Gestão de Telecentros Comunitários - Sociedade Digital ... · a pobreza, visando garantir a...

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Gestão de Telecentros Comunitários Cristiane Sanches 1 / 27

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Gestão de

Telecentros

Comunitários

Cristiane Sanches

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Gestão de

Telecentros

Comunitários

Apostila redigida e organizada por:

Sociedade Digital (SOCID)

Apoio: COEP-RJ e Furnas Centrais Elétricas

Versão 1.1 – Rio de Janeiro, março de 2006

Gestor(a)

Instrutor(a)

Monitor(a)

Voluntário(a)

Documentos

Esta apostila é livre, pode ser reproduzida e distribuída parcial ou

integralmente desde que citada a fonte (Copyleft). Venda proibida.

Coordenação e Edição: Alexandre M. Rangel e Cristiane Sanches

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SumárioLiberdade para compartilhar o conhecimento.............................................................................................. 41. Introdução................................................................................................................................................ 52. O que é um telecentro e para que serve?................................................................................................ 63. Organização do grupo responsável pelo telecentro................................................................................. 64. Quantas pessoas devem estar no Conselho Gestor e qual o seu perfil?................................................. 65. Treinamento de Monitores(as), Instrutores(as) e Voluntários(as)............................................................ 76. Funções do Instrutor(a)............................................................................................................................ 87. Funções do Monitor(a)............................................................................................................................. 88. Lidando com Reclamações...................................................................................................................... 99. Lidando com Defeitos............................................................................................................................ 1010. Normas de Funcionamento.................................................................................................................. 1111. Utilizando software livre ...................................................................................................................... 1212. Protegendo as propriedades do telecentro.......................................................................................... 1213. Gerenciamento de Risco..................................................................................................................... 1214. Sustentabilidade do telecentro............................................................................................................. 1315. Anexo – Lista de Presença.................................................................................................................. 1416. Anexo – Ficha de Inscrição.................................................................................................................. 1517. Anexo – Modelo de Certificado............................................................................................................ 1618. Anexo – Ficha de Cadastro.................................................................................................................. 1719. Anexo – Ficha de Avaliação................................................................................................................. 1820. Anexo – Modelo de Projeto.................................................................................................................. 1921. Anexo – Modelo de Planilha de Orçamento......................................................................................... 2122. Anexo – Modelo de Termo de Adesão de Voluntariado (para aqueles telecentros que criarem sua personalidade jurídica)....... 2223. Anexo – Modelo de Recibo de Voluntário............................................................................................ 2324. Anexo – Modelo de Despesas Mensais............................................................................................... 2425. Fontes.................................................................................................................................................. 26ANEXO – Apresentação da SOCID........................................................................................................... 27

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Liberdade para compartilhar o conhecimento

Acredito que a utilização das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) possibilitará à população excluída o acesso a um mundo de informações e conhecimento, estimulando a criatividade e o desenvolvimento coletivo e colaborativo. E que estes são elementos essenciais para promoção da inclusão social na atual sociedade da informação.

As TICs são ferramentas com potencial para redução do hiato social entre pobres e ricos, principalmente em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, pois permitem que o acesso a informação e o conhecimento sejam distribuídos e compartilhados de maneira homogênia entre a população, sem distinção de cor, etnia, credo ou gênero.

Não são ferramentas boas, nem más, tampouco neutras, mas o resultado que elas irão produzir no desenvolvimento sócio-econômico de uma região, cidade, país ou continente, será determinado pela forma de uso destas. A maneira com a qual iremos utilizarmos a tecnologia é que irá determinar se estamos construindo uma nova sociedade democrática, eqüitativa e igualitária ou despótica, injusta e desigual.

Aldous Huxley, em sua obra, Admirável Mundo Novo, datada de 1931, já mostrava a sua preocupação com a necessidade de se disponibilizar o acesso qualitativo e quantitativo à informação para manutenção de um Estado verdadeiramente democrático.

“A sobrevivência da democracia depende da capacidade de grandes maiorias de fazer escolhas de um modo realista, à luz de uma informação suficiente.”

Outro componente norteador para apropriação lúdica da TICs pela população é a utilização de programas livres (free software), que libertam o Brasil do pagamento de royalties (evasão de divisas) para empresas estrangeiras, possibilitando o acesso a inteligência de como foram projetados (acesso ao código-fonte). Portanto todo programa utilizado no telecentro, pode ser copiado, distribuído, compartilhado e modificado.

“O conhecimento humano é a herança da humanidade e a origem da criação de todo conhecimento novo.”1

E esta apostila não fugiu a regra. Todas as informações e conhecimento, contidos nesta, foram copiados de outras e personalizados para o trabalho do telecentro. Logo, esta também pode ser copiada integralmente, modificada ou ter parte copiada, desde que a fonte seja citada.

Esse curso faz parte do Projeto de Desenvolvimento Comunitário Local do COEP-RJ, do Programa de Inclusão Digital do Banco do Brasil no Programa Fome Zero e do Projeto Telecom Livre (Telecentro Comunitário de Software Livre) e tem como objetivo fomentar a criação de comunidades virtuais (grupos de interesse na rede), onde todas e todos possam interagir e se desenvolver plenamente, utilizando computadores interligados, conectados à internet e com programas livres.

Esperamos que os usuários(as) deste e de outros telecentros deixem de ser apenas consumidores(as), mas passem também a fornecedores(as) de informações, em uma via de mão dupla, através de projetos interativos.

“Estou pessoalmente convencido, meus irmãos, de que estais cheios de bondade, cheios de um perfeito conhecimento, capazes de vos admoestar uns aos outros.” - RM, 15, 14

Paz e Bem!Alexandre M. Rangel

1 Declaração da Sociedade Civil na Cúpula Mundial sobre Sociedade da Informação – conferência da ONU.

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1. Introdução

Esta apostila é um manual de criação e gestão de um telecentro comunitário. Neste guia você vai conhecer o que é um telecentro e vai aprender sobre as dificuldades para criar um telecentro comunitário e como romper as barreiras para que o projeto seja bem sucedido.

