Gestão do Capital de Giro - aula 04

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1 AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO AULA 04 CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (CDG); ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS EM CAPITAL DE GIRO; SALDO DE TESOURARIA; AUTOFINANCIAMENTO. GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

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Gestão do Capital de Giro - aula 04

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1AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

AULA 04CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (CDG);

ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS EM CAPITAL DE GIRO; SALDO DE TESOURARIA; AUTOFINANCIAMENTO.

GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

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2 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

APRESENTAÇÃO

Muitos empresários imaginam que ao aumentarem o volume de vendas o lucro também aumentará. Será isso uma verdade absoluta? Se a resposta for não, por que essa relação, aparentemente direta, não ocorre?

Todaequalquerempresanecessitadeinformaçõesconfiáveisparaatomadadedecisões, principalmentefinanceiras.Neste tópico conheceremos ferramentasque sãopoderosas fontes de informações que o auxiliarão nesta importante tarefa.

CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO - CDG

Asempresas,independentementedotamanhoouramoemqueatuem,precisaminvestirnogirodosseusnegócios,representadospelanecessidadedecapitaldegiro,querefleteovolumedevendasdaempresaeoseuciclofinanceiro.

Esses investimentos devem ser vinculados diretamente à Missão da empresa. É aconselhávelqueaempresabusquefinanciaressesinvestimentosnogirodeseusnegócios,permanentesede longoprazo,comrecursosque tenhamcaracterísticassemelhantes.Tais recursos estão posicionados no BP, nas contas que representam as fontes de longo prazoàdisposiçãodaempresa,esãocompostospelopatrimôniolíquidoepeloexigívela longo prazo. Fontes, essas, que são utilizadas prioritariamente para o atendimento das aplicaçõesdelongoprazodaempresa,esomenteosaldorestanteéqueestarádisponívelpara atender as demais necessidades.

DessaformaaNCGdeveser,preferencialmente,financiadapelosaldolíquidodasfonteseaplicaçõesdelongoprazo.AestesaldodenominamosCapitaldeGiro–CDG.

C.D.G. = FONTES PERMANENTES - APLICAÇÕES PERMANENTES

O Capital de Giro também é um conceito econômico - financeiro e não umadefiniçãolegal,constituindoumafonte de fundos permanente utilizada para financiar a Necessidade de Capital de Giro da empresa.

OCapital deGiro apresenta-se razoavelmente estável ao longo do tempo, emrazãodesercompostoapartirdecontaspermanentes.OCapitaldeGirodiminuiquando

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3AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

a empresa realiza novos investimentos em bens do ativo permanente (aumento dos imobilizados).

Todavia,essesinvestimentossão,emgeral,realizadosatravésde“Autofinanciamento”(empréstimosemlongoprazo,aumentodocapitalemdinheiroelucroslíquidos)queporsuavez,aumentamoCapitaldeGiro(aumentodasfontespermanentes)compensando,aproximadamente, a diminuição provocada pelos novos investimentos.

O Capital de Giro pode ser negativo.Nestecaso,asaplicaçõespermanentessãomaioresdoqueasfontespermanentes,significandoqueaempresafinanciapartedeseuativo permanente com fundos de curto prazo. Embora esta condição aumente o risco de insolvência, a empresa poderá se desenvolver, desde que sua Necessidade de Capital de Giro seja, também negativa.

APLICAÇÕES ANO X FONTES ANO XAPLICAÇÕESERRÁTICAS FONTESERRÁTICAS

Caixa 1.852 Empréstimos bancários deC.P.

5.258

Bancos–Contamovimento

232.320

AplicaçõesFinanc.C.P 22.833

Subtotal 257.005 Subtotal 5.258APLICAÇÕESCIRCULANTES

FONTESCIRCULANTES

Clientesareceber

a vencer

640.631 Fornecedores a

pagar a vencer

44.526

Clientesarecebervencidos

5.260 Fornecedores a

pagar vencidos

1.500

Adiantamentos a Funcionários

1.881 Adiantamento de clientes

4.145

Adiantamentos a Fornecedores

3.330 Salários a pagar 3.500

Impostos a recuperar 5.400 Inss, Fgts, Férias

e 13º a pagar

29.460

Estoque de

Matéria-Prima

0 Impostos a pagar 55.007

Estoque Produto em elaboração

0

Estoque de Produto Acabado

265.726

Subtotal 922.228 Subtotal 138.138

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4 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

APLICAÇÕESPERMANENTES

FONTESPERMANENTES

ClientesareceberL.P 73.069 Fornec.+ Encs.+ impostos L.P.

