Gestão da Linha de Costa do Brasil - brazbiz.dk · facilidades de infraestrutura em áreas...

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Gestão da Linha de Costa do Brasil Experiências, desafios e problemas na gestão costeira do estado do Ceará costeira do estado do Ceará Universidade Federal do Ceará Prof.Dr. Luís Parente Maia

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Gestão da Linha de Costa do Brasil

Experiências, desafios e problemas na gestão costeira do estado do Cearácosteira do estado do Ceará

Universidade Federal do CearáProf.Dr. Luís Parente Maia

Escala

Tem

po

LOCAL GLOBAL

FUTURO

SOCIAL

HIPERESPAÇO TRIDIMENSIONAL PARA GESTÃO DA ZONA COSTEIRA

LOCAL GLOBAL

PASSADO

NATURAL

•A praia da Caponga (Cascavel)•A praia do Farol (Itarema)•As praias do Icaraí, Pacheco e Iparana (Caucaia)•Desembocadura do rio Jaguaribe (Fortim).

EROSÃO COSTEIRA - CAUSAS NATURAISN

IVE

L D

O M

AR

(m

)

0

-100

-35.000 -7.000 0

EXCENTRICIDADE PRECESSAO DOS EQUINOCIOS

OBLICUIDADE

TRANSPORTE LONGITUDINAL

TRANSPORTE TRANSVERSAL

IDADE (ANOS)

-35.000 -7.000 0

FLUTUAÇÕES DO NIVEL DO MAR PROCESSOS ASSOCIADOS AS ONDAS

DEFLAÇÃO APORTE DE SEDIMENTOS

CARACTERÍSTICAS DAS ONDAS

PARAMETRO SEA SWELL

H altura da onda (m) 1,5 3,5

T período da onda (s) 5 15

D direção (º) 90 0

L comprimento da onda (m) 39 300

C velocidade da onda (m/s) 8 21

Db profundidade da arrebentação (m) 2,1 6,7

Hb altura na arrebentação (m) 1,7 5,6

FevereiroJaneiro

Março Abril

Julho Agosto

OutubroSetembro

JunhoMaio DezembroNovembro

Tendência erosiva: - 3,4 m/ano (média geral)

Valores máximos: - 8,8 m/ano (LRR); -10,9 m/ano (JKR) e -6,1 m/ano (EPR)

EROSÃO COSTEIRA - CAUSAS ANTRÓPICAS

OCUPAÇÃO DESORDENADA/

V

VVV V V

EXPLORAÇÃO DE RECURSOS OCUPAÇÃO DESORDENADA/INTERRUPÇÃO DO TRANSPORTE

DE SEDIMENTOS

EXPLORAÇÃO DE RECURSOS SUBSUPERFICIAIS

CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS EXPLORAÇÃO DE AREIAS

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180Distância (m)

-2

0

2

4

6

8

Cot

a (m

)

Perfil P1

N.M.B.

Praia do Pacheco

Abr/00 Mai/00 Jun/00 Jul/00Ago/00 Set/00 Out/00 Nov/00Dez/00 Jan/01 Fev/01 Mar/01Abr/01

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180Distância (m)

-2

0

2

4

6

8

Cot

a (m

)

Perfil P1Variação Sazonal

Perfil de Verão

Perfil de Inverno

N.M.B.

Meses Volume (m3) P1 Variação de Volume (m3)

Setembro/96 424.02 (mês de referência)

Outubro 355.65 -68.37

Novembro 334.13 -21.52

Dezembro 334.34 +0.20

Janeiro/97 362.28 -27.94

Fevereiro 344.52 -17.76

Março 428.14 +83.62

Maio 347.06 -81.08

Junho 444.87 +97.81

Julho 431.13 -13.74

Agosto 302.57 -128.56

Novembro 323.97 +21.40

Dezembro 324.67 +0.70

Meses Volume (m3) P1 Variação de Volume (m3)

Abril/00 334,51 0

Maio/00 354,6 20,09

Junho/00 164,4 -190,2

Julho/00 244,34 79,94

Agosto/00 141,47 -102,87

Setembro/00 154,56 13,09

Outubro/00 236,61 82,05

Novembro/00 133,93 -102,68

Dezembro/00 136,43 2,5

Janeiro/01 86,64 -49,79

Fevereiro/01 379,92 293,28

Março/01 153,72 -226,2

Janeiro/98 319.89 -4.78

Fevereiro 297.33 -22.56

Março 306.62 +9.29

Outubro 283.62 -23.00

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180Distância (m)

-2

0

2

4

6

Cot

a (m

)Perfil P2

Praia do Icaraí

N.M.B.

