Gestão de Talentos - Uma abordagem comportamental de estilos de liderança
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
E-MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS
EDEMILSON ANTÔNIO COLTRO
LÚCIA HELENA DA SILVA MENDES
MIRKO FRANCISCO KADLEC
ESTUDO DE CASO SOBRE GESTÃO DE TALENTOS:
UMA ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DE ESTILOS DE LIDERANÇ A
CURITIBA
2006

EDEMILSON ANTÔNIO COLTRO
LÚCIA HELENA DA SILVA MENDES
MIRKO FRANCISCO KADLEC
ESTUDO DE CASO SOBRE GESTÃO DE TALENTOS:
UMA ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DE ESTILOS DE LIDERANÇ A
Estudo de Caso apresentado no Curso de Pós- Graduação E-MBA em Gestão Estratégica de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista. Orientador: Professor Rogério Valério Ribeiro
CURITIBA
2006

EDEMILSON ANTÔNIO COLTRO
LÚCIA HELENA DA SILVA MENDES
MIRKO FRANCISCO KADLEC
ESTUDO DE CASO SOBRE GESTÃO DE TALENTOS:
UMA ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DE ESTILOS DE LIDERANÇ A
Estudo de Caso apresentado no Curso de Pós- Graduação E-MBA em Gestão Estratégica de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista. Orientador: Professor Rogério Valério Ribeiro
COMISSÃO AVALIADORA:
_____________________________________ Professor: Instituição: _____________________________________ Professor: Instituição: _____________________________________ Professor: Instituição: Curitiba, ______de _________________de 2006

Aos nossos filhos e esposos, com quem deixamos de conviver
por tantas preciosas horas para que este trabalho pudesse ser
realizado.
Aos nossos pais que, através do exemplo, nos repassaram a
importância do eterno aprender.
ii

AGRADECIMENTOS
Ao Professor Orientador Rogério Valério Ribeiro, por ter compartilhado conosco seu
profundo conhecimento em gestão de pessoas.
Aos amigos e colegas de classe, pela força e motivação em relação a esta jornada.
A Adriane Baglioli Brun, que nos ajudou a enxergar este trabalho pelas lentes da
metodologia científica.
A todos que com boa intenção colaboraram para a realização deste trabalho.
iii

RESUMO
Estudo de Caso sobre Gestão de Talentos numa abordagem comportamental,
visando traçar o perfil de liderança individual e composto dos gerentes que
desenvolvem suas atividades na área comercial. O estudo faz uma breve
abordagem do perfil de liderança individual e composto dos gerentes, através de um
inventário de auto-avaliação e um alinhamento do perfil de liderança composto. O
estudo serve como uma ferramenta gerencial para conhecer o perfil de liderança de
cada líder e o quanto esse perfil pode contribuir na composição de uma liderança
compartilhada na organização através do alinhamento das potencialidades
existentes com os objetivos organizacionais.
Palavras-chave: gestão de talentos, estilos de liderança, inventários, liderança compartilhada.
iv

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Sistema de Liderança em Pirâmide..................................................... 24
Figura 2 - Sistema de Liderança Circular............................................................. 26
Figura 3 - Inventário de Auto-avaliação de Estilo de Liderança........................... 46
Figura 4 - Inventário do Estilo de Liderança - Pontuação..................................... 46
Figura 5 - Inventário Composto de Estilos de Liderança...................................... 47
Figura 6 - O Alinhamento entre os Estilos de Pessoal e Estratégico.................... 52
Figura 7 - Cinco Pontos Cardeais do Planejamento Estratégico.......................... 55
Tabela 1 - Resultado do Perfil de Liderança Individual da Filial da ELM elevadores de Acordo com Três Avaliadores, out-2006 ......................................
65
Tabela 2 - Resultado do Perfil de Liderança Composto da Filial da ELM Elevadores, out-2006 ...........................................................................................
66
Gráfico 1 - Padrão Médio do Perfil de Liderança Composto .................................. 68
Gráfico 2 - Resultado Final do Perfil de Liderança Composto da Amostra da ELM Elevadores, out-2006 .................................................................................
69
v

SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................. 06
LISTA DE FIGURAS................................... ............................................................ 07
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 10
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA.............................................................................. 12 1.2 PROBLEMA DA PESQUISA............................................................................ 12 1.3 OBJETIVOS..................................................................................................... 13 1.3.1 Objetivo Geral............................................................................................... 13 1.3.2 Objetivos Específicos....................................................................................
13
2 GESTÃO DE TALENTOS ............................. ..................................................... 15
3 CONCEITOS RELEVANTES AO ESTUDO DE CASO.......... ............................ 21
3.1 TALENTO......................................................................................................... 21 3.2 COMPORTAMENTO........................................................................................ 22 3.3 LIDERANÇA..................................................................................................... 23 3.4 PERSONALIDADE........................................................................................... 29 3.5 LIDERANÇA COMPARTILHADA.....................................................................
31
4 ESTILOS DE LIDERANÇA............................ ..................................................... 33
4.1 ESPECIALISTA EM CONTROLE.................................................................... 38 4.2 ESPECIALISTA EM CONCORDÂNCIA........................................................... 39 4.3 ESPECIALISTA EM SOCIABILIDADE............................................................. 40 4.4 ESPECIALISTA EM ESTABILIDADE...............................................................
40
5 INVENTÁRIOS.................................................................................................... 43
5.1 INVENTÁRIO DO ESTILO DE LIDERANÇA INDIVIDUAL.............................. 43 5.2 INVENTÁRIO DO ESTILO DE LIDERANÇA COMPOSTO..............................
46
6 ALINHAMENTO DA EQUIPE........................... .................................................. 50
6.1 ALINHAMENTO DA EQUIPE DE ACORDO COM O ESTILO DE LIDERANÇA COMPOSTO......................................................................................
51
7 METODOLOGIA..................................... ............................................................ 57
7.1 DESCRIÇÃO DO CASO.................................................................................. 57 7.2 TIPO DE PESQUISA.......................................................................................
vi 59

9
7.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS......................................................
60
8 ANÁLISES DOS DADOS.............................. ..................................................... 64
8.1 ANÁLISE DO PERFIL DE LIDERANÇA INDIVIDUAL..................................... 64 8.2 ANÁLISE DO PERFIL DE LIDERANÇA COMPOSTO..................................... 68 8.3 ALINHAMENTO EQUIPE NO ESTILO DE LIDERANÇA COMPARTILHADA. 70
9 CONCLUSÃO ...................................... .............................................................. 72
10 RECOMENDAÇÕES FINAIS .......................... ................................................. 77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................... .............................................. 79
APÊNDICE............................................................................................................... 81
APÊNDICE A – Formulário 01................................................................................. 82 APÊNDICE B – Formulário 02................................................................................. 85 APÊNDICE C – Formulário 03................................................................................. 87
vii

1 INTRODUÇÃO
Com a virada do século os debates em torno do conceito de competitividade e
produtividade mostram que as empresas modernas têm se preocupado cada vez
mais com o valor dos recursos humanos nas organizações, considerando-se as
características próprias de cada ser humano.
A mudança de visão das organizações significa mudar as estratégias
organizacionais onde o que se chamava de Recursos Humanos das Organizações
passou a ocupar um papel de suma importância, com um enfoque em gestão de
talentos, pois é através dos seres humanos que as empresas possuem seu
diferencial de mercado.
Três fatores determinantes afetam a economia: capital, recursos e mão de
obra. O capital já não representa fator preponderante, pois seu acesso está mais
fácil e este é considerado, inclusive, item abundante. Os recursos como
equipamentos, matéria prima e tecnologia transformaram-se em commodities, o que
acaba por equiparar todos no item recursos. Portanto, o que resta como diferencial
são as pessoas (a mão de obra) e seus talentos, ou seja: primeiro, para produzir,
capital e recursos eram fatores de diferenciação, chaves de sucesso. Hoje são muito
menos. São as pessoas mais que os demais fatores que determinam ou fazem a
diferença, cada vez mais e com maior intensidade.
Partindo-se deste princípio é que surgiu a necessidade da elaboração do
estudo de caso, com o objetivo de conhecer o talento dos gerentes, em uma
abordagem comportamental focada nos estilos de liderança individual e estilo de

11
liderança composto e com o conseqüente alinhamento destes gerentes, de acordo
com o perfil de liderança do grupo.
Este estudo de caso apresenta a pesquisa bibliográfica utilizada como
arcabouço da investigação, fundamentalmente com uma abordagem de todos os
conceitos relevantes para o estudo, sobre talento, comportamento, personalidade,
liderança e liderança compartilhada.
Também faz parte do apanhado teórico a maneira pela qual pode-se realizar
o inventário dos estilos de liderança individual e coletiva. Ainda em conceituação
aborda-se os tipos de líderes e sua influência direta, representados como líderes o
Especialista em Controle, o Especialista em Concordância, o Especialista em
Sociabilidade e finalizando com o Especialista em Estabilidade.
Consta ainda da fundamentação teórica a questão primordial do estudo, o
Alinhamento da equipe de acordo com o Estilo de Liderança Composto, absorvendo
de cada líder suas potencialidades e fraquezas e o quanto elas podem contribuir ou
como suas fraquezas podem ser corrigidas para equipe, de acordo com as
necessidades da empresa.
A metodologia do estudo de caso foi uma pesquisa de campo, com a
utilização de instrumento de coleta dos dados – o inventário dos perfis de liderança
individual e composto – para identificar o estilo de liderança de cada pessoa.
Como a utilização em campo do inventário dos perfis de liderança resulta nos
dados coletados em campo, fez-se a análise dos perfis de liderança de cada gerente
e obteve-se o perfil de liderança composto dos gerentes.

12
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
Objetivando conhecer melhor o perfil de liderança de cada gerente é que se
entende que este estudo de caso é uma ferramenta gerencial de suma importância
para os pesquisadores, visto que possibilitará a participação no processo de
descoberta das potencialidades de liderança na área gerencial de organizações.
Também tem importância para a organização, haja vista que facilitará a
identificação de potencialidades gerenciais ocultas, possibilitando à empresa criar
conhecimento novo, compartilhá-lo entre todos os gerentes da organização e
agregá-lo aos produtos e serviços a fim de gerar vantagens competitivas
sustentáveis, valorizando cada pessoa e maximizando o retorno de resultados de
acordo com a estratégia da empresa.
Para a comunidade acadêmica também é relevante, pois se trata de um
estudo de campo numa abordagem comportamental, baseado em gestão de
talentos, utilizando um instrumento para diagnosticar perfis de liderança individual e
composto e podendo ser aplicado em qualquer organização.
1.2 PROBLEMA DA PESQUISA
Com as mudanças decorrentes da globalização da economia e aquelas
ocorridas no cenário mercadológico – com o foco centrado nas pessoas – para o
atendimento de metas e objetivos das organizações, conhecer o perfil de liderança
do quadro de pessoal é um elemento indispensável para que seja percebido o
talento das pessoas em busca da missão e objetivos da organização, mantendo-a
competitiva no mercado.

13
Inquire-se, pois - Como identificar talentos de acordo com o perfil de liderança
dos gerentes de uma organização, buscando alinhá-los para melhor atender às
metas e objetivos dessa organização?
Diante do exposto têm-se como metas deste estudo de caso atingir os
seguintes objetivos:
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Diagnosticar o talento dos Gerentes, analisando o aspecto comportamental do
estilo de liderança individual e estilo de liderança composto, através da aplicação de
um instrumento específico, visando ajustar o perfil de cada gerente e o perfil
composto às necessidades da empresa, e possibilitando atuar com uma liderança
compartilhada.
1.3.2 Objetivos Específicos
• Aplicar um instrumento de avaliação através de ferramenta específica para
efetuar o inventário do estilo de liderança individual e da equipe de gerentes.
• Identificar os estilos de liderança de acordo com o perfil de cada gerente,
resultando no estilo de liderança composta, visando alinhar o que cada gerente faz
melhor com o que a empresa mais necessita.

14
• Comparar o perfil de liderança individual e o perfil de liderança composto e
propor o alinhamento de cada gerente, para absorver os talentos da equipe num
estilo de liderança compartilhada.

2 GESTÃO DE TALENTOS
No decorrer das últimas décadas as empresas passaram por diversos
processos na busca da manutenção de sua competitividade no mercado. Várias
ações foram sendo desenvolvidas, passando-se pelos modelos fordianos e
taylorianos, num conceito de busca da efetividade e responsabilidade dos
trabalhadores em prol do aumento de produtividade.
De acordo com Robbins (2005, p 17), que explica a moderna concepção da
gestão de pessoas, em substituição aos conceitos anteriores de gestão de recursos
humanos – R.H. – o funcionário típico nos anos 60 e 70 possuía local de trabalho
perfeitamente definido, jornadas delimitadas por horários estabelecidos para seu
início e término e uma perfeita distinção entre atividade profissional e vida particular.
A chamada globalização tem tratado de derrubar essas balizas na vida de cada vez
mais pessoas todos os dias – e essas pessoas mostram-se insatisfeitas quando
percebem que o trabalho toma cada vez mais espaço de sua existência: elas
querem ter “uma vida” além de ter um emprego, e isso tem levado muitas delas a dar
mais importância ao equilíbrio que à estabilidade.
Robbins (2005, p. 19) afirma que
Esse é o novo desafio das organizações: ajudar seus funcionários a encontrar esse equilíbrio perdido, mantê-los motivados e participantes, descobrir, reconhecer e colocar suas potencialidades em ação. A concessão de maior autonomia é uma dessas tendências: o funcionário, pela delegação de controle e responsabilidades, passa a desfrutar da possibilidade de exercer o auto-gerenciamento de suas atividades e isso está modificando positivamente os estilos de liderança, relações de poder, planejamento do trabalho e, sobretudo, a forma de estruturação das organizações modernas.

16
O ambiente competitivo da empresa mudou com a globalização dos mercados
e a inovação tecnológica. Antes a produção das empresas era destinada ao
aumento da lucratividade sem qualquer preocupação com a competitividade. Novas
tecnologias passaram a compor as empresas com altos investimentos em máquinas
novas muito mais potentes e velozes, e processos de tecnologia da informação
foram implantados para que se pudesse trabalhar com maior rapidez, aumentando a
lucratividade.
As empresas buscavam aumentar seus recursos materiais, financeiros e
“humanos”. As mudanças advindas da globalização também transformaram
conceitos e hoje, numa visão mais moderna, entende-se que os recursos humanos
não são recursos disponíveis da empresa como qualquer outro recurso, mas são
eles que representam o capital humano que detém o poder de manter a
competitividade das empresas em uma visão mercadológica mais ampla.
De acordo com Almeida et al (2003, p.30)
A substituição do capital pelo conhecimento despertou nas empresas a importância das pessoas, pois são elas que detêm o conhecimento, e a conseqüente vantagem competitiva para as empresas. As empresas que souberem gerenciar as pessoas estarão com a chave para o sucesso à sua disposição.
A velocidade das mudanças, as exigências do cliente, o alto nível de
complexidade no ambiente de trabalho e a necessidade de compatibilizar
desempenho com objetivos organizacionais exigem que as pessoas tenham talentos
que vão além da execução de tarefas – o que faz com que as organizações anseiem
por fortalecer a capacidade de aprender e reaprender de seu corpo funcional.

