GESTÃO DA DEMANDA EM SISTEMAS ELÉTRICOS PREDIAIS...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo ANA CAROLINA CARDOSO COSTA GESTÃO DA DEMANDA EM SISTEMAS ELÉTRICOS PREDIAIS COM APOIO DE MODELOS DE PREVISÃO DE GERAÇÃO SOLAR FOTOVOLTAICA CAMPINAS 2019

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

ANA CAROLINA CARDOSO COSTA

GESTÃO DA DEMANDA EM SISTEMAS ELÉTRICOS

PREDIAIS COM APOIO DE MODELOS DE PREVISÃO

DE GERAÇÃO SOLAR FOTOVOLTAICA

CAMPINAS

2019

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ANA CAROLINA CARDOSO COSTA

GESTÃO DA DEMANDA EM SISTEMAS ELÉTRICOS

PREDIAIS COM APOIO DE MODELOS DE PREVISÃO

DE GERAÇÃO SOLAR FOTOVOLTAICA

Dissertação de Mestrado apresentada à

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e

Urbanismo da Unicamp, para obtenção do

título de Mestra em Engenharia Civil, na área

de Recursos Hídricos, Energéticos e

Ambientais.

Orientador: Prof. Dr. Alberto Luiz Francato

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA

DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA ALUNA ANA CAROLINA

CARDOSO COSTA E ORIENTADO PELO PROF. DR. ALBERTO

LUIZ FRANCATO.

ASSINATURA DO ORIENTADOR

______________________________________

CAMPINAS

2019

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E

URBANISMO

GESTÃO DA DEMANDA EM SISTEMAS ELÉTRICOS

PREDIAIS COM APOIO DE MODELOS DE PREVISÃO DE

GERAÇÃO SOLAR FOTOVOLTAICA

Ana Carolina Cardoso Costa

Dissertação de Mestrado aprovada pela Banca Examinadora, constituída por:

Prof. Dr. Alberto Luiz Francato

Presidente e Orientador / FEC - Unicamp

Prof. Dr. Tiago Zenker Gireli

FEC - Unicamp

Prof. Dra. Ieda Geriberto Hidalgo

FT - Unicamp

A Ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no SIGA/Sistema

de Fluxo de Dissertação/Tese e na Secretaria do Programa da Unidade.

Campinas, 28 de agosto de 2019

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AGRADECIMENTOS

A Deus.

Aos que deixaram uma porção de vida em minha vida.

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES)

Código de Financiamento 01.

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“O conhecimento amplia a vida.

Conhecer é viver uma realidade que a ignorância impede desfrutar.”

Carlos Bernardo González Pecotche

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RESUMO

A produção de energia elétrica, diferentemente de outros sistemas em rede, apresenta limitações

para ser armazenada de forma economicamente viável, o que implica a necessidade e busca por

constante equilíbrio entre a oferta e a demanda.

A inserção de fontes intermitentes tem sido cada vez mais expressiva no cenário mundial. Os

sistemas microgrids representaram cerca de 6% das novas ligações elétricas a nível mundial entre

2012 e 2016 (REN 21, 2018).

Apesar das vantagens econômicas e ambientais, tais fontes apresentam características de

imprevisibilidade e não são despacháveis, o que torna as ações de gerenciamento de energia pelo

lado da demanda soluções favoráveis ao alcance de equilíbrio entre oferta e demanda.

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo desenvolver uma metodologia de análise que auxilie

tanto a definição da demanda contratada para a instalação como o gerenciamento de energia pelo

lado da demanda de uma unidade consumidora por meio da previsão da geração de energia de

painéis fotovoltaicos in loco.

Para tanto, propõe-se um modelo de previsão de radiação fotovoltaica horária para o dia seguinte,

viabilizando a previsão indireta da geração fotovoltaica.

As demais ferramentas desenvolvidas nesta dissertação consistem em um modelo de minimização

de custo operacional referente à energia que recomenda a contratação ótima de demanda; e um

modelo de minimização de custo operacional referente à energia que recomenda a readequação da

operação de equipamentos de uma unidade consumidora por meio da busca do equilíbrio entre a

previsão de geração fotovoltaica e a demanda de energia da instalação. A contratação ótima e a

readequação são apontadas por um modelo numérico computacional de otimização implementado

em GAMS e baseado em um modelo de previsão horária de radiação para o dia seguinte.

Como forma de demonstrar os resultados desta pesquisa, aplicou-se a metodologia a um estudo de

caso arbitrado na cidade de Jundiaí. A versão atual do modelo de otimização de custos referentes à

energia elétrica aponta como demanda ótima de contratação aquela associada à máxima demanda

da curva de permanência traçada pelos cenários de geração.

Aperfeiçoamentos no modelo de previsão, no entanto, apontam como demanda ótima de

contratação aquela associada ao valor de 5% da curva de permanência traçada pelos cenários de

geração fotovoltaica.

Palavras-chave: modelos estocásticos; geração de energia fotovoltaica; otimização; setor elétrico.

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ABSTRACT

Different from the others grid systems, electricity has storage limitations, which implies the need

of a constant balance between supply and demand of electric energy. The share of intermittent

sources is growing in the world scenario. Renewable-based stand-alone and off-grid single home

or mini-grid systems represented about 6% of new electricity connections worldwide between 2012

and 2016 (REN 21, 2018).

In spite of the economic and environmental advantages, these sources present unpredictable

characteristics and are not dispatchable, which makes the actions of energy management on the

demand side solutions favorable to reach a balance between supply and demand.

