Gesso Cartonado

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ÍNDICE……………………………………………………………………………….Página 1 – INTRODUÇÃO……………………………………………………………………..3 2 - HISTÓRIA DAS PLACAS DE GESSO CARTONADO………………………...4 3 - COMPOSIÇÃO DAS DIVISÓRIAS ………………………………………...……5 3.1 - Estrutura interna………………………………………………………………….5 3.2 – Parâmetros………………………………………………………………...…….6 3.2.1 - Processo de fabrico …………………………………………………………..6 3.2.2 - Características dos painéis leves……………………………………………8 3.4 - Tipos de placas…………………………………………………………….…….9 3.4.1 - Placas de gesso padrão…………………………………………………..….9 3.4.2 - Placas resistentes à humidade………………………….……...……………9 3.4.3 - Placas resistentes ao fogo……………………………………………………9 3.4.4 - Placas com Isolamento térmico e acústico……………………………….10 4 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS …………………………10 4.1 - Materiais para fixação de placas…………………………..…………………10 4.1.1 - Parafusos e pregos………………………………………………………….10 4.1.2 - Massa para juntas……………………………………………………………11 4.1.3 - Fitas para juntas……………………………………………………..………12 4.2 - Equipamentos e Ferramentas………………………………………..……….13 4.2.1 - Controlo geométrico………………………………………………………....13 4.2.2 - Corte dos materiais………………………………………………….………14 4.2.3 - Fixação das placas……………………………………………………..……14 4.2.4 – Acabamento………………………………………………………………….14 5 – TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO……………………………………….………15 5.1 - Preparação das travessas………………………………………………...…..15 5.2 - Fixação das travessas………………………………………………………...16 5.3 - Posicionamento e colocação dos montantes……………………….………16 5.4 - Fixação das placas de gesso………………………………………...……….17 5.5 - Preenchimento das juntas…………………………………………………….18 1/23

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ÍNDICE……………………………………………………………………………….Página

1 – INTRODUÇÃO……………………………………………………………………..3

2 - HISTÓRIA DAS PLACAS DE GESSO CARTONADO………………………...4

3 - COMPOSIÇÃO DAS DIVISÓRIAS ………………………………………...……5

3.1 - Estrutura interna………………………………………………………………….5

3.2 – Parâmetros………………………………………………………………...…….6

3.2.1 - Processo de fabrico …………………………………………………………..6

3.2.2 - Características dos painéis leves……………………………………………8

3.4 - Tipos de placas…………………………………………………………….…….9

3.4.1 - Placas de gesso padrão…………………………………………………..….9

3.4.2 - Placas resistentes à humidade………………………….……...……………9

3.4.3 - Placas resistentes ao fogo……………………………………………………9

3.4.4 - Placas com Isolamento térmico e acústico……………………………….10

4 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS …………………………10

4.1 - Materiais para fixação de placas…………………………..…………………10

4.1.1 - Parafusos e pregos………………………………………………………….10

4.1.2 - Massa para juntas……………………………………………………………11

4.1.3 - Fitas para juntas……………………………………………………..………12

4.2 - Equipamentos e Ferramentas………………………………………..……….13

4.2.1 - Controlo geométrico………………………………………………………....13

4.2.2 - Corte dos materiais………………………………………………….………14

4.2.3 - Fixação das placas……………………………………………………..……14

4.2.4 – Acabamento………………………………………………………………….14

5 – TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO……………………………………….………15

5.1 - Preparação das travessas………………………………………………...…..15

5.2 - Fixação das travessas………………………………………………………...16

5.3 - Posicionamento e colocação dos montantes……………………….………16

5.4 - Fixação das placas de gesso………………………………………...……….17

5.5 - Preenchimento das juntas…………………………………………………….18

5.6 - Acabamento final……………………………………………………………….19

6 – PATOLOGIAS E REPARAÇÕES…………………………….........................19

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7 – PLACAS DE GESSO CARTONADO E ALVENARIA TRADICIONAL …….……….21

7.1 - Vantagens do uso das placas de gesso cartonado em relação à

alvenaria………………………………………………………………………………….……21

7.2 - Desvantagens das divisórias em gesso cartonado…………...……………………21

8 – CONCLUSÃO…………………………………………………………...………………..22

BIBLIOGRAFIA………………………………………………………………………………..23

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1 - INTRODUÇÃO

A presente monografia pretende estudar as paredes divisórias leves de gesso

cartonado, vulgarmente conhecidas por paredes de “Pladur”, sendo esta a marca mais