A finalidade deste material é ajudar na criação e gestão de um telecentro comunitário. Aqui você vai entender porque os telecentros devem ser fiscalizados e gerenciados com o apoio de um Conselho Gestor, eleito pelos moradores da comunidade e como isto deve ser feito. Aqui você vai encontrar modelos de formulários, modelos de pesquisas, fichas de inscrição, enfim todo o material para dar continuidade à gestão de um telecentro.

Este guia pode ser utilizado por qualquer pessoa ou organização. Todo o conteúdo é livre, ou seja, qualquer um pode pegar, modificar, distribuir e usar em parte ou no total. Este conteúdo, porém, não pode ser utilizado para fins comerciais e pedimos que aqueles que utilizarem este conteúdo que reconheçam a origem do mesmo e que façam o seu conteúdo livre também. Isso significa que se você copiar algo de nós, o seu conteúdo também deverá ser livre. Esperamos que você encontre aqui as respostas às suas dúvidas.

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2. O que é um telecentro e para que serve?

Telecentros são espaços com computadores conectados à Internet. Cada unidade possui normalmente entre 10 e 20 micros. O uso livre dos equipamentos, cursos de informática básica e oficinas especiais são as principais atividades oferecidas à comunidade local. Cada telecentro possui um Conselho Gestor, formado por membros da comunidade e eleitos pela mesma, que ajudam na fiscalização e gestão do espaço. É um projeto de uso intensivo da tecnologia da informação para ampliar a cidadania e combater a pobreza, visando garantir a privacidade e segurança digital do cidadão, sua inserção na sociedade da informação e o fortalecimento do desenvolvimento local. Um dos objetivos principais do projeto é organizar uma rede de unidades de múltiplas funções que permita às pessoas adquirirem autonomia tecnológica básica e privacidade a partir do software livre.

Combater a exclusão digital é o objetivo central dos telecentros. Trata-se de uma iniciativa fundamental para capacitar a população brasileira e inseri-la na sociedade da informação, para assegurar a preservação de nossa cultura com a construção de sites de língua portuguesa e de temáticas vinculadas ao nosso cotidiano, qualificar profissionalmente nossos trabalhadores, incentivar a criação de postos de trabalho de maior qualidade, afirmar os direitos das mulheres e crianças, para um desenvolvimento tecnológico sustentável e ambientalmente correto, aprimorar a relação entre o cidadão e o poder público, enfim, para a construção da cidadania digital e ativa.

3. Organização do grupo responsável pelo telecentro

O primeiro passo para se montar um telecentro é elaborar um projeto, em parceria com a comunidade, com objetivos e metas bem definidos. Depois, designar um Conselho Gestor. Este Conselho será responsável por guiar todo o processo de começar o telecentro e, em longo prazo, por assegurar seu contínuo desenvolvimento.

O Conselho Gestor é criado para realizar a gestão do telecentro. Este Conselho será eleito pela comunidade e será composto por membros da mesma e por parceiros envolvidos que serão co-responsáveis na fiscalização e gestão do telecentro e terão mandato de 1 a 2 anos, permitindo apenas uma recondução.

Normalmente o Conselho Gestor consistirá no primeiro ano de membros da comunidade e representantes da organização que estiver implantando o telecentro. No segundo ano o Conselho Gestor será composto apenas de membros da comunidade e poderá contar com o apoio desta organização.

Uma vez formado, o Conselho Gestor terá a finalidade de estabelecer as regras de funcionamento e uso do espaço do telecentro, apontando os rumos futuros, incentivando o exercício pleno da cidadania e dando ferramentas para que a comunidade se desenvolva social e economicamente.

Uma das primeiras tarefas do Conselho Gestor é identificar as necessidades de informação e comunicação da comunidade e designar Instrutores(as) e Monitores(as) que estarão mais envolvidos no começo e na gerência no dia-a-dia do telecentro.

4. Quantas pessoas devem estar no Conselho Gestor e qual o seu perfil?

Pode ser difícil organizar reuniões e tomar decisões se há muitas pessoas no Conselho Gestor. Porém, é importante ter pessoas com tipos diferentes de conhecimento, de forma que as necessidades da comunidade sejam claramente identificadas. Isto ajudará a tomar decisões sobre que serviços prover inicialmente. Tente estruturar um Conselho Gestor com número entre 3 e 9 pessoas, priorizando sempre as formações ímpares, para que não existam empates na hora de votar decisões polêmicas.

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Uma pessoa para fazer parte do Conselho Gestor deve basicamente:

Ser um representante da comunidade;

Estar compromissado para com a comunidade e o telecentro;

Ser ativo – Membros do Conselho Gestor que só assistem reuniões e não fazem mais nada são inúteis ao telecentro!

Os membros do Conselho podem ajudar o telecentro de modos diferentes se entre eles há a mistura certa de habilidades. Você nunca deve se esquecer que um telecentro precisa servir os residentes da comunidade ou vizinhança. Assim, vozes de comunidade precisam ser ouvidas pelo Conselho Gestor desde o princípio. Isto é muito importante, não só para identificar os serviços mais apropriados, mas também para gerar uma sensação de propriedade do telecentro desde o começo.

As tarefas do Conselho Gestor são:

Organizar e gerenciar o uso diário do telecentro pela comunidade, definindo suas regras de utilização;

Assegurar que todas as atividades oferecidas pelo telecentro sejam abertas para qualquer pessoa da comunidade;

Assegurar que o uso dos equipamentos do telecentro seja de livre acesso á comunidade, sem nenhuma restrição, desde que garantidos horário e espaço para todas as atividades decididas pelo Conselho Gestor e a manutenção e utilização adequada dos equipamentos;

Organizar a distribuição e a recepção de inscrições para as atividades oferecidas pelo telecentro;

Organizar os cursos, horários e forma de atendimento dos inscritos para este fim;

Realizar reuniões mensais ordinárias para avaliar o funcionamento do telecentro, bem como, receber sugestões e solicitações dos usuários. O anúncio da data, do horário e do local deverá ser amplamente divulgado, com no mínimo 10 (dez) dias de antecedência.