17
Gubman (1999, p. 18), refere que a ligação das pessoas às estratégias da
organização para servir aos clientes proporcionará resultados extraordinários a
longo e médio prazos. A descoberta dos talentos existentes na empresa permite
obter o máximo dos colaboradores, mesmo quando há escassez de talentos.
Ainda de acordo com Gubman (1999, p. 31), cada colaborador tem
necessidades de comunicação e lança questionamentos da seguinte natureza:
“Como estamos nos saindo como empresa?” “O que estamos fazendo para chegar
lá?” “O que posso fazer para contribuir?” “O que ganharei quando fizer isso?” Por
sorte isso é exatamente o que a empresa deve esperar dos seus colaboradores,
visto que, independente do tamanho da empresa, não importando o seu ramo de
atividade, cada empregado deve ter uma visão clara das estratégias e objetivos,
planos e processos, responsabilidades da equipe e individuais e recompensas.
Deste modo, é essencial que haja um alinhamento das pessoas que trabalham na
empresa descobrindo-se seus talentos e como elas podem contribuir para a
organização.
Uma empresa tem competitividade a partir da alavancagem de recursos que
dificilmente são copiados pela concorrência. Informação e conhecimento, tratados
de forma rápida, privilegiada e bem distribuída, garantem que uma empresa seja
melhor que a outra. A única forma de a empresa ser diferente é seu capital
intelectual, evidentemente ligado às pessoas da empresa. São elas que detêm o
conhecimento, isto é, a experiência individual e o valor agregado pelo indivíduo ao
processar essas informações.
De acordo com Hashimoto, (2006, p.7):
Em um mundo onde as vantagens competitivas se igualam em pouco tempo, o principal diferencial competitivo passa a ser o fator humano nas empresas, o qual é capaz de enfrentar, com sucesso, a competitividade......

18
Adota-se: “reengenharia”, “quebra de paradigmas”, “inovação”, “criar sinergia”, e quantas outras palavras queiramos...... O processo de mudança começa pelas pessoas. E pessoas não são tão simples quanto aparentam ser. Cobra-se mudanças nas empresas, esquecendo-se de que o principal fator capaz de torná-las permanentemente competitivas é o fator humano. ...... Por trás de todos os processos estarão sempre pessoas responsáveis por sua implementação e, até mesmo, controle.
Atualmente não é mais admitido que as organizações sejam baseadas na
eficácia operacional, simplesmente copiando as melhores práticas. É necessário um
novo modelo, um novo modo de pensar, dando ênfase ao fator humano, que
representa o diferencial das organizações. Mas como conhecer as pessoas sem que
seja um conhecimento superficial? Como identificar as potencialidades e limitações
dos outros? É preciso refletir sobre como as mudanças afetam as pessoas no
ambiente de trabalho, no local onde vivem. É preciso fazer a diferença, deixando de
ser apenas mero observador passivo e tornar-se participante engajado nos diversos
processos e tarefas diárias que absorvem o dia a dia de cada profissional.
A percepção, por parte das empresas, de que a competição se dá
principalmente pelo talento dos recursos humanos empregados nos projetos e
atividades, implica reconhecer que os seres humanos necessitam de motivação, que
é um mix de vontade própria com estímulo externo. A empresa pode oferecer
estímulos, pode buscar facilitar o trabalho, pode gerenciar um clima favorável, pode
retirar ao máximo os obstáculos à realização das metas, mas não há como interferir
na vontade de cada um.
Nem sempre investimentos maciços em cursos e seminários garantem a
formação de técnicos e outros profissionais mais capacitados, sendo necessário
gerenciar o momento motivacional, o clima organizacional e as relações culturais
entre os grupos, para manter mobilizados os talentos existentes nas empresas.
Partindo-se desta premissa, não é mais concebível que as pessoas sejam vistas

19
como recursos (financeiros, materiais, humanos) que estão colocados a disposição
da empresa. Na verdade cada pessoa possui um talento que diferencia o
posicionamento da empresa em seu mercado, significando a vantagem competitiva
da organização, por ser um elemento de alto valor estratégico.
A instituição que mais se assemelha a uma empresa do conhecimento é a orquestra sinfônica, na qual vários e diferentes instrumentistas tocam em conjunto partituras diversas como uma equipe integrada e coesa. A organização precisa funcionar como uma orquestra afinada e consoante. O todo tem características que nenhuma das partes possui. Em geral, uma grande orquestra não tem grandes músicos solistas nem virtuoses, mas músicos adequados capazes de tocar em conjunto de maneira excepcional. O trabalho do maestro é tornar os músicos altamente produtivos como um todo. O seu papel é trabalhar de perto com os membros individuais da orquestra e com grupos de instrumentistas. É a habilidade do maestro em trabalhar com as pessoas que faz a diferença. O segredo do maestro bem-sucedido é procurar e localizar potenciais das pessoas e dedicar seu tempo para desenvolvê-los (CHIAVENATO, 2002, p. 5).
Uma das melhores formas de aumentar a produtividade de uma empresa é
descobrir se as pessoas que nela trabalham fazem o que estão preparadas para
fazer. Como em qualquer processo bem estruturado é primordial que o processo
seja iniciado com o inventário dos talentos, objetivando definir o perfil profissional da
pessoa e mostrar a ela os melhores caminhos para sua maior satisfação e
produtividade.
Empresas que efetuam o inventário de seus talentos e descobrem a melhor
maneira de aproveitá-los sentem rapidamente as diferenças. Todas as pessoas têm
talentos, alguns mais desenvolvidos, outros ainda em potencial. Algumas pessoas
tiveram ambientes mais favoráveis para desenvolver seus dons; outras foram menos
desenvolvidas, o que não significa que não tenham habilidades altamente
favoráveis.

20
A realização de um diagnóstico para gerir pessoas, efetivamente o
levantamento dos perfis de liderança individual e o perfil de liderança composta da
empresa, e como estes perfis permitem que se conheça melhor o colaborador da
empresa, representa uma gestão mais dinâmica, mais participativa e torna o
processo de gestão de pessoas mais transparente.
A visão moderna de gestão de pessoas tem buscado a descoberta dos
talentos de cada indivíduo e no que esse talento pode contribuir para agregar valor,
visando o atendimento das metas da empresa.

21
3 CONCEITOS RELEVANTES
O presente trabalho não pretende ser um tratado de gestão de talentos, ou
abordar conceitos relativos ao treinamento, à educação do quadro de pessoal,
desenvolvimento de planos de carreira e planos de remuneração, pois isso seria
demasiadamente amplo para este estudo. Deste modo o trabalho está dirigido para
o estudo do perfil de liderança individual e composto dos gerentes da empresa.
Partindo-se deste princípio são abordados conceitos pertinentes e
necessários ligados ao tema, descritos nesta etapa.
3.1 TALENTO
Considerando-se que o estudo de caso trata de uma nova abordagem de
Gestão de Pessoas, validando seus talentos, entende-se que seja necessário
descrever o que representa talento nessas condições.
De acordo com Almeida (2004, p. 16), o termo talento refere-se, com
freqüência, à pessoa que traz em sua bagagem um conjunto privilegiado de
competências, isto é, conhecimentos, habilidades e atitudes, que a diferencia de
outras. Existem diferentes tipos de talentos que requerem diferentes combinações de
capacidades, relacionadas com o contexto do trabalho e da organização. Entendido
dessa forma, nem todas as pessoas são talentosas.
Para O’Reilly (2001, p. 3-5) o termo talento tem um sentido bem mais amplo.
Considera que, desde que estejam presentes algumas características pessoais,
podemos tornar as pessoas talentosas quando desenvolvemos seus potenciais.

22
Para isso, as empresas devem investir em uma política de valorização de seu capital
humano através de treinamento, aconselhamento e orientação profissional. Essa
abordagem aproxima-se do sentido genérico de talento, como encontrada nos
dicionários.
O talento não pode mais ser confundido com genialidade ou com aptidões e dons inatos. Hoje os especialistas admitem que os talentos sejam de vários tipos e, melhor, os mais valorizados deles podem ser identificados e desenvolvidos pelas pessoas. Talento é quase um mantra no mundo das empresas. (LIMA, 2006, p. 46)
Ainda de acordo com Lima (2006, p. 50), a maior parte das pessoas ignora os
próprios talentos e raramente descobre quanto eles podem vir a ser valorizados no
mercado de trabalho. Ter consciência das próprias competências é uma atitude cuja
importância só agora começa a ser entendida e praticada. Os diversos talentos
tornaram-se uma das maiores armas de sucesso de um profissional. Conhecê-los e
cultivá-los, seu maior patrimônio.
Esta é a era do conhecimento, que muda a forma de identificar as
capacidades e habilidades de cada indivíduo – surgindo inclusive uma especialidade
que trata especificamente do tema gestão de talentos. Hoje sabe-se que todos
possuem talentos, mas o principal é saber como usá-los – quer seja na vida pessoal,
quer seja no trabalho.
3.2 COMPORTAMENTO
O comportamento pode ser entendido como de que maneira as pessoas
agem diante de determinadas circunstâncias ou em determinados ambientes.

23
O autor Benfari (1995, p. 16) afirma que durante todo o século passado
desenvolveram–se debates sobre os papéis que exercem as influências genéticas e
ambientais sobre personalidade e comportamentos dos seres humanos. O
comportamento pode ser influenciado por três fatores, a natureza, que se refere aos
fatores biológicos ligados às características hereditárias, a formação, que está ligada
ao aprendizado e os comportamentos baseados puramente nas experiências do
indivíduo.
O comportamento é um produto da personalidade...... a personalidade não é diretamente observável, mas pode-se inferir alguns aspectos dela examinando os comportamentos exteriorizados pelas pessoas. Nessa observação agimos como seres avaliativos; não somos neutros na relação e sempre atribuímos ao comportamento dos outros um valor positivo ou negativo. A avaliação pode ser verbal, não-verbal, mímica ou outras. Deve-se ressaltar que todo o comportamento é avaliado, consciente ou inconscientemente, pelas pessoas. (OLIVEIRA, 1997, p.72)
Qualquer que seja a situação, o comportamento das pessoas é influenciado
por fatores biológicos, por tudo que a pessoa apreende em sua vida e por todas as
experiências por ela vivenciadas. O conjunto de fatores que influenciam as pessoas
define de que forma ela irá se comportar, quer seja em seu ambiente de trabalho ou
outro ambiente.
3.3 LIDERANÇA
Este é o conceito que merece maior ênfase na revisão bibliográfica, pois todo
o estudo de caso está calçado no talento de liderar.
Observando as organizações que lutam com as turbulentas transições de
hoje, identifica-se seis coisas fundamentais a serem feitas por líderes que parecem
especialmente críticas para criar o senso de forte liderança e alcançar o sucesso. Os
líderes devem: conhecer o negócio da empresa, criar uma estratégia de liderança,

24
comunicar-se de forma persuasiva, comportar-se de modo íntegro, respeitar os
outros e agir.
Mas, o que vem a ser liderança? Liderança não é uma posição, não é
conhecimento. Liderança é relacionamento recíproco entre pessoas – portanto,
qualquer discussão de liderança deve atender à dinâmica de relacionamento.
Estratégias, táticas, conhecimentos e práticas são inócuos, a menos que atendam
às aspirações humanas fundamentais para conectar as pessoas, para que possam
se relacionar entre si.
De acordo com Hoover e Valenti, (2006, p.11) “a liderança é uma combinação
poderosa de estratégia e personalidade. Porém, se você precisar ficar sem uma
delas, que seja sem a estratégia”.
Para Maitland (2000, p. 7 ) “Liderança é a força ou impulso que leva os
indivíduos a agirem de uma forma específica".
As antigas escolas de liderança ensinavam que as organizações eram
constituídas de líderes em forma de uma pirâmide, conforme a Figura 1. A era da
liderança com o sistema em pirâmide está ultrapassada, pois representa uma forma
de liderança achatada e invertida.
Figura 1 – Sistema Liderança em Pirâmide
Fonte: Ilustração adaptada da Teoria de HOOVER E VALENTI, 2006, p. 11
Diretor
Cargos Técnicos
Cargos Operacionais

25
Neste tipo de modelo de liderança o que prevalecia eram as posições
hierárquicas, representando quase sempre o topo da pirâmide ocupado por cargos
mais elevados e, consequentemente, diretamente ligados a cargos de “poder” dentro
da organização. Nas demais escalas encontravam-se os demais níveis hierárquicos
representando os cargos de “menor relevância de poder” da empresa.
Esta visão ultrapassada impossibilita que o potencial de cada membro da
organização seja exposto para que ele também possa contribuir com as metas
organizacionais, de acordo com suas potencialidades.
De acordo com Bennis, (1996, p. 38)
Se examinarmos o rumo que tomou a teoria da liderança, observaremos os desmoronamentos da teoria da vocação, da teoria do grande homem, da crítica situacionista, da liderança funcional e, finalmente, da liderança sem líder. Isso por não falar da liderança burocrática, da liderança centrada na realidade, da liderança por objetivo, e assim por diante. A dialética e inversões da ênfase nesta área quase se comparam às existentes no campo da educação infantil. Neste sentido, é plausível afirmar que um líder e um seguidor é um líder.
Para Michaels (2002, p.18), não são os processos de Recursos Humanos, em
si, que distinguem as empresas de um ótimo desempenho, de uma de médio
desempenho, mas as convicções de seus líderes sobre a importância do talento e
das ações que tomam para fortalecer seu pool de talentos. A existência, dentro da
organização, de uma mentalidade voltada para o talento, concretizada em políticas e
metas para esse fim, é que imprime à atividade de seleção um enfoque estratégico.
De outra forma, essa atividade não agrega valor e seu desenvolvimento acontece
acidentalmente.
Esta é a era do conhecimento; nasce a figura do líder servidor, como estilo de
liderança. O foco, portanto, deixa de ser nos recursos e no capital, mas no ser
humano como diferencial, na natureza essencial de cada pessoa, significando

26
também os diferentes estilos de liderança. Essa nova forma de liderança pode ser
representada na Figura 2.
Figura 2 – Sistema de Liderança Circular
Fonte: Figura adaptada da Teoria de HOOVER E VALENTI, 2000, p. 11
Neste caso, a liderança não possui ligação com os níveis hierárquicos da
empresa, mas cada pessoa lidera assumindo a responsabilidade por aquilo que faz,
quer seja um trabalho simples, quer seja um trabalho de maior relevância. Neste
modelo, liderar não significa dizer às pessoas o que elas têm que fazer, dar ordens,
definir tarefas, e sim contar com a liderança individual de cada nível de
responsabilidade dos componentes da equipe, finalizando em uma liderança
compartilhada.
Diretor
Cargos Técnicos
Cargos Operacionais

27
Segundo Bennis (1996, p.133), as organizações que alcançarem sucesso
prolongado terão certas características em comum:
Estruturas mais achatadas e menos hierarquizadas, unidades mais autônomas, oferecerão bens e produtos com alto índice de valor agregado, controles de qualidade, controles de serviço, capacidade de reação, velocidade de inovação, flexibilidade, trabalhadores altamente treinados e capacitados que usam a mente e também as mãos, líderes em todos os níveis e não apenas gerentes. São esses líderes que assumirão novas tarefas em suas organizações, tarefas inimagináveis uma geração atrás, mas vitais hoje.
Hoover e Valenti, (2006, p. 12), afirmam que a liderança não é uma escada,
ela é, sim, um círculo. Essa inversão da pirâmide tradicional defensiva e de
territorialidade institucionalizada requer um premeditado, intencional e metódico
sistema de liderança que alinhe aquilo que as pessoas fazem melhor com o que as
organizações mais necessitam.
Para o reconhecimento das lideranças, portanto, é fundamental possuir
estratégia de identificação do líder e suas potencialidades de maneira assertiva e
simples.
De acordo com Bennis (1996, p. 22 ),
Líderes são importantes, pois são os responsáveis pelas organizações; além disso, com as mudanças e turbulências dos últimos anos, não há um lugar seguro para onde correr... Algo como um fator trim-tab, uma meta maior. Líderes atendem a essa necessidade.
Nesta nova ótica há que se ressaltar que não existe apenas um líder na
organização: na verdade todos são, em menor ou maior grau, “líderes". Basta que
sejam inventariados os perfis destes líderes que suas potencialidades certamente
aparecerão e serão de grande contribuição às organizações, desde que esta
liderança seja compartilhada.

