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GESTÃO DE RESÍDUOS E RECICLAGEM NO SETOR AUTOMÓVEL Setembro | Outubro 2018 7,5€ 95 NESTA EDIÇÃO ATUALIDADE Falta de segurança torna aplicações de carsharing vulneráveis a ataques SOLUÇÕES MULTISSERVIÇO Mecânica rápida, manutenção e reparação auto COMÉRCIO NO AFTERMARKET Mercado multimarca OFICINA EM DESTAQUE Fidelização e parcerias ANÁLISE Start/Stop da SEG Automotive OPINIÃO Mobilidade elétrica com gestão centralizada

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GESTÃO DE RESÍDUOS E RECICLAGEM NO

SETOR AUTOMÓVEL

Setembro | Outubro 20187,5€

95

NESTA EDIÇÃO

ATUALIDADE Falta de segurança torna aplicações de carsharing vulneráveis a ataques

SOLUÇÕES MULTISSERVIÇO Mecânica rápida, manutenção e reparação auto

COMÉRCIO NO AFTERMARKETMercado multimarca

OFICINA EM DESTAQUEFidelização e parcerias

ANÁLISEStart/Stop da SEG Automotive

OPINIÃOMobilidade elétrica com gestão centralizada

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QUEM DECIDE CONHECE

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EDITORIAL 3

Edito

rial

Director: Henrique Neves › Editor: Osvaldo Pires › Colaboram nesta edição: Carlos Jesus › Designer: Lília Correia › Publicidade: [email protected]ção de exemplares: [email protected] › www.autoprofissional.pt › Tel.: 220 812 782 Fax: 220 812 782 Assinaturas: [email protected] › Impressão: 1500 exemplares › Finepaper, Lda - Rua do Crucifixo nº 86, 3º D, 1100 - 824 Lisboa › Registo: NROCS nº 123335 › Depósito legal: n.º 139685/99Periodicidade: Trimestral › Propriedade: Nova Algébrica, Lda › Rua Ribeirinhos, 295 | 4500-535 Espinho

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Valorização em plena Economia Circular

Os programas de gestão de resíduos e de reciclagem automóvel das em-presas especializadas nesta atividade industrial são um meio de os seus clientes aplicarem boas práticas ambientais. Os resíduos do setor auto-

móvel (perigosos ou não perigosos) estão atualmente sujeitos a critérios de sus-tentabilidade relacionados com princípios basilares como a valorização, derivada da reciclagem. Aquilo que hoje já não é útil pode ser transformado em novos materiais.Para além dos resíduos do setor oficinal, com o setor automóvel em permanente evolução, a gestão e reciclagem de resíduos já integra a reutilização das baterias de veículos elétricos e híbridos, um sinal da mudança tecnológica nos tempos que correm.No país, a tendência orienta-se cada vez mais para a valorização e reciclagem, numa dinâmica de Economia Circular, com a indústria transformadora a concentrar gran-de parte dos seus esforços na recolha, abate e reciclagem de Veículos em Fim de Vida e no tratamento de Resíduos de Baterias e Acumuladores.Por outro lado, as operações de despoluição consistem na remoção dos compo-nentes que são considerados perigosos, tais como baterias, líquidos (óleos lubrifi-cantes, óleos hidráulicos, líquido de arrefecimento, fluido do ar condicionado, etc.) e depósitos de GPL, assim como na neutralização dos componentes pirotécnicos (“airbags” e pré-tensores dos cintos de segurança).Em termos gerais, as operações para promover a reutilização e a reciclagem consis-tem na remoção de diversos componentes para revenda, como peças em segunda mão (por exemplo, faróis, portas, motor) ou para reciclagem (por exemplo, catali-sadores, pneus, vidros, para-choques).O caminho para a sustentabilidade tem sido favorecido por leis comunitárias e internacionais, com preocupações essencialmente ecológicas, e por certificações de Qualidade e Satisfação (ISO 9001), Gestão Ambiental (14001), Saúde e Segurança (OHSAS 18001) e Sistema de Gestão de Qualidade e Ambiente (SGQA), segun-do as normas ISO 9001e ISO 14001, para além de outras acreditações europeias como a da organização Weeelabex, especializada em auditorias que visam a exce-lência no tratamento de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos.

Osvaldo Pires

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Sumário

14 AtualidadeFalta de segurança torna aplicações de carsharing vulneráveis

Os especialistas da Kaspersky descobri-ram que as aplicações incluem falhas que ajudam os hackers a controlar veículos partilhados através de um ataque furtivo ou de um perfil falso.

16 DossierGestão de resíduos e reciclagemautomóvel

Na Economia Circular, os resíduos do se-tor automóvel estão atualmente sujeitos a critérios de sustentabilidade relacionados com princípios basilares como a valoriza-ção.

32 Comércio no aftermarket

Qualidade na oferta

A aposta empresarial no equipamento origi-nal e o foco no segmento premium de au-tomóveis está a fomentar uma maior diver-sificação dos respetivos portefólios e stocks.

40 AnáliseFuncionalidades abrangentes

O SC60 é um motor de arranque Start/Stop desenvolvido pela SEG Automotive para veículos compactos que promove uma maior eficiência energética dos motores.

38 OpiniãoGestão centralizada na eletrificação

A oferta integrada de viatura elétrica com painéis solares e um sistema de carrega-mento inteligente é uma solução que visa a redução do consumo e segurança da ins-talação.

37 Oficina em Destaque

Fidelização e parcerias

A qualidade na prestação dos serviços re-lacionados com os veículos e a atenção ao cliente constitui a base estratégica de uma oficina multimarca.

27 Soluções multisserviço

Mecânica rápida, manutenção e reparação

As redes oficinais elevam a prestação de ser-viços de mecânica rápida com a integração das mais modernas tecnologias de diagnós-tico para todos os componentes do veículo.

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ATUALIDADE 5

TOPCAR alarga a sua rede de oficinas A Rede de Oficinas TOPCAR conta atualmente com 82 oficinas a nível nacional, com a recente integração de 11 oficinas, nomeada-mente no Porto – Maia Gemunde (Auto Cunha), Setúbal – Grân-dola (Luís Silva), Lisboa – Bobadela (A.H. Almeida), Porto – Póvoa de Varzim (Auto Póvoa), Coimbra – Pedrulha (Red Devil), Faro – Loulé (Maquipower), Viana do Castelo – Darque (Auto Santoinho), Vila Real – Mondim de Basto (Auto Machado), Braga – Joane (Auto Extrema), Santarém – Almeirim (Almeicar) e Viseu - Fragosela (Bei-racar).As oficinas que integraram a rede oferecem os melhores serviços de manutenção e reparação multimarca nas áreas de mecânica, eletró-nica, diagnóstico, colisão e lavagem. Dos serviços rápidos aos mais complexos, as oficinas TOPCAR estão preparadas para pensar na melhor forma de responder às necessidades dos seus clientes, dis-põem de ferramentas e equipamentos especiais, com acesso à tec-nologia mais avançada. Garantindo a aplicação das melhores marcas de peças por técnicos altamente preparados, disponibilizam também soluções de conforto aos clientes, como a Garantia Ibérica e a pos-sibilidade de financiamento até 12 meses sem juros ou até 60 meses.Em termos de dispersão geográfica, a rede revela uma aposta no esta-belecimento de uma oferta mais vasta e dispersa no território nacional, apostando assim numa lógica de aumento da oferta de proximidade aos seus clientes.

Nove em cada 10 portugueses utilizam o telemóvel enquanto conduzem

A aplicação móvel lançada pela Liberty Seguros em fe-vereiro deste ano, Hit the Road, que permite avaliar a condução automóvel dos utilizadores, concluiu, nestes primeiros sete meses de utilização, que 9 em cada 10 portugueses já utilizaram o telemóvel enquanto condu-ziam.

Desde fevereiro, foram registadas através da app mais de 243 mil via-gens, que representam mais de 3 milhões de quilómetros percorridos e 89 mil horas de condução. Da análise destes dados, a seguradora con-cluiu também que o uso do telemóvel tem efeito no tipo de condução e aumenta o risco de acidente. O uso do telemóvel é constante em cerca de metade das viagens registadas pela app. Entre os utilizadores que mexem no telemóvel mais de dez vezes numa viagem (e pelo me-nos uma vez por minuto), 39% fez travagens bruscas e 57% efetuaram curvas bruscas nas viagens.Os utilizadores de Faro foram os que registaram a melhor média de pontuação (86,4 em 100 pontos), enquanto os utilizadores do distrito da Guarda tiveram a pior prestação média (81,3). Já a velocidade média mais elevada foi registada no distrito de Leiria (57 km/h).“Os dados registados na app Hit the Road são importantes pois per-mitem que os condutores se apercebam da forma como conduzem, podendo retirar algumas ilações sobre a sua performance na estra-da. Foi nesse sentido que desenvolvemos esta aplicação, para alertar para a segurança rodoviária, de uma forma divertida e educativa”, destaca Rogério Bicho, CEO da Liberty Seguros em Portugal.

Acesso via appA aplicação Hit the Road está disponível para os sistemas operativos iOS e Android. Para utilizá-la, os utilizadores com equipamentos com estes sistemas poderão descarregar a app, de forma totalmente gratuita, nas respetivas stores. A aplicação dispensa a ligação a uma rede de WI--FI ou o uso de dados móveis para ser utilizada durante uma viagem, sendo que o utilizador precisa apenas de ter os serviços de localização ligados e os dados da viagem serão descarregados quando se ligar a uma rede Wi-Fi.A Liberty Seguros apresenta estes dados mantendo o seu compromis-so de promoção da Prevenção Rodoviária e com a Semana Europeia da Mobilidade, que acontece de 16 a 22 de setembro e na qual colabora-dores e agentes de seguros estão envolvidos.

Conferência MOBINOV sobre “O Futuro das Qualificações e do Trabalho na Indústria Automóvel”

“O Futuro das Qualificações e do Trabalho na Indústria Automóvel” foi o tema em destaque no evento que de-correu recentemente no Instituto Politécnico de Setú-bal, e que pretendeu expor os desafios que o Cluster Au-tomóvel em Portugal.

O evento juntou pela primeira vez diversos especialistas que discutiram a escassez de recursos humanos no setor e a dificuldade em recrutar por parte das multinacionais que se instalam no nosso país e que não conseguem satisfazer as suas necessidades de mão-de-obra. Estima-se que até 2022, haverá uma aceleração na produção de veículos em Por-tugal que se traduzirá na necessidade de contratar cerca de 10 mil pes-soas, um terço das quais deverão ter competências técnicas específicas, e a dificuldade de recrutamento poderá comprometer os planos de expansão e objetivos do setor.

ParticipantesA conferência contou com a presença de diversos especialistas de em-presas, instituições de ensino e entidades do setor e estará organizada em dois painéis onde foram abordadas temáticas diferentes, mas com-plementares, nomeadamente: “Desafios do emprego qualificado no clus-ter automóvel” e o “Futuro da indústria automóvel e os novos paradig-mas da qualificação profissional”. Dos painéis de debates fizeram parte as intervenções de representantes de empresas e instituições como o Grupo PSA, EPEDAL, DELPHI TECHNOLOGIES, OPCO, AFIA, Institu-to Superior Técnico, Instituto Politécnico de Setúbal, ATEC - Academia de Formação, Volkswagen Autoeuropa, MCG e ACAP - Associação do Comércio Automóvel de Portugal.

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6 ATUALIDADE

Chauffeur Privé escolhe Lisboa para 1ª expansão internacional

A Chauffeur Privé, plataforma de transporte e mobilida-de urbana (TVDE), acaba de chegar a Portugal, o primei-ro mercado a receber o seu plano de expansão.

Através de uma estrutura local, a Chauffeur Privé pretende desenvolver e desafiar o mercado português, oferecendo uma alternativa aos atuais serviços de transporte individual de passageiros, com preços acessíveis, os melhores motoristas, e com um programa de fidelização exclusivo.Fundada em Paris em 2012, a Chauffeur Privé conta, atualmente, com cer-ca de 18 mil motoristas e mais de 2 milhões de clientes em França. Depois de ter sido destacada com a 2ª startup com maior crescimento no seu país de origem, a multinacional alemã Daimler torna-se na sua acionista maio-ritária em 2017, com o claro objetivo de transformar a Chauffeur Privé na maior empresa europeia de transporte e mobilidade urbana.