Thus, this research aims to develop a methodology that assists the energy management by the

demand side of a consumer unit by predicting the energy generation of photovoltaic panels in loco.

The optimization tool recommends the readjustment for the operation of equipment by matching

the forecast of generation and demand of energy in the installation in order to minimize the cost

with energy. Such re-adaptation is indicated by a numerical computational model of optimization

implemented in GAMS and based on a model of hourly radiation forecast for the following day.

As a way to demonstrate this methodology’s results, it was applied to a case study in the city of

Jundiaí. The current version of the model has pointed as optimal contracting demand the maximum

permanence curve demand generated by scenarios of photovoltaic generation.

However, improvements in the prediction model highlight as optimal contracting demand the one

associated to the value of 5% of the permanence curve drawn by scenarios of photovoltaic

generation.

Keywords: stochastic models; photovoltaic power generation; optimization; Brazilian electricity

sector

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Efeitos na curva de carga provocados por atividades de gerenciamento pelo lado da

demanda (adaptado Gellings, 1985). .............................................................................................. 18

Figura 2 - Classificação de resposta à demanda (adaptado DOE, 2006). ....................................... 21

Figura 3 – Exemplificação de custos referentes à modalidade tarifária azul (Fonte: autor). ......... 24

Figura 4 – Exemplificação de custos referentes à modalidade tarifária verde (Fonte: autor). ....... 24

Figura 5 - Ilustração da transformação de ruído branco no processo Zt (BOX-JENKINS, 2008). 28

Figura 6 - Dados extraídos do website WunderGround (Fonte: website WunderGround) ............ 34

Figura 7 - Dados extraídos do website Darksky (Fonte: website darksky.net) ............................. 35

Figura 8 - Desenho esquemático de modelo de previsão de radiação do dia seguinte (Fonte:

autor). ............................................................................................................................................. 37

Figura 9 - Curvas de corrente versus tensão ................................................................................... 38

Figura 10 - Curvas de corrente versus tensão para múltiplas temperaturas a dada radiação.......... 38

Figura 11 – Ilustração acerca da construção de cenários de geração fotovoltaica (Fonte: autor). . 39

Figura 12 – Curva de demanda de uma instalação como resultado de subdemandas de equipamentos

caracterizados pela duração da operação e magnitude da demanda (Fonte: autor). ....................... 40

Figura 13 - Possíveis alterações na demanda de equipamentos e custos associados (Fonte:

autor). ............................................................................................................................................. 41

Figura 14 - Ilustração acerca de ações de gerenciamento de demanda: (a) caso base, (b) caso de

atraso e (c) caso de diminuição da demanda (Fonte: autor). .......................................................... 41

Figura 15 - Fluxograma de funcionamento do modelo .................................................................. 43

Figura 16 - Sequência metodológica para realização da otimização do consumo elétrico para o dia

seguinte. .......................................................................................................................................... 48

Figura 17 - Curva típica de demanda de energia elétrica de uma edificação industrial com consumo

entre 5000-10000kWh e curva adequada para configuração de caso base desta pesquisa ............. 49

Figura 18 - Ilustração gráfica da operação da instalação segundo caso base ................................. 51

Figura 19 - Curva corrente vs tensão a múltiplas radiações e temperatura 25ºC (Fonte:

SunEdison) ..................................................................................................................................... 54

Figura 20 - Curva corrente vs tensão a múltiplas temperaturas e radiação 1000W/m² (Fonte:

SunEdison) ..................................................................................................................................... 54

Figura 21 - Ilustração da alteração de ordem de grandeza dos dados a partir de 17/03/2017 ........ 56

Figura 22 - Ilustração da correção da alteração de ordem de grandeza dos dados a partir de

17/03/2017 ...................................................................................................................................... 58

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Figura 23 - Valores de correlação horária entre previsão de parâmetros meteorológicos e radiação

solar para período entre outubro e fevereiro ................................................................................... 63

Figura 24 - Valores de correlação horária entre previsão de parâmetros meteorológicos e radiação

solar para período entre março e setembro ..................................................................................... 63

Figura 25 - Coeficiente de determinação obtido no período de calibração e validação dos modelos

de março a setembro e outubro a fevereiro .................................................................................... 67

Figura 26 - Tela do modelo GAMS com arquivo GMS carregado ................................................ 69

Figura 27 - Tela de término do processamento do modelo GAMS ................................................ 69

Figura 28 - Curva de permanência resultante da otimização da operação do caso base associado à

geração fotovoltaica........................................................................................................................ 70

Figura 29 - Custo diário de operação resultante da minimização de custo referente à energia elétrica

para demanda contratada igual a 15.00 kW .................................................................................... 72

Figura 30 - Custo diário de operação resultante da minimização de custo referente à energia elétrica

para demanda contratada igual a 11.72 kW .................................................................................... 72

Figura 31 - Custo diário de operação resultante da minimização de custo referente à energia elétrica

para demanda contratada igual a 12.28 kW .................................................................................... 73

Figura 32 - Custo diário de operação resultante da minimização de custo referente à energia elétrica

para demanda contratada igual a 14.33 kW .................................................................................... 73

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Caracterização de funcionamento de equipamentos ..................................................... 50

Tabela 2 - Configuração de funcionamento de equipamentos no caso base .................................. 51