Contribuir para garantir a segurança dos espaço, dos equipamentos e das pessoas que trabalham ou que utilizam o telecentro;

Apontar Instrutores(as) e Monitores(as);

Manter a comunidade informada das atividades do telecentro.

5. Treinamento de Monitores(as), Instrutores(as) e Voluntários(as)

Um programa de orientação bem-estruturado é importante para qualquer novo funcionário. Tal programa deve incluir:

Boas-vindas calorosas

Apresentação à missão e aos objetivos do telecentro

Apresentação aos membros do Conselho Gestor e aos outros funcionários do telecentro

Uma oportunidade de se tornar familiar com os recursos do telecentro – onde os objetos são guardados, que programas estão disponíveis e que procedimentos usar.

Para voluntários, a orientação deve oferecer uma oportunidade de conhecer seu supervisor para discutir suas tarefas, estabelecer horários individuais e revisar a carta de compromisso. Depois que os novos funcionários forem orientados, eles podem precisar de treinamento especializado para realizar suas funções. Treinamento técnico para operar o equipamento será prioridade, mas outras áreas importantes incluem: relacionamento com o usuário, como treinar usuários, buscas na Internet e localização de informações.

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Treinamentos mesmo para detalhes pequenos são importantes porque pequenos problemas podem desativar o computador se os funcionários não tiverem sido treinados para lidar com eles. Isso deve ser levado em conta no treinamento básico, juntamente com troca de cartuchos de tinta, toner e outras tarefas básicas. Um manual de treinamento poderia ser desenvolvido pelo telecentro para fornecer apoio para programas de treinamento contínuos.

6. Funções do Instrutor(a)

O instrutor terá papel de multiplicador na utilização da tecnologia digital. Ele deverá atuar como facilitador na interação entre tecnologia e aprendizagem, fazendo desta forma com que os alunos capacitados façam o que chamamos o uso maduro da tecnologia.

O instrutor do telecentro, deverá realizar as seguintes funções:

Preparar e confeccionar apostilas, apresentações, manuais e textos de apoio;Preparar aulas, lista de presença e fichas de avaliação dos cursos que ministrar;Elaborar cronograma de treinamento para os Usuários;Capacitar Monitores(as) e Voluntários nos cursos técnicos;Ministrar aulas de Introdução à Informática em GNU/Linux, Gestão de Telecentros, Comunidades Virtuais e Montagem e Manutenção de Computadores e outros, aos Usuários(as) cadastrados no telecentro;Melhorar e manter a qualidade dos cursos ministrados nos telecentros;Dar palestras sobre assuntos específicos.

7. Funções do Monitor(a)

Obviamente nem todas as tarefas do monitor(a) serão as mesmas para todos os telecentros. De qualquer modo, há certas funções essenciais que um monitor(a) de telecentro deverá realizar:

1. Supervisionar e manter os equipamentos do telecentro diariamente;

2. Registrar usuários e apresentá-los ao telecentro;

3. Mostrar aos usuários como usar todos os equipamentos do telecentro;

4. Ajudar usuários que desejem se matricular em cursos de educação distanciada;

5. Submeter-se a treinamentos quando necessário;

6. Assegurar-se que os equipamentos do telecentro sejam mantidos em boas condições de uso;

7. Alertar o Conselho Gestor sobre necessidades futuras de equipamentos e serviços;

8. Fornecer informações, assistência e aconselhamento aos usuários do telecentro;

9. Juntamente com o Conselho Gestor do telecentro, realizar uma avaliação contínua do telecentro;

10.Comparecer às reuniões do Conselho Gestor e apresentar relatórios mensais das atividades, uso e resultados do telecentro.

Algumas atividades devem ser realizadas diariamente. É recomendável que o telecentro seja inspecionado ao abrir e fechar e durante o dia. Você deve se certificar que o equipamento esteja sempre funcionando adequadamente, que as instalações estão limpas e que a impressora tenha papel. Há também outras coisas que devem ser verificadas no início e no final de cada dia:

Verifique todos os equipamentos estão na tomada e sejam ligados todas as manhãs antes de abrir.

Cheque se os computadores e impressoras estão funcionando.

Registre os papéis desperdiçados na impressora, certifique-se de que há papel suficiente na impressora e assegure-se de que o telecentro tem papel e toner extra.

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Faça a manutenção regular do equipamento e não espere até que ele quebre. Solicite assistência se necessário.

Mantenha o telecentro limpo e se houver qualquer dano nas instalações, móveis ou equipamentos, conserte imediatamente ou comunique ao Conselho Gestor.

Um telecentro limpo não é somente mais convidativo; acarreta também menos quebras e defeitos. Abaixo, algumas regras importantes de limpeza:

Não exponha o equipamento desnecessariamente a umidade, calor e água.

Limpe o equipamento regularmente com um pano antiestático.

Não use solvente ou lustra-móveis no equipamento.

É esperado que o Monitor(a) do telecentro saiba como operar todo o equipamento existente. Por exemplo, como trocar o toner, um cartucho de tinta, o papel da impressora, etc. Monitores(as) do telecentro também precisam ser capazes de localizar defeitos antes que eles aconteçam e se possível, consertá-los. Chamar um técnico deve ser a última opção, mas não deve ser prorrogada desnecessariamente.

Ao final do dia, depois do fechamento do telecentro, três coisas devem ser feitas:

Inspecionar e registrar instalações e equipamento (veja lista);

Rascunhar o relatório diário dos serviços prestados e dos usuários que utilizaram o telecentro;

Recolher qualquer Formulário de Registro de Reclamações ou Formulário de Registro de Defeitos e anexe-os ao relatório diário.

8. Lidando com Reclamações

Um usuário que não esteja satisfeito com os serviços do telecentro talvez reclame com você. Lide com a reclamação da seguinte forma:

Sempre tente se manter calmo e amigável quando lidar com reclamações; nunca fique nervoso. O usuário é a pessoa mais importante do telecentro.

Ouça com atenção e peça desculpas. Reconheça o sentimento do usuário e explique o que fará para corrigir o problema. Agradeça o usuário por trazer o problema ao seu conhecimento.