divulgada de sistemas de painéis pré fabricados de gesso cartonado comercializada

na União Europeia. Este trabalho tem o objectivo de elucidar sobre a composição,

modo de fabrico e características de uma parede divisória em gesso cartonado, bem

como a sua aplicação em obra.

Vários factores da construção civil como o alto custo da construção, mão-de-obra

desqualificada e a qualidade do produto final fazem com que a escolha de sistemas

como o de painéis leves seja uma boa opção a ter em conta.

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2 - HISTÓRIA DAS PLACAS DE GESSO CARTONADO

As placas de gesso cartonado foram inventadas nos Estados Unidos, no ano de 1898,

por Augustine Sackett.

Inicialmente as placas eram delgadas e moldadas em formas rasas, uma de cada vez,

e tinham a finalidade de servir como base para acabamento. Depois de moldadas, as

placas eram pregadas na parede ou no teto, sendo revestidas posteriormente com

uma camada fina de argamassa. No caso de as placas ficarem expostas, sem

acabamento posterior, as juntas formadas entre as placas eram cobertas com tiras de

madeira. Desde então, as placas passaram por vários processos de aperfeiçoamento,

e há aproximadamente 60 anos atrás, concebeu-se a ideia de cobrir essas placas com

papel, sendo o início do desenvolvimento das modernas placas de gesso cartonado.

Actualmente existem diversos fabricantes de placas de gesso cartonado que

comercializam os seus produtos em várias partes do mundo. Nos países onde o seu

uso é corrente, é possível encontrar uma variedade de tipos de placas de gesso

cartonado: placas resistentes ao impacto, placas flexíveis, placas resistentes ao fogo,

placas resistentes à humidade, além das placas padrão.

O sistema de paredes divisórias de painéis leves em gesso cartonado começou por

ser utilizado como meio de dividir rápida e provisoriamente um espaço, sendo que a

sua aplicação era maioritariamente em espaços de escritórios e comércio. A estrutura

era inicialmente de madeira preenchida por uma estrutura alveolar de cartão onde

assentavam as placas de gesso cartonado. Posteriormente para a estrutura vertical, a

madeira foi substituída por perfis metálicos, passando a ser utilizada apenas para

reforço de algumas secções ou quando se pretendia pregar algo naquela zona da

parede. Com as crescentes exigências regulamentares de segurança contra incêndios

e o progressivo desenvolvimento do sistema, a madeira deixou de ser utilizada no

interior da divisória, passando a estrutura interior a ser totalmente feita com perfis

metálicos.

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3 - COMPOSIÇÃO DAS DIVISÓRIAS

3.1 - Estrutura interna

Uma divisória interior de gesso cartonado é composta por uma estrutura de suporte

interior à qual são fixas as placas de gesso cartonado. A estrutura interior é uma

modulação de perfis metálicos. Geralmente é constituída por perfis colocados na

vertical, fixos a duas travessas horizontais, presas ao pavimento e ao tecto, como se

pode observar na figura 1. As placas são fixas a estes perfis com parafusos próprios,

formando a parede divisória interior. Todas as instalações necessárias passam pelo

interior da estrutura apoiada nos perfis verticais. A estrutura interna compõe-se de

montantes, colocados na vertical, e de travessas colocadas ao nível do pavimento e

do tecto, sendo fixadas com parafusos.

Figura 1 - Estrutura interna de perfis metálicos

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3.2 - Parâmetros

3.2.1 - Processo de fabrico

A fabricação das placas de gesso cartonado inicia-se com a extracção da gipsita da

mina. Em seguida, é transportada através de camiões para a fábrica, onde é

esmagada e peneirada. A próxima etapa consiste em secar esse material no forno,

obtendo-se o gesso. O gesso é então moído, sendo armazenado em silos. Dos silos, o

gesso é transportado para uma caixa de pesagem, por meio de vibração. Na caixa de

pesagem, há uma balança pneumática, onde se realiza a dosagem do gesso em peso.

