Gestão No Ensino Médio_ Evasão Causada Pela Violência

19

Click here to load reader

description

artigo, trata - se do capitulo de um livro de Políticas Educacionais Volume I, organizado pelo Prof. Dr. Wilson José Gonçalves - 2015.

Transcript of Gestão No Ensino Médio_ Evasão Causada Pela Violência

  • 1

    Gesto no Ensino Mdio: evaso escolar causada pela

    violncia

    Flvia Paulina Rodrigues de Mazzi Licenciatura em Filosofia

    Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

    e-mail: [email protected]

    Resumo : O Ensino Mdio como ciclo final da Educao Bsica vem apresentando resultados de fluxo de entrada distinto do fluxo de sada, ou seja, vem constata ndo ano a

    ano um nmero crescent e de desistncia e evaso escolar, sobretudo, motivado pelo

    crescente ndice de violncia praticada entre os alunos. Desta forma, o tema da evaso

    escolar causada ou vinculada ao problema da violncia, o que consiste numa preocupao para a Gesto escolar. O objetivo reconhecer a relao entre a evaso

    escolar e a violncia. No ensino mdio a evaso escolar causada pela violncia

    frequente, a baixa autoestima um reflexo desta situao que prejudica o rendimento e desenvolvimento intelectual do aluno, suas relaes e a construo da sua identidade. A

    metodologia de execuo bibliogrfica, utilizando o banco de dados oficiais nos sites

    Google Acadmico, Domnio Pblico e Scielo. Os resultados indicam pelas pesquisas que h uma necessidade de interao entre as instituies formadoras da sociedade

    (famlia e escola), estas relaes devem promover a reflexo perante as situaes

    decorrente da violncia . As concluses sinalizam para a necessidade de se abordar as

    causas da violncia que reflete em diversos mbitos sociais, prejudica o desenvolvimento intelectual e social do individuo, necessrio que o gestor desenvolva

    polticas para tratar os reflexos da violncia dentro da escola que leva a evaso escolar,

    assim refletindo na qualidade de ensino e concluso desta fase. O desenvolvimento intelectual auxilia na construo do indivduo consciente de suas atribuies e funes

    na sociedade promovendo tambm a paz nas escolas.

    Palavras-chave: Aluno. Autoestima. Gestor. Professor. Reduo.

    Sumrio: 1 Introduo. 2 Gesto no Ensino Mdio. 3 Evaso E scolar Causada ou Motivada pela

    Violncia no Ensino Mdio. 4 Reduo da Violncia no Ambiente Escolar Diminui a Evaso no Ensino Mdio. 5 Metodologia de Execuo. 6 Resultados. 7 Discusso. 8 Concluso. 9

    Referncias.

    1 Introduo O crescente ndice de violncia praticada entre os alunos motiva a evaso escolar

    no Ensino Mdio, todo ano repetidas vezes entrada de alunos matriculados superior

    sada de alunos concluintes deste perodo decisivo de concluso da educao bsica. O Gestor Escolar preocupa se buscar sanar este impasse entre escola e alunos, retratando a

    necessidade de conscientizao da violncia praticada por estes cidados, que em alguns

    casos tratada pelas famlias com normalidade ou descaso.

    A baixa autoestima est intimamente ligada com a violncia, apontada nestes estudos a relao entre violncia e evaso escolar que um reflexo do convvio

    cotidiano de cada indivduo exteriorizando no ambiente escolar suas relaes familiares.

    O Ensino Mdio uma fase onde os alunos necessitam de ajuda para que a violncia no os mantenha fora das salas de aula, a preocupao no deve ser apenas dos Gestores e

    sim de toda a sociedade. A necessidade de formao de cidados conscientes de seus

    atos e preocupados com o seu desenvolvimento intelectual.

    O indivduo em construo de sua identidade absorve as relaes decorrentes do seu meio, a famlia o primeiro contato social, o segundo a escola, sendo assim

  • 2

    refletem no ambiente escolar os constantes problemas sociais enfrentados pela

    comunidade onde cada aluno reside. Retratado neste estudo estas relaes entre os

    alunos e o ambiente escolar, a preocupao com os reflexos da violncia que chega a escola e deve ser tratada para que os alunos concluam os perodos exigidos de ensino

    regular, demonstrada tambm a necessidade de envolvimento de todos os setores da

    sociedade.

    O Objetivo reconhecer a relao entre a evaso escolar no Ensino Mdio e a violncia para que seja tratada de maneira a minimizar seus efeitos dentro da instituio

    educacional, podendo haver uma gesto eficaz, um ensino de qualidade e o respeito entre

    as relaes de alunos e professores. O desenvolvimento dos alunos visando o aprendizado e a qualidade do ensino ministrado a eles, respeit ar as diversas culturas

    inseridas na escola com o desenvolvimento de projetos que envolvem os alunos e

    refletem a diversidade sem o preconceito. O esclarecimento de dvidas sobre as causas e

    efeitos de atos cometidos na sociedade, podendo sanar com a cultu ra do descaso e impunidade.

    O problema de investigao ou problema de pesquisa concentra-se na questo de

    delimitao conceitual entre a evaso escolar causada ou motivada pela violncia no Ensino Mdio? A pesquisa aponta que sim, a relao entre os problemas causados por

    atitudes violentas de alunos dentro ou no entorno da escola. O ambiente em que se est

    inserido podendo deixar os alunos inseguros, no somente pelo medo com relao s agresses fsicas ou roubos, mas tambm por prejudicar a autoestima de determinados

    indivduos. Um aluno que sofre bullying na escola pode deixar de interagir com os

    colegas e mantm uma relao distante at mesmo com os professores, no atingindo um

    aprendizado de qualidade sendo prejudicado por esta violncia muitas vezes tratada como brincadeira , que pode levar ao indivduo at o abandono das salas de aula . Os

    problemas enfrentados para que a evaso escolar seja combatida no dentro dos muros

    da escola apenas, mas, tambm fora dos muros, entre estes alcances as famlias do educando, a prpria sociedade, comunidade e as geraes futuras.

    A Gesto Escolar deve envolver a sociedade indo alm dos muros que delimitam

    o ambiente escolar, so necessrios que s ejam realizados projetos que ampliem o convvio no somente de pais e alunos com os educadores, mas tambm do local onde

    esta escola est situada. O envolvimento de todos com a educao inibe agressores

    externos, reflete em uma cultura que respeita as diversidades de cada indivduo e suas

    famlias. Os reflexos da sociedade que so expostos na escola onde os alunos agridem os professores e tambm os colegas so trabalhados de maneira a sanar as inmeras e

    frequentes ocorrncias, com a juno e apoio das fam lias para o desenvolvimento de

    cada aluno e a concluso desta fase de ensino. A compreenso do tema perpassou pelos seguintes tpicos. Apresentou -se uma

    introduo com a viso geral do assunto. Seguindo da conceituao da Gesto no Ensino

    Mdio. O problema estabelecido foi a causa da evaso escolar pela violncia ou dela

    decorrente. A soluo indicada foi o enfrentamento da violncia como forma de reduo da evaso escolar no ensino mdio. Depois foi registrado na metodologia o processo de

    feitura e pesquisa bibliogrfica atravs do banco de dados adquirido nos sites oficiais

    Google Acadmico, Domnio Pblico, Scielo e Revistas USP. Resultados da coleta de dados que indicam necessidade de interao entre as instituies formadoras e as

    famlias, esta relao deve promover a reflexo perante as situaes decorrentes da

    violncia. A discusso levantada foi no sentido dos dados coletados e projetou a necessidade da realizao de projetos que envolvam os integrantes das instituies

    escolares com as famlias dos alunos e por fim a concluso e as referncias que se

    registrou a bibliografia e demais fontes pesquisadas.

    Para a fundamentao terica da pesquisa, pautou -se nos seguintes autores e obras: Andra Barbosa Gouveia, ngelo Ricardo de Souza, Diretores de Escolas Pblicas: Aspectos do Trabalho Docente. Luiz Alberto Oliveira Gonalves, Marilia Pontes Sposito, Iniciativas Pblicas de Reduo da Violncia Escolar no Brasil. Clara Germana de S Gonalves, Jos Camilo dos Santos Filho, Maria Lcia R. D.

  • 3

    Carvalho, Administrao Educacional como Processo de Mediao Interna e Externa Escola. Joviana Q. Avanci, Lucimar C. Marriel, Raquel V. C. Oliveira, Simone G. Assis, Violncia Escolar e Auto-estima de Adolescentes. Elza B. S. Coelho, Luciane L. Silva, Andra N. C. Caponi, Violncia Silenciosa: Violncia Psicolgica como Condio da Violncia Fsica e Domstica.

    Da pesquisa do material acima descrito os resultados indicam a relao entre a

    famlia e a escola necessria, estas relaes devem promover a reflexo nos indivduos com intuito de contribuir para o combate efetivo da violncia. Os reflexos da violncia

    na escola so agravados a cada dia, sendo que alunos deixam de cursar o Ensino Mdio

    em decorrncia das situaes que enfrentam no ambiente escolar, estes alunos em alguns casos no concluem jamais este processo, pois acabam encontrando outras ocupaes e

    no havendo mais disponibilidade para a concluso deste ciclo.