58.018

Investimentos em

outras Empresas

3.102 Empréstimos bancários de L.P.

5.250

Imóveis 50.000 EmpréstimosNÃObancários L.P

0

Máquinas e Equipamentos

17.532 Capital+lucrosacumulados

1.376.376

Veículos 121.975

Móveis,Computadores 138.129

Subtotal 403.807 Subtotal 1.439.644Total das Aplicações 1.583.040 Total das Fontes 1.583.040

CDG=Fontespermanentes–Aplicaçõespermanentes

CDG=1.439.644,00–403.807,00=1.035.837,00

A empresa, representada pelo Balanço Patrimonial constante do exemplo, apresenta CDGaltamentepositivo,pois suas fontespermanentes sãomaioresqueas aplicaçõespermanentes. Podemos presumir que boa parte dessas fontes é composta pelos lucros acumulados,oquepodeserumaboasituaçãoparaaempresa.Ressalta-seainda,queaNCGénegativa.

CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO – CDG

FONTESDE(menos)

APLICAÇÕESDE

LONGOPRAZOLONGOPRAZO

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5AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

CDG

POSITIVONEGATIVO

FONTEAPLICAÇÃO

Conheceradequadamenteos fundamentosdaadministraçãodocapitaldegiroéessencialparaqualquerprofissionalenvolvidocomagestãodeempresas,sejacomoempregado, prestador de serviços ou consultor. São noções que, por guardarem estreita relaçãocomasoperações,tornam-semuitointuitivasedeabsorçãorelativamentefácil.Porcausadisso,sãodemuitautilidadecomoorientaçãopráticaparaasaçõesdodia-a-dia e devem, portanto, fazer parte dos conteúdos dos programas de treinamento básicos da organização.

O assunto é de extrema utilidade também para os empresários, não importando o tamanhodo seu negócio. A integraçãodos efeitos de ampla gamadedecisões denatureza operacional e financeira emumnúmero relativamente pequenode variáveisrelevantes cria a possibilidade de se avaliar com relativa simplicidade e rapidez os seus impactos mais relevantes. Essa perspectiva integrada é especialmente interessante para aquelesquenãopossuemformaçãofinanceiraouquenãodispõemdesserecurso,naqualidade requerida, em suas empresas. Por outro lado, a disponibilidade de informações sobre diversos aspectos do funcionamento da organização estruturadas sob o prisma da suasituaçãodeliquidezefluxodecaixapermiteaidentificaçãodepontosdemelhoriacom impacto relevante na criação de valor e na riqueza dos proprietários.

Do ponto de vista estratégico, a missão da administração do capital de giro pode ser sintetizada em três pontos principais:

1. Manteroequilíbriofinanceirodaempresa,comfoconasituaçãodeliquidez.

2. Contribuir para a expansão das suas atividades, viabilizando o crescimento daorganizaçãosemaumentarsignificativamenteoriscofinanceiro.

3. Capacitaraempresa,dopontodevistafinanceiro,pararesponderadequadamenteadesafioseoportunidadesqueoambientecompetitivoeemconstantemudançapossaoferecer.

Aimplementaçãodessesobjetivosérealizadaatravésdaadministraçãodastrêsvariáveis-chaves–NCG,CDGeT.

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6 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS EM CAPITAL DE GIRO

Quando a atividade operacional da empresa cria um fluxo de saídas de caixamaisrápidoqueodaentrada(ciclofinanceiroalongado),identifica-seclaramenteumanecessidade permanente de investimento em seu giro, que é apurada pela diferença entre asAplicaçõeseFontescirculantes–NCG,tambémconhecidaporNIG–NecessidadedeInvestimentoemCapitaldeGiro.

Deve-se observar que o nível necessário de investimento em capital de giro éinfluenciadopelo ciclo financeiroda empresa, ocorrendomaior demandade recursosquantomais longoseusprazosseapresentam.Concedermaioresprazosdecobrança,porexemplo,elevamaNIG.

Alteraçõesproduzidasnasfasesoperacionaistambémmodificamovolumedecapitalnecessárioaogiro.Aoseverificaremreduçõesnosprazosdepagamentosafornecedores,ou acréscimos nos prazos de estocagem e cobrança, o investimento necessário em capital degiroeleva-se,indicandomaiordemandaporrecursospermanentesdefinanciamento.

O investimentoemgirodependetambémdovolumedenegóciosdaempresa,ouseja,desuasvendas.Emverdade,quantomaiorocrescimentodasvendas,maiorasnecessidades de recursos aplicados em ativos circulantes operacionais.

Numasituaçãodeelevaçãodoinvestimentonecessárioemgiro,éimportantequea empresa gere recursos de caixa provenientes de suas operações de modo a poder financiar estamaior demandapor recursos operacionais permanentes. Se os recursosgerados internamentenão foremsuficientesparacobrirestasnecessidadesadicionais,deve a empresa recorrer a empréstimos de longo prazo ou a novos aportes de capital acionáriodeformaapreservarseuequilíbriofinanceiro.

