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GERENCIAMENTO DA ROTINA NO SETOR DE PAPEL E CELULOSE: UM ESTUDO DE CASO EM UMA AGROINDÚSTRIA SITUADA NO MATO GROSSO DO SUL Matheus Vink Abreu (UFV) [email protected] Juliana Brenda Teles Palma (UFV) [email protected] Maria Gabriela Mendonca Peixoto (UFV) [email protected] O mercado mundial tem se tornado cada vez mais competitivo, fazendo com que as empresas busquem ferramentas e métodos de sobrevivência. Uma das abordagens utilizadas para garantir a competitividade das organizações é o gerenciamento da qualidade, cuja implantação pode ser considerada fator decisivo de diferenciação frente aos concorrentes. Neste contexto, surgem as atuais abordagens de gestão da qualidade, as quais discutem a importância da visão sistêmica e a participação dos funcionários dentro das organizações. Dessa forma, este estudo teve como objetivo realizar um estudo de caso, com o intuito de observar e analisar a implementação do gerenciamento da rotina em uma empresa do setor de papel e celulose. Dentre os resultados obtidos, pode-se evidenciar que a empresa Alfa utiliza-se do gerenciamento da rotina, juntamente com as cartas de XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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GERENCIAMENTO DA ROTINA NO

SETOR DE PAPEL E CELULOSE: UM

ESTUDO DE CASO EM UMA

AGROINDÚSTRIA SITUADA NO MATO

GROSSO DO SUL

Matheus Vink Abreu (UFV)

[email protected]

Juliana Brenda Teles Palma (UFV)

[email protected]

Maria Gabriela Mendonca Peixoto (UFV)

[email protected]

O mercado mundial tem se tornado cada vez mais competitivo, fazendo

com que as empresas busquem ferramentas e métodos de

sobrevivência. Uma das abordagens utilizadas para garantir a

competitividade das organizações é o gerenciamento da qualidade,

cuja implantação pode ser considerada fator decisivo de diferenciação

frente aos concorrentes. Neste contexto, surgem as atuais abordagens

de gestão da qualidade, as quais discutem a importância da visão

sistêmica e a participação dos funcionários dentro das organizações.

Dessa forma, este estudo teve como objetivo realizar um estudo de

caso, com o intuito de observar e analisar a implementação do

gerenciamento da rotina em uma empresa do setor de papel e celulose.

Dentre os resultados obtidos, pode-se evidenciar que a empresa Alfa

utiliza-se do gerenciamento da rotina, juntamente com as cartas de

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controle estatístico, de forma customizada. A empresa apoia-se na

visão sistêmica, controlando e identificando os microprocessos

prioritários por meio de indicadores de desempenho, além de alinhá-

los com o gerenciamento da rotina em prol da resolução de possíveis

problemas. Observou-se também a importância dos funcionários para

a organização, os quais podem relatar problemas no âmbito do

processo produtivo e, buscando-se contribuir para com a solução de

erros e falhas, propôs-se a utilização da metodologia CEDAC, e de

treinamentos aos funcionários, buscando-se melhorar e aperfeiçoar o

sistema de gerenciamento da qualidade total na empresa Alfa.

Palavras-chave: Gerenciamento da rotina; gestão da qualidade total;

papel e celulose; agroindústria.

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1. Introdução

A gestão da qualidade vem sendo estudada e modificada no decorrer dos anos, de forma que

observa-se uma preocupação em estruturar a qualidade de forma sistêmica, garantindo-a em

todos os processos e microprocessos (CORDEIRO, 2004). Ao pesquisar os problemas atuais,

percebe-se que os mesmos não podem ser entendidos de forma isolada, pois trata-se de

problemas sistêmicos, que estão interligados e são interdependentes (ANDRADE, 2006).

Entretanto, Milan (2009), relata que as empresas ainda mantêm um foco no gerenciamento

tradicional, buscando apenas resultados, não importando-se quanto a aspectos de melhoria

contínua e sistêmica da organização. De acordo com o autor, as tomadas de decisão são feitas

pelo nível estratégico, e repassadas para o nível operacional, onde os mesmos somente

executam as decisões, não tendo a oportunidade de dar orientações referentes ao processo ou

produto existindo, portanto, uma limitação por parte desses funcionários, os quais não se

sentem valorizados e motivados pela organização.