    As concluses sinalizam para a criao de projetos que abordem as causas da

    violncia, o reflexo desta situao que afeta diversos mbitos da sociedade e prejudica o desenvolvimento intelectual dos indivduos. O Gestor Escolar deve desenvolver polt icas

    para tratar as causas da violncia dentro e no entorno da escola para que seja propiciado

    aos alunos o ambiente adequado para a concluso do Ensino Mdio, onde este indivduo possa ser o reflexo de uma educao de qualidade, respeito e conscincia, formando

    cidados capazes de contribuir com a sociedade e promover a paz nas escolas.

    A relao entre a violncia que causa a evaso escolar no Ensino Mdio, gera a inadequao entre a quantidade de alunos que entram e saem das escolas , considerando a

    quantidade maior de alunos matriculados no inicio do ano letivo e menor de concluintes .

    A maneira com que os Gestores Escolares tratam os conflitos e promovem projetos para

    sanar com os problemas causados pela violncia. A apresentao deste artigo em ordem sequencial expondo o problema da violncia e suas causas, posteriormente relatando as

    possveis maneiras de tratar o problema e seguindo as concluses advindas deste estudo

    sinalizam de maneira clara as necessidades de interveno das demais reas da sociedade para que assim seja sanada esta situao.

    O crescente aumento das ocorrncias de violncia dentro do ambiente escolar est

    mantendo os alunos fora das salas de aula, causando um grande prejuzo para a sociedade. Os Gestor es Escolares devem promover projetos que esclaream as reais

    consequncias destes acontecimentos, no deve ser tratada como uma questo apenas da

    falta de desenvolvimento de algumas regies ou de determinados locais isolados, pois

    afeta todos os nveis sociais. O frequente descaso com pontuais regies prejudica ainda mais a relao entre professores e alunos, o descaso de famlias acometidas pela

    violncia onde o individuo trata com normalidade determinadas situaes em

    decorrncia do convvio com elas , deve ser tratado para que seja construda uma gerao diferenciada e consciente de suas atribuies .

    2 Gesto no Ensino Mdio A preocupao e responsabilidade do Gestor Escolar no Ensino Mdio se devem

    aparentemente a questes administrativas deixando a parte pedaggica aos

    Coordenadores Pedaggicos e demais funcionrios de cargos que envolvem a relao referente aos alunos e professores. O cargo de direo escolar exige do docente que se

    tenha uma formao prvia de polt ica -pedaggica, para o auxlio de no desempenho da

    funo, observado que a maior parte das decises tomadas dentro do ambiente escolar

    depende mais do senso de valor de cada diretor do que a formao inicial e continuada necessria para o auxlio s questes pertinentes a funo.

    A formao de Gestores conscientes de suas atribuies necessria para que se

    possa haver uma administrao polt ico-pedaggica de qualidade, sem deixar de dialogar com os demais docentes escolares, so os professores e coordenadores que esto

    diretamente em contato com os alunos sendo assim preciso haver esta comunicao

    direta entre as partes, so eles que sofrem diretamente com o reflexo da violncia que se acentua no ensino mdio. O diretor escolar no pode ser apenas um administrador, a

  • 4

    cobrana da eficcia em gerir uma escola vai alm do manuseio de recursos e gesto de

    pessoas, pois a escola formadora de cidados, no tendo apenas a funo de educadora ,

    mas tambm tem a funo social que abrange inmeras reas.

    As funes sociais que envolvem a escola no esto apenas dentro dos muros da

    escola, mas, tambm esto fora dos muros, formao de alunos como trabalhadores ou

    geradores de mo de obra, so cidados que devem ser conscientes de suas atribuies

    dentro da sociedade. A gesto escolar deve ser ampla visando o local onde a escola se situa, a populao no entorno desta, em decorrncia das situaes que orbitam este meio,

    os alunos acabam por trazer a escola situaes que vivenciam em seus lares, o diretor

    deve informar se de tais situaes pa ra poder trabalhar as necessidades decorrentes destas situaes. A escola um reflexo do meio em que est inserida a administrao

    deve ser consciente desta situao: De um lado, h a face tcnico-administrativa da funo. Inegavelmente, diretores tm por

    tarefa conduzir as escolas nos seus aspectos administrativos, como o acompanhamento de fluxo

    escolar discente, a gesto de pessoal (lotao, frequncia, avaliao etc.), levantamentos e

    cobranas de recursos materiais junto aos canais competentes, dentre outros vrios trabalhos. Assim, os cursos tcnicos de preparao dos diretores so importantes e necessrios porque

    lidam com a praticidade do campo. Alm disso, h uma dimenso tcnica presente na funo

    do gestor escolar/educacional e que no tratada em muitos cursos de formao continuada

    (SOUZA, 2008).

    Mas, nessa face essencialmente que os diretores so cobrados e se cobram pelo bom

    desempenho. Vale dizer que um bom diretor tido como aquele que conduz adequadamente e

    com timos resultados as tarefas articuladas a essa face. um equvoco tal leitura, pois,

    mesmo sendo importante, tal face complementar natureza da funo dirigente e funo

    social da escola. Porm, dali deriva parte considervel das cobranas feitas por programas de

    formao para atuao no enfrentamento de problemas decorrentes dessa face.

    Outra a face poltica. Nela, todavia, diretores no se reconhecem como sujeitos polticos,

    ainda que operem nesse campo. Muitos daqueles que alcanam sucesso nessa face, tendem a fazer carreira na funo ou em outros subcampos da poltica (institucional, partidrio-eleitoral).

    Isso no um problema em si, mas o retorno funo original do docente parece importante

    tanto para a rotatividade saudvel no quadro dirigente, quanto para uma espcie de

    devoluo dos conhecimentos adquiridos, quando na funo dirigente, funo de origem. A liderana reclamada por essa face deriva, em alguma medida, da posio que exerce o diretor

    como representante do poder constitudo, do Estado. De outro lado, ela tambm advm da

    posio de comando institucional que prpria funo do dirigente, dado que responsvel,

    como vimos, pela coordenao de um processo poltico que a gesto escolar. A formao

    articulada a essa face tem conexo com aqueles elementos da gesto democrtica e do

    desenvolvimento da liderana.

    Por fim, a face pedaggica. Curiosamente, a despeito de ser reconhecida por (quase) todos como a mais importante face do trabalho do diretor escolar, os diretores alegam que no tm

    tempo ou condies para dar conta das tarefas desse campo. As tarefas de coordenao/direo

    pedaggicas so transferidas aos responsveis tcnicos, quando existem, como coordenadores

    pedaggicos (dentro da escola ou no sistema de ensino), ou mesmo aos docentes que precisam,

    nesse quadro, autogerir a pedagogia na escola. A formao para os diretores escolares que se

    articula a essa face trata propriamente de aspectos do processo educativo.

    (cf. Andra Barbosa Gouveia. ngelo Ricardo de Souza. Diretores de escolas pblicas:

    aspectos do trabalho docente. Disponvel em: .

    Acesso em: 12 abr. 2015).

    A desvinculao do gestor escolar com as funes pedaggicas pode prejudicar o envolvimento dos alunos com a administrao da escola, os problemas decorrentes da

    violncia devem ser tratados por todos os funcionrios, tendo em vista o papel do Gestor

    como responsvel pelo ambiente escolar , deve buscar intervir neste processo pedaggico de trabalho para a reduo da violncia, a administrao deve ser ampla visando todos os

    aspectos burocrticos e educacionais necessrios para que haja a democratizao , a face

    pedaggica deve ser gerida na escola .

    Projetos elaborados pelas Secretrias de Educao, Justia e ONGs juntamente com os familiares, gestores e professores, promovem a democratizao dentro das

  • 5

    escolas, propiciando aos gestores ferramentas para tratar dos problemas gerados pela

    violncia. O ambiente escolar prejudicado por todos os tipos de violncia cometidas

    nas escolas, violncia visual com a depredao fsica de moveis e do prdio, a violncia moral com as agresses verbais a alunos e funcionrios e tambm a violncia

    fsica acometida a alunos e professores.

    As polticas pblicas geram as ferramenta s atravs de propostas para que cada

    gestor possa desenvolver juntamente com a comunidade projetos para a reduo da violncia, na pesquisa observa se a questo que envolve cada regio, de acordo com os

    relatos preciso que seja verificada a situao da l ocalidade onde se situa a escola para

    poder haver uma interveno mais objetiva, considerando que as parcerias necessrias para o xito, como as famlias e comunidade em torno da escola. No artigo Iniciativas

    Pblicas de Reduo da Violncia Escolar no Bra sil, o trecho a baixo demonstra a

    necessidade da democratizao da gesto interna da escola : Nesse eixo, o tema da democracia vinha articulado idia de participao de vrios atores sociais na vida escolar. Em outros termos, propunha-se a democratizao da gesto interna da

    escola e, tambm, a sua abertura para interaes mais intensas com alunos e moradores dos

    bairros de periferia, mediante a ocupao dos espaos escolares, nos fins de semana, para o

    desenvolvimento de atividades esportivas, culturais e de lazer.

    Diante de tal conjuntura, as administraes estaduais e municipais brasileiras buscaram adequar suas polticas no sentido de construir, paulatinamente, uma gesto democrtica nos

    estabelecimentos de ensino, ou seja, de dar um passo em direo criao de condies

    favorveis para se eliminar a violncia em meio escolar.

    preciso considerar, entretanto, que havia (e ainda h) um quadro predominantemente

    desfavorvel para a reduo dessa violncia. As condies de trabalho e os salrios do

    magistrio pblico continuam deterioradas em toda a dcada, no obstante esforos isolados de algumas administraes, visando a sua correo. A base material dos estabelecimentos

    escolares padece, em grande parte, de problemas crnicos quanto ao estado de conservao dos

    prdios e ausncia de equipamentos.

