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Socializando o Avançando Cidadezinha Qualquer Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. ANDRADE, C.D. de. Poemas.Rio de Janeiro: José Olympio, 1959. p. 165

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Oficina do Gestar II - Língua Portuguesa em Várzea Grande

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Socializando o AvançandoCidadezinha QualquerCasas entre bananeirasmulheres entre laranjeiraspomar amor cantar.Um homem vai devagar.Um cachorro vai devagar.Um burro vai devagar.devagar... as janelas olham.Eta vida besta, meu Deus.

ANDRADE, C.D. de. Poemas.Rio de Janeiro: José Olympio, 1959. p. 165

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Atividade 1 (40 minutos)a) Examine a imagem anterior cujo desenho foi baseado em um

anúncio de uma fundação estadunidense que trabalha com crianças que vivem em bairros de periferia.

O que acha que a imagem significa?b) Em grupo, redija um pequeno texto de propaganda, relacionado

à interpretação que fizeram da imagem. O texto será publicado como um anúncio em jornais e revistas e deverá exercer função apelativa, de persuasão.

c) Pense nos seus alunos. Adapte essa tarefa para que eles façam em sala de aula: desde o planejamento até a apresentação aos colegas, passo a passo, considere a série e o(s) objetivo(s). (Plano de aula)

d) Crie uma segunda aula em que vão escolher uma profissão que acham legal e vão escrever uma carta a um profissional explicando que querem saber sobre a profissão, por que querem saber, o que acham legal nessa profissão, e perguntando sobre o que faz durante seu dia de trabalho, como precisa se preparar, etc.

e) Apresentem seu planejamento aos colegas de Oficina.

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As unidades 15 e 16 falarão sobre leitura e escrita“Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É , a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e dono da própria vontade, de entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista.”

LAJOLO apud GERALDI (1985, p.91)

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Conhecimento prévio

AAA ALUNO

P. 40

AAA PROF

P. 57

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Ao ler o cartaz, é possível perceber que a escolha para as cores utilizadas nos nomes dos atores e dos pronomes EU E VOCÊ, presentes no título do filme, foram intencionalmente empregadas.a) Qual é o significado das cores nesses nomes?b) Observe a imagem da mulher que segura um barbeador e do homem que segura um batom. O que essas imagens representam ao leitor?c) A frase do cartaz “Você vai sair do cinema uma outra pessoa” pode ser compreendida de diferentes maneiras. Para você, qual seria a mudança que o cartaz está sugerindo que o filme provocaria nas pessoas?d) Qual seria a influência desse cartaz para o expectador do filme?

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“Na escola, (...) os séculos de lá atrás continuam presentes;

escrevemos para um leitor só, o professor, que por sua vez não nos responde, não nos escreve de volta,

mas nos enquadra.”

Bernardo (1988:4)

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“os aspectos relativos ao funcionamento de sala de aula que podem contribuir para o problema para a maioria, as primeiras lembranças dessa atividade são a cópia maçante, até a mão doer, de palavras da família do, “Dói o dedo do Didu”; a procura cansativa, até os olhos arderem, das palavras com o dígrafo que deverá ser sublinhado naquele dia; a correria desesperada até o dono do bar que compra o jornal aos domingos, para a família achar as palavras coma letra J. Letras, sílabas, dígrafos, encontros consonantais As práticas desmotivadoras, perversas até, pelas conseqüências nefastas que trazem, provêm, basicamente, de concepções erradas sobre a natureza do texto e da leitura, e, portanto, da linguagem.A leitura em sala de aula (ou a partir dela) não tem dessa entrega, dessa escolha pessoal e desse envolvimento da pessoa. Ela se dá num lugar inadequado, em torno deum texto não escolhido adequadamente, com objetivos insustentáveis, para o aluno. o texto é, mesmo, o centro das experiências com a linguagem”.

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CONCEPÇÕES DE TEXTO

O texto é resultado de uma atividade cooperativa/interacional entre sujeitos sociais, de modo a atingir determinados fins. O texto é confeccionado para o outro e, assim, o outro se torna a medida do texto, tornando a condição necessária para a existência do texto e sua compreensão.