Aprenda a aceitar críticas – seja sempre amigável e tente solucionar o problema rapidamente. Seja criativo; tome medidas de emergência se for razoável.

Nunca evite pessoas que estejam sempre reclamando e choramingando. Receba-os sempre. Não deixe que as coisas se tornem pessoais e mantenha-se calmo, mesmo que o cliente não esteja sendo plausível. Concentre-se no problema, não na pessoa.

Se você não pode resolver o problema, não hesite em pedir ajuda ao Conselho Gestor.

Registro de relatos de reclamações são muito importantes porque essa é a única forma de aprender com os problemas e melhorar os serviços para o benefício dos usuário. Você pode usar o formulário abaixo para registrar as reclamações:

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Formulário de Registro de Reclamações do TelecentroNome do Telecentro

Nome do usuário

Data e hora do registro da reclamação

Reclamação

Data da solução da reclamação

Solução usada

Observações

9. Lidando com Defeitos

Para evitar interrupção dos serviços, todos os equipamentos defeituosos devem ser consertados imediatamente. Por exemplo, defeitos nos telefones devem ser comunicados à operadora imediatamente, defeitos nos equipamentos devem ser sanados ou registrados num formulário próprio e relatado ao gestor do telecentro diariamente.

Aqui estão alguns defeitos comuns que você pode esperar:

Linha(s) telefônica(s) com defeito

Aparelho(s) telefônico(s) com defeito

Computadores ou impressoras não funcionam.

Você deve registrar defeitos com clareza e a data e horário que você pediu o reparo Essas informações devem ser incluídas no relatório diário e mensal para o Conselho Gestor. Você pode usar o formulário abaixo para registrar os defeitos:

Formulário de Registro de Defeitos do TelecentroNome do Telecentro

Nome do usuário

Data e hora do registro do defeito

Descrição do defeito, equipamento

Data do conserto

Solução realizada

Custo do conserto

Observações

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10. Normas de Funcionamento

Todo telecentro precisa de uma lista de regras para sua utilização. A razão dessas regras é garantir que todo usuário tenha o total benefício do telecentro. As regras existem para proteger o telecentro e os direitos dos usuários de usar o equipamento produtiva e efetivamente.

As regras devem fazer sentido para a comunidade. Se uma regra do telecentro é que ninguém pode correr, é para garantir que ninguém tropece num cabo e se machuque. Se uma regra do telecentro é que ninguém pode comer enquanto acessando a internet, a razão para essa regra é para garantir que farelos e restos não estraguem o equipamento caro! Muitas das regras do telecentro devem ser exibidas em avisos.

Todo usuário do telecentro deve receber uma lista com regras com as quais eles deverão concordar e assinar. Esta é uma lista de possíveis regras para usuários do telecentro:

1. Horário de funcionamento – O telecentro está aberto ao público: das [__] às [__] horas, de segunda à sexta-feira; das [__] às [__] horas aos sábados; e das [__] às [__] horas aos domingos.

2. Respeito no atendimento ao cidadão – O técnico de unidade e monitores são os responsáveis pelo funcionamento e gerenciamento do telecentro, conforme as decisões tomadas pelo Conselho Gestor. Eles estão orientados a atender com educação a população.

3. Uso gratuito – todo cidadão tem direito ao uso gratuito dos equipamentos dentro do horário estabelecido acima.

4. Limpeza do local – Como muitas pessoas passam pelo telecentro, é natural que o local e os equipamentos sujem rápido. A limpeza do telecentro é uma das tarefas compartilhadas com a comunidade. Comidas e bebidas não são permitidas perto dos computadores.

5. Todos os usuários devem se registrar antes de se sentar para usar o equipamento.

6. O uso do telecentro sempre será realizado com o acompanhamento de um(a) instrutor(a) ou monitor(a) capacitado e da comunidade.

7. Se o aplicativo que você está usando tem som, por favor certifique-se que você desligou o som ou use fones de ouvido.

8. Usuários com menos de quatorze anos só são bem-vindos no telecentro até as 17 horas.

9. Um adulto deve acompanhar crianças menores de 10 anos.

10.Economia – Os materiais do telecentro devem ser consumidos de forma racional, para que o maior número de usuários possível se beneficie. Para evitar o consumo exagerado da tinta da impressora e das folhas de papel, cabe ao Conselho Gestor coibir o desperdício, limitar o número de impressões por usuário e regulamentar o uso do equipamento do telecentro.

11.Cuidados com o equipamento – A conservação dos equipamentos é uma tarefa de todos, mas quem responde pelo estado das máquinas e instalações do Telecentro é o agente técnico de unidade. Qualquer defeito no equipamento deve ser comunicado ao monitor e ao agente técnico de unidade do telecentro, que tomará as devidas providências.

12.Gestores(as), Monitores(as)(as) e Instrutores(as)(as) do telecentro se reservam o direito de pedir a qualquer pessoa que se retire a qualquer momento, se esta estiver indo de encontro com as regras de boa utilização do telecentro.

13.Usuários do telecentro devem respeitar outras atividades que estejam acontecendo. Eles não devem fazer barulho ou interferir com outros usuários do telecentro.

14.Na hora de fechar, usuários devem terminar o que estejam fazendo rapidamente e deixar as instalações.

15.Computadores somente podem ser usados durante as horas definidas. Se você chegar cedo, por favor aguarde do lado de fora.

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11. Utilizando software livre

O Software Livre tem como característica principal o fato de que os usuários possuem a liberdade de alterá-lo. Dessa forma, torna-se possível aperfeiçoar as funcionalidades dos aplicativos, adaptá-los às suas necessidades, sejam elas pessoais ou comerciais. O Software Livre se baseia em quatro liberdades:

1. A liberdade de executar o programa para qualquer propósito;

2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades. Nesse sentido, o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

3. A liberdade de redistribuir cópias, de modo que você possa ajudar ao seu próximo;

4. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. Novamente, o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

A utilização do Software Livre nos telecentros comunitários encaixa-se nos objetivos de inclusão digital do Governo Federal, porque:

Estimula naturalmente a difusão do conhecimento, permitindo que mais pessoas tenham acesso às oportunidades abertas pelas novas tecnologias;

Cria uma rede de compartilhamento de usuários no uso de softwares livres;

Estimula o desenvolvimento da tecnologia nacional porque, através do Software Livre, os desenvolvedores brasileiros podem criar soluções totalmente adaptadas à realidade nacional, a partir dos programas desenvolvidos pela comunidade mundial de programadores;

Ajuda na estabilização da economia, pois não é mais necessário o envio de dinheiro ao exterior a título de compra e serviços de software proprietário.