    (cf. Luiz Alberto Oliveira Gonalves. Marilia Pontes Sposito. Iniciativas pblicas de reduo

    da violncia escolar no Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 12 abr. 2015).

    O envolvimento da comunidade que reside no entorno da escola, bem como propiciar a

    relao amigvel entre os pais, alunos e funcionrios da escola necessria, promovendo reunies e aes que envolvem a todos. Tambm temos que considerar as adversidades administradas pelo gestor

    com relao s condies fsicas das escolas e seus materiais, o empenho em algumas administraes

    visualizado, porm se no h a conscientizao da necessidade de manuteno e preservao dos bens adquiridos por todos nada perdura. Os problemas enfrentados por gestores so inmeros desde

    remuneraes que no valorizam a categoria como os problemas funcionais de um prdio que em

    alguns casos se encontra deteriorado. Os desafios abordam as necessidades poltico-pedaggicas indo

    alm das formas necessrias para a conscientizao de indivduos que buscam concluir o ensino regular do Brasil, a importncia que faz toda a diferena encontra se no somente nos aluno, mas

    tambm no papel do gestor.

    O papel do Gestor acaba por influenciar o desenvolvimento de todo o ambiente escolar, a forma como administra as situaes recorrentes que transforma ou paralisa tais acontecimentos.

    Conhecer o local onde a escola se instalou de suma importncia para uma gesto eficaz. O

    relacionamento entre Gestor e demais envolvido no processo educacional deve ser positivo, a

    positividade no poder uma prtica que contribui para a melhoria na qualidade de vida de todos os envolvidos.

    No texto, Administrao educacional como processo de mediao interna e externa escola,

    os autores explicam o conceito de positividade do poder: A implicao fundamental deste conceito de positividade do poder de que o processo

    educacional e a prpria prtica da administrao sejam tais, que possibilitem aos educandos e

    aos educadores desenvolverem e aprimorarem suas capacidades de ao e de participao no

    poder, a fim de contriburem para a melhoria da qualidade de sua vida coletiva. A qualidade

    poltica da vida humana refere-se a este relacionamento do homem com o homem no interior

    do fenmeno do poder. A dimenso poltica, ao tratar da ocupao dos espaos do poder,

    "contm o horizonte da potencialidade humana" (Demo, 1987, p. 20), expressa a arte do

  • 6

    possvel e abre espaos para a perspectiva da criatividade humana. O processo educacional e a

    participao de educadores, educandos e comunidade no poder de administrar e gerir a vida da

    escola, constituir um instrumento fundamental de sua "potencializao" como pessoas e como

    "cidados institucionais". Neste sentido, acreditamos que, nas condies histricas atuais do

    pas, a alternativa de poder vivel, possvel e mais adequada para as escolas a co-gesto, que

    se constitui numa superao dialtica dos extremos do autoritarismo da escola tradicional, onde

    impera a figura do professor e a anulao da personalidade do aluno, e da autogesto

    extremada, que pretende negar todo poder e qualquer autoridade ao professor (Fontn Jubero,

    1978). No sistema de cogesto escolar, haver lugar para a autoridade do professor, para a

    participao do aluno e para o envolvimento dos pais e da comunidade no processo de deciso

    da escola. Neste contexto, o diretor ter o novo papel de agente transformador da escola numa autntica instituio democrtica, onde o espao da participao estar assegurado a todos os

    seus membros.

    (cf. Clara Germana de S Gonalves. Jos Camilo dos Santos Filho. Maria Lcia R. D.

    Carvalho. Administrao educacional como processo de mediao interna e externa escola.

    Disponvel em: . Acesso em: 12

    abr. 2015).

    A implantao do modelo de gesto compartilhada desvincula o autoritarismo do processo de

    gesto o trabalho com eficcia depende do diretor, abrindo as portas da escola para que todos possam contribuir, o administrador orienta seus professores para que tenham uma relao de parceria com os

    alunos, pais e comunidade. O Gestor deve preocupar-se com a demonstrao de poder, as aes devem

    envolver a todos, permitindo o compartilhamento, construindo assim um instrumento fundamental desvalorizando o autoritarismo.

    Assim, o papel do Gestor no Ensino Mdio pode se realizar em comunidade com a

    participao de todos, para que haja a minimizao dos recorrentes problemas que agravam a

    administrao das escolas, firmando parcerias. Visto o objeto de estudo que a evaso escolar causada ou motivada pela violncia no Ensino

    Mdio, o papel do gestor fundamental perante a situao. A gesto deve ser tratada de maneira a

    abranger todos os parmetros que envolvem, sendo eles polticos-pedaggicos, de pessoal, de carter fsico, de socializao com a comunidade e incluso.

    3 Evaso Escolar Causada ou Motivada Pela Violncia no Ensino Mdio O gestor no ensino mdio com relao evaso escolar causada ou motivada pela

    violncia, buscando sanar os frequentes reflexos causados pela violncia que assola aos

    alunos deste ciclo educacional. Os fluxos de entrada e sada de alunos so distintos, ano aps ano crescem os nmeros de absentesmo e desistncia nesta fase, o aumento nos

    ndices de violncia contribui para que isto ocorra. A violncia se instala dentro e fora

    dos muros da escola e preocupa no somente do gestor, mas todos os envolvidos alunos, educadores, famlia e comunidade. Os motivos que levam os alunos a deixarem

    de frequentar a escola so inmeros a violncia um deles.

    A evaso escolar no Ensino Mdio no um prejuzo com efeitos aos alunos

    somente, atinge toda a sociedade, a deficincia na educao produz indivduos inaptos a funes que exigem maior grau de escolarizao, provocam tambm reflexos nos cofres

    pblicos que devem destinar verbas posteriores para a reintegrao destes alunos as

    classes diferenciadas como os EJAs que atingem ao pblico de idade avanada que no concluiu no perodo correto o ensino. A evaso escolar causada pela violncia no

    interior e exterior da escola inibe os alunos de permanecerem e conclurem o Ensino

    Mdio no tempo previsto e desejado, prejudicando a todos.

    Com isto, a questo ou problema da pesquisa se volta para a evaso escolar causada ou motivada pela violncia no Ensino Mdio? Como apontado uma das causas

    mais frequentes da evaso escolar principalmente no ensino mdio a violncia. Quando

    os alunos tm atitudes violentas entre si, quando os mesmos tm atitudes violentas contra os outros dentro e fora dos prdios da escola, este ambiente torna -se inseguro.

    Um aluno que sofre bullying passa a ter a autoestima enfraquecida e se no houver

    interveno pode at deixar de frequentar as aulas, os atos que caracterizam o Bullying tratam-se de uma violncia diferenciada como demonstrado no trecho abaixo :

  • 7

    A existncia de bullying nas escolas tem sido tema reiteradamente investigado nos ltimos

    anos, no exterior e no Brasil. O termo em ingls refere-se a uma denominao diferenciada

    para a violncia nesse mbito, evidenciando uma repercusso negativa da violncia nas

    relaes entre pares, com destaque para o ambiente escolar. Bullying caracteriza-se por atos

    repetitivos de opresso, tirania, agresso e dominao de pessoas ou grupos sobre outras

    pessoas ou grupos, subjugados pela fora dos primeiros. Trata-se de indivduos valentes e

    briges que pe apelidos pejorativos nos colegas, aterrorizam e fazem sofrer seus pares,

    ignoram e rejeitam garotos da escola, ameaam, agridem, furtam, ofendem, humilham,

    discriminam, intimidam ou quebram pertences dos colegas, entre outras aes destrutivas

    (Lopes, Aramis, Saavedra, 2003).

    (cf. Joviana Q. Avanci. Lucimar C. Mariel. Raquel V. C. Oliveira. Simone G. Assis. Violncia Escolar e auto-estima de adolescentes. Disponvel em:

    .

    Acesso em: 25 abr. 2015).

    Os atos de violncia cometidos por qualquer individuo, mesmo que de maneira

    disfarada de brincadeira que podem constituir o bullying prejudicam a vida dos alunos,

    influencia a maneira que o estudante se v perante o mundo e perante a si mesmo, as aes intimidadoras como xingamentos, a opresso, as agresses mesmo que verbais ou

    a destruio de materiais leva o agressor a sentir -se superior a vitima. O aluno que deixa

    de frequentar as aulas por conta da violncia sofrida silenciosamente demonstra que o assunto no mais um problema somente de indisciplina um problema de carter

    poltico-pedaggico que deve ser tratado visando o bem d e todos, propiciando o direito

    j adquirido constitucionalmente de acesso a educao garantida pela Constituio Federativa do Brasil constando no Capitulo II dos direitos sociais art. 6, onde retrata os

    direitos sociais dos brasileiros , sendo o primeiro deles o direito a educao. Os

    frequentes usos de termos pejorativos que agridem o indivduo e acaba interferindo na

    relao dele com os demais, tornando insatisfatria a permanncia na escola, fazendo com que ele se sinta coagido perante tal situao e acabe por abandonar este ciclo, o

    papel do gestor fundamental nesta constatao devendo observar o que leva os alunos e

    os acontecimentos que os envolvem. O gestor deve observar os inmeros acontecimentos dentro da escola e em torno

    dela, a necessidade de envolvimento com os projetos polticos -pedaggicos e tambm a

    execuo dos mesmos, a necessidade de discusso envolvendo os alunos para que se

    possam identificar os indivduos dominantes e poder estabelecer estratgias para acabar com tais aes que so ofensivas aos outros. A violncia acaba por afastar os alunos das

    salas de aula, a necessidade de afirmao do domnio perante os demais vem sendo cada

    dia mais frequente, como demonstra neste paragrafo do texto Violncia Escolar e auto-estima de adolescentes, onde os autores explicitam a manifestao da violncia como afirmao de

    poder: De maneira geral, a violncia manifesta uma afirmao de poder sobre o outro e a conquista

    desse poder o que gera as diversas formas de violncia. Suas ocorrncias so consequncias

    das prticas cotidianas de discriminao, preconceito, da crise de autoridade do mundo adulto ou da fraca capacidade demonstrada pelos profissionais de criar mecanismos justos e

    democrticos de gesto de um elenco de procedimentos formais e informais, modelados

    diferentemente, de acordo com as caractersticas de cada direo ou projeto pedaggico.

