GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco...

17
Página 1 de 17 Aspectos Qualitativos Revisão: Março 2014 DATA BASE DEZEMBRO / 2013 GERENCIAMENTO DE RISCO Circular 3.477/ 09

Transcript of GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco...

Page 1: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 1 de 17

Aspectos Qualitativos

Revisão: Março 2014

DATA BASE DEZEMBRO / 2013

GERENCIAMENTO DE RISCO

Circular 3.477/ 09

Page 2: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 2 de 17

1. Introdução O objetivo deste relatório é apresentar informações relevantes sobre as estruturas e os processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância com as exigências do Banco Central do Brasil (“BACEN”), por meio da Circular nº 3.477, de 24.12.2009, e em aderência aos preceitos e recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia, contidos no documento "Convergência Internacional de Mensuração e Padrões de Capital: Uma Estrutura Revisada" (Basiléia II), Parte 4, Pilar 3 – Disciplina de Mercado. Este documento elaborado em bases trimestrais é um resumo das principais políticas, normas e procedimentos adotados pelo Banco referentes à gestão de riscos, e à adequação do Patrimônio de Referência (PR) ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE). Outras informações como demonstrações contábeis do Banco estão disponibilizadas no site do Banco: http://www.bcgbrasil.com.br Este relatório foi submetido à aprovação da Diretoria Executiva do Banco e na sua elaboração foram considerados critérios de relevância baseados nas necessidades de usuários externos para fins de decisões de natureza econômica.

I - Atividades exercidas, estratégia e perspectivas de evolução futura

A Presença da Caixa Geral de Depósitos no Brasil

Com 136 anos de história, o Grupo Caixa Geral de Depósitos é o maior grupo financeiro português e o banco de referência nos países de língua portuguesa. Com uma ampla oferta de produtos para satisfazer as necessidades dos seus clientes e responder aos desafios da globalização, acompanha e apóia seus clientes onde quer que estejam através de sua rede internacional presente em 24 países. A vocação internacional vem desde 1887, quando a CGD entrou no circuito bancário brasileiro através da Agência Financial de Portugal no Rio de Janeiro a qual foi posteriormente transformada no Banco Financial Português. Desde Abril de 2009 o Banco Caixa Geral – Brasil, que é o sucessor do Banco Financial Português, concentrou suas atividades em banco de atacado e de investimento com o seguinte foco de atuação:

Atender clientes globais do Grupo CGD presentes no Brasil ou que neste planejam instalar-se;

Atender empresas brasileiras com negócios na Europa, África e Extremo Oriente; Atender Investidores Institucionais em busca de alternativas de investimentos em

renda fixa ou renda variável no Brasil e outros serviços financeiros; Atender Pessoas Físicas em busca de alternativas de investimentos; Atender a comunidade luso-brasileira nas suas necessidades de investimentos e

empresariais; Atender grandes empresas que atuam nos setores de Infra-estrutura, Construção Civil,

Energia, Óleo & Gás, Papel e Celulose, Siderurgia e Metalurgia, Mineração, Química & Petroquímica, Bebida & Alimentos, Hotelaria, Mídia & Telecomunicações, Real Estate, Serviços, Automotivo e Consumo.

O BCG-Brasil também procura apoiar as operações comerciais e de investimento entre Península Ibérica e Brasil, África e Ásia, onde o Grupo CGD esta presente. Por um lado, porque

Page 3: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 3 de 17

as empresas brasileiras estão se internacionalizando cada vez mais e chegam à Europa e na África necessitando de parceiros financeiros. Por outro lado, porque as empresas ibéricas vêem um grande potencial de expansão de suas atividades no Brasil. O fluxo de negócios entre Brasil e China constitui-se ainda em uma nova oportunidade de negócios para o BCG-Brasil. A CGD é a única acionista sediada em Macau e com presença do Banco Nacional Ultramarino (BNU) e na China Continental em Zuhai e Shangai. Com a aquisição da corretora BANIF (atual CGD Investimentos CVC S.A.)em conjunto com o Caixa - BI, os clientes do BCG-Brasil contam com uma ferramenta para o desenvolvimento de suas atividades no mercado de capitais brasileiro, proporcionando aos emissores e investidores um serviço de research de qualidade e uma distribuição diferenciada para suas emissões de ações e de dívida por meio da participação da corretora na European Securities Network (ESN), associação que congrega corretoras presentes em 10 países europeus.