Neste cenário, visto que o ramo de papel e celulose é de suma importância para a economia

do país, as empresas desse segmento precisam trabalhar visando o aprimoramento das práticas

e cultura de gestão, tendo em mente que aspectos organizacionais devem ser implantados

visando obter o sucesso no mercado atual. Assim, a utilização das novas abordagens

gerenciais da qualidade têm se tornado uma obrigatoriedade para as empresas inseridas nesse

setor, com o intuito de se obter uma certificação e uma padronização, visando à

competitividade (AVÓ; ALTMANN, 2009).

Este artigo tem como objetivo realizar uma análise em uma empresa multinacional do setor de

papel e celulose, sob a perspectiva do processo de implantação das novas abordagens

gerenciais da qualidade, com ênfase no gerenciamento da rotina. Para tanto, procurou-se

contextualizar o setor de papel e celulose, e realizar o mapeamento do processo de produção

da empresa estudada; identificar os aspectos decisivos que levaram à implementação de

ferramentas de qualidade, e do gerenciamento da rotina, apontando as dificuldades e barreiras

enfrentadas; e analisar a utilização do gerenciamento da rotina no setor, propondo melhorias

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para o mesmo.

Este trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: na primeira seção tem-se a

introdução; a segunda apresenta a contextualização do setor de papel e celulose; a terceira traz

o referencial teórico sobre a gestão da qualidade; a quarta aborda a teoria sobre gerenciamento

da rotina; a quarta apresenta o método que foi adotado, e faz uma breve apresentação do

estudo; a quinta expõe os pontos que foram observados na empresa estudada; a sexta

apresenta os resultados e as propostas de melhoria e, na sétima, são apresentadas a conclusões

do estudo. A seção oito finaliza o artigo apresentando a bibliografia utilizada.

2. Contextualização do setor de papel e celulose

A agroindústria é de grande importância para a economia brasileira, representado parte do

território nacional utilizado para plantação agrícola e criação de bovinos. Neste sentido, o

setor de papel e celulose vem se desenvolvendo no Brasil desde 1950, onde se produzia

apenas celulose de fibra longa. Naquela época a produção era pequena, pois a matéria prima

(Araucária Angustifólia) só era encontrada em quantidades relevantes em lugares distantes

das indústrias de celulose (VALVERDE; SOARES; SILVA, 2006).

Ainda nos anos 50, com o avanço da tecnologia e pesquisa por uma nova matéria prima,

surgiu a celulose de fibra curta. A Cia Suzano foi a primeira empresa no mundo a fabricar

celulose 100% a base de eucalipto, mesmo que em fase experimental. A partir desta

descoberta, outras empresas passaram a fabricar exclusivamente celulose de fibra curta e

exportá-la, alavancando o Brasil no ranking da exportação (HILBERG; BACHA, 2001).

Nos primeiros oito meses de 2014, foram exportados 6,9 milhões de toneladas de celulose,

enquanto no mercado interno foram vendidas 1,2 milhão de toneladas. Ademais, atualmente

existem no Brasil 240 empresas em 540 municípios que pagam, no total, R$3,5 bilhões em

impostos, e geram 128 mil empregos diretos e 640 mil empregos indiretos (BRACELPA,

2014).

O setor de papel e celulose vem crescendo no cenário brasileiro, principalmente com o

incentivo governamental, e com o surgimento de novas linhas de crédito, acarretando no

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desenvolvimento de um mercado cada vez mais competitivo. Para manter na concorrência, as

empresas precisam investir cada vez mais em tecnologia e na gestão da qualidade, buscando

alinhar ferramentas ao seu planejamento estratégico (AVÓ; ALTMANN, 2009).

3. Gestão da qualidade total no setor de papel e celulose

A qualidade faz-se ciência importante desde o feudalismo, onde a preocupação era apenas

encontrar produtos defeituosos, até os dias atuais, sendo a qualidade tratada como diferencial

estratégico para sobrevivência das organizações (LONGO, 2006). A competição entre as

empresas, o início da flexibilização da produção, a ocorrência da fragmentação dos mercados,

a incorporação de elementos comportamentais, e novas práticas gerencias, acarretaram e

mostraram a importância da implantação de uma gestão da qualidade total nas organizações.

(WOOD Jr, 1995).

