#+ do outro #ado do estreito mar+ *avia uma terra de co#inas verdes e #anícies cobertas de #ores e grandes rios cauda#osos+ onde torres de
edra negra se erguiam or entre magníicas montan*as au#-acinentadas e cava#eiros de armadura cava#gavam ara a bata#*a sob os estandartes dos seus sen*ores! "s dot*raKis c*amavam a essa terra (*aesb >nda*#i+ a terra dos Fnda#os! .as Cidades Livres+ a#avam de &esteros e dos (einos do ;oente! " irmão tin*a um nome mais sim#es! C*amava-#*e Anossa terraA! ;ara e#e+ as a#avras eram como uma rece+ %e as dissesse o nmero de vees suicientes+ os deuses certamente ouviriam! A nosso direito de sangue+ usurado or meios traiçoeiros! .ão se rouba um dragão+ a*+ não! " dragão se #embra!A ) o dragão ta#ve recordasse mesmo+ mas Dan' não! .unca vira aque#a terra que o irmão diia que #*es ertencia+ este
domínio ara #4 do estreito mar! >que#es #ugares de que a#ava+ (oc*edo Caster#' e o .in*o da Nguia+ Jardim de Cima e o 9a#e de >rr'n+ Dorne e a 8#*a das Caras+ ara e#a eram aenas a#avras! 9iser's era um raa de oito anos quando ugiram de ;orto (ea# ara escaar ao avanço dos e=rcitos do ,surador+ mas Daener's não assava de uma
artícu#a de vida no ventre da mãe!/esmo assim+ or vees+ Dan' conseguia visua#iar os acontecimentos+ tantas tin*am sido as ocasi?es em que ouvira
o irmão contar as *ist7rias! > uga no meio da noite ara a ;edra do Dragão+ com o #uar cinti#ando nas ve#as negras do navio! %eu irmão+ (*aegar+ combatendo o ,surador nas 4guas sangrentas do Tridente e morrendo e#a mu#*er que
amava! " saque de ;orto (ea# or aque#es a quem 9iser'sc*amava os cães do ,surador+ os sen*ores Lannister e %tarK! > rincesa )#ia de Dorne su#icando miseric7rdia quando o *erdeiro de (*aegar #*e ora arrancado do seio e assassinado erante seus o#*os! "s crFnios o#idos dos #timos drag?es a o#*ar sem ver do a#to das aredes da sa#a do trono
quando o (egicida abrira a garganta do ;ai com uma esadadourada! .ascera em ;edra do Dragão quatro #uas deois da uga+ durante a ria de uma temestade de verão que ameaçava destroçar a estabi#idade da i#*a! Diiam que aque#a temestade tin*a sido terríve#! > rota Targar'en ora esmagada enquanto estava ancorada e enormes b#ocos de edra oram arrancados dos araeitos e reciitados sobre as 4guas encae#adas do mar estreito! > mãe morrera ao d4-#a 5 #u+ e or este ato o irmão 9iser's nunca a erdoara! Tamouco se #embrava de ;edra do Dragão! Tin*am ugido de novo+ imediatamente antes de o irmão do ,surador arar com sua nova rota! ;or essa a#tura+ dos %ete (einos
que tin*am ertencido aos seus+ aenas ;edra do Dragão restava+ a antiga sede de sua Casa! /as não or muito temo+ > guarnição estava rearada ara vend:-#os ao ,surador+ mas+ uma noite+ %or &i##em Darr' e quatro *omens #eais invadiram o quarto das crianças+ rataram-nas e sua ama de #eite+ e araram sob a escuridão da noite em busca da
segurança da costa bravosiana!Lembrava-se vagamente de %or &i##em+ um *omem que mais arecia um grande urso cinento+ meio cego+ a rugir e berrar
ordens de sua cama de doente! "s criados tin*am vivido aterroriados or causa de#e+ que semre ora bondoso ara Dan'! C*amava a Aequena rincesaA e+ or vees+ Amin*a sen*oraA+ e suas mãos eram suaves como couro ve#*o! /as
nunca dei=ava a cama+ e o c*eiro da doença imregnava-o dedia e de noite+ com um odor quente+ mido+ de uma doçura doentia! .essa a#tura viviam em Eravos+ na casa grande de orta verme#*a+ Dan' tin*a seu r7rio quarto+ com um #imoeiro 3unto 5 3ane#a! Deois da morte de %or &i##em+ os criados roubaram o ouco din*eiro que #*es restava e em
breve os irmãos oram ostos ora da casa grande+ Dan'c*orara quando a orta verme#*a se ec*ara 5s suas costas ara semre! Desde então+ tin*am andado de um #ado ara outro+ de Eravos ara /'r+ de /'r ara T'ros* e daí ara o*or+ 9o#antis e L's+ sem nunca icarem muito temo no mesmo #ugar! " irmão não ermitia! 8nsistia que os traidores contratados e#o ,surador viriam atr4s de#es+ embora Dan' nunca tivesse visto nen*um! > rincíio+ os magísteres+ arcontes e ríncies mercadores tin*am se sentido e#ies or dar as boas-vindas aos #timos Targar'en 5s suas casas e mesas+ mas+ 5 medida que os anos oram assando e o ,surador continuou sentado no Trono
de erro+ as ortas oram se ec*ando e suas vidas tornaram- se mais obres! >nos antes+ tin*am se visto orçados a vender os #timos tesouros+ e agora+ at o din*eiro que tin*am obtido e#a coroa da mãe desaarecera! .as vie#as e tabernas de ;entos c*amavam o irmão de Arei edinteA! Dan' não queria saber do que a c*amavam!