Entrada em PortugalLisboa é a primeira cidade a receber o processo de expansão da empresa. Sobre a abertura da empresa em Portugal, Sérgio Pereira, Diretor-Geral da Chauffeur Privé Portugal, comenta: “Portugal é, sem dúvida, um solo fértil para expandir as ideias de negócio mais originais, sobretudo no que diz respeito a negócios digitais, tendo em conta o nível elevado de desen-volvimento do país neste segmento. Ao mesmo tempo, o crescimento sig-nificativo do setor do Turismo em Portugal, acompanhado pelo espírito de iniciativa e de mudança dos utilizadores portugueses, representa um potencial de negócio interessante. Sabemos que a qualidade de transpor-te em Portugal está a evoluir, mas é necessário reforçar a aposta na qua-lidade de serviço para os utilizadores, e apoio prestado aos motoristas, fazendo-o, sobretudo, de uma forma sustentável”.A Chauffeur Privé inicia as suas operações em Portugal com 500 mo-toristas em Lisboa, prevendo duplicar este número até ao final do ano. Comprometida com o mercado português, a principal premissa da mar-ca é a orientação para uma maior partilha de valor entre a empresa, os motoristas e os utilizadores, através de 3 eixos fundamentais: valor competitivo, qualidade de serviço e proximidade. “Pautamos por crité-rios elevados de segurança e compromisso, ao nível de recrutamento, formação - obrigatória para qualquer parceiro - e acompanhamento. Não nos escondemos atrás de uma app. Somos transparentes e próxi-mos dos nossos motoristas e utilizadores”, refere Sérgio Pereira.Para assinalar este marco histórico, a Chauffeur Privé lança uma cam-panha exclusiva para Portugal durante 30 dias, na qual todas as viagens efetuadas pela plataforma terão um desconto de 50% sobre todas as viagens realizadas, sem limites.

ContiService implementa programa da qualidade e certifica agentes

Na sequência da sua política de reconhecimento como uma das mais bem-sucedidas redes de pneus e de serviços oficinais no mercado, a rede ContiService vai implementar, durante os próximos três anos, um intenso programa de certificação da qualidade junto dos seus agentes.Este programa inclui a avaliação e monitorização de um conjunto de processos relacionados com a gestão do espaço físico, vendas e aten-dimento e gestão das operações, que se irão traduzir numa otimização dos custos, no aumento do nível de satisfação dos clientes e principal-mente na melhoria contínua.Segundo Sandra Melo, responsável pela rede ContiService, “o nosso objetivo é ser reconhecido pelos clientes e os demais players do setor, como uma das mais bem-sucedidas redes de pneus e serviços ofici-nais no mercado multimarca. A qualidade aqui refere-se não apenas aos produtos e serviços, mas também aos processos internos da oficina ContiService. Se os processos forem compreensíveis e exequíveis para todos os colaboradores, então os resultados comerciais podem aumen-tar, bem como a satisfação do cliente”, explicou.O programa desenvolve-se ao longo de três anos, e está dividido em três grandes áreas: Auditoria de Diagnóstico, Formação e Auditoria Fi-nal que certifica o agente. As auditorias e acompanhamento do proces-so de implementação dos respetivos planos de ação serão realizadas por uma entidade externa. Este ano, o módulo em destaque será aten-dimento e vendas. No próximo ano será a gestão do espaço oficinal e em 2020 a gestão do ponto de venda.

Europeus confusos com condução autónoma e conectada

O Grupo Avis Budget revelou recentemente uma nova pesquisa independente que envolveu 14,000 pessoas em 14 países por toda a Europa, incluindo Portugal.

Os resultados destacam uma lacuna de conhecimento significativa ao nível de compreensão sobre o futuro da mobilidade, com diferenças marcantes no conhecimento e compreensão entre países e faixas etá-rias. No caso português, mais de metade dos entrevistados demons-trou ser familiar com estes conceitos, no entanto, 53% dos inquiridos nacionais referem que não preferiam ter um carro autónomo àquele que atualmente têm.A pesquisa solicitou aos entrevistados que selecionassem a definição correta do termo “Carro Conectado”. Pouco mais de metade (54%) adotou corretamente o termo, selecionando a definição “um carro co-nectado à Internet que pode falar com outros dispositivos”, enquanto 17% não tinham certeza ou simplesmente não entendiam o termo. Uma em cada dez pessoas (13%) entendeu incorretamente que se tratava de um carro conectado a uma fonte de energia, enquanto 7% acreditavam que fosse um carro fisicamente ligado a outro.

Veículos autónomos também desconhecidosA mesma metodologia foi usada para avaliar a compreensão do termo “Veículo Autónomo”, revelando novamente uma diferença distinta no nível

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ATUALIDADE 7

QUALIDADE PREÇO PERFORMANCE

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de conhecimento entre os consumidores. Embora mais de metade (56%) dos entrevistados tenham identificado corretamente o termo como sen-do “um carro que se conduz por si mesmo”, quase uma em cada cinco pessoas (17%) considerou ser um carro dirigido por um “Droid (robô) de Inteligência Artificial’, 7% acreditou que se tratasse de um carro que deve ser estacionado no seu próprio estacionamento ou afastado do trânsito.A menor compreensão do termo foi encontrada entre as faixas etárias dos 18-23 (47%) e 24-36 (51%), em comparação com os 67% daqueles com idade igual ou superior a 66 anos, apesar de as faixas etárias mais jovens serem mais propensas a preferirem um carro autónomo em detrimento dos carros que já possuem. A propensão mais alta para escolher um carro autónomo foi encontrada entre aqueles com idades entre os 24-36 anos (49%) e 18-23 (47%) em contraste com os 26% da faixa etária de mais de 66 anos.

No Dia Mundial sem carros, a Renault retira os carros do concessionário

Para assinalar o Dia Mundial sem Carros, a Renault tira os carros e transforma o seu concessionário na “Oficina das Pessoas”. Esta ação, aberta ao público, que decorreu recentemente, pretendeu sensibilizar e motivar a sociedade a repensar as estratégias de mobilidade urbana.Afirmando-se como líder de vendas em Portugal há 20 anos, a Renault quer tornar a mobilidade elétrica uma realidade viável e acessível a to-dos. Por isso a “Oficina das Pessoas” pretendeu trazer uma nova expe-riência à vida das pessoas, oferecida pelo Renault ZOE: o veículo 100% elétrico com a maior autonomia da sua classe, 300 Km de autonomia real e zero emissões na sua utilização, segundo o fabricante.A Renault com a campanha “Oficina das Pessoas”, desenvolveu um am-biente para que todos os cidadãos possam desfrutar de experiências relacionadas com silêncio, poupança e performance. Por isso, no lugar onde normalmente se fazem check-up aos carros, a “Oficina das Pessoas” realizou check-ups à vida das pessoas. Foram três espaços, relacionados com os principais atributos do Renault ZOE, que proporcionaram novas ideias a quem os visitou para uma vida melhor. A “Oficina das Pessoas” nasceu do entendimento da Renault que a tec-nologia serve para tornar melhor a vida das pessoas: mais silenciosa, mais conscienciosa, com menos custos e acessível a todos.

Google quer milhões de carros Renault, Nissan e Mitsubishi com Android

A aliança entre Renault, Nissan e Mitsubishi vai traba-lhar com a Google no sentido de ter o Android como principal sistema de infoentretenimento a bordo.

A nova parceria entre os três fabricantes automóveis e a Google deve começar a dar frutos em 2021, altura em que devem surgir os primei-ros veículos construídos ao abrigo deste acordo. A Google irá ceder o acesso ao Maps, à loja de apps e ao assistente de voz a partir dos painéis de controlo dos veículos. Este passo permite à Google adquirir maior presença no setor, uma vez que estas três marcas venderam mais de 5,5 milhões de carros no primeiro semestre deste ano.

A parceria surge porque muitos dos condutores estão habituados ao ecossistema Google, explicaram os responsáveis do setor automóvel ao “Wall Street Journal”.Com este acordo, a discussão sobre se é mais benéfico para o consu-midor ter um sistema que já conhece, como o Android, ou ter de optar por um sistema criado por um fabricante automóvel vai conhecer um novo capítulo. De um lado, as preocupações sobre a cedência de dados às gigantes tecnológicas e, do outro, o facto de os utilizadores terem de se habituar a trabalhar com um sistema proprietário, novo, do fabri-cante automóvel.Recorde-se que a Volkswagen já coloca o Google Earth no sistema de navegação in-car de alguns modelos e a Volvo prepara-se para ter um sistema de infotenimento baseado em Android.

Nissan revela observatório espacial móvel: o concept Nissan Navara Dark Sky

A Nissan revelou recentemente, no Salão Automóvel de Hannover de 2018, o veículo conceptual Nissan Navara Dark Sky, afirmando assim que “o céu nunca é o limite”.

Desenvolvido em colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA), o veículo conceptual funciona como um laboratório de astronomia mó-vel, incluindo, pela primeira vez a nível mundial, um telescópio com ca-pacidades de observatório astronómico montado num reboque todo--o-terreno personalizado. Tratando-se da mais recente materialização da Mobilidade Inteligente da Nissan, o veículo está equipado com a tecnologia de assistência ao condutor ProPILOT, a qual foi atualizada para permitir que a Navara se tornasse mais segura e conveniente nas operações de reboque.A ESA está a realizar um mapeamento das estrelas com uma precisão inédita através da utilização do satélite Gaia, o qual já observou mais de mil milhões de estrelas. O protótipo Nissan Navara Dark Sky apoia este projeto ajudando os astrónomos a realizar observações de acom-panhamento do universo a partir de localizações de difícil acesso, de-nominadas “dark sky” (céu escuro) porque afastadas do brilho noturno das zonas urbanas, que reduzem a visibilidade do céu.

Mais mobilidade“O concept Nissan Navara Dark Sky é um exemplo brilhante de como a Nissan pode ser um verdadeiro parceiro, permitindo que os nossos clien-tes se desloquem sem limites”, afirmou Ashwani Gupta, Vice-Presidente Sénior da unidade de negócios de veículos comerciais ligeiros da Nissan. “Através da Mobilidade Inteligente da Nissan e do ProPILOT, estamos a criar as melhores soluções para as fronteiras empresariais do futuro,

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NEWSLETTER AUTOPROFISSIONAL

Entrevistas a gestores e responsáveis do pós-venda automóvel. Pretende ser um instrumento de partilha de experiências entre os

quadros do negócio.

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10 ATUALIDADE

independentemente da complexidade das necessidades comerciais”. O veículo inclui um conjunto de funcionalidades inteligentes que foram oti-mizadas para cumprir os requisitos dos clientes dos veículos comerciais.

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Bridgestone aposta na inovação na IAA Commercial Vehicles 2018

Com novos pneus e soluções inovadoras para frotas sustentáveis, a Bridgestone apresentou nesta edição da IAA (Hannover, Alemanha) a sua nova geração de pneus Ecopia para camiões e autocarros. Desen-volvidos e testados em parceria com os clientes de frotas da Bridgesto-ne em toda a Europa, esta nova gama do Ecopia permitirá diminuir os custos de operação anuais ao reduzir significativamente o consumo de combustível sem comprometer os valores de aderência em piso mo-lhado e quilometragem. Estes novos pneus foram desenvolvidos para várias vidas-úteis graças aos processos de recauchutagem da Bandag.A Bridgestone apresentou também na IAA, em estreia, uma nova solu-ção de manutenção de veículos para clientes de frotas. Recorrendo a tecnologias digitais, esta solução irá proporcionar aos gestores de frota informações sobre o tempo de funcionamento do veículo e limitar os desafios mais comuns das suas operações diárias.A Bridgestone anunciou também que, a partir de 2019, pneus de ca-miões e autocarros serão fornecidos com sistemas de rastreamento eletrónico RFID (identificação de radiofrequência no original).