II – Estrutura Organizacional Para atender seus clientes nos vários segmentos em que atua o BCG-Brasil possui a seguinte estrutura: Área de Negócios Esta área desempenha as seguintes atividades:

Produtos de Financiamento e Garantias:

Financiamentos em moeda local e moeda estrangeira – incluindo os de comércio exterior

Garantias

Repasses de Financiamentos do BNDES e do Banco do Nordeste Serviços de Banco de Investimento:

Assessoria para:

Financiamento de projetos

Fusões e Aquisições

Financiamentos Estruturados

Operações de Mercado de Capitais (Dívida e Ações)

Os produtos oferecidos aos clientes compreendem:

Produtos de Câmbio

Cambio spot e termo

Exportação

Importação

Financeiro (pagamento de empréstimos, juros, remessa de dividendos, capital, royalties, investimentos do e para o exterior, dentre outros)

Produtos de hedge

SWAP's

NDF's

Opções

Produtos para Investimentos:

Page 4: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 4 de 17

CDB

Letras Financeiras

LCI

Títulos Públicos

Títulos Privados Área de Pessoas Físicas O Banco Caixa Geral - Brasil dispõe de uma área para atendimento de Particulares (Pessoas Físicas), que oferece aplicações financeiras em renda fixa, tais como Certificados de Depósitos Bancários (CDB’s), Letras Financeiras ou Letras de Crédito Imobiliário (LCI’s). Também são oferecidas operações de compra e venda de moeda estrangeira (exceto moeda em espécie e travellers checks). Área de Investidores Institucionais Oferece produtos para aplicações financeiras, atua na distribuição de operações de Renda Fixa e Renda Variável estruturados com a participação do BCG-Brasil ou que estão em sua carteira. Área de Tesouraria A Tesouraria do BCG-Brasil conta com uma equipe experiente de operadores e possui posição destacada no mercado de câmbio do Banco Central do Brasil. As principais atividades estão relacionadas ao atendimento das necessidades dos clientes em hedge e câmbio, bem como gestão de uma posição proprietária.

III – Organograma Societário - Data base: Dezembro de 2013

IV – Governança Corporativa

O Banco possui uma estrutura de governança corporativa que estabelece fóruns colegiados, formalmente organizados, para o acompanhamento e tomada de decisões dos vários aspectos inerentes à gestão e controle do Banco para assuntos relacionados ao gerenciamento de riscos.

Caixa Geral de Depósitos (Lisboa)

Caixa Participações

SGPS

Caixa Banco de Investimento

(Lisboa)

Banco Caixa Geral Brasil

99,9% 0,1%

CGD PINF

CGD Investimentos Corretora de Valores e

Cambio S. A.

50% 50%

100%

Exterior

Brasil

Portugal

Portugal

Page 5: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 5 de 17

Possui também estrutura segregada de gerenciamento de riscos de mercado, operacional, crédito, liquidez, auditoria interna, controles internos e compliance. O BCG-Brasil vem aperfeiçoando, a cada dia, seu sistema de gestão, com o objetivo de estar sempre em linha com as melhores práticas de governança corporativa. A abordagem para gestão de riscos compreende a adoção de instrumentos que permitem a consolidação e controle dos riscos relevantes incorridos pelo Banco. Esta abordagem tem por objetivo organizar o processo decisório e definir os mecanismos de controle dos níveis de risco aceitáveis e compatíveis com o volume de capital disponível, em linha com a estratégia de negócio adotada. A consolidação dos riscos abrange todas as exposições relevantes inerentes às linhas de negócio do Banco, agrupados nas seguintes categorias de riscos: de mercado, de liquidez, de crédito e operacional. Esta consolidação é feita através de processo estruturado que compreende o mapeamento, a apuração e a totalização dos valores em risco. Os níveis de exposição a riscos são monitorados por meio de uma estrutura de limites, que são incorporados nas atividades diárias do Banco, através de um processo organizado de gestão e de controle, que atribui responsabilidades funcionais às áreas envolvidas. O envolvimento da Alta Administração se dá em vários níveis, desde o acompanhamento da evolução das exposições até o estabelecimento e execução das ações necessárias à mitigação dos riscos. Estrutura vigente

Conselho de Administração: Responsável pelas principais decisões de política empresarial, à

exceção daquelas de competência da Assembléia Geral. Atribuições:

Atuar de forma a perseguir a consecução do objeto social do Banco e proteger o seu

patrimônio;

Eleger e destituir os membros da Diretoria Executiva;

Page 6: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 6 de 17

Escolher e substituir o Diretor Responsável pela Ouvidoria;

Definir a estratégia e as alçadas de atuação da Diretoria Executiva, bem como orientá-la a

fim de maximizar o retorno do investimento e agregar valor ao empreendimento;

Rever e se manifestar sobre o relatório da administração e as demonstrações financeiras

preparadas sob orientação da Diretoria Executiva;

Deliberar, “ad referendum” da Assembléia Geral, sobre a distribuição de dividendos

intermediários, inclusive à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes

no balanço semestral ou anual;

Nomear e substituir auditores independentes;

Propor a Assembléia Geral o aumento de capital com a correspondente emissão de novas

ações pelo Banco, bem como os termos e as condições dessa emissão;

Deliberar sobre a distribuição da remuneração dos membros do Conselho de

Administração e da Diretoria Executiva, quando fixada de forma global pela Assembléia

Geral.

