GERALDO STORER DESENVOLVIMENTO DO BASQUETEBOL … · fundamentação teórica apoiou-se em livros,...

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i Universidade de Brasília GERALDO STORER DESENVOLVIMENTO DO BASQUETEBOL EM NOVA MUTUM – MT. O Enfoque da realização do Projeto Segundo Tempo no Município Nova Mutum / MT 2007

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Universidade de Brasília

GERALDO STORER

DESENVOLVIMENTO DO BASQUETEBOL EM NOVA MUTUM – MT.

O Enfoque da realização do Projeto Segundo Tempo no Município

Nova Mutum / MT

2007

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GERALDO STORER

DESENVOLVIMENTO DO BASQUETEBOL EM NOVA MUTUM – MT.

O Enfoque da realização do Projeto Segundo Tempo no Município

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar. Orientador: Profª Espª. Marluci Cristina da Silva Demozzi

Nova Mutum / MT

2007

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STORER, Geraldo

Desenvolvimento do Basquetebol em Nova Mutum – MT. Nova Mutum, 2007.

(Nº de , ex:) 39 p.

Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília. Centro de Ensino a Distância, 2007.

1. Palavra chave 2. Palavra chave 3. Palavra chave.

Basquetebol, Desenvolvimento, Projeto Segundo Tempo.

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Geraldo Storer

DESENVOLVIMENTO DO BASQUETEBOL EM NOVA MUTUM – MT.

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar pela Comissão formada pelos professores:

Presidente: Professora Especialista Marluci Cristina da Silva Demozzi União do Ensino Superior de Nova Mutum – UNINOVA

Membro: Professor Doutor Alcir Braga Sanchez

Universidade de Brasília

Cuiabá (MT), 29 de Julho de 2007.

v

A Deus, fonte de vida. A meus pais, pelo incentivo e carinho constantes. Aos meus amigos que me apoiaram nessa caminhada A minha esposa que com paciência me auxílio em todo o trabalho

vi

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos aqueles que, direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração

desta monografia e, de modo especial a professora Marluci Demozzi pelo incentivo constante

e pela orientação.

Ao Ministério do Esporte pela oportunidade de participar de um curso de

especialização à distância, que foi de suma importância para o crescimento profissional.

À Profª. Lucila Souto Mayor Rondon que não mediu esforços para encaminhar a

orientação.

Ao Secretário de Esportes de Nova Mutum, Senhor Lauro Immichi que acreditou no

Projeto Segundo Tempo e na minha capacidade para conduzir o mesmo.

A minha esposa Gislane que compreendeu as minhas ausências para a realização do

curso.

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“Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada".

(Clarice Lispector)

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Resumo

Este estudo tem como objetivo analisar a formação do Basquetebol dentro do

Município de Nova Mutum - MT, dando ênfase à modalidade e sua evolução durante e depois

de sua criação. Para tanto nos embasaremos dentro de sua realização através do projeto

Segundo Tempo e o seu desenvolvimento até os dias atuais no mesmo município. A

fundamentação teórica apoiou-se em livros, artigos, sites especializados, publicações de

autores referentes ao tema e no próprio desenrolar do mesmo dentro do projeto e dentro do

município envolvendo escolas e entidades. Sendo assim daremos uma breve explanação sobre

a aplicação do Basquetebol e como o mesmo se desenvolveu e esta se desenvolvendo dentro

do Município de Nova Mutum - MT.

PALAVRAS CHAVES: Basquetebol, Desenvolvimento, Projeto Segundo Tempo.

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Sumário

1 Introdução .......................................................................................................... 10

2 Fundamentação Teórica ................................................................................... 11

2.1 Histórico de Basquetebol ............................................................................ 11

2.2 Basquetebol no Brasil.................................................................................. 13

2.3 Breve estudo sobre técnicas e ensinamentos da modalidade de

Basquetebol .................................................................................................. 22

2.4 Desenvolvimento do Basquetebol no Estado do Matogrosso....................16

2.5 Desenvolvimento do Basquetebol a partir do Projeto Segundo Tempo

dentro do Município de Nova Mutum ....................................................... 23

3 Métodos .............................................................................................................. 28

4 Apresentação e Discussão dos Resultados ....................................................... 29

5 Considerações Finais ......................................................................................... 36

6 Referências Bibliográficas ................................................................................ 37

Apêndice ............................................................................................................. 38

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1 Introdução

Tendo embasamento de que a modalidade de Basquetebol sofreu mudanças

consideráveis no decorrer das últimas décadas, percebemos que o nosso Município de Nova

Mutum – MT, situado às margens da BR 163 à aproximadamente 250 km da capital Cuiabá,

município agrícola, à base da soja, suinocultura, bovinoculturas e aviários, e com população

média de 14.889 habitantes dados atribuídos até o ano de 2004, o mesmo aliado ao Projeto

segundo Tempo proporcionou um crescimento visível do esporte no município.

Percebe-se que dentro da modalidade de basquetebol, o município não teve até os dias

atuais uma participação significativa, para tanto estamos por levantar um estudo do

desenvolvimento desta modalidade, dentro deste município e sua continuidade com

perspectiva de um processo de aprendizado, onde não formaremos atletas, mais sim cidadãos

críticos que sintam prazer ao realizar ou praticar a mesma. Buscamos assim apresentar um

breve respaldo do seu desenvolvimento dentro do município e quais foram às vantagens e

desvantagens da prática do mesmo, não só através do Projeto Segundo Tempo, mas com a

inclusão do mesmo dentro das Escolas Públicas Municipais. Pretende-se através de

embasamentos em referências teóricos e pesquisa de campo com os alunos desta cidade, e a

importância e o desenvolvimento desta modalidade para o município de Nova Mutum.

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2. Fundamentação Teórica

2.1 – Histórico de Basquetebol

De Acordo com o Site Oficial da Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB) 2006,

em 1891, o longo e rigoroso inverno de Massachussets tornava impossível a prática de

esportes ao ar livre. As poucas opções de atividades físicas em locais fechados se restringiam

a entediantes aulas de ginástica, que pouco estimulava aos alunos. Foi então que Luther

Halsey Gullick, diretor do Springfield College, colégio internacional da Associação Cristã de

Moços (ACM), convocou o professor canadense James Naismith, de 30 anos, e confiou-lhe

uma missão: pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse seus alunos durante

o inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas abertas.

