Geral - Raios

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Raios causam prejuízos e aumentam em até 50% movimento em eletrônicas da cidade DESCARGAS ELÉTRICAS QUEIMAM PRINCIPALMENTE TELEVISÕES E RECEPTORES DE PARABÓLICAS HERBERT WEIL O período das chuvas em Vilhena começou com as características tempestades de vento, raios e chuva gelada. Junto com a temporada das “monsões vilhenenses”, veio o extravio de milhares de aparelhos eletrônicos, queimados pelos raios. As eletrônicas comemoram o aumento de serviço, embora o prejuízo atinja a todos, inclusive aqueles que consertam aparelhos eletrônicos queimados pelos raios. Segundo dados do sistema de detecção de descargas atmosféricas Zeus, da Universidade de São Paulo, Rondônia responde por 3% de todos os raios do país. Apenas em novembro foram registradas 174.273 raios no Estado. Devido à falta de qualidade dos aterros residenciais, do descuido dos usuários e da intensidade dos raios, Vilhena sofre com uma quantidade avassaladora de aparelhos queimados na época de chuvas, que compreende aproximadamente seis meses do ano, a iniciar em outubro. De acordo com o proprietário de uma eletrônica da cidade, Israel Kovalskikoski, o movimento na empresa aumentou 50% desde o início das chuvas. “Cada raio que dá na cidade, já sabemos: vários aparelhos queimados. Televisão e receptores de antenas parabólicas são os mais comuns. Desligar tudo é a única solução, já que o ressarcimento é muito raro e o reparo é possível ou viável em apenas 30% dos aparelhos, em média. Aqui mesmo na empresa esse ano tivemos um prejuízo de R$ 4 mil com a queima de televisão, ar-condicionado, câmeras e outros aparelhos”, explica. O proprietário de outra eletrônica, Valdir Uecker, garnate que em sua empresa o fluxo de serviço cresceu 30%. “No começo e no fim da estação das chuvas a procura por consertos dessa natureza são mais frequentes, já que as tempestades acontecem com mais frequência nessa época. Durante o ano também há queima de aparelhos, mas apenas por conta de variações de energia ou defeitos dos aparelhos. Há dois lados da moeda nesses casos também: recebemos muitos aparelhos para fazer orçamento e boa parte dos clientes decide não consertar. Como o orçamento é

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Raios em Vilhena

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Raios causam prejuízos e aumentam em até 50% movimento em eletrônicas da cidade

DESCARGAS ELÉTRICAS QUEIMAM PRINCIPALMENTE TELEVISÕES E RECEPTORES DE PARABÓLICAS

HERBERT WEIL

O período das chuvas em Vilhena começou com as características tempestades de vento, raios e chuva gelada. Junto com a temporada das “monsões vilhenenses”, veio o extravio de milhares de aparelhos eletrônicos, queimados pelos raios. As eletrônicas comemoram o aumento de serviço, embora o prejuízo atinja a todos, inclusive aqueles que consertam aparelhos eletrônicos queimados pelos raios.

Segundo dados do sistema de detecção de descargas atmosféricas Zeus, da Universidade de São Paulo, Rondônia responde por 3% de todos os raios do país. Apenas em novembro foram registradas 174.273 raios no Estado. Devido à falta de qualidade dos aterros residenciais, do descuido dos usuários e da intensidade dos raios, Vilhena sofre com uma quantidade avassaladora de aparelhos queimados na época de chuvas, que compreende aproximadamente seis meses do ano, a iniciar em outubro.

De acordo com o proprietário de uma eletrônica da cidade, Israel Kovalskikoski, o movimento na empresa aumentou 50% desde o início das chuvas. “Cada raio que dá na cidade, já sabemos: vários aparelhos queimados. Televisão e receptores de antenas parabólicas são os mais comuns. Desligar tudo é a única solução, já que o ressarcimento é muito raro e o reparo é possível ou viável em apenas 30% dos aparelhos, em média. Aqui mesmo na empresa esse ano tivemos um prejuízo de R$ 4 mil com a queima de televisão, ar-condicionado, câmeras e outros aparelhos”, explica.

O proprietário de outra eletrônica, Valdir Uecker, garnate que em sua empresa o fluxo de serviço cresceu 30%. “No começo e no fim da estação das chuvas a procura por consertos dessa natureza são mais frequentes, já que as tempestades acontecem com mais frequência nessa época. Durante o ano também há queima de aparelhos, mas apenas por conta de variações de energia ou defeitos dos aparelhos. Há dois lados da moeda nesses casos também: recebemos muitos aparelhos para fazer orçamento e boa parte dos clientes decide não consertar. Como o orçamento é gratuito, nosso trabalho aumenta bastante, mas nem sempre o lucro”, conta.

Herbert Weil

CHUVAS em Vilhena causam queima de aparelhos e eletrônicas recebem mais clientes

O PROBLEMA EM NÚMEROS

5800 raios por dia caíram em Rondônia no último mês

90% dos no-breaks não impedem a queima dos aparelhos, afirma especialistas em eletrônica

70% dos extravios por queima acabam inutilizando o aparelho

50% mais clientes podem procurar as eletrônicas nesse período