Gestão de Riscos Pós-Implantação de Basileia III€¦ · Instituições sistemicamente...

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Anthero de Moraes Meirelles Diretor de Fiscalização Gestão de Riscos Pós-Implantação de Basileia III

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Anthero de Moraes Meirelles Diretor de Fiscalização

Gestão de Riscos Pós-Implantação de Basileia III

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Estrutura da apresentação

1 Implantação de Basileia III

2 Evolução histórica da supervisão no Brasil

1.1

1.2 Objetivos

Motivadores

2.1 Implantação de Basileia III

1.3 Medidas

1.4

1.5

Desafios

Consequências

3 Sistema Financeiro Brasileiro

3.1 Situação Atual

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Motivadores:

Resposta à crise internacional

Severidade e amplitude global da crise

Incapacidade de absorção de perdas pelo capital

Instituições sistemicamente importantes (too big to fail)

Reforma Basileia III 3

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Objetivos:

Tornar o sistema financeiro mais resiliente

Evitar ou reduzir o risco sistêmico

Reduzir o custo de crises bancárias

Amparar o crescimento sustentável

Assegurar o level playing field para IFs

Reforma Basileia III 4

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Medidas:

Recomendações de melhores práticas regulatórias e de supervisão

Aumento da quantidade e qualidade de capital

Implementação de novos requerimentos para liquidez e alavancagem

Reforço no Pilar 3

Maior rigor no monitoramento e conformidade na implantação de Basileia III (RCAP Nível I, Nível II e Nível III)

Aperfeiçoamento dos mecanismos de resolução

Revisão dos mecanismos e modelos de cálculo de riscos

Reforma Basileia III 5

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Evolução da Regulação e Supervisão

Implantação dos Acordos de Basileia

1988

Basileia 1

1994

2004

Basileia 2

2011

Basileia 3

Participação Efetiva nos Fóruns

Internacionais

Após 6 anos

Brasil participa da construção do documento

Implementação de Basileia 1

Início do Projeto Basileia

Comunicado ao Mercado sobre cronograma de

implementação de Basileia 2

Implementação de Basileia 3

RCAP Avaliação Compliant

2013

ICAAP

1ª. Aprovação do uso de Modelo

Interno

2012

Implantação gradual a partir dos

aprendizados

Implantação concomitante aos demais países

FSAP

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Implantação Basileia III – Resumo

Definição de capital – Res. 4.192/13

Adicionais de capital e padrões min. – Res. 4193/13

Razão de alavancagem – Audiência Pública

Risco de crédito – Circ. 3.644/13 e 3.648/13

Risco de mercado – Circ. 3.634/13 a 3.639/13; 3.641/13; 3.646/13

Risco operacional – Cir. 3.640 /13 e 3.647/13

Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR) - Audiência Pública

Indicador de Liquidez de Longo Prazo (NSFR) - Futuro

Capital

RWA

Liquidez

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Implantação Basileia III – Resumo

Conglomerado Prudencial– Res. 4.280/13

Pilar 3 – Circ. 3.678/13

Medidas prudenciais preventivas – Res. 4.019/11

Contab.

Pilar 3

Medidas Preventivas

8

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Desafios impostos por Basileia III

Basileia III requer das IFs os seguintes esforços:

Maior envolvimento da alta administração com governança e gestão de riscos

Aprimoramento da gestão de riscos

Adequação dos processos de definição de tolerância e assunção de riscos (crédito, mercado e operacional)

Precificação sensível a riscos latu senso

Risco no cenário atual e na perspectiva dos ciclos econômicos e financeiros (through the cycle)

Gestão integrada de riscos (crédito, mercado e operacional – conglomerado prudencial)

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Desafios impostos por Basileia III

Basileia III requer das IFs os seguintes esforços (cont.):

Aprimoramento da gestão de capital

Reforço na qualidade e quantidade de capital

Melhor gestão da estrutura de capital (de forma consolidada)

Processo de adaptação a cláusulas de novos instrumentos de capital

Melhor gerenciamento de liquidez e da alocação de ativos (liquidez no dia a dia e estrutural)