Umaferramentacapazdesinalizarcomcertograudeconfiabilidadeseaempresa,ao projetar aumento das vendas para um próximo período, sustentará os acréscimosnecessáriosdecapitaldegiro,chama-seMétodo Percentual sobre Vendas.

OMétodo Percentual sobre Vendas, para projeção do capital de giro, temporbase a Receita Operacional estimada para o exercício seguinte. Utiliza percentagensrepresentativasdosvalorescontábeisdoscomponentesdasAplicaçõesCirculantesedasFontesCirculantesemrelaçãoàbase,representadapelomontantedasvendasdoúltimoperíodo.

O método pressupõe que o aumento das vendas requer aumentos proporcionais deprodução,quepor suavez,demandammaior consumodematéria-prima,maioresinvestimentosemduplicatasareceber(seaempresavendeaprazo),etc.,ouseja,todosos componentes de capital de giro crescem na mesma proporção em função do aumento das vendas.

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7AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

Passamos, então, para a explicação do funcionamento do método:

1. DetermineopercentualquecorrespondeacadacomponentedoCirculante,tantodasAplicaçõesquantodasFontes,sobreasVendastotaisdoúltimoexercício;

2. Defina a estimativa de vendas para o próximo exercício, assim como taxa delucratividadeantesdoimpostoderenda.Deacordocomovalorhaveráumaalíquotadeimposto de renda a pagar, que deverá ser considerada. Mesmo caso para empresas que façamdistribuiçãodedividendos,ouseja,considerarapolíticadaempresanadefiniçãodopercentualaserdistribuído.

3. Sobre adiferença, em reais, das vendasdoúltimoexercício eda estimativadevendasparaopróximoexercício,apliqueopercentualobtidodadiferençaentreaplicaçõescirculantesefontescirculantes.Talpercentualrepresentaocapitaldegirodisponível,eoresultadodessaaplicaçãoindicaanecessidadefinanceirapeloincrementodasvendas.

4. Sobreaprojeçãodasvendasapliqueataxadelucratividadeesperada,paraindicarolucrolíquido.DesconteoIReosDividendoseteráovalordolucrodisponível.Casosejamaiorqueanecessidadefinanceirapeloincrementodasvendas,indicaráqueoaumentodas vendas sustentará os acréscimos necessários de capital degiro. Caso contrário, aempresadeverádecidirasmelhoresalternativasparasolucionaroproblema.

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8 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

Estrutura do capital de giro atual:

APLICAÇÕES CIRCULANTES

R$ FONTES CIRCULANTES R$

Disponível 1.000,00 Fornecedores 3.000,00Duplicatas a receber 8.000,00 Bancos 5.000,00

Estoques MP 3.000,00 Contasapagar 1.000,00Estoques Prod. em curso 2.500,00

(-)Duplicatasdescontadas

2.500,00

Estoques produtos acabados

6.000,00

TOTAL AC 18.000,00 TOTAL FC 9.000,00Vendas do último exercício: 50.000,00

1) Determinar o percentual de cada componente do circulante sobre as vendas totais doúltimoexercício:

APLICAÇÕES CIRCULANTES

% FONTES CIRCULANTES %

Disponível 2% Fornecedores 6%Duplicatas a receber 16% Bancos 10%

Estoques MP 6% Contasapagar 2%(-)Duplicatasdescontadas

5%

Estoques produtos acabados

12%

Estoques Prod. Em curso 5%

TOTAL AC 36% TOTAL FC 18%

Adiferençaentreaplicaçõesefonteséde18%,constituindo-senoCapitaldeGirodisponível.

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9AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

2) Asmetasoperacionaisparaopróximoexercíciosãoasseguintes:

• Estimativadevendas: R$70.000,00

• Taxadelucratividade,antesdoIR: 20%

• ImpostodeRenda: 30%

• Dividendos 50%

AestimativadevendasfoifixadaemR$70.000,00eataxadelucratividadedesejadaé20%.Oimpostoderendaaserpagoatingirá30%,eserãodistribuídosdolucrolíquido50% aos acionistas.

A pergunta é: O aumento das vendas previstas em 40% sustentará os acréscimos necessários de capital de giro?

3) Necessidadefinanceirapeloincrementodevendas:

R$70.000,00–R$50.000,00=R$20.000,00

R$20.000,00x18%(CDG)=R$3.600,00

SignificaqueaempresairáapresentarumanecessidadeadicionaldeR$3.600,00emcapitaldegiroparasuportaroaumentodanecessidadedematéria-prima,demaisinsumos de produção, despesas diversas, etc.