Órgãos de apoio ao Conselho de Administração:

A - Comitê Técnico de Remuneração: Responsável por elaborar a Política de Remuneração dos

administradores do BCG-Brasil e, propor ao Conselho de Administração as diversas formas de

remuneração fixa e variável dos colaboradores, além de benefícios e programas especiais de

recrutamento e desligamento. Este deve reportar-se diretamente ao Conselho de

Administração. Demais atribuições:

Supervisionar a implementação e operacionalização da Política de Remuneração;

Revisar, anualmente, a Política, recomendando ao Conselho de Administração a sua

correção ou aprimoramento;

Propor ao Conselho de Administração o montante da remuneração global dos

Administradores a ser submetido à Assembléia Geral, na forma do art. 152 da Lei nº 6.404,

de 1976;

Avaliar cenários futuros, internos e externos, e seus possíveis impactos sobre a Política de

remuneração;

Avaliar, periodicamente, a Política em relação às práticas de mercado, com vistas a

identificar discrepâncias significativas em relação a empresas congêneres, propondo os

ajustes necessários;

Zelar para que a Política esteja permanentemente compatível com a política de gestão de

riscos, com as metas e a situação financeira atual e esperada da Companhia e com o

disposto na Resolução CMN 3921; e

Elaborar anualmente, no prazo de noventa dias a contar de 31 de dezembro de cada ano,

o Relatório do Comitê de Remuneração, na forma prevista na Resolução CMN 3921.

B - Comitê Técnico de Auditoria: composto por três membros, todos eles membros do

Conselho de Administração do Banco Caixa Geral Brasil, sendo o coordenador um dos

membros independente, tem por objetivo zelar pelo cumprimento das exigências legais e

regulamentares, pela integridade e qualidade das demonstrações financeiras da instituição,

pela eficácia e efetividade da atuação das auditorias independente e interna, e pelo

acompanhamento permanente da qualidade dos controles internos e da gestão de riscos.

Page 7: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 7 de 17

C - Diretoria Executiva: Responsável pela direção dos negócios do Banco e a prática dos atos

necessários ao seu funcionamento. Atribuições:

Fazer cumprir as disposições do Estatuto Social e as deliberações do Conselho de

Administração;

Representar o Banco perante terceiros e implementar as estratégias e a orientação geral

dos negócios do Banco consoante as diretrizes fixadas pelo Conselho de Administração;

Orientar o trabalho das diversas áreas do Banco, de forma que as mesmas tragam os

retornos estabelecidos no planejamento estratégico do Banco;

Atuar de forma a buscar a preservação da imagem, rentabilidade, exigências legais,

segurança do patrimônio e solidez do Banco;

Supervisionar a execução da política comercial, financeira, técnica, administrativa e de

planejamento do Banco;

Levantar balanços semestrais, elaborar e apresentar anualmente à Assembléia Geral

Ordinária as demonstrações financeiras e o relatório de administração, bem como assiná-

los e publicá-los;

Praticar outros atos que lhe venham a ser especificados pelo Conselho de Administração.

Comitês de Gestão e Controle de Riscos Os Comitês estão formalmente constituídos em normativo interno, que estabelece seus

respectivos objetivos e atribuições, composição e membros votantes, e regras para

deliberações.

Comitê de Crédito: tem por objetivo avaliar pedido de limites e/ou operações de crédito

encaminhadas pela Área Comercial, avaliar negociações ou acordos para regularização de

créditos problemáticos, estabelecer o rating de cada operação / contraparte de acordo

com a escala de rating estabelecida pelo Banco Central do Brasil e em observância a

política definida para o Grupo CGD.

Comitê Gestão de Risco de Mercado: tem por objetivo acompanhar a aplicação da política

global de riscos de mercado, a utilização dos limites institucionais de exposição máxima

aos riscos de mercado e liquidez, bem como debater os assuntos relacionados com o

controle dos riscos e da exposição financeira do Banco.

Comitê de Ativos e Passivos e Liquidez (ALCO): tem por objetivo analisar e avaliar a

composição e rentabilidade do balanço, as fontes de liquidez e seus usos,

establelecimento de GAP’s máximos entre prazo de ativos e passivos, avaliação dos riscos

da carteira de “não- negociação”.

Comitê de Risco Operacional e Controles Internos: tem por objetivo o acompanhamento

e debate dos assuntos relacionados com a ocorrência de eventos operacionais, em

observância a política definida para o Grupo CGD, bem como dos assuntos relacionados a

Controles Internos e pelo acompanhamento da evolução dos planos de ação estabelecidos

para mitigar os riscos apontados pelas autoridades competentes.