Abr/00 Mai/00 Jun/00 Jul/00Ago/00 Set/00 Out/00 Nov/00Dez/00 Jan/01 Fev/01 Mar/01

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220Distância (m)

-2

0

2

4

6

Cot

a (m

)

Perfil P2Variação Sazonal

Perfil de Verão

Perfil de Inverno

N.M.B.

y = 1,8101x - 1988,4R2 = 0,0267

0

50

100

150

200

250

abr/

00

mai

/00

jun/

00

jul/0

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ago/

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set/0

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dez/

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01

mar

/01

300

400

500

600

Vol

ume

do P

erfil

PRAIA DO ICARAI

0

100

200

set/9

6de

z/96

mar

/97

jun/9

7se

t/97

dez/9

7m

ar/9

8jun

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set/9

8de

z/98

mar

/99

jun/9

9se

t/99

dez/

99m

ar/0

0jun

/00

set/0

0dez

/00

mar

/01

Meses

Vol

ume

do P

erfil

Praia do Cumbuco

y = -4,6743x + 6090,7R2 = 0,0852

0

100

200

300

400

500

600

abr/

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mai

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00

set/0

0

out/0

0

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00

dez/

00

jan/

01

fev/

01

mar

/01

Praia do Cumbuco

y = -0,1239x + 490,12R2 = 0,0002

0

100

200

300

400

500

abr/

00

mai

/00

jun/

00

jul/0

0

ago/

00

set/0

0

out/0

0

nov/

00

dez/

00

jan/

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01

mar

/01

-5

0

5

10V

aria

ção

da p

osiç

ão d

a lin

ha d

e co

sta(

m/a

no)

-15

-10

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25

Transectos(nº)

Var

iaçã

o da

pos

ição

da

linha

de

LRR EPR JKR

1000

1500

2000

2500

Vaz

ão(m

3/s)

0

500

mar

/78

mar

/80

mar

/82

mar

/84

mar

/86

mar

/88

mar

/90

mar

/92

mar

/94

mar

/96

mar

/98

mar

/00

mar

/02

mar

/04

mar

/06

Tempo

Série histórica das vazões na bacia do Jaguaribe.Dados: ANA

As praias constituem áreas de recreio e As praias constituem áreas de recreio e lazer mas também funcionam como lazer mas também funcionam como estruturas protetoras dos terrenos à estruturas protetoras dos terrenos à retaguarda.retaguarda.

Com esse cenário de Com esse cenário de erosão, que atitudes tomar ?erosão, que atitudes tomar ?

��Recuar:Recuar: reassentar construções e outras facilidades de infraestrutura em áreas interiores, livres do alcance do mar.

��Acomodar:Acomodar: permanecer nas áreas costeiras sujeitas ao avanço do mar e se ajustar ao novo cenário.

Harmonizar o uso com a vocação do ambiente.

cenário.

��Proteger:Proteger: construir estruturas (leves ou pesadas) com a finalidade de impedir o avanço do mar nas áreas habitadas.

IPCC - 1990

??

ZONEAMENTO ECOLÓGICOZONEAMENTO ECOLÓGICO--ECONÔMICO DO LITORAL E ECOSSI STEMAS ASSOCIADOS ECONÔMICO DO LITORAL E ECOSSISTEMAS ASSOCIADOS

No caso de se fazer intervenções para No caso de se fazer intervenções para conter a erosão, há dois caminhos conter a erosão, há dois caminhos básicos:básicos:

�Uso de estruturas “rígidas” ( hard )

Fixa a posição da linha de costa através

�Uso de estruturas “leves” ( soft )

Fixa a posição da linha de costa através de uma interface rígida.Interfere na paisagem e no tipo de uso do ambiente.

Mitigam o problema com o uso de elementos naturais. Permitem harmonizar a obra com a paisagem e com o tipo de uso do ambiente.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO

REGENERAÇÃO DE PRAIAS

CONSTRUÇÃO DE SEA WALLCONSTRUÇÃO DE ESPIGÕES

CONSTRUÇÃO DE QUEBRA-MAR

BOA VIAGEM-PE

BOA VIAGEM-PE

NATAL-RN

IRACEMA-CE

PAULISTA-PE

JABOATÃO-PE

JABOATÃO-PE

BRASILIA TEIMOSA-PE

BRASILIA TEIMOSA-PE

A solução que se procura tem

a finalidade de trazer um

benefício,benefício, mas sempre tem

um custo.custo.

A melhor solução é aquela

que tem a menor relação

custo / benefício.

PASSADO ? ELEVAÇAO DO NIVEL DO MAR NOS ULTIMOS 300 ANOS

Previsão de Subida do NMRM Previsão de Subida do NMRM –– IPCC (1990)IPCC (1990)

80

100

120

Ele

vaçã

o N

MM

(cm

)

110 cm (pessimista)

Qual o Futuro ? Efeitos Globais

!

0

20

40

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80

1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060 2070 2080 2090 2100

Tempo (anos)

Ele

vaçã

o N

MM

(cm

)

31 cm (otimista)

66 cm

MODELO DE DESENVOLVIMENTO ?

MODELO DE DESENVOLVIMENTO ?

MODELO DE DESENVOLVIMENTO ?

A NATUREZA FOI CONSULTADA ?

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