A,m dia teremos tudo de vo#ta+ min*a doce irmãA+ rometia-#*e 9iser's! Qs vees as mãos tremiam-#*e quando a#ava daqui#o! A>s 37ias e as sedas+ ;edra do Dragão e ;orto (ea#+ o
Trono de erro e os %ete (einos+ tudo o que nos roubaram+ teremos tudo de vo#ta!A )#e vivia ara esse dia! Tudo o que Daener's queria de vo#ta era a grande casa de orta verme#*a com o #imoeiro em rente 5 3ane#a do seu quarto+ a inFncia
que nunca con*ecera!"uviu-se um suave toque na orta! - )ntre - disse Dan'+ virando as costas 5 3ane#a! >s criadas de 8##'rio entraram com rever:ncias e começaram a tratar de suas tareas! )ram escravas+ um resente de um dos muitos amigos dot*raKis do magíster! > escravatura não e=istia na
cidade #ivre de ;entos! )+ no entanto+ e#as eram escravas! >mu#*er mais ve#*a+ equena e cinenta como um rato+ nunca diia uma a#avra+ mas a moça comensava! )ra a avorita de 8##'rio+ uma 3ovem de deesseis anos+ cabe#os c#aros e o#*os auis+ que tagare#ava sem cessar enquanto traba#*ava! )nc*eram a ban*eira com 4gua quente traida da coin*a e erumaram-na com 7#eos odoríeros! > moça u=ou a tnica de a#godão grosseiro e#a cabeça de Dan' e a a3udou a entrar na ban*eira! > 4gua esca#dava+ mas Daener's não *esitou nem gritou! Gostava do ca#or! aia-a sentir-se #ima! >#m disso+ o irmão dissera-#*e com requ:ncia que nunca nada estava quente demais ara um Targar'en! A> nossa a Casa do dragãoA+ diia! A" ogo est4 em nosso sangue!A
> mu#*er mais ve#*a #avou seus #ongos cabe#os esbranquiçados e removeu suavemente os n7s com uma escova+ semre em si#:ncio! > moça esregou-#*e as costas e os s e disse-#*e como tin*a sorte! - Drogo tão rico que at seus escravos usam co#ares de ouro! %eu K*a#asar tem cem mi# cava#eiros+ e seu a#4cio em 9aes
Dot*raK+ duentos quartos e ortas de rata s7#ida - e *ouvemais do mesmo g:nero+ muito mais@ como o K*a# era um *omem bonito+ a#to e ero+ destemido em bata#*a+ o me#*or
escravos usavam co#ares de ouro! %entiu um sbito arreio ercorrer os braços nus! " irmão a eserava na rescura do 4trio+ sentado na margem da onte+ arrastando a mão e#a 4gua! ;s-se em quando
e#a surgiu e observou-a com o#*os críticos! - 9en*a aqui - disse! - 9ire-se! %im! Ptimo! 9oc: tem um ar!!! - (ea# - disse /agíster 8##'rio+ entrando or uma arcada! /ovia-se com uma de#icadea surreendente ara um *omem tão coru#ento! %ob vestimentas so#tas de seda cor de ogo+ nuvens de gordura osci#avam enquanto e#e camin*ava!