Depois de algumas reuniões com outros professores de educação física da região,

James Naismith chegou a pensar em desistir da missão. Mas seu espírito empreendedor o

impedia. Refletindo bastante, chegou à conclusão de que o jogo deveria ter um alvo fixo, com

algum grau de dificuldade. Sem dúvida, deveria ser jogado com uma bola, maior que a de

futebol, que quicasse com regularidade. Mas o jogo não poderia ser tão agressivo quanto o

futebol americano, para evitar conflitos entre os alunos, e deveria ter um sentido coletivo.

Havia um outro problema: se a bola fosse jogada com os pés, a possibilidade de choque ainda

existiria. Naismith decidiu então que o jogo deveria ser jogado com as mãos, mas a bola não

poderia ficar retida por muito tempo e nem ser batida com o punho fechado, para evitar socos

acidentais nas disputas de lances.

A preocupação seguinte do professor era quanto ao alvo que deveria ser atingido pela

bola. Imaginou primeiramente colocá-lo no chão, mas já havia outros esportes assim, como o

hóquei e o futebol. A solução surgiu como um relâmpago: o alvo deveria ficar a 3,5m de

altura, onde imaginava que nenhum jogador da defesa seria capaz de parar a bola que fosse

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arremessada para o alvo. Tamanha altura também dava certo grau de dificuldade ao jogo,

como Naismith desejava desde o início.

Mas qual seria o melhor local para fixar o alvo? Como ele seria? Encontrando o

zelador do colégio, Naismith perguntou se ele não dispunha de duas caixas com abertura de

cerca de 8 polegadas quadradas (45,72 cm). O zelador foi ao depósito e voltou trazendo dois

velhos cestos de pêssego. Com um martelo e alguns pregos, Naismith prendeu os cestos na

parte superior de duas pilastras, que ele pensava ter mais de 3,0m, uma em cada lado do

ginásio. Mediu a altura. Exatos 3,05m, altura esta que permanece até hoje. Nascia a cesta de

basquete.

James Naismith escreveu rapidamente as primeiras regras do esporte, contendo 13

itens. Elas estavam tão claras em sua cabeça que foram colocadas no papel em menos de uma

hora. O criativo professor levou as regras para a aula, afixando-as num dos quadros de aviso

do ginásio. Comunicou a seus alunos que tinha um novo jogo e se pôs a explicar as instruções

e organizar as equipes.

Havia 18 alunos na aula. Naismith selecionou dois capitães (Eugene Libby e Duncan

Patton) e pediu-lhes que escolhesse os lados da quadra e seus companheiros de equipe.

Escolheu dois dos jogadores mais altos e jogou a bola para o alto. Era o início do primeiro

jogo de basquete. Curioso, no entanto, é que nem Naismith nem seus alunos tomaram o

cuidado de registrar esta data, de modo que não se pode afirmar com precisão em que dia o

primeiro jogo de basquete foi realizado. Sabe-se apenas que foi em dezembro de 1891, pouco

antes do Natal.

Como esperado, o primeiro jogo foi marcado por muitas faltas, que eram punidas

colocando-se seu autor na linha lateral da quadra até que a próxima cesta fosse feita. Outra

limitação dizia respeito à própria cesta: a cada vez que um arremesso era convertido, um

jogador tinha que subir até a cesta para apanhar a bola. A solução encontrada, alguns meses

depois, foi cortar a base do cesto, o que permitiria a rápida continuação do jogo.

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As primeiras cestas sem fundo foram desenhadas por Lew Allen, de Connecticut, em

1892, e consistiam em cilindros de madeira com borda de metal. No ano seguinte, a

Narraganset Machine & Co. teve a idéia de fazer um anel metálico com uma rede nele

pendurada, que tinha o fundo amarrado com uma corda mas poderia ser aberta simplesmente

puxando esta última. Logo depois, tal corda foi abolida e a bola passou a cair livremente após

a conversão dos arremessos. Em 1895, as tabelas foram oficialmente introduzidas.

Naismith não poderia imaginar a extensão do sucesso alcançado pelo esporte que inventara.

Seu momento de glória veio quando o basquete foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim,

em 1936, e ele lançou ao alto a bola que iniciou o primeiro jogo de basquete nas Olimpíadas.

Atualmente, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, nos

mais de 170 países filiados à Federação internacional de basquetebol (FIBA).

2.2 Basquetebol no Brasil

De Acordo com o Site Oficial da Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB),

2006, no Brasil o Basquetebol surgiu por volta de 1896, quando o professor Augusto Shaw, do

Mackenzie college, de São Paulo ensejou a aprendizagem do jogo. Conseguiu entusiasmar de

tal forma os seus alunos que, desde logo houve vertical queda de interesses por outros

exercícios recreativos. Todavia, a implantação definitiva do esporte só tomou vulto a partir de

1912, sob o impulso da campanha encetada pela Associação Cristã de Moços (ACM), do Rio

de Janeiro.

Sabemos que em 1925, disputou-se o primeiro certame brasileiro reunindo o Rio de

Janeiro (antigo D.F) e São Paulo, com a vitória dos cariocas, numa promoção da

Confederação Brasileira de Desportos(CBD), que dirigiu o basquetebol até 1933, depois sendo

substituída pela Confederação Brasileira de Basquetebol(CBB), em 1941.

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O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer a novidade. Augusto Shaw, um norte-

americano nascido na cidade de Clayville, região de Nova York, completou seus estudos na

Universidade de Yale, onde em 1892 graduou-se como bacharel em artes e onde Shaw tomou

contato pela primeira vez com o basquete.

Dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie College,

em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da arte. Havia também

uma bola de basquete. Mas demorou um pouco até que o professor pudesse concretizar o

desejo de ver o esporte criado por James Naismith adotado no Brasil. A nova modalidade foi

apresentada e aprovada imediatamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a difusão do basquete

entre os rapazes, movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte

concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande

coqueluche da época entre os homens.

Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus alunos de que o

basquete não era um jogo de mulheres. Quebrada a resistência, ele conseguiu montar a

primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896.

Shaw viveu no Brasil até 1914 e teve a chance de acompanhar a difusão do basquete

no país. Faleceu em 1939, nos Estados Unidos.

A aceitação nacional do novo esporte veio através do Professor Oscar Thompson, na

Escola Nacional de São Paulo e Henry J. Sims, então diretor de Educação Física da

Associação Cristã de Moços (ACM), do Rio de Janeiro.

Em 1912, no ginásio da Rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de Janeiro, aconteceu

os primeiros torneios de basquete. Em 1913, quando da visita da seleção chilena de futebol a

convite do América Futebol Clube, seus integrantes, membros da ACM de Santiago, passaram

a freqüentar o ginásio da Rua da Quitanda. Henry Sims convenceu os dirigentes do América a

introduzir o basquete no clube da Rua Campos Salles, no bairro da Tijuca. Para animá-los,

arranjou um jogo contra os chilenos oferecendo uma equipe da ACM, com o uniforme do

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América que triunfou pelo curioso score de 5 a 4. O plano vingou e o América foi o primeiro

clube carioca a adotar o basquete.