28
Segundo Denning (2006, p. 52), líderes que não compreendem as diferenças
de padrões têm mais chances de utilizar as formas erradas de liderar e irão se
decepcionar quando os efeitos desejados não se fizerem sentir, podendo, então,
culpar a ferramenta, quando a verdadeira razão do fracasso foi não compreender a
gama de padrões narrativos disponível e as diferentes utilidades que cada um pode
ter.
A liderança só pode se manifestar em qualquer que seja o ambiente se
houver mais de uma pessoa. Cada uma delas, por sua vez, age de acordo com sua
personalidade.
De acordo com Hoover e Valenti (2006, p. 47) “reconhecer a natureza da
personalidade e como ela domina as atitudes e o comportamento individual e
organizacional é o primeiro passo para compreender as diferenças entre fazer
coisas versus ter coisas feitas”.
Se uma pessoa estiver trabalhando em uma atividade de forma isolada tem-
se uma pessoa com personalidade individual, mas se estiver trabalhando com outra
ou mais pessoas, tem-se uma personalidade coletiva ou o que se chama de
personalidade composta.
Para Hoover e Valenti (2006, p. 55) “liderar efetivamente sem uma
consciência operacional da personalidade composta é como tentar virar a nau de
batalha sem leme. Ter-se-á sorte se apontar na direção certa, quanto mais de
permanecer à tona”.

29
Uma pessoa sozinha nunca se formará naturalmente, a menos que as
pessoas tenham a liberdade de se juntar em equipes para que se obtenham
resultados. É neste momento que a descoberta destes perfis de personalidade,
destes estilos de lideranças, toma importância no estudo. Só com o conhecimento
destes perfis é possível ajustar, efetuar o alinhamento de equipes que atendam às
necessidades da organização, para que atuem com harmonia e fazendo emergir os
talentos de cada um e as habilidades naturais da equipe.
Algumas características são importantes para que os líderes consigam
desempenhar sua função de liderança.
De acordo com Denning (2006, p. 52), líderes devem ser pessoas flexíveis
para lidar com os problemas de forma proativa, reconstruindo o passado e
enxergando o futuro do ponto de vista de suas possibilidades, dedicando-se à
reflexão e mantendo uma rede de relacionamento de apoio. Ninguém gosta de
adversidades, mas é por meio delas que se aprende. É lidando com reviravoltas e
obstáculos que se descobre os pontos fortes e também as falhas individuais. Há que
se considerar também que a experiência possibilita aquisição de equilíbrio e
julgamento, ajudando a ver em perspectiva erros e obstáculos. Um líder não tem
vergonha de admitir erros e dificuldades; a única vergonha é não tomar medidas
práticas para remediá-los.
3.4 PERSONALIDADE
Para Oliveira (1997, p. 20), o ser humano é visto por perspectivas diferentes,
ora pelo aspecto biológico, ora pelos componentes culturais e, finalmente, pela

30
dimensão psicológica. Entretanto, falta às diversas correntes uma visão global e
integrada destes vários constituintes da personalidade humana.
A personalidade é algo inobservável, pois é um processo interno, um fenômeno extremamente complexo que não pode ser examinado nem mesmo pelo próprio sujeito. Não somos capazes de observar inteiramente nossa própria personalidade, pois parte dela funciona independentemente dos controles da consciência. (OLIVEIRA, 1997, p.72).
Todas as organizações são formadas por pessoas, estas por sua vez levam
consigo para dentro da organização suas personalidades que por sua vez interferem
na personalidade da organização, ou seja, na cultura organizacional. De acordo com
Moreira (2006), a cultura organizacional determina o estilo de gestão das chefias e o
próprio comportamento das pessoas dentro da empresa. Sentir sua influência e
perceber sua forte pressão social é uma experiência única. E únicas também são as
suas características, fazendo diferenciar-se as empresas da mesma maneira que os
seres humanos diferenciam-se por meio de suas características individuais, sua
personalidade. A cultura organizacional das empresas é comparada didaticamente
com as características de personalidade das pessoas. É como se a cultura
organizacional fosse a personalidade da empresa. Não há empresa, de qualquer
segmento ou porte, que não tenha suas características de personalidade. São estes
fatores que criam a Cultura Organizacional que, por sua vez, define como vai ser a
característica de gestão predominante na empresa.
E a característica de gestão predominante determina como será o
comportamento organizacional, isto é, como vão comportar-se os profissionais
dentro da empresa.

31
3.5 LIDERANÇA COMPARTILHADA
De acordo com Araújo (1999, p. 63), estamos na era do conhecimento, que
representa o espírito de equipe. As empresas só alcançarão sua excelência se
estimularem o diálogo, o ambiente mais aberto e participativo e democratizarem
seus dados e informações. Enfim, as melhores empresas são detentoras não
somente de altas tecnologias mas, sobretudo, de grandes equipes.
Para poder conceituar liderança compartilhada é relevante lembrar que se
cada indivíduo possui uma personalidade e um estilo de liderança próprio, em uma
equipe pode-se encontrar vários estilos de liderança que, num momento ou outro,
numa tarefa ou outra, num projeto ou outro, poderão influenciar a tomada de decisão
da equipe de acordo com seu estilo de ser líder.
Não se trata, portanto, de permitir que a equipe se disperse, mas sim de
combinar o perfil de liderança da equipe, o estilo de liderança composto, armado de
conhecimentos e informações das potencialidades da equipe em busca daquilo que
a organização necessita.
O poder do grupo reside, também, em sua capacidade de moldar indivíduos a papéis que sirvam aos objetivos da equipe... A importância da atitude grupal, particularmente quando orquestrada por um capitão hábil, é crucial. Ela pode atribuir papéis aos jogadores e conduzi-los ao desânimo. Pode estimular o espírito de luta ou extingui-lo. Pode criar harmonia entre habilidades e personalidades muito diferentes, assim como a competição dentro do time, que pode ser tão útil quanto a do próprio torneio. O caminho da perfeição não é o da serenidade. Todas as coisas estão encadeadas... As falhas podem acrescentar a força. (ADAIR, 1983, p. 42-43)
Adair (1983, p.55) cita também que a mais útil teoria sobre grupos para o líder
prático é aquela de que grupos são, de certa forma, como os próprios indivíduos,
todos únicos, porém compartilhando algo em comum, todos os membros do grupo
participam da responsabilidade.

32
Para Araújo (2000, p.34-35) todas as equipes são formadas por indivíduos,
cada um com uma história de vida, formação, experiências e muitos outros aspectos
diferentes. Isso não significa que o certo seja formar uma equipe com o máximo de
pessoas “iguais”. O importante é treinar e direcionar as pessoas para que,
conscientizadas, convivam e tirem o máximo de proveito da diversidade.
Todas as organizações têm necessidades, e todos os membros das equipes
têm talentos e habilidades singulares. Basta que seja descoberto o perfil de
liderança composto da equipe para a execução de uma tarefa com seus objetivos
que a empresa obterá êxito.

33
4 ESTILOS DE LIDERANÇA
Uma das maneiras de perceber diferenças quando se avalia tipos de
liderança que as pessoas possam manifestar é separar grupos de características
mais – ou menos – dominantes, segundo as quais seja possível classificar
indivíduos de acordo com cada perfil. Cada autor utiliza nomenclaturas diferentes
para designar estilos de liderança, porém na prática as características do perfil de
cada conceito são muito semelhantes.
De acordo com Bennis (1996, p. 39) existem “líderes de todo tipo, tamanho e
disposição, altos, baixos, alinhados, desleixados, jovens, velhos, homens, mulheres.
No entanto, todos parecem abrigar muitos dos seguintes ingredientes: visão maior,
paixão, integridade, sinceridade, maturidade, confiança, curiosidade, audácia”
Para Almeida (2004, p. 23), a escolha de líderes deve ser balizada com o
levantamento do perfil de líder ideal para a organização como citado a seguir:
A antiga premissa de escolher a pessoa certa para o cargo certo merece ser repensada, dando-se à seleção uma orientação mais macro. A adaptação do candidato à cultura da organização deve ser considerada fator essencial. De que adianta termos um excelente profissional que por suas habilidades é ideal para ocupar o cargo, mas que tem baixa aderência aos valores preconizados pela cultura? O levantamento do perfil ideal do candidato deve focalizar aspectos da cultura da organização e do cargo.
Este trabalho, tendo sido baseado em Hoover e Valenti (2006, p. 56), utiliza
a classificação segundo a qual os líderes podem ser agrupados de acordo com suas
características, utilizando-se os conceitos de: Especialista em Controle, Especialista
em Concordância, Especialista em Sociabilidade e Especialista em Estabilidade – os
quais serão oportunamente definidos.
O mundo caminha para uma economia terciária – e, nesse contexto, mesmo dentro das empresas, é cada vez mais valorizado o profissional que pensa seu ofício como um serviço a ser prestado. Não apenas atendendo os clientes externos, mas também os de dentro da própria companhia, numa lógica em que uma área, ou departamento, "vende" um determinado serviço

34
a outro. Para sobreviver nesse mercado, além de ser empreendedor e ter espírito de liderança, o profissional precisa conhecer também os talentos que o diferenciam e investir neles. (LIMA, 2006, p. 47)
Para Adair (1983, p.16) as qualidades, características e habilidades exigidas
num líder são determinadas em grande parte pelas exigências da situação em que
terá de agir como tal. Um líder não é uma pessoa caracterizada por um conjunto
particular e consistente de traços de personalidade, mas todos concordam que o
líder deve ter personalidade.
Enquanto líderes do passado tendiam a confiar em sua autoridade quando exerciam cargos de comando, hoje os líderes têm de apoiar-se no tipo de autoridade de acordo com sua personalidade e conhecimento. O conhecimento técnico, porém, não é tudo. É especialmente importante nos primeiros estágios da carreira do administrador, quando ele tende a ser um especialista. À medida que sua carreira se expande, entretanto, ele se preocupa com habilidades mais gerais, tais como liderança, comunicação e tomada de decisões. Precisa adquirir estas habilidades, pois apenas conhecimento técnico não fará dele um administrador. (ADAIR, 1983, p. 24)
De acordo com Benfari (1996, p.19), a chave para mudar o estilo de alguém
é o desenvolvimento de uma inteireza baseada no fortalecimento de fraquezas e
maximização de forças. Cada oposto se reforça por ser dominante, e assim cria a
parcialidade; a inteireza é obtida quando a tese e a antítese estão integradas.
Existem várias teorias descrevendo os estilos de gerentes, como citado por
Lima & Teixeira (2000, p.42), afirmam que
Por mais que queiramos sofisticar a análise do comportamento gerencial e seu impacto sobre as atividades e pessoas, iremos sempre encontrar, em síntese, quatro estilos da forma de um gerente atuar: centrado no poder, centrado na tarefa, centrado nas relações e centrado no resultado.

35
Ainda de acordo com Lima, Teixeira (2000, p.43-46), há estilos de liderança
com ênfase no gerente – usando a autoridade do gerente com uma visão em que o
ser humano só alcança sua produtividade se for controlado e tiver seu trabalho
acompanhado – ou liderança com ênfase no subordinado, usando a liberdade a ele
concedida, numa liderança participativa que tem como base o conhecimento da
capacidade do ser humano de se auto-gerenciar, desde que tenha recursos
adequados. O líder é o que sabe combinar de forma efetiva os dois elementos de
uma liderança participativa, ou seja, combinar a preocupação com as atividades e
alta preocupação com as pessoas.
Segundo Hamilton (2004, p. 109), “a cultura da empresa é uma amálgama de
histórias compartilhadas, de valores e crenças explícitos, de posturas e
comportamentos comuns”.
De acordo com Benfari (1995, p. 27) a cultura empresarial guarda um forte
relacionamento com todas as variáveis e com o estilo de gerência. Ela pode servir,
positiva ou negativamente, para a composição de quaisquer dos componentes do
estilo de gerência e pode ser uma fonte de estresse para todos na organização. O
estilo de liderança não pode ser modificado com facilidade.
Para Cheloha (2005, p.102) há um método de avaliação em grupo que supre
lacunas ao promover uma discussão franca sobre pontos fortes e fracos de um
indivíduo, incluindo a previsão de seu desempenho em cargos de mais
responsabilidade. O processo cobre três etapas: 1) descrição, fazendo-se uma
análise crítica de um indivíduo em várias áreas de liderança, como integridade,
forma de lidar com situações de crise ou de forte pressão, seleção de pessoas,
pensamento estratégico, desempenho gerencial, habilidades interpessoais,
habilidades de comunicação; 2) previsão, como o candidato tenderá a se comportar

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em um papel diferente, mais amplo, com maiores responsabilidades, e em que
aspectos poderia fracassar ou ter dificuldades; 3) desenvolvimento, relação de
prioridades de desenvolvimento a curto e em longo prazo.
Adair (1986, p. 61) já fazia referências quanto às discussões levantadas a
respeito de “estilos” que haviam sido rotulados como: autocrático, democrático ou
laissez-faire (ou “faça como for do seu agrado”). Mais recentemente, referindo-se à
série contínua, são frequentemente chamados de estilos informativo, de vendas,
consultivo ou associativo. Qualquer que seja o estilo de liderança ele é útil para
mostrar a gama de opções abertas na tomada de decisões. Isto não significa dizer
que mudem de estilo, mas que de situação para situação um estilo poderá se
manifestar mais do que outro.
De acordo com Hamilton, (2004, p. 105) “não há uma metodologia única
para abordar o lado humano da gestão da mudança que sirva a todos os tipos de
empresas. Existe, entretanto, um conjunto de prática, ferramentas e técnicas que
podem ser adaptadas a vários tipos de situação”.
De acordo com Pinheiro, Macieira (2000, p. 3), para salientar e fixar bem as
diferenças entre os vários estilos de liderança, constata-se que cada um desses
estilos está ligado, evidentemente, à personalidade do líder. Na abordagem
comportamental de liderança são estes os estilos de liderança:
LÍDER AUTORITÁRIO - aquele que determina as idéias e o que será executado pelo grupo, e isso implica na obediência por parte dos demais. É extremamente dominador e pessoal nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro do grupo. Muitos condenam esta postura, e acham inválido este tipo de comportamento. Sua origem remonta da antigüidade. Apesar deste comportamento ser considerado inadequado, o seu uso tem provado certa eficiência em algumas ocasiões, e com certo tipo de pessoas lideradas. Pensemos por exemplo, em um grupo relutante no cumprimento de seus deveres e que não quer colaborar nem assumir responsabilidades. LÍDER DEMOCRÁTICO - aquele que determina, junto com o grupo, as diretrizes, permitindo o grupo esboçar as técnicas para alcançar os objetivos desejados. É impessoal e objetivo em suas críticas e elogios. Para ele, o grupo é o centro das decisões. Acreditamos que a ação do líder democrático é de suma importância para o progresso da organização.