Para Campos (1992), a gestão da qualidade total é uma visão estratégica que, aliada a uma

abordagem humanista, identifica as necessidades dos clientes (empregados, acionistas,

sociedade), e estabelece padrões com o intuito de atender suas necessidades. Segundo

Carpinetti (2012), a gestão da qualidade total é uma estratégia que tem, por finalidade, elevar

ao máximo a competitividade das empresas. Assim, busca as bases onde à qualidade é

elaborada, tratando-se de um processo circular em prol de aprimorar produtos, processos, e

serviços.

O principal objetivo do gerenciamento da qualidade é assegurar que as metas estabelecidas no

planejamento estratégico sejam concluídas, garantindo as necessidades e expectativas dos

clientes e, por consequência, a competitividade e sobrevivência da organização

(CARPINETTI, 2012).

Neste sentido, as empresas do setor de papel e celulose precisam assegurar a qualidade, e

controle de seus processos e matérias primas. Ao longo da produção existem laboratórios que

caracterizam as matérias primas, controlam os processos, e auxiliam na tomada de decisão.

Estes são utilizadas a fim de garantir que os laboratórios gerem dados metrologicamente

confiáveis (D’ALMEIDA; ZOUAIN, 2010).

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Entretanto, de acordo com Avó e Altmann (2009), além de controlar o processo por meio de

laboratórios, o setor de papel e celulose encontra-se em um processo de elevação no nível da

gestão da qualidade, onde as empresas baseiam-se em critérios, dados claros, conceitos, e

técnicas para alcançar as decisões estabelecidas pela cúpula estratégica.

4. Gerenciamento da rotina na agroindústria

Segundo Galgano (1993), o gerenciamento da rotina é um processo que pode ser aplicado em

qualquer parte de uma estrutura organizacional, por meio de um controle sistêmico e de uma

melhoria contínua de cada microprocesso, permitindo a solução de problemas enfrentados

diariamente, e a diminuição das responsabilidades de supervisores e gerentes.

Para tanto, esta abordagem de gestão da qualidade deve ser aplicada considerando-se quatros

etapas, isto é, orientação para o microprocesso, para o cliente, para o controle do

microprocesso, e para a melhoria. A orientação para o microprocesso visa identificar os

microprocessos da organização, e selecionar os mais importantes, para que possam ser

analisados e caracterizados. Após a assimilação dos microprocessos prioritários, deve-se

aplicar a orientação para o cliente, com o intuito de identificar os clientes do mesmo,

mensurando suas características, expectativas, necessidades, e exigências. Com esse

levantamento, estabelece-se um indicador de desempenho para monitorar, e avaliar as

características mensuráveis preestabelecidas (BOUER, 2012).

Posteriormente é aplicada a orientação de controle do microprocesso, onde são estabelecidos

objetivos e limites para os indicadores de qualidade, métodos, frequência, bem como quem irá

desenvolver e implementar tais controles de qualidade. Em seguida, aplica-se a orientação

para a melhoria, por meio da qual verificam-se os efeitos e analisam-se as causas indesejáveis

de cada uma das etapas do microprocesso. Por fim, propõem-se melhorias, definindo a forma

mais adequada de execução destas ações, gerenciando os resultados e prováveis correções que

venham a ser necessárias (BOUER, 2012).

No gerenciamento da rotina, as responsabilidades são atribuídas a todos os níveis e funções

das organizações, com o objetivo de comprimento de metas e resultados. Essa nova

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abordagem da gestão da qualidade facilita o desenvolvimento dentro da empresa, onde será

centrada a responsabilidade de cada pessoa dentro da organização, na padronização e

monitoração dos resultados, comparação com as metas, na ação corretiva, e na busca contínua

pela perfeição (CAMPOS, 2013). Portanto, o gerenciamento da rotina trata de um sistema de

gestão de desempenho, onde são consultados indicadores para a tomada de decisão e ação

gerencial, influenciando a conduta dos colaboradores (WAAL, 2003).

De acordo com Pasche e Ferreira (2010), em estudo realizado com 15 agroindústrias no

município de Marau – RS, as ferramentas da qualidade que mais são utilizadas envolvem o

controle estatístico de processo (CEP), folha para coleta de dados, gerenciamento da rotina, e

matriz de prioridades e círculos de controle da qualidade. Ainda de acordo com os autores, as

empresas encontram-se em processo de evolução, deixando de se enquadrar nas eras da

inspeção e do controle estatístico do processo, passando para um controle e uma gestão da

qualidade no setor da agroindústria.