12. Protegendo as propriedades do telecentro

Para poder localizar todos os ítens do telecentro, será necessário manter uma lista ou banco de dados de todos os equipamentos, software e serviços usados pelo telecentro. Quando qualquer ítem ou serviço especial for trazido ou levado, uma descrição, número de série (se houver), além da data e da hora, devem ser anotados pelo Monitor(a) do telecentro. O inventário e o registro de eventos devem ser atualizados mensalmente.

O inventário de hardware deve incluir: Detalhes de todas os equipamentos com número de modelo e de série, data, fonte, preço de compra ou valor do equipamento e garantia. Uma lista de fontes de manutenção e reparo para cada tipo de equipamento.

13. Gerenciamento de Risco

O prédio de um telecentro e seu hardware, software, móveis e funcionários, são vulneráveis a danos causados por roubo, vandalismo, acidentes e desastres naturais. Um cano suspenso, por exemplo, pode estourar, colocando vários sistemas fora de serviço e estragando roupas ou objetos pessoais dos envolvidos. Alguém também pode tropeçar em algum cabo e cair.

Um programa de gerenciamento de risco estabelece medidas preventivas para minimizar riscos e garantir que funcionários e usuários do telecentro conheçam e cooperem para que essas medidas sejam postas em prática. Há muitas maneiras de se lidar com gerenciamento de risco, e as necessidades de um telecentro em uma área rural podem ser bem diferentes das necessidades de um telecentro numa cidade.

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Minimizando a possibilidades de acidentes ocorrerem:

Como descrito acima, estabeleça regras de comportamento no telecentro, como “Não Corra!”, “Não Coma ou Beba perto dos computadores!” Essas regras podem ser afixadas nas paredes e portas do telecentro. Todos os usuários do telecentro devem ser avisados sobre as regras e voluntários e funcionários devem certificar-se que elas sejam cumpridas.

Afixe cabos nas paredes ao invés do chão.

Use protetores para queda de energia elétrica em todos os sistemas.

Cheque regularmente as instalações hidráulicas e a fiação contra defeitos.

Uma vez que o plano de gerenciamento de risco esteja pronto, cópias devem ser distribuídas a todos os funcionários do telecentro.

14. Sustentabilidade do telecentro

Para garantir a sustentabilidade do telecentro existem algumas opções. A primeira é conseguir um financiador que pode ser uma empresa ou instituição disposta à arcar com as despesas para dar continuidade do projeto.

Outra opção é cobrar uma taxa simbólica nos cursos que forem ministrados, pelos instrutores(as) da comunidade ou pelo uso livre da Internet que será investido no próprio telecentro.

Outra alternativa para a sustentabilidade, que deve ser discutida com o Conselho Gestor, é a criação do “Amigo do Telecom Livre”, propondo uma taxa para associação ao telecentro, onde os comerciantes locais que se associarem, terão direito a utiliza-lo para emissão de certidões e para capacitarem os seus funcionários.

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15. Anexo – Lista de Presença

[Nome do Telecentro][Nome do curso a ser ministrado]

Lista de Presença

Turma de ___/___ à ___/___

Dia ___ de _______________.

Nome Assinatura

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16. Anexo – Ficha de Inscrição

Ficha de Inscrição[Nome do Telecentro]

Preencha o formulário com seu dados para efetuar a sua inscrição nos cursos ou para utilizar o telecentro.

Dados PessoaisNome do aluno(a) ou usuário(a)

Documento de Identidade CPF Data de Nascimento Sexo

___/___/_____ Feminino Masculino

Estado Civil

Solteiro Casado Viúvo Separado Outro __________________

E-mail Inscrição para

Monitor Instrutor Usuário

FormaçãoEscolaridade Ano Instituição

ResidênciaEndereço

Número Complemento Cidade Estado CEP

Telefone Residencial Telefone Comercial Celular

Qual a sua necessidade de uso da internet?

Qual a sua expectativa com relação ao telecentro (cursos, utilização, etc)?

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17. Anexo – Modelo de Certificado

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18. Anexo – Ficha de Cadastro

Perfil do Usuário(a) de Telecentro ComunitárioFicha de Cadastro

Dados Pessoais:

Nome Completo:

R.G.: CPF: Nascimento: ____/____/_______ Sexo: [ ] Fem [ ] Masc

Estado Civil: [ ] Solteiro(a) [ ] Casado(a) [ ] Viúvo(a) [ ] Separado(a) [ ] Outro

Formação: [ ] Médio [ ] Graduação [ ] Pós-graduação [ ] Mestrado [ ] Outro

Situação de Emprego: [ ] Assalariado [ ] Autônomo [ ] Aposentado [ ] Estudante [ ] Desempregado

Número de pessoas que vivem na sua casa: [ ] de 1 a 3 [ ] de 4 a 5 [ ] de 5 a 7 [ ] Mais de 7

Renda Familiar (R$): [ ] até 300,00 [ ] de 300,00 a 600,00 [ ] de 600,00 a 1.000,00 [ ] Mais de 1.000,00

Residência:

Rua/Avenida/Travessa:

Complemento: Cidade: UF: CEP:

Telefones: [ ] Residencial____________________ [ ] Comercial____________________ [ ] Celular____________________

Questionário:

1) Você lê algum jornal ou revista regularmente? [ ] Sim [ ] Não

2) Você já utilizou ou conhece os serviços de um Telecentro Comunitário? [ ] Sim [ ] Não

3) Se sim. Você acredita que este tipo de serviço possa contribuir para a inclusão social e recuperação da cidadania da população em comunidades de baixa renda e excluídas da sociedade? [ ] Sim [ ] Não

4) Qual a sua expectativa com relação a implantação e utilização de um telecentro na sua comunidade? [ ] Muito boa [ ] Boa [ ] Regular [ ] Ruim

5) Quais os serviços que você gostaria de utilizar num telecentro comunitário? [ ] Internet [ ] Cursos de Informática/Cidadania [ ] Acesso à Serviços Públicos [ ] Outro

6) Qual sistema operacional e pacote de escritório você conhece? [ ] Linux/OpenOffice (Writer, Calc) [ ] Windows/MS Office (Word, Excel) [ ] Ambos [ ] Outro

7) Você possui correio eletrônico (e-mail)? [ ] Sim [ ] Não Se sim. Qual?