As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915. Nesse ano a ACM

realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis equipes. O sucesso

foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Athléticos, responsável pelos esportes

terrestres no Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete em 1916. O primeiro campeonato

oficializado pela Liga foi em1919, com a vitória do Flamengo.

Em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da

comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio continental,

em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai. O Brasil sagrou-se campeão,

sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a participação do Brasil, foi realizado em

Montevidéu, o primeiro Campeonato Sul-Americano de Basquete.

Em 1933 houve uma cisão no esporte nacional, quando os clubes que adotaram o

profissionalismo do futebol criaram entidades especializadas dos vários desportos. Nasceu

assim a Federação Brasileira de Basketball, fundada a 25 de dezembro de 1933, no Rio de

Janeiro. Em assembléia aprovada dia 26 de dezembro de 1941, passou ao nome atual,

Confederação Brasileira de Basketball. No Brasil de hoje existem as ligas nacionais e

independentes onde se pratica a modalidade tanto de forma amadora como profissional. A

criação de escolinhas de treinamentos para crianças como forma de iniciação vem se

difundindo por país a fora como forma de iniciar as mesmas nesta modalidade e incentivar a

pratica desta.

Existem Projetos e Entidades, apoiados por atletas consagrados no âmbito nacional e

Federações que apóiam a realização destes para que a modalidade seja divulgada e iniciada

por jovens atletas. Podemos citar alguns como: Magc Paula, Hortência, Oscar, Janete e outros

que pelo fato de terem se destacado em competições internacionais e nacionais pela nossa

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Seleção Brasileira e hoje são verdadeiras celebridades dentro do Basquetebol e apóiam vários

projetos de iniciação dentro da modalidade.

2.3 Breve estudo sobre técnicas de ensinamento da modalidade de Basquetebol.

Segundo Artigo para estudo do site Pedagogia do Basquetebol (2006), podemos ver que:

A inexistência de uma base teórica para o trabalho dos treinadores de jovens leva a que este seja de certa forma empírico. O seu processo de treino é, na maior parte das vezes, desconhecido pelos metodólogos do treino. Isto se deve muitas vezes à falta de documentos teóricos ou à indisponibilidade dos mesmos para serem examinados (MARQUES, 1999 apud PINTO et al, 2006).

Esta lacuna, não nos permite saber qual a qualidade e quantidade do treino a que os

nossos jovens estão sujeitos, quando percorrem as diversas fases da sua evolução desportiva.

A quantidade da carga de treino pode ser afetada pelo seu volume, duração e freqüência,

enquanto que a qualidade da carga pode ser afetada pela sua intensidade e recuperação.

No que diz respeito ao longo processo de formação de jovens atletas, Marques apud

Pinto et al (2006), diz que ainda não foi construído um modelo teórico para a estruturação das

cargas de treino. O volume da carga, a duração das sessões de treino, assim como a sua

freqüência é componente do treino que devem aumentar progressivamente. Também para

Bompa (2000) apud Pinto (2006) o número de competições deve aumentar de ano para ano. É

relativamente consensual que o aumento da carga de treino deve começar pelo seu volume,

mas este aumento está condicionado pelo tempo dedicado às obrigações escolares. Daí que,

será essencial melhorar, progressivamente, a eficácia das cargas de treino utilizadas,

conseguindo para um mesmo tempo de treino uma melhor qualidade (Marques apud Pinto et.

al., 2006).

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Assim percebemos que os autores nos colocam que: os treinos e as atividades têm que

serem vinculadas com as atividades escolares e que é necessário aumentar as cargas de

treinamento e as competições. Desta forma para um Município que iniciou a pouco tempo

dentro desta modalidade temos que ter o conceito de irmos por partes e não avançarmos as

etapas de treinamentos como diz Holt et. al. (2002, p.174) apud Pinto et al (2006) no artigo

para estudo da Pedagogia do basquetebol, “Deixa o jogo ser o Professor.”

O desporto é muito fértil em idéias conducentes à implementação de princípios

pedagógicos que otimizem os processos de ensino/aprendizagem de acordo com Mandigo &

Holt apud Pinto et al (2006). Particularmente nos jogos desportivos e por razões de ordem

histórica da evolução das Ciências do Desporto, o ensino da técnica tem dominado todos os

programas de abordagem inicial, bem como o tempo das sessões de ensino. Mesmo que o jogo

seja incluído nas sessões, o professor/treinador raramente estabelece conexões entre a técnica

e o contexto de jogo diz Kirk & MacPhail apud Pinto et al (2006).

Contudo e após algumas análises aos comportamentos dos aprendizes, tem-se verificado

a ausência de prazer inerente à aprendizagem e à prática dos jogos desportivos, bem como a

transferência destas aprendizagens para hábitos de vida socialmente saudáveis. Inerente a isto,

estão os fracos resultados obtidos pelos aprendizes ao nível da execução das habilidades,

mesmo nas condições menos complexas, não incrementando assim, o seu conhecimento do

jogo e a sua prestação durante o mesmo aponta Pinto et al (2006). Ou seja, não devemos se

precupar mais com a exucução da técnica dos movimentos mais sim com o jogo de

Basquetebol em si, proporcionando situações através de jogos e brincadeiras e deixar com que

a crinaça aprenda o jogo por ele mesmo num determinado estágio de treinamento,que seria a

iniciação. Após esse aprimoramento onde a criança adiquire o gosto pela prática da

modalidade aí sim podemos colocar a técnica em si para um melhor aprimoramento da

mesma.

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Mais recentemente, o aparecimento de modelos de ensino dos jogos desportivos

centrados no conhecimento táctico (e.g., Teaching Games for Understanding; Game Sense;

Game Centred-Games; Tactical Game Model) têm despertado nos praticantes o prazer pela

prática dos mais variados jogos desportivos e reconfigurado todo o processo de

ensino/aprendizagem. Neste tipo de modelação, o processo é centrado nas situações de jogo

enfatizando a apreciação do jogo, o conhecimento táctico e proporcionando um espaço

importante para tomadas de decisão que conduzem à necessidade do desenvolvimento dos

aspectos técnicos (Mitchell, 1996 apud Pinto (2006) dentro de um contexto de jogo.