;edras reciosas cinti#avam em todos os dedos+ e seu criadoo#eara-#*e a barba amare#a biurcada at que bri#*asse como ouro verdadeiro! - ue o %en*or da Lu a ban*e em b:nçãos neste tão aortunado dia+ ;rincesa Daener's - disse o magíster quando #*e tomou a mão! 8nc#inou a cabeça+ mostrando um ino re#ance de dentes amare#os e tortos atravs do dourado da barba! - )#a uma visão+ 9ossa Graça+ uma visão - e=c#amou+ dirigindo-se a 9iser's! - Drogo icar4 arrebatado! - magra demais - disse 9iser's! %eus cabe#os+ do mesmo tom #ouro-rateado dos de#a+ tin*am sido u=ados ara tr4s e bem atados com uma resi#*a de osso de dragão! )ra um visua# severo que dava :nase 5s #in*as duras e magras de seu rosto! ;ousou a mão no un*o da esada que 8##'rio #*e emrestara e disse< - Tem certea de que O*a# Drogo gosta das suas mu#*eres assim tão novas$ - )#a 34 teve o seu sangue! Tem idade suiciente ara o K*a# - resondeu 8##'rio+ e 34 não era a rimeira ve que diia aqui#o! - "#*e ara e#a! >que#es cabe#os #ouro-rateados+ aque#es
o#*os ruros!!! e#a do sangue da antiga 9a#íria+ sem dvida+ sem dvida!!! e bem-nascida+ i#*a do antigo rei+ irmã
do novo+ não ossíve# que não arrebate nosso Drogo - quando 8##'rio #argou sua mão+ Daener's ercebeu que estava tremendo! - %uon*o que sim - disse o irmão em tom duvidoso! - "s
se#vagens t:m gostos estran*os! (aaes+ cava#os+ ove#*as!!! - me#*or não sugerir isso a O*a# Drogo - disse 8##'rio! > ira #ame3ou nos o#*os #i#4s de 9iser's! - Toma-me or to#o$ " magíster e uma #igeira reverencia! - Tomo-o or um rei! >os reis a#ta a caute#a dos *omens
vu#gares! /in*as descu#as se o oendi - virou-se e bateua#mas ara c*amar os carregadores! >s ruas de ;entos estavam escuras como breu quando saíram na #iteira e#aboradamente escu#ida de 8##'rio! Dois criados iam 5 rente ara a#umiar o camin*o+ transortando ornamentadas #anternas a 7#eo com vidraças de um vidro au#-c#aro+ e uma dia de *omens ortes conduiam a #iteira aos ombros! " esaço #4 dentro+ or tr4s das cortinas+ era quente e aertado! Dan' conseguia sentir o edor da carne 4#ida de 8##'rio sob seus esados erumes! " irmão+ esarramado em a#moadas a seu #ado+ nada notava! %ua mente estava #onge+ do outro #ado do mar estreito! - .ão necessitaremos de todo o seu K*a#asar - disse 9iser's!