8) Você tem acesso à internet? [ ] Sim [ ] Não

9) Se sim. De onde? [ ] Casa [ ] Casa de outra pessoa [ ] Trabalho [ ] Escola [ ] Telecentro [ ] Outro

10) Você seria voluntário(a) em um telecentro comunitário? [ ] Sim [ ] Não

11) Se sim. Qual a sua disponibilidade de horário? [ ] Manhã [ ] Tarde [ ] Noite [ ] Sábado

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19. Anexo – Ficha de Avaliação

Ficha de avaliação em relação ao treinamento realizado[Nome do Telecentro]

Nome do Treinamento: [Nome do Curso]Instrutor: [Nome do Instrutor]Período: de ___/_________ à ___/_________

Nome do Participante: ______________________________________________

Nas questões a seguir, assinale na lacuna o número que melhor expressa sua opinião sobre o ítem, utilizando a seguinte escala: 1. Deficiente 2. Regular 3. Bom 4. Excelente

I. Instrutor

1) Habilidade para criar interesse sobre o assunto: [ ]2) Clareza e objetividade das exposições: [ ]3) Conhecimento do assunto: [ ]4) Preparação das aulas: [ ]5) Metodologia: estilo de exposição, recursos áudio-visuais, etc [ ]6) Capacidade de integração entre teoria e prática: [ ]7) Transmissão de confiança e credibilidade: [ ]8) Relacionamento com a classe: [ ]

II. Programa e desenvolvimento

1) A proporção entre conceitos, exemplos práticos e exercícios foi: [ ]2) O programa da disciplina e a bibliografia foram: [ ]3) A profundidade e o desenvolvimento dos temas foram: [ ]4) A qualidade dos recursos didáticos (apostilas, textos, lâminas etc) foi: [ ]5) O método de avaliação utilizado foi: [ ]6) A carga horária disponibilizada para o assunto foi: [ ]

III. Comentários e Sugestões

Escreva a seguir quaisquer comentários/sugestões que você julgue relevantes sobre o curso e/ou instrutor, visando melhorar a qualidade de futuros eventos da espécie:

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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20. Anexo – Modelo de Projeto

Um projeto deve ter alguns ítens fundamentais para a sua apresentação à um investidor ou organização interessada em financiá-lo, são eles:

ApresentaçãoA apresentação é a uma das partes mais importantes na elaboração de um projeto. É nela que o parceiro, ou o investidor poderá entender – de forma rápida e objetiva – a proposta integral do projeto. Seja claro e objetivo, incluindo apenas as informações essenciais ao entendimento do projeto. Descreva de modo sucinto o projeto, seu histórico, o objetivo geral, as metodologias a serem aplicadas, as atividades previstas, os resultados esperados e o valor do investimento solicitado.

É fundamental destacar NÚMEROS que demonstrem os resultados concretos a serem obtidos com a execução do projeto. Isso ajuda a situar o parceiro-investidor quanto às dimensões e ao potencial transformador do projeto.

JustificativaO proponente deve responder às questões: por que e para que executar o projeto?

Ressalte os seguintes aspectos:a) O problema a ser enfrentado, suas dimensões e públicos atingidos;b) A relevância do projeto (o motivo da eleição do projeto como prioritário na agenda dos problemas locais/regionais; o alinhamento do projeto com as políticas publicais locais e nacionais; o potencial do projeto para contribuir no enfrentamento de outros problemas de interesse local/regional; o potencial do projeto como paradigma de qualidade e inspiração para a elaboração de outros projetos locais/regionais);c) O impacto social previsto (as transformações positivas esperadas, em termos de melhoria da qualidade de vida dos segmentos-alvo, seu potencial de autonomia e sustentabilidade);d) A área geográfica em que o projeto se insere; e e) As principais características da população local (demográficas, socioeconômicas, sociopolíticas, ambientais, culturais e comportamentais).

Objetivo GeralIdentifique os benefícios de ordem geral que as ações do projeto deverão propiciar aos beneficiários.

Objetivos EspecíficosEstes objetivos referem-se às etapas intermediárias que deverão ser cumpridas no curso do projeto.

Metodologia EmpregadaDescreva a maneira como as atividades serão implementadas, incluindo os principais procedimentos, as técnicas e os instrumentos a serem empregados. Destaque outros aspectos metodológicos importantes, como a forma de atração e integração dos públicos beneficiários; os locais de abordagem desses grupos ou de execução das atividades; a natureza e as principais funções dos agentes multiplicadores; os mecanismos de participação comunitária no projeto e outros. É preciso que se descreva com precisão de que maneira o projeto será desenvolvido, ou seja, o COMO FAZER.

Avaliação de ProcessoEsta modalidade de avaliação refere-se à forma como o projeto é conduzido, à eficiência dos métodos e procedimentos empregados, de modo a se poder fazer mais com menos. A avaliação de processo ou processual mede o progresso na realização dos objetivos; identifica e mensura os aspectos ligados ao como fazer, tais como a qualidade dos materiais didáticos utilizados, o aproveitamento dos capacitandos (%), o índice de freqüência, etc.

Para cada atividade principal, identifique os indicadores quantitativos e qualitativos de progresso do projeto e, ainda, os meios de verificação das informações, ou seja: onde, quando e como as informações serão coletadas e analisadas.

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Avaliação de ResultadosEsta modalidade refere-se à eficácia dos métodos e procedimentos utilizados e denota as transformações sociais geradas pelas atividades. Para cada objetivo específico enunciado, identifique os indicadores quantitativos e qualitativos dos resultados esperados, assim como os meios de verificação.