A faculdade de qualificar e comparar, de estruturar e de alterar a complexidade táctica

das diversas formas e tipos de jogo constitui-se como o objectivo principal decisivo da

organização do modelo e um factor crucial para o seu funcionamento (Pinto et al, 2006). Estes

tipos e formas de jogo fazendo parte da própria planificação, quer a curto como a longo prazo,

devem colocar um manancial de problemas aos aprendizes, que com o decorrer do tempo

deverão ser ultrapassados, conduzindo ao aumento da complexidade táctica das sessões de

ensino (Doolittle & Girard, 1991 apud Pinto et al, 2006). Assim, no processo

ensino/aprendizagem, o professor/treinador deve desenvolver progressões pedagógicas que

ajudem a identificar e ultrapassar os problemas tácticos mais relevantes (Spackman, 1983).

A implementação do modelo táctico, pode acarretar algumas dificuldades iniciais para

o professor/treinador. Torna-se então necessário referir algumas directrizes que auxiliem essa

mesma implementação (Griffin et al. 1997 apud Pinto et al 2006).

Segundo Oliveira e Rodrigues Paes apud Pinto et al (2006), no site Pedagogia do

Basquetebol, Novos conceitos a cerca do ensino do treinamento em duas fases distintas para

iniciação ao jogo e treinamento especializado.

O professor/técnico deve conceber o ensino do basquetebol como uma prática pluralista

e desenvolvê-lo de acordo com suas manifestações, seus significados, seus ambientes, e em

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conformidade com os comportamentos dos personagens que o praticam, independentemente

da faixa etária destes. Sendo assim, vários são os motivos que devem colaborar para tornar o

ambiente de prática motivador e que, no caso específico do basquetebol, as crianças e os

adolescentes aprendam, gostem e continuem a praticá-lo freqüentemente, independentemente

de tornarem-se talento.

A prática do basquetebol, nas ruas, nas quadras poli-desportivas, nos morros ou em

outros locais onde acontece a aprendizagem (pedagogia da rua) entre os próprios praticantes

sem a presença do técnico ou professor, como acontece no futebol, torna o desenvolvimento

das habilidades básicas importantes para a especialização no basquetebol. A especialização é,

por sua vez, uma função árdua para o agente pedagógico ensinar os princípios do jogo de

basquetebol.

Podemos ressaltar, pelo método comparativo, um exemplo para o ensino formal, cuja

estrutura relaciona o cenário com a escola, os objetivos com a iniciação desportiva, os

personagens com os alunos e a modalidade com o basquetebol. Outro exemplo pode ser

atribuído para o ensino não formal, no qual a estrutura relaciona o cenário com o clube

desportivo, os objetivos com a especialização desportiva, os personagens com os atletas e a

modalidade sendo o basquetebol.

De acordo com o Artigo para estudo do site Pedagogia do Basquetebol (2006),

podemos ver que, nossa proposta, para o ensino do basquetebol, visa ao desenvolvimento das

capacidades físicas, aprendizagem tático-cognitiva e habilidades do jogo (técnicas) tanto para

o ensino formal quanto para o ensino não formal. Denominamos a proposta de iniciação

desportiva em basquetebol, e a subdividimos em três fases: I, II e III.

A Fase de iniciação I. A fase I marca os primeiros contatos da criança da primeira à

quarta série do ensino fundamental, com idades entre 7 e 10 anos, para a estimulação da

prática da modalidade basquetebol. Acreditamos que a aprendizagem dos fundamentos e o

desenvolvimento das capacidades podem se dar de maneira recreativa, por meio de jogos com

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alterações nas regras, e nos objetivos, adaptando-os à realidade de cada cenário e às

necessidades dos alunos, observando a disponibilidade dos recursos materiais e humanos.

Os jogos reduzidos, pré-desportivos, e as brincadeiras adaptadas podem ser utilizados

como facilitadores do ensino, pois possibilitam adequar as atividades à vivência motora dos

alunos ou participantes e podem ser realizados na escola, no clube ou em qualquer outro local,

em função da sua ação recreativa. Proporciona-se, assim, maior motivação na prática,

facilitando o aprendizado, envolvendo um grande número de crianças. A pretensão, nessa fase

do processo, não é levar em conta os níveis físico e técnico-tático, mas propiciar a

aprendizagem das regras básicas do jogo, bem como utilizá-lo como alternativa educacional,

integrando e desenvolvendo o gosto dos participantes pelo jogo de basquetebol.

A Fase de iniciação II. A Fase II no processo de desenvolvimento deve ocorrer

aproximadamente aos 11 e 12 anos de idade; os pré-adolescentes deverão estar cursando a

quinta ou a sexta séries do ensino fundamental; equivalente às categorias pré - mirim e mirim

no ensino não formal, correspondente à aprendizagem das finalizações, arremessos, ao rebote

ofensivo e defensivo associados aos conteúdos fase anterior de aprendizagem enfatizada na

prática pedagógica de nossa proposta.

A fase de iniciação III. O período de desenvolvimento que nomeamos fase III tem como

alvo os alunos da 7a e 8a séries do ensino fundamental, com idade aproximada de 13 a 14

anos. Nessa fase, reiteram-se os conteúdos assimilados anteriormente, automatizando-os e

refinando-os, obtendo novos conceitos, os quais contemplam as situações de jogo, transição,

corta-luz e sistemas ofensivos e defensivos.

As fases I e II correspondem ao estímulo e aprendizagem dos conteúdos do

basquetebol. Torna-se imperativo, na fase III, a continuidade do ensino dos conteúdos das

fases anteriores, praticando os fundamentos em situações próximas do jogo formal. A

execução desses princípios deixa de ter um caráter individual, transformando-se em ações

coletivas, nas quais o movimento realizado por um jogador/aluno traz benefícios diretos aos

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companheiros de equipe. Os fundamentos individuais são constituídos coletivamente,

realizados no tempo e espaço e deverão ser adequados às ótimas capacidades do jogo

moderno.

Percebemos que os autores destacam as três fases distintas para todas as etapas de idade

e o que é necessário para se realizar um bom programa do treinamento, dando ênfase a cada

uma delas e quais os alunos, suas faixas etárias e mais informações de como se trabalha a

modalidade de uma maneira global. Assim devemos dar total importância a todas estas fazes,

pois é através delas que formamos ou tentamos formar futuros atletas de basquete. E partindo

de um pressuposto de que estas fases não podem ser puladas, pois é complicado para a criança

pularmos umas destas etapas e não deixarmos a mesma a vivenciar essa realidade partindo

simplesmente para a parte técnica somente.