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LÍDER LIBERAL - Aquele que participa o mínimo possível do processo administrativo. Dá total liberdade ao grupo para traçar diretrizes. Apresenta apenas alternativa ao grupo. LÍDER SITUACIONAL - é aquele que assume seu estilo de liderança dependendo mais da situação do que da personalidade. A postura deste líder brota ante as diferentes situações que ele detecta no dia-a-dia. Possui um estilo adequado para cada situação. LÍDER EMERGENTE - diz respeito àquele que surge e assume o comando por reunir mais qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados a uma situação especifica. Por exemplo, num caso extraordinário, onde determinadas ações devem ser traçadas de imediato. (PINHEIRO E MACIEIRA, 2000, p. 4).
Assim, entende-se que tanto as situações como os grupos variam; os líderes,
também. Portanto, um líder não pode assumir uma determinada postura e eternizá-
la. Mas, ao contrário, ele deve assumir uma posição adequada sempre levando em
consideração o tipo de tarefa a ser executada, as pessoas lideradas e a situação a
ser enfrentada. Por isto, comumente afirma-se que o êxito do líder e de seus
liderados está diretamente ligado ao estilo de liderança adotado.
Contudo, sugere-se uma escolha entre os diversos estilos de liderança, aqui
apontados, decidiu-se oferecer todo um espaço com enfoques precisos dos estilos,
sem indicação de que um esteja sempre certo e o outro esteja errado, haja vista um
estilo apropriado de liderança depender de situações e personalidades.
O estudo apoia-se nos conceitos de Hoover e Valenti (2006, p. 57) para
definir os estilos de liderança. Nesta abordagem são classificados os estilos de
liderança em quatro tipos de especialistas - já que liderança é uma especialização -
com as características que definem cada perfil: o Especialista em Controle, o
Especialista em Concordância, o Especialista em Sociabilidade e o Especialista em
Estabilidade. Esta forma de apresentação não significa uma rotulagem pura e
simples dos estilos de liderança numa visão engessada da forma como os líderes se
comportam diante de cada situação ou como tomam suas decisões.
Considerando-se que liderança é uma especialidade, cabe descrever-se as
características do perfil de cada tipo de especialista.

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4.1 ESPECIALISTA EM CONTROLE
De acordo com Hoover e Valenti, (2006, p. 130-140) o especialista em
controle – “Controle, substantivo masculino, Fiscalização; verificação; exame”
(Bueno, 1956, p. 336) – leva em consideração que “na grande maioria do tempo o
trabalho é feito, mas o trabalho será feito de uma maneira bem orquestrada,
economicamente valiosa, (atreva-se a dizer) lucrativa?”. Este tipo de líder pode ser
definido como as pessoas mais coloridas do retrato organizacional, pois preenchem
vazios que outros estilos de liderança não podem preencher. Estes especialistas
lideram o caminho por natureza, porém são tão interdependentes quanto os outros
tipos de líderes em suas habilidades e naturezas essenciais, como qualquer um. O
especialista em controle opera em um alto nível de energia, podendo ser definido
como dotado de impaciência, competitividade e senso de poder, como se
permanentemente estivesse com suas baterias totalmente carregadas. A
competitividade pode ser descrita como “gostar de ganhar”. Por ser impaciente, o
especialista em controle possui uma grande determinação que impulsionará projetos
em movimento, enquanto outras pessoas menos resolutas estiverem prontas para
jogar a toalha. Neste caso ele poderá estar economizando tempo, recursos que
foram investidos para o desenvolvimento de um produto ou projeto. No ambiente
organizacional o comportamento competitivo do especialista em controle pode ser
destrutivo, pois todos estão caminhando na mesma direção. Outro aspecto negativo
do especialista em controle que pode causar danos à sua equipe quando em cargos
de comando impedindo a capacidade dela de funcionar independentemente. A
imposição é outra característica do especialista em controle. Também são
encorajadores, apoiadores de atividades investigativas das organizações, podem ser

39
a força impulsionadora da organização, possuindo um alto vigor que pode contribuir
para deixar as coisas em alerta quando cai a energia vital da organização.
“..... especialistas em controle em posições de liderança desenvolverão habilidades de liderança aperfeiçoada à medida em que obtiverem mais sucesso em liderar os membros de sua equipe na consecução de metas pessoais e organizacionais.” (HOOVER e VALENTI, 2006, p. 135).
4.2 ESPECIALISTA EM CONCORDÂNCIA
De acordo com Hoover e Valenti, (2006, p.150-158), o especialista em
concordância – “Concordância, substantivo feminino. Consonância; harmonia”
(Bueno, 1956, p. 320) – constitui um bom acréscimo às equipes de liderança por seu
desejo de exatidão e atenção aos detalhes. Gosta de trabalhar isolado devorando
números, escrevendo códigos, possui inclinação natural para criar regras. A visão
dos especialistas em concordância é de um mundo perfeito, são camaradas
honestos, tipicamente vinculados a normas e rígidos quanto a valores, são
metódicos e gostam das coisas ordenadas. O excesso de obsessão por minúcias do
especialista em concordância pode imobilizar uma organização, como também pode
levar a empresa a agir com mais precaução. Em posições de liderança o
especialista em concordância não possui uma visão dos outros muito empática ou
voltada a relacionamentos. Exatidão é uma das características deste especialista,
porém ao pensar no mundo de maneira linear, numérica, é inflexível, é racional,
extremamente zeloso e preciso. Traz uma visão para qualquer tipo de equipe em
que estiver no que diz respeito a estar correto o tempo todo. Trabalha com perfeição
em pesquisa, análise e projetos com correção e exatidão. É metódico, sistemático,
cético.

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4.3 ESPECIALISTA EM SOCIABILIDADE
De acordo com Hoover e Valenti, (2006, p. 161-170), o especialista em
sociabilidade - Sociabilidade, substantivo feminino, qualidade do que é sociável,
tendência para a vida em sociedade (Bueno, 1956, p. 1191) - não é aquele que luta
para estar no comando, mas o que luta para compartilhar a liderança. Seu maior
medo é a rejeição, utilizando-se da influência contra tal possibilidade. Para deter o
controle o especialista em sociabilidade desenvolve outro meio de controle que é de
ser extremamente útil. É desenvolvedor e corretor de relacionamentos. É
persuasivo, manobrando o que for preciso para conectar pessoas e mantê-las
harmonizadas. É extremamente amistoso e aprecia a companhia de outras pessoas
amigáveis. É otimista e positivo, podendo ajudar a organização atraindo pessoas
para fora de sua estagnação. É acolhedor, tendo pouca tolerância para conflitos. É o
primeiro a atuar como um pacificador. Só o fato de pensar em um ambiente hostil
causa pânico no especialista em sociabilidade. É espontâneo, tentando tornar as
pessoas felizes e ajudá-las a se relacionarem bem com seu compromisso principal.
Não é bom em ocultar seus verdadeiros sentimentos e se “importa demais”. É
agradável, sincero e trabalhará vinte e quatro horas para conseguir consenso. É
tranqüilo e sociável em situações que vão desde atividades de grupo a interações
pessoais individuais.
4.4 ESPECIALISTA EM ESTABILIDADE
De acordo com Hoover e Valenti, (2006, p. 176-185), o especialista em
estabilidade - Estabilidade, substantivo feminino, firmeza; segurança (Bueno, 1956,

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p. 505) - é agradável para compartilhar responsabilidades de liderança, se a
colaboração resulta em aquisição mais equilibrada dos objetivos organizacionais.
Pode ser tido como “centrado em tarefas” e está sempre ocupado em ficar no
controle, mantendo todo mundo feliz. Nunca se aventura além de suas capacidades
em busca dos objetivos organizacionais. Aprecia competências, porém quanto
maiores os riscos, mais distante estará o especialista em estabilidade. É equilibrado
e cauteloso quando os outros entram em pânico na organização, mas este equilíbrio
pode resultar em desequilíbrios. Raramente mostra quanto fardo está carregando.
Está acima da condição humana de desenvolver ressentimentos e ódio. Firmeza é
outra de suas características, mantendo sempre a evolução do trabalho, avançando
em passos firmes, mantendo um ritmo constante. Possui um raciocínio estratégico
para evitar qualquer armadilha emocional, podendo estar à beira de um colapso sem
liberar seus verdadeiros sentimentos. Além de ter como característica a calma, faz
tudo o que puder para manter todos a sua volta em um ambiente calmo, ensejando
todo o esforço para restaurar a ordem e o equilíbrio, pois está ciente de quanto da
produtividade será desperdiçada. É tão confiável quanto um dia tem vinte e quatro
horas, nunca perdendo a calma. Para o especialista em estabilidade é inaceitável
realizar um mau serviço, vezes seguidas é dispendioso em termos de dinheiro e
imagem. Para ele, trabalhar de forma mais inteligente não é mais árduo, é racional.
O especialista em estabilidade prefere avaliar constantemente os processos e a
produtividade. Sua responsabilidade é tamanha que chega a ser considerado
“chato”. Tende a assumir responsabilidades que englobam muito mais do que aquilo
a que está oficialmente designado. Pode estar em qualquer lugar na linha próxima
ao ligeiramente neurótico, possuindo grandes dificuldades de estabelecer limites e
impulsionado pela sua dedicação à organização-mãe.

42
Qualquer que seja a característica dominante de liderança do indivíduo é
importante ressaltar, conforme Hamilton (2004, p. 106), que a identificação dos
líderes da empresa e a atribuição de responsabilidades por projetos ou
implementação de programas, em todos os níveis hierárquicos, representa a
metodologia de liderança em cascata em toda a organização. Os líderes que forem
identificados e treinados nos diversos níveis hierárquicos devem estar alinhados
com a visão da empresa, equipados para executar a missão que lhes for atribuída, e
motivados para fazer deslanchar o processo de mudança.

43
5 INVENTÁRIOS
Cada pesquisador adota instrumentos de investigação junto às populações a
serem pesquisadas, podendo estar baseados em pesquisas bibliográficas ou
pesquisas experimentais, ou outra forma para identificar perfis, atitudes,
comportamentos e personalidades das pessoas.
Numa visão mais sistêmica, atribui-se ao termo inventário, a ferramenta ou
instrumento a ser utilizado para a identificação do perfil dos líderes que atuam em
diversas áreas. No estudo este instrumento é de grande importância, pois
representa o comportamento do respondente em sua auto-avaliação e na avaliação
de outras pessoas. Deste modo, representa uma análise mais ampla sobre o
comportamento das pessoas diante de uma determinada situação, com a visão de
várias pessoas.
Neste estudo, são dois os modelos de inventários aplicados: o inventário de
liderança individual e o inventário de liderança composto.
5.1 INVENTÁRIO DO ESTILO DE LIDERANÇA INDIVIDUAL
A maioria dos líderes organizacionais possui conhecimentos financeiros,
conhecimentos técnicos, operacionais e dos processos das organizações. Pouco
conhece do perfil de liderança de cada componente de sua equipe.
Como em qualquer processo de gestão de pessoas há necessidade de
métodos a serem desenvolvidos a fim de inventariar os estilos de liderança
individual.

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Existem várias ferramentas que poderiam ser utilizadas para inventariar os
estilos de liderança. Do mesmo modo, também poderiam ser conceituados os
resultados obtidos de várias formas diferentes, dependendo da metodologia, da
ferramenta que o investigador queira usar.
Cheloha (2005, p. 100) refere que o desafio da escolha de indivíduos para
atuarem com liderança, está na verificação de seu potencial de crescimento,
devendo abranger todos os níveis de uma empresa, não somente os altos escalões.
O sucesso de diferentes estilos de liderança depende da situação. Deve-se,
portanto, combinar qualidades, que incluem um forte pensamento estratégico,
habilidades interpessoais e de comunicação, tino comercial, capacidade de
gerenciar mudanças, coragem e consideração pelos outros. Isto fará com que os
líderes tenham êxito nas organizações, tendo em vista seu contexto estratégico
empresarial.
O inventário do perfil de liderança é, portanto, uma ferramenta muito útil às
empresas que desejam melhorar o seu desempenho nos negócios sem ampliar o
seu quadro profissional.
Para Bennis, (1996, p.48), “conhecer a si mesmo, significa separar quem você
é e quem você quer ser do que o mundo pensa que você é e quer que você seja.
Processos de auto-conhecimento são processos que duram a vida inteira”.
O inventário do perfil de liderança tem exatamente esta função, pois os
relatórios permitem uma melhor realocação dos talentos, visando tornar os
resultados mais consistentes.