Goodyear apresenta os pneus Fuelmax Performance que reduzem CO2

A Goodyear apresenta a Fuelmax Performance, a sua gama de pneus com melhor consumo de combustível até à data, no Salão Internacional de Veículos Comerciais 2018. O novo pneu, o primeiro pneu Goodyear para camiões com tecnologia de composto da banda de rolamento to-talmente fabricado com sílica, alcança a classificação A de pneus da UE para eficiência de combustível, e cumpre com os requisitos dos pneus de inverno Three Peak Mountain Snow Flake (3PMSF). Estes pneus per-mitem a frotas dedicadas ao transporte de longo curso maximizar a poupança de combustível e ajudar os fabricantes de camiões a cumprir os cada vez mais ambiciosos objetivos de emissões de CO2 da UE.Serão também exibidas duas novas aplicações Goodyear Proactive Solutions para telemóveis, que oferecem benefícios adicionais para os motoristas e para os gestores de frotas. A combinação entre as Goo-dyear Proactive Solutions e os Fuelmax Performance é essencial para maximizar a performance e reduzir ainda mais o custo total de proprie-dade e as emissões.

Os novos pneus antecipam uma proposta de legislação da UE para re-duzir as emissões de CO2 dos veículos pesados em 15% em 2025, e em 30% em 2030.Os pneus Fuelmax Performance foram desenvolvidos para alcançar a máxima poupança de combustível com baixa geração de calor e baixa resistência ao rolamento para aplicações dedicadas ao longo curso. Ofe-recem eficiência de combustível de etiqueta UE grau ‘A’, Aderência em Piso Molhado de grau ‘B’, ruído exterior de uma onda, e performance de inverno 3PMSF, e são os primeiros pneus para camiões da Goodyear a contar com tecnologia de composto da banda de rolamento de sílica.

Frota da Waberer’s vai contar com camiões a Gás Natural

Nos últimos dois meses, a Waberer’s, a Shell e a DanubeTruck Ltd, dis-tribuidor exclusivo da IVECO na Hungria, levaram a cabo uma série de testes com veículos a Gás Natural no regime de transporte com car-ga completa (FTL - Full Truck Load). Devido aos excelentes resultados operacionais e ambientais, a Waberer’s mostrou o desejo de aumentar a sua frota de 4.400 veículos com camiões IVECO a GNL (Gás Natural Liquefeito) e GNC (Gás Natural Comprimido).Ferenc Lajkó, CEO da Waberer’s, declarou: “Os veículos a gás natural representam uma forte alternativa no âmbito do transporte rodoviário, dado que estes motores funcionam com taxas de emissões e de ruído significativamente mais baixas, sendo, também, adequados para servi-ços de longo curso. Isto foi particularmente importante para nós, dado que estamos sempre em busca de novas oportunidades que permitam reduzir a pegada ecológica da nossa atividade. De acordo com os re-sultados dos testes, os custos operacionais também poderão ser mais baixos. O aumento de postos de abastecimento de gás natural em toda a Europa constitui um forte apoio a esta tendência.”

Bosch continua a crescer na área da mobilidade

A Bosch continua no caminho do crescimento na área de mobilidade e estima para este ano um crescimento na or-dem dos 4% e com o dobro da velocidade da produção automóvel.

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12 ATUALIDADE

Um quarto das receitas em vendas da Bosch será gerada a partir da tecnologia para veículos comerciais, desde carrinhas a camiões de 40 toneladas. As soluções para camiões e para veículos de tra-balho está a crescer rapidamente, a um rácio de sete a oito por cento, e a Bosch continua ativa num mercado em franca expansão. Em 2017 a venda de camiões aumentou oito por cento no mer-cado chinês, dezoito por cento no mercado norte-americano e 45 por cento no mercado indiano (fonte: VDA). “À medida que a frota de veículos evolui, a Bosch oferece na mesma medida a força tecnológica e comercial ao setor”, afirma Rolf Bulander, presidente do setor de negócio de Soluções de Mobilidade da Robert Bosch GmbH. A maior força é o setor de transmissões para veículos comerciais. As vendas globais dos sistemas de injeção diesel, individualmente, aumen-taram um terço em 2017 e a um ritmo ainda mais acelerado na China. Nos próximos anos, prevê-se que as vendas estabilizem em alta. A Bos-ch tem já 2600 engenheiros a trabalhar em exclusivo na transmissão do futuro para veículos pesados. No final do ano, o setor de Soluções de Mobilidade irá empregar cerca de 54.500 colaboradores, para a área da Investigação e Desenvolvimento, o que representará um acrescimento de 5.000, comparativamente ao início do ano.

Bosch ensina os camiões a conduzirUma das áreas também em crescimento é a automatização dos veículos comerciais. Para além da eletrificação, este é um mercado que se prevê que duplique o seu crescimento na próxima década. A Bosch antevê a assistência à condução como um passo importante para a condução totalmente autónoma. Quando camiões se envolvem em acidentes, o risco de morte é duas vezes superior. Para a Bosch esta é uma razão mais do que suficiente para usar a assistência à condução, tornando a vida dos condutores mais fácil e as estradas mais seguras. O sistema de viragem assistida, o reconhecimento de ângulo morto e o sistema de travagem preditivo ajuda a prevenir acidentes – e, entre outros produ-tos, a Bosch fornece os sensores de radar necessários para que isso seja possível. A automatização dos veículos comerciais pode solucionar outro dos problemas identificados na indústria de transporte, como é a escassez de condutores, que atinge tanto os Estados Unidos como a Europa, e que se prevê que triplique em dez anos.

Volvo dá início ao Projeto Drive Me

Foi recentemente produzido, na fábrica da Volvo, em Torslanda, um Vol-vo XC90 equipado com tecnologia de condução autónoma. Este auto-móvel será o primeiro de uma série de veículos autónomos que serão utilizados nas estradas públicas de Gotemburgo. Assinala-se assim, de forma oficial, o início do Projeto Drive Me da Volvo, um programa que irá testar a utilização de veículos equipados com a tecnologia de con-dução autónoma em condições reais.A Volvo é uma empresa que se declara líder na área da segurança automóvel e acredita que a introdução desta tecnologia irá reduzir o número de acidentes nas estradas. Adicionalmente, a condução autónoma promete também reduzir o tráfego e a poluição das cidades permitindo aos condutores utilizar de outra forma o tempo que gastariam normalmente na condução.

Indústria automóvel manipulou consumo dos veículos

Automobilistas portugueses foram prejudicados em 1,6 mil milhões de euros.

A indústria automóvel enganou os automobilistas portugueses em 1,6 mil milhões de euros desde 2000, manipulando o real consumo dos veículos, segundo um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E) divulgado recentemente. O estudo, à escala europeia, indica uma manipulação que abrangeu toda a indústria automóvel e que custou aos condutores europeus um extra de 149,6 mil milhões de euros nos últimos 18 anos.Só no ano passado, por causa dessa manipulação, os portugueses gas-taram mais 264 milhões de euros em combustível extra. Vista à escala europeia, a manipulação ascendeu a um gasto extra de 23,4 mil milhões de euros, quase tanto quanto os portugueses tinham gastado no ano anterior em alimentação.A Federação tem como objetivo promover a nível da União Europeia (UE), mas também do resto do mundo, uma política sustentável de transportes, minimizando impactos nocivos para o meio ambiente e para a saúde e maximizando a eficiência dos recursos. É apoiada por 58 organizações de 26 países da Europa, incluindo as ambientalistas portuguesas ZERO e Quercus.Nesta manipulação, de acordo com o estudo, os mais lesados foram os automobilistas alemães, com 36 mil milhões de euros desperdiçados desde 2000, seguidos dos britânicos (24,1 mil milhões), dos franceses (20,5 mil milhões), dos italianos (16,4 mil milhões) e dos espanhóis (12 mil milhões).O que foi pago a mais pelos condutores portugueses desde 2000, 1,6 mil milhões de euros, é superior aos gastos totais das famílias portu-guesas durante um ano em educação, nota a organização ambientalista ZERO.

Novo Peugeot Partner eleito “International VAN of the Year 2019”

O novo Peugeot Partner acaba de ser eleito “International Van Of The Year 2019”. Anunciada em Hannover (Alemanha). Esta distinção reco-nhece as especificidades da marca e o compromisso das equipas Peu-geot em torno de um projeto central na estratégia de desenvolvimento da marca.Este prestigioso troféu foi atribuído antes do lançamento comercial do novo Peugeot Partner, que se torna assim no 5º modelo Peugeot distin-guido com o troféu de “Furgão Internacional do Ano”, desde a criação desta iniciativa, em 1992. Recebendo 127 pontos, o Peugeot Partner classificou-se confortavelmente à frente do Mercedes Sprinter, 2º. clas-sificado com 92 pontos.Dotado de características dinâmicas e acústicas inéditas, e de uma ele-vada componente tecnológica e de elementos de segurança, o novo Peugeot Partner está disponível em dois comprimentos de carroçaria (4,40 e 4,75 metros) e numa ampla gama de motores e de equipamen-tos, com o objetivo de tornar mais fácil a vida dos seus utilizadores.Duas importantes inovações mereceram uma atenção particular do

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ATUALIDADE 13

Júri: o indicador de sobrecarga, para carregamentos com toda a segu-rança no compartimento de carga, e o sistema Surround Rear Vision, que permite uma visão de câmara dos ângulos mortos em torno do veículo.

TomTom lança serviço de análise de dados para melhorar planeamento das cidades

A TomTom acaba de anunciar o lançamento de um inovador serviço de análise de Origem-Destino (O/D), que permite fazer um planeamento das cidades e ajudar a diminuir os congestionamentos de trânsito. A Análise O/D oferece ferramentas importantes para garantir que os ci-dadãos são bem servidos pelas infraestruturas à sua volta.O serviço de análise O/D da TomTom combina tecnologia avançada com uma visualização otimizada dos dados, oferecendo insights valiosos para quem faz planeamento urbano e de infraestruturas. Com este serviço, torna-se possível observar quais as rotas preferidas dos condutores e as suas tendências de comportamento na estrada, de-terminando quais as áreas de uma determinada cidade onde poderá ser necessário infraestruturas, informação e sinalética adicional ou novas opções de estacionamento, assim como os locais estratégicos onde po-derá ser colocada publicidade direcionada para um determinado target.O serviço de Análise Origem-Destino faz parte do TomTom Move, um site que fornece estatísticas de trânsito anónimas, Análise O/D e Route Monitoring. Serviços que ajudam as cidades a saberem mais sobre a densidade do trânsito, a sua circulação e dinâmicas, assim como desco-brirem quais os locais de congestionamento mais problemáticos.

GEFCO Portugal abre novo armazém em Palmela

A GEFCO, fornecedor global de serviços para cadeias de abastecimen-to industriais e líder europeu em logística automóvel, acaba de inau-gurar o seu 6º armazém logístico em Portugal, aumentado para 8 o número de instalações no país. A nova instalação localizada no Parque Industrial da Autoeuropa, em Palmela, vai servir fornecedores de primeira linha cuja operação exija uma proximidade da linha de montagem da fábrica.O armazém de Palmela conta com uma equipa de cerca de 70 colabo-radores e é responsável pela gestão de stock dos clientes, receção de matéria-prima e assemblagem de componentes automóveis para pos-terior entrega no cliente final, num conceito Just-In-Sequence (JIS), em síncrono com a linha de montagem, em Palmela.Com a abertura deste novo armazém de 7.800 m2, a GEFCO Portugal, passa a disponibilizar aos clientes um total de mais 14.000 m2 de super-fície de armazenagem, reforçando não só o seu know-how no desenvol-vimento e implementação de soluções de armazenagem e assemblagem JIS, como a sua posição de liderança em logística automóvel em Portugal.Para Jorge Possollo, Diretor-Geral da GEFCO Portugal “É com grande satisfação que inauguramos esta nova unidade, que vem responder ao crescimento de atividade, que a GEFCO tem desenvolvido em Portugal nos últimos 2 anos. Entre os fatores chave que influenciaram o cresci-

mento sustentado da GEFCO Portugal, estão a resposta eficiente às necessidades dos nossos clientes, os serviços de valor acrescentado e de logística integrada, aliados a uma busca constante de inovação dos nossos serviços.”