    (cf. Joviana Q. Avanci. Lucimar C. Mariel. Raquel V. C. Oliveira. Simone G. Assis. Violncia

    Escolar e auto-estima de adolescentes. Disponvel em:

    .

    Acesso em: 25 abr. 2015).

    As aes dos alunos em afirmar o domnio no se aplicam somente aos colegas, aplicando-se

    tambm aos professores e funcionrios da escola. As violncias fora da escola que passam a fazer parte do ambiente escolar quando so tratadas com descaso, os acontecimentos como as agresses

    fsicas e morais dentro das residncias que refletem em comportamentos agressivos na escola, so

    frequentes os casos em que alunos advindos de famlias acometidas por atos violentos refletem os mesmos problemas enfrentados em suas casas dentro da escola. Estes alunos que sofrem violncia

    domstica podem acreditar que os acontecimentos so normais e somente reproduzem as atitudes j

    adquiridas em seu seio familiar.

  • 8

    Assim, a gesto no ensino mdio para combater a evaso causada pela violncia, juntamente

    com os demais profissionais pode desenvolver mecanismos que combatam as aes destes alunos ou

    grupos de alunos que viso a manipulao dos demais praticando constantemente a violncia contra eles, desenvolvendo tambm uma ao que envolva os alunos que sofrem com a violncia visando

    superao tais acontecimentos e continuar frequentando a escola, reduzindo os ndices de violncia e

    evaso.

    4 Reduo da Violncia no Ambiente Escolar Diminui a Evaso no Ensino

    Mdio A reduo da violncia no ambiente escolar pode diminuir a evaso, considerando

    que no apenas um trabalho que envolve os profissionais da educao, necessrio que haja uma interveno abrangente. Somente a inibio de agressores externos como a

    violncia domstica, a violncia nas ruas no pode acabar com todos os aspectos que

    envolvem o problema da violncia dentro do ambiente escolar, sendo que nem todo aluno agressor uma vit ima de violncia . Outro motivo que causa as aes violentas na

    escola a incompreenso das diversidades culturais .

    As diversidades culturais devem ter aes aplicadas nas escolas para incentivo da

    compreenso desta diferena cultural, para que todos possam conviver e respeitar uns aos outros, deixam a desejar. Tendo em vista que estas aes ocorrem na maioria dos

    casos em datas comemorativas como o dia do ndio e o dia da conscincia negra, levando

    os alunos a muitas vezes reforarem a violncia contra os colegas e professores mesmo que seja disfarada em brincadeiras e no deixar de cometer a violncia contra eles. A

    excluso de alunos que cometem atos agressivos e tambm a punio pode no ser a

    soluo. As formas de violncia, podem ser sutis e terem menor visibilidade como

    demonstrado a baixo, no paragrafo extrado do texto de vrios autores Violncia Escolar e

    auto-estima de adolescentes: Formas de violncia mais sutis e de menor visibilidade, mas nem por isso menos importantes, tambm fazem parte do cotidiano das instituies de ensino. Pode-se considerar ainda a

    instituio de ensino e os educadores como possveis agentes de violncia, mediante as aes

    como a imposio de contedos destitudos de interesse e de significado para a vida dos

    alunos, o precrio contedo ministrado, a presso a partir do poder de conferir notas, a

    ignorncia quanto aos problemas dos alunos, o tratamento pejorativo, incluindo as agresses

    verbais e a exposio do aluno ao ridculo, no caso de incompreenso a algum contedo de

    ensino (Guimaraes, 1992).

    (cf. Joviana Q. Avanci. Lucimar C. Mariel. Raquel V. C. Oliveira. Simone G. Assis. Violncia

    Escolar e auto-estima de adolescentes. Disponvel em:

    .

    Acesso em: 25 abr. 2015).

    As formas de violncia no se restringem apenas a coao dos alunos a

    outros alunos e funcionrios da escola, mas tambm podem ocorrer de maneira

    contrria, quando um professor expe um aluno com atitudes e palavras

    pejorativas, sendo que o estudante no compreende um determinado contedo ou

    at mesmo tem alguma dificuldade em lidar com as imposies realizadas pelo

    educador tambm um ato de violnc ia, o despreparo de alguns licenciados pode

    prejudicar o relacionamento entre educador e educando incentivando a violncia.

    Os alunos agressores serem excludos, punidos com advertncia verbal, ou

    com palavras pejorativas e humilhaes por parte dos profes sores, funcionrios ou

    gestor podem ser um ato temporrio, que ameniza por um curto perodo sem sanar

    o problema, se no houver um estudo estruturado que abranja a regio onde esta

    escola se localiza, a populao do entorno desta escola, as crianas que

    frequentam a inst ituio, todos os funcionrios, um projeto que envolva a todos os

    beneficiados e comunidade integrando a ao de combate violncia. O

    mapeamento e ident ificao dos problemas que envolvem a populao no entorno

  • 9

    da escola podem colaborar para a compreenso dos acontecimentos dentro da

    inst ituio.

    Reconhecer os acontecimentos da comunidade onde a escola esta instalada

    contribui para o combate aos ndices de violncia. As escolas localizadas em

    locais violentos podem ter maiores ndices de evaso escolar no ensino mdio,

    nestes locais as aes violentas esto mais propensas comunidade, aos alunos e

    funcionrios da inst ituio , nas regies menos violentas tendem a ter menores

    ocorrncias violentas contra os alunos e funcionrios das escolas . A presena de

    agentes inibidores como a polcia , por exemplo, contribuem por um curto perodo

    de pacificao das aes violentas, porm como inibidores definit ivos no

    fornecem maiores contribuies, sendo que a polcia no pode disponibilizar

    durante todo o perodo let ivo o efetivo policial para coibir as aes de alunos

    dentro e ao redor das escolas. necessria que haja um projeto envolvendo a

    todos, visando eficcia no combate da violncia no ambiente escolar, gesto

    no ensino mdio deve apontar meios para que a evaso causada pela violncia seja

    efetivamente combat ida, os pactos de confiana so uma aposta no combate a

    diversas formas de violncia dentro das escolas: No Brasil apenas recentemente iniciou-se reflexo mais sistematizada acerca do papel da

    escola diante da violncia, e existem alguns projetos que procuram trabalhar com a questo.

    Um exemplo do trabalho feito pela Unesco com escolas inovadoras, realizado em 13 capitais

    brasileiras e no Distrito Federal, que analisa experincias desenvolvidas em escolas publicas situadas em locais de elevada vulnerabilidade social (Nunes, Abramovay, 2003). No estudo

    procura-se mostrar que algumas escolas que passaram por situaes difceis e que

    experimentaram diversas formas de violncia e abandono conseguiram reverter o quadro por

    meio do estabelecimento de pactos de confiana e aposta nos jovens.

    (cf. Joviana Q. Avanci. Lucimar C. Mariel. Raquel V. C. Oliveira. Simone G. Assis. Violncia

    Escolar e auto-estima de adolescentes. Disponvel em:

    .

    Acesso em: 25 abr. 2015).

    Assim, a gesto escolar no ensino mdio com projetos abrangentes apontam

    solues para que a evaso escolar causada pela violncia seja tratada de maneira

    mais eficaz, realizando estudos e aes que envolvam a todos os agentes

    causadores das agresses e todos s vit imas, bem como a conscientizao da

    necessidade de combate de todas as formas de violncia sejam elas no interior ou

    exterior do ambiente escolar. Os gestores tem um papel fundamental nesta questo

    participando ativamente das organizaes e propostas vinculada s ao combate dos

    reflexos negat ivos propiciados pelas aes violentas, proporcionando aos alunos,

    funcionrios, comerciantes, comunidade e sociedade um convvio pacifico. O

    ganho efetivo do combate a tais situaes de violncia do prprio aluno que

    consegue frequentar a escola e terminar o ciclo de ensino regular. Estimular o

    corpo docente da escola a efetuar trabalhos que envolvam a autoestima dos

    alunos, a compreenso das diferenas culturais, tnicas e raciais, desenvolverem

    projetos que possam efetivamente discutir os problemas da violncia, causa e

    efeito, aes que promovam a integrao dos alunos com a comunidade e a

    participao da comunidade na escola, discutir as questes referentes opo

    sexual e diferentes estruturas familiares , realizando pactos com os alunos para que

    assim eles possam sent ir-se como partes efetivas da sua educao e no apenas

    obrigao de concluir o ensino .

    5 Metodologia de Execuo

    A metodologia de execuo sendo uma parte da pesquisa cient ifica que

    consiste no registro de informaes coletadas, efetuando procedimentos durante a

  • 10

    pesquisa de maneira a obter uma reconstruo do percurso realizado para o

    alcance dos resultados ou mesmo aproximar-se deles.