Page 8: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 8 de 17

Comitê de Underwriting: tem por objetivo definir as diretrizes para aprovação da

participação do BCG, em operações de valores mobiliários no Mercado de Capitais

Brasileiro.

Comitê de Gestão de Capital: tem como objetivo monitorar e controlar o capital mantido

pelo Banco, avaliar sua adequação face aos riscos a que a instituição está sujeita e

estabelecer limites de exposição a riscos que afetem o capital.

Comitê de Aceitação de Clientes: tem por objetivo reduzir os riscos do uso de produtos e

serviços para a prática de crimes de “lavagem” de dinheiro, protegendo, desta forma, o

Banco, acionistas, funcionários e clientes.

Comitê de Produtos: tem por objetivo apreciar, debater e aprovar os assuntos

relacionados com a estratégia de desenvolvimento, oferta e renovação de produtos e

serviços do BCG-Brasil.

Comitê de Tecnologia: tem por objetivo promover a redução dos riscos relacionados aos

aspectos de tecnologia, a priorização de projetos e demandas envolvendo os sistemas de

informação, infraestrutura e telecomunicações do BCG-Brasil, bem como a apresentação

de indicadores e níveis de acordo de serviços referentes aos contratos mantidos com

fornecedores de serviços de TI.

Comitê de Compliance e Auditoria Interna: tem por objetivo debater os assuntos

relacionados com a gestão de risco, bem como por supervisionar o cumprimento das

disposições legais e regulamentares aplicáveis ao Banco.

2. ATIVIDADE DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

O Banco utiliza um enfoque estruturado para a padronização das atividades de gerenciamento

de riscos. Estas atividades compreendem as seguintes etapas:

Identificação de riscos e controles;

Avaliação e mensuração de riscos e controles;

Análise de vulnerabilidades de controles;

Definição do nível de exposição a riscos;

Implantação de respostas aos riscos;

Definição de indicadores de desempenho;

Monitoramento de histórico destes indicadores; e

Reporte das informações para a estrutura de governança.

A Alta Administração do Banco participa das decisões envolvendo a gestão de riscos, aprovação de políticas corporativas, manuais internos e disseminação da cultura de controles internos, através das reuniões do Conselho de Administração, através da participação da Diretoria Executiva nos comitês descritos no item anterior e através de informes diários encaminhados pelas diversas áreas do Banco à Diretoria Executiva.

Funções de Gestão de Risco, Controles Internos, Compliance e Auditoria Interna

Page 9: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 9 de 17

Em síntese, o Banco adota os seguintes fundamentos na prática da gestão de riscos:

Visão consolidada de riscos através de uma estrutura de Comitês;

Compatibilização entre níveis de exposição a riscos, limites autorizados e retorno financeiro pretendido;

Segregação funcional entre áreas de negócio, controle de riscos, auditoria e processamento operacional;

Envolvimento da Alta Administração.

Para a execução das atividades de gestão de riscos, o Banco conta com áreas dedicadas que

são responsáveis pelos controles consolidados de riscos de mercado, de liquidez, de crédito e

operacional, conforme descrito a seguir:

1. Gestão de Riscos

a ) Risco de Mercado Conceito: é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes

da flutuação nos valores de mercado de exposições detidas pelo Banco. Estas perdas

financeiras podem ser incorridas em função do impacto produzido pela variação das taxas

de juros, das paridades cambiais, dos preços de ações e de commodities.

Princípios Básicos:

Envolvimento da Alta Administração: o comitê está estruturado com o objetivo de

envolver a Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos;

Segregação de carteiras: para efeito da gestão e do controle consolidado do risco de

mercado das exposições, as operações são segregadas em dois tipos de carteiras,

conforme a sua estratégia de negócio: carteira trading (negociação) ou carteira

banking (não-negociação);

Segregação de funções: O controle de risco de mercado é realizado por área

independente das áreas de negócios, responsável por executar as atividades diárias de

mensuração, avaliação e reporte de risco, permitindo autonomia na condução das

atribuições inerentes de sua função;

Estabelecimento e acompanhamento dos limites: definição clara e objetiva dos limites

autorizados de risco, com acompanhamento e reporte do nível de utilização dos

limites autorizados junto a Administração local, Casa Matriz e atendimento aos órgãos

reguladores.

Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle:

O Banco adota um conjunto de medidas objetivas para gestão e controle de riscos de mercado

Carteira de Negociação:

Valor em Risco (VaR - Value at Risk): medida estatística que quantifica a perda

econômica potencial máxima esperada em condições normais de mercado,

considerando horizonte de tempo e intervalo de confiança definidos. Mensalmente

são realizados testes de aderência dos resultados diários da carteira de negociação ao

VaR obtido pelo modelo utilizado histórico, com índice de confiança 99%;

Page 10: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 10 de 17

Perdas potenciais em Cenários de Estresse (Teste de Estresse): técnica de simulação

para avaliação do comportamento dos ativos e passivos do portfólio quando diversos

fatores de risco são levados a situações extremas de mercado (baseadas em cenários

prospectivos da BM&FBovespa ou própria);

Alerta de Stop Loss: perdas efetivas somadas num determinado horizonte de tempo. O

Banco adota uma política de alertas baseada em gatilhos;

Sensibilidade (PV01): impacto no valor de mercado dos fluxos de caixa, quando

submetidos a um aumento de 1 ponto-base a.a. nas taxas de juros atuais.