45
O modelo apresentado na Figura 3 é uma ferramenta que serve para efetuar
a auto-avaliação de cada componente da equipe e resultará no perfil de avaliação
individual, como o respondente tende a pensar e a se comportar, independente da
situação.
De acordo com Hoover e Valenti (2006, p. 72), o inventário deve levar em
consideração a sinceridade máxima nas respostas, refletindo como a pessoa
realmente se comporta no mundo real. O inventário de auto-avaliação de Estilo de
Liderança possui dez linhas e quatro colunas de palavras descritivas. Para cada
linha em cada palavra, dever ser atribuído um valor de 1 a 4 e o número não poderá
ser repetido na mesma linha: O número 4 representa uma característica de caráter
dominante como líder, os números 3 e 2, representam uma característica de caráter
intermediária como líder e o número 1 representa uma característica de caráter
menos dominante como líder. O formulário deve ser preenchido linha a linha. Cada
palavra só poderá receber uma nota (Ex: 4 ou 3). Na soma de cada linha o total
sempre deverá ser igual a dez. Cada uma das quatro colunas totalizará não mais do
que quarenta e não menos do que dez. A soma das quatro colunas será exatamente
cem. Não existem respostas certas ou erradas, e nenhuma das palavras possui
conotação negativa ou positiva. No final do preenchimento do inventário de auto-
avaliação os totais das colunas devem ser transferidos para a Figura 4 - Inventário
do Estilo de Liderança-Pontuação.

46
Figura 3 - Inventário de Auto-Avaliação de Estilo de Liderança COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D
LINHA 01 Poderoso 4 -3 -2 -1
Analítico 4 –3 -2 -1
Útil 4 -3 -2 -1
Capaz 4 -3 -2 -1
LINHA 02 Destemido 4 -3 -2 -1
Detalhista 4 –3 -2 -1
Amistoso 4 -3 -2 -1
Equilibrado 4 -3 -2 -1
LINHA 03 Controlador 4 -3 -2 -1
Matemático 4 –3 -2 -1
Otimista 4 -3 -2 -1
Constante 4 -3 -2 -1
LINHA 04 Impositivo 4 -3 -2 -1
Exato 4 –3 -2 -1
Acolhedor 4 -3 -2 -1
Estratégico 4 -3 -2 -1
LINHA 05 Impaciente 4 -3 -2 -1
Realista 4 –3 -2 -1
Espontâneo 4 -3 -2 -1
Paciente 4 -3 -2 -1
LINHA 06 Determinado 4 -3 -2 -1
Cuidadoso 4 –3 -2 -1
Dedicado 4 -3 -2 -1
Confiável 4 -3 -2 -1
LINHA 07 Dominante 4 -3 -2 -1
Preciso 4 –3 -2 -1
Agradável 4 -3 -2 -1
Racional 4 -3 -2 -1
LINHA 08 Competitivo 4 -3 -2 -1
Correto 4 –3 -2 -1
Pacato 4 -3 -2 -1
Avaliador 4 -3 -2 -1
LINHA 09 Audacioso 4 -3 -2 -1
Metódico 4 –3 -2 -1
Sociável 4 -3 -2 -1
Responsável 4 -3 -2 -1
LINHA 10 Vigoroso 4 -3 -2 -1
Sistemático 4 –3 -2 -1
Marcante 4 -3 -2 -1
Dependente 4 -3 -2 -1
TOTAL FONTE: HOOVER E VALENTI (2006, p.72).
Figura 4 - Inventário do Estilo de Liderança-Pontuação COLUNA TOTAL ESTILO DE LIDER
TOTAL DA COLUNA A ESPECIALISTA EM CONTROLE TOTAL DA COLUNA B ESPECIALISTA EM CONCORDÂNCIA TOTAL DA COLUNA C ESPECIALISTA EM SOCIABILIDADE TOTAL DA COLUNA D ESPECIALISTA EM ESTABILIDADE
TOTAL GERAL FONTE: HOOVER E VALENTI (2006, p.72).
Após o inventário do perfil de liderança e análise deste perfil individual é
primordial a elaboração do perfil de liderança composto.
5.2 INVENTÁRIO DO ESTILO DE LIDERANÇA COMPOSTO
De acordo com Hoover e Valenti (2000, p.73), no final do preenchimento do
inventário de auto-avaliação o mesmo formulário da figura 3 deve ser utilizado por
colegas do respondente para que sejam coletadas ao menos três avaliações de
perfis de liderança diferentes, da mesma pessoa.

47
A soma das colunas de acordo com o número de formulários aplicados,
resultará no perfil de liderança de cada avaliado. O mesmo processo deve ser
aplicado a todos os componentes da equipe.
No final da aplicação de todos os formulários de perfil de liderança individual
pelos respondentes e pelos colegas de equipe, obtém-se o perfil de liderança
composto, compilados de acordo com a Figura 5.
Figura 5 - Inventário Composto de Estilos de Liderança
ESTILO DE LIDERANÇA
NOME
ESTILO LIDERANÇA
CO
NT
RO
LE
C
ON
CO
RD
ÂN
CIA
S
OC
IAB
ILID
AD
E
E
ST
AB
ILID
AD
E
1. ESPECIALISTA EM
2. ESPECIALISTA EM
3. ESPECIALISTA EM
4. ESPECIALISTA EM
5. ESPECIALISTA EM
6. ESPECIALISTA EM
7. ESPECIALISTA EM
8. ESPECIALISTA EM
9. ESPECIALISTA EM
10. ESPECIALISTA EM
11. ESPECIALISTA EM
12. ESPECIALISTA EM
13. ESPECIALISTA EM
14. ESPECIALISTA EM
15. ESPECIALISTA EM
16. ESPECIALISTA EM
TOTAIS DE COLUNAS
DIVIDIR PELO Nº DE INVENTÁRIOS
PERFIL COMPOSTO DE LIDERANÇA FONTE: HOOVER E VALENTI (2006, p.91)

48
É simples calcular o estilo de liderança composto: é só somar cada coluna
das personalidades compostas de cada membro da equipe dos inventários do estilo
de liderança e dividir pelo número de membros da equipe que realizou inventário de
perfis de liderança.
De acordo com Hoover e Valenti (2006, p. 87), parte do processo de
formação de equipe, baseado em perfil de serviço, objetivo, projeto, ou iniciativa,
precisa levar em consideração o número ideal de pessoas que serão destacadas
para executar a tarefa, alcançar o objetivo ou completar a incitativa. Calcular a
personalidade composta é como colocar um par de óculos com lentes
infravermelhas no escuro e ver o formato de um dragão aparecer em sua frente.
Importante ressaltar que a soma dos pontos correspondentes às
características de cada perfil de liderança individual tem como ideal 25 pontos .
Deste modo, se um determinado respondente obtiver um resultado menor que 20
para concordância, por exemplo, significa que este respondente não possui como
característica dominante ser Especialista em Concordância. Se este mesmo
respondente obtiver uma pontuação de trinta para o estilo de liderança Controle,
significa que este respondente tem como característica dominante ser especialista
em Controle, e assim sucessivamente.
Convém lembrar que nenhum indivíduo possui apenas uma das
características em seu estilo de liderança, mas sim, que aquele estilo que aparece
com maior pontuação é o estilo de liderança dominante na pessoa. Por outro lado,
quando efetuamos o perfil de liderança composto, cada característica dominante em
cada membro da equipe, pode ser explorada em benefício da organização.

49
No item 4 foram apresentados os significados de cada estilo de liderança,
passando pelo Especialista em Controle, Especialista em Concordância, Especialista
em Sociabilidade e o Especialista em Estabilidade.
Cada estilo de liderança possui suas virtudes e fraquezas, mas utilizando o
estilo de liderança compartilhado é possível coordenar as pessoas para aprimorar
suas potencialidades e compensar as fraquezas no perfil de liderança composto.

6 ALINHAMENTO DA EQUIPE
Segundo Araújo (1999, p. 61), em uma época em que a palavra parceria é
altamente preferida, a prática vem mostrar que falar é fácil mas, fazer, nem tanto.
Não existirá parceria se prevalecer o ditado popular “levar vantagem em tudo” ou
com base na relação ganhador-perdedor. A parceria do ganha-ganha gera:
confiabilidade e lealdade, comprometimento, novos clientes, maiores índices de
competitividade e lucratividade.
De acordo com Gubman (1999, p.30) para gerir talentos e obter resultados
notáveis, é necessário fazer três coisas: alinhar os talentos de acordo com a
estratégia empresarial, engajar as pessoas de acordo com o que se está tentando
alcançar e avaliar o que a força de trabalho está tentando fazer fornecendo-lhe
feedback sobre isto.
De acordo com Gubman (1999, p.41) o alinhamento significa orientar seu
pessoal na direção certa para fazer as coisas certas. Isto torna muito mais fácil
engajar e avaliar. O alinhamento começa quando você diz às pessoas que jogo está
jogando e como planeja ganhá-lo. Isto as auxilia a compreender seu estilo de
estratégia e como você o está executando. Qualquer estilo de estratégia lhe
proporciona a oportunidade de vencer. As pessoas buscam, por excelência, a vitória.
Alinhar as coisas e comunicar isso ajuda as pessoas a saber que você tem um
plano, o que você lhes está pedindo para fazer e porquê fazê-lo.

51
6.1 ALINHAMENTO DA EQUIPE NO ESTILO DE LIDERANÇA COMPOSTO
As pessoas vivem e trabalham em grupo, portanto é primordial alinhar os
perfis de liderança de cada pessoa ao perfil da equipe, visando a obtenção de
resultados frutíferos para a organização.
Segundo Denning (2000, p.93), em uma organização, boa parte do desafio de
compartilhar conhecimento está em criar cenários que capacitem a equipe a
conversar sobre o que houve de errado e como pode ser melhorado. Em um
ambiente corporativo, histórias sobre problemas não fluem com facilidade, não
apenas devido ao medo da repercussão ao admitir erros, mas também porque,
empolgadas com o sucesso, as pessoas tendem a esquecer o que aprenderam ao
longo do caminho. Para compartilhar conhecimento não se deve forçar a pessoa a
aprender, e sim, despertar-lhe o interesse.
O inventário do perfil de liderança composto justifica-se quando utilizado com
seu real propósito e utilizando-se opiniões de diferentes pessoas para um único
inventariado, com relação ao seu comportamento diante de situações.
O autor Gubman (1999, p.72) refere que
A parte absolutamente essencial da gestão forte do talento é sondando valores e crenças, porque eles estão mais próximos ao cerne da personalidade das pessoas. Eles são mais profundos e difíceis de aflorar por meio de conversas. Só porque uma pessoa diz como se comporta em determinadas situações, isso não significa que esse comportamento realmente ocorrerá. Por isso, é preciso descobrir que valores e crenças estão levando a esse comportamento. A única maneira de se obter isso é ter uma variedade de pessoas fazendo a mesma pergunta de modos diferentes.

52
O alinhamento da equipe está diretamente ligado à estratégia da empresa.
Deste modo encontramos empresas que atuam estrategicamente voltadas para os
“clientes”, empresas voltadas para “operações” e empresas voltadas para
“produtos”. Visualizando a estratégia da empresa é possível alinhar a equipe de
acordo com o principal valor da empresa. O modelo abaixo exemplifica a orientação
predominante das empresas e pessoas e como elas podem ser alinhadas umas às
outras.
Figura 6 – O alinhamento entre os estilos pessoal e estratégico
Pessoas que gostam de
gente
Pessoas que gostam de
coisas
Pessoas que gostam de
idéias
Fonte: GUBMAN, 1999, p. 53
De acordo com Gubman (1999, p.53-54) o modelo descrito na Figura 6,
descreve a orientação predominante das empresas nas pessoas, onde estão suas
forças e preferências e como podem alinhar-se umas as outras. É vantajoso quando
o estilo de liderança pessoal do líder pode alinhar-se de perto com o estilo
estratégico da empresa. Portanto, uma empresa voltada para o cliente estará em
melhor situação se for dirigida por alguém que goste de pessoas. Tanto a
organização quanto as pessoas terão que trabalhar mais para alcançar a adequação
se faltar alinhamento entre estilos. Porém, as empresas e pessoas não são de um
tipo só de estilo. O alinhamento dos estilos de liderança e da empresa proporciona o
contexto de todas as coisas necessárias para gerir talentos.

53
Para Araújo (2000, p. 24), ao criar-se equipes multifuncionais para
desenvolver um determinado projeto é importante colocar pessoas diferentes.
Diferentes não! Preferencialmente completamente diferentes, seja de sexo, idade,
formação, cultura ou experiências. O importante é a diversidade.
Para Chiavenato (2002, p. 8-9), além dos aspectos organizacionais
envolvidos, os líderes também precisam adotar novas maneiras de trabalhar para
liderar essa nova organização. Eles precisam abandonar rapidamente antigos
métodos de comando e controle em relação às pessoas e passar a privilegiar o
compartilhamento de idéias e objetivos comuns e dotar os subordinados de
empowerment. Para tanto, a liderança deve utilizar quatro alavancas indispensáveis:
1) autoridade, dando poder às pessoas para que elas possam tomar decisões
independentes sobre ações e recursos, repartindo e delegando autoridade às
pessoas para que elas possam trabalhar de acordo com o que elas aprendem e
dominam, dando autonomia às pessoas; 2) informação, fomentando seu acesso ao
longo de todas as fronteiras; 3) recompensas, proporcionando incentivos
compartilhados que promovam os objetivos organizacionais e 4) competências,
ajudando as pessoas a desenvolver habilidades e capacidades para utilizar
amplamente a informação e a autoridade.
Empowerment é um processo através do qual os gerentes, gradualmente, transferem às equipes de trabalho a responsabilidade e a autoridade – condições essenciais para o desempenho superior. Empowerment não é “dar poder às pessoas” mas, antes, liberar as pessoas que podem fazer uso do poder, dos conhecimentos, das habilidades e da motivação que já têm. Para que isto ocorra, é necessário que os gerentes criem condições favoráveis de aprendizado, ação e decisão para que as pessoas possam fazer uso da autonomia e assumir a iniciativa e a responsabilidade pela coleta e análise de dados e pela tomada de decisões o que, nas organizações tradicionais, é atribuição quase que exclusiva dos gerentes. Empowerment significa que você é livre para agir , mas também significa que você é responsável pelos resultados. (CARLOS, RANDOLF, 1996, p. 11-104)

54
A autonomia a que se refere significa que tem de ser baseada em limites.
Carlos e Randolf (1996, p. 70) afirmam que a autonomia com limites baseia-se no
ato de compartilhar informações, clarifica a visão macro com a contribuição de todos,
ajuda a traduzir a visão em papéis objetivos (visão micro), define valores e regras
subjacentes às ações desejadas; quando os valores são claros, a tomada de
decisão é mais fácil, desenvolve estruturas e procedimentos que ponderam as
pessoas.