Tabela 3 - Parâmetros físicos do painel fotovoltaico (Fonte: SunEdison) .................................... 52

Tabela 4 - Coeficientes e parâmetros de temperatura (Fonte: SunEdison) .................................... 52

Tabela 5 - Características de condições padronizadas de testes elétricos (STC) (Fonte:

SunEdison) ..................................................................................................................................... 53

Tabela 6 - Características de temperatura nominal de operação da célula (NOCT) (Fonte:

SunEdison) ..................................................................................................................................... 53

Tabela 7 - Interface desenvolvida em Excel para cálculo de energia gerada por módulo fotovoltaico

........................................................................................................................................................ 55

Tabela 8 - Fatores horários aplicados às radiações a partir de 17/03/2017 .................................... 57

Tabela 9 - Caracterização da série de dados entre os meses de março a setembro e outubro a

fevereiro dos anos 2013 a 2017 ...................................................................................................... 59

Tabela 10 - Caracterização da série de dados entre os meses de outubro a fevereiro dos anos 2013

a 2017 ............................................................................................................................................. 61

Tabela 11 - Calibração do modelo de previsão fotovoltaica para meses de outubro a fevereiro ... 64

Tabela 12 - Avaliação dos modelos de previsão de radiação horária para meses de outubro a

fevereiro por meio do coeficiente de determinação........................................................................ 65

Tabela 13 - Calibração do modelo de previsão fotovoltaica para meses de março a setembro ..... 65

Tabela 14 - Avaliação dos modelos de previsão de radiação horária para meses de março a setembro

por meio do coeficiente de determinação ....................................................................................... 66

Tabela 15 - Ilustração gráfica das restrições operativas do modelo de gerenciamento da

demanda .......................................................................................................................................... 68

Tabela 16 - Síntese de custos médios previsto, potencial e real para o período de gerenciamento da

demanda .......................................................................................................................................... 75

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 15

1.1. Objetivos ............................................................................................................................... 16

2. OFERTA E DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 17

2.1. Gerenciamento pelo Lado da Demanda ................................................................................ 17

2.1.1. Resposta à Demanda ............................................................................................................. 19

3. ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ................................................................................. 25

3.1. Previsão de Geração Fotovoltaica ........................................................................................ 25

4. MODELAGEM ....................................................................................................................... 27

4.1. Modelos Estatísticos para Previsão de Geração de Energia Fotovoltaica ............................ 27

4.1.1. Modelos Estocástico Estacionários....................................................................................... 28

4.1.2. Modelo Estocástico Linear ................................................................................................... 29

4.1.3. Trabalhos Anteriores ............................................................................................................ 30

4.2. A Otimização Estocástica como Ferramenta Auxiliar à Contratação de Demanda e

Gerenciamento de Carga ...................................................................................................... 31

4.2.1. Trabalhos Anteriores ............................................................................................................ 32

5. METODOLOGIA ................................................................................................................... 34

5.1. Determinação de consumidor ............................................................................................... 34

5.2. Elaboração de base de dados horária de radiação solar incidente observada, de temperatura

observada e de previsão de outros parâmetros meteorológicos ............................................ 34

5.3. Tratamento de base de dados ................................................................................................ 36

5.4. Modelagem horária de previsão de radiação para o dia seguinte ......................................... 36

5.5. Elaboração de cenários de geração fotovoltaica a partir de histórico de radiação e temperatura

observados e histórico de previsões de radiação e temperatura............................................ 38

5.6. Caracterização do consumo da instalação a partir da caracterização e potência das cargas. 39

5.7. Otimização estocástica com recurso para definição da contratação de demanda ................. 41

5.7.2. Restrições .............................................................................................................................. 44

5.7.2.1. Balanço Energético .......................................................................................................... 44

5.7.2.2. Número de horas de operação dos equipamentos ............................................................ 45

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5.7.2.3. Primeira hora de funcionamento de equipamento ........................................................... 45

5.7.2.4. Última hora de funcionamento de equipamento .............................................................. 45

5.7.2.5. Horário a partir do qual o equipamento deve começar e parar de operar ........................ 46

5.7.2.6. Estabelecimento de relação de precedência para funcionamento de equipamentos ........ 46

5.7.2.7. Cálculo demanda horária ................................................................................................. 46

5.7.2.8. Cálculo máxima ultrapassagem diária: ............................................................................ 47

5.7.2.9. Definição de demanda contratada: ................................................................................... 47

5.7.2.10. Fluxograma de procedimentos: ........................................................................................ 47

6. ESTUDO DE CASO ............................................................................................................... 49

6.1. Localização ........................................................................................................................... 49

6.2. Instalação .............................................................................................................................. 49

6.3. Caracterização Painel Fotovoltaico ...................................................................................... 52

6.4. Tarifa de Energia e Demanda ............................................................................................... 55

7. RESULTADOS ....................................................................................................................... 56

7.1. Modelos de previsão de radiação .......................................................................................... 56

7.1.1. Variáveis de entrada ............................................................................................................. 56

7.1.1.1. Correção da ordem de grandeza de radiação ................................................................... 56

7.1.1.2. Caracterização dos Parâmetros Meteorológicos .............................................................. 58

7.1.1.3. Correlação entre Parâmetros Meteorológicos e Radiação ............................................... 62

7.1.2. Calibração e validação do modelo de previsão de radiação ................................................. 64

7.1.3. Avaliação dos Modelos de Previsão de Radiação Fotovoltaica ........................................... 66

7.2. Modelo de gerenciamento da demanda ................................................................................ 68