Adiciona-se então aditivos como amido, fibra de vidro, que são misturados em

diferentes proporções dependendo do tipo de placa a ser fabricado (resistente a

humidade, resistente ao fogo, resistente ao impacto, entre outros). Em seguida,

adiciona-se água, cuja dosagem é realizada em volume, através de procedimentos

mecânicos. Tais materiais são transportados ao misturador, onde se realiza a mistura

do pó com a água, e no próprio misturador ocorre o processo de batimento por meio

de um eixo giratório. A pasta é então espalhada inicialmente sobre uma folha de papel,

sendo submetida a um processo de vibração. Tal acção é realizada para expulsar as

bolhas de ar no interior da pasta, evitando que a placa fique com vazios, o que

comprometeria a resistência mecânica. Outra folha de papel cobre a pasta, formando

uma sanduíche de gesso entre as duas camadas de papel.

Após o endurecimento das placas, estas são cortadas e transportadas para túneis de

secagem, onde há um controlo de humidade e temperatura. Em seguida, passam por

um circuito de ar frio, para que a secagem ocorra sem a perda das propriedades

elásticas requeridas.

Após esta operação, as placas são acondicionadas em lotes, sendo depois

transportadas para a área de aplicação.

A figura 2 ilustra todo o processo construtivo.

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Figura 2: Processo construtivo de placas de gesso cartonado

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3.2.2 - Características dos painéis leves

De um modo geral, as divisórias leves são constituídas por uma estrutura metálica ou

de madeira, fechada com painéis leves, e é utilizada como divisória interna em

edifícios. São construídos a seco e, conforme a sua mobilidade, são classificados em:

· Divisória leve removível (DLR) – a divisória é montada e desmontada sem que haja

danos aos seus constituintes. Não tem continuidade superficial e apresentam as juntas

e/ou montantes aparentes.

· Divisória leve desmontável (DLD) – possui continuidade superficial, e quando a

divisória é desmontada, pode haver danos aos seus constituintes, de modo que na

remontagem poderá haver a necessidade da reposição de alguns componentes.

As divisórias leves são de baixa densidade, normalmente a divisória possui um peso

inferior a 60 kg/m2, criando um alívio na sobrecarga da estrutura, as superfícies

apresentam grande homogeneidade e perfeição dimensional, o que facilita o

recebimento da camada de acabamento final, pois não necessita de camada de

regularização. Pode-se encontrar também painéis com revestimento incorporado. A

sua aplicação envolve montagem simples e a mão-de-obra não necessita de grande

especialização.

A principal função da divisória leve é o de compartimentar os ambientes, podendo

servir de suporte e protecção às instalações do edifício, e criar condições de

habitabilidade, como a instalação de iluminação, sistemas eléctricos e de saneamento.

Este elemento construtivo pode ainda ser utilizado em obras de reabilitação para o

revestimento de paredes.

Os painéis só devem ser montados após a elaboração de todos os projectos, desde o

arquitectónico até aos complementares. As instalações complementares (eléctrica,

hidráulica, telefonia, informática) devem ser previstas para obter a sua adequada

passagem dentro dos montantes e aberturas a serem feitas nas placas de gesso.

A montagem do painel é feita a menos 1cm do teto e do piso, para permitir a dilatação

da placa de gesso.

Em função da utilização do edifício, cada um dos diversos factores devem ser

previstos e analisados na elaboração do projecto, como a resistência mecânica,

isolamento sonoro e térmico, resistência ao fogo, á humidade e a agentes químicos.

3.4 - Tipos de placas

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3.4.1 - Placas de gesso padrão

As placas para uso padrão são compostas por um interior de gesso e aditivos, sendo

revestida em ambas as faces com papel kraft. Os aditivos normalmente utilizados são

sulfato de potássio, sulfato de sódio ou cloreto de sódio, cuja função é acelerar o

tempo de presa, para possibilitar a produção em larga escala. Utiliza-se também

amido, para facilitar a aderência do gesso no cartão.