2.4 Desenvolvimento do Basquetebol no Estado do Mato Grosso

De acordo com o site da Federação Mato-grossense de Basquetebol (FMTB) (2006)

sabemos que o Basquete vem se desenvolvendo muito ao longo do tempo no Estado do

Matogrosso. Não há um registro especifico de sua história, quando se iniciou e quem difundiu

o mesmo dentro do Estado, mais temos informações que em sua capital, em suas cidades do

interior incluindo o Município de Nova Mutum o basquete tem tido uma grande evolução a

longo do tempo, assim também em cidades como: Sinop, Alta Floresta, Sorriso, Vera, Jaciara,

Lucas do Rio Verde, vem tendo grande destaques em competições estaduais e nacionais.

Cidades como Sorriso e Sinop tem tido bons resultados no âmbito nacional. Isso se dá devido

um grande trabalho realizado pelo Governo do Estado, Secretarias Municipais e Prefeituras,

onde os mesmos vêem investindo em escolinhas de treinamentos tanto de iniciação como de

treinamentos para auto - rendimento, buscando trabalhar com jovens e adolescentes, onde o

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Projeto Segundo Tempo, também faz parte desta evolução devido ao seu desenvolvimento em

algumas cidades.

Esse trabalho vem sendo realizado não só através das Prefeituras, mas também pelas

escolas tanto municipais, quanto estaduais. Assim a participação em jogos escolares vem

sendo muito disputada, gerando uma forma de incentivar a prática da modalidade com várias

competições que são ainda de pouca intensidade dentro do estado.

Outra grande auxiliar da divulgação desta modalidade vem sendo a CUFA (Central

Única das Favelas) que hoje possui uma de suas sedes em nossa capital (Cuiabá – MT.) onde a

mesma procura divulgar o basquete de rua e outras manifestações culturais.

O basquete de rua e o hip hop possuem uma estreita relação, pois ambos buscam a

inclusão social e a erradicação da violência. O esporte surgiu no Brasil de forma espontânea,

durante a edição do Hutuz Rap Festival, em 2002, onde algumas pessoas embaladas pela

batida do hip hop improvisaram uma cesta com uma lata de lixo, começando ali uma divertida

e emocionante competição de basquete urbano. As regras são simples: apenas uma cesta, três

jogadores em cada time e muita música. Para jogar basquete de rua basta ter criatividade,

muita ginga e usar de malandragem no bom sentido. Quanto mais finta melhor, porém é

importante ressaltar que nos campeonatos todas as gingas devem ser direcionadas para a cesta,

em busca da pontuação. A moda do basquete de rua começou nos guetos de Nova York

(EUA), com regras bem diferentes do basquete de quadra. As regras são flexíveis, o que dá

liberdade para as jogadas ousadas. O espetáculo proporcionado pelo improviso dos lances é o

sucesso da modalidade. Assim o basquete de rua vem se difundindo por todo o estado do

Matogrosso sendo levado até mesmo a pequenas cidades do interior do estado. Essa é uma das

formas que a modalidade vem sendo divulgada dentro do estado.

Podemos ver que o Basquete vem crescendo muito dentro do estado não só o de

quadra mais o de rua também, por se tratar de uma forma mais solta, mais livre onde jovem e

crianças se sente mais a vontade ao estar praticando, sem falar no seu envolvimento com a

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música, a cultura e entretenimento. Dessa forma a modalidade vem obtendo destaque dentro

do Estado do Matogrosso.

2.5 Desenvolvimento do Basquetebol a partir do Projeto Segundo tempo dentro do Município de Nova Mutum

Sabendo que a metodologia do Projeto segundo Tempo, não é somente de transmitir

conteúdo em si, ou seja, não levar o aluno a jogar por jogar, mas também se preocupa em

formar alunos com consciência crítica diante de uma realidade sócia cultural, e estes valores

estão ligados a saciedade e suas atitudes éticas, que será apresentado o desenvolvimento do

mesmo dentro do Município de Nova Mutum.

Assim como as demais modalidades coletivas, o Basquetebol possui uma lógica tática:

os sistemas ofensivos, os sistemas de transição e o sistema defensivo. Possui ainda uma

lógica técnica, ou seja, seus fundamentos: domínio do corpo, manipulação

de bola, passe/recepção, drible, finalizações e rebote. Sabemos que o ensino desta modalidade

não pode ser somente restrito a parte técnica e tática da modalidade, tem que dar ênfase ao

conhecimento da modalidade como um todo, de forma global. O processo de formação do

aluno não depende somente dos conhecimentos formais das modalidades e esportes e nem de

métodos e técnicas, mas, sim de uma vivência empírica dentro de todos os tipos de esportes

que a eles forem propostos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Nova Mutum, o Município de Nova Mutum

possui exatamente nos dias de hoje dois ginásios de esportes onde se tem acesso a todas as

modalidades esportivas: Ginásio de esportes Matrinxãn e Ginásio de esportes Alto da Colina.

Ainda temos as quadras poli desportivas da Escola Cenecista Hilda Strenger Ribeiro (CNEC)

e do Colégio Prisma, da rede privada. Temos ainda as quadras poli desportivas da Escola

24

Estadual José Aparecido Ribeiro a qual a tabela de basquete foi instalada no ano de 2006, e a

da Escola Caminhos do Saber, encontrando-se em construção.

Um dos esportes mais desenvolvidos dentro do Município de Nova Mutum – MT é o

Futsal, essa é a primeira impressão que se tem ao chegar nesta cidade e ao trabalhar com

escolinhas de desporto. Com a vinda do Projeto Segundo Tempo nos anos de 2004 e 2006,

teve-se a oportunidade de trabalhar várias modalidades com as crianças, incluindo o

basquetebol, sempre com o intuito de objetivar a inclusão social, ou seja, tirar as crianças dos

seus horários ociosos e propor atividades esportivas como: basquetebol, voleibol, handebol,

tênis de mesa e até mesmo o futsal, além de atividades culturais, educacionais, fazendo com

que as mesmas ocupem esse espaço aprendendo a jogar alguma destas modalidades e criando

gosto pelo esporte em si.

O Basquetebol, em Nova Mutum, vinha sendo trabalhado por outros professores, só

que os mesmo por motivos desconhecidos não deram continuidade ao trabalho, assim com a

implantação do Projeto começou a se dar mais ênfase às modalidades menos praticadas dentro

das escolas, e uma delas é o basquetebol.

Uma das clientelas que atingimos foram os alunos da Escola Municipal Caminhos do

Saber, cujos quais nunca vivenciaram uma aula de basquetebol devido ao seu espaço físico

por não possuir a sua quadra poli - desportiva, e nem tabelas de basquete, pois a mesma ainda

esta em processo de construção.