4) Apuraçãodolucrodisponível:

• LucroLíquidoprojetado:R$70.000,00x20%=R$14.000,00

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10 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

• LucroDisponível:

LucroLíquidoR$14.000,00

(-)IR (R$4.200,00)

(=)LucroantesIR R$9.800,00

(-)Dividendos R$4.900,00(50%dolucro)

(=)LucrodisponívelR$4.900,00

Percebe-seentão,queoaumentodasvendassustentaráosacréscimosnecessáriosdecapitaldegirocomuma“folga”deR$1.300,00(4.900,00–3.600,00).

OutraformadeanalisarmososinvestimentosemcapitaldegiroéapartirdoCicloFinanceiro.

Notópico3estudamososciclosoperacionaisdeumnegócioeanecessidadedecapitaldegiro.Aoestudarmosociclofinanceiro,observou-seaexistênciadeumperíodoem que a atividade operacional da empresa demanda uma necessidade permanente de recursos, capazdecobrirapartedos investimentosoperacionaisnãofinanciadapelasrespectivasfontes.Éexatamenteestademandalíquidadefinanciamentoquesedenomina,conformesedemonstrou,Necessidadedecapitaldegiro.

Assim, a NCG é dimensionada a partir do ciclo financeiro da empresa. Parademonstrarmos seu funcionamento, considere as informações de uma empresa quaisquer referentes a um quadrimestre:

APLICAÇÕES CIRCULANTES R$ FONTES CIRCULANTES R$Duplicatas a receber 7.500 Fornecedores 4.000

Estoques: Despesas operacionais a pagar 400

Estoques MP 400

Estoques Prod. Em curso 700

Estoques produtos acabados 1.050

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11AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

Outras informações em relação ao quadrimestre:

• Vendas=R$15.000,00

• CustodoProdutoVendido(CPV)=R$7.000,00

• Matéria-primaconsumida=R$1.600,00

• Comprasrealizadas=R$6.000,00

• DespesasOperacionais=R$2.400,00

A partir dessas informações podemos elaborar a seguinte fórmula genérica decálculodaNCGemnúmerodedias:

NCG = (PME+PMF+PMV+PMC) – (PMPF+PMPD)

Jásabemososignificadodecadacomponenteacima,eagorairemosapurarcadaum deles:

PME – Prazo Médio de Estocagem das matérias-primas

PME=EstoquedeMP/ConsumodeMPxnºdiasperíodo

PME=400/1.600x120

PME=30dias

PMF – Prazo Médio de Fabricação

PMF=EstoqueProd.Processo/custoprod.Elaboradosx120

PMF=700/7.000x120

PMF=12dias

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12 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

PMV – Prazo Médio de Vendas

PMV=EstoqueProdutosAcabados/CustoProd.Vendidox120

PMV=1.050/7.000x120

PMV=18dias

PMC – Prazo Médio de Cobrança

PMC=Duplicatasareceber/Vendasx120

PMC=7.500/15.000x120

PMC=60dias

PMPF – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores

PMPF=Fornecedoresapagar/Comprasx120

PMPF=4.000/6.000x120

PMPF=80dias

PMPD – Prazo Médio de Pagamento de Despesas operacionais

PMPD=Despesasapagar/Despesasincorridasx120

PMPD=400/2.400x120

PMPD=20dias

CicloFinanceiro=CicloOperacional–PMPF

CicloFinanceiro=120–80

Ciclo Financeiro = 40 dias

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13AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

Vejamososciclosfinanceiros,operacionaiseeconômicosnográficoabaixo:

Nosprimeiros30diasaempresaresolveinvestiremmatéria-prima,mantendo-aemestoque por um mês para então serem entregues à produção. Em seguida, aplica recursos durante12diasnoprocessoprodutivo.Do42ºdiaatéo60ºdiaéoperíodoinvestidonaestocagem dos produtos acabados, que demoram 18 dias para serem vendidos. Durante 80diasaempresasefinanciaeliquidaasdespesasoperacionaisemprazomédiode20dias.

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14 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

Método Percentual sobre as Vendas

%dasAplicaçõesCirculantes

(sobre vendas)

%dasFontesCirculantes

(sobre vendas)

menos

igual

PercentualdeCDGdisponível

Aplicado no aumento previsto das vendas

que

Indicaanecessidadefinanceira

Calcula-seolucrodisponívelprojetado(descontando-seoIRedistribuindo

dividendos)

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15AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

SALDO DE TESOURARIA - T

Denomina-sede“aplicação errática” (de errante, mutante, resultante) as contas erráticas das aplicações, e de “fonte errática” as contas erráticas das fontes. O Saldo de Tesouraria(T)define-secomoadiferençaentreasaplicaçõeserráticasefonteserráticas:

T = APLICAÇÕES ERRÁTICAS - FONTES ERRÁTICAS

O Saldo de Tesouraria (T) representa também um valor residual correspondente à diferençaentreoCapitaldeGiroeaNecessidadedeCapitaldeGiro.