As placas com espessura acima de 12.5 mm possuem maior resistência ao fogo e

melhor isolamento acústico que as placas de menor espessura. São rígidas e,

portanto, mais difíceis de empenar. Podem ser fixadas em estruturas de madeira ou

perfis metálicos e, caso se deseje melhorar o isolamento termo-acústico, pode-se fixar

duas placas numa mesma face da divisória, o que se denomina de parede dupla.

3.4.2 - Placas resistentes à humidade

As placas resistentes à humidade são constituídas por gesso e aditivos, como silicone

ou fibras de celulose, e têm as duas superfícies cobertas por um cartão com

hidrofugante.

Apesar de esta placa ser recomendada para áreas molháveis, não devem ser

empregadas em áreas sujeitas a uma alta taxa de humidade. Além disso, as placas

devem ser montadas de tal modo a se evitar a entrada de vapor de água, que pode

deteriorar o material.

3.4.3 - Placas resistentes ao fogo

As placas resistentes ao fogo, possuem aditivo no gesso e fibras de vidro, que

melhoram a resistência à tracção e reduzem a absorção de água, além de conferirem

maior resistência ao fogo à placa de gesso. As placas resistentes ao fogo devem

apresentar resistência ao fogo durante uma hora.

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3.4.4 - Placas com Isolamento térmico e acústico

O espaço interno dos sistemas construtivos em gesso cartonado permite a colocação

de lã mineral reforçando o isolamento térmico a fim de evitar o desperdício de calor. A

lã mineral é também um bom isolante acústico, e para este factor ser melhorado pode-

se ainda melhorar acrescentando mais placas de gesso cartonado numa mesma face.

4 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS

4.1 - Materiais para fixação de placas

4.1.1 - Parafusos e pregos

Para a fixação das placas de gesso à estrutura suporte, pode-se utilizar parafusos ou

pregos, sendo que os pregos são empregados somente quando a estrutura suporte for

de madeira. Ressalta-se que tanto os pregos como os parafusos a serem empregados

são designados especialmente para a fixação das placas de gesso cartonado, não se

devendo utilizar pregos e/ou parafusos não adequados a essa finalidade.

De um modo geral, os parafusos comercializados possuem uma ponta afiada para

penetrar tanto na placa como na estrutura, e o corpo possui uma rosca para melhorar

a fixação. Recebem um tratamento anti-oxidante, mas esse tratamento não deve

prejudicar a aderência do componente quando do acabamento das juntas observa

que, quando a placa for fixada em estrutura de madeira, o tamanho do parafuso deve

corresponder à espessura da placa aumentada de 2 cm, e quando a placa for fixada

sobre perfis metálicos, deve-se aumentar 1 cm.

Um cuidado a ser observado durante a fixação das placas é para que a cabeça do

parafuso fique nivelada com a face do cartão. A cabeça do parafuso não pode ficar

saliente, para não comprometer o acabamento, e também não pode ficar reentrante,

pois a cabeça do parafuso deve estar fixa no cartão, que vai resistir aos esforços

requeridos. Através da figura 3 é possível visualizar a forma correcta de fixação dos

parafusos.

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Figura 2: Posicionamento do parafuso na placa de gesso

4.1.2 - Massa para juntas

As massas para juntas são à base de gesso e possuem aditivos, que conferem maior

trabalhabilidade e plasticidade. De acordo com o teor de aditivos nas massas, o

endurecimento pode ocorrer rapidamente ou não. As massas que possuem presa

rápida são as mais comuns de serem utilizadas. Podem ser preparadas na obra,

adicionando-se água ao pó, mas também se pode encontrar disponível no mercado

massas prontas para uso. Pelo facto desta última já ser adquirida pronta para ser

utilizada, a sua consistência apresenta-se homogénea e as suas características físicas

são constantes. Os materiais para a execução da primeira camada de acabamento

possuem pouca retracção na secagem e melhor resistência às fissuras, se comparado

com materiais para a execução da camada final. A última camada proporciona um

acabamento mais liso. Existe também um material que pode ser utilizado para todos

as etapas do acabamento, sendo o mais utilizado, pois torna o serviço mais rápido.

