Gestão democrática
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GESTÃO DEMOCRÁTICA
Instâncias colegiadas.
Projeto político pedagógico.
Saberes escolares: Método Didático e Avaliação escolar.
Referências para o estudo: Gestão democrática da escola pública – Vitor Paro Texto – “Gestão democrática da escola e participação” –
Silvana Ap. de Souza na Revista Educação e Políticas em debate.
Texto - “O sistema de organização e gestão da escola”do livro :Organização e Gestão da Escola - teoria e prática – José Carlos Libâneo.
Projeto político pedagógico: uma construção possível – Ilma P. Alencastro Veiga
Planejamento Dialógico - Como construir o Projeto Político Pedagógico da escola – Paulo Roberto Padilha.
Didática – José Carlos Libâneo. Avaliação da aprendizagem escolar: Estudos e proposições –
Cipriano C. Luckesi.
PARA REFLETIR:Escola
Escola é o lugar onde a gente vaiquando não está de fériasO chefe da escola é a diretora A diretora manda na professoraA professora manda na genteA gente manda em ninguémSó quando manda alguém plantar batata
Além de fazer lição na escola, a gente tem que fazer lição em casaA professora leva nossa lição para casa dela e corrigeSe a gente não errasse, a professora nãoprecisava levar lição para casa
Por isso é que a gente erraembora não seja piano, nem banco, a professora também dá notasQuem não tem boas notas, não passa de ano( será que fica sempre com a mesma idade? )
José Paulo Paes
CONCEPÇÕES SOBRE DEMOCRACIA
Democracia representativa (burguesa)
Democracia participativa (proletária)
DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
É a democracia possível do modo de produção capitalista.Se limita ao sufrágio universal.A relação entre os sujeitos é verticalizada.Igualdade política formal. O parlamento é o orgão soberano de representação popular (Congresso).Garante sobretudo a propriedade privada.
DEMOCRACIA? Governo grego
consegue aprovar pacote de austeridade no Parlamento.
Medidas permitirão que país receba mais ajuda dos credores estrangeiros.Pacote prevê corte de gastos, elevação de impostos e reformas trabalhistas.Novembro/12
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
Não se efetiva plenamente na sociedade capitalista pois prevê a igualdade socioeconômica.Não se contenta com a participação pela via da representação.Participação plena na decisões políticas e econômicas sob a forma de comitês, assembleias e conselhos de trabalhadores.Relação de horizontalidade entre os sujeitos.
CONCEPÇÕES SOBRE GESTÃO ESCOLAR JOSÉ CARLOS LIBÂNEO
TÉCNICO CIENTÍFICA. AUTOGESTIONÁRIA DEMOCRÁTICA PARTICIPATIVA
TÉCNICO CIENTÍFICA Hierarquização das funções na escola. A relação entre os sujeitos é verticalizada. Prioriza-se os meios mais do que os fins
pedagógicos (regras, procedimentos, controles)
Assemelha-se aos modelos de gestão empresarial.
AUTOGESTIONÁRIA Ausência de direção centralizadora. Recusa a normas e controles. Auto organização e alternância no exercício
de funções. Crença no poder instituinte da instituição
(vivência da experiência democrática no seio da instituição para expandi-la à sociedade) e recusa de todo o poder instituído.
DEMOCRÁTICA PARTICIPATIVA Baseia-se na relação orgânica entre a direção
e a participação do pessoal da escola. Acentua a importância da busca de objetivos
comuns assumidos por todos. Defende uma forma coletiva de gestão em
que as decisões são tomadas coletivamente e discutidas publicamente.
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA(SILVANA SOUZA E VITOR PARO)
Compreende o trabalho pedagógico como produção não material – produção e consumo se dão simultaneamente, diferente do processo de trabalho cujo o produto é material. Esse conceito defronta as defesas de transposição dos métodos de gestão empresarial na escola.
Tem como perspectiva a emancipação humana, que só é possível na eliminação das relações verticalizadas entre os sujeitos.
Defende a participação de todos os sujeitos da escola (educadores, estudantes e comunidade escolar) na tomada de decisões, na construção, execução e acompanhamento da proposta pedagógica da escola.
A participação da comunidade escolar não deve se resumir ao mero chamado para execução de tarefas, ou ainda, apenas nos espaços formais : reuniões e conselhos.
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA – POSSIBILIDADES A PARTIR DA ANÁLISE DA REALIDADE.
Como a nossa escola está organizada?
Como é a participação dos sujeitos da escola na tomada de decisões?
Como é a participação da comunidade escolar?
Quais são as condições dos trabalhadores da escola e da comunidade para a efetiva participação?
Quais são as condições materiais da escola para a participação cotidiana da comunidade escolar?
Fortalecimento dos órgãos colegiados como instrumentos de participação plena.
Eliminação das relações autoritárias e verticalizadas entre os sujeitos (a democracia participativa exige sujeitos demócráticos).
Pautar a exigência de que a composição dos Conselhos de Educação (nacional e estaduais) e NRE´s seja feita pela escolha direta da comunidade escolar.
Construção coletiva do Projeto Político Pedagógico. Fortalecimento das organizações da classe trabalhadora
(sindicatos,Partidos e associações comunitárias).
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA – POSSIBILIDADES.
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
São os possíveis intrumentos de construção da gestão democrática participativa na escola, desde de que não se tornem apenas uma formalidade ou apenas assumam o caráter meramente representantivo.
INSTÂNCIAS COLEGIADAS Conselho escolar. Órgãos colegiados de representação da
comunidade escolar: APMF e Grêmio Estudantil
Conselho de Classe.
CONSELHO ESCOLAR. Órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino. Instância máxima deliberativa da escola. Composto por representantes da comunidade escolar
e representantes de movimentos sociais organizados, sendo presidido por seu membro nato, o(a) diretor(a) escolar.