55
Figura 7 – Cinco Pontos Cardeais do Planejamento Estratégico
METAMETAMETAMETA
PARA ONDE VOU?
CONTROLECONTROLECONTROLECONTROLE
MONITORAR E AVALIAR
COMO ESTOU?
PLANOPLANOPLANOPLANO
O QUE FAZER?
IMPLEMENTAÇÃOIMPLEMENTAÇÃOIMPLEMENTAÇÃOIMPLEMENTAÇÃO
COMO FAZER?
Fonte: ALMEIDA, esquema adaptado, 2002.
Embora o esquema da figura 7 trate de planejamento estratégico, é fácil
pensar neste esquema para alinhar os gerentes de acordo com os inventários de
liderança individual e inventário de liderança composto. O inventário é a ferramenta
que apresenta: - Como estou hoje?
Não haveria qualquer serventia saber como estou hoje, inventariando os
perfis de liderança se não utilizá-los com um propósito definido, portanto, o plano de
ação. E como programar ações de acordo com o resultado do perfil de liderança
composto? Aonde se quer chegar com os perfis de liderança desenhados, portanto,
para onde vou? A última etapa do esquema também deve ser implementada: são os
controles - como monitorar e avaliar estes líderes?

56
Finalmente, o alinhamento da equipe de acordo com o estilo de liderança
individual e da organização pode ser traduzido nas palavras de Bennis (1996, p.
139), onde afirma que as organizações devem funcionar organicamente, significando
que seus objetivos devem determinar a estrutura - e não o contrário. Significa
também funcionar como uma comunidade e não um modelo hierárquico, oferecendo
autonomia a seus membros, juntamente com testes, oportunidades e recompensas.
Como a realização e utilização plena do potencial de cada indivíduo é a verdadeira
meta das organizações, todas elas devem abrir espaço para o crescimento de seus
membros e encontrar meios de dar a eles a oportunidade de evoluir e desenvolver-
se.
A descoberta dos estilos de liderança está condicionada a outros fatores que
impulsionam as equipes a trabalhar juntas e aproveitando o potencial individual.
Para Araújo (2000, p. 44) alguns aspectos são primordiais para motivar as pessoas:
condições de trabalho, ambiente desafiador e alegre, remuneração variável.

7 METODOLOGIA
Neste capítulo apresentar-se-á a metodologia implementada para a
efetivação da pesquisa de campo efetuada para o reconhecimento dos estilos de
liderança individual dos gerentes e diagnosticar o estilo de liderança composto da
ELM Elevadores.
7.1 DESCRIÇÃO DO CASO
A ELM Elevadores é uma empresa fornecedora de infra-estrutura em
elevação, atuando como líder mundial na fabricação de componentes hidráulicos
para elevadores e prestando suporte técnico na área. Vem trabalhando para que o
uso de elevadores seja acessível às construções e que supere as expectativas do
cliente. Deste modo, seu principal objetivo e sua estratégia estão focados no cliente,
que para a ELM Elevadores são arquitetos, empresas da construção civil,
investidores e usuários que precisam vencer barreiras arquitetônicas.
A ELM Elevadores está presente em mais de vinte países do continente
Europeu e Americano, mas especificamente expandiu seu mercado para o Brasil em
1997, buscando captar talentos que fossem capazes de manter ativa e em evidência
a sua filosofia "desenvolvimento de equipamentos e soluções em elevação,
respeitando normas internacionais de qualidade, engajado em questões ambientais
e ecológicas que proporcionem qualidade de vida”.

58
Na ocasião de sua expansão para os demais continentes a ELM Elevadores
buscou serviços especializados capazes de inventariar talentos dentro da empresa,
capazes de contribuir com sua expansão, para que pudessem atuar em suas filiais.
Como resultado descobriu os talentos disponíveis e os distribuiu em áreas
mercadológicas estratégicas, inclusive no Brasil.
No Brasil, a filial localizada em Curitiba, Paraná, expandiu-se para o mercado
da América Latina, atuando em sete países e em cinco estados do Brasil com sua
rede de concessionários, objetivando estabelecer um vínculo mais direto, eficiente e
eficaz com o cliente final.
Apesar da expansão da filial da ELM Elevadores em toda a América Latina, o
modelo aplicado na fase de expansão da matriz não foi implantado em âmbito
regional, especificamente em sua filial do Brasil. Hoje o que se conhece do perfil dos
gerentes da ELM Elevadores limita-se à bagagem técnica de cada um deles e dados
empíricos a respeito de seu perfil de liderança gerencial.
Para a filial da ELM Elevadores é primordial que seus gerentes que atuam
diretamente com o cliente final possuam características e perfil de liderança
diversificado, a fim de que com suas potencialidades possam contribuir para o
atendimento do principal objetivo da organização: o cliente.
Trata-se o presente trabalho de um Estudo de Caso dos Estilos de Liderança
dos gerentes de filial da ELM Elevadores, especificamente no aspecto
comportamental, efetuado através de uma pesquisa de campo para diagnosticar os
perfis de liderança individual e o perfil de liderança composto dessa equipe naquilo
que ela faz melhor, ajustando com as necessidades da empresa.
O Método utilizado no Estudo de Caso foi obtido através de entrevistas do tipo
Surveys (GIL, 1999, p.70), com um instrumento de coleta específico aplicado na

59
população-amostra. Optou-se por este método pela possibilidade de interrogação
direta dos respondentes objetivando o conhecimento do comportamento dos
gerentes, de acordo com uma auto-avaliação, somada às avaliações do diretor e do
gestor de pessoas da empresa e considerando-se as características do perfil de
liderança, o problema do estudo, através de uma análise quantitativa sobre os dados
coletados.
7.2 TIPO DE PESQUISA
O estudo de caso foi efetuado para o diagnóstico do perfil de liderança dos
gerentes da filial ELM Elevadores, constituiu-se em uma Pesquisa de Campo
aplicada em uma população-amostra de 13 gerentes que atuam na ELM Elevadores,
composta de gerentes contratados da própria ELM Elevadores e também de sua
rede de concessionários distribuídos no Brasil e América Latina.
Dos treze gerentes selecionados, doze devolveram o Inventário do Perfil de
Liderança Individual corretamente preenchido, e um respondeu incorretamente o
inventário de perfil de liderança de auto- avaliação, sendo eliminado da amostragem.
Os gerentes que compõem a amostra desempenham suas atividades gerenciais na
América Latina: Brasil (Curitiba - PR, São Paulo - SP, Belo Horizonte - MG, Fortaleza
- CE, Porto Alegre - RS), Chile (Santiago), México (México), Colômbia (Bogotá),
América Central (El Salvador).
O estudo de caso representa uma amostra estratificada dos gerentes da ELM
Elevadores, significando 48% da população total de gerentes.
O critério utilizado para definir a amostra foi exclusivamente o cargo de
gerente, conforme o grau de importância comercial da unidade de trabalho da filial

60
da ELM Elevadores em que o gerente atua e independentemente de sexo, idade,
formação acadêmica, tempo de serviço ou qualquer outra propriedade.
7.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Para efetuar a coleta de dados junto à população-amostra foram utilizados os
instrumentos do APÊNDICE A, Formulário 01-A e Formulário 01-B, APÊNDICE B,
Formulário 02-A e Formulário 02-B e APÊNDICE C, Formulário 03.
O instrumento constitui-se de uma grade de dez linhas e quatro colunas de
palavras descritivas no método de perguntas fechadas.
As palavras contidas nos Formulários 01 e 02 dos Apêndices A e B, foram
selecionadas na bibliografia de Hoover e Valenti, por despertarem reações que
levam à possibilidade de classificação da população amostra através de sua ligação
intrínseca com os tipos de Especialistas avaliados.
Ainda segundo Hoover e Valenti, a validação dos resultados apresentados
pelo método de classificação dos estilos de liderança está condicionada a aplicação
dos inventários por, no mínimo, três avaliadores distintos. Desta forma, os
pesquisadores aplicaram os formulários na população amostra, conforme descrito
abaixo:
a) Inventário de Auto-avaliação: Aplicação do instrumento de
coleta de dados constante no APÊNDICE A, Formulário 01-A e
Formulário 01-B, efetuado pelo gerente respondente de cada cidade
citada no item 7.2. Cada gerente efetuou sua auto-avaliação nas
questões relativas ao Inventário de Estilo de Liderança Individual. A

61
coleta dos dados foi realizada via internet, considerando-se a ampla
dispersão geográfica da população-amostra.
b) Inventário de Avaliação do Diretor: o segundo instrumento de
coleta de dados, APÊNDICE B, Formulário 02-A e Formulário 02-B
foi aplicado pelo diretor da ELM Elevadores em todos os gerentes da
amostra que participaram do Inventário de auto-avaliação. Este
instrumento foi aplicado na sede da ELM Elevadores de acordo com
a ótica do diretor.
c) Inventário de Avaliação do Gestor de Pessoas: o segundo
instrumento de coleta de dados, APÊNDICE B, Formulário 02-A e
Formulário 02-B, também foi utilizado pelo Gestor de Pessoas na
observação de todos os gerentes que participaram do Inventário de
Auto-avaliação, componentes da amostra. Este instrumento foi
aplicado via internet, em São Paulo, em uma unidade da ELM
Elevadores.
O inventário de Auto-avaliação de Estilo de Liderança APÊNDICE A,
Formulário 01-A e Formulário 01-B, e APÊNDICE B, Formulário 02-A e Formulário
02-B foram pontuados da mesma forma, levando-se em consideração os seguintes
critérios:
• As dez linhas e quatro colunas com suas respectivas palavras descritivas. Para
cada linha em cada palavra, foi atribuído uma pontuação no valor de 1 (um) a 4
(quatro), não sendo permitido em qualquer hipótese a repetição de um valor na
mesma linha.
• Para o preenchimento dos inventários constantes no APÊNDICE A, Formulário
01-A e Formulário 01-B, e APÊNDICE B, Formulário 02-A e Formulário 02-B, foi

62
necessário que cada respondente observasse o preenchimento “linha a linha”,
sendo que cada palavra só pôde receber uma única nota (Ex: 4 ou 3).
• O número 4 (quatro) representou a característica de caráter dominante do
indivíduo enquanto líder;
• Os números 3 (três) e 2 (dois), representaram a característica de caráter
intermediária como líder e
• O número 1 (um) representou a característica de caráter menos dominante
como líder.
Para finalizar a pontuação de cada inventário por cada respondente,
observaram-se os seguintes critérios:
• A soma de cada linha teria de ser igual a (10) dez pontos.
• Cada uma das quatro colunas não poderia totalizar mais do que 40 (quarenta) e
nem menos do que 10 (dez) pontos.
• A soma das quatro colunas teria de ser exatamente 100 (cem) pontos.
• Nos formulários não existiam respostas certas ou erradas, e nenhuma das
palavras possuia conotação negativa ou positiva.
• No final do preenchimento dos inventários os totais das colunas foram
transferidos para os Inventários Estilo de Liderança APÊNDICE A, Formulário
01-A e Formulário 01-B, e APÊNDICE B, Formulário 02-A e Formulário 02-B.
Para a compilação dos dados do Inventário de Liderança Individual foi
efetuado o seguinte procedimento: na Coluna Especialista em Controle do Inventário
de Liderança Individual foi efetuado o cálculo conforme descrito abaixo:
Perfil Liderança Individual: soma dos pontos inventários liderança individual/Coluna = Média
Número de Inventários aplicados 3 (três)

63
O resultado representa a média simples da aplicação do Inventário de
Liderança Individual por gerente sob três visões diferentes.
Na Coluna Especialista em Concordância, Estabilidade e Sociabilidade foram
efetuados os mesmos procedimentos adotados para o Especialista em Controle.
Após a aplicação do instrumento de coleta de dados do Perfil de Liderança
Individual do avaliado, do diretor e do gestor de pessoas, APÊNDICE A, Formulário
01-B, e APÊNDICE B, Formulário 02-B., os dados foram tratados de acordo com a
média simples de pontos, obtida para cada perfil de liderança e registrados no
APÊNDICE C, Formulário 03.
Para a compilação dos dados obtidos no Inventário de Liderança Composto
foi utilizado o Formulário 03, constante no APÊNDICE C. A obtenção dos valores
para cada avaliado/gerente, foi obtida de acordo com cada resultado do Perfil de
Liderança Individual.
O Perfil de Liderança Composto da Empresa foi obtido através do seguinte
cálculo para cada Coluna de especialista de acordo com os resultados do Inventário
de Liderança Individual:
Perfil Liderança Composto: soma dos pontos inventários liderança individual/coluna = média
Número de Inventários Individuais 12 (doze)
O mesmo procedimento foi adotado para os demais estilos de liderança:
Coluna Especialista em Concordância, Estabilidade e Sociabilidade.
O resultado representa o Perfil de Liderança Composto da Empresa
estudada.

8 ANÁLISE DOS DADOS
A análise dos dados foi feita pelo Método de Padrão Combinado através da
compilação dos resultados obtidos na aplicação do instrumento Formulário 1 – Auto-
Avaliação do Perfil de Liderança e Formulário 2 – Avaliação do Perfil do Gerente
pelo Diretor e pelo Gestor de Pessoas.
Os dados foram analisados de forma descritiva e expostos no Relatório Perfil
de Liderança Composto da filial da ELM Elevadores e graficamente, constantes nos
itens 8.1 e 8.2.
Com a combinação dos resultados dos Formulários 1 e 2, constata-se que o
perfil de Liderança Composto dos gerentes da filial da ELM Elevadores é constituído
das seguintes características:
8.1 PERFIL DE LIDERANÇA INDIVIDUAL
Como foi abordado na revisão de literatura do perfil de liderança individual
dos gerentes da filial da ELM Elevadores, a Tabela 1 apresenta a somatória de
Pontos obtidos por cada respondente após a compilação dos Formulários de
Inventários de Perfil de Liderança aplicados pelos três avaliadores.

65
Tabela 1 – Resultado do Perfil de Liderança Individual da Filial da ELM elevadores de Acordo com Três Avaliadores out-2006
ESTILO DE LIDERANÇA
INDIVIDUAL GERAL
NOME
ESTILO LIDERANÇA ESPECIALISTA EM
CO
NT
RO
LE
CO
NC
OR
DÂ
NC
IA
SO
CIA
BIL
IDA
DE
ES
TA
BIL
IDA
DE
TO
TA
L
1. Joana CONCORDÂNCIA 50 89 80 81 300
2 Nelson SOCIABILIDADE 46 80 90 84 300
3. Tadeu ESTABILIDADE 57 68 83 92 300
4. Norton ESTABILIDADE 61 60 82 97 300
5. João ESTABILIDADE 66 82 59 93 300
6. Macedo ESTABILIDADE 72 67 77 84 300
7. André ESTABILIDADE E SOCIABILIDADE
69 63 84 84 300
8. Eloi SOCIABILIDADE 58 59 103 80 300
9. Almeida CONTROLE 91 78 54 77 300
10. Martin SOCIABILIDADE 58 69 88 85 300
11. Camões SOCIABILIDADE 54 84 86 76 300
12. Rogério ESTABILIDADE 84 75 56 85 300
TOTAIS DE COLUNAS 766 874 942 1018
DIVIDIR PELO Nº DE INVENTÁRIOS 3 3 3 3
PERFIL COMPOSTO DE LIDERANÇA 255 291 314 339 1200
Fonte: Pesquisa de Campo na filial ELM Elevadores, out-2006.