Porém, o desempenho deste material é inferior se comparado aos materiais descritos

anteriormente. Os materiais que apresentam secagem rápida endurecem com a

evaporação da água, enquanto os materiais de secagem lenta endurecem por reacção

química.

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4.1.3 - Fitas para juntas

As massas para juntas possuem pouca resistência à deformação, e se as juntas entre

as placas forem preenchidas somente com essa massa, certamente haverá o

aparecimento de fissuras nessa região. Desta forma, utiliza-se também fitas para

reforçar as juntas formadas no encontro de duas ou mais placas, para reforçar os

cantos, e também para o reparo de fissuras. Podem-se encontrar dois tipos de fitas de

papel: fitas de papel kraft, que possuem a superfície lisa; e fitas de papel com um

vinco no meio, que auxilia na dobra quando aplicada em cantos internos.

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4.2 - Equipamentos e Ferramentas

Além dos materiais anteriormente citados, são necessários algumas ferramentas e

equipamentos, que visam facilitarem a actividade de execução, bem como aumentar a

produtividade.

Os equipamentos e ferramentas serão apresentados a seguir de acordo com sua

função: controlo geométrico; corte dos materiais; fixação das placas e acabamento.

4.2.1 - Controlo geométrico

Para o controlo geométrico, utilizam-se as seguintes ferramentas: fio-de-prumo, régua

com nível de bolha, fita métrica, e cordão para marcação.

O fio-de-prumo é utilizado para verificar se as estruturas suportes se encontram na

vertical. Para essa finalidade, pode-se utilizar também a régua com nível de bolha,

diminuindo a ocorrência de erros.

O metro e fita métrica são utilizados para medir e marcar a placa quando houver

necessidade de corte.

O cordão para marcação é utilizado para marcar linhas rectas de grande comprimento.

Para utilizar, inicialmente marcam-se dois pontos da recta a ser traçada e estende-se

o cordão, colocando-o sobre os dois pontos marcados. O cordão deve estar

tencionado e, com uma mão, levanta-se o cordão soltando-o em seguida. O giz

colorido impregnado no cordão deixará a marca.

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4.2.2 - Corte dos materiais

Frequentemente há a necessidade de cortar e furar as placas, para se adaptarem às

características e dimensões do ambiente e para a passagem de instalações. As

seguintes ferramentas são empregadas para esse fim: x-acto, régua, serrote de ponta,

serrote comum, plaina e serra de copo.

Para o corte das placas, a ferramenta mais utilizada é o x-acto. Para cortar a placa,

inicialmente corta-se o cartão utilizando o x-acto. Para garantir a linearidade, deve ser

utilizada uma régua como guia. Em seguida, deve-se aplicar um golpe seco sobre a

placa. Finalmente, deve-se virar a placa e cortar o outro lado do cartão com o x-acto

também. Quando há a necessidade de cortar as placas nas duas direcções, o serviço

pode tornar-se mais rápido com a utilização do serrote. Após o corte das placas, a

plaina é utilizada para o desbaste das bordas cortadas das placas. A serra de copo é

utilizada para fazer aberturas circulares nas placas, que permitam a passagem de

instalações. Para o corte de perfis metálicos, utiliza-se um alicate específico para esse

fim.

4.2.3 - Fixação das placas

As placas podem ser fixadas sobre estrutura de madeira ou perfis metálicos. No caso

de serem fixadas sobre estrutura de madeira os pregos devem ser fixados com um

martelo apropriado para esse fim.

No caso da utilização dos perfis metálicos, utiliza-se aparafusadora eléctrica para fixar

as placas de gesso.

.

4.2.4 - Acabamento

Para realizar o acabamento entre as juntas das placas de gesso, utilizam-se

espátulas.

A espátula é uma ferramenta utilizada para aplicar o material de preenchimento das

juntas entre placas, cantos e cabeças de pregos e parafusos.