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Desafios impostos por Basileia III

Atenção a novos riscos legais e reputacionais

Maior impacto concorrencial em médio prazo

Custo maior de captação

Maior dedicação na gestão do risco operacional

Aprimoramento da avaliação e modelagem do risco operacional e sua correspondente alocação de capital

Basileia III requer das IFs os seguintes esforços (cont.):

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Desafios impostos por Basileia III

Implantação plena e consistente dos novos padrões

Ampliação do nível de transparência (maior accountability)

Supervisão com visão macro e microprudenciais

Informações suficientes para avaliação do risco sistêmico e das IFs individualmente

Maior integração entre reguladores (domésticos e em nível global)

Aperfeiçoamento na relação entre supervisores (home/host)

Desafios impostos aos reguladores e supervisores:

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Consequências esperadas para o

sistema financeiro

Gestão de riscos aprimorada

Níveis de capital capazes de absorver perdas

Sistema financeiro resiliente

Práticas e critérios saudáveis na assunção de riscos

Redução do risco sistêmico

Estratégias de gestão com visão prospectiva

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Evolução histórica da Supervisão no Brasil

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Ampliação da captura de informações

Ampliação dos poderes da Supervisão

Novas técnicas e ferramentas de

Supervisão

- Criação da C3

- SCR – informações detalhadas a partir de R$ 1 mil

- Criação da CED

- Obrigatoriedade do registro dos derivativos no exterior

- Consolidado Prudencial

- Aprimoramento dos instrumentos prudenciais (Res. 4.019/11)

- VE Viabilidade

- VE Integridade de Dados

- VE Fluxo de Caixa

- Metodologia de detecção de fraudes

Aprimoramentos recentes

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Atual modelo de supervisão

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Atual modelo de monitoramento

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SCR

• Recebe mensalmente, de 1500 IFs:

• operações de crédito ativas de 72 milhões de clientes.

• 449 milhões de operações (cada operação contém 36 campos de informações).

• Mantidos, no dw, os dados de operações desde jan-2004 (17 bilhões de registros de operações).

Sistema Câmbio

• 206 instituições autorizadas

• 37.300 operações/dia (mensageria)

• 1.000 operações/dia de transfer. internacionais em reais (TIR)

• 2.500 operações/dia de agências de turismo

• 32 milhões de registros referentes a gastos com cartão de uso internacional (arquivo mensal)

SMM

• Recebe dados de: Selic, CETIP, BM&F Bovespa, SPB e outros internos BC (Contábil, Unicad, PESP etc).

• 20 milhões de registros por dia

• Estimado aumento para 30 milhões com a entrada do novo sistema de registro da BM&F.

• Processados mensalmente mais de 900 docs (DRL e DRM).

Infs Contábeis

• Recebidos mensalmente 1.995 docs contábeis e 1.670 demonstrativos de limites, levando a mais de 5,3 milhões de registros COSIF (linhas de infs) em 2013.

• O volume de informações de demonstrativos de limites foi aproximadamente 1,9 milhão de registros no mesmo ano

SAG

• 11 milhões de consorciados distribuídos em 20 mil grupos, além de dados de 9 milhões de clientes para rateio de recursos dos grupos.

• Recebidos 787 milhões de dados trimestralmente.

Saídas

• Ferramentas e sistemas de análise e sinalização:

• SISMEF

• Analisador

• DirimNet

• SIM

• Metodologia de detecção de fraudes

• Outros

Bases de Dados e Sistemas de Análise e Sinalização

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TÍTULOS PÚBLICOS TÍTULOS PRIVADOS DERIVATIVOS AÇÕES OP. NO EXTERIOR

OPERAÇÕES DO MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO

Sistema de Monitoramento de Mercado PROCESSAMENTO DIÁRIO = 20 MILHÕES DE REGISTROS

ANÁLISES AGREGADAS E INDIVIDUAIS

COMEF REF

Projeções Fluxo Caixa

Cenários Estresse

Impactos Compulsório

Cenários What if?