66
Na Tabela 2 apresenta-se o Resultado final da aplicação dos três formulários,
obtido por média aritmética simples do Perfil de Liderança Individual da amostra da
filial da ELM Elevadores.
Tabela 2 – Resultado do Perfil de Liderança Composto da Filial da ELM Elevadores out-2006
ESTILO LIDERANÇA
ESTILO DE LIDERANÇA INDIVIDUAL
NOME
ESPECIALISTA EM
CO
NT
RO
LE
CO
NC
OR
DÂ
NC
IA
SO
CIA
BIL
IDA
DE
ES
TA
BIL
IDA
DE
1. Joana
CONCORDÂNCIA
17
30
27
27
2. Nelson
SOCIABILIDADE
15
27
30
28
3. Tadeu
ESTABILIDADE
19
23
28
31
4. Norton
ESTABILIDADE
20
20
27
32
5. João
ESTABILIDADE
22
27
20
31
6. Macedo
ESTABILIDADE
24
22
26
28
7. André
ESTABILIDADE/ SOCIABILIDADE
23
21
28
28
8. Eloi
SOCIABILIDADE
19
20
34
27
9. Almeida
CONTROLE
30
26
18
26
10. Martin
SOCIABILIDADE
19
23
29
28
11. Camões
SOCIABILIDADE
18
28
29
25
12. Rogério
ESTABILIDADE
28
25
19
29
TOTAIS DE COLUNAS 255 291 314 340 DIVIDIR PELO Nº DE INVENTÁRIOS 12 12 12 12
PERFIL COMPOSTO DE LIDERANÇA 21
24 26 29292929
Fonte: Pesquisa de Campo na filial ELM Elevadores, out-2006.
Considerando-se a dispersão geográfica dos entrevistados é importante
perceber que existem líderes que podem desenvolver mais suas potencialidades em

67
algum perfil de liderança, a exemplo de Joana, Nelson, Tadeu, Eloi, Martin e
Camões que obtiveram menos de 20 pontos no Perfil de Liderança em Controle.
Individualmente isto pode significar que estes líderes podem ser pouco competitivos,
pouco determinados, carentes de audácia, alheios ao poder (porém uma boa dose
de poder é necessária ao perfil de liderança), insuficiência de autoridade.
Rogério e Almeida apresentam pontuação inferior a 20 para o perfil de
liderança de sociabilidade, o que pode representar um entrave para o objetivo
principal da empresa que é o foco no cliente, já que a sociabilidade - bem como a
estabilidade - são perfis de liderança preponderantes para que as organizações
focadas no cliente tenham êxito.
Tadeu, Norton e João obtiveram pontuação acima de 30 pontos para o perfil
de liderança de estabilidade, o que pode significar um abalo do equilíbrio necessário
por manter-se constantemente ocupados em tarefas que podem comprometer o foco
da empresa, o cliente. Esta característica pode fazer com que esses líderes se
preocupem demais com o futuro em detrimento das coisas do presente.
Eloi possui um perfil de liderança dominante em sociabilidade o que pode
trazer como risco um excesso de concessões ao cliente em detrimento dos objetivos
da organização.
Macedo e André obtiveram pontuações individuais dentro dos perfis médios
de liderança para especialista em controle, estabilidade, sociabilidade e
concordância.
Em uma análise mais global da Tabela 1 não se observou grandes
discrepâncias de perfis de liderança em relação à média de pontos do padrão
adotado.

68
8.2 PERFIL DE LIDERANÇA COMPOSTO
A abordagem do perfil de liderança composto levará em consideração o
Padrão Médio do Perfil de Liderança Composto, conforme Gráfico 1, que representa
a ilusória equipe perfeitamente equilibrada que teria a média de 25 pontos para cada
Perfil de Liderança: Especialista em Controle, Especialista em Concordância,
Especialista em Sociabilidade e Especialista em Estabilidade.
Gráfico 1 – Padrão Médio do Perfil de Liderança Composto
25% ou Pontos
25% ou Pontos
25% ou Pontos
25 % ou Pontos
Controle Concordância Sociabilidade Estabilidade
Fonte: Hoover e Valenti, adaptado, 2002.
Como resultado através da aplicação dos Inventários de Perfis de liderança
individual, obteve-se o seguinte perfil de liderança composto da filial de EML
Elevadores:

69
Gráfico 2 – Resultado Final do Perfil de Liderança Composto
da Amostra da ELM Elevadores – out-2006
21% ou Pontos
24% ou Pontos
26% ou Pontos
29 % ou Pontos
Controle Concordância Sociabilidade Estabilidade
Fonte: Pesquisa de Campo na filial da ELM Elevadores, OUT-2006.
Considerando que o total de pontos do perfil de liderança é 100, apresenta-se
as seguintes considerações sobre os perfis de liderança composto da amostra:
a) Especialista em Controle: 21 pontos é o perfil menos dominante nos
entrevistados, representando 8% da amostra.
b) Especialista em Concordância: 24 pontos é o perfil com pontuação mais próxima
da ideal, representando 8 % da amostra.
c) Especialista em Sociabilidade: 26 pontos é o segundo perfil de liderança
dominante, representado 38% da amostra.
d) Especialista em Estabilidade: 29 pontos é o perfil dominante dos entrevistados,
representando 46% da amostra.
Pelos resultados obtidos verifica-se que perfil de liderança composto da
amostra é bastante equilibrado e próximo ao padrão médio, porém o perfil de
liderança dominante é do Especialista em Estabilidade. Este perfil composto de
liderança pode significar facilidades em compartilhar responsabilidades de liderança,

70
aquisição equilibrada dos objetivos organizacionais, cautela, pouca discórdia no
grupo, boa evolução do trabalho, raciocínio estratégico, calma; porém, pode também
indicar grandes dificuldades de estabelecer limites, pela sua característica de
dedicação à organização.
Como os resultados dos perfis de liderança da amostra apresentaram-se
bastante equilibrados pode-se concluir que esta diversidade pode ser um fator
fortalecedor se for trabalhado corretamente, explorando-se as diferenças de opiniões
e potencialidades da equipe.
Cada estilo de liderança representado tem potencialidades e fraquezas,
portanto é importante posicionar estes líderes em todos os níveis do círculo que
representa a era do conhecimento, aprimorando as potencialidades recíprocas e
compensando-lhes as fraquezas.
Cada líder da amostra possui uma mescla dos quatro estilos de liderança.
Nenhum líder é todo um só, simplesmente existem influências demais e variadas a
nutri-los ao longo de suas vidas.
O perfil de liderança composto analisado aponta que a amostra da pesquisa
já apresenta um equilíbrio nos estilos de liderança.
8.3 ALINHAMENTO DA EQUIPE NO ESTILO DE LIDERANÇA COMPARTILHADA
Em face do equilíbrio do perfil de liderança composto da amostra, torna-se
muito mais fácil o engajamento no estilo de liderança compartilhada, captando de
cada perfil de liderança de cada pessoa suas potencialidades, visando a obtenção
de resultados na organização.

71
O perfil de liderança composto dominante da amostra é o Especialista em
Estabilidade, mas o equilíbrio em todos os perfis facilitará o alinhamento da equipe
para atender aos objetivos da empresa, que encontra-se estrategicamente voltada
para os “clientes”. Porém, deve-se alinhar os líderes com dominância em outros
estilos de liderança. Para tanto, a organização e as pessoas terão que trabalhar
mais com os líderes que apresentam estas deficiências, especialmente o
Especialista em Controle, absorvendo, portanto, todos os talentos da empresa.
A diversidade dos perfis de liderança da amostra facilitará ao gestor da ELM
Elevadores a valorização dos objetivos da empresa, oferecendo autonomia aos seus
gerentes para que seu real potencial, seu talento, possa contribuir com a
organização e o crescimento das pessoas.

72
9 CONCLUSÃO
Tendo em vista o intento de identificar talentos de acordo com o perfil de
liderança dos gerentes de uma organização, buscando alinhá-los para melhor
atender às metas e objetivos de uma organização, contemplou-se no Capítulo 1 a
introdução, apresentação da justificativa do tema, o problema da pesquisa e os
objetivos a serem atingidos no estudo de caso.
No Capítulo 2 contemplou-se uma visão macro sobre o tema gestão de
talentos, descrevendo as mudanças ocorridas nas empresas nas últimas décadas
em busca da manutenção da competitividade no mercado com a substituição de
conceitos de gestão em recursos humanos – R.H. – pelos conceitos de gestão de
pessoas: a absorção das potencialidades de cada um, a concessão de maior
autonomia individual, a delegação de controle e responsabilidades, a possibilidade
de exercer o auto-gerenciamento de atividades – que modifica positivamente os
estilos de liderança – as relações de poder, o planejamento do trabalho e,
sobretudo, a forma de estruturação das organizações modernas na busca de meios
para atingir as suas metas.
No Capítulo 3 fez-se uma abordagem de conceitos relevantes da gestão de
talento, dando-se ênfase aos conceitos: talento, comportamento, liderança,
personalidade e liderança compartilhada. No estudo o “talento” representa um
conjunto privilegiado de competências, isto é, conhecimentos, habilidades e atitudes
que diferenciam uma pessoa da outra, não podendo mais ser confundido com
genialidade ou com aptidões e dons inatos. O “comportamento” pode ser entendido
como de que maneira as pessoas agem diante de determinadas circunstâncias ou

73
em determinados ambientes, significando um produto da personalidade, influenciado
por fatores biológicos, por tudo que a pessoa apreende em sua vida e por todas as
experiências por ela vivenciadas. A “liderança” foi um conceito mais aprofundado no
estudo em abordagens de vários autores. Percebeu-se que, embora existam vários
conceitos de autores diferentes, eles se complementam entre si visto que atendem
às aspirações humanas fundamentais para conectar as pessoas, para que possam
se relacionar entre si. Dentre as mudanças em gestão de talentos foi dado ênfase à
liderança “circular”, onde cada pessoa que lidera pode assumir a responsabilidade
por aquilo que faz. Esse processo de liderança absorve o potencial de cada pessoa,
ajustando e efetuando o alinhamento de equipes que atendam às necessidades da
organização para que atuem com harmonia e fazendo emergir os talentos de cada
um e as habilidades naturais da equipe como um todo.
Ainda no capítulo 3 fez-se uma breve abordagem sobre “personalidade”, sem
a profundidade que o termo poderia exigir de psicólogos e psicanalistas, mas tendo
em mente sua importância dentro do estudo de caso a partir da visão de
personalidade individual e coletiva das organizações. Finalizando o capítulo 3
enfatizou-se gestão de pessoas na abordagem de “liderança compartilhada”. Esta
representa o espírito de equipe dentro das organizações com a personalidade e
estilo de liderança de cada indivíduo que, numa equipe, num momento ou outro,
numa tarefa ou outra, num projeto ou outro, poderão influenciar a decisão da equipe
de acordo com seu estilo de ser líder, desde que as pessoas sejam treinadas e
direcionadas para que convivam e tirem o máximo proveito da diversidade.

74
No capítulo 4 apresentou-se o tema que mereceu mais ênfase na pesquisa:
os perfis de liderança. Estes permitem que se perceba as diferenças quando se
avalia as características - mais ou menos dominantes - em cada pessoa, facilitando
a classificação de indivíduos de acordo com cada perfil. Apoiados nos conceitos de
Hoover e Valenti, os estilos de liderança foram classificados em quatro tipos de
especialistas – no estudo, liderança é entendida como uma especialização – com as
características que definem cada perfil: o Especialista em Controle, o Especialista
em Concordância, o Especialista em Sociabilidade e o Especialista em Estabilidade.
Sem o objetivo de engessar as pessoas de acordo com suas características de
líderes, mas antes para facilitar a classificação do comportamento destes líderes
diante de cada situação ou como tomam suas decisões.
No capítulo 5 tratou-se dos Inventários que representam a identificação dos
perfis de liderança com comportamentos e personalidades das pessoas numa visão
mais sistêmica. Os inventários são ferramentas ou instrumentos utilizados para a
identificação do perfil dos líderes que atuam em diversas áreas e representam uma
análise mais ampla sobre o comportamento das pessoas diante de uma determinada
situação, com a visão de várias pessoas. Considerando-se que o Inventário do perfil
de liderança identifica perfis, são apresentados dois modelos de inventários: o
“inventário de liderança individual” e o “inventário de liderança composto”.
No capítulo 6 destacou-se a importância do alinhamento da equipe, haja vista
que as pessoas vivem e trabalham em grupo, sendo primordial alinhar os perfis de
liderança de cada pessoa ao perfil da equipe, visando à obtenção de resultados
frutíferos para a organização, visualizando a estratégia da empresa e agregando
valor às organizações, através da descoberta dos estilos de liderança e outros

75
fatores que impulsionam as equipes a trabalharem juntas com o aproveitamento do
potencial individual.
Os procedimentos metodológicos estão contidos no capítulo 7 com a
descrição do caso, tipo de pesquisa e instrumento de coleta de dados. Baseado no
referencial teórico foi realizada a pesquisa de campo com dois instrumentos – os
inventários de perfis de liderança individual e inventário de perfil de liderança
composto, com perguntas fechadas e analisados de forma quantitativa. Os
instrumentos foram aplicados na população amostra através de entrevistas por três
respondentes diferentes: auto-avaliação, avaliação do diretor e a avaliação do gestor
de pessoas.
Para finalizar, no capítulo 8 foi feita a compilação dos resultados dos
formulários, tendo como suporte teórico o referencial bibliográfico, e constatou-se
que é possível identificar as características individuais de cada líder e,
consequentemente, as características do grupo de líderes, e alinhá-los na
organização. A amostra estudada possui um perfil de liderança composto
equilibrado, com a identificação da diversidade dos líderes que compõem os quatro
tipos de especialistas, estando muito próximo ao padrão médio definido na literatura
pesquisada. Considerando-se o equilíbrio dos estilos dos líderes investigados na
amostra, constatou-se que o engajamento para o estilo de liderança compartilhada,
captando de cada perfil de liderança de cada pessoa suas potencialidades, poderá
facilitar a obtenção de resultados na organização.
Tendo em vista o acima exposto, conclui-se que foi possível diagnosticar o
talento dos Gerentes da empresa estudada através da análise do aspecto
comportamental do estilo de liderança individual e estilo de liderança composto com
a aplicação dos Inventários de Perfil de Liderança Individual e Perfil de Liderança

76
Composto. Estas ferramentas possibilitaram a identificação dos estilos de liderança
de cada gerente da amostra, tanto no aspecto individual como no composto. O
alinhamento destes gerentes pode ser efetuado desde que sejam trabalhados de
forma individual em cada gerente, seu perfil menos dominante ou seu perfil de maior
dominância para que o perfil composto esteja orientado para melhor atender às
metas e objetivos dessa organização: o cliente.