    A pesquisa realizada foi reviso bibliogrfica que tem por objet ivo se

    atentar as obras produzidas sobre o tema que envolve a pesquisa e observar

    juntamente com a comunidade cient ifica que publica sobre esse tema para

    verificar o entendimento e a compreenso do assunto. No foi realizada a pesquisa

    de campo, nem mesmo experimental ou de laboratrio por opo.

    Diretamente o tema da pesquisa a relao entre a violncia e a evaso

    escolar. Para isso, optou-se pelo uso de bancos de dados oficiais, no utilizando a

    literatura impressa ou de bibliotecas fsicas, mas, considerando que esta foi uma

    opo por fontes de acesso disponveis pela internet. Com referencia a pesquisa

    em bibliotecas fsicas no ocorreu devido ao tempo estabelecido para o

    cumprimento da pesquisa sendo este demasiado curto.

    Os bancos de dados consultados, no perodo entre os meses de maro a

    maio de 2015.

    Assim, os procedimentos da metodologia de execuo permit iram a

    formao de um banco de dados, desdobrando na reflexo e na crit ica, e por fim

    na redao do texto.

    Da metodologia de execuo permit iu o registro dos resultados

    encontrados.

    6 Resultados

    Da metodologia de execuo foi possvel chegar aos resultados ou

    apresentao da coleta de dados, que de modo organizado passou a compor o

    corpus investigat ivo, que por sua vez contribuiu para subsidiar a prxima etapa

    que a discusso.

    Os resultados demostrados pelas pesquisas realizadas a necessidade de

    interao entre a escola quanto instituio de ensino e forma dora de conceitos e a

    sociedade, no somente com a comunidade no entorno da estrutura fsica da

    escola, as relaes estabelecidas devem promover a reflexo com relao s

    questes causadoras da violncia e formas de combate efet ivo, os reflexos da

    violncia dentro do ambiente escolar que acabam por afastar os alunos cada vez

    mais das salas de aula, o prejuzo do desenvolvimento intelectual e social que

    atinge estes alunos e suas famlias. O gestor tem um papel importante quanto

    promoo de tais reflexes.

    O desenvolvimento pelo gestor de polt icas que tratem as causas e os

    efeitos da violncia dentro da escola, que possam promover a reflexo, uma

    melhora da qualidade de ensino com a consequncia da concluso desta fase de

    suma importncia para o desenvolvimento dos alunos, o auxilio na c onstruo do

    individuo consciente de suas atribuies e funes na sociedade e promover uma

    escola mais humanizada, preocupada e focada na paz. A interao necessria

    para que haja um resultado eficaz.

    Os resultados sinalizam em sntese a necessidade de interao entre as

    inst ituies e seus alunos, a promoo das discusses e reflexo dos assuntos

    pertinentes s causas e efeitos das at itudes violentas levam a instituio a

    conhecer seu pblico, podendo assim aplicar de maneira relevante propostas de

    combate a violncia que causa a evaso escolar principalmente no Ensino Mdio,

    promovendo assim uma melhora interna nas relaes entre os alunos e a

    inst ituio escolar e cumprindo o objet ivo da proposta de manter os alunos

    efetivamente dentro da inst ituio at a concluso de cada etapa do ensino. O que

  • 11

    nos remete a questo central deste trabalho que a violncia que causa a evaso

    escolar?

    Com a pergunta e a percepo sobre o tema da violncia que causa a e vaso

    escolar, a organizao dos dados, conforme observado, apresenta como sendo as

    principais referencias encontradas e de base para o trabalho de pesquisa:

    a) no artigo Diretores de escolas pblicas: aspectos do trabalho docente, de ngelo Ricardo de Souza & Andra Barbosa Gouveia, encontra-se a seguinte transcrio:

    O princpio constitucional da gesto dem ocrtica na escola pblica, combinado

    com as determinaes da Lei de Diretrizes e Bases da Educao, Lei n 9.394/96, sobre a

    necessidade de que os sistemas de ensino devem dotar as escolas de autonomia pedaggica,

    administrativa e de gesto financeira, tem resultado em mltiplos cenrios de discusso sobre o papel do dirigente escolar. Assim, seja numa perspectiva de construo coletiva da democracia

    na escola, seja na perspectiva da responsabilizao dos agentes escolares pelos resultados

    educacionais, explicita-se a preocupao com a formao e com as condies de trabalho dos

    dirigentes escolares.

    Este trecho explicita a preocupao com a forma de administrao dos gestores, no

    devendo apenas promover solues que abranjam o carter financeiro da escola, e tambm os

    resultados educacionais ofertados aos alunos, o gestor escolar deve assumir um papel

    complexo que no exige apenas uma boa administrao de bens, mas tambm exige uma boa

    e eficaz poltica-pedaggica para sanar os diversos desafios que uma escola necessita de seus

    dirigentes.

    b) nesta obra Iniciativas pblicas de reduo da violncia escolar no Brasil, de Luiz Alberto Oliveira Gonalves & Marilia Pontes Sposito dispe o seguinte pargrafo:

    Embora na base das iniciativas de reduo da violncia escolar encontrem-se

    demandas muito claramente formuladas por profissionais da educao, pais e

    alunos, encontraremos, em praticamente todas elas, a participao efetiva de

    outros atores sociais, bem como a de instituies pblicas e privadas, e de

    organizaes populares de diferentes orientaes. A partir da dcada de 80,

    administraes estaduais e municipais buscam respostas variadas ao problema da violncia escolar.

    Os autores agregam as implicaes necessrias para a reduo dos ndices

    de violncia, demonstrando que no apenas o gestor deve preocupar -se com as os

    crescentes ndices bem como toda a sociedade deve procurar envolver -se no

    combate a tais situaes. A importncia das iniciat ivas que busquem a queda nos

    ndices de violncia nas escolas que no so apenas preocupaes da instituio

    mas tambm dos pais, alunos e demais envolvidos, as instituies pblicas e

    privadas passaram a preocupar-se efet ivamente com respostas aos problemas

    causados pela violncia a partir dos anos 80 , demonstrando ainda que as causas e

    efeitos no so problemas atuais e sim recorrentes .

    c) na obra Administrao educacional como processo de mediao interna e externa escola, de Maria Lcia R. Carvalho, Jos Camilo dos Santos D. Filho & Clara Germana de S Gonalves, apresentam que:

    A idia bsica que nos interessa mostrar que o poder luta, afrontamento, relao de fora e

    no uma relao unilateral que impe limites, oprime e castiga a o nvel da lei ou da represso.

    A essa concepo se ope a positividade (no jurdica) do poder que dissocia de imediato os

    termos dominao e represso e acrescenta um lado produtivo e transformador do poder.

    Transparece a, portanto, um a riqueza estratgica, um a eficcia a produtiva, um a positividade

    (Foucault, 1984). particularmente esse aspecto que possibilita aos homens gerir suas vidas,

    utilizar, aproveitar e otimizar suas potencialidades ao mximo, aperfeioando continuamente

    suas capacidades.

    A implicao fundamental deste conceito de positividade do poder de que o processo

    educacional e a prpria prtica da administrao sejam tais, que possibilitem aos educandos e

    aos educadores desenvolverem e aprimorarem suas capacidades de ao e de participao no poder, a fim de contriburem para a melhoria da qualidade de sua vida coletiva. A qualidade

    poltica da vida humana refere-se a este relacionamento do homem com o homem no interior

  • 12

    do fenmeno do poder. A dimenso poltica, ao tratar da ocupao dos espaos do poder,

    contm o horizonte da potencialidade humana (Demo, 1987, p.20), expressa a arte do possvel e abre espao para a perspectiva da criatividade humana. O processo educacional e a

    participao de educadores, educandos e comunidade no poder de administrar e gerir a vida da

    escola constituir um instrumento fundamental de sua potencializao como pessoas e como cidados institucionais. Neste sentido, acreditamos que nas condies histricas atuais do pas, a alternativa de poder vivel, possvel e mais adequada para as escolas a co-gesto, que

    se constitui numa superao dialtica dos extremos do autoritarismo da escola tradicional, onde

    impera a figura do professor e a anulao da personalidade do aluno, e da auto-gesto

    extremada, que pretende negar todo poder e qualquer autoridade ao professor (Fontn Jubero,

    1978). No sistema de co-gesto escolar, haver lugar para a autoridade do professor, para a participao do aluno e para o envolvimento dos pais e da comunidade no processo de deciso

    na escola. Neste contexto, o diretor ter o novo papel de agente transformador da escola numa

    autentica instituio democrtica, onde o espao de participao estar assegurado a todos os

    seus membros.

    Esta parte indica que para haver uma efetiva gesto democrtica

    necessrio que mudanas efet ivas sejam realizadas, a gesto no pode ser apenas

    um lugar de poder onde um indivduo determina qual a melhor maneira de agir

    perante as situaes, mas um local onde todos participam. A gesto deve ser

    participat iva envolvendo no apenas os profissionais da educao e sim todos os

    integrantes da comunidade.

    O texto reflete a questo do poder, como se adquire e gerencia tal

    atribuio, o gestor no pode impor apenas de forma autoritria as questes

    pertinentes a ele ou que acredita ser necessria a inst ituio e sim buscar a

    colaborao de todos, alunos, pais, comunidade e educadores para que assim as

    aes sejam efet ivas e contribuam para a melhoria do ambiente escolar como um

    todo.