5. Procedimento metodológicos

A gestão da qualidade no setor de papel e celulose pode ser considerada um campo da

pesquisa científica em crescimento. Assim, a presente pesquisa possui caráter exploratório,

que conforme Gil (2008), pode ser entendida como a familiarização de um assunto pouco

conhecido ou pouco estudado, a fim de conhecê-lo melhor. Apoiou-se também na abordagem

de pesquisa qualitativa, por meio da qual obteve-se dados, contato direto com a condição

estudada, procurando compreender a situação de estudo (GODOY, 1995). O método de

pesquisa é o estudo de caso que, segundo Yin (2005), trata-se de uma investigação, onde

existe um planejamento, técnica de coleta de dados e a utilização dos mesmos.

Para tanto, o objeto de estudo refere-se a uma multinacional do setor de papel e celulose,

situada no estado de Mato Grosso do Sul, cujas operações iniciaram-se ao final do ano de

2012, sendo uma das mais modernas e competitivas empresas de celulose do mundo. A

empresa utiliza-se do gerenciamento da rotina, tomando como base para a realização deste

programa de gestão da qualidade, o livro “Gerenciamento da rotina do trabalho do dia a dia”,

do Campos (2013), atualmente em implantação dentro da organização. Além disso,

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buscando-se manter anônima a empresa estudada, esta será mencionada, ao longo do trabalho,

como empresa Alfa.

Como técnica de coleta de dados utilizou-se de um questionário aberto, o qual foi aplicado

junto ao gerente de controle técnico durante uma entrevista realizada na sede da empresa.

Dessa forma, buscou-se aprofundar acerca de quais ferramentas de gestão da qualidade a

empresa utiliza-se, dando um enfoque à implementação do gerenciamento da rotina. A

entrevista foi utilizada, pois segundo Cury (2006), existe uma facilidade para a obtenção de

informações de todos os níveis da empresa.

A escolha do gerente do controle técnico para a entrevista ocorreu pelo fato do mesmo fazer

parte da coordenação no processo de implantação de gerenciamento da qualidade total na

empresa. Mesmo com toda atenção e disponibilidade do gerente técnico decidiu-se

entrevistar, via videoconferência, um funcionário que não faz parte da implementação, para

verificar a sua percepção do gerenciamento da rotina, e entender como o mesmo funciona na

empresa.

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6. Resultados e discussão

Diante do material coletado na visita e entrevista, foi possível diagnosticar o mapeamento do

processo produtivo, e os fatores decisivos que levaram à implementação do gerenciamento da

rotina, dentro da empresa Alfa. O mapeamento encontra-se ilustrado conforme a Figura 1,

onde o processo produtivo começa na madeira, passa pelo manuseio da mesma, cozimento,

branqueamento, secagem e termina com a celulose extraída. Os outros pontos descritos na

figura, como evaporação e planta de oxigênio, tratam os compostos químicos para serem

descartados ou reutilizados.

Figura 1 – Mapeamento do processo produtivo da empresa Alfa

Fonte: Fornecida pela empresa Alfa (2014)

Em entrevista com o gerente técnico foi relatado que a empresa Alfa faz uso de ferramentas da

qualidade de forma customizada, como o caso das cartas de controle, adequando-as à

realidade da empresa. Isso acontece em função de o processo produtivo do setor de papel e

celulose sofrer variações constantes de novos modelos, tecnologias e influências do mercado,

impossibilitando o uso de ferramentas de maneira idêntica à abordagem teórica (AVÓ;

ALTMANN, 2009). Ainda foi relatado pelo gerente que essa customização facilita a

aplicação do gerenciamento da rotina na empresa Alfa, pois auxilia no uso das ferramentas, e

torna o trabalho mais eficiente na detecção de falhas. Essa abordagem foi escolhida porque,

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segundo o entrevistado, “é uma metodologia simples, lógica, e de aplicação direta em todos os

níveis da empresa, facilitando a comunicação, a relação líder–liderado, a valorização do

conhecimento, e a aplicação do método SDCA (Standard, Do, Check, Action) – PDCA (Plan,

Do, Check, Action)”.

Durante a videoconferência foi relatado pelo funcionário que existe uma boa comunicação

entre os mesmos, independente do nível hierárquico, facilitando o trabalho. Diante disso,

percebe-se que os funcionários têm autonomia para relatar possíveis anomalias no processo

produtivo. Os trabalhadores ainda evidenciam a importância de se ter um sistema cliente-

fornecedor dentro da empresa Alfa e, portanto, conhecem por qual posto de trabalho o produto

está chegando, e para onde ele irá. Assim, este fator torna-se fundamental para a qualidade do

processo, visto que os trabalhadores detectam se o mesmo está funcionando de maneira

correta e eficiente.