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Geraldi (1995:136), postulando a distinção entre “produção de “produção de texto”texto” e “redação”“redação” diz: “nesta, produzem-se textos para a escola; naquela produzem-se textos na escola.”•Redação é um texto escrito sobre um tema proposto (ou imposto) pelo professor em que o aluno deve pôr em prática as regras gramaticais aprendidas. O exercício de redação é artificial, simulado, pois o texto não possui interlocutor e, portanto, não se configura por uma relação dialógica.•No que se refere às correções das redações, estas são feitas pelo professor avaliador, que assinala os erros e incorreções relativos às convenções da escrita, e, depois de devolvidas aos alunos, não são sequer comentadas. •Não são oferecidas, assim, possibilidades de revisão e reelaboração do texto. O texto, nesse caso, é visto como um produto fechado em si mesmo, servindo apenas para correção e nota. O professor não o lê e sim o avalia.

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•A produção de textos é uma atividade em que acontece a produção de discursos. Ao contrário da redação, em que há a predominância de um único discurso, o institucional, na produção de discursos: (...) o sujeito articula, aqui e agora, um ponto de vista sobre o mundo que, vinculado a uma certa formação discursiva, dela não é decorrência mecânica, seu trabalho sendo mais do que mera reprodução: se fosse apenas isso, os discursos seriam sempre idênticos, independentemente de quem e para quem resultam.( Geraldi, 1995:136)•Em outros termos, a produção de textos é uma atividade em que os sujeitos produzem discursos que se concretizam nos textos.•Poderíamos dizer que, nesta atividade, quando um tema é proposto, há um levantamento de idéias relacionadas ao assunto, com discussões que possibilitem argumentações a favor ou contra as idéias enfocadas, Para a produção dos textos não se pressupõe que os alunos devam ter um dom, uma vocação específica para escrever. Eles são orientados para adquirirem uma capacidade comunicativa, tanto no que se refere ao domínio dos mecanismos básicos da linguagem, quanto à postura crítica da realidade.•O texto não é visto como produto, mas como um processo, como um trabalho que deve ser explorado, exposto, valorizado e vinculado aos usos sociais. •o professor questiona, sugere, provoca reações, exige explicações sobre as informações ausentes no texto, contrapõe à palavra do aluno uma contrapalavra, refutando, polemizando, concordando e negociando sentidos mediante as pistas deixadas no texto.•Tudo isso, para que o texto do aluno seja melhorado, em todos os níveis, e alcance, de forma satisfatória, o efeito de sentido proposto pelo autor.

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• As razões que levam o aluno a escrever devem, pois, se relacionar às situações reais de comunicação, ao uso funcional da linguagem escrita. A resposta à questão que, na prática pedagógica, devemos sempre formular “Para que serve o texto que o aluno produz?” deve se associar ao uso prático e à função social da linguagem escrita. Isso se faz, então, através de propostas concretas e significativas de produção.

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Quatro hipóteses importantes que influenciam a pedagogia da

escrita (Página 167-169)1) A escrita é uma transcrição da fala.2) Só se escreve utilizando a norma padrão.3) Todo bom leitor é um bom escritor.4) Na escola escreve-se para produzir textos

narrativos, descritivos e dissertativos.

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•POLISSEMIA (AAA PROF PÁGINA 58)Multiplicidade de sentidos de uma palavra ou locução (p.ex.: prato - ‘vasilha’, ‘comida’, ‘iguaria’, ‘receptáculo de balança’, ‘instrumento musical’, etc.; pé-de-moleque - ‘doce’, ‘tipo de calçamento’).A polissemia é um fenômeno comum nas línguas naturais; são raras as palavras que não a apresentam; as causas da polissemia são: 1) os usos figurados, por metáfora ou metonímia, por extensão de sentido, analogia, etc.; 2) empréstimo de acepção que a palavra tem em outra língua.•CONOTAÇÃO (AAA PROF PÁGINA 59)Conjunto de alterações ou ampliações que uma palavra agrega ao seu sentido literal (denotativo), por associações lingüísticas de diversos tipos (estilísticas, fonéticas, semânticas) ou por identificação com alguns dos atributos: de coisas, pessoas, animais e outros seres da natureza (p.ex.: porco, rato, pavão, cisne, garça, etc.), ou do mundo social (ligação da palavra com profissões, grupos de idade, ideologias, crenças, classes sociais, países ou regiões geográficas, etc.), ou com coisas, personagens ou pessoas que inspiram sentimentos de admiração, amor, ódio, temor, asco, etc.