O Conselho Escolar tem, como principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos níveis e modalidades de ensino.
As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros: I. diretor (a); II. representante da equipe pedagógica; III. representante da equipe docente (professores); IV. representante dos Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares; V. representante dos Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando; VI. representante dos discentes (alunos e/ou Grêmio Estudantil); VII. representante dos pais ou responsáveis pelo aluno; VIII. representante da Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF; IX. representante dos movimentos sociais organizados da comunidade .
O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois terços) de seus integrantes.
ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários Pessoa jurídica de direito privado, é um órgão
de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado
GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos (função política), incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus membros. A livre organização estudantil é assegurada pela Lei Federal nº 7.398/85 e pela Lei Estadual 11.057/95
CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
O conselho de classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes que atuam numa mesma turma e/ou série e os alunos representantes de turmas, por meio de:
I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);
II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PLANEJAMENTO – Processo coletivo de discussão e de decisão sobre o trabalho pedagógico.
PROJETO – “Lançar-se” adiante, intenção futura a partir da realidade.
PLANO – Registrar e ordenar objetivamente as ações. Sistematização.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Construção coletiva que norteia todo o trabalho da escola. Expressa uma concepção de mundo. É político e pedagógico por expressar uma intencionalidade na formação de homens e mulheres para um tipo de sociedade. Não é um conjunto de planos de ensino e de atividades diversas.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A principal possibilidade de construção do P.P.P. passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria identidade. É um desafio que para ser enfrentando é preciso que todos os sujeitos envolvidos partam de um referencial teórico que subsidie as práticas pedagógicas (marco referencial ou ato conceitual)
CONSTRUINDO O P.P.P.
Ilma Passos:Ato situacionalAto conceitualAto operacionalAvaliação
Paulo PadilhaMarco referencialConfronto com a realidade/ leitura de mundo.Propostas de ações.
ATO SITUACIONAL / LEITURA DE MUNDO
Descreve a realidade da escola; é o desvelamento da realidade política, social e econômica.
Investigação aprofundada da realidade da escola relacionando-a com o mundo, sendo necessária a participação de toda a comunidade escolar.
ATO CONCEITUAL/ MARCO REFERENCIAL
Concepção de sociedade, homem, educação, escola, currículo, ensino e aprendizagem.
Visão de mundo, valores, conceitos.Qual é a escola que sonhamos?
ATO OPERACIONAL/ PROPOSTAS DE AÇÕES
Como realizar a nossa ação. Momento de nos posicionarmos com relação às atividades a serem assumidas para transformar a realidade da escola.
Definição dos compromissos a serem assumidos pela escolar para mudar a realidade contida na “leitura de mundo”. Ações concretas, linhas de ação, atividades permanentes.
AVALIAÇÃO DO P.P.P.
É vista como ação fundamental para correções, aprimoramento ou novas definições da prática pedagógica.Momento de verificar se as práticas previstas foram concretizadas.
SABERES ESCOLARES: MÉTODO DIDÁTICO E AVALIAÇÃO
José Carlos Libâneo.DIDÁTICA: A Didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, no qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se relacionam entre si de modo a criar as condições e os modos de garantir aos alunos uma aprendizagem significativa.
Trata dos objetivos, condições e meios de realização do processo de ensino, ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio-políticos. Não há técnica pedagógica sem uma concepção de homem e de sociedade, como não há concepção de homem e sociedade sem uma competência técnica para realizá-la educacionalmente.
MÉTODOS DIDÁTICOSEstão relacionados com as tendências pedagógicas. Os métodos são determinados pela relação objetivo-conteúdo, sendo os meios para alcançar objetivos gerais e específicos de ensino.É importante entender que cada ramo do conhecimento desenvolve seus próprios métodos, observa-se então métodos matemáticos, sociológicos, pedagógicos, entre outros. Já ao professor em sala de aula cabe estimular e dirigir o processo de ensino utilizando um conjunto de ações, passos e procedimentos que chamamos também de método.
MÉTODOS DIDÁTICOS
Porém o ensino é uma tarefa socialmente condicionada; ele envolve mais do que a transformação das bases das ciências em matérias de ensino.O ensino das matérias, é praticado dentro de condições sociais e históricas determinadas. Além de ser uma tarefa prática, real, definida, de natureza técnica, implicando o domínio de conteúdos, métodos, formas de organização do ensino, é simultaneamente uma tarefa ideológica, é um exercício político.
MÉTODOS DE ENSINO
Expositivo Trabalho independente Elaboração conjunta Trabalho em grupo Atividades especiais
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Cipriano Luckesi – Crítica ao exames escolares. A escola ainda não avalia a aprendizagem do aluno, mas o examina. Mudamos o nome mas não mudamos a prática. Os exames são excludentes e classificatórios; operam com desempenho final. Desconsideram o processo, a construção do conhecimento.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Avaliação é meio e não fim. O ato de avaliar dá-se em três passos fundamentais:
primeiro, constatar a realidade; segundo, qualificar a realidade constatada; terceiro, tomar decisão, a partir da qualificação efetuada sobre a realidade constatada, tendo por pano de fundo uma teoria pedagógica construtiva.
o ato de avaliar, por ser diagnóstico, tem por objetivo subsidiar a permanente inclusão do educando no processo educativo, tendo em níveis cada vez mais satisfatórios da aprendizagem
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
J. C. Libâneo – A avaliação ainda é utilizada como forma de controle (disciplinar, social).A avaliação deve ser entendida como um ato pedagógico. Nesse sentido: Reflete a unidade objetivo-conteúdo-método Possibilita a revisão do plano de ensino. Ajuda a desenvolver capacidades e
habilidades. Ajuda na autoavaliação do professor.