    No texto Violncia Escolar e auto-estima de adolescentes, das autoras Simone G. Assis, Joviana Q. Avanci, Lucimar C Marriel & Raquel V. C. Oliveira, a questo da violncia

    e suas causas no ambiente escolar trabalhada de forma quantitativa demostrando atravs da

    realizao de questionrios algumas causas e efeitos que estas aes podem levar a interferir

    dentro do ambiente educacional. De maneira geral, a violncia manifesta uma afirmao de poder sobre o outro e a conquista

    desse poder o que gera as diversas formas de violncia. Suas ocorrncias so conseqncia

    das prticas cotidianas de discriminao, preconceito, da crise de autoridade do mundo adulto

    ou da fraca capacidade demonstrada pelos profissionais de criar mecanismos justos e

    democrticos de gesto da vida escolar. De modo geral, as escolas lidam com esses conflitos

    valendo-se de um elenco de procedimentos formais e informais, modelados diferentemente, de

    acordo com as caractersticas de cada direo ou projeto pedaggico.

    Outra forma de violncia a restrio do aluno ao convvio em sala de aula, onde, muitas

    vezes, reinam a apatia, o tdio, o ressentimento, a alienao, a atitude destrutiva e as agresses

    fsicas, principalmente por parte daqueles alunos que sofrem frustrao substancial fora da

    escola (Lembo, 1975). Neste sentido, as violncias que ocorrem na escola devem ser

    compreendidas luz da violncia vivida e testemunhada extramuro escolar. Nunes e Abramovay (2003) enumeram alguns aspectos explicativos ou associativos da

    violncia escolar: 1. gnero meninos se envolvem mais em situaes de violncia, seja como vtimas ou autores; 2. idade o comportamento agressivo associado ao ciclo etrio; 3. etnia resistncia dos alunos de minorias tnicas ao tratamento discriminatrio por parte de colegas e

    professores;4. famlia alvo de controvrsia, especialmente pelas caractersticas sociais das famlias violentas; 5. ambiente externo comunidades com sinais de abandono ou decadncia esto mais vulnerveis violncia; 6. insatisfao/frustrao com as instituies e a gesto

    pblica falta de equipamentos e recursos didticos e humanos, alm da baixa qualidade do ensino; 7. excluso social restries incorporao de parte da populao comunidade poltica e social; 8. exerccio de poder desestmulo e discriminaes contribuindo para desrespeitar os direitos humanos dos alunos proteo.

    Apresentando o mtodo que permite uma reflexo quanto s questes que

    refletem a violncia dentro e fora dos muros da escola. As inst ituies

  • 13

    educacionais no sendo apenas depsitos de crianas e adolescentes para

    promoo de uma educao sem contextualizao, a inst ituio educacional

    preocupada em preservar o desenvolvimento intelectual e social dos alunos,

    observando o que ocorre fora dos muros, o que aflige os alunos e promovendo

    aes para o combate das questes. As manifestaes de poder com a necessidade

    de ser mais forte que o outro, geram inme ros conflitos, so utilizados os meios

    vexatrios, discriminatrios para o alcance destas conquistas, afirmao de

    autoridade desnecessria tanto por parte de alunos como pelo despreparo dos

    profissionais da educao, que no sabem como lidar com as situaes. Alguns

    professores tratam as questes de violncia com a excluso do aluno que promove

    conflitos, tornando-o mais rancoroso, principalmente quando este aluno fora da

    escola vit ima de violncia, este um dos motivos pelos quais necessrio que

    haja uma verificao do que ocorre com estes alunos fora dos muros da escola.

    Ainda no texto Violncia Escolar e auto-estima de adolescentes, das autoras Simone G. Assis, Joviana Q. Avanci, Lucimar C Marriel & Raquel V. C. Oliveira:

    A relao professor-aluno , muitas vezes, permeada pela falta de limites e de respeito. Nas

    falas dos entrevistados, os professores abordam seus alunos da seguinte maneira: est na minha lista, vou te reprovar; demonstrando o autoritarismo e o abuso de poder, o que cria uma barreira para a relao emptica, to necessria para a proteo e cuidado do aluno dentro do ambiente escolar, alm de favorecer a baixa auto-estima.

    Concomitantemente, a desvalorizao do professor pela sociedade leva o aluno tambm a

    desvaloriz-lo, da o confronto fica de igual para igual. O respeito uma palavra que flutua

    dentro do dicionrio; para fix-la preciso que haja uma valorizao de ambas as partes.

    Observa-se no trecho a cima que as relaes que envolvem a violncia

    dentro da escola no so apenas as advindas das residncias mas tambm a

    desvalorizao do educador, o despreparo no trato com as aes as ameaas para

    inibir atos e atitudes agressivas dos alunos com outros a tos ofensivos no

    auxiliam na tentativa de melhorar a situao, demonstrado que ocorre

    exatamente o contrario onde o aluno no se inibe e sim fora a afirmao de poder

    superior a ordem que lhe foi designada, no havendo assim a desejada colaborao

    e harmonia necessria para que todos possam usufruir com qualidade do ensino.

    O problema da evaso escolar causada pela violncia no apenas uma

    questo interna da inst ituio de ensino que um nico gestor consegue resolver

    uma profunda necessidade de melhorias e reflexes acerca da sociedade atual, as

    polt icas-pedaggicas podem promover a discusso dentro do ambiente escolar e

    tambm criar mecanismos para o combate das aes dentro da escola, porm se a

    comunidade e a sociedade no fizer a sua parte, promovendo tambm a

    conscient izao dos seus integrantes, demostrando a necessidade de contribuir

    para uma educao mais qualitativa e solidria no haver a possibilidade da

    criao de jovens conscientes de suas atribuies educacionais e sociais.

    Assim, a reduo da violncia no ambiente escolar diminui a evaso,

    observado que no texto acima a violncia dentro da escola no apenas uma

    relao de agresso fsica cometida por alunos a outros alunos e tambm aos

    profissionais da educao, a violncia tamb m ocorre de forma sutil, onde o

    despreparo do educador o leva a promover desnecessrias ameaas aos alunos,

    desejando manter o domnio perdendo assim a relao que deveria ser de parceria

    com estes educandos. constante a desvalorizao dos educadores por parte da

    sociedade e reflete no trato dos alunos aos professores, esta relao deve ser

    reestabelecida com base no respeito ao prximo, necessrio que haja um

    processo de valorizao de todas as partes , a promoo de aes que desvinculem

  • 14

    a ideia de autoridade mxima que propagada por algumas inst ituies, a gesto

    deve preocupar-se em valorizar ambos os lados.

    7 Discusso

    A discusso pertinente ao tema da viso do gestor quanto violncia que

    causa a evaso escolar no Ensino Mdio leva a apontar os efeitos que acometem a

    vida dos indivduos, a soluo proposta nesta pesquisa perpassa por inmeras

    partes, no h uma formula infalvel para que a violncia no ocorra que seja

    aplicvel a todos os casos, visto que os fatos geradores so inmeros, a

    desestruturao de famlias, a violncia sofrida no interior das residncias, o

    descaso do poder pblico, a desvalorizao das classes de educadores, a troca de

    valores entre as famlias e educadores, onde a escola tem que realizar o papel de

    pais (devido ao descaso) e no somente de propiciar e estimular o conhecimento.

    Os gestores passam gerenciar no apenas uma inst ituio educacional, mas

    tambm uma instituio destituda de seu papel, a escola no apenas o local

    onde os indivduos so levados ao conhecimento, so estimulados a conhecer o

    mundo, desvendar os mistrios do saber, a escola tambm o local onde muitas

    crianas so acolhidas com carinho , precisa ser compreendida e reconhecida. O

    papel do professor no mais o de disseminador de conhecimento, tambm passou

    a ser um profissional que deve apropriar -se de meios onde ident ifique as

    qualidades e problemticas alm da sala de aula, para que possa haver a harmonia

    dentro da inst ituio, tendo cincia que os alunos no so apenas indivduos

    dentro de uma sala de aula, eles so fruto de uma sociedade que reflete seus

    ganhos e percas.

    Demonstramos em todo o percurso da descrio desta pesquisa que

    inmeras atitudes valorizam o processo educacional, para que estas atitudes

    possam ser efet ivamente valorizadas necessrio que o gestor promova aes que

    envolvam as famlias, a comunidade e sociedade em geral, o estimulo a educao

    gera frutos, a demonstrao clara disto so os projetos que atribudos s escolas

    promovem aes envolvendo os alunos e mantendo -os na escola at a concluso

    do Ensino Mdio, projetos oriundos de inst ituies pblicas e privadas: Assim, pode-se concluir que as estratgias de preveno da violncia (seja ela domstica,

    urbana ou institucional) devem levar em considerao o ato de a violncia psicolgica ser o

    ponto inicial que deflagra toda violncia domstica. Por estar inserida na totalidade dos casos

    de violncia atendidas no CEVIC, h a necessidade de uma compreenso de que a violncia

    psicolgica, caso seja contida, possa servir como estratgia de reduo das demais violncias.

    Da mesma forma, a preveno da violncia psicolgica pode ser pensada como uma estratgia

    de preveno da violncia de modo geral, isto , no s da violncia familiar, mas tambm da

    institucional e social. O fato de uma pessoa crescer e desenvolver-se numa famlia violenta

    pode repercutir na forma de aprendizado de soluo de problemas, produzindo um padro de comportamento violento.