T = C.D.G - N.C.G

SeoCapitaldeGiro for insuficienteparafinanciaraNecessidadedeCapitaldeGiro,oSaldodeTesourariaseránegativo.Nestecaso,asfonteserráticasserãomaioresdoqueasaplicaçõeserráticas,indicandoqueaempresafinanciapartedaNecessidadedeCapitaldeGiroe/ouaplicaçõespermanentescomfundosdecurtoprazo,aumentando, portanto seu risco de insolvência.

Se o Saldo de Tesouraria for positivo, a empresa disporá de fundos de curto prazo quepoderão,porexemplo, ser aplicadosem títulosde liquidez imediatadomercadofinanceiro,ouemoutrosativos,aumentandoassimamargemdesegurançafinanceira.

É importante observar que um Saldo de Tesouraria positivo e elevado não significa necessariamente uma condição desejável para as empresas; pelo contrário,podesignificarqueaempresanãoestáaproveitandoasoportunidadesdeinvestimentospropiciadasporsuaestruturafinanceira,casoemqueoSaldodeTesouraria“engorda” porfaltadeumaestratégiadinâmicadeinvestimentose/ouporexcessodecapitalemfunçãodotamanhoeconômicodaempresa,casoemquedeveráserconsideradaapolíticadeutilizaçãodoslucroslíquidos.

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16 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

O ciclo econômico e a rentabilidade das empresas conferem a seus balanços um aspectoparticularquepermiteenquadra-losemumdosquatrotiposdescritosaseguir:

Tipo 1

T

CDG

Anecessidadedecapitaldegiroémaiordoqueocapitaldegiro–NCG>CDG,porisso,oSaldodeTesourariaénegativo.Aempresafinanciapartedesuanecessidadedecapitaldegirocomcréditosacurtoprazo.EstasituaçãonãoégravequandoaNCGapresenta-setemporariamenteelevada,comonocasodeumaempresaqueprolongaaestocagemdeseusprodutos,afimdesebeneficiardeumaumentoesperadonospreçosdevendas.Poroutrolado,aliquidezdaempresaestaráameaçada–estandoaNCGemseunívelnormal–seseuscréditosacurtoprazonãoforemrenovados.

Tipo 2

T

CDG

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17AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

Admitindo-sequeaNCGestejaemseunívelnormal,oTipo2revelaumaestruturafinanceirasólida,vistoquedispõedeumSaldodeTesourariapositivoquelhepermiteenfrentar os aumentos temporários da NCG. Juntamente com o Tipo 1 são os queaparecem na prática com maior freqüência.

Tipo 3

T

CDG

Configuraumaestruturafinanceiratípicadeempresaquelutaporsuasobrevivência.AsempresastendemadesaparecerousobrevivemgraçasàajudadoEstado.Defato,aempresaapresentariscodeinsolvênciaelevado,poisfinanciasuasaplicaçõespermanentesdefundos(NCGepartedoativopermanente)comfundosdecurtoprazoquepodemnãoser renovados.

Tipo 4

T

CDG

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18 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

O tipo 4, embora apareça com menor freqüência na prática, merece ser analisado.Amaioriadasempresasqueoapresentadedica-seàdistribuiçãodemercadoriasquesãovendidasàvistaeadquiridasaprazo.Ossupermercadosencontram-senessasituação.Asuaposiçãofinanceiraéexcelentequandoasvendasaumentam,podendotornar-seinquietantequandodiminuem.Émaisfácilentenderesseponto,analisando-seo impacto de um aumento ou diminuição das vendas sobre as empresas do Tipo 1 e Tipo 4,mantendoconstantesasdemaisvariáveisqueafetamaNCG.

TIPO 1

• Oaumentodasvendasduranteoexercícioaumentaocapitaldegiroeanecessidadede capital de giro. O capital de giro aumenta devido aos fundos gerados internamente, que, em geral, aumentam quando as vendas aumentam. A necessidade de capital degirotambémaumenta,pois,admitindo-sequearelaçãoNCG/Vendaspermaneçaconstante, uma variação positiva das vendas provoca uma variação proporcional e positivanaNCG.Asvariações∆NCGe∆CDGsendoambaspositivasprovocamumavariação(∆T)relativamentepequenanoSaldodeTesouraria.Avariação∆Tserápositivaquando∆CDG>∆NCGenegativaquando∆CDG<∆NCG.

• Nocasodeumadiminuiçãodasvendas,aNCGdiminui,enquantooCDGdiminui(casoocorraprejuízoconsiderávelnoexercício)ouapresentaumpequenoaumento.Asvariações∆NCGe∆CDGprovocamumavariaçãorelativamentepequenanoSaldodeTesourariaquepoderáserpositivaounegativa.Se∆CDG<0e∆NCG<0,avariação∆Tseránegativase∆CDG>∆NCG,epositivase∆CDG<∆NCG;se∆CDG>0e∆NCG<0,avariação∆Tserápositiva.