Autocarro autónomo da Transdev pela primeira vez em Portugal É 100% elétrico e autónomo (dispensa volante e pedais), tem capaci-dade para 14 passageiros e uma autonomia média de nove horas - o veículo Navya Arma foi o modelo escolhido pela Transdev na apresenta-ção de serviços de mobilidade autónoma partilhada que a operadora de transportes públicos realizou recentemente no Lisbon Mobi Summit.O veículo esteve em exposição na Central Tejo, onde decorreu a via-gem inaugural, reservada aos participantes do Lisbon Mobi Summit, num percurso realizado entre o cais fluvial de Belém e a Central Tejo. “Esta é a primeira presença da Transdev em Portugal com um veículo autónomo, mas estamos aptos e disponíveis para introduzir esta tecno-logia nas soluções de transporte de municípios, empresas, em eventos privados e projetos inovadores. Queremos colocar a tecnologia autó-noma ao serviço do transporte partilhado em qualquer lugar e para todos”, afirma Pierre Jaffard, CEO da Transdev.

Mobilidade autónoma partilhadaO mesmo responsável destaca os benefícios dos veículos autónomos, quando utilizados numa lógica de partilha. “A mobilidade autónoma proporciona serviços ecológicos, mais flexíveis, personalizados e aces-síveis, mais extensos no tempo e no espaço, mais segurança e conforto e serviços integrados e mais conectados, que contribuem para uma melhor experiência do consumidor”, reforça Pierre Jaffard.Os autocarros autónomos operados pela Transdev recorrem a diver-sas tecnologias que permitem analisar em tempo real os percursos a realizar, bem como todos os obstáculos que possam surgir nos tra-jetos.Com mais de dois milhões de passageiros transportados e 350 mil quilómetros percorridos, a Transdev assume-se como líder mundial na operação de serviços de mobilidade autónoma partilhada.

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A FUCHS vai investir 50 milhões de euros na ampliação da sede na Alemanha

A FUCHS PETROLUB SE, fabricante mundial independente de lubrifi-cantes de alta performance e produtos relacionados, anuncia a compra de duas grandes propriedades nas imediações da sua atual localização em Mannheim, na Alemanha. As duas propriedades adquiridas levam a uma expansão de 25% da unidade de Mannheim e a alcançar uma área total de 135.000 m².A aquisição destas duas propriedades pela FUCHS SCHMIERSTOFFE GMBH, com sede em Mannheim, faz parte da iniciativa de investimento global da FUCHS com o objetivo de garantir um crescimento sustenta-do a longo prazo. Um novo edifício de escritórios e um novo centro de logística com um armazém automatizado para matérias-primas estão previstos nas novas instalações.“É um marco importante para o futuro da localização estratégica da nossa sede em Mannheim”, diz Stefan Fuchs, presidente do Conse-lho Executivo da FUCHS PETROLUB. “Esta expansão assegura-nos o espaço necessário para o nosso crescimento aqui em Mannheim”, acrescenta Stefan Knapp, CEO da FUCHS SCHMIERSTOFFE GMBH. Nos próximos três a quatro anos, a FUCHS vai investir um total de aproximadamente 50 milhões de euros na expansão da sede em Mannheim.

Automechanika 2018: OSRAM está a definir novos padrões na tecnologia LED

A Osram, empresa de alta tecnologia, apresentou os seus destaques de iluminação automóvel na Automechanika 2018 sob o slogan “Driving ahead”.

Entre os destaques estão as lâmpadas de substituição LED para máxi-mos, médios e faróis de nevoeiro, uma nova linha de produtos em luzes de trabalho LED e faróis adicionais, faróis completos LED para o VW Golf VII e atualizações nas lâmpadas de desempenho Night Breaker. “O nosso objetivo é continuar a desenvolver a nossa oferta para dar res-posta às necessidades do mercado”, disse Hans-Joachim Schwabe, CEO da Specialty Lighting na Osram. “Mais uma vez este ano elevámos o nível da iluminação automóvel em geral com vários novos produtos e novas atualizações de produto”.A Osram está a estabelecer novos padrões, sobretudo com o LEDri-ving HL para luzes de máximos, de médios e de nevoeiro como subs-tituto para as lâmpadas de halogéneo. Esta solução LED substitui as lâmpadas convencionais H4, H7, H11 e HB4.

Brilho excecional e design compactoO novo design compacto torna estas lâmpadas compatíveis com um grande número de aplicações. Um aspeto elegante, uma tonalidade de luz branca fria e luz de muito elevada qualidade foram habilmente combinados. A luz de nevoeiro é particularmente fácil de instalar. A sua solução de casquilho significa uma simples solução plug and play. Os produtos LEDriving HL não têm aprovação ECE, o que significa que

não podem ser usados em vias públicas. O uso em vias públicas leva ao cancelamento da licença de circulação do veículo e à perda da cober-tura do seguro. A Osram comercializará as novas luzes de trabalho LEDriving e faróis adicionais a partir de novembro de 2018. A empresa apresentou a sua solução ao público pela primeira vez na passada edição da Autome-chanika e demonstrou como fornecem uma iluminação adicional para grandes áreas, beneficiando os utilizadores acima de tudo pelo elevado rendimento luminoso e melhor visibilidade, graças ao efeito de luz do dia.

Falta de segurança torna aplicações de carsharing vulneráveis a ataques

As aplicações são desenvolvidas para facilitar a vida dos utilizadores e tornar as transações mais convenientes. Este conceito transformou-se e evoluiu com o aparecimento das aplicações de partilha (“sharing”), que tornam diferentes serviços - deste entrega de refeições a táxis e partilha de carro – mais baratos e eficientes. Mas, enquanto as apli-cações de carsharing são inestimáveis para aqueles com baixos rendi-mentos, já que eliminam a necessidade de pagar por um veículo e pela sua manutenção, são ao mesmo tempo um fator de risco para os seus utilizadores e fabricantes.Para compreender a extensão do problema, investigadores da Kasper-sky Lab testaram 13 aplicações de carsharing, desenvolvidas por grandes fabricantes de diferentes mercados e que, de acordo com as estatísti-cas do Google Play, foram transferidas mais de um milhão de vezes. A investigação descobriu que cada uma das aplicações examinadas con-tinha vários riscos de segurança. Além disso, foram também detetados utilizadores maliciosos que já monitorizam várias contas roubadas de aplicações de carsharing. Este é um risco especialmente preocupante uma vez que uma inves-tigação recente da Kaspersky Lab sobre atitudes dos consumidores quanto à segurança das aplicações revelou que os europeus não consi-deram as aplicações de partilha como uma ameaça, especialmente em comparação com outras aplicações como redes sociais, aplicações de mensagens ou bancárias. Menos de 10% dos inquiridos considerou as aplicações de partilha como inseguras.

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Dossier: Sistemas de gestão de resíduos e reciclagem auto

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DOSSIER 17

“A sustentabilidade está interligada com a valorização”

PEDRO DELGADO – Eco-Partner

Os programas de gestão de resíduos da Eco-Partner são um meio de os seus clientes aplicarem boas práticas ambientais. Segundo Pedro Delgado, Diretor--Geral, a empresa oferece vantagens na gestão de resíduos auto.

Auto Profissional: Quais são as principais atividades que a Eco-Partner dinamiza no âmbito da gestão de re-síduos para o setor automóvel?Pedro Delgado: A Eco-Partner assume-se como o parceiro ambiental de referência para o setor automóvel, com particular relevância para o subsetor das oficinas, com serviços à medida que permitem asse-gurar o cumprimento das responsabilidades ambientais das empresas.Caracteriza-se pelos serviços modulares, que podem ser dinamizados de acordo com as necessidades específicas de cada empresa e “passo a passo”, com 3 eixos principais: 1) gestão global de resíduos, que tam-bém abrange a limpeza de separadores de hidrocarbonetos; 2) a dis-ponibilização de máquinas “limpa-peças” e “limpa-pistolas” de pintura; 3) consultoria ambiental, com realização de diagnósticos, ações de monitorização ambiental e de conformidade legal, registos (SILIAMB) e a realização de análises de suporte à atividade (ex. descargas de águas residuais e emissões das chaminés).

AP: A Eco-Partner criou um conjunto de programas e serviços de reciclagem no setor automóvel. Quais são as principais soluções propostas pela empresa neste contexto?PD: O ECOAUTO, relançado pela ACAP com o apoio da Eco-Part-ner, foi um programa pioneiro de gestão ambiental para as empresas do Setor Automóvel, fulcral para o cumprimento integral da Legisla-ção Ambiental.Seguiram-se outros programas, que constituem referências, tais como o ECOLIGHT, que permite implementar um sistema de gestão de resíduos efetivo, racionalizando custos e cumprindo a legislação. O ECOWASH, que resolveu o monopólio das máquinas, com vantagens para as empresas, que passaram a beneficiar de uma oferta mais fle-xível (ex. equipamentos, periodicidade e manutenção) e com melhor relação custo/qualidade.O programa ECOREADY continua inovador na abordagem, permitin-do alavancar o desempenho ambiental das empresas, mas com custos otimizados e ajustados às necessidades de cada situação, contribuindo, significativamente, para o encaminhamento adequado dos resíduos,

incluindo das pequenas quantidades de perigosos, para destinos au-torizados.Em complemento, a Eco-Partner desenvolveu o ECOAID, que garante a gestão da conformidade legal, através da análise dos requisitos apli-cáveis e da respetiva aplicação à realidade de cada operador, devida-mente suportada numa ferramenta desmaterializada (extranet), que permite planear e avaliar o nível de cumprimento de cada preceito legal.

AP: No domínio da Gestão Ambiental, qual é a impor-tância do EcoAuto para a Eco-Parner?PD: O ECOAUTO foi o catalisador de uma mudança de sucesso, na medida em que contribui para a melhoria dos comportamentos ambientais dos operadores, mas sustentada em dois pilares, que só funcionam em equilíbrio: 1) Sustentabilidade Ambiental, com o diag-nóstico das situações, implementação de medidas de mitigação e de prevenção de poluição; 2) Sustentabilidade Económica, através da sen-sibilização das empresas para as vantagens, presentes e futuras, da adoção de boas páticas, que permitam racionalizar custos, aumentar proveitos e melhorar o posicionamento no mercado (ECOMARKE-TING).

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AP: No que concerne à gestão de resíduos, que inicia-tivas a Eco-Partner tem promovido? Neste contexto, pode descrever o valor acrescentado do serviço EcoLi-ght/EcoLight Peças?PD: Estes programas representam uma oportunidade para as em-presas aplicarem boas práticas ambientais, mas com modalidades financeiras ajustadas às necessidades de cada situação. O termo Eco(light) não está associado a qualquer “dieta” no nível de serviço, que continua completo e adaptado às necessidades de cada um, mas sim a uma oportunidade de escalonamento dos encargos financeiros, contribuindo para uma maior uniformização do acesso a um serviço diferenciado.

AP: Ainda no âmbito da gestão de resíduos, como ob-serva a mais-valia que o serviço EcoWash integra no setor automóvel?PD: O ECOWASH introduziu concorrência no setor das máquinas, que representa uma vantagem para o mercado, mas também contri-buiu para um maior ajustamento entre as condições da oferta e da procura, através do alargamento da largura de banda dos serviços prestados e da gama de preços praticados.Em termos ambientais, deu-se um salto quântico, contribuindo para a melhoria do desempenho do setor, com vantagens nas áreas da gestão de resíduos e da qualidade dos efluentes, uma vez que se tratam de equipamentos que funcionam em circuito controlado, que contribuem para a recuperação da maioria dos produtos utilizados (ex. solventes) e para o respetivo encaminhamento para destino final adequado, atra-vés dos serviços qualificados da Eco-Partner.