Na organização existe uma visão sistêmica, sabendo que um processo, por mais simples que

seja, faz-se dependente entre si. Tal fato foi constatado no modo como a empresa realiza suas

metas anuais, baseando-se no livro de Campos (2013), sendo que os processos com problemas

são corrigidos seguindo a sistemática apresentada na Figura 2. Nesta observa-se que, ao

identificar o problema, aplica-se uma ação corretiva para solucionar a anomalia em questão.

Posteriormente, é feita uma revisão dos problemas crônicos, destacando-se os prioritários.

A partir desse levantamento, são determinadas as metas anuais, onde se utiliza a ferramenta

PDCA para corrigir e solucionar os problemas prioritários. Por fim, aplica-se o SDCA para

manter a padronização dos resultados, garantindo assim um processo eficiente e um produto

dentro das especificações técnicas.

Figura 2 - Diretrizes anuais do gerenciamento da rotina

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Fonte: Campos (2013)

Para tanto, a organização busca a raiz do problema, tornando visível que pequenos fatores

podem influenciar em todo o processo. Assim, a empresa Alfa consegue desdobrar o processo,

a fim de encontrar a causa principal do problema, A figura 3 demonstra que o setor

operacional relata a anomalia, remove os sintomas, e decide se aplica, ou não, os

procedimentos padrões para sua remoção. Caso positivo, torna-se necessário analisar e atuar

sobre a causa fundamental, além de emitir relatório sobre o problema. Caso os procedimentos

não se apliquem, deve-se analisar o “por quê?”, emitindo também um relatório.

Posteriormente, gerentes e supervisores devem revisar os relatórios, diariamente, de forma

que a engenharia de processo, e a função gerencial, poderão determinar as anomalias mais

frequentes, buscando-se corrigir sua causa fundamental e, se necessário, estabelecer um novo

padrão operacional. Por fim, essas informações são repassadas ao setor operacional que deve

avaliar, caso haja, a operacionalização do novo padrão.

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Figura 3 - Sistemática do gerenciamento dos problemas

Fonte: Fornecida pela empresa Alfa (2014)

Outro ponto importante no gerenciamento da rotina refere-se à identificação dos

microprocessos prioritários (BAUER, 2012). Fisher (2002) descreve que uma das etapas da

padronização envolve os processos de seleção dos itens de verificação, e de controle. Por ter

um controle estatístico de processos, utilizando-se das cartas de controle, a empresa Alfa

possui os microprocessos definidos, visto que a mesma precisa de uma padronização do

processo produtivo.

Assim, fica claro que a empresa Alfa utiliza-se de indicadores de desempenho, sendo os

mesmos essenciais para verificar prováveis erros, e problemas no processo produtivo

(CARPINETTI, 2012). Pela análise desses indicadores, torna-se possível a criação de um

plano de ação para a utilização do gerenciamento da rotina, identificando os microprocessos

prioritários, e dando a devida atenção aos mesmos. Além disso, cabe destacar que um ponto

importante é que os operadores possuem um conhecimento de sua área de atuação, podendo

relatar possíveis erros, perdas de produção, e anomalias no próprio sistema da empresa Alfa.

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Esta busca valorizar os funcionários, não precisando que estes, necessariamente, relatem

todos os problemas para seus superiores.

Por outro lado, vê-se necessária à implementação de um painel, onde além dos empregados

relatarem os possíveis problemas, possam também identificar prováveis soluções, sem

precisar relatar os mesmo para gerentes e supervisores. Para tal, propõem-se a utilização do

método CEDAC (Cause Effect Diagram with Addition of Cards), pois, segundo BOUER

(2012), o mesmo aborda uma maior participação de equipes de trabalho, da gestão à vista, e

das ferramentas para solução de problemas, como por exemplo, o ciclo PDCA. O CEDAC é

um quadro que fica exposto no departamento, permitindo monitorar continuamente a

evolução dos projetos e das melhorias (Figura 4).