TIPO 4

• Oaumentodasvendasduranteoexercícioaumentaocapitaldegiroeaumenta,emvalorabsoluto,aNCG.ComoaNCGénegativa,constituindo,portanto,umafontedefundos,asvariações∆NCGe∆CDGprovocamumaumentosubstancialnoSaldode Tesouraria.

• No caso de uma diminuição das vendas, a NCG diminui, em valor absoluto,enquantooCDGdiminui(ocorrendoprejuízoconsiderávelnoexercício)ouapresentaum pequeno aumento.

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19AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

APLICAÇÕES ANO X FONTES ANO XAPLICAÇÕESERRÁTICAS FONTESERRÁTICAS

Caixa 1.162 EmpréstimosbancáriosdeC.P. 12.000Bancos–Contamovimento 72.216

AplicaçõesFinanc.C.P 213.877

Subtotal 287.255 Subtotal 12.000APLICAÇÕESCIRCULANTES FONTESCIRCULANTES

Clientesareceberavencer 562.289 Fornecedores a pagar a vencer 22.973Clientesarecebervencidos 6.450 Fornecedores a pagar vencidos 10.500

Adiantamentos a Funcionários

927 Adiantamento de clientes 9.265

Adiantamentos a Fornecedores

1.398 Salários a pagar 4.000

Impostos a recuperar 8.311 Inss, Fgts, Férias e 13º a pagar 21.517Estoque de

Matéria-Prima

0 Impostos a pagar 35.241

Estoque Produto

em elaboração

0

Estoque de Produto Acabado

235.125

Subtotal 814.500 Subtotal 103.496APLICAÇÕESPERMANENTES FONTESPERMANENTES

ClientesareceberL.P. 25.327 Fornec.+ Encs.+ impostos L.P. 55.352Investimentos outras

Empresas5.458 Empréstimos bancários de L.P. 4.200

Imóveis 58.000 EmpréstimosNÂObancáriosL.P

0

Máquinas e Equipamentos 14.659 Capital+lucrosacumulados 1.317.446Veículos 121.975

Móveis,Computadores 165.320

Subtotal 390.739 Subtotal 1.376.998Total das Aplicações 1.492.494 Total das Fontes 1.492.494

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20 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

TESOURARIA (T) ANO XSaldoemcaixa(R$+US$+VT+VR+) 1.162+ Saldos de bancos em conta corrente 72.216+Aplicaçõesfinanceirasdecurtoprazo 213.877

Subtotal (I) 287.255Empréstimos bancários de curto prazo 12.000

+ Empréstimos não bancários de curto prazo, exceto mútuos

+ Descontos de duplicatas, vendor, etc.

Subtotal (II) 12.000= TESOURARIA (subtotal I - subtotal II) 275.255

CDG=Fontespermanentes–aplicaçõespermanentes=986.259

NCG=Aplicaçõescíclicas–Fontescíclicas=711.004

PodemosclassificaroBalançopatrimonialacimacomosendodoTipo2.

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21AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

Balanço Tipo 1 Balanço Tipo 2

CDG>0(nopassivo)CDG>0(nopassivo)

NCG>0(noativo)NCG>0(noativo)

T<0(nopassivo)T>0(noativo)

Balanço Tipo 3 Balanço Tipo 4

CDG<0(noativo)CDG>0(nopassivo)

NCG>0(noativo)NCG<0(nopassivo)

T<0(nopassivo)T>0(noativo)

O valor de T é resultante dos valores assumidos pelo CDG e pelaNCG. Dessaforma,administrarosaldodetesourariasignificaadministraraNCGeoCDG,porqueocomportamento do saldo de tesouraria é decorrente do que acontece com essas duas variáveis. E as evidências do que acontece com elas podem ser encontradas nas contas financeirasdecurtoprazoqueformamT,principalmentenositensquerepresentamasdisponibilidades(caixa,bancoseaplicaçõesfinanceiras)enositensquerepresentamasexigibilidades decorrentes da contratação de recursos de curto prazo (empréstimos e financiamentos,debêntures).

ÉnecessárioqueoslimitesimpostosparaTcomofontedefinanciamentosejamobservadosequeluzesamarelasoumesmovermelhassejamacesassemprequeoefeitotesourapossasedesenvolver.Quando issoocorre, tem-seuma indicaçãodequealgonãoestábemnagestãodaNCGoudoCDGequealgumacoisapodeestarsaindoforade controle. Evidentemente que algumas ações táticas de curto prazo serão necessárias para viabilizar a estratégia aprovada pela empresa, mas devem se referir a iniciativas que busquemviabilizarasmetasdefinidasparaoperíodoedevemseraelassubordinadas.