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5 – TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO

Independente da largura, da espessura ou do tipo de placas a serem utilizadas, as

etapas básicas para a execução de paredes internas com placas de gesso cartonado

são:

1. Preparação das travessas;

2. Fixação das travessas;

3. Preparação dos montantes;

4. Colocação dos montantes;

5. Fixação das placas de gesso;

6. Preenchimento das juntas;

7. Acabamento final.

5.1 - Preparação das travessas

Inicialmente, deve -se marcar no piso a espessura da divisória, tomando-se o cuidado

para não esquecer de localizar também os vãos das portas. Do mesmo modo, a

espessura da divisória deve ser marcada no teto, podendo-se utilizar o fio de prumo

para auxiliar na preparação.

Figura 4 - Preparação das travessas

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5.2 - Fixação das travessas

As travessas devem ser fixadas no piso e no teto. Para a fixação das

travessas, pode-se utilizar parafusos e buchas, ou pistola e pinos de aço. Estas

devem ser fixadas a cada 60 cm.

5.3 - Posicionamento e colocação dos montantes

Em seguida, posicionar e colocar os montantes verticalmente no interior das

travessas, como ilustra a figura 5.

Figura 5 - Colocação dos montantes

A relação do espaçamento entre os montantes depende de uma série de factores,

sendo os principais:

-espessura total da divisória;

-número de placas em uma mesma face da divisória;

-largura do perfil metálico;

-pé direito.

No caso da espessura da divisória ser maior que a largura das travessas e dos

montantes disponíveis, pode-se executar uma dupla estrutura, de modo que a divisória

possa assumir larguras variadas. Porém, no caso de montantes duplos, esses devem

ser solidarizados a cada 0,40m, conforme se observa na figura 6 a seguir.

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Figura 6 - Montante duplo, solidarizado

5.4 - Fixação das placas de gesso

Após a montagem da estrutura, realiza-se a fixação das placas de gesso na

estrutura suporte, utilizando-se a aparafusadora eléctrica, como ilustra a

figura7.

Figura 7 - Fixação das placas de gesso na estrutura suporte.

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5.5 - Preenchimento das juntas

No canto de cada placa, há uma depressão para acomodar o material

necessário para o acabamento entre as juntas formadas pelo encontro de duas

placas.

As seguintes actividades devem ser realizadas para as juntas das placas:

Utilizando uma espátula, espalha -se uma quantidade adequada de massa

para juntas, preenchendo toda a junta.

Enquanto a massa de juntas ainda estiver húmida, deve-se colocar a fita de

papel no centro da junta. A fita de papel deve aderir à essa massa. Depois,

pressiona -se a fita com uma espátula inclinada a 45, forçando para que o

excesso da massa saia pela lateral da fita;

Quando a massa estiver seca, deve-se aplicar mais uma camada de massa

para juntas, cuja espessura deve ser maior que a da camada anterior.

Assim que a massa estiver seca, pode-se lixar as juntas para eliminar

eventuais imperfeições, e também para obter uma superfície mais lisa.

No caso de cantos internos, a massa para juntas deve ser aplicada em ambos

os lados com uma espátula. A fita deve ser dobrada ao meio e pressionada no

canto para aderir à massa. Quando a primeira camada estiver seca, deve-se

aplicar a segunda camada de massa, numa espessura maior que a primeira

camada. As cabeças dos parafusos de fixação também devem ser cobertas

com a massa. De acordo com a localização e o tipo de decoração que se

pretende realizar nas placas de gesso cartonado, o número de camadas para a

execução das juntas pode variar. Normalmente as juntas são realizadas com

três camadas de massa. A primeira camada não exige um acabamento

perfeito, devendo-se utilizar uma massa consistente. A segunda camada

constitui uma camada de enchimento, encobrindo com a fita de papel. A

terceira camada, denominada camada final, deve proporcionar um acabamento

liso e perfeito.

5.6 - Acabamento final

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Após a etapa de preenchimento das juntas, a divisória está pronta para receber

o acabamento final. Porém, o acabamento final da divisória não deve ser

realizado em menos de 24 horas após o preenchimento das juntas.

Como acabamento, pode-se utilizar tinta, papel de parede, revestimento

cerâmico, entre outros.