Limite de exposição a moeda estrangeira: valor máximo que o Banco pode estar

exposto a determinada moeda estrangeira (Dólar, Euro, Yen).

Para as exposições registradas na carteria de não-negociação são aplicadas as seguintes

medidas de risco:

Valor em Risco - VaR (10 dias, 99% de confiança);

Sensibilidade do resultado diário a um choque na taxa de juros de 100 bps e 200

bps;

Calculo de sensibilidade - PV01 da carteira.

Teste de stress:

I. Estimar a variação no valor de mercado das operações registradas na

carteira de negociação, com a utilização de choque compatível com o 1º e

99º percentis, de uma distribuição histórica de variações nas taxas de

juros, considerando o período de manutenção de um ano e período de

observação de cinco anos;

II. Estimar a quantidade de pontos base, de choques paralelos nas taxas de

juros, necessários para acarretar reduções do valor de mercado das

operações não classificadas na carteira de negociação correspondentes a

5% (cinco por cento), 10% (dez por cento) e 20% (vinte por cento) do

patrimônio de referência;

b) Risco de Liquidez Conceito: O risco de liquidez é o risco do Banco não poder satisfazer necessidades de caixa

correntes e futuras, previstas ou imprevistas.

O risco de liquidez e de refinanciamento é gerido através de comitê denominado ALCO (Assets and Liability Committee). Este comitê apóia-se em princípios de gestão, que se aplicam tanto em condições normais como em situação de stress de mercado, e tem como objetivos:

assegurar uma base de financiamento equilibrada para apoiar a estratégia de

desenvolvimento do BCG-Brasil

garantir que o Banco esteja sempre em posição de cumprir suas obrigações

perante seus clientes

não provocar uma crise sistêmica em decorrência de ações do Banco

observância aos quesitos regulamentares

manter o custo de refinanciamento o mais baixo possível

Page 11: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 11 de 17

lidar com eventuais crises de liquidez.

Os relatórios e análises de liquidez são periodicamente apresentados à Diretoria Executiva

e regularmente nas reuniões do comitê ALCO para informar os indicadores de liquidez e os

resultados dos testes de estresse. O comitê ALCO também é informado de qualquer

situação de crise de liquidez e é um dos principais responsáveis por decidir sobre a

atribuição de funções de gestão de crises e aprovação de planos de emergência.

Conforme metodologia aprovada pelo Comitê foi definido valor mínimo de liquidez, para o

horizonte de 90 dias que se baseia, entre outros fatores, em uma análise histórica da

evolução das captações do Banco.

O Stress Test de liquidez considera, entre outras premissas, queda na base de captações,

inadimplência e stress na carteira de derivativos para assim simular um fluxo de caixa para

situações adversas. Essa métrica é acompanhada mensalmente no Comitê ALCO.

Para administrar a liquidez do caixa são estabelecidas, adicionalmente, premissas de

desembolsos e recebimentos futuros, com o objetivo de permitir que ações sejam

tomadas com a necessária antencipação.

c) Risco de Crédito

Conceito: consiste na possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não

cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras

nos termos pactuados.

O objetivo da gestão do risco de crédito é apoiar a Alta Administração no processo

decisório, definindo estratégias e políticas, estabelecendo limites, mecanismos de

mitigação de risco e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de crédito

em níveis considerados aceitáveis pela administração da instituição.

Princípios Básicos:

As áreas de negócios são as responsáveis pelo contato com cliente, identificação

de suas necessidades e por formular as propostas de mitigantes de crédito. A área

de crédito, com base nas informações fornecidas pelas áreas de negócios, pelo

cliente e obtidas de forma independente, emite parecer em relação ao pedido no

Comitê de Crédito;

Todas as decisões de crédito são formalizadas em atas de reunião assinadas pelos

membros do Comitê de Crédito;

Negócios especiais ou diferenciados devem envolver os especialistas em suas

respectivas áreas que irão prover o apoio técnico necessário ao negócio;

Estrutura de comitês e alçadas de aprovação de crédito;

Critérios e procedimentos de seleção de clientes;

Procedimentos de análise, aprovação e liberação de novos produtos com risco de

crédito;

Page 12: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 12 de 17

Classificação da carteira em níveis de risco, ponderando o rating dos clientes, as

garantias envolvidas, prazos e atrasos das operações;

Gestão de limites e risco de crédito de contraparte de instrumentos derivativos

financeiros;

Avaliação do risco em operações de venda ou transferência de ativos;

Estabelecimento de limites para a realização de operações sujeitas ao risco de

crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado - grupo com interesse

econômico comum - e de tomadores ou contrapartes com características

semelhantes; e

Controle de garantias e instrumentos de mitigação de risco de crédito.