"s dedos brincavam no un*o da #Fmina emrestada+ embora Dan' soubesse que e#e nunca usara uma esada a srio! - De mi# serão suicientes+ osso varrer os %ete (einos com de mi# guerreiros dot*raKis! " domínio se erguer4 em nome do seu rei de direito! T're##+ (edM'ne+ Darr'+ Gre'3o' não sentem mais amor e#o ,surador do que eu! "s *omens de Dome
ardem e#a ossibi#idade de vingar )#ia e os seus i#*os! ) as essoas sim#es estarão conosco! )#as c*oram e#o seu rei - o#*ou ansioso ara 8##'rio! - C*oram+ não verdade$
- %ão o vosso ovo+ e o amam bastante - disse amave#mente /agíster 8##'rio! - )m ovoados or todo o territ7rio+ os *omens aem brindes secretos 5 vossa sade+ enquanto as mu#*eres cosem estandartes do dragão e os escondem at o
dia do vosso regresso do outro #ado das 4guas - enco#*eu os maciços ombros! - "u e#o menos o que me diem meus agentes! Dan' não tin*a agentes+ nen*uma maneira de saber o que a#gum estaria aendo ou ensando do outro #ado do mar estreito+ mas desconiava das a#avras doces de 8##'rio do
mesmo modo que desconiava de tudo o que diia reseito ae#e! /as o irmão acenava com ardor! - /atarei eu r7rio o ,surador - rometeu+ e#e que nunca matara ningum -+ ta# como e#e matou meu irmão (*aegar! ) tambm Lannister+ o (egicida+ e#o que e ao meu ai! - 8sso ser4 muito adequado - disse /agíster 8##'rio! Dan' viu
a minscu#a sugestão de sorriso que brincava nos #4bios c*eiosdo *omem+ mas o irmão não rearou em nada! >cenando+ e#e aastou uma cortina e erdeu o o#*ar na noite+ e Dan' soube que estava #utando de novo a Eata#*a do Tridente! > mansão de nove torres de O*a# Drogo erguia-se 3unto 5s 4guas da baía+ com *era de tons c#aros cobrindo seus grandes muros de ti3o#o! Tin*a sido oerecida ao K*a# e#os magísteres de ;entos+ 8##'rio #*es disse! >s Cidades Livres eram semre generosas com os sen*ores dos cava#os! - .ão que temamos esses b4rbaros - e=#icava 8##'rio com um sorriso! - " %en*or da Lu oderia deender nossas mura#*as contra um mi#*ão de dot*raKis+ ou e#o menos isso que rometem os sacerdotes verme#*os!!! /as ara que
correr riscos quando a amiade de#es sai tão barata$
> #iteira em que seguiam oi arada ao ortão e as cortinas+ u=adas rudemente ara tr4s or um dos guardas da casa! ;ossuía a e#e acobreada e os o#*os escuros e amendoados de um dot*-raKi+ mas tin*a o rosto #ivre de e#os e usava o
caacete guarnecido de ontas agudas dos 8macu#ados!>va#iou-os riamente! /agíster 8##'rio rosnou-#*e qua#quer coisa no rude idioma dot*raKi@ o guarda resondeu-#*e no mesmo tom e #*es deu assagem com um gesto atravs dos ort?es! Dan' rearou que a mão do irmão estava cerrada com orça
no un*o de sua esada emrestada! ;arecia quase tãoassustado como e#a se sentia! - )unuco inso#ente - murmurou 9iser's enquanto a #iteira subia aos ba#anços at a mansão! >s a#avras de /agíster 8##'rio eram me#! - )sta noite estarão muitos *omens imortantes no banquete! 6omens assim t:m inimigos! " K*a# deve roteger seus convidados+ v7s acima de todos+ 9ossa Graça! .ão *4 dvidas de que o ,surador agaria bem e#a vossa cabeça! - >*+ sim - disse sombriamente 9iser's! - )#e tentou+ 8##'rio+ asseguro-#*e! %eus traidores contratados nos seguem ara todo o #ado! %ou o #timo dragão+ e e#e não dormir4 descansado enquanto eu viver!
> #iteira desace#erou e arou! >s cortinas oram u=adas e um escravo oereceu a mão ara a3udar Daener's a sair! %eu co#ar+ rearou e#a+ era de brone comum! " irmão a seguiu+ com uma das mãos ainda cerrada com orça no un*o da esada! oram recisos dois *omens ortes ara r /agíster 8##'rio de !
Dentro da mansão+ o ar estava esado com o c*eiro de eseciarias+ no-de-ogo+ #imão-doce e cane#a! oram #evados atravs do 4trio+ onde um mosaico de vidro co#orido retratava
a Destruição de 9a#íria! P#eo ardia em #anternas negras de erro disostas ao #ongo das aredes! %ob uma arcada comosta or o#*as de edra inter#igadas+ um eunuco cantou a c*egada<
- 9iser's da Casa Targar'en+ o Terceiro de seu .ome - gritounuma vo doce e aguda -+ (ei dos nda#os+ dos (oinares e dos ;rimeiros 6omens+ (ei dos %ete (einos e ;rotetor do Territ7rio! %ua irmã+ Daener's+ i#*a da Tormenta+ ;rincesa de ;edra do Dragão! %eu *onor4ve# anitrião+ 8##'rio /oatis+ /agíster da Cidade Livre de ;entos!