AP: Quais são as principais iniciativas e novos desen-volvimentos que a empresa está a dinamizar no âmbito da reciclagem de resíduos perigosos advindos do setor automóvel? PD: A Eco-Partner nasceu de um projeto de consultoria, pelo que estará sempre empenhada em identificar soluções que contribuam para melhorar o desempenho ambiental dos seus parceiros.Os resíduos perigosos representam um custo relevante no orçamen-to ambiental das empresas, pelo que serão sempre uma área de inves-tigação e desenvolvimento que pretendemos acompanhar, de forma próxima e empenhada.Uma das estratégias passa pela prevenção da sua produção, através da melhoria das práticas de separação dos resíduos na origem, por forma a reduzir a contaminação, na sua maioria de valorizáveis com as frações perigosas (ex. misturas de embalagens de papel cartão com embalagens contaminadas com óleo).No fim de linha, quando a prevenção não é suficiente, importa apoiar os nossos clientes na seleção de soluções de tratamento ambien-talmente adequadas e economicamente competitivas, que existem e estão a crescer num mercado global.

AP: Na sua opinião, quais são as principais inovações que a Eco-Partner está a implementar em prol de um mais eficiente sistema de gestão ambiental para as em-presas do setor automóvel?PD: A Eco-Partner tem sido, historicamente, um facilitador de pro-cessos, assegurando a articulação entre os produtores de resíduos, na sua maioria de pequenas quantidades e sem massa crítica para benefi-

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ciarem do efeito de escala, em termos de soluções técnicas e de con-dições financeiras, e os destinos finais, de valorização e de eliminação.A inovação que introduzimos está associada a uma procura perma-nente de soluções que melhorem a competitividade dos nossos clien-tes, mas estamos conscientes das limitações de mercado, pelo que continuaremos a fazer a diferença, pela qualidade do serviço e pelo rigor técnico, mas estaremos atentos aos desafios e disponíveis para participar em projetos de valor acrescentado.

AP: Em termos gerais, como observa a evolução dos serviços de reciclagem da Eco-Partner sobre os resí-duos do setor automóvel no país? Que novas tendências estão a ser implementadas?PD: Enquanto técnico do setor dos resíduos, há mais de 18 anos, continuo a acreditar que o caminho da sustentabilidade está interliga-do com o reforço da valorização, incluindo da reciclagem, mas supor-tado numa dinâmica de economia circular.Uma das áreas em que considero que o país tem potencial, e a Eco--Partner quer fazer parte da solução, prende-se com o mercado da reutilização. Importa criar condições para o prolongamento da vida útil de determinados componentes dos automóveis e de outros bens de consumo, desde que sejam previamente garantidas as condições de segurança e de prevenção da poluição.Existem novas tendências, para problemas antigos, mas que estamos a analisar afincadamente, por forma a continuarmos a ser um parceiro ativo na necessária reconversão deste mercado, que, tendencialmente, irá excluir os agentes que o têm distorcido, pela adoção de práticas obsoletas e divergentes das estratégias nacionais e comunitárias, que balizam a nossa atividade.

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“Criamos valor no âmbito da Economia Circular”

ELSA NASCIMENTO - Renascimento

A gestão de resíduos é tão importante para a Renascimento, que esta criou uma marca à parte, a Auto-Renascimento. Para Elsa Nascimento, Diretora Executiva, o aparecimento de novas leis para a reciclagem auto tem sido um vetor de mudança.

Auto Profissional: Qual é o historial da Renascimento no âmbito da gestão de resíduos do setor automóvel, nomeadamente, no que diz respeito à reciclagem de veículos em fim de vida (VFV)?Elsa Nascimento: A inclusão desta área é uma evolução natural da visão e dos objetivos de crescimento e de negócio da Renascimen-to. Os resíduos automóveis têm bastante peso no contexto dos Resí-duos Sólidos Urbanos e a sua incorporação nos serviços da Renasci-mento teve como objetivo oferecer aos clientes, uma forma simples, eficiente e ambientalmente correta de se libertarem das suas viaturas em fim de vida.A integração na rede Valorcar em 2009 – e consequente acreditação como Centro de Abate de VFV – reforçou a nossa responsabilidade para com o correto tratamento deste tipo de resíduo e permitiu-nos entrar com maior facilidade neste mercado.A prova do nosso bom trabalho nesta área, foi a distinção de melhor centro de abate de VFV do país, por duas vezes, e uma menção hon-rosa por uma vez. AP: Quais são as principais iniciativas e novos desen-volvimentos que a empresa está a dinamizar neste âm-bito?EN: Por esta área ser uma parte tão importante da Renascimento, re-solvemos criar uma marca à parte, apenas para este tipo de resíduos e derivados – a Auto-Renascimento. Temos uma equipa dedicada apenas aos serviços desta marca e desenvolvemos o EcoFiltro, um processo único no país, para a limpeza de filtros de partículas. AP: Atualmente, como está a ser processada a recicla-gem de resíduos perigosos, derivados do mercado auto-móvel na Renascimento?EN: Este processo é feito com os nossos parceiros. Após a receção das viaturas, estas são descontaminadas – ou seja, são retirados todos

os materiais perigosos e/ou que possam contaminar o resto do mate-rial impedindo-o de poder ser reciclado e reutilizado. Estes materiais são depois separados e encaminhados para as respetivas entidades gestoras.

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AP: De que forma caracteriza as operações dos centros de recolha seletiva e de tratamento da Renascimento em relação aos veículos em fim de vida? Quais são as principais inovações?EN: Não se trata propriamente de inovação. Tem mais a ver com a nossa filosofia de trabalho e acrescento dos princípios da Econo-mia Circular. Tentamos com que estes resíduos – chegando ao fim do seu ciclo de vida – depois de tratados, possam ser recuperados e libertados como nova matéria-prima para novos produtos e, assim, continuar a criar valor. AP: No país, onde estão localizados os centros de reco-lha de resíduos perigosos da Renascimento?EN: Os nossos 3 centros, estão localizados em Loures – onde se encontra a sede -, em Santa Maria da Feira e Silves. Desta forma, procuramos abranger, o mais possível, o país, de norte a sul. Todas as nossas unidades, estão licenciadas para o transporte e armazenamen-to temporário de um vasto conjunto de resíduos perigosos. Estes, são depois triados, processados e alvo de valorização, destruição ou envio para aterro. AP: Em termos gerais, como observa a evolução dos serviços de reciclagem da Renascimento sobre os resí-duos do setor automóvel no país? Que novas tendências estão a ser implementadas?EN: Pode dizer-se que houve uma evolução positiva quanto ao modo como lidamos com este tipo de resíduo. Começa logo na mudança de mentalidades de quem entrega as viaturas. Antes, o principal sistema era abandonar as viaturas em baldios ou vender a sucateiros que não tinham grandes preocupações ambientais. Hoje em dia, já começam a aparecer, cada vez mais, operadores licenciados e certificados, o que faz com que a quantidade de VFV devidamente processados, seja maior. Claro que a alteração de leis e o aparecimento de outras no-vas, mais atuais e de acordo com princípios mais “verdes”, influenciou muito esta mudança.A mudança para os princípios da Economia Circular, contribuiu sig-nificativamente para a diminuição dos impactos ambientais, pois os operadores aproveitam melhor os materiais que são retirados do VFV, utilizando-os como novo recurso.

AP: O Ecofiltro, solução da Renascimento para o se-tor automóvel, é um projeto inovador e ecológico, de reabilitação de filtros FAP em Portugal. Em termos de Gestão Ambiental, como caracteriza esta solução des-tinada ao setor automóvel?EN: O Ecofiltro apareceu como resposta a um dos principais proble-mas dos automóveis – a emissão de gases. Mas também, para atender às mais recentes exigências legais internacionais sobre as emissões automóveis. Já para não falar de que, quando é necessário proceder à reparação ou substituição destas peças, isto pode ter valores ele-vados. O Ecofiltro, permite uma manutenção correta e, consequen-temente, poupança na carteira. Isto é, trata-se de um procedimento com vantagens a vários níveis – ambiental, legal e financeiro. AP: A Renascimento integra standards internacionais que lhe permitam desenvolver a sua atividade de forma mais eficiente?

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DOSSIER 23

EN: Para além das certificações de Qualidade e Satisfação (ISO 9001), Gestão Ambiental (14001) e Saúde e Segurança (OHSAS 18001), pos-suímos também a acreditação europeia Weeelabex, para a excelência no tratamento de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (fomos os primeiros em Portugal), e ainda subscrevemos os princí-pios Global Compact das Nações Unidas, que se baseiam nos direitos humanos, boas práticas laborais, proteção ambiental e anticorrupção, que visa promover o compromisso público e voluntário das empresas em cumpri-los. AP: Existem parcerias de relevo na Renascimento para a concretização da sua missão no mercado a que se di-rige?EN: Falando, especificamente, da área Auto, e como já referido, so-mos parceiros da Valorcar e da Valorpneu. Contamos, também, com várias outras parcerias, de acordo com as diferentes áreas de negócio e respetivos tipos de resíduos, para que estes possam ser devida-mente processados e transformados em nova matéria-prima (quando possível) aplicando, na prática, os princípios da Economia Circular.

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“Os centros da Valorcar já recolhem baterias de veículos elétricos e híbridos”

RICARDO FURTADO – Valorcar

Brevemente, a rede Valorcar aumentará os seus 100 centros de recolha e tra-tamento VFV e RBA para 170. Ricardo Furtado, Diretor-Geral, aponta a exis-tência de parcerias inovadoras para a reutilização das baterias de veículos elétricos e híbridos.

Auto Profissional: A Valorcar encontra-se licenciada pelo Estado Português como entidade gestora dos flu-xos de Veículos em Fim de vida (VFV) e de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA) de veículos a nível nacional. Quais são as principais iniciativas e os novos desenvolvimentos que a empresa está a dinamizar nes-te âmbito?Ricardo Furtado: Efetivamente, a empresa encontra-se licenciada desde 2004 para os VFV e desde 2009 para os Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA). Recentemente, no início deste ano, estas li-cenças sofreram algumas alterações a nível dos objetivos. Desde logo, o Estado Português estabeleceu metas mais ambiciosas no que diz respeito às taxas de recolha, que passaram a ser de 85% para os VFV e de 98% para os RBA.Neste contexto, foi tomada a decisão de alargar substancialmente a rede de centros contratados pela Valorcar para recolherem e trata-rem VFV e RBA, que nós designamos por Rede Valorcar. Assim, para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, abrimos no dia 5 de junho um concurso de seleção de novos centros, o qual abrange pela primeira vez todo o país (território do continente e regiões autónomas dos Açores e da Madeira) e não tem número de vagas limitado.No âmbito deste concurso foram recebidas 78 candidaturas, que se encontram agora a ser analisadas. No entanto, é possível desde já antecipar que a Rede Valorcar subirá dentro em breve dos atuais 100 centros para próximo dos 170 centros.

AP: Atualmente, como está a ser processada a recicla-gem de resíduos perigosos, derivados do mercado auto-móvel, na Valorcar?RF: Todos os VFV que são recebidos na Rede Valorcar são submeti-dos a dois tipos de operações: operações de despoluição e operações para promover a reutilização e a reciclagem.As operações de despoluição consistem na remoção dos compo-

nentes que são considerados perigosos, tais como baterias, líquidos (óleos lubrificantes, óleos hidráulicos, líquido de arrefecimento, fluido do ar condicionado, etc.) e depósitos de GPL, assim como na neutra-lização dos componentes pirotécnicos (“airbags” e pré-tensores dos cintos de segurança).As operações para promover a reutilização e a reciclagem consistem na remoção de diversos componentes, para revenda como peças em segunda mão (por exemplo, faróis, portas, motor) ou para reciclagem (por exemplo, catalisadores, pneus, vidros, para-choques).

AP: Em termos gerais, de que forma caracteriza as ope-rações dos centros de recolha seletiva e de tratamento da Valorcar em relação aos veículos em fim de vida e de

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baterias usadas a nível nacional? Quais são as principais inovações criadas atualmente?RF: A reciclagem de VFV sempre se fez, mas era focada quase exclusiva-mente no aproveitamento dos metais e na reutilização de peças. Assim, diria que a grande inovação que introduzimos neste setor foi a preocu-pação com o aproveitamento dos outros materiais, como os vidros, os plásticos, os pneus, os líquidos, etc. Atualmente, cada VFV entregue na Rede Valorcar é valorizado em mais de 95% do seu peso, o que é notável.