7.2.1. Restrições Operativas ........................................................................................................... 68

7.2.2. Definição da Demanda Contratada ....................................................................................... 68

7.2.3. Minimização dos custos referentes à energia elétrica ........................................................... 70

8. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 77

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 80

ANEXO A – código calibração modelo de previsão de radiação .................................................. 86

ANEXO B – código cálculo de geração fotovoltaica ..................................................................... 87

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ANEXO C – código otimização demanda contratada .................................................................... 88

ANEXO D – código otimização gerenciamento da demanda ........................................................ 92

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1. INTRODUÇÃO

As fontes de geração intermitentes vêm ganhando representatividade cada vez

maior, tanto no cenário internacional, quanto no cenário nacional de geração de energia

elétrica. A ANEEL (2012) define fonte de energia intermitente como recurso energético

renovável que, para fins de conversão em energia elétrica pelo sistema de geração, não pode

ser armazenado em sua forma original. A energia fotovoltaica e a energia eólica podem ser

apontadas como exemplos de tal energia.

De acordo com o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico

Brasileiro, divulgado pelo MME, o Brasil possuía, em junho de 2018, 1.602 MW de

capacidade instalada referente à energia solar fotovoltaica, dos quais 1.307 MW

corresponderam à geração centralizada e 294 MW à geração distribuída, locados em 31.135

unidades consumidoras. A capacidade instalada referente à geração fotovoltaica distribuída

aumentou 221% se comparado ao mesmo período do ano anterior (MME, 2018).

Os estímulos à geração distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que

tal modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico. Entre eles pode-se apontar o adiamento

de investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, o baixo impacto

ambiental, a redução no carregamento das redes, a minimização das perdas e a diversificação

da matriz energética (ANEEL, 2018).

As fontes renováveis intermitentes, no entanto, apresentam características de

imprevisibilidade e não despachabilidade, ou seja, não são controláveis, e seu impacto no

sistema dependerá da capacidade do próprio sistema de absorver tais variações (CAVADOS,

2015). Assim, verifica-se a existência de prioridade na ordem de despacho destas fontes,

sendo que tais unidades geradoras sempre estão em produção quando apresentam condições

favoráveis para a geração.

A baixa previsibilidade das reduções ou aumentos da contribuição dessas fontes

e sua forte variação horária exigem novos modelos de simulação do sistema, novos critérios

de operação do parque gerador e, sobretudo, importantes custos de provisão de reserva, ou

“backup” (ANACE, 2018).

Em um cenário de entrada em operação em larga escala de geração intermitente,

faz-se importante que o sistema elétrico tenha meios adequados para compensar os efeitos da

variabilidade e aleatoriedade da disponibilidade de energia (MOURA; ALMEIDA, 2010).

Essa preocupação é tradicionalmente abordada pela promoção de estudos de

gerenciamento pelo lado da oferta de energia e pelo uso de tecnologias de armazenamento.

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No entanto, opções de gerenciamento pelo lado da demanda têm ganhado cada vez mais

visibilidade (MOURA; ALMEIDA, 2010).

Programas de gerenciamento pelo lado da demanda compreendem planejamento,

implementação e monitoramento das atividades da concessionária de energia elétrica,

projetadas para influenciar o uso de eletricidade pelo consumidor de forma a produzir

mudanças desejadas no formato da carga da concessionária, ou seja, mudanças no padrão de

tempo e magnitude da carga de uma concessionária (GELLINGS, 2009).

As modalidades tarifárias verde e azul, aplicadas às unidades consumidoras

cativas do grupo A, podem ser consideradas programas de gerenciamento pelo lado da

demanda uma vez que induzem demanda e consumo em determinados períodos.

Assim, compreende-se que são importantes estudos de métodos que viabilizem

alternativas de gerenciamento pelo lado da demanda com a finalidade de readequar a

demanda segundo previsão de geração fotovoltaica.

1.1. Objetivos

Este trabalho tem como objetivo geral o desenvolvimento de uma metodologia

de análise da gestão de energia pelo lado da demanda em instalações elétricas prediais em

conjunto com a previsão de um sistema de geração de energia solar fotovoltaico.

O trabalho conta, ainda, com os seguintes objetivos específicos:

Elaboração de modelos horários de previsão de radiação para o dia seguinte;

Elaboração de modelo de otimização para contratação de demanda de energia

em instalação predial com painéis fotovoltaicos instalados;

Elaboração de modelo de otimização para minimizar custos referentes à

energia elétrica a partir do gerenciamento de demanda do dia seguinte, dada

previsão de geração fotovoltaica.

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2. OFERTA E DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA

Um sistema de geração de energia elétrica apresenta limitações e custos elevados

para armazenamento de energia de forma viável, o que implica a busca constante pelo

equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia elétrica. O equilíbrio elétrico dos sistemas de

geração, transmissão e distribuição de energia elétrica precisa se manter estável em termos

de tensão e isso somente pode ser alcançado por meio do equilíbrio entre oferta e demanda

por energia elétrica.

Há duas maneiras distintas, enunciadas por Saini (2004), para alcançar tal

equilíbrio: gerenciamento pelo lado da oferta (do inglês, supply side management), quando

se realizam ajustes no volume de energia fornecido; ou gerenciamento pelo lado da demanda

(do inglês, demand side management), quando alterações na demanda asseguram o

atendimento a tal balanço.