Índice Liquidez (equivalente ao LCR)

Fluxo Financeiro Reservas Bancárias

Perfil Captações

Exposições Risco Mercado

Carteira TVM

Carteira Derivativos

Carteira Fundos Administrados

Margens Garantias

INFORMAÇÕES DIÁRIAS (D-1)

Supervisão

DADOS IF DADOS SIST. PGTOS

Ferramentas de Monitoramento

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Sistema Financeiro Brasileiro

Sólido

Líquido

Solvente

Bem provisionado

Bem capitalizado

Requerimentos mais conservadores

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Crédito

0,0

1,2

2,4

3,6

4,8

6,0

Mar2011

Jun Set Dez Mar2012

Jun Set Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun

%

Inadimplência, provisões e baixas para prejuízo

Carteira de crédito classificada nos níveis E até H

Provisões

Inadimplência

Créditos baixados doze meses seguintes

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Jun 2008

Dez Jun 2009

Dez Jun 2010

Dez Jun 2011

Dez Jun 2012

Dez Jun 2013

Dez Mai 2014

Índice de liquidez

Captações estáveis sobrecrédito

Captações externasinternalizadas / Captaçõestotais

Ativos Líquidos/Ativos Totais -Fundos de investimento

117%

1,5

1,8

115%

8,6%

8,8%

76,9%

72,8%

Liquidez

22

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Rentabilidade

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

2,2

Dez2009

Jun2010

Dez Jun2011

Dez Jun2012

Dez Jun2013

Dez Jun2014

3

6

9

12

15

18

RSPL anual do SB ajustado (sem efeito da venda do BB Seguridade)

Proxy para taxa livre de risco

RSPL anual do SB ajustado / (0,85 * Selic) (eixo da esquerda)

Retorno sobre o patrimônio líquido anualAcumulado nos últimos doze meses

%Unidades

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Solvência

11,8

11,0

12,9 12,2

16,6 15,5

4,5

5,5

2

5

8

12

15

18

Nov2013

Jan2014

Mar Jun

%

Índice de capital principal Índice de patrimônio de referência nível I Índice de Basileia

Índices de capitalização e exigência regulatória

As linhas pontilhadas representam os requerimentos regulatórios para os diferentes níveis de capital.

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Solvência

0,9 0,8 0,8

0,3

1,4

0,3

0,4

0,6

0,1

0

1

2

3

4

Nov2013

Jun2014

Nov2013

Jun2014

Público comercial Privado

R$ bilhões

Capital Principal Capital Complementar PR_II

Evolução da Necessidade de Capital com regras de 2019

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Testes de estresse

0,0

1,2

2,4

3,6

4,8

6,0

Jun2014

Set Dez Mar2015

Jun Set Dez

Cenário base VAR estressado (α = 5%)

Quebra estrutural Pior histórico

Provisões constituídas (jun./2014)

Estresse macroeconômico Inadimplência projetada

%

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Testes de estresse

0,8 0,2

0,6 0,1

4,6

0,9

0,0 0,0

13,0

15,414,3

4,2

2,1

0

2

4

6

8

10

20

24

28

32

36

40

44

1% 4% 7% 10% 13% 16% 19% 22%

Análise de sensibilidadeRisco de taxa de juros

Taxa de juros de 6 meses

Máx. variação em 21 dias desde jan/1999

Negativa Positiva

Necessidade de capital (% do capital total):

Principal

Complementar

Nível II

Bancos em insolvência (% do ativo total)

Bancos desenquadrados (% do ativo total)

IB estressado (%)

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Testes de estresse

0,2

4,1

2,3

15,4 11,7

0,0

48,1

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

52

56

60

64

68

72

76

80

84

88

92

96

100

104

108

112

116

120

124

128

132

136

140

144

148

152

156

160

3 6 9 12

Análise de sensibilidadeRisco de crédito

Inadimplência média do sistema (%)

Provisão constituída atual

Bancos em insolvência (% do ativo total)

Bancos desenquadrados (% do ativo total)

IB estressado (%)

Necessidade de capital (% do capital total):

Principal

Complementar

Nível II

2,3

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