A princípio a metodologia de trabalho coube em se dividir e propor horários

específicos para cada modalidade onde os alunos escolhiam as suas participações nas mesmas.

Desta forma os alunos participaram das modalidades que mais lhe davam prazer sem

imposição, logo com a proposta das modalidades de Basquetebol e outras percebemos que a

principal preferência foi pela modalidade de Futsal, mas com a divisão dos horários e a

proposta de uma pratica educativa onde se aprende a jogar jogando sem imposição de técnica

e execução dos movimentos, assim o principal objetivo foi o de fazer com que os alunos

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adquiram o gosto pela modalidade e a pratiquem por simples e puro prazer, propondo aos

alunos a vivenciarem o basquete, pois os mesmos nunca tiveram contato com a modalidade

dentro de suas aulas de Educação física ou não tiveram um acesso mais empírico sobre a

modalidade.

Com a prática do Basquetebol e outras modalidades dentro do Projeto segundo Tempo

percebe-se que após um ano de sua realização houve um grande aumento dentro das

escolinhas de treinamento do Município, onde havia vários alunos procurando se especializar

e aprender de forma mais específica à modalidade.

Acredita-se que a prática de modalidades esportivas dentro do Projeto Segundo Tempo

só veio a nos ajudar a incentivar cada vez mais a participação dos jovens nas atividades

esportiva dentro do município de Nova Mutum – MT, fazendo com que o esporte cresça cada

vez mais no seu âmbito social e cultural, cumprindo uns dos principais objetivos do Projeto.

O Projeto segundo Tempo oferece vários horários em períodos extras escolares onde

os alunos praticam suas atividades dentro das escolinhas de treinamento do Município de

Nova Mutum, praticando não só Basquetebol, mas também outras modalidades. Lembrando

que os objetivos dessas escolinhas de treinamentos é o de proporcionar atividades esportivas

para que o aluno tenha um desenvolvimento saudável dentro do esporte e cresça como

cidadãos críticos e atuantes dentro de uma mesma sociedade. Assim não visamos formar

atletas de alto-nível, mais dar um embasamento para que se o mesmo escolha o melhor

caminho, e que já tenha uma breve noção do que é um treinamento esportivo com fins de alto

rendimento. Hoje dentro do Estado e com o apoio da Prefeitura Municipal e patrocinadores,

estas escolinhas participam de várias competições, como: Ligas, Campeonatos Regionais,

Campeonatos Estaduais, Jogos Escolares, Jogos Estudantis, até mesmo Jogos Abertos onde se

pode participar até três atletas de categorias menores. Percebemos que Projetos como o

Segundo Tempo só tendem a nos ajudar e se os mesmos forem bem trabalhados a tendência

do esporte e só crescer.

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O que deu total embasamento de como se trabalhar a modalidade de forma mais

simples para que os alunos adquirissem o gosto pelo basquetebol foi o fato do projeto ter o

foco na ocupação do tempo ocioso destas crianças e adolescestes com ações educacionais e

culturais através do esporte. Atividades com intuito de reforçar as matérias escolares, como:

concursos de redação, pintura, olimpíadas de matemática e outros.

Além destas atividades foram feitos passeios a órgãos públicos do município como:

Prefeitura, Fórum, Câmara de Vereadores, com o intuito de explicar a função de cada poder

público.

O Basquetebol tem que ser jogado de forma simples aonde os alunos vão aprendendo

seus fundamentos com situações de jogo, a maneira que o jogo vai se complicando e

aumentando seus níveis, o aluno tem que perceber e ter uma tomada de decisão cada vez mais

rápida por se tratar de um jogo muito dinâmico. Assim nestas três fases distintas é muito

importante o fator motivação e a capacidade do professor de criatividade em função de suas

aulas de treinamento, fazendo com que a criança vivencie todas as situações da modalidade e

adquira o gosto pela mesma.

Com base na explicação de autores e na discução dos dados propostos pelos mesmos,

podemos ver que os métodos de treinamentos vem mudando e se auterando a cada dia. Assim

cabe a nós professores sabermos escolher qual a melhor maneira de propormos a modalidade

de basquetebol pra nossos alunos sejam eles da iniciação ou treianmento para auto rendimento

e mesmo como forma de inclusão social.

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3. Métodos

Este estudo trata-se de uma pesquisa que abrangendo todos os aspectos do

desenvolvimento do basquetebol, através do Projeto segundo Tempo, especificamente

dentro do Município de Nova Mutum de forma qualitativa e quantitativa.

A pesquisa foi realizada de forma direta, sob pesquisa de campo, de caráter

descritivo e exploratório dentro de uma abordagem metodológica qualitativa dentro do

Município de Nova Mutum.

Como fonte de informação utilizou-se o método dedutivo, com fontes primárias

através de questionários semi-estruturado, composto de oito perguntas e fontes secundárias

como pesquisas bibliográficas, sites e jornais, dando ênfase a participação dos alunos no

Projeto segundo Tempo.

Assim se organizou-se um questionário que está em anexo onde os alunos

participantes do Projeto Segundo Tempo na modalidade de Basquetebol, num total de 20

alunos da escola Caminhos do Saber e de outras escolas do Municipio, onde colocaram

suas perspectivas de desenvolvimento dentro do esporte e da modalida, os quais vão estar

sendo discutidos no Capitulo seguinte.

O questionário foi aplicado através de entrevistas com os alunos participantes da

modalidade de basquetebol, que contribuiu muito para o enriquecimento da pesquisa, pois

se obteve respostas bem abordadas sobre a suas participações com relação ao Projeto e o

crescimento da modalidade dentro do mesmo.

Baseados nas informações percebem-se um enfoque na modalidade de basquetebol,

no seu desenvolvimento no município, dentro de fontes bibliográficas e dos trabalhos que

se realizaram dentro do Projeto Segundo Tempo. Assim apresentaremos uma breve análise

do desenvolvimento da modalidade de basquetebol dentro do Município de Nova Mutum,

apoiando-se no desenvolvimento do Projeto Segundo Tempo, buscando solucionar

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eventuais problemas e, de forma que contribua pra o crescimento, não só da modalidade

de basquetebol, mais também para que o projeto Segundo tempo se revigore cada vez mais

dentro do Município e do Estado do Mato Grosso.

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4. Apresentação e Discussão dos Resultados

Após análise do questionário pode-se perceber como se deu o desenvolvimento do

basquetebol em Nova Mutum dentro do projeto segundo tempo.