77
10 RECOMENDAÇÕES
Considerando-se que o estudo de caso foi efetuado na filial de uma empresa
multinacional que se expandiu para a América Latina, e que esta, por sua vez, já
havia efetuado estudo similar na fase de seleção de seus diretores, como também a
importância dos perfis destes líderes que atuam no principal objetivo da organização
(o cliente). A comunidade acadêmica em geral recomenda-se:
• Dar seqüência ao trabalho, aprofundando o estudo dos perfis de
liderança da amostra da empresa estudada, dando seqüência ao
trabalho, e aplicando também o Inventário do Perfil de Motivação, com
a ampliação da investigação das variáveis e levando-se em
consideração na amostra: a faixa etária, nível de instrução (graduação
e pós-graduação), tempo de formação universitária, participação dos
gerentes em treinamentos de liderança.
À empresa alvo em nosso estudo de caso, em particular, a EML Elevadores
recomenda-se:
• Considerando-se a grande dispersão geográfica em que estes
gerentes atuam, investigar na amostra quanto ao perfil de liderança
identificado, visando atender às necessidades do cliente externo, uma
vez que estes operam em outros países.
• Com relação ao Inventário do Perfil de Liderança Composto também é
recomendável a análise dos membros das equipes onde cada gerente
atua, objetivando confrontar os resultados obtidos junto aos
avaliadores que participaram da amostra com os resultados da equipe

78
de cada gerente e verificar se seu perfil atende aos anseios do cliente
interno da organização.
Para finalizar é primordial lembrar que a identificação dos perfis de liderança
individual e composto representa a primeira etapa de um processo muito mais amplo
da gestão de talentos. Ressalta-se que, embora se conheça o perfil de cada líder, é
necessário mantê-lo dentro da organização através de um processo muito maior
promovendo treinamentos continuados, educação corporativa, planos de
remuneração, planos de carreira e um sistema de avaliação periódico dentro de um
contexto dinâmico-motivacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAIR, John. Como liderar com eficiência, São Paulo, Livraria Nobel, 1983.
ALMEIDA , Walnice, Captação e seleção de talentos – repensando a teoria e a prática, São Paulo, Atlas, 2004.
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ALMEIDA. José Armando Bueno de. Si no sé dónde estoy ¿cómo saber adónde voy?, disponível em: www.mujeresdeempresa.com/management, 25/06/2002, acesso em 10/10/2006
ARAÚJO , Paulo Henrique de. Motivação – faça a diferença, Blumenau, Eko, 2000.
ARAÚJO , Paulo Henrique de. Motivando o Talento Humano , 18 ed., Blumenau, EKo, 1999.
BENFARI, Robert. Mudando o estilo gerencial. Rio de Janeiro, Objetiva, 1995.
BENNIS, Warren, A formação do líder. 1 ed., São Paulo, Atlas, 1996.
BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário escolar da língua portuguesa . Rio de Janeiro, Fename, 1956.
CARLOS, John P. & RANDOLF, Alan, Empowerment – exige mais do que um minuto. Rio de Janeiro, Objetiva, 1996.
CHELOHA, Randal. Garimpo de líderes. HSM Management, São Paulo, 51, p. 100-106, julho-agosto, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Construção de talentos – coaching & mentoring. Rio de Janeiro, Campus, 2002.
DENNING, Stephen. Liderar é da sua natureza – esquilo S.A uma fábula sobre liderança , São Paulo, Fundamento, 2006.
GIL, Antonio Carlos, Métodos e técnicas de pesquisa social, 5 ed. Atlas, São Paulo, 1999.
GUBMAN, Eduard L. Talento: desenvolvendo pessoas e estratégias para obter resultados extraordinários. Rio de Janeiro, Campus, 1999.
HAMILTON, Boozz Allen. Dez passos para mudar as pes soas. HSM Management, São Paulo, 46, p. 104-110, setembro-outubro, 2004.

80
HASHIAMOTO, Marcos . O ser humano como fator diferencial. Ver Você S.A. Atualizada em 26/11/2002, Disponível em: http///www.vocesa.abril.uol.com.br/aberto/colunistaspgart_07_26.11.2002, Acesso em 28/09/2006.
HOOVER, John e VALENTI, Ângelo. Liderança compartilhada – como alinhar o que as pessoas fazem melhor com o que as empresas precisam. São Paulo, Futura, 2006.
ISKANDAR, Jamil Ibrahin, Normas da ABNT – comentadas para trabalhos científicos, 2 ed., Curitiba, Juruá Editora, 2006.
LIMA, Frederico O & TEIXEIRA, Paulo C. Direcionamento estratégico e gestão de pessoas nas organizações. São Paulo, Atlas, 2000.
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OLIVEIRA, Milton de. Energia emocional – base para a gerência eficaz. São Paulo, Makron Books, 1997.
O’REILLY, Charles A., Talentos ocultos : como as melhores empresas obtêm resultados extraordinários com pessoas comuns. Rio de Janeiro, Campus, 2001.
PINHEIRO, Edna Gomes & MACIEIRA , Maria Leão. . (Des)fazendo o mito sobre liderança: traçados e limites da atuação do profiss ional da informação na função de líder, atualizada em 05-05-2000, acesso em 21 de outubro de 2006, disponível em http://www.biblioteca.ufc.br/artdesfazen.html
ROBBINS , Stephen P., Comportamento Organizacional , 11 ed., São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2005.

APÊNDICE

APÊNDICE A FORMULÁRIO 01

FORMULÁRIO 01
O formulário em Anexo, refere-se de uma Pesquisa para um trabalho de Estudo de Caso dos
alunos do EMBA da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Brasil e tem como objetivo efetuar o
diagnóstico do perfil de liderança dos e gerentes da ELM ELEVADORES que resultará num estudo
científico do Perfil dos Gerentes da ELM Elevadores.
Sua participação é fundamental para que este estudo seja concluído. Deste modo,
solicitamos que as instruções para o preenchimento sejam lidas com bastante atenção.
Todas as informações fornecidas serão tratadas com total e absoluto sigilo.
Caso você deseje conhecer o seu perfil de liderança poderá entrar em contato conosco pelo
e-mail abaixo.
Solicitamos gentileza de envio do formulário devidamente preenchido até o dia 19/10/2006
para o endereço abaixo via e-mail ou FAX:
E-mail:
FAX: (41)
Agradecemos antecipadamente a sua importante colaboração.

84
INVENTÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DE ESTILO DE LIDERANÇA
NOME: _____________________________________________________________ CIDADE: ___________________________________________________________
Instruções para o Preenchimento:
• PROCURE SER SINCERO EM SUAS RESPOSTAS, respondendo de um jeito que reflita como você se comporta no mundo real.
• O inventário de auto-avaliação de Estilo de Liderança possui 10 linhas e 04 colunas de palavras descritivas
• Para cada linha em cada palavra, atribua um valor de 1 a 4, marcando o número com outra cor. O número não poderá ser repetido na mesma linha:
O número 4: representa uma característica de caráter dominante como líder
O número 3 e 2 representam uma característica de caráter intermediária como líder.
O número 1 representa uma característica de caráter menos dominante como líder.
• Preencha o formulário linha a linha. Cada palavra só poderá receber uma nota (Ex: 4 ou 3). Se você somar cada linha o total sempre deverá ser igual a 10
• Cada uma das quatro colunas totalizará não mais do que 40 e não menos do que 10.
• A soma das quatro colunas será exatamente 100.
• Não existem respostas certas ou erradas, e nenhuma das palavras possuem conotação negativa ou positiva.
• Transfira os totais das colunas para o Formulário 1B
FORMULÁRIO 1A
COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D LINHA 01 Poderoso
4 -3 -2 -1 Analítico 4 -3 -2 -1
Útil 4 -3 -2 -1
Capaz 4 -3 -2 -1
LINHA 02 Destemido 4 -3 -2 -1
Detalhista 4 -3 -2 -1
Amistoso 4 -3 -2 -1
Equilibrado 4 -3 -2 -1
LINHA 03 Controlador 4 -3 -2 -1
Matemático 4 -3 -2 -1
Otimista 4 -3 -2 -1
Constante 4 -3 -2 -1
LINHA 04 Impositivo 4 -3 -2 -1
Exato 4 -3 -2 -1
Acolhedor 4 -3 -2 -1
Estratégico 4 -3 -2 -1
LINHA 05 Impaciente 4 -3 -2 -1
Realista 4 -3 -2 -1
Espontâneo 4 -3 -2 -1
Paciente 4 -3 -2 -1
LINHA 06 Determinado 4 -3 -2 -1
Cuidadoso 4 -3 -2 -1
Dedicado 4 -3 -2 -1
Confiável 4 -3 -2 -1
LINHA 07 Dominante 4 -3 -2 -1
Preciso 4 -3 -2 -1
Agradável 4 -3 -2 -1
Racional 4 -3 -2 -1
LINHA 08 Competitivo 4 -3 -2 -1
Correto 4 -3 -2 -1
Pacato 4 -3 -2 -1
Avaliador 4 -3 -2 -1
LINHA 09 Audacioso 4 -3 -2 -1
Metódico 4 -3 -2 -1
Sociável 4 -3 -2 -1
Responsável 4 -3 -2 -1
LINHA 10 Vigoroso 4 -3 -2 -1
Sistemático 4 -3 -2 -1
Marcante 4 -3 -2 -1
Dependente 4 -3 -2 -1
TOTAL
FORMULÁRIO 1B
COLUNA TOTAL ESTILO DE LIDER TOTAL DA COLUNA A ESPECIALISTA EM CONTROLE TOTAL DA COLUNA B ESPECIALISTA EM CONCORDÂNCIA TOTAL DA COLUNA C ESPECIALISTA EM SOCIABILIDADE TOTAL DA COLUNA D ESPECIALISTA EM ESTABILIDADE
TOTAL GERAL FONTE: HOOVER, John e VALENTI, Ângelo. Liderança compartilhada – como alinhar o que as pessoas fazem melhor com o que as empresas precisam. 2006, p.73

APÊNDICE B FORMULÁRIO 02

FORMULÁRIO 02
INVENTÁRIO DE AVALIAÇÃO DE ESTILO DE LIDERANÇA DO DIRETOR
NOME DO AVALIADO: _______________________________________________ CIDADE: ___________________________________________________________
Instruções para o Preenchimento:
• PROCURE SER SINCERO EM SUAS RESPOSTAS, respondendo de um jeito que reflita como você se comporta no mundo real.
• O inventário de auto-avaliação de Estilo de Liderança possui 10 linhas e 04 colunas de palavras descritivas
• Para cada linha em cada palavra, atribua um valor de um a quatro, marcando o número com outra cor. O número não poderá ser repetido na mesma linha:
O número 4: representa uma característica de caráter dominante como líder
O número 3 e 2 representam uma característica de caráter intermediária como líder.
O número 1 representa uma característica de caráter menos dominante como líder.
• Preencha o formulário linha a linha. Cada palavra só poderá receber uma nota (Ex: 4 ou 3). Se você somar cada linha o total sempre deverá ser igual a 10
• Cada uma das 4 colunas totalizará não mais do que 40 e não menos do que 10.
• A soma das quatro colunas será exatamente 100.
• Não existem respostas certas ou erradas, e nenhuma das palavras possuem conotação negativa ou positiva.
• Transfira os totais das colunas para o Formulário 2B
FORMULÁRIO 2A
COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D LINHA 01 Poderoso
4 -3 -2 -1 Analítico 4 -3 -2 -1
Útil 4 -3 -2 -1
Capaz 4 -3 -2 -1
LINHA 02 Destemido 4 -3 -2 -1
Detalhista 4 -3 -2 -1
Amistoso 4 -3 -2 -1
Equilibrado 4 -3 -2 -1
LINHA 03 Controlador 4 -3 -2 -1
Matemático 4 -3 -2 -1
Otimista 4 -3 -2 -1
Constante 4 -3 -2 -1
LINHA 04 Impositivo 4 -3 -2 -1
Exato 4 -3 -2 -1
Acolhedor 4 -3 -2 -1
Estratégico 4 -3 -2 -1
LINHA 05 Impaciente 4 -3 -2 -1
Realista 4 -3 -2 -1
Espontâneo 4 -3 -2 -1
Paciente 4 -3 -2 -1
LINHA 06 Determinado 4 -3 -2 -1
Cuidadoso 4 -3 -2 -1
Dedicado 4 -3 -2 -1
Confiável 4 -3 -2 -1
LINHA 07 Dominante 4 -3 -2 -1
Preciso 4 -3 -2 -1
Agradável 4 -3 -2 -1
Racional 4 -3 -2 -1
LINHA 08 Competitivo 4 -3 -2 -1
Correto 4 -3 -2 -1
Pacato 4 -3 -2 -1
Avaliador 4 -3 -2 -1
LINHA 09 Audacioso 4 -3 -2 -1
Metódico 4 -3 -2 -1
Sociável 4 -3 -2 -1
Responsável 4 -3 -2 -1
LINHA 10 Vigoroso 4 -3 -2 -1
Sistemático 4 -3 -2 -1
Marcante 4 -3 -2 -1
Dependente 4 -3 -2 -1
TOTAL
FORMULÁRIO 2B COLUNA TOTAL ESTILO DE LIDER
TOTAL DA COLUNA A ESPECIALISTA EM CONTROLE TOTAL DA COLUNA B ESPECIALISTA EM CONCORDÂNCIA TOTAL DA COLUNA C ESPECIALISTA EM SOCIABILIDADE TOTAL DA COLUNA D ESPECIALISTA EM ESTABILIDADE
TOTAL GERAL FONTE: HOOVER, John e VALENTI, Ângelo. Liderança compartilhada – como alinhar o que as pessoas fazem melhor com o que as empresas precisam. 2006, p.73

APÊNDICE C FORMULÁRIO 03

FORMULÁRIO 03
PERFIL DO INVENTÁRIO COMPOSTO DE ESTILOS DE LIDERANÇA DA ELM ELEVAORES
ESTILO DE LIDERANÇA
NOME
ESTILO LIDERANÇA C
ON
TR
OLE
C
ON
CO
RD
ÂN
CIA
S
OC
IAB
ILID
AD
E
E
ST
AB
ILID
AD
E
1. ESPECIALISTA EM
2. ESPECIALISTRA EM
3. ESPECIALISTA EM
4. ESPECIALISTA EM
5. ESPECIALISTA EM
6. ESPECIALISTA EM
7. ESPECIALISTA EM
8. ESPECIALISTA EM
9. ESPECIALISTA EM
10. ESPECIALISTA EM
11. ESPECIALISTA EM
12. ESPECIALISTA EM
13. ESPECIALISTA EM
TOTAIS DE COLUNAS
DIVIDIR PELO Nº DE INVENTÁRIOS
PERFIL COMPOSTO DE LIDERANÇA
FONTE: HOOVER, John e VALENTI, Ângelo. Liderança compartilhada – como alinhar o que as pessoas fazem melhor com o que as empresas precisam. 2006, p.91

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