De modo geral, ambientes econômicos de elevada incerteza com mudanças rápidas e inesperadas recomendam que seja praticado o conservadorismo financeiro,oquesignificafugirdosempréstimosdecurtoprazoemanterumasólidaposiçãodeliquidez.

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22 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

AUTOFINANCIAMENTO

O Autofinanciamento é fundamental para o financiamento das atividades daempresa, principalmente se ela tem planos de crescer. Uma situação deficiente nesteaspecto irá sempre representar um grave impedimento, uma ameaça ao futuro da organização,queirásempredependerdosrecursosfornecidospelosacionistaseórgãosfinanciadores.ÉoAutofinanciamentoquealavancaocrescimentodoCDG,queéumfatoressencialparasealcançarumaposiçãodeliquidezsatisfatória.

O Autofinanciamento (fluxo de caixa positivo) pode ser considerado

como o motor da empresa, ou seja, sua capacidade de gerar CAIXA.

• Destinadaaproduzireatrocarbenseserviços,aempresasópodedesempenharconvenientemente seu papel sob dupla condição

1. Aobtençãodeumresultadoeconômicosuficienteparagarantirasadaptaçõeseocrescimentonecessáriosemumcontextoconcorrencialemconstanteevolução;

2. Abuscadeumequilíbriofinanceiropermanente.

• EntendemoscomoAutofinanciamentoouFluxodeCaixa,osomatóriodoseventosgeradores de recursos através da atividade da empresa, ou seja, é a variação da Tesouraria.

• OAutofinanciamento(leia-sevariaçãodaTES)representaacapacidade de fazer caixaqueaempresapossui-fatormaisqueimportanteemambientescomouseminflação.

“Oriente-se pelo caixa e não deixe que regras contábeis

obsoletas distorçam o processo de decisão”.

TotalCashManagement

Alfred M. King

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23AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

ParaverificarmosaGeraçãodecaixa(GCX),partimosdoLucroBrutoOperacional(LBO)queéumamedidadofluxodecaixageradopelasoperações,eseuresultadoédistribuídoentreosbancos,ogovernoeosacionistas.AGeraçãodeCaixa(GCX)representaumaavaliaçãodaparcelaquecoubeaosproprietários,eéobtidadiminuindo-sedoLBOovalordasdespesasfinanceirasedosimpostos.

Émuitoimportantequeaempresadisponhaderecursosgeradosinternamentequepossam ser direcionados para o reinvestimento na manutenção e no crescimento de seus negócios.OAutofinanciamentotemporobjetivoavaliarestepotencial.ÉdeterminadoatravésdadiminuiçãodaGeraçãodeCaixanovalordosdividendosdistribuídos.

AtotalidadedaGeraçãodeCaixapoderánãoestardisponível,porquepartedelajáseencontracomprometidacomofinanciamentodasatividadesatravésdocrescimentodaNCG.Umaavaliaçãodofluxodecaixalivreparaoacionistapoderáserobtidadeduzindo-sedaGCXovalordavariaçãodaNCGnoperíodo.

Vamos assumir os valores descritos abaixo:

DESCRIÇÃO R$ MILHÕES % % RECEITA LÍQUIDAReceita Operacional

Bruta9.550 118,3%

(-)Deduções (1.475) -18,3%

Receita Operacional Líquida

8.075 100,0% 100,0%

(-)CPVouCMV (5.805) -71,9%

Lucro Bruto 2.270 28,1%

(-)DespesasOperacionais

(1.988) -24,6%

Lucro Operacional 282 3,5%

(+) Depreciações 330 4,1%

(+) Despesas Financeiras (3) 0,0%

Lucro Bruto Operacional

615 7,6% 7,6%

(-) Variação da NCG 300 48,8% 3,7%Fluxo de caixa

operacional315 51,2% 3,9%

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24 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

Uma importantemedida de desempenho é o Fluxo de caixa operacional, quealcançouR$315milhões,ou3,9%dareceita líquida.OcrescimentodaNCGabsorveucercade49%doLBO,necessáriosaofinanciamentodogirodosnegóciosnoperíodo.Emalgunscasos,quandoasvendascrescemmuitoouociclofinanceirofogeaocontrole,oLBOpodesertotalmenteexauridopelavariaçãodaNCG,tornandoaoperaçãodeficitáriaem termos de caixa.

DESCRIÇÃO R$ MILHÕES % % RECEITA LÍQUIDALucro Bruto Operacional 615 100,0%

(-)Despesasfinanceiras (3) 0,5%

(-)IR+CSSL (18) 2,9%

Geração de Caixa 594 96,6% 7,4%(-)Dividendos 61 10,3%

Autofinanciamento 533 89,7% 6,6%

A empresa em questão foi capaz de gerar caixa e, após distribuição feita aosacionistas,obteveumresultadopositivonoseuautofinanciamento.