    (CAPONI, Sandra N. C. COELHO, Elza B. S. Silva, Luciane L. Violncia Silenciosa:

    violncia psicolgica como condio da violncia fsica e domstica. Disponvel em:

    . Acesso em: 29 abr. 2015).

    Preveno violncia a melhor forma de combater os processos de agresso, a

    educao e a promoo do esclarecimento do que a violncia, onde ela inicia-se, como

    identificar estes atos e combat-los, a falta de informao torna as situaes recorrentes.

    A criana que sofre violncia por sua famlia esta inserida neste meio pode acreditar que

    tal ao normal, o reflexo deste comportamento a agresso. S possvel demonstrar a diferena do comportamento esperado com o esclarecimento do que a

    violncia, a discusso e a promoo de aes que levem as famlias ao desenvolviment o

  • 15

    psicologicamente saudvel de forma a obter ganhos com relao ao comportamento e

    desenvolvimento dos indivduos intelectualmente e socialmente.

    Porm, as atitudes violentas dentro das escolas que causam a evaso escolar no

    se justificam apenas a alunos vtimas de violncia domstica ou moradores de regies

    com maiores problemas estruturais, a violncia que ocorre dentro das instituies

    educacionais so aes complexas, para resolver estas questes necessrio o

    desenvolvimento de polticas educacionais e projetos pedaggicos especficos que

    atendam a determinada escola, segundo o texto Iniciativas Pblicas de Reduo da

    Violncia, os autores indicam a necessidade de verificar todas as situaes: Nenhuma poltica pblica pode ser proposta, em um contexto dominado por debates de

    abertura e de consolidao democrtica, sem levar em conta todos esses fatores que favorecem

    ou no sua implantao. Em alguns casos, o prprio esforo de democratizar o acesso

    educao formal resultou, de um lado, em alternativa para o problema da excluso, mas, de outro, suscitou novos conflitos sociais. Basta ver o que aconteceu com a ampliao da oferta do

    sistema de ensino provocada tanto pelo aumento de concluses do ensino fundamental quanto

    pela crescente presso da oferta de vagas em escolas pblicas de ensino mdio. O resultado

    dessa expanso ntido: medida que o ensino pblico passa a absorver maior nmero de

    jovens, em cenrios de crise econmica e de investimentos reduzidos na rea educacional, os

    problemas tendem a se ampliar em larga escala (Haddad,1998).

    (GONALVES, Luiz Alberto Oliveira. SPOSITO, Marilia Pontes. Iniciativas pblicas de

    reduo da violncia escolar no Brasil. Disponvel em:

    . Acesso em: 29 abr. 2015).

    O desenvolvimento de polticas pblicas para o combate a violncia dentro das

    escolas, deve abranger mais que apenas o desejo de efetiva resposta a questo, deve ser

    levando em considerao inmeros fatores que favorecem ou desfavorecem a

    implantao da ao. A pesquisa realizada pelo Gestor deve ser realizada de modo a

    verificar todas as possibilidades, a situao social do local onde a escola se localiza, o

    pblico que vai atender, visando s necessidades de cada turma, os investimentos

    necessrios, as possibilidades de interveno por aes desassociadas a rgos pblicos

    fazendo com que a comunidade participe da gesto.

    A medida em que o ensino pblico vai absorvendo um maior nmero de jovens a

    necessidade de um investimento de maior proporo se faz, porm no acontece devido

    aos constantes cenrios de crise que provocam uma reduo das verbas destinadas a

    educao, prejudicando a todos e ampliando os problemas dentro das instituies

    educacionais.

    O papel do gestor quanto violncia escolar que causa a evaso no ensino mdio

    promover aes que permitam os alunos a conclurem esta fase de ensino, com qualidade e

    eficincia. A administrao de uma instituio educacional exige um amplo e rduo trabalho

    que deve ser desempenhado buscando o aprimoramento e reestabelecimento da harmonia

    dentro da escola. As polticas pblicas educacionais devem levar em conta todos os

    envolvidos e suas regies: Tendo em vista o carter bastante emergente das iniciativas das administraes estaduais e

    municipais de reduo da violncia em meio escolar na sociedade brasileira, apresentaremos

    algumas formas de enfrentar essas questes, em trs capitais brasileiras: So Paulo, Porto

    Alegre e Belo Horizonte. Nas cidades selecionadas podem ser observados modos diversos de

    constituio das aes, oferecendo, assim, um ponto de partida importante para anlises

    posteriores que podero retratar novas situaes e exprimir avaliaes mais sistemticas do

    grau de impacto das polticas pblicas educacionais voltadas para a preveno ou diminuio da violncia escolar no Brasil.

    (GONALVES, Luiz Alberto Oliveira. SPOSITO, Marilia Pontes. Iniciativas pblicas de

    reduo da violncia escolar no Brasil. Disponvel em:

    . Acesso em: 29 abr. 2015).

    A aplicao de projetos que enfrentem e solucionem as questes de violncia dentro

    das escolas no de aplica apenas as iniciativas administrativas estaduais e municipais, mas so

  • 16

    abrangentes a todos, porm como vimos anteriormente s intervenes so realizadas como

    combate a situaes pontuais. Observado que na passagem a cima tem trs cidades

    mencionadas, mesmo que tratados os problemas relacionados violncia dentro destas

    instituies necessrio que a aplicao das aes seja voltada para o combate da instituio

    com o problema da violncia.

    O Problema da evaso escolar causado ou motivado pela violncia ? Os

    ndices de evaso escolar crescem, a violncia um dos motivos pelos quais os

    alunos deixam de frequentar as salas de aula principalmente no ens ino mdio,

    onde a quantidade de alunos que se matriculam diverge da quantidade de alunos

    que concluem esta fase do ensino. O bullying uma forma de violncia velada

    cometida no interior das inst ituies de ensino que causa danos frequentes aos

    alunos. Um estudante que sofre silenciosamente violncia dos colegas acaba por

    tornar-se introspectivo, ter baixo rendimento dentro da sala de aula, em casos

    mais extremos at deixar de frequentar a escola. Um professor que repreende o

    aluno com palavras pejorativas diante da sala tambm comete bullying. A

    violncia no apenas o ato fsico, as formas de agresso podem no envolver o

    contato fsico entre o agressor e a vt ima.

    A forma mais eficaz de combate violncia dentro do ambiente escolar

    demonstrada a promoo de aes pelo Gestor que envolva a comunidade e

    todos, com uma proposta de administrao participat iva. A pesquisa de solues

    com o auxlio de todos os envolvidos. A preocupao em manter uma relao de

    parceria se faz necessria entre o Gestor, os funcionrios, educadores e alunos,

    onde apresentado o projeto polt ico -pedaggico da escola envolvendo a todos

    em aes que preservem no somente o ambiente fsico da inst ituio, mas

    tambm o esclarecimento das questes pertinentes violncia dentro da escola,

    sendo que a discusso promove no somente o enfrentamento das atitudes

    violentas, tambm esclarece o que a violncia , suas causas e suas

    consequncias.

    Assim, reconhecer a maneira eficaz, aplicvel para solucionar o problema

    da evaso causada ou motivada pela violncia dentro da escola que diminuir os

    ndices de evaso. Aplicao de aes que promovam a discusso e o

    reconhecimento dos motivos que levam a evaso que o Gestor, os educadores,

    funcionrios, alunos e comunidade, onde o plano promova um pacto, respeitando

    as polt icas pblicas educacionais e sanando as questes pertinentes ao que leva a

    violncia para dentro da escola. As promoes de aes jun tamente com

    inst ituies privadas tambm resultam em ganhos a todos. O esclarecimento das

    questes que envolvem a violncia, o bullying, as diferenas sociais e culturais

    tambm auxiliam na permanncia e concluso do ensino por todos os alunos.

    necessrio que os profissionais da educao sejam valorizados e mantenham o

    constante aprimoramento com cursos, palestras e investimentos na carreira

    educacional. O envolvimento de todos proporciona um ensino de qualidade com o

    envolvimento e aprimoramento das relaes entre escola, famlia e sociedade,

    para que os indivduos possam ter conscincia das atribuies a eles c onferidas,

    concludo com xito todas as etapas de ensino.

    8 Concluso

    Diante do exposto nas pginas anteriores necessrio aplicao de a es

    que sanem com a violncia no interior das escolas, o papel do Gestor tende a ser

    mais complexo que apenas administrar uma instituio de ensino, sendo

  • 17

    constantemente desafiado a tratar de questes maiores que o espao fsico escolar.

    O desafio enfrentado pela gesto abrangente, a gesto financeira das escolas, o

    controle de funcionrios e alunos, preciso que seja eficaz, a violncia torna a

    escola um ambiente de risco e a segurana deve ser reestabelecida. As polt icas

    pblicas desenvolvidas em mbitos nacionais, estaduais e municipais so

    parmetros a serem seguidos, devendo haver a necessria contribuio para que

    haja eficcia em suas aplicaes. O aprimoramento e valorizao do corpo

    docente se faz necessrio para que haja uma satisfao dos mes mos.

    O papel fundamental do Gestor no Ensino Mdio desenvolver o

    reconhecimento de todas as partes fundamentais para o funcionamento efet ivo da

    escola, a valorizao dos professores, o desenvolvimento dos alunos, a promoo

    de aes que envolvam a todos da comunidade com a escola e tambm segurana

    no ambiente escolar. Visando o objeto de estudo que a evaso escolar causada

    ou motivada pela violncia no Ensino Mdio, busca por reconhecer as aes que

    envolvem e afetam a todos, e o desenvolvimento da polt ica-pedaggica efetiva

    para combater as causas e motivaes que desencadeiam as atitudes agressivas,

    promovendo a harmonia e o desenvolvimento das atividades dentro da escola com

    qualidade.