Ações de gerenciamento pelo lado da oferta permitem que a capacidade de

geração instalada forneça eletricidade a um custo menor (KARUNANITHI et al., 2017) e são

amplamente exploradas pelo Sistema Elétrico Brasileiro. Todo o planejamento da operação

de longo, médio e curto prazo busca tal situação. Contudo, as imprevisibilidades têm afetado

cada vez mais essas.

Embora ainda em escala incipiente, mas não menos importante que as

tradicionais ações pelo lado da oferta, ações de gerenciamento pelo lado da demanda têm sido

implementadas no Sistema Elétrico Brasileiro e serão objetos de estudo neste trabalho.

2.1. Gerenciamento pelo Lado da Demanda

O termo gerenciamento pelo lado da demanda foi introduzido em 1980 pelo

Electric Power Research Institute (EPRI) pouco depois do primeiro choque do petróleo,

caracterizado por grande aumento no custo de combustíveis fósseis (BALIJEPALLI, 2011).

O gerenciamento pelo lado da demanda é conceituado por Gellings (1985) como

planejamento, análise e implementação de atividades a fim de influenciar o uso de

eletricidade pelo consumidor final de forma a induzir mudanças desejadas na curva de carga

do sistema elétrico.

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Gellings (1985) divide em seis categorias as mudanças na forma de carga

provocadas pelas atividades gerenciamento pelo lado da demanda. Tais efeitos são ilustrados

na Figura 1 e discutidos em seguida.

Figura 1 - Efeitos na curva de carga provocados por atividades de gerenciamento pelo lado da

demanda (adaptado Gellings, 1985).

- redução de pico (do inglês, peak clipping): implica a redução da carga de ponta

a partir, na maioria das vezes, do controle direto da carga (do inglês, direct load control). O

controle direto é realizado mediante consulta, planejamento e instalação de infraestrutura no

imóvel do consumidor de forma a atribuir à concessionária a gestão direta das cargas na

instalação (SAINI, 2004).

- preenchimento de vales (do inglês, valley filling): refere-se à adição de carga

fora do período de pico, quando o custo marginal supera o custo médio da eletricidade. Tal

prática é justificada pela elasticidade do custo marginal, que começa a decrescer à medida

que aumenta a quantidade produzida, haja vista a diluição do custo fixo. Dessa forma, o

preenchimento de vale passa a implicar diminuição do custo marginal de energia.

- deslocamento de carga (do inglês, load shifting): relaciona-se à movimentação

da carga de períodos no pico de demanda para períodos fora de pico. É semelhante à redução

de pico, no entanto, não implica redução do consumo.

- conservação estratégica (do inglês, strategic conservation): é resultante de

programas promovidos pela concessionária que refletem redução nos volumes de venda de

energia e alterações no padrão de uso do consumidor.

- crescimento estratégico de carga (do inglês, strategic load growth): refere-se à

promoção de um aumento do volume de venda de energia pela concessionária mediante

incentivos. Visa-se atrair cargas atendidas por outras fontes de energia.

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- curva de carga flexível (do inglês, flexible load shape): está relacionado à

confiabilidade do sistema elétrico. O consumidor tolera reduções na confiabilidade e

qualidade do suprimento mediante benefícios previamente acordados.

Se elaboradas adequadamente, medidas de gerenciamento pelo lado da demanda

podem trazer benefícios em curto e longo prazo tanto à concessionária quanto ao consumidor.

Delgado (1985) aponta que, sob a perspectiva da concessionária, os benefícios são

decorrentes da suavização no formato da carga, da postergação em investimentos em novas

usinas e linhas de transmissão e distribuição, da redução de custos operacionais, da economia

de combustível, da melhoria na eficiência do sistema, da redução de perdas e da maior

flexibilidade do sistema elétrico. Já do ponto de vista do consumidor, tem-se como vantagens

a diminuição de custos, proporcionando maior controle sobre eles e a disponibilidade de

serviços adicionais como sistemas de segurança e informativos. A sociedade como um todo

se beneficia da utilização mais eficiente dos recursos e do desenvolvimento tecnológico.

2.1.1. Resposta à Demanda

De forma ampla e geral, o conceito de resposta à demanda faz referência à

participação de consumidores no mercado de modo que estes possam acompanhar e responder

às mudanças de preços ao longo do tempo. No caso do mercado elétrico, poucos

consumidores estão atualmente expostos aos preços que refletem os custos de produção.

(DOE, 2006).

Estados Unidos da América (2007) define resposta à demanda como uma tarifa

ou um programa estabelecido para estimular mudanças na utilização de energia elétrica pelo

consumidor final em resposta às alterações no preço da eletricidade ao longo do tempo ou aos

incentivos financeiros implementados para induzir reduções no uso da eletricidade em

momentos de preços elevados ou de confiabilidade do sistema comprometida.

Segundo IEA (2003), resposta à demanda inclui todas as medidas que modificam

intencionalmente o padrão de consumo de consumidores finais com relação ao horário de

consumo, nível de demanda ou consumo total de eletricidade.

Há três formas segundo as quais a resposta à demanda pode ser obtida (DOE,

2006). Cada uma dessas formas implica diferentes custos e ações a serem tomadas por

consumidores.

A primeira delas refere-se à redução do consumo elétrico em períodos críticos,

quando tarifas estão elevadas, sem alterar o padrão de consumo nos demais períodos. A

segunda forma é o deslocamento de operações de demanda de pico para períodos fora de pico.