6 – PATOLOGIAS E REPARAÇÕES

Existem várias patologias a que as placas de gesso cartonado estão sujeitas e

para tal há várias soluções para esses problemas. Os principais problemas que

as placas podem enfrentar ao longo da sua vida útil são a humidade, buracos,

fissuras e manchas.

No caso da humidade, esta é uma patologia que se deve prever com

antecedência, pois neste caso a única solução viável é a de no momento da

aplicação das placas de gesso cartonado, utilizar do tipo resistente á

humidade, por exemplo se as placas forem aplicadas numa cozinha ou casa de

banho.

Para a reparação de buracos, se estes forem de pequena dimensão basta

aplicar uma tela rendada que cubra o buraco e de seguida com o auxílio de

uma espátula aplicar a argamassa própria para este fim, deixa-se secar, e

posteriormente com uma lixa remover o excesso de argamassa deixando a

superfície lisa, preparada para ser pintada.

Se o buraco for de maiores dimensões então a técnica de resolução é um

pouco diferente, primeiro corta-se um rectângulo em volta da dimensão

aproximada do buraco, removendo a área afectada, em seguida com ripas de

madeira, coloca-las por dentro do buraco aparafusando-as por cima da placa

de gesso cartonado, posteriormente corta se um bocado de placa de gesso

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cartonado do tamanho da secção afectada removida anteriormente, e cola-la

sobre as ripas. Novamente segue-se o processo anterior de cobrir as juntas do

remendo com argamassa, e quando seca, passar com lixa para alisar e esta

pronto a pintar.

No caso de fissuras a reparação é equivalente á dos buracos pequenos, com o

auxílio de tela rendada que cubra toda a falha, sendo aplicada a argamassa e a

preparação para a pintura.

No caso de manchas a reparação é relativamente fácil, bastando para tal

limpar a mancha com um produto adequado e se necessário pintar após seca a

lavagem.

7 – PLACAS DE GESSO CARTONADO E ALVENARIA TRADICIONAL

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7.1 - Vantagens do uso das placas de gesso cartonado em relação à alvenaria:

-Construção a seco, dando a possibilidade de maior limpeza e organização

-Superfície pré acabada, facilitando o acabamento final;

-Uso de revestimentos de pequena espessura.

-Elevada produtividade;

-Não depende da habilidade do profissional;

-Precisão dimensional;

-Facilidade em desmontar

-Redução da massa e consequente diminuição do peso próprio a ser transferido para

as fundações;

-Possibilidade de ganho de área útil devido a menor espessura das paredes

-Possibilidade de ajuste no desempenho acústico – lã de vidro ou composição de

chapas duplas ou triplas;

-Flexibilidades de formas arquitectónicas – superfícies curvas são possíveis mediante

o humedecimento;

-Redução no volume de material;

-Rapidez da execução

7.2 - Desvantagens das divisórias em gesso cartonado:

-Resistência mecânica: cargas pontuais superiores a 35 kg devem ser previstas com

antecedência, para instalar reforços no momento da execução;

-Resistência à humidade: as placas de gesso cartonado não resistem a alta taxa de

humidade;

-Barreira cultural do construtor e do consumidor;

-Dificuldade de detectar problemas na parte hidráulica;

-Os revestimentos utilizados devem ser bem estudados para que não haja uma

diferença muito grande de dilatação de materiais;

-É mais frágil relativamente as paredes de alvenaria tradicionais.

8 - CONCLUSÃO

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O sistema construtivo em gesso cartonado é um sistema que tem vindo a ganhar espaço

com o rápido desenvolvimento da sociedade, uma vez que permite montar divisórias em

interiores de edifícios de forma rápida, fácil e segura, garantindo os requisitos necessários

para a sua utilidade. O facto de ser uma tecnologia mais barata que as tradicionais paredes

de alvenaria e de fácil manutenção e reparação, tem contribuído para ganhar espaço nas

habitações familiares da sociedade moderna.

BIBLIOGRAFIA

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Page 23: Gesso Cartonado

-http://www.pladur.com

-http://www.uralita.com

-http://www.construlink.com

-http://www.lafargecorp.com.

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