AP: No país, onde estão localizados os centros de reco-lha de resíduos perigosos da Valorcar? RF: A Rede Valorcar integra atualmente cerca de 170 centros de re-colha de VFV e de RBA, que se encontram espalhados por todos os distritos do continente e também nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Todos os seus contactos podem ser obtidos através do nosso site (www.valorcar.pt).

AP: De que forma observa a evolução dos serviços de reciclagem da Valorcar sobre os resíduos do setor au-tomóvel no país? Que novas tendências estão a ser im-plementadas?RF: Gostaria de destacar o facto de os centros da Rede Valorcar es-tarem já aptos a recolher baterias de veículos elétricos e híbridos. Ao contrário das baterias dos veículos convencionais, que são de chumbo, estas baterias são de lítio, colocando desafios no que diz respeito ao seu manuseamento (riscos de eletrocussão) e reciclagem. Por essa ra-zão, temos organizado cursos de formação sobre o desmantelamento

e transporte deste tipo de baterias para a Rede Valorcar e fizemos re-centemente o primeiro carregamento destas baterias para reciclagem numa fábrica especializada, localizada no centro da Europa. Trata-se de uma realidade recente e de quantidades diminutas, mas com tendên-cia a aumentar significativamente nos próximos anos.

AP: No domínio da Economia Circular, que tipo de va-lor acrescentado emerge da reciclagem promovida pela Valorcar, ao nível da geração de novas matérias primas resultantes da reciclagem de resíduos VFV e de baterias usadas, por exemplo?

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RF: O trabalho dos centros da Rede Valorcar permite a reutilização de diversas peças (motores, portas, etc.) e o aproveitamento de inú-meros materiais: os metais (que representam cerca de 75% de um VFV) são fundidos e utilizados, por exemplo, no fabrico de vigas para a construção civil ou panelas; a borracha dos pneus serve para fazer pavimentos para parques infantis ou relvados sintéticos; os plásticos são transformados em vasos para plantas ou em mobiliário urbano, como bancos de jardim ou passadeiras de praia; os vidros são reapro-veitados na indústria cerâmica, para produção de azulejos.

AP: A Valorcar integra standards internacionais que lhe permitam desenvolver a sua atividade de forma mais eficiente?RF: Sim, a Valorcar implementou um Sistema de Gestão de Qualida-de e Ambiente (SGQA), segundo as normas ISO 9001e ISO 14001, que se encontra certificado desde março de 2013. Paralelamente, em junho de 2013, a Agência Portuguesa do Ambiente atribuiu à Valorcar o registo PT-000108 no EMAS (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria), certificando assim que a empresa tem uma gestão am-biental adequada e que cumpre com as obrigações definidas nas suas licenças de entidade gestora dos VFV e dos RBA.

AP: Existem parcerias de relevo na Valorcar para a con-cretização da sua missão no mercado a que se dirige?RF: A Valorcar tem estabelecido ao longo da sua existência diversas parcerias com entidades que, de alguma forma, têm intervenção no ciclo de vida dos veículos e baterias.

Neste âmbito, gostaria de destacar os protocolos assinados com per-to de 100 municípios e com a ESPAP (empresa pública que assegura a gestão do parque automóvel do Estado), através dos quais os veículos abandonados e os que já não têm utilidade para as entidades públicas são encaminhados para tratamento na Rede Valorcar.Mais recentemente, estabelecemos uma parceria que se encontra a desenvolver formas inovadores de reutilização das baterias dos veícu-los elétricos e híbridos, nomeadamente para a sua reutilização como unidades de armazenamento de energia acopladas a painéis solares.

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Soluções multisserviço: mecânica rápida, manutenção e reparação auto

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Referência no mercado de pneusda Península Ibérica

ARMANDO SANTOS – Tiresur Portugal

Em Portugal, a rede Center’s Auto da Tiresur disponibiliza pneus para todos os segmentos de veículo e câ-maras de ar. Armando Lima. Diretor--Geral, aponta a existência de um stock na Península Ibérica de mais de 500 000 pneus.

Auto Profissional: Com mais de 140 oficinas (em Espa-nha e em Portugal), de que forma descreve a evolução da rede de oficinas Center’s Auto da Tiresur?Armando Santos: O grupo Center’s Auto define-se como uma família de oficinas com uma filosofia comum – ser uma referência na prestação de serviços automotivos nas zonas em que se localiza cada associado.A evolução da rede a nível ibérico tem sido muito positiva, com várias novas adesões e com muitas empresas do ramo a demonstrarem interesse pelo conceito, pela imagem, mas também pelos produtos e serviços que disponibilizamos.Hoje, podemos afirmar que temos um grupo sólido de associados, que mais do que apostar na quantidade, querem trabalhar com quali-dade e com um parceiro forte – a Tiresur como distribuidor principal, que lhes oferece cobertura em todos os âmbitos do seu negócio (apoio promocional, marcas de pneus exclusivas, formação, condições preferenciais, imagem corporativa, ferramentas de trabalho, programa de fidelização, viagem de incentivo, etc).Outro atrativo por pertencer à rede, é o fato de cada oficina poder manter a sua total independência ao nível da gestão e decisões do negócio. Atualmente a rede dispõe de uma total cobertura geográfica na Peninsula Ibérica.Especificamente em Portugal, já contamos com 44 oficinas. O facto de termos a rede Center’s Auto bastante bem implantada e desenvol-vida em Espanha, é uma grande oportunidade, uma vez que podemos contar com o know-how, partilhar recursos e estar respaldados por um grande distribuidor de pneus a nível internacional, como é o caso da Tiresur.

No plano estratégico, queremos trabalhar com mais clientes que tra-gam qualidade à rede e apostar em alguns nichos de mercado que mostram sinais de claro crescimento.

AP: Quais são os principais serviços oficinais prestados pela Tiresur Pneus, ao nível da Península Ibérica?AS: Os serviços oferecidos pela rede variam em função da realidade de cada associado, mas no geral a rede Center´s Auto oferece servi-ços de mecânica rápida, pneus, equilibragem de pneus, troca de óleo e filtros, amortecedores, pastilhas de travão, jantes, etc. A venda de pneus pode representar entre 50% a 90% do volume de negócios de cada oficina, dependendo da realidade de cada parceiro. Por ter um perfil que depende tanto do negócio associado aos pneus, é que é importante e muito benéfico associar-se a uma rede liderada por um dos principais distribuidores de pneus da Península Ibérica.Um dos fatores mais importantes para os nossos parceiros é sobre-tudo a logística e serviço ao nível das entregas, assim como a dispo-nibilidade e mix/variedade de produtos. Para os nossos associados é fundamental dispor dos pneus “aqui e agora”. Para isso a Tiresur tem investido muito nas questões da logística nos últimos tempos, contando com 5 armazéns em toda a Península e um nível de stock permanente que já supera os 500.000 pneus.

AP: Que tipo de formação é prestada às oficinas Center’s Auto da Tiresur? AS: Atualmente estamos muito focados em dotar os nossos associa-dos de formação e conhecimentos na área de produto, em especial pneus. Isto porque nos últimos meses, ampliámos significativamente

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o nosso portfolio de produtos e marcas. Além dos pneus de turismo, 4x4, SUV, comerciais e de camião em que já eramos muito fortes, pas-sámos a comercializar também, pneus agrícolas, industriais e de moto. E câmaras de ar também. Como tal, a nossa aposta ultimamente tem sido apoiar a nossa rede a crescer e a explorar as oportunidades nessas áreas de negócio. AP: Que produtos Center’s Auto são disponibilizados às oficinas da rede?AS: Em Portugal, de momento apenas disponibilizamos pneus (para todos os segmentos) e câmaras de ar. Mas em Espanha, a realidade é diferente, com a Tiresur a disponibilizar à rede, produtos com marca própria Center’s Auto ao nível das baterias, óleos, produtos de lim-peza, acessórios, etc. AP: De que forma comenta a evolução atual da Tiresur Pneus ao nível do comércio em Portugal e em Espanha?AS: Tanto em Portugal, como em Espanha, a Tiresur é uma referência no mercado. Nos últimos anos temos crescido bastante em termos de unidades vendidas, volume de faturação e também em termos de carteira de clientes. Temos cada vez mais clientes ativos e como já referi, o nosso leque de produtos tem vindo a crescer significativa-mente. Percebe-se que somos claramente um operador de referência e isso faz com que cada vez mais oficinas queiram trabalhar connosco e associar-se à nossa rede.Somos uma empresa “descomplicada” e com processos simples. O mercado aprecia isso!Além do mais, temos uma equipa jovem, dinâmica, comprometida e muito profissional. No final do dia, isso faz toda a diferença. AP: Na sua opinião, qual é a importância da integração da Tiresur no Grupo AM? AS: Para poder crescer e conseguir representar marcas importantes e de referência no mercado, é preciso fazer parte de um grupo sólido. E o Grupo AM permite-nos isso mesmo. É um grupo empresarial com clara vocação e presença internacional, que aposta além dos pneus e serviços oficinais, na construção, promoção imobiliária e também na biotecnologia. AP: Como descreve a evolução atual da oferta da em-presa, ao nível de pneumáticos para o setor automóvel?AS: Tal como referi anteriormente, atualmente a Tiresur tem um dos mais importantes e completos portefólios do mercado. Disponibili-zamos pneus para todos os tipos de segmentos de produto, desde pneus de moto, turismo, 4x4, SUV, comerciais, até pneus de camião, agrícolas e industriais. Tudo isto, com a representação das melhores marcas do mercado, com uma ampla oferta nos vários segmentos de mercado – Premium, Quality e Budget. Temos o que o cliente procura e oferecemos um serviço 360º!

AP: Em termos de inovação, quais são as principais es-tratégias implementadas pela Tiresur ao nível da ofer-ta de pneumáticos?AS: A rede Center´s Auto está a dar passos importantes naquilo que é a presença na internet, investindo mais recursos nas redes sociais e trabalhando na renovação da sua página web… sintomas claros de que queremos estar o mais próximo possível dos nossos associados

e também dos clientes finais, que como sabemos estão cada vez mais exigentes neste plano.No futuro vamos também trabalhar no desenvolvimento de aplica-ções que melhorem ainda mais o contacto com os nossos parceiros, assim como queremos oferecer mais recursos e formação para que se mantenham atualizados nesse sentido, em especial para melhorar a experiência de comunicação com os seus clientes finais (aviso de revisões, sistema de geolocalização, inclusão nos sistemas inteligentes de aviso à oficina em casos de avaria ou acidente…). Para além disto, para nós foi muito importante o lançamento do novo portal B2B, uma plataforma onde os nossos clientes dispõem de uma área privada, onde podem consultar todos os seus pedidos, os pontos acumulados no programa de fidelização, o catálogo de brindes, pro-moções, assim como uma visão de todos os movimentos e orçamen-tos dados a clientes, entre outras opções. AP: Atualmente, como descreve o serviço de pós-ven-da de pneumáticos da Tiresur?AS: Apostamos cada vez mais em 3 pilares que consideramos fun-damentais – QFC – Qualidade, Fiabilidade e Continuidade. “Quali-dade” das marcas e produtos que comercializamos e colocamos à disposição dos nossos parceiros, mas também a qualidade dos nossos recursos humanos; “Fiabilidade” dos nossos produtos, para termos os mais baixos índices possíveis de reclamações e problemas técnicos e “Continuidade”, porque apostamos em marcas fortes e reconhe-cidas no mercado, que nos permitem garantir parcerias estáveis e duradouras.Por último, mas não menos importante, gostamos de ressalvar um aspeto que consideramos fundamental neste setor, que é a Atenção Personalizada que damos ao nosso cliente. E nesse aspeto, contamos com uma equipa de profissionais altamente preparada, conhecedora do mercado e que está sempre disponível para ajudar.