De acordo com o que foi apresentado no capitulo anterior vemos que o trabalho que

vem se desempenhando dentro da modalidade aponta resultados significativos dando um

grande aumento na participação de atletas, e os mesmos estão adquirindo cada vez mais o

gosto pela prática da modalidade, importância para a realização de um bom trabalho por parte

do professor ou técnico.

Vimos que os autores nos colocam que os jogos recreativos, adaptados e brincadeiras

são de suma importância para a iniciação dentro da modalidade. Sendo um dos principais

fatores utilizados dentro do Projeto segundo Tempo para a prática dos alunos e para que os

mesmo adquiram o gosto pela modalidade. A realização do Projeto no Município de Nova

Mutum foi um dos métodos principais adotados, para despertar o gosto por outras

modalidades, pois os jovens alegam que eram impedidos de praticar o basquetebol pela falta

de tabelas, cestas e profissionais qualificados.

Desta forma busca-se adaptar o basquetebol para a sua prática e seu desenvolvimento

dentro do Projeto Segundo Tempo como forma de incentivar e alcançar os objetivos propostos

pelo próprio Projeto.

A metodologia de trabalho existente é muito rígida, onde temos que respeitar todas as

etapas de ensinamento, sem pularmos as faixas etárias como nos demonstrou os autores nos

capítulo anteriores. O Basquetebol dentro de Nova Mutum cresceu de uma forma

impressionante onde os alunos do Projeto aumentaram com relação aos anos anteriores a sua

participação dentro do mesmo e das escolinhas de treinamentos, pois é fruto de um trabalho

onde segue-se a risca toda uma metodologia proposta.

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O processo de formação do aluno não depende somente dos conhecimentos formais

das modalidades e esportes e nem de métodos e técnicas, mas, sim de uma vivencia empírica

dentro de todos os tipos de esportes que a eles forem propostos. Assim quando se é feito um

estudo e quando a proposta de atividade é bem colocada à modalidade só tende a crescer e a se

desenvolver da mais simples maneira.

O mais importante é se ter uma proposta onde o aluno vivencie todos estes tipos de

esportes, não só o Basquetebol, logo sem imposição de técnicas, táticas em primeiro

momento.

A criança, o aluno, vivencia o esporte praticando o mesmo em forma de jogo ou

brincadeira, assim ela irá apreender o jogo, jogando ou brincando por simples prazer de estar

praticando.

Há uma grande diferença entre jogar o futebol, o basquete, o vôlei e brincar de jogar os

mesmos. Assim como nadar, saltar, correr etc.

As crianças desenvolvem essas atividades no seu dia a dia sem se preocupar com

técnica ou tática para realizar a mesma.

A iniciação esportiva é um processo muito importante na vida de uma criança e é por

isso que devemos saber agir ao iniciarmos a mesma para que suas vivências sejam plenas, sem

saltos dentro do processo ensino-aprendizagem, fazendo assim com que o aluno descubra sua

própria disposição para a modalidade esportiva. Cabe ao profissional, mudar as atitudes no

desenvolvimento desse processo. Fazer com que nossas crianças vivenciem os esportes como

um todo de forma global, formando seres críticos e que amem a prática de esportes.

Essa é uma das principais propostas do Projeto Segundo Tempo e que acatamos nas

aulas não só do Projeto, mas também de treinamento com objetivos mais específicos, partindo

de um pressuposto que primeiro, deve-se aprender a jogar e assim criar as situações de jogo

onde o aluno aprende jogando e passa a tomar decisões embasadas nos fundamentos básicos

como: drible, arremesso, bandeja, rebote e outros. Vão se desenvolvendo sem a criança ou

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jovem perceber, através de situações simples, mais que dão resultado, pois já foram

comprovados.

Relacionando todos esses levantamentos pode-se constatar que com a realização do

mesmo dentro do Município de Nova Mutum só se obtiveram bons resultados, houve falhas é

claro e complicações ao iniciar o projeto, mas o mesmo veio a proporcionar embasamento e

perspectiva para que seu desenvolvimento pudesse atingir seus objetivos principais.

Neste capítulo será elencado também os resultados que foram obtidos através de

questionário feito aos alunos que freqüentam o Projeto Segundo Tempo sendo apresentados

em gráficos de acordo com os resultados dos questionários, que foram respondidos por um

total de 20 alunos que participam da modalidade de basquetebol dentro do Projeto .

1. Como você vê a sua participação dentro do Projeto Segundo Tempo?

PrazerosaÓtimaRuim

20 alunos acharam ótima a sua participação.

De acordo com a pergunta realizada podemos constatar que todos os alunos

entrevistados acharam sua participação dentro do projeto segundo tempo ótima,

principalmente no desenvolvimento da modalidade de basquetebol, onde encontram atividades

voltadas para o bem estar dos mesmos.

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2. O que levou você a escolher a modalidade de Basquetebol?

A MídiaAmigosPor Vontade Própria

Dos 20 alunos: cinco disseram que começaram a treinar por influência dos amigos e quinze por vontade própria

Com relação à procura e a escolha da participação dentro da modalidade de

basquetebol, quase todos responderam que iniciaram dentro da modalidade por vontade

própria, aonde apenas alguns vieram a buscar a mesma por influencia dos amigos, mostrando

como era grande a necessidade de se implantar o basquetebol dentro do projeto segundo

tempo no município de Nova Mutum.

3. Você achou difícil praticar esta modalidade?

SimNão

Todos acharam difícil a prática da modalidade

As dificuldades das atividades dentro da prática também foram questionadas e todos

tiveram grandes enigmas para se adaptar inicialmente na desenvoltura das atividades, mas as

mesmas foram assimiladas e obtendo gosto pela experiência, gerando assim simultaneamente

o gosto pela prática da modalidade esportiva.

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4. O que você acha dos exercícios educativos para aprender a jogar o Basquete?

BonsRegularÓtimosRuim

Cinco acharam bons, três acharam regulares e doze acharam ótimos.

Conforme foram realizadas as atividades, sua identicidade e dificuldade de realização

dos exercícios percebeu-se que os mesmos estavam sendo realizados de forma adaptada e de

maneira simples para que se tenha um fácil entendimento de seu desenvolvimento, vários

alunos acharam ótimas as atividades e poucos viram as mesmas de foram regular.

5. Você gostou de participar do Projeto? Hoje você gosta de jogar basquete?

SimNão

SimNão

Todos adoraram praticar a modalidade

Vê-se que com a participação no do Projeto Segundo tempo e no seu desenvolvimento,

gerou em todos os alunos uma adoração pelas práticas esportivas e assim encontraram tempo

para aprimorar a modalidade, mesmo que seja em jogos entre amigos.