Em linha com os princípios da Resolução nº 3.721 de 30 de abril de 2009 do CMN, o

Banco possui uma estrutura e uma política de gerenciamento do risco de crédito,

aprovada pelo seu Conselho de Administração.

A área de Risco Crédito, também é responsável pela gestão e controle dos créditos em

atraso, apoiando a área comercial nas renegociações e reestruturação de dívida.

Apresentamos a seguir tabela com exposição ao risco de crédito (EPR) segregada por

fator de risco, bem como o volume de operações em atraso segregadas por faixas de

prazo:

Exposição ao Risco de Crédito (EPR)

FPR 03/2013 06/2013 09/2013 12/2013

0% 261.380.222 485.059.271 282.632.025 683.450.632

20% 2.126.990 4.010.323 3.374.201 6.639.363

50% 244.456.304 434.997.971 201.780.220 57.762.497

75% 82.616.169 72.511.293 74.335.125 -

100% 1.198.555.957 1.351.730.103 1.413.677.406 1.497.299.972

150% 5.942.598 858.966 918.548 -

300% 8.908.580 11.866.640 16.563.814 1.301.151

Volume de operações em atraso

03/2013 06/2013 09/2013 12/2013

Atraso até 60 dias - 1 2 3

Atraso entre 61 e 90 dias - - - -

Atraso entre 91 e 180 dias - - - -

Atraso acima de 180 dias - - - -

d) Risco Operacional

Conceito: é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou

inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o

risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição,

bem como as sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações

por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição.

Page 13: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 13 de 17

O gerenciamento do risco operacional tem como objetivo apoiar a gestão dos negócios por

meio da avaliação e controle do risco, da captura e gestão da base de perdas e indicadores

de risco operacional e do cálculo do capital alocado para risco operacional, possibilitando a

priorização e implantação de ações de melhoria, de acordo com os níveis de apetite a risco

definidos pela Alta Administração.

Em linha com os princípios da Resolução nº. 3.380 de 29 de junho de 2006 do CMN, o

Banco definiu uma política de gerenciamento do risco operacional, com a aprovação

ratificada pelo seu Conselho de Administração.

Princípios Básicos:

Envolvimento da Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos através

dos comitês e comissões estabelecidos;

Mapeamento dos controles e análise dos riscos inerentes e residuais;

Captura de perdas operacionais e manutenção de base de dados estruturada com

informações referentes aos eventos;

Acompanhamento de indicadores de risco operacional (KRIs) ;Análise, comunicação e

implantação de planos de ação para melhoria de processos e controles e mitigação dos

riscos incorridos;

As funções de gerenciamento de risco operacional são desempenhadas por unidades

funcionais segregadas, formalmente constituídas e com atribuições claramente definidas,

conforme apresentado a seguir:

Área de Controles Internos: responsável por mapear, identificar e avaliar os riscos

operacionais e controles existentes nas áreas e processos do Banco, incluindo os

serviços terceirizados relevantes; bem como por testar a efetividade dos controles

existentes. Responsável, também, por acompanhar o andamento e a implantação dos

planos de ação elaborados para mitigar riscos operacionais e para promover melhorias

no ambiente de controle e dar ciência ao Comitê ROCI dos resultados dos trabalhos de

mapeamento, avaliação e testes de controle, bem como de riscos e eventuais

deficiências encontradas que sejam relevantes.

Área de Risco Operacional: responsável pela gestão e manutenção da base de dados

de perdas operacionais, acompanhamento dos planos de ação para perdas relevantes,

definição de metodologias e ferramentas para estruturação de indicadores de risco

operacional, construção de cenários e cálculo de capital alocado para risco

operacional.

Gestores e Colaboradores: Responsáveis pela gestão e revisão dos riscos operacionais

existentes nas suas atividades e processos, pela implementação de controles e

definição de indicadores para acompanhamento dos riscos e planos de ação para sua

mitigação. São também responsáveis pela comunicação tempestiva das ocorrências

relacionadas a risco operacional.

A área de gerenciamento de Risco Operacional é suportada pela Alta Administração do

Banco, sendo os assuntos reportados e discutidos no Comitê de Risco Operacional e

Controles Internos (CROCI).

Page 14: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 14 de 17

O Banco possui também metodologia e sistema aplicativo, que é o mesmo utilizado por

sua Matriz – a Caixa Geral de Depósitos – para o registro dos eventos de risco operacional

e indicação dos processos a que se relacionam.