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• Estratégias de Leitura O TRABALHO ANTES DA LEITURADefinir os objetivos/finalidades da leitura• ler para ver se interessa continuar lendo;• ler para procurar uma informação determinada;• ler para seguir instruções;• ler para obter uma informação de caráter geral;• ler para revisar um escrito próprio;• ler por prazer;• ler para comunicar um texto a um auditório;• ler para praticar a leitura em voz alta;• ler para verificar o que se compreendeu;• ler para aprender.

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•Habilidades a serem exploradas antes da leitura integral do texto HABILIDADES DE LEITURA Antes da leitura • Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto. • Expectativas em função do suporte. • Expectativas em função dos textos, da capa, quarta-capa, orelha etc. • Expectativas em função da formatação do gênero (divisão em colunas, segmentação do texto...). • Expectativas em função do autor ou instituição responsável pela publicação. • Antecipação do tema ou idéia principal a partir dos elementos paratextuais, como título, subtítulos, epígrafes, prefácios, sumários. • Antecipação do tema ou idéia principal a partir do exame de imagens ou de saliências gráficas. • Explicitação das expectativas de leitura a partir da análise dos índices anteriores. • Definição dos objetivos da leitura.

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•Habilidades a serem exploradas durante da leitura integral do texto realizada pelo estudante individualmente, em pequenos grupos ou em situação de leitura compartilhada.

HABILIDADES DE LEITURA Durante a leitura (autônoma ou compartilhada) • Confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido criadas antes ou durante a leitura. •  Localização ou construção do tema ou da idéia principal. •  Esclarecimento de palavras desconhecidas a partir de inferência ou consulta a dicionário. •  Identificação de palavras-chave para a determinação dos conceitos veiculados. •  Busca de informações complementares em textos de apoio subordinados ao texto principal ou por meio de consulta a enciclopédias, Internet e outras fontes. •  Identificação das pistas lingüísticas responsáveis pela continuidade temática ou pela progressão temática. •  Utilização das pistas lingüísticas para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo do texto. •  Construção do sentido global do texto. •  Identificação das pistas lingüísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor. •  Identificação do leitor-virtual a partir das pistas lingüísticas. •  Identificar referências a outros textos, buscando informações adicionais se necessário.

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•Habilidades a serem exploradas depois da leitura integral do texto. •Depois da leitura • Construção da síntese semântica do texto. • Troca de impressões a respeito dos textos lidos, fornecendo indicações para sustentação de sua leitura e acolhendo outras posições. • Utilização, em função da finalidade da leitura, do registro escrito para melhor compreensão. • Avaliação crítica do texto.

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O planejamento do desenvolvimento de textos é muito importante para a pedagogia da escrita. Os vários textos que você escreveu acima são um exemplo de como o planejamento da produção pode se dar. John Harris e Jeff Wilkinson, dois estudiosos do assunto, fazem uma proposta básica sobre a hierarquização das dimensões dos gêneros, dependendo da situação sociocomunicativa:

1- consciência da audiência;2- relevância do conteúdo;3- seqüência da informação;4- nível de formalidade;5- função da comunicação;6- convenção (formato do documento).

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• Dos textos lidos quais você aproveitou algum em sala? Irá aproveitar?

• Avançando na prática, página 124, muito bom para fazer diagnóstico de procedimentos de leitura

• Assuntos: Estrutura do texto – resumo – mapa conceitual (página 139)

• Texto 147 , Ler : Por que meu aluno não lê?• Página 164 como você ministra suas aulas de redação• Depoimento página 172• Potfólio das produções textuais dos alunos• Formulário 187• Cartão 188• Carta e relato 189

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• Organização estrutural dos textos:• Aaa professor 94, 97-98 aaa aluno 62,64-65• Dica de construção de caixa de linguagemAaa professor 113, 115-117, aaa aluno 73-76Atividades de produção textual Aaa professor 118,124-133, aaa aluno 77, 83-92

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Aaa – versão do professor

• Para o trabalho com a leitura inferencial• Aaa aluno: 33-35 – aaa professor 47-49• Principalmente o quadro de significados

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• Aaa aluno 42-43 professor 60-61 • Diferentes textos/diferentes objetivos associar à caixa de

linguagem

Aaa aluno 48-49 professor 68-69