Avaliação de ImpactoO impacto é medido pela melhoria ocorrida na qualidade de vida e bem-estar dos públicos-alvo direto ou indireto, a médio e longo prazos, como resultado da melhoria das condições sociais. Para cada objetivo específico, identifique os indicadores quantitativos e qualitativos do impacto social previsto para o projeto, assim como os meios de verificação.

Parcerias e AliançasIdentifique as principais parcerias estabelecidas para a execução do projeto, especificando as funções de cada uma.

Equipe Técnica PrincipalRelacione a equipe técnica principal do projeto, incluindo formação profissional (assistente social, psicólogo, advogado, etc.), a função ou cargo (diretor, coordenador, educador, etc.) e o número de horas semanais que cada profissional dedica ao projeto.

ComunicaçãoEste módulo refere-se às formas e meios pelos quais o projeto dará conhecimento de suas ações aos parceiros, líderes e formadores de opinião do Terceiro Setor, autoridades governamentais, público interno e sociedade em geral. Destaque as estratégias e materiais a serem utilizados para esse fim, não confundir com a promoção de serviços junto aos beneficiários do projeto.

CronogramaRelacione as principais atividades do projeto – de acordo com os objetivos específicos descritos – indicando os prazos de realização de cada uma. Considerando o prazo de vigência do contrato de parceria (12 meses), use o mês como unidade.

OrçamentoConsiderando as principais atividades estabelecidas em cada objetivo específico, indique o valor do investimento solicitado ao Programa, assim como a contrapartida da organização e os recursos provenientes de outras fontes (se for o caso). Como contrapartida, poderão ser computados os valores estimados das instalações, materiais e equipamentos da organização, cedidos ou utilizados na implementação do projeto, assim como o valor das horas de trabalho da equipe técnica, desde que essesítens não estejam incluídos no investimento solicitado ao programa. Veja modelo em anexo.

Histórico da organização proponenteDescreva, sucintamente, ações anteriores da Organização voltadas ao seu público beneficiário, incluindo os principais resultados quantitativos e qualitativos obtidos. Pode descrever-se o próprio projeto no caso de estar sendo proposta a sua ampliação, aperfeiçoamento ou replicação em outra(s) comunidade(s).

Resumo do currículo do coordenador do projeto e da equipe técnicasBreve descrição das funções, atividades e atividades anteriores do pessoal envolvido no projeto.

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21. Anexo – Modelo de Planilha de Orçamento

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Primeiros 6 meses do Projeto

Orçamento em R$Período Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Totais1. PessoalCoordenaçãoInstrutores

Sub-total Pessoal Efetivo

2. BenefíciosPlano de Saúde/Ticket Ref.Transporte e hospedagemEncargos Sociais 45%

Sub-total

3. Telecentros Comunitários e SedeLuzTelefoneMaterial de EscritórioAluguelEstações de TrabalhoCamisasMesa e CadeiraVentilador de TetoEstabilizadorSwitch 16 portas RackImpressora LaserMaterial EducativoInfra (elétrica, rede lógica)Programas Livres (Linux+OOo)Conexão Internet

Sub-total

Total

22. Anexo – Modelo de Termo de Adesão de Voluntariado (para aqueles telecentros que criarem sua personalidade jurídica).

TERMO DE ADESÃO COM BASE NA LEI DO VOLUNTÁRIO (LEI Nº 9.608/98)

A SOCIEDADE DIGITAL, entidade beneficente, sem fins lucrativos, situada na Rua Xyyyyy Zwwww, 1001, nesta cidade, inscrita no CNPJ sob o no 00.000.000/0001-00, neste ato representada pelo membro da Coordenação Executiva, JOÃO DE JESUS NAZARÉ, CPF no 000.000.000-99 doravante denominada ENTIDADE, vem celebrar com YBYRAPYTANGA DA SILVA, brasileiro, casado, Técnico em Manutenção, Identidade no 999000999 CREA-RJ, CPF no: 000.000.000-99, residente à Rua Ronaldinho da Silva, 2300/5, Botafogo, CEP: 21000-000, nesta cidade, denominado VOLUNTÁRIO neste instrumento particular, o presente TERMO DE ADESÃO, com as seguintes condições abaixo:

Cláusula 1a - O objeto do presente Termo que as partes supra qualificadas firmam é o estabelecimento de regras para a atuação do voluntário(a).

Cláusula 2a – O(A) voluntário(a) se compromete a auxiliar a entidade no desenvolvimento das atividades de secretaria.

Cláusula 3a - O(A) voluntário(a) não estará obrigado (a) a cumprir horário,

Parágrafo Único – O horário acima estabelecido de pleno acordo entre as partes, poderá ser revisto e alterado a qualquer momento, por iniciativa de qualquer das partes, desde que conte com o expresso consentimento da outra.

Cláusula 4a - Poderá o voluntário(a) ser aproveitado em outras atividades da entidade durante a vigência deste instrumento particular, desde que conte com o seu consentimento expresso e sejam os horários compatíveis com a atividade mencionada na cláusula 2a deste termo de adesão.

Cláusula 5a - As despesas expressamente autorizadas pela entidade e realizadas em benefícios desta poderão ser reembolsadas ao voluntário, se este assim o desejar. O reembolso será efetuado mediante assinatura de recibo por parte do voluntário.

Parágrafo Único – Caso o voluntário não deseje o reembolso, deverá esta manifestação de vontade ser expressa, mediante termo por escrito.

Cláusula 6a - O presente instrumento particular terá início em 01 de janeiro de 2005 e término em 31 de dezembro de 2005, podendo, no entanto, ser rescindido antes do prazo mediante comunicação escrita por uma das partes, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, ou ser renovado mediante acordo entre as partes.

Cláusula 7a - Fica eleito de comum acordo o Foro da Comarca do Rio de Janeiro, com exceção de qualquer outro, por mais especial que seja, para dirimir qualquer dúvida ou litígio decorrente do cumprimento deste instrumento particular.