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Auto Profissional: Qual é o historial da Motortotal en-quanto oficina de reparação automóvel? Como surgiu a empresa?Michel Jorge: A Motortotal foi fundada em agosto de 2010, de-pois de mais de 15 anos de experiência na “F.H da Rocha Marques, Lda”. Nasceu da vontade de criar uma estrutura que agregasse todos os serviços para reparação automóvel com uma equipa especializada abrangendo as áreas de diagnóstico eletrónico, reparação, assistência

Reparação eletrónica e resolução de avarias

MICHEL JORGE - Motortotal

A Motortotal tenta ser uma oficina que seja uma alternativa à “marca”. Tem no seu stock peças de aftermarket premium. Michel Jorge, Gerente, aponta que a empresa está pronta para responder a qualquer tipo de reparação auto-móvel.

e revisões mecânicas.A coesão da estrutura societária, dado ser unipessoal, assim como a evolução positiva do negócio e o profundo conhecimento do mer-cado, por parte do empresário, levou a empresa a um crescimento sustentado e a ser uma referência bastante positiva, no âmbito do seu mercado operativo.O crescimento sustentado da empresa, permitiu ainda a aquisição de uma área de 1100 m2 divida em armazém/peças, serviço assistencial

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de mecânica e reparação de motores, gerência e uma área desco-berta. A Motortotal está pronta para responder a qualquer tipo de reparação automóvel.

AP: Quais são os principais serviços oficinais prestados pela Motortotal?MJ: A Motortotal presta serviços rápidos, reparações de motores e caixas de velocidades manuais e automáticas, reparações elétricas e eletrónicas, serviços de A/C, serviços de diagnóstico eletrónico, pneus, alinhamentos de direções, etc.

AP: De que forma descreve o crescimento e a qualidade do stock da Motortotal, ao nível de peças e acessórios auto, pneus e lubrificantes, em relação à procura do mercado?MJ: A Motortotal dispõe apenas de um stock mínimo das peças com mais rotatividade, pois os armazéns dos nossos dois maiores distri-buidores são muito perto das nossas instalações e fazem cinco en-tregas por dia.A Motortotal nos últimos anos tem tido um aumento significativo de clientes e de faturação.

AP: Na sua opinião, como observa a evolução atual da Motortotal enquanto oficina multimarca?MJ: É o nosso principal foco, portanto, faz parte da estratégia inte-grante da empresa.

AP: De que forma a Motortotal diferencia a sua oferta de reparação e manutenção automóvel face à concorrência?MJ: A Motortotal tenta ser uma oficina que seja uma alternativa à “marca”. Trabalhamos com peças de aftermarket premium, com pes-soas com formação e com equipamento do mais avançado que existe para responder às exigências do mercado, sendo muito fortes na re-paração eletrónica e na resolução de avarias.

AP: A Motortotal detém parcerias que considere estra-tégicas para a sua atividade?MJ: Temos parcerias com a Create Business e com a Totalcentralinas.

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Comércio no Aftermarket

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Elevado nível de serviço

PAULO CARDOSO – MCS Auto

A MCS oferece marcas de qualidade reconhecida que são utilizadas em equipamento original. Paulo Cardoso, Gerente, assinala o acompanhamento de proximidade e a formação sobre marcas comercializadas aos seus clientes e oficinas.

Auto Profissional: Qual é o historial da MCS Auto en-quanto empresa orientada para o comércio de peças auto em Lisboa?Paulo Cardoso: A MCS Auto iniciou a sua atividade no ano de 2002, começando com uma loja de 80m2 na Rua de Sapadores, com 3 funcionários e uma viatura. Face ao crescimento do negócio, em 2009 ocorreu a mudança das suas instalações para um espaço de maior dimensão, com cerca de 220m2, e em 2013 expande a área geográfica do seu negócio com a abertura de mais uma loja, localizada em Camarate.Atualmente conta com 20 colaboradores, nove viaturas e uma mota, estando neste momento em negociação a aquisição de um novo es-paço com 600m2, que irá ser utilizado como armazém, e incluirá um refeitório e uma sala de formação.

AP: De que forma descreve a importância da oferta da MCS Auto?PC: A MCS oferece aos seus clientes um atendimento personalizado e qualificado, com caixeiros e técnicos de vendas com um vasto co-nhecimento do mercado, aliado a uma oferta de produtos de elevada qualidade. Estes são os fatores fundamentais, e são eles que nos per-mitem diferenciar neste mercado tão competitivo.

AP: Como caracteriza a evolução atual da oferta da MCS Auto, nomeadamente ao nível do serviço pós--venda auto?PC: Ao longo do tempo e para dar resposta eficiente às exigências dos nossos clientes, nomeadamente em relação às entregas, houve necessidade de adquirirmos mais viaturas e mais pessoal, de forma a

mantermos o elevado nível de serviço. Oferecemos também aos nossos clientes um acompanhamento de proximidade e formação das marcas por nós comercializadas, que os ajudam no seu negócio.AP: Em termos gerais, quais são as principais marcas de peças e componentes auto que a empresa oferece ao mercado?PC: A MCS oferece marcas de qualidade reconhecida que são utili-zadas em equipamento original - marcas como a Textar, ATE, Brembo, Luk, INA, FAG, Ruville, Purflux, MANN, Sofima, BluePrint, Febi, Mon-roe, Sachs, assim como o óleo Méguin. Contudo, devido à grande diversidade de clientes que possui, a empresa também trabalha com outras marcas mais económicas, mas sempre tendo como foco a ga-rantia de material de qualidade.

AP: De que forma caracteriza a importância do stock de peças auto existente na MCS Auto?PC: A MCS tem elevada disponibilidade e diversidade no que respei-ta ao seu stock de peças. Estas características são comuns nas lojas de Lisboa e Camarate, pois os nossos clientes pretendem receber o material no menor espaço de tempo possível, e só assim é possível mantermos um elevado nível de serviço.

AP: Qual é o perfil de clientes da MCS Auto, são sobre-tudo clientes oficinais? PC: A MCS trabalha em ambas as lojas com vários tipos de clientes, desde clientes de balcão, a oficinas ou particulares. Os nossos co-merciais visitam as oficinas diariamente, pois entendemos que estas necessitam de um acompanhamento e um nível de serviço muito

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elevado e baseado na proximidade. Contudo, a MCS também traba-lha desde o início com outro tipo de clientes, nomeadamente alguns órgãos do Estado, como Câmaras Municipais, Exército, GNR, Força Aérea, Marinha, entre outros.

AP: Quais são as principais parcerias estabelecidas pela empresa? PC: A MCS tem como principal parceiro a Autozitânia, onde adquire cerca de 90% do seu material, no entanto também trabalha diaria-mente com outras empresas que complementam as suas necessida-des.

AP: De que forma avalia a diferenciação da oferta da MCS Auto face à concorrência?PC: A MCS diferencia-se da concorrência por diversos fatores, como a elevada diversidade e disponibilidade do stock que possui em arma-zém, pelo seu portefólio de marcas muito abrangentes, que oferece aos clientes na melhor relação preço/qualidade. A estes fatores acres-centa ainda um atendimento de excelência por parte dos seus cola-boradores, que têm uma longa experiência no ramo do comércio e do aftermarket. Outros aspetos essenciais para a diferenciação da MCS são a rapidez na entrega das peças e o acompanhamento permanente dos clientes, esclarecendo todas as suas dúvidas. De referir, ainda relativamente à velocidade nas entregas das peças, o que é essencial e facilitado pelo facto de recebermos do nosso parceiro Autozitânia material quatro vezes por dia, o nos possibilita a celeridade na entrega do material aos nossos clientes e que faz com que nos consigamos diferenciar da nossa concorrência.

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Oferta com serviço pós-vendadiferenciado

EMANUEL VIEIRA – PremierClass

A PremierClass Automóveis trabalha o mercado multimarca, focando-se no segmento premium de cada uma das marcas que comercializa. Emanuel Viei-ra, Administrador, destaca a parceria com a APDCA e a aposta no pós-venda reforçado.

Auto Profissional: Qual é o historial da PremierClass Automóveis enquanto empresa orientada para o co-mércio de automóveis?Emanuel Vieira: A PremierClass atua no mercado desde 2009 e nasceu com o objetivo de trabalhar o segmento médio, médio-alto, oferecendo aos seus clientes um serviço de excelência e um pós-venda diferenciado e bastante focado na necessidade e satisfação do cliente.

AP: Em termos gerais, de que forma descreve a im-portância da oferta da PremierClass Automóveis? EV: Tal como o nome indica, a oferta da PremierClass incide sobre

veículos pertencentes a um segmento premium, tendo uma oferta diversificada no que respeita às marcas que comercializa.

AP: Como caracteriza a evolução atual da oferta da PremierClass, nomeadamente ao nível do serviço pós--venda? EV: Este é de facto um serviço que nos distingue ao longo destes anos, uma vez que somos orientados para a satisfação do cliente e para a sua consequente fidelização.

AP: De que forma está segmentada a oferta da empresa?

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EV: A PremierClass comercializa na sua grande maioria ligeiros de passageiros, SUVs, monovolumes e veículos motorizados.

AP: A oferta comercial da empresa incide somente sobre o comércio de veículos seminovos e usados ou também contempla veículos novos?EV: A oferta comercial da PremierClass incide somente sobre veículos seminovos e usados.

AP: A PremierClass Automóveis dirige a sua oferta somente a uma marca específica, com representação autorizada, ou abrange o mercado multimarca de automóveis?EV: Tendo uma oferta diversificada, a PremierClass trabalha o mercado multimarca, focando-se sempre no segmento premium de cada uma das marcas que comercializa. Entre elas, posso destacar a BMW, Mercedes e, mais recentemente, a Tesla, porque acredito que o futuro deste setor passa também pelos veículos elétricos.

AP: Quais são as principais parcerias estabelecidas pela empresa? EV: Destaco a parceria com a Associação Portuguesa do Comércio Automóvel (APDCA). É uma jovem associação, que representa de forma exclusiva o comércio automóvel e dá voz a um setor que tanto contribui para a economia portuguesa. Como associada, a Pre-mierClass tem à sua disposição serviços de consultoria informática, formações, certificação profissional, consultoria jurídica, etc. Esta é de facto uma parceria muito importante para nós. Destaco ainda as diversas parcerias na área financeira. Empresas como a Credibom, Cofidis, Cetelem, 321 Crédito, BBVA, Bicrédito e BPI são nossas parceiras através do suporte financeiro ao cliente.

AP: De que forma avalia a diferenciação da oferta da PremierClass face à concorrência?EV: Diferenciamo-nos pela qualidade das nossas viaturas, uma vez que procuramos verificar a origem e o histórico de cada uma das viaturas que adquirimos. Faz parte do nosso ADN, assim como um serviço pós-venda reforçado e uma garantia à medida dos nossos clientes. Sabemos que é através destes serviços que a satisfação do cliente é garantida.

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Oficina em destaque

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Oficina multimarca com representação Opel

OTÍLIA NEVES - Auto-Vihedo

A Auto-Vihedo tem parcerias com a maior parte das seguradoras do mer-cado e com a generalidade das Ges-toras de Frota. Otília Neves, Gerente, salienta a qualidade na prestação de todos os serviços relacionados com os veículos e na atenção ao cliente.

Auto Profissional: Qual é o percurso profissional da Auto Vihedo, enquanto oficina multimarca?Otília Neves: A Auto-Vihedo surgiu em 1980 como oficina multi-marca e, poucos anos depois, deu início à parceria para representação da Opel.

AP: Na sua opinião, qual é a importância estratégica de a Auto Vihedo ser um Reparador Autorizado Opel?ON: O reconhecimento e a credibilidade que uma marca com o prestígio da Opel aporta a um representante é um fator determi-nante na sua atuação como profissional do setor. Para além disso, a garantia de serviço prestada é claramente superior à da generalidade dos players independentes do mercado, mesmo considerando os que se encontram associados a uma rede.

AP: Enquanto oficina multimarca, quais são os princi-pais serviços oficinais prestados aos clientes pela Auto Vihedo?ON: Disponibilizamos todo o tipo de serviços relacionados com os veículos (mecânica, chapa, pintura, eletricista, pré-inspeção, alinha-mentos de direção, venda e instalação de peças e acessórios, serviços rápidos, etc.), bem como prestamos especial atenção ao atendimento do Cliente, tentando personalizar a sua experiência com o serviço, apostando no seu regresso e potencial fidelização.