Operações

Resultado

Operacional

Lucro Bruto

Operaional

Distribuição

Despesas Financeiras

IR+CSSL

Geração de caixa Autofinanciamento

Dividendos

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25AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

Contextos econômicos modernos de concorrência de mercado exigem dasempresasmaior eficiência na gestão de seus recursos, não cabendo indecisões sobreo que fazer com eles. Sabidamente, uma boa gestão dos recursos financeiros reduzsubstancialmente a necessidade de capital de giro, promovendo maiores lucros pela reduçãoprincipalmentedasdespesasfinanceiras.

Em verdade, a atividade financeira de uma empresa requer acompanhamentopermanentedeseusresultados,demaneiraaavaliarseudesempenho,bemcomoprocederaosajustesecorreçõesnecessários.Oobjetivobásicoda funçãofinanceiraéproveraempresaderecursosdecaixasuficientesdemodoarespeitarosvárioscompromissosassumidos e promover a maximização da riqueza.

Énestecontextoquesedestacaofluxodecaixacomoinstrumentoquepossibilitaoplanejamentoeocontroledosrecursosfinanceirosdeumaempresa.Gerencialmente,éindispensávelaindaemtodooprocessodetomadadedecisõesfinanceiras.

1) Combasenasinformaçõesconstantesdatabelaabaixo,calculeoLBO,aGCXeoAutofinanciamento.(IR+CSSLigualaR$22milhões,Dividendosde30%)

DESCRIÇÃO R$ MILHÕES % % RECEITA LÍQUIDAReceita Operacional Bruta 12.360

(-)Deduções (2.873)

Receita Operacional Líquida

(-)CPVouCMV (7.420)

Lucro Bruto

(-)DespesasOperacionais (2.391)

Lucro Operacional

(+) Depreciações 500

(+) Despesas Financeiras (4)

Lucro Bruto Operacional

(-) Variação da NCG 400

Fluxo de caixa operacional

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26 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

2) CombasenoBalançoPatrimonialabaixo,aponteaNCG,oCDG,aTesourariaeclassifique-odeacordocomos“tipos”vistosanteriormente.

APLICAÇÕES ANO X FONTES ANO XAPLICAÇÕES ERRÁTICAS FONTES ERRÁTICAS

Caixa 1.500 EmpréstimosbancáriosdeC.P. 15.000

Bancos–Contamovimento 53.701

AplicaçõesFinanc.C.P 192.000

Subtotal 247.201 Subtotal 15.000APLICAÇÕES CIRCULANTES FONTES CIRCULANTES

Clientesareceberavencer 585.029 Fornecedores a pagar a vencer

29.026

Clientesarecebervencidos 15.000 Fornecedores a pagar vencidos 7.500Adiantamentos a Funcionários 3.398 Adiantamento de clientes 3.658

Adiantamentos a Fornecedores

24.282 Salários a pagar 4.200

Impostos a recuperar 7.542 Inss, Fgts, Férias e 13º a pagar

22.091

EstoquedeMatéria-Prima 0 Impostos a pagar 35.961Estoque Produto em

elaboração0

Estoque de Produto Acabado 191.369

Subtotal 826.620 Subtotal 102.436APLICAÇÕES

PERMANENTESFONTES PERMANENTES

ClientesareceberL.P. 65.312 Fornec.+ Encs.+ impostos L.P. 42.360Investimentos outras

Empresas6.532 Empréstimos bancários de L.P. 3.125

Imóveis 30.000 EmpréstimosNÃObancáriosL.P

0

Máquinas e Equipamentos 25.400 Capital+lucrosacumulados 1.347.344Veículos 135.000

Móveis,Computadores 174.200

Subtotal 436.444 Subtotal 1.392.829Total das Aplicações 1.510.265 Total das Fontes 1.510.265

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27AULA 04 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO

CONCLUSÃO

Nossoestudonoslevaránapróximaapostila,aidentificarmosoqueomercadofinanceiro denomina de “Efeito Tesoura”, que indica uma posição indesejável para asempresas. Iremos estudar, também, a carteira de contas a pagar e a receber, seguida da GestãodeEstoques.Todostemasimportantesequemuitasvezespassamdespercebidosoumalgerenciadosporempresasqueacabamfechandosuasportasportalnegligência.

Page 28: Gestão do Capital de Giro - aula 04

28 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

ASSAFNETO,A.;SILVA,CésarA.T.Administração do capital de giro. São Paulo: Atlas, 2002.

BRAGA,Roberto.Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.

FLEURIET,M.etall.O Modelo Fleuriet – A Dinâmica financeira das empresas Brasileiras. RiodeJaneiro:Campus,2003.

VIEIRA,M.V.Administração estratégica do capital de giro. São Paulo: Atlas, 2005.