Por fim, consciente está o voluntário que o serviço voluntário, conforme Lei Federal no 9.608, que segue junto a este Termo, “não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim”.

Estando as partes plenamente de acordo com o acima exposto, subscrevem o presente em 2 (duas vias) de igual teor e forma na presença das testemunhas abaixo.

Rio de Janeiro, 01 de janeiro de 2005.

João de Jesus NazaréCoord. Executivo

Ybyrapytanga da SilvaVoluntário

TESTEMUNHAS:

LEI DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO

Lei no 9.608, de 18 de fevereiro de 1998

Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a Instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade.

Parágrafo Único - O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.

Art. 2o - O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de Termo de Adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício.

Art. 3o - O prestador de serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias.

Parágrafo Único - As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário.

Art. 4o - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5o - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 18 de fevereiro de 1998, 177o da Independência e 110o da República

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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23. Anexo – Modelo de Recibo de Voluntário

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RECIBO DE SERVIÇO VOLUNTÁRIO SEM VÍNCULO

Nome da Empresa CNPJ

Endereço Cidade Estado Cep

Nome Completo[Nome do Voluntário]Endereço Cidade Estado Cep

CPF Inscrição INSS/PIS Identidade[Número do CPF]

Valor da ajuda de custo R$ 0,00

Adiantamento R$ - Outros (adiantamentos) R$ - Imposto de Renda R$ -

R$ 0,00

Descrição do serviço voluntário no mês de ________/____: Instrutor do curso de [Nome do Curso]

Rio de Janeiro, __ de _______ de ____.

____________________________________________[Nome do Voluntário]

CPF [Número do CPF]

DADOS BANCÁRIOS Cheque No:

BANCO:AGÊNCIA:CONTA CORRENTE:FAVORECIDO:

REMUNERAÇÃO

DESCONTOS

VALOR LÍQUIDO

24. Anexo – Modelo de Despesas Mensais

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Mês/Ano[Nome do Banco] cheque valor

ContadorAluguelTelefoneÁguaLuzMaterial de EscritórioLimpezaConexão InternetProvedor Internet

Despesas [mês]Estimativa c/ CPMF e outros

Saldo mês anterior

Ajuste (diferença de arredondamento)Receita [mês]

Situação do mês de [mês]

Voluntário – Ajuda de Custo, valores pagos aos voluntários do telecentro [Nome do Voluntário]

Descrição dos Serviços prestados e respectivos valores

25. Fontes

O livro de receitas do telecentro comunitário para a África – Receitas para auto-sustentabilidadeComo Estabelecer um Telecentro Comunitário Multifuncional na África Por Mike Jensen e Anriette Esterhuysen

Modelo de Regras de Funcionamento Internas do Telecentro Regras de Usohttp://www.idbrasil.gov.br/docs_telecentro/gestao

Histórico do Tele Centro VIDATelecentro RSEstatuto do Conselho Gestor – Minuta (versão de 31/10/2001) http://www.telecentrovida.rs.gov.br/empresa.html

Guia Gemas da Terra de Telecentros Rurais - Versão 1.0 http://www.gemasdaterra.org.br/recursos/guiagt.htm

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ANEXO – Apresentação da SOCID

A SOCID é uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos e completará 4 (quatro) anos de trabalhos voltados para socialização das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) em 10 de julho de 2005. Nossa missão é democratizar o acesso aos meios digitais de informação, com prioridade para os segmentos sociais discriminados e em situação de risco, tornando as ferramentas de Tecnologia da Informação, instrumentos potencializadores de arte, educação e cultura, promovendo assim a inclusão social e contribuindo para capacitação profissional de crianças, jovens e adultos. Nosso principal objetivo é ajudar a sociedade civil organizada (ONGs e Associações) a participar do processo da revolução digital, levando as ferramentas de TI até elas.

Acreditamos que a utilização das TICs possibilitará à população excluída o acesso a um mundo de informações e conhecimento, estimulando a criatividade e o desenvolvimento coletivo e colaborativo. E que projetos de “inclusão digital” não devem ser pensados como pacotes prontos de soluções tecnológicas para comunidades de baixa renda, mas sim como iniciativas estratégicas para a promoção da inclusão social, do desenvolvimento social e econômico colaborativos, do compartilhamento da informação e do conhecimento.

Sabemos também que o acesso à inovação tecnológica não é somente acesso aos meios, mas, fundamentalmente, à informação de como utilizar esses meios para potencializar conhecimentos, oportunidades, etc. E isso não irá ocorrer com modelos pré-fabricados e pró-inclusão digital institucionalizados. Não podemos pegar um único modelo, por melhor que seja, e implementá-lo Brasil afora. Não irá funcionar.

O Brasil é um país-continente, com diversidades socioculturais e educacionais que precisam ser levadas em conta na hora de implementar qualquer projeto sério. O que é eficaz para uma determinada região, provavelmente não atenderá a outra. Logo, para que haja inclusão social, a população local precisa participar dos processos de modelagem e/ou adaptação para a sua realidade, bem como da implantação e da gestão dos telecentros, tornando-se co-responsável pelo projeto, por meio de associações, ONGs, conselhos etc. E para isso precisa de qualificação de alto nível.

E partindo das afirmativas de que "Todos os seres humanos, por natureza, desejam saber"2 e que “O conhecimento humano é a herança da humanidade e a origem da criação de todo conhecimento novo.”3. Estamos desenvolvendo o projeto Telecom Livre que irá fomentar a criação de comunidades virtuais (grupos de interesse na rede), onde todas e todos possam interagir e se desenvolver plenamente, utilizando computadores interligados, conectados à internet e com programas livres (free software). Nessa visão, o usuário(a) deixa de ser apenas um consumidor, mas passa também a fornecedor de informações, em uma via de mão dupla, através de projetos interativos.

Esses são elementos estruturais para fomento do desenvolvimento humano baseado na educação e na capacitação de alto nível.

Socid – Sociedade Digital

2 Aristóteles (384 - 321 a.C.).3 Declaração da Sociedade Civil na Cúpula Mundial sobre Sociedade da Informação – conferência da ONU.

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