    O combate das aes violentas no interior da escola fundamental que

    ocorra por parte da gesto, reconhecer no Ensino Mdio os ndices superiores de

    casos de evaso deve ser promovida a tratativa de maneira diferenciada.

    Desenvolver juntamente com todos os profissionais mecanismos que reintegrem os

    alunos a sala de aula, o gestor visando o reconhecimento dos agressores pode

    interromper o processo de manipulao decorrente dos atos violentos praticados

    por eles, com o intuito de que os estudantes vt imas cont inuem ou voltem a

    frequentar a escola superando as adversidades.

    A gesto escolar no Ensino Mdio buscando a reduo da evaso desenvolve projetos

    abrangentes, com solues que se apliquem as causas ou motivos da violncia que afasta os

    alunos das salas de aula. As solues propostas aplicveis so advindas de estudos realizados,

    propostas estas que desenvolvidas em conjunto com os membros da escola, alunos, famlia,

    comunidade e sociedade combatem a violncia dentro e fora da escola, proporcionando a

    todos um convvio pacifico com benefcios no somente para os alunos e sim a todos. Os

    ganhos efetivos so do aluno que consegue frequentar a escola e terminar o ciclo de ensino. O

    estimulo dos professores a desenvolver trabalhos que envolvam o tema da violncia pode

    contribuir de modo substancial, a pratica de discusses que esclaream temas como opo

    sexual, diferentes estruturas familiares conduz o aluno a reflexo, gera pactos para que

    possam sentir-se partes efetivas de sua prpria educao e no ser apenas uma funo

    exercida por obrigatoriedade.

    Os procedimentos da metodologia de execuo se realizou com a formao de um banco

    de dados, posteriormente houve o fichamento do material selecionado e a analise critica com a

    construo de um texto. A metodologia de execuo passa-se o registro dos dados coletados e

    seus resultados.

    A reduo dos ndices de evaso escolar no Ensino Mdio ocorre aps o

    combate violncia. Observando que nas pginas anteriores a relao entre a

    evaso e violncia no ocorre apenas com as agresses fsicas cometidas entre

    alunos, ocorre tambm com professor de forma sutil, o despreparo do educador o

    leva a promover desnecessrias atitudes que ameaam o aluno com o intuito de

    manter a ordem, a disciplina ou o controle da sala, onde deveria haver uma

    parceria acaba por desencadear at itudes violentas. A desvalorizao dos

    professores constante devendo ser reparada, para que os alunos possam respeitar

  • 18

    e valorizar este profissional, o processo necessrio de carter social com a

    desvinculao da ideia de autoridade mxima que p regada em algumas

    inst ituies de ensino, a valorizao deve promover para ambos os lados uma

    melhoria no convvio e aproximao com respeito diante do professor para com os

    alunos e vice-versa.

    A maneira eficaz e aplicvel para a soluo do problema da evaso no

    Ensino Mdio ocorre com o reconhecimento da necessidade de aes que

    promovam a discusso entre todos os funcionrios da escola, alunos, famlia,

    comunidade e sociedade. O plano deve promover um pacto, respeitando as

    polt icas pblicas educaciona is e sanando as questes pertinentes s causas ou

    motivos que desencadeiam as aes violentas e acabam por fazer parte do

    ambiente escolar. As inst ituies de ensino juntamente com acordos e parcerias

    com inst ituies privadas proporcionam ganhos essenciais a todos, propostas de

    aplicao e solues de ONGs so relevantes no combate da violncia, onde todos ganham. A Gesto da escola visando o reconhecimento das questes que

    afetam o Ensino Mdio deve proporcionar meios para o esclarecimento de

    questes como o bullying, esta forma de violncia disfarada de brincadeira, as

    questes que envolvem a violncia domstica, a diferena cultural, os modelos de

    famlia e as opes sexuais diversas, levam aos alunos a desenvolverem sua

    identidade sem prejuzos e proporcionam um ensino de qualidade a todos. A

    valorizao dos profissionais da educao deve apropriar -se dos aprimoramentos

    constantes com cursos, palestras e pesquisas para o auxilio amplo destas questes,

    o envolvimento e participao de todos desenvolve u ma relao de estreitamento

    entre a escola, os alunos, as famlias, a comunidade e sociedade, fazendo com que

    os indivduos se desenvolvam de maneira efetiva, concluindo com xito todas as

    etapas de ensino.

    Diante do exposto nas pginas anteriores necessrio reconhecer planos de

    aes que sanem com a violncia no interior das escolas, o papel do Gestor tende

    a ser mais complexo que apenas administrar uma instituio de ensino, sendo

    constantemente desafiado a tratar de questes maiores que o espao fsico escolar.

    O desafio enfrentado pela gesto abrangente, a gesto financeira das escolas, o

    controle de funcionrios e alunos, preciso que seja eficaz, a violncia torna a

    escola um ambiente de risco e a segurana deve ser reestabelecida. As polt icas

    pblicas desenvolvidas em mbitos nacionais, estaduais e municipais so

    parmetros a serem seguidos, devendo haver a necessria contribuio para que

    haja eficcia em suas aplicaes. O aprimoramento e valorizao do corpo

    docente se faz necessrio para que haja uma satisfao dos mesmos.

    O constante despreparo de professores agrava as situaes de violncia

    dentro do ambiente escolar, quando se deparam com situaes de conflito e no

    sabem como agir podem ao invs de amenizar incentivar ainda mais as aes.

    Alunos que convive com a violncia podem crer que a situao de conflito deva

    ser combat ida com afirmaes de poder. As relaes de poder devem ser expostas

    como uso democrtico e no autoritrio, sem constrangimentos ou termos

    pejorativos, o uso do poder de um professor para excluir o aluno da sala de aula

    pode no ser a melhor soluo, tendo em vista que necessrio que se trate o

    problema e no o agrave.

    O agravamento das situaes de violncia deve-se tambm a situao

    precria do pas em relao destinao de verba para a educao, onde

    crescente o nmero de instituies onde mantido o ensino por colaborao de

    parceiros privados, inst ituies no governamentais que promovem aes para o

  • 19

    auxlio s escolas, com intervenes sociais e tambm financeiras. A degradante

    situao de escolas pblicas e a desvalorizao dos professores acabam por

    estimular a violncia mesmo que silenciosa.

    A violncia silenciosa como o bullying que se disfara de brincadeiras,

    porm provoca danos s vit imas, onde novamente o estimulo de garant ia do poder

    promovido por colegas pode gerar o enfraquecimento da autoestima de um

    indivduo. As vit imas do bullying podem desencadear inmeras formas de reao

    como as atitudes introspectivas que gerando percas de aprendizado, estas

    situaes de violncia no so cometidas apenas por alunos, tambm so

    cometidas por professores e funcionrios da escola. O professor que usa palavras

    de cunho pejorativo para chamar a ateno de um aluno com dificuldades est

    cometendo bullying, o uso do poder para humilhar ou at mesmo excluir um aluno

    tambm violncia no promovendo com estas aes ganhos , necessrio que se

    promova uma educao humanizada.

    Assim, a educao deve ser trabalhada de forma a promover qualidade e prosperidade

    diante de seus propsitos de incentivar o conhecimento, a maneira simples e educada do

    professor tratar seus alunos pode beneficiar ambos os lados, obtendo o respeito e colaborando

    com a autoestima dos alunos, a violncia acaba de maneira efetiva com pequenas mudanas.

    O aluno que motivado com relao ao professor que estimula seu aprendizado e trata-o de

    maneira educada tem mais rendimento e prazer ao frequentar e manter-se na escola. A

    autoestima pode ser trabalhada de forma favorvel diminuindo o conflito tanto na escola

    quanto na casa dos alunos na fase da adolescncia que enfrenta inmeras mudanas. O Gestor

    deve observar e buscar o constante equilbrio nas aes atribudas para o ambiente escolar e a

    eficcia no combate a violncia dentro da escola que causa a evaso no Ensino Mdio.

    9 Referncias

    AVANCI, Joviana Q. & MARIEL, Lucimar C. & OLIVEIRA, Raquel V. C. & ASSIS,

    Simone G.. Violncia Escolar e auto-estima de adolescentes. Disponvel em:

    .

    Acesso em: 25 abr. 2015.

    COELHO, Elza B. S. & SILVA, Luciane L. & CAPONI, Sandra N. C.. Violncia Silenciosa:

    violncia psicolgica como condio da violncia fsica e domstica. Disponvel em:

    . Acesso em: 29 abr. 2015.

    GONALVES, Clara Germana de S & SANTOS FILHO, Jos Camilo dos & CARVALHO,

    Maria Lcia R. D.. Administrao educacional como processo de mediao interna e externa

    escola. Disponvel em: .

    Acesso em: 12 abr. 2015.

    GONALVES, Luiz Alberto Oliveira & SPOSITO, Marilia Pontes. Iniciativas pblicas de

    reduo da violncia escolar no Brasil. Disponvel em:

    . Acesso em: 12 abr. 2015.

    GOUVEIA, Andria Barbosa & SOUZA, ngelo Ricardo de. Diretores de escolas pblicas:

    aspectos do trabalho docente. Disponvel em: .

    Acesso em: 12 abr. 2015.