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6. Você já praticava esta modalidade antes na sua escola e nas suas aulas de Educação Física?

SimNão

Somente três já praticavam a modalidade, o restante nunca tinha jogado

A grande maioria nunca tinha praticado a modalidade nem em suas aulas de educação

física dentro das escolas, eram bem poucos que tinham o conhecimento sobre a modalidade,

mas mesmo assim buscando cumprir os objetivos do projeto segundo tempo foi despertado o

gosto pelo basquetebol.

7. Como você vê o Projeto Segundo tempo dentro do Município?

BomRegularÓtimoRuim

Cinco acharam bom e o restante achou ótima.

Muitos apreciaram à vinda do Projeto Segundo Tempo, com bons olhos e acharam

ótima a sua realização dentro do Município de Nova Mutum, pois trabalha-se com as práticas

esportivas voltadas para a conduta pessoal das crianças, despertando o gosto pela vida.

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8. Qual a sua pretensão para o futuro praticando Basquetebol? Você participa de muitas competições e fora do seu município?

Se profissionalizar

Continuar praticando porPrazer

SimNão

Todos sonham em ser um atleta profissional

Vê-se também que todos têm um sonho a se realizar, que é o de se tornar um grande

atleta profissional e que se isso não for possível os mesmo querem continuar a praticar a

modalidade nem que seja por puro e simples prazer de estar jogando e interagindo dentro do

basquetebol, saindo assim das ruas e ocupando o seu tempo ocioso em práticas que possam

levar o aluno a alcançar esse tão almejado sonho.

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5. Considerações finais

Com o estudo do desenvolvimento do basquetebol no Projeto Segundo Tempo,

percebe-se que a modalidade vem crescendo dentro do município de Nova Mutum a curtos

passos. O Projeto Segundo Tempo tem sido um grande auxiliar para este desenvolvimento

devido aos seus objetivos serem bem expostos para a clientela aplicada, onde levamos as aulas

além da prática da pedagogia de iniciação esportiva, o ensino das chamadas aprendizagens

motoras, ou seja, estimulando através de objetivos mais amplos como, a cooperação, fazendo

com que o mesmo vivencie e aprenda o basquetebol, sem perder de vista a função de que o

jogo para quem joga, deve partir de um conhecimento de si mesmo e do próximo estimulando

o convívio com os outros.

Assim não só o basquetebol, mas também outras modalidades menos trabalhadas

dentro das escolas devido a vários fatores podendo ser desenvolvido de acordo com os

objetivos do Projeto segundo tempo. Cabe aos Profissionais da área de Educação Física tomar

consciência de que são mediadores do desenvolvimento do aluno. O professor vem a ser um

adaptador dos meios de ensinamentos dos conhecimentos onde o aluno o cria e o adapta até

chegar à técnica específica da modalidade. Cabe sermos esse mediador e cumprirmos com as

obrigações. Assim após um conhecimento formado a técnica passa a ser uma mera repetição

de movimentos com intuito de aprimorá-las sempre. Rever os meios e as formas de

ensinamento é primordial para uma boa atuação de um bom profissional.

Após análise a acompanhamento do desenvolvimento do Basquetebol em Nova

Mutum dando enfoque ao projeto segundo tempo durante 2 anos, pode-se perceber que o

mesmo contribuiu e muito para a diversificação de modalidades, confirmado em dados

relevantes do número de participantes entre um ano e outro. De acordo com a Secretaria

Municipal de Esporte ( Nova Mutum – MT.), no ano de 2004, início do Projeto, tinha-se trinta

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alunos praticando a modalidade de Basquetebol dentro do Projeto, já no ano de 2006

apresentava-se um número estimado de cem alunos praticando o Basquetebol, comprovando a

igualdade com as outras modalidades, fruto de um bom trabalho e incentivo com a chegada

do Projeto Segundo tempo.

A maior contribuição desta pesquisa é a esperança em projetos sociais, para que num

futuro promissor tenhamos os conhecimentos cabíveis e que nossos alunos não sejam somente

meros receptores de movimentos e técnicas. Para que a modalidade de basquetebol venha a se

desenvolver não somente no Município de Nova Mutum, mas que ajude a outros profissionais

a desenvolver seu trabalho em todo o país de forma global e educativa.

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Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002 a.

___________. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro, 2002b.

BRASIL. Confederação brasileira de basquetebol. A história Oficial do Basquetebol. Disponível em: <http://www.cbb.com.br/conheca_basquete/>. Acesso em: 02 de Setembro de 2006.

BRASIL. Confederação brasileira de basquetebol. A história Oficial do Basquetebol. http://www.cbb.com.br/conheca_basquete/basquete_no_brasil_new.asp. Acesso em: 09 de Setembro de 2006

BRASIL. MINISTÉRIO DO ESPORTE. Dimensões pedagógicas do Esporte. Brasília: Universidade de Brasília/CEAD, 2004.

BRASIL. MINISTÉRIO DO ESPORTE. Manifestações dos Esportes. Brasília: Universidade de Brasília/CEAD, 2004.

BASIL. MINISTÉRIO DO ESPORTE. Manifestações de Jogos. Brasília: Universidade de Brasília/CEAD, 2004.

PINTO, et al. Análise da Carga de Treino e competições em basquetebol no escalão de iniciados. Disponível em: http://www.pedagogiadobasquete.com.br/iniciacao_criancas. Acesso dia 15 de Setembro de 2006.

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Apêndice A

Questionário

1. Como você vê a sua participação dentro do Projeto Segundo Tempo?

Prazerosa ( ) Ótima ( ) Ruim ( ) .

2. O que levou a você escolher a modalidade de Basquetebol?

A Mídia ( ) Amigos ( ) Por vontade própria ( )

3. Você achou difícil praticar esta modalidade?

Sim ( ) Não ( )

4. O que você acha dos exercícios educativos para aprender a jogar o Basquete?

Bons ( ) Regular ( ) Ótimos ( ) Ruim ( )

5. Você gostou de participar do Projeto? Hoje você gosta de jogar basquete?

Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( )

6. Você já praticava esta modalidade antes na sua escola e nas suas aulas de Educação Física?

Sim ( ) Não ( )

7. Como você vê o Projeto Segundo tempo dentro do Município?

Bom ( ) Regular ( ) Ótimo ( ) Ruim ( )

8. Qual a sua pretensão para o futuro praticando Basquetebol? Você participa de muitas

competições dentro e fora do seu Município?

Se Profissionalizar ( ) ( )Continuar praticando por prazer.