Planos de Contingência – Continuidade Operacional: O Plano de Continuidade de Negócios (PCN) do BCG-Brasil visa reduzir o risco de perdas

financeiras e de imagem, provendo a habilidade de recuperar e restaurar suas operações

em casos de catástrofe, desastres ou interrupção dos serviços e processos críticos. O PCN

tem por objetivo também a conformidade com as melhores práticas e atender aos

requisitos do BACEN (Resolução 3380), que define a necessidade de um PCN para cenários

de contingência ou emergência. Realiza testes periódicos que são documentados assim

como os planos de ação, se aplicável. O último teste realizado foi em setembro/2013.

Treinamentos e Conscientização sobre Riscos e Controles O direcionamento, conteúdo e periodicidade dos treinamentos específicos relacionados ao

tópico acima são definidos pelos gestores responsáveis das Áreas de Compliance, Controles

Internos e Risco Operacional. Todos os colaboradores receberam treinamento sobre a

conscientização do risco operacional e disseminação da cultura de controles através da

implementação da metodologia ROCI que segue as diretrizes estabelecidas pela matriz, a

utilização da ferramenta “SAS”, para a gestão do risco operacional, bem como, sobre

procedimentos para conhecimento do cliente e prevenção a lavagem de dinheiro.

2. Controles Internos

Tem por objetivo assegurar, em conjunto com as demais áreas do banco, a adequação,

fortalecimento e o funcionamento do Sistema de Controles Internos da Instituição, procurando

mitigar os riscos de acordo com a complexidade de seus negócios, bem como disseminar a

cultura de controles.

O modelo de governança adotado – ROCI - está alinhado às diretrizes da matriz (CGD) e é

composto pelo conjunto das estruturas de gestão do Risco Operacional e Controles Internos. O

objetivo é de assegurar e concretizar, eficaz e eficientemente, que o ambiente de riscos e

controles das atividades pertinentes ao Banco, passem pela identificação dos processos,

avaliação, monitoramento e mitigação do risco operacional.

Neste contexto, o modelo de governança implementado no grupo teve em consideração as

orientações expressas em alguns documentos de referência em termos de enquadramento

regulamentar:

Acordo de Basiléia II;

'Sound Practices for the Management and Supervision of Operational Risk', do Basel

Committee on Banking Supervision, de Fevereiro de 2003;

'Public Company Accounting Reform and Investor Protection Act', conhecido como

'Acto de Sarbanes-Oxley' (SOX);

Modelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations), criado em 1985.

Em síntese, as orientações referidas consubstanciaram-se na definição de um conjunto de

princípios estratégicos que conduzem as atividades presentes na gestão do Risco Operacional

e Controles Internos do BCG-Brasil abaixo explicitados:

Page 15: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 15 de 17

Envolvimento da Diretoria Executiva na definição, implementação e acompanhamento

do modelo de gestão do Risco Operacional e Controles Internos;

Independência entre a função da gestão do Risco Operacional e Controles Internos das

restantes unidades de negócio e das funções de controle;

Consistência e coerência para divulgar no âmbito Risco Operacional e Controles

Internos às restantes áreas do Banco;

Processos de reporte e monitoramento contínuos;

Implementação de práticas de responsabilização mediante a atribuição de

responsabilidades de gestão de risco operacional aos donos de processos;

Políticas de divulgação internas e externas transparentes;

Implementação de uma cultura de comunicação e envolvimento do BCG-Brasil na

temática da gestão do Risco Operacional e Controles Internos;

Integridade na identificação de riscos;

Conformidade das políticas de gestão do Risco Operacional e Controles Internos com

as restantes áreas funcionais do BCG-Brasil e com o enquadramento legal vigente;

Transparência e clareza na definição da estratégia, políticas, responsabilidades e

papéis.

A implementação deste modelo é evolutiva, sendo que existirá uma gestão conjunta das áreas

de Controles Internos e Risco Operacional.

3. Compliance

Responsável por assegurar o cumprimento e conformidade da legislação e de todas as normas

regulamentares, internas e externas, adoção de uma cultura de Compliance, ao nível dos

processos, colaboradores e sistemas de informação e propor ao Conselho de Administração a

correção ou aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos relacionados com a não

observância das disposições legais e regulamentares. A Área de Compliance possui uma linha

de reporte funcional com a Matriz do Banco Caixa Geral em Portugal.

4. Auditoria Interna

Sua principal função é avaliar os controles internos existentes, bem como das obrigações

regulatórias, emitindo relatório a respeito de recomendações, objetivando:

revisar e avaliar a eficácia, suficiência e aplicação dos controles internos;

determinar o grau de confiança das informações;

observar normas internas e legislação pertinente;

avaliar a qualidade alcançada na execução de tarefas determinadas para o

cumprimento das respectivas responsabilidades, entre outras.