;assaram e#o eunuco e entraram num 4tio or#ado de i#arescobertos de *era c#ara! " #uar intava as o#*as em tons de osso e rata enquanto os convidados vagueavam or entre e#as! /uitos eram sen*ores dos cava#os dot*raKis+ grandes *omens de e#e verme#*o-acastan*ada+ com os bigodes endentes resos or anis de meta# e os cabe#os negros o#eados+ trançados e atados a camain*as! /as or entre e#es moviam-se sic4rios e mercen4rios de ;entos+ /'r e T'ros*+ um sacerdote verme#*o ainda mais gordo que 8##'rio+ *omens e#udos vindos do ;orto de 8bben e sen*ores das 8#*as do 9erão com a e#e negra como bano! Daener's o#*ou a todos maravi#*ada!!! e comreendeu+ com um sbito sobressa#to de medo+ que era a nica mu#*er a#i resente!
8##'rio sussurrou-#*es< - >que#es tr:s são os coman*eiros de sangue de Drogo+ a#i - e#e mostrou! - Junto ao i#ar est4 O*a# /oro com o i#*o (*ogoro! " *omem de barba verde irmão do >rconte de T'ros*+ e o *omem que est4 atr4s de#e %or Jora* /ormont! " #timo nome caturou a atenção de Daener's!
- ,m cava#eiro$ - .em mais+ nem menos - 8##'rio sorriu sob a barba! - ,ngido com os sete 7#eos e#o r7rio >#to %etão!
- ue a e#e aqui$ - e#a erguntou! - " ,surador quis v:-#o morto - disse-#*es 8##'rio! - ,ma arontain*a qua#quer! 9endeu a#guns caçadores urtivos a um negociante de escravos de T'ros* em ve de entreg4-#os 5
;atru#*a da .oite! ,ma #ei absurda! ,m *omem deve ser autoriado a aer o que bem entenda com seus bens! - uero a#ar com %or Jora* antes do im da noite - disse 9iser's! Dan' deu or si o#*ando com curiosidade o cava#eiro! )ra um *omem ve#*o+ com mais de quarenta anos e erdendo cabe#o+
mas mantin*a-se orte e em orma! )m ve de sedas ea#godão+ tra3ava #ã e couro! %ua tnica era verde-escura+ bordada com a imagem de um urso negro em sobre duas atas! >inda observava aque#e estran*o *omem vindo da 4tria que nunca con*ecera quando /a-gíster 8##'rio co#ocou a mão
mida em seu ombro nu!- >#i+ doce rincesa - sussurrou -+ est4 o r7rio K*a#! Dan' quis ugir e se esconder+ mas o irmão a estava observando+ e e#a sabia que se #*e desagradasse acordaria o dragão! >nsiosa+ virou-se e o#*ou o *omem que 9iser's eserava que edisse ara desos4-#a antes de a noite acabar! > 3ovem escrava não se enganara muito+ ensou! O*a# Drogo era uma cabeça mais a#to do que o mais a#to dos resentes na sa#a+ mas de certo modo #eve de s+ tão gracioso como a antera que *avia na co#eção de 8##'rio! )ra mais novo do que e#a ensara+ não tin*a mais de trinta anos! > e#e era da cor de cobre o#ido+ e o esesso bigode estava reso com anis de ouro e brone!
- Devo ir aer as min*as aresentaç?es - disse /agíster 8##'rio! - )serem aqui! )u o trarei at v7s!
" irmão tomou-#*e o braço quando 8##'rio se dirigiu+ bambo#eante+ at o K*a#+ e seus dedos aertaram-na com tanta orça que a mac*ucaram! - 9: a sua trança+ querida irmã$
> trança de Drogo era negra como a meia-noite+ esada de7#eo erumado e re#eta de minscu#as camain*as que tiniam suavemente quando e#e se movia! C*egava-#*e bem abai=o do cinto+ at mesmo abai=o das n4degas@ a onta roçava-#*e a arte de tr4s das co=as! - 9: como #onga$ - continuou 9iser's! - uando os
dot*raKis são derrotados em combate+ cortam as tranças emdesgraça ara que o mundo saiba da sua vergon*a! O*a# Drogo nunca erdeu um combate! >egon+ o %en*or do Dragão regressado+ e voc: ser4 a sua rain*a! Dan' o#*ou O*a# Drogo! %eu rosto era duro e crue#+ os o#*os tão rios e escuros como ni=! " irmão 5s vees a magoava+ quando acordava o dragão+ mas não a assustava como aque#e *omem! - .ão quero ser sua rain*a - ouviu sua vo dier num tom

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