Figura 4 - Diagrama CEDAC

Fonte: Bouer (2012)

Nesta mesma linha de raciocínio, propõe-se a criação desse quadro no próprio sistema da

empresa Alfa, visto que os funcionários já têm acesso a este. Assim, o trabalhador terá mais

liberdade para expor suas ideias e sugestões acerca de qualquer atividade relacionada à

empresa, não se sentindo coibido a se expressar dentro da organização. Os gestores devem,

dessa forma, se empenhar em mostrar a importância desse meio de comunicação interno e

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relatar os funcionários os resultados que a empresa Alfa obteve utilizando essa metodologia.

Apesar de os funcionários possuírem um conhecimento profundo de sua área, nota-se que os

mesmos não possuem um conhecimento da empresa Alfa, e do processo produtivo, como um

todo. Fica evidente que a falta dessa informação pode atrapalhar no âmbito da visão sistêmica

da empresa, podendo refletir em problemas e falhas dentro da organização. Assim vê-se

necessária a utilização do gerenciamento das diretrizes, que segundo Bouer (2005), tem o

intuito de alinhar a organização de acordo com sua estratégia, onde os funcionários poderão

ter o conhecimento dos objetivos, crenças e visão da empresa, se sentindo valorizados dentro

de seu departamento, e da organização, em geral.

Tendo em vista que o gerenciamento da rotina pode ser entendido como um método de gestão

que busca a eficiência organizacional, através da obediência aos padrões da empresa, evitando

alterações ou mudanças que possam influenciar os níveis de qualidade estabelecidos

(MARSHALL JÚNIOR; CIERCO, 2006), faz importante que a empresa invista em

treinamento e na educação de seus colaboradores.

Assim, propõe-se um treinamento dos funcionários, no momento de seu processo de

contratação, buscando-se, no primeiro momento, explicitar a estrutura organizacional da

empresa Alfa alinhada com seus objetivos, missão e visão. Por fim, é proposto uma visita

pelos departamentos da fábrica, onde será possível conhecer o processo produtivo como um

todo, não limitando o funcionário apenas a seu setor.

7. Conclusões

O objetivo deste estudo envolveu a utilização das novas abordagens de gestão da qualidade,

principalmente o gerenciamento da rotina, em uma empresa do setor de papel e celulose.

Assim, pôde-se constatar a utilização do gerenciamento da rotina juntamente com um

processo de controle estatístico customizado.

A partir da análise realizada, percebeu-se que a empresa Alfa se tornou líder no setor de papel

e celulose com poucos anos de funcionamento, utilizando-se de uma gestão da qualidade para

conseguir permanecer, e se diferenciar em relação aos seus concorrentes. Dentro da

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organização, existe uma visão sistêmica, notando-se que os fatores, por mais simples, são

interdependentes. Isso fica evidente na forma como a empresa Alfa controla seus problemas,

procurando identificar os que ocorrem com mais frequência e, destes os que são mais crônicos

e importante para a empresa, corrigindo os mesmos por meio do ciclo PDCA.

Por ter um controle estatístico da qualidade definido, e apoiar-se em cartas de controle, a

empresa Alfa apresenta microprocessos organizacionais bem estruturados, monitorando-se por

meio de indicadores de desempenho e, assim, identificando os microprocessos que exigem

uma maior atenção, de forma a definir metas para sua melhoria.

Outro fator importante refere-se à autonomia dos funcionários, os quais podem relatar os

problemas. Porém, viu-se necessária a implementação do método CEDAC dentro da empresa,

visto que os funcionários poderiam relatar possíveis soluções de problemas via sistema

digital, sem precisar dirigir-se a seus superiores. Essa metodologia poderia trazer uma maior

satisfação aos clientes internos, dando um caráter mais efetivo à sua participação nas decisões

da organização.

Pode-se concluir ainda que os funcionários conhecem bem a sua área de atuação, porém

desconhecem todos os processos produtivos, e objetivos da empresa. Com o intuito de sanar

tais problemas, reforça-se a implantação do gerenciamento das diretrizes, buscando alinhar os

objetivos de cada setor com as diretrizes estabelecidas e almejadas pela empresa Alfa,

consolidando a consciência de cada departamento no alcance do resultado final.

Assim, para o sucesso dessa nova abordagem, é importante um treinamento interno,

englobando todos os setores organizacionais, buscando-se evidenciar os objetivos, missão,

visão e processo produtivo. Neste sentido, seria fundamental evidenciar a importância desse

alinhamento entre os departamentos para a plena visão sistêmica e, por consequência, para a

melhoria da empresa Alfa.

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