ALOCAÇÃO DE CAPITAL REGULATÓRIO

A partir de 01 de julho de 2008 entrou em vigor a legislação do BACEN obrigando as

instituições financeiras a alocar capital para risco operacional. O Banco optou pela utilização

da Abordagem do Indicador Básico.

Apresentamos a seguir detalhamento do Patrimônio de Referência (PR) em nível I e II e

também do Patrimônio de Referência Exigido (PRE)

Page 16: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 16 de 17

Patrimônio de Referência (PR)

BASE DE CÁLCULO - R$ MIL 03/2013 06/2013 09/2013 12/2013

Patrimônio de Referência (PR) 470.362 464.677 463.745 416.899

Patrimônio de Referência Nível I 470.362 464.677 463.745 416.899

Patrimônio Líquido 474.955 465.102 465.101 417.359

Contas de Resultado Credoras 197.677 - 270.561 -

Contas de Resultados Devedoras (201.775) - (271.579) -

Ajustes ao Valor de Mercado - TVM e - (11) (6) (7)

Instrumentos Financeiros Derivativos - - - -

Ajuste prudencial - Ativos Diferidos (495) (414) (332) (453)

Patrimônio de Referência Nível II - - - -

Patrimônio de Referência Exigido (PRE)

BASE DE CÁLCULO - R$ MIL 03/2013 06/2013 09/2013 12/2013

PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA PARA LIMITE DE

COMPATIBILIZAÇÃO DO PR COM O PRE 470.362 464.677 463.745

416.899

PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) 470.362 464.677 463.745 416.899

PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO (PRE) 217.250 193.886 194.362 192.265

VALOR TOTAL DA PARCELA PEPR 147.135 162.682 169.491 168.404

VALOR TOTAL DA PARCELA PCAM 7.387 - - -

VALOR TOTAL DA PARCELA PJUR[1] 22.560 7.565 2.689 475

VALOR TOTAL DA PARCELA PJUR[2] 4.960 3.640 2.761 3.779

VALOR TOTAL DA PARCELA PJUR[3] 10.557 1 1 1

VALOR TOTAL DA PARCELA PACS 5.003 351 56 242

VALOR TOTAL DA PARCELA POPR 19.647 19.647 19.364 19.364

VALOR DA MARGEM OU INSUFICIÊNCIA 253.113 270.791 269.383 224.634

GERENCIAMENTO DE CAPITAL

O Banco Caixa Geral Brasil BCG Br possui uma estrutura de gerenciamento de capital

compatível com a natureza de suas operações, a complexidade dos produtos e serviços

oferecidos, e a dimensão de sua exposição a riscos e com objetivo de assegurar a otimização

do capital regulatório utilizado em seus negócios e avaliar as necessidades futuras deste

capital a fim de garantir a estabilidade da instituição financeira no longo prazo.

A estrutura de gerenciamento de capital tem como objetivo o gerenciamento do risco, a

avaliação da necessidade de capital e a divulgação de informações das atividades

empreendidas pelo grupo, de forma a manter as atividades da entidade com parâmetros

prudentes.

A estrutura de gerenciamento de capital visa o contínuo monitoramento, o controle e

otimização do capital regulatório, através do planejamento de metas, com base nos diversos

cenários econômicos, de modo a avaliar constantemente a necessidade de capital e a planejar

metas e objetivos estratégicos.

Page 17: GERENCIAMENTO DE RISCO - bcgbrasil.com.br...processos de gerenciamento de riscos adotados pelo Banco Caixa Geral Brasil (denominado ”Banco”, para fins deste relatório), em consonância

Página 17 de 17

O Plano de Capital é elaborado em consonância com o Orçamento da Instituição para os

próximos 3 anos, e é aprovado pelo Conselho de Administração.

A Alta Administração é envolvida em todas as iniciativas relevantes inerentes a gestão de

riscos sendo que a estrutura de governança propicia adequada avaliação dos riscos incorridos

pelo Banco e o efetivo gerenciamento dos mesmos. Além disso, conta com níveis de alçadas

tanto individuais como colegiadas levando-se em conta a independência necessária para a

tomada das decisões.

O BCG Br possui Comitês que desenvolvem ações técnicas com o objetivo dar subsídios para a

tomada de decisões da Administração, para minimizar as perdas e eliminar os impactos sobre

o negócio, priorizando a prudência sobre altos retornos, sem comprometer a rentabilidade da

instituição.

O Comitê de Gestão de Capital, que gerencia a adequação do capital regulatório é composto

por integrantes da controladoria, de risco de mercado, operacional, crédito, compliance e

auditoria e está estruturado conforme disposto no organograma a seguir:

Estrutura de Gerenciamento de Capital

Estrutura de Gerenciamento

de Capital

Conselho de Administração

Comitê de Gestão de Capital

Diretoria Executiva

Controladoria

Risco de Mercado

Risco de Crédito

Risco Operacional

Compliance

Auditoria