AP: No mercado oficinal em que a empresa atua, quais são as principais tendências de mercado seguidas?ON: O segmento das oficinas marca/multimarca tem vindo progres-sivamente a perder quota de mercado, fruto de dois grandes fatores: o envelhecimento do parque automóvel e a quebra de fidelidade dos clientes que têm cada vez mais ofertas disponíveis nas redes inde-pendentes. Na Auto-Vihedo acreditamos que a aposta deve centrar--se em duas vertentes específicas: apostar na fidelização dos clientes particulares e estabelecer parcerias ao nível empresarial que nos per-mitam manter a solvabilidade financeira, os níveis de facturação e ter uma cadência de trabalho regular dentro da oficina.

AP: De que forma perspetiva o crescimento das oficinas autorizadas em Portugal?ON: Consideramos que estamos numa época de concentração e não de dispersão, ou seja, manter-se-ão os players que conseguirem gerir com rentabilidade os seus espaços e apostar-se-á em zonas onde geograficamente seja estratégico para as marcas terem uma representação.

AP: Quais são as principais parcerias estabelecidas pela empresa?ON: A Auto-Vihedo mantém parcerias com a maior parte das se-guradoras do mercado, bem como com a generalidade das Gestoras

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de Frota. Temos também condições especiais para algumas empresas e seus colaboradores, bem como programas de fidelização para os clientes particulares.

AP: Como avalia a importância dos serviços de após--venda automóvel da Auto Vihedo? Quais são as mais--valias para os clientes?ON: Um cliente satisfeito é a melhor publicidade que podemos ter, é o poder do “word of mouth”. Pretendemos prestar um serviço de pós-venda de qualidade e tentar satisfazer todas as necessidades do cliente, disponibilizando serviços complementares à tradicional manu-tenção anual, que promovam a rotação dos clientes no nosso espaço em várias épocas do ano (pneus, campanhas de verão/inverno, aces-sórios, dia do cliente…).

AP: De que forma avalia a diferenciação da oferta da Auto Vihedo face à concorrência?ON: Para a Auto-Vihedo as pessoas aparecem antes do seu automó-vel. Para além da qualidade técnica dos nossos serviços, procuramos facilitar a vida de quem nos procura, dispomos de um horário alarga-do para recolha/entrega de viaturas, podemos, em situações especí-ficas, efectuar a recolha ou entrega das mesmas ou providenciar um transporte para a residência ou emprego do cliente. É o cuidado que temos com o próximo que faz com que os nossos clientes se mante-nham connosco há tantos anos.

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O Start/Stop é uma tecnologia diferenciadora no sentido de tornar os carros mais ecológicos, oferecendo aumentos imediatos de efi-ciência de combustível até 8%. Este produto encontrava-se anterior-mente disponível quase exclusivamente para carros maiores. O novo motor de arranque Start/Stop SC60 da SEG Automotive corrige esta situação: está entre os mais pequenos do mundo e é capaz de caber em carros compactos com pequenos motores de combustão, forne-cendo até 1.2kW de potência de arranque. O SC60 é baseado no C60 Starter, que foi muito bem-sucedido junto dos OEMs em todo o mundo, segundo fonte do fabricante.A SEG Automotive está intimamente ligada à história do automóvel. Emergindo da divisão Bosch Starter Motors & Generators em 2018, a empresa representa mais de um século de inovações neste setor de produtos: do motor de arranque e gerador ao Start/Stop e hibri-dização leve. O produto foi projetado na Alemanha, tendo em mente os mercados emergentes e os veículos compactos. A sua estreia tem agora lugar na Índia para OEMs nacionais e internacionais. A poluição do ar é atualmente um problema severo no país - a Orga-nização Mundial da Saúde (OMS) conta com 12 cidades indianas entre as 25 mais poluídas do mundo. O SC60 é uma resposta eficiente para a redução da poluição, diminuindo o consumo de combustível e ajudando as OEMs a atingir as metas CAFE cada vez mais rigorosas.“Somos pioneiros do Start/Stop, tendo introduzido a tecnologia em 2007 e, desde então, temos trazido reduções eficientes de CO

2 para uma grande quota do mercado europeu, norte-americano e chinês. Com o novo SC60 extra-compacto, estamos confiantes de que a tec-nologia agora também conquistará mercados em desenvolvimento, como a Índia, uma vez que responde perfeitamente aos carros meno-res que lá prevalecem”, afirma Peter Sokol, COO da SEG Automotive.

Start/Stop da SEG Automotive: solução com funcionalidades abrangentes

O SC60 é um motor de arranque Start/Stop desenvolvido pela SEG Automo-tive para veículos de tamanho reduzi-do, economizando 8% de combustível em condições reais. A Índia constitui o primeiro mercado no mundo a intro-duzir este produto.

A SEG Automotive tem projetos em curso que visam também distri-buir o novo produto junto de outras OEMs na Índia e noutros mer-cados, como o Brasil, a China e a Europa, consolidando ainda mais o seu papel enquanto líder tecnológico e um dos fornecedores globais mais significativos. Como funciona o Start/Stop?A unidade de controlo do motor (ECU) desliga automaticamente o motor se o veículo parar e o condutor colocar a mudança em ponto morto, por exemplo, num semáforo. Para carros com trans-missão automática, apenas o pedal de travão pressionado e a imobilização do veículo são necessários. Assim que o condutor pressionar novamente a embraiagem ou, em caso de transmissão au-tomática, libertar o travão, o motor é reiniciado automaticamente. O sistema de Start/Stop funciona convenientemente em segundo plano e avalia uma ampla gama de informações do sensor antes de ser ativado. Por exemplo, um sensor de bateria determina o nível de carga da bateria; apenas se uma partida rápida for garantida, o motor será desligado quando o veículo estiver parado. Outro exemplo é o ar condicionado do veículo. Se a temperatura no interior do veículo estiver muito baixa ou muito elevada, o motor continuará a funcionar para atingir mais rapidamente a temperatura desejada pelos passagei-ros. Por fim, existe um conversor CC/CC com o intuito de estabilizar a tensão do sistema elétrico no arranque do automóvel, garantindo assim que o rádio, o sistema de navegação ou o telefone “viva-voz” funcionem sem qualquer interferência ou interrupção.Sobre as características de Start/Stop avançado da SEG Automotive, os engenheiros trabalham continuamente para prolongar o tempo durante o qual o motor está desligado, com vista a reduzir ainda mais

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o consumo e, consequentemente, as emissões de CO2. O recurso ao Start/Stop avançado permite desligar o motor quando o veículo está a parar e já se desloca a baixa velocidade. Dependendo do estilo de condução e das condições do tráfego, o sistema Start/Stop avançado da SEG Automotive pode economizar até 10% do consumo total de combustível.

Iniciativas da SEG Automotive que contribuem para a redução das emissões de CO2

Paralelamente, a SEG Automotive está a investigar uma série de pro-jetos adicionais para reduzir ainda mais as emissões de CO2 de veícu-los de passageiros e comerciais. Com o Boost Recuperation Machine (BRM), que facilita a hibridização leve de 48 volts, a SEG Automotive oferece já uma tecnologia para a hibridização de motores a gasolina e a diesel de maneira económica. O BRM possibilita a travagem regene-rativa, armazenando energia que mais tarde é convertida em potência de condução adicional, proporcionando um torque extra durante a aceleração e um “coasting” a alta velocidade com o motor desligado. Através do uso do BRM, o consumo de combustível e as emissões de CO2 podem ser ainda mais reduzidas, isto é, aproximadamente 15%. A SEG Automotive também oferece uma ampla gama de geradores de alta eficiência para quaisquer requisitos de energia, que mantêm o sistema elétrico do veículo estável e reduzem as emissões de CO2 e o consumo de combustível.

Sobre a SEG Automotive

A SEG Automotive está intimamente ligada à história do automóvel. Emergindo da divisão Bosch Starter Motors & Generators em 2018, a empresa representa mais de um século de inovações neste setor de pro-dutos: do motor de arranque e gerador ao Start/Stop e hibridização leve. A SEG Automotive está a moldar ativamente a atual jornada da indústria automóvel do motor de combustão para a eletrificação, oferecendo soluções eficientes para a redução das emissões de CO2. Com 16 localizações pelo mundo, nos mercados mais importantes do setor automóvel, e mais de 8.000 colaboradores, a SEG Automotive oferece uma vas-ta gama que garante o mais alto nível de experiência quer na engenharia, quer na produção - da Alemanha à China. A empresa afirma que a liderança tecnológica e os mais elevados padrões de qualidade diferenciam os seus produtos, e quase todos os construtores a nível mundial confiam nas soluções desenhadas à sua medida pela SEG Automotive, para veículos de passageiros e comerciais. A SEG Automotive está presente em Portu-gal através da sua subsidiária SEG Automotive Portugal.

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Oferta integrada de viatura elétrica

CARLOS JESUS - CEO da ZEEV

Um pouco por todo o mundo, a mobilidade elétrica é talvez o tema mais abor-dado da atualidade. Os fabricantes anunciam os novos modelos para os pró-ximos anos, enquanto que os Governos e Municípios legislam no sentido de promover uma mobilidade mais limpa, sustentável e inteligente.

Por seu lado, as empresas e os consumidores em geral estão atentos às poupanças significativas originadas pelos veículos elétricos. A proi-bição de entrada de viaturas diesel em algumas cidades europeias e as metas de CO2 definidas para 2020 têm tido um efeito catalisador junto das entidades e dos decisores.Mas será o veículo eléctrico a solução? É hoje consensual entre todos os fabricantes que os veículos com propulsão totalmente eléctrica se-rão o futuro. Já quanto à fonte de energia para propulsão, as opiniões dividem-se entre 100% eléctrico ou híbridos plug-in com vantagens e desvantagens em ambas as opções. Em qualquer dos casos o ar-mazenamento da energia é feito em baterias de lítio que têm de ser recarregadas diariamente.

Oferta integrada com painéis solares e carregamen-to inteligenteNo entanto a origem da eletricidade utilizada para carregar os veículos, deverá ser considerada quando se compare com o com-bustível tradicional. Acreditamos que a oferta integrada de viatura elétrica com os painéis solares e um sistema de carregamento inte-ligente é a solução acertada. Se considerarmos apenas seis paineis fotovoltaicos a instalar com a aquisição de uma viatura elétrica, teremos energia produzida diariamente suficiente para percorrer mais de 50 km – a média diária de mais de 70% da população - sem recurso à produção a partir de fontes fósseis. No caso das frotas de empresas, esta vantagem torna-se ainda mais evidente, havendo inclusive uma economia obtida pela escala com um maior número de painéis instalados. A instalação de carregadores as-sociados aos sistemas de gestão inteligente de fluxos energia, tem a dupla vantagem de reduzir os custos com os consumos e garantir uma melhor segurança da instalação. O controlo de energia utilizada em cada carregamento poderá ser feito com recurso aos postos de carga com controlo de acessos, per-mitindo não apenas medir, mas também atribuir limites de utilização a cada utilizador.

Sistema de gestão centralizadoAtravés de um sistema de gestão centralizado que permite correla-cionar a energia produzida e consumida por cada utilizador, a empresa e os gestores de frota têm acesso à informação sobre as poupanças financeiras e ambientais. A solução de gestão e postos de carga ZEEV responde ainda à necessidade de o utilizador poder carregar a viatura em casa, sendo os custos desse carregamento pagos pela empresa, total ou parcialmente.A ZEEV é pioneira na oferta completa e integrada de todo este ecossistema, indo assim de encontro às necessidades das empresas, entidades públicas e clientes particulares. Todas estas soluções estão também disponíveis através de financiamento em renting e leasing, para qualquer marca ou modelo de viatura 100% eléctrica ou híbrida plug--in.

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www.autoprofissional.pt

REVISTA AUTOPROFISSIONAL

Dirigida aos quadros decisores das empresas de manutenção e reparação auto - independentes e autorizados - e de distribuição de peças, acessórios e ferramentas, e aos gestores das empresas importadoras e representantes de peças e equipamentos, é também uma fonte de informação para os centros

de competência e de formação profissional, bem como, para os diretores dos cursos de engenharia e mecânica automóvel.

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