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A terceira forma diz respeito à utilização de geração distribuída, ocasionando pouca ou

nenhuma alteração em seu padrão de uso de eletricidade. No entanto, da perspectiva da

concessionária, os padrões de uso de eletricidade mudarão significativamente, e a demanda

parecerá menor.

Em geral, classifica-se programas de resposta à demanda em dois grupos. DOE

(2006) analisa programas de resposta à demanda sob a perspectiva de programas baseados

em tarifas e programas baseados em incentivos.

Programas de resposta à demanda baseados em tarifa (do inglês, price based

programs) estimulam mudanças no uso de eletricidade por meio de alterações nos valores de

tarifa. Diferenças significativas nas tarifas motivam consumidores a mudar o formato de sua

carga para usufruir de tarifas mais baixas (DOE, 2006). Os consumidores participantes

assinam contrato sendo as modificações de uso de carga por parte do consumidor final

inteiramente voluntárias (ZHANG; LI, 2012).

Os programas de resposta à demanda baseados em incentivos (do inglês,

incentive based programs) são acordos contratuais que visam a obtenção de reduções de

demanda por parte dos consumidores em momentos críticos. Consumidores inscritos

voluntariamente recebem incentivos em forma de crédito ou pagamento para redução de

carga pré contratada ou medida. O não atendimento pode ocasionar multa. (DOE, 2006).

Ambos programas são complementares e devem coexistir para permitir escolhas

ao consumidor e maiores ganho de eficiência no sistema de energia. SEDC (2016) salienta a

importância de notar que os programas atendem diferentes preferências do consumidor,

dando-se a possibilidade de explorar todo o espectro de benefícios do usuário e da

flexibilidade do lado da demanda (SEDC, 2016).

DOE (2006) aponta benefícios da resposta à demanda em quatro aspectos

principais. Benefícios financeiros dos participantes, através de economia em contas e

recebimento de incentivos mediante ajuste da demanda; benefícios financeiros ao mercado,

uma vez que a resposta à demanda mitiga a necessidade de maiores despachos cujo custo

cresce exponencialmente a medida que aproxima à capacidade máxima de geração;

benefícios de confiabilidade, decorrentes da diminuição da probabilidade de interrupções

forçadas, que impõem custos financeiros e inconvenientes ao consumidores; benefícios do

desempenho de mercado, motivados pela mitigação do descolamento entre custo de produção

e preço de energia (DOE, 2006).

Da perspectiva do sistema elétrico como um todo, programas de resposta à

demanda enfocam reduções de uso em horários críticos e, como resultado, preveem aumento

de uso durante as horas que as tarifas são mais baratas (DOE, 2006).

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Os programas de resposta à demanda podem ser classificados de acordo com a

Figura 2 e são explicados a seguir.

Figura 2 - Classificação de resposta à demanda (adaptado DOE, 2006).

- tarifa por hora de uso (do inglês, time of use): são fixadas diferentes tarifas para

os períodos do dia. As tarifas refletem o custo médio de geração e transmissão da

potência nos referidos períodos do dia (DOE, 2006) estabelecida por alguns meses ou

anos (ZANG; LI, 2012). Esta tarifação busca reduzir a diferença entre os picos e os

vales do perfil de demanda (O’CONNELL et al., 2014).

- tarifa em tempo real (do inglês, real time pricing): tarifas variam de acordo com

o mercado atacadista de eletricidade. Consumidores são notificados acerca das tarifas

com dias ou horas de antecedência (DOE, 2006). É empregado, majoritariamente, a

grandes consumidores comerciais e indusriais com o objetivo de diminuir a carga de

pico (O’CONNELL et al., 2014).

- tarifa de ponta crítica (do inglês, critical peak pricing): reúne características das

duas tarifas anteriores. A estrutura básica da tarifa é tal qual a tarifação por hora de

uso. No entanto, quando há condições críticas nos períodos de pico, é feita uma adição

à tarifa mediante previa notificação ao consumidor. (DOE, 2006)

- controle direto de carga (do inglês, direct load control): acordo contratual que

permite ao operador desligar remotamente cargas do cliente mediante aviso prévio

(em geral ar condicionado, aquecedor de água, bomba de piscina). Tais programas

Programa de Resposta à Demanda

Baseado em Incentivo

controle direto de carga

serviço interrompível / interceptável

bônus de oferta / programa de recompra

resposta à demanda de emergência

mercado de capacidade

mercado de serviços ancilares

Baseado em Tarifa

Tarifa por hora de uso

Tarifa de ponta crítica

Tarifa em tempo real

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são oferecidos, principalmente, a consumidores residenciais e comerciais. (DOE,

2006)

- serviço interrompível/intereptável (do inglês, interruptible/curtailable service):

acordo contratual que prevê oferecimento de desconto ou crédito ao consumidor

mediante a de redução de carga durante contingência do sistema. Uma penalidade é

prevista caso o consumidor não reduza a carga. Em geral, o programa é oferecido a

grandes consumidores industriais e comerciais. (DOE, 2006)

- oferta de redução de demanda (do inglês, demand bidding): acordo contratual

que estimula grandes consumidores a concorrer em mercado atacadista oferecendo

reduções de carga a preços que lhe predisponham. (DOE, 2006)

- resposta à demanda de emergência (do inglês, emergency demand response):

acordo contratual que prevê incentivos ao consumidor para redução de carga durante

eventos desencadeados pela confiabilidade. (DOE, 2006)

- mercado de capacidade (do inglês, capacity market): são contratos firmados,

em geral, com consumidores que podem comprometer-se a fornecer reduções de

carga previamente estabelecidas quando surgem contingências no sistema. Dessa

forma, adiciona-se capacidade ao sistema em substituição a geração e despacho

tradicionais. Os participantes são remunerados pela capacidade disponibilizada e

estão sujeitos a multa em caso de não atendimento. (FERC, 2007). (DOE, 2006)

- mercado de serviços ancilares (do inglês, ancillaty services market programs):

consumidores ofertam cargas ao operator do sistema como energia de reserva. Em

caso de aceite da oferta, o consumidor é remunerado para que se disponha a atender

de imediato. Em caso de interrompimento de carga, o consumidor é remunerado em

concordância com o mercado spot. (DOE, 2006)

Para a integração da resposta à demanda no sistema de energia, são necessárias

promoções para complementar o desenvolvimento técnico e político. Essas promoções devem

provir, majoritariamente, de entidades que gerenciam e operam o sistema de energia. Deve-

se fornecer meios, condições e estratégias atraentes que conduzam a implementação bem

sucedida da resposta à demanda (Dream Go, 2017).

Os consumidores, naturalmente, desempenham um papel crítico no sucesso da

resposta à demanda, uma vez que eles são responsáveis por fornecê-la. Os consumidores

devem estar cientes das condições operacionais bem como dos próprios interesses para que

estes não sejam sobrepostos (Dream Go, 2017).

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2.1.1.1. Experiência Nacional de Programas de Resposta à Demanda

O gerenciamento da carga do sistema por meio do mecanismo de resposta à

demanda começou a ser explorado no Brasil a partir da década de 1980.

Neste período, estudos visando a criação de uma estrutura tarifária que

aperfeiçoasse as tarifas monômia1 e binômia2 começaram a ser desenvolvidos pelo

Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE) e a pela Centrais Elétricas

Brasileiras S.A. (Eletrobrás), em parceria com a Électricité de France (EdF) (ANEEL, 2010).

Em busca de adequar as tarifas aos custos; melhorar a conformação da curva de

carga do sistema para otimizar o aproveitamento de sua capacidade; e diminuir os custos

relativos a investimentos, criou-se tarifas horo-sazonais para consumidores conectados à alta

tensão (ANEEL, 2009).

Marcou-se assim, em 1988, o início de programa de resposta à demanda baseado

em tarifa no Brasil. As tarifas horo-sazonal azul e horo-sazonal verde, passíveis de serem

adotadas por unidades consumidoras do grupo A3, passaram a estabelecer preços

diferenciados para a energia consumida nos períodos seco e úmido e para a energia e demanda

nos períodos de ponta e fora de ponta dos sistemas de distribuição.

Tal programa permaneceu sem alterações até 2011, ocasião em que a ANEEL,

dentre outras medidas, extinguiu o fator sazonalidade da tarifa horo-sazonal.

Desde então, a modalidade tarifária azul é caracterizada por tarifas diferenciadas,

de acordo com as horas do dia, para consumo de energia elétrica e demanda de potência

(ANEEL, 2012). Já a modalidade tarifária horária verde passou a caracterizar-se por tarifas

diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia, e

uma única tarifa para demanda de potência. Os custos de ambas modalidades são ilustrados

pela Figura 3 e Figura 4.

1 Tarifa monômia é caracterizada por preço aplicável unicamente ao consumo de energia elétrica. 2 Tarifa binômia é caracterizada por preço aplicável ao consumo de energia elétrica e à demanda de potência contratada. 3 Unidades consumidoras do grupo A recebem energia em tensão igual ou superior a 2,3 kV ou são atendidas a partir do sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado pela tarifa binômia.

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Figura 3 – Exemplificação de custos

referentes à modalidade tarifária azul

(Fonte: autor).

Figura 4 – Exemplificação de custos

referentes à modalidade tarifária verde

(Fonte: autor).

Em 2011, propuseram-se, também, alterações na estrutura tarifária de consumidores de

baixa tensão conhecidos como grupo B, ocasião em que a tarifa branca foi apresentada com a

intenção de estimular o consumo em períodos fora de pico.

Cabe destacar que nos últimos anos foi criado um sistema de bandeiras tarifárias (verde,

amarelo e vermelho), mas este instrumento tem seus efeitos nas sazonalizações da energia elétrica.

Para os despachos em nível diário ou horário, a bandeira é única cor ao longo do horizonte e,

portanto, não apresenta efeito nesse intervalo de tempo para horizonte de planejamento.

Quanto a programas de resposta à demanda com base em incentivo, um projeto piloto

está sendo executado no Brasil. O projeto, com duração de aproximadamente 18 meses, permite

que grandes consumidores previamente habilitados façam ofertas de redução do consumo ao

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em troca do pagamento de determinado valor,

caracterizando-se como um recurso alternativo ao despacho de usinas termelétricas fora da ordem

de mérito (ANEEL, 2017).

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3. ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

A energia solar fotovoltaica é gerada a partir da radiação solar, e está dentre as

energias renováveis mais populares.

A capacidade de geração de energia renovável registrou seu maior aumento anual

global em 2017, elevando a capacidade total em quase 9% em relação ao ano anterior. As energias

renováveis representaram 70% das adições líquidas à capacidade de energia global em 2017, em

grande parte devido a melhorias contínuas na competitividade de custos da energia solar

fotovoltaica e eólica. A energia solar fotovoltaica liderou tal aumento, respondendo por quase 55%

da capacidade de energia renovável recém-instalada (REN 21, 2018).

De acordo com o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro,

divulgado pelo MME, o Brasil possuía, em junho de 2018, 1.602 MW de capacidade instalada

referente à energia solar fotovoltaica, dos quais 1.307 MW corresponderam à geração centralizada

e 294 MW à geração distribuída, locados em 31.135 unidades consumidoras. A capacidade instalada

referente à geração fotovoltaica distribuída aumentou 221% se comparado ao mesmo período do

ano anterior (MME, 2018).

3.1. Previsão de Geração Fotovoltaica

A geração fotovoltaica distribuída ocasiona diminuição no consumo de energia da rede

de distribuição. No entanto, tal geração está fortemente relacionada a fatores meteorológicos

caracterizados por incertezas. Pode-se apontar, dentre tais fatores meteorológicos: radiação solar,

temperatura atmosférica, temperatura do módulo fotovoltaico, pressão, direção do vento, umidade...

A potência do sistema fotovoltaico muda de acordo com a variabilidade de tais fatores.

A dificuldade quanto à previsão de geração fotovoltaica afeta negativamente a

estabilidade, confiabilidade e programação da operação deste sistema de energia. A previsão precisa

da geração de energia fotovoltaica pode contribuir para reduzir a incerteza acerca do fornecimento

de energia fotovoltaica para a rede, melhorar a confiabilidade do sistema, manter a qualidade da

energia e aumentar o nível de penetração dos sistemas fotovoltaicos (DAS et al., 2018).

Operadores de usinas fotovoltaicas adotam uma variedade de tecnologias de satélites,

imagens em nuvem e infravermelho para melhorar previsões em curto prazo e aumentar a receita

(REN 21, 2018).

Antonanzas et al., 2016 indicam duas abordagens principais quanto à modelagem da

previsão de produção fotovoltaica: indireta e direta. As previsões indiretas preveem, inicialmente,

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a radiação solar e, usando um modelo de desempenho de painéis fotovoltaicos, obtêm a energia

produzida. Já as previsões diretas calculam diretamente a produção de energia do painel.

Quanto ao horizonte de previsão, os modelos são classificados, segundo Das et al.,

(2018), em:

- curto prazo, que pode contemplar uma hora, algumas horas, um dia ou até sete dias.

A previsão de geração em curto prazo contribui para o gerenciamento do despacho da

energia elétrica, sendo útil na concepção integrada de um sistema de geração.

- médio prazo, compreendida por períodos entre uma semana e um mês. Essa previsão

permite prever a disponibilidade de energia elétrica, além de colaborar no

planejamento e cronograma de manutenção do sistema.

- longo prazo, composta por períodos compreendidos entre um mês e um ano. Este

tipo de previsão de energia fotovoltaica é útil para o planejamento da geração de

eletricidade, transmissão e organização da distribuição, além da licitação de energia e

operação de segurança.

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4. MODELAGEM

4.1. Modelos Estatísticos para Previsão de Geração de Energia Fotovoltaica

Modelos estatísticos são utilizados para previsão de geração fotovoltaica no curto

prazo (DAS et. al. 2018). Tais modelos baseiam-se na análise de um conjunto de dados de uma série

temporal da variável em questão. Como resultado, extraem-se relações entre dados passados para

prever o comportamento de fenômeno futuro (ANTONANZAS et al., 2016).

Denominam-se séries temporais as observações tomadas sequencialmente no tempo.

Tais séries são chamadas determinísticas quando o comportamento do fenômeno no futuro pode ser

calculado com exatidão. Séries temporais não determinísticas ou estocásticas têm seus valores

descritos em termos de uma distribuição de probabilidade (BOX-JENKINS, 2008).

Modelos estacionários assumem que a série temporal estocástica permanece em

equilíbrio estatístico e que suas propriedades probabilísticas não mudam ao longo do tempo (BOX-

JENKINS, 2008).

A maioria das séries temporais contêm componentes sazonais e não variam em torno

de uma média fixa, o que as torna não estacionárias. Tais séries podem, no entanto, exibir um

comportamento homogêneo ao longo do tempo, apesar das flutuações que podem variar em

momentos diferentes (BOX-JENKINS, 2008).

Para uma série temporal sem estacionariedade sazonal, é necessária uma

transformação estatística para torná-la estacionária. Essa transformação nos dados é feita definindo-

se uma nova variável.

Os modelos lineares estacionários exigem esforços estatísticos e matemáticos

menores dos que métodos não estacionários, daí a importância de tal transformação.

Box-Jenkins (2008) apontam procedimento iterativo de três estágios para construção

de modelos lineares estacionários, a saber:

1. Identificação: utilização dos dados para obter informações sobre a série e, assim,

sugerir uma classe de modelos.

2. Estimativa: utilização dos dados para fazer inferências sobre os parâmetros

adequando-os ao modelo proposto.

3. Verificação: aplicação do modelo ajustado aos dados e verificação do grau de

adequação, buscando contínua melhora através do ajuste dos parâmetros.

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Assim, dependendo do desempenho do modelo testado na fase de verificação, outros

modelos da classe pré-definida no primeiro estágio serão escolhidos para a mesma avaliação, de

acordo com os três estágios descritos.

4.1.1. Modelos Estