Gestão de Estoques

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GESTÃO DE ESTOQUES Gestão Pública - 1º Ano Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais Aula 4 Prof. Rafael Roesler

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Gestão de estoques

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  • GESTO DE ESTOQUES

    Gesto Pblica - 1 Ano Administrao de Recursos Materiais e Patrimoniais

    Aula 4 Prof. Rafael Roesler

  • Sumrio

    Gesto de estoque

    Conceito de estoque

    Funes do estoque

    Estoque de segurana

    Classificao de estoques

    Dimensionamento de estoque

    Giro de estoque

  • Gesto de Estoque

    A gesto de estoque , basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor econmico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material , numa organizao.

    A gesto dos estoques visa, portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos ociosos expressos pelo inventrio, em constante equilbrio em relao ao nvel econmico timo dos investimentos.

  • Gesto de Estoque

    Isto obtido mantendo estoques mnimos, sem correr o risco de no t-los em quantidades suficientes e necessrias para manter o fluxo da produo da encomenda em equilbrio com o fluxo de consumo.

  • Estoque

    Estoque a composio de materiais - materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados - que no utilizada em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em funo de futuras necessidades.

    Assim, o estoque constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produo de seus produtos/servios.

  • Estoque

    Os estoques podem ser entendidos ainda, de forma generalizada, como certa quantidade de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, permanentemente, para produzir lucros e servios. So lucros provenientes das vendas e servios, por permitirem a continuidade do processo produtivo das organizaes.

  • Estoque

    A acumulao de estoques em nveis adequados uma necessidade para o normal funcionamento do sistema produtivo. Em contrapartida, os estoques representam um enorme investimento financeiro.

    Deste ponto de vista, os estoques constituem um ativo circulante necessrio para que a empresa possa produzir e vender com um mnimo risco de paralisao ou de preocupao. Os estoques representam um meio de investimento de recursos e podem alcanar uma respeitvel parcela dos ativos totais da empresa.

  • Estoque

    A administrao dos estoques apresenta alguns

    aspectos financeiros que exigem um estreito

    relacionamento com a rea de finanas, pois

    enquanto a Administrao de Materiais est

    voltada para a facilitao do fluxo fsico dos

    materiais e o abastecimento adequado produo

    e a vendas, a rea financeira est preocupada com

    o lucro, a liquidez da empresa e a boa aplicao

    dos recursos empresariais.

  • Funes do Estoque

    As principais funes do estoque so: a) Garantir o abastecimento de materiais empresa,

    neutralizando os efeitos de: - demora ou atraso no fornecimento de materiais; - sazonalidade no suprimento; - riscos de dificuldade no fornecimento.

    b) Proporcionar economias de escala: - atravs da compra ou produo em lotes econmicos; - pela flexibilidade do processo produtivo; - pela rapidez e eficincia no atendimento s necessidades.

  • Funes do Estoque

    Os estoques constituem um vnculo entre as etapas do processo de compra e venda - no processo de comercializao - e entre as etapas de compra, transformao e venda - no processo de produo. Em qualquer ponto do processo formado por essas etapas, os estoques desempenham um papel importante na flexibilidade operacional da empresa. Funcionam como amortecedores das entradas e sadas entre as duas etapas dos processos de comercializao e de produo, pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilaes inesperadas de oferta e procura, ao mesmo tempo em que isolam ou diminuem as interdependncias das diversas partes da organizao empresarial.

  • Estoque de Segurana

    Tem a funo de proteger o sistema produtivo quando a demanda e o tempo de reposio variam ao longo do tempo. Muitas vezes a previso de vendas sofre uma variao brusca em funo de uma contingncia no prevista. Tambm o tempo de reposio de materiais pode sofrer variaes em funo de problemas na cadeia de suprimentos. Em funo dessas contingncias, as empresas decidem por um estoque de segurana para enfrent-las e manter o sistema produtivo protegido das circunstncias externas empresa.

  • Classificao de Estoques

    Estoques de matrias-primas (MPs)

    Estoques de materiais em processamento

    (ou em Vias)

    Estoques de materiais semi-acabados

    Estoques de materiais acabados (ou

    Componentes)

    Estoques de produtos acabados (PAs)

  • Estoques de Matrias-Primas (MPs) Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais bsicos que ingressam no processo produtivo da empresa. So os tens iniciais para a produo dos produtos/servios da empresa.

  • Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias Os estoques de materiais em processamento - tambm denominados materiais em vias - so constitudos de materiais que esto sendo processados ao longo das diversas sees que compem o processo produtivo da empresa. No esto nem no almoxarifado - por no serem mais MPs iniciais - nem no depsito - por ainda no serem PAs. Mais adiante sero transformadas em PAs.

  • Estoques de Materiais Semi-acabados Os estoques de materiais semi-acabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento est em algum estgio intermedirio de acabamento e que se encontram tambm ao longo das diversas sees que compem o processo produtivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estgio mais avanado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo para se transformarem em materiais acabados ou em PAs.

  • Estoques de Materiais Acabados ou Componentes Os estoques de materiais acabados - tambm denominados componentes - referem-se a peas isoladas ou componentes j acabados e prontos para serem anexados ao produto. So, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas, constituiro o PA.

  • Estoques de Produtos Acabados (PAs) Os Estoques de PAs se referem aos produtos j prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constituem o estgio final do processo produtivo e j passaram por todas as fases, como MP, materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados e PAs.

  • Fonte: Chiavenato, 2005.

  • Dimensionamento do Estoque

    Dimensionar o estoque significa estabelecer os nveis de estoque adequados ao abastecimento da produo sem resvalar nos dois extremos de excesso de estoque ou de estoque insuficiente. Cada rea da organizao tem interesse em aumentar os seus nveis de estoque para garantir sua segurana e reduzir os riscos de falta de material para trabalhar.

  • Dimensionamento do Estoque

    PRESSUPOSTOS: O que?: quais materiais devem permanecer em estoque? (quais os itens do estoque?)

    Quanto?: qual o volume de estoque necessrio para determinado perodo? (qual o nvel de estoque para cada item?)

    Reposio: quando os estoques devem ser reabastecidos? (qual a periodicidade das compras e o giro do estoque?)

  • Conflito: financeiro x compras

    Fonte: Chiavenato, 2005.

  • Conflito: financeiro x compras

    O desafio est em saber quais os materiais, quanto e quando devero estar disponveis para abastecer a produo.

    O dimensionamento dos nveis de estoque est fundamentado na previso a priori do consumo de materiais durante um determinado perodo de tempo.

    Principais tcnicas para clculo da previso de consumo:

    Mtodo do consumo do ltimo perodo

    Mtodo da mdia mvel

    Mtodo da mdia mvel ponderada

  • Mtodo do consumo do ltimo perodo

    Prever o consumo do prximo perodo tomando por base o consumo ou demanda do perodo anterior.

    Muitas vezes aumenta-se a quantidade, quando o consumo crescente de um perodo para o outro.

    Fonte: Chiavenato, 2005.

  • Mtodo da mdia mvel

    A previso do prximo perodo calculada a partir das mdias de consumo dos perodos anteriores.

    As mdias mveis so influenciadas por valores extremos, o que uma desvantagem.

    Fonte: Chiavenato, 2005.

  • Mtodo da mdia mvel ponderada

    Os valores dos perodos mais recentes recebem um peso maior do que os valores dos perodos mais recentes .

    Fonte: Chiavenato, 2005.

  • Dimensionamento do Estoque

    O dimensionamento de estoque depende, portanto, da previso de consumo de material. Ao dimensionar o estoque, pretende-se atender a uma parte do consumo previsto e no sua totalidade, pois o consumo no ocorre de uma s vez, mas ao longo de um perodo de tempo. Assim, existe uma quantidade necessrio e uma quantidade mnima atendida pelo estoque. Da ser preciso uma certa rotatividade ou giro de estoque.

  • Giro de Estoque

    Relao entre o consumo anual e o estoque mdio do item. Para se medir a rotatividade:

    IR = Consumo mdio no perodo / Estoque mdio IR - ndice de rotatividade O IR representa o nmero de vezes que o estoque girou em um perodo em relao ao consumo mdio do item.

  • Giro de Estoque

    Exemplo:

    - Consumo mdio de um item - 1.000 peas por ano - Estoque mdio no perodo - 200 peas - IR = 5 O estoque girou 5 vezes no ano

  • Giro de Estoque

    Invertendo-se a equao do IR, obtem-se a taxa de cobertura (TC) , ou antigiro:

    TC = Estoque mdio / Consumo mdio no perodo Exemplo: Consumo mdio de um item - 4.000 peas por ms Estoque mdio no perodo - 6.000 peas TC = 1,5 ms Enquanto o IR indica quantas vezes o estoque roda no perodo, o antigiro indica quantos dias, meses ou anos de consumo equivalem ao estoque mdio.

  • Giro de Estoque

    O IR apresenta as seguintes vantagens: Apresenta um ndice de fcil comparao de estoques entre vrias empresas do mesmo ramo de atividade ou entre classes de itens de materiais.

    Pode ser utilizado como um padro de comparao para as taxas reais de cada item ao longo dos meses.

  • Concluso

    O dimensionamento de estoque uma exigncia diante de dois aspectos bsicos: a complexidade dos itens estocados e seu acompanhamento para no haver falta e prejudicar a produo;

    o investimento financeiro que pode e deve ser bem administrado.

  • Referncias

    CHIAVENATO, Idalberto. Administrao de materiais: uma abordagem introdutria. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

    VIANA, Joo Jos. Administrao de materiais: um enfoque prtico. So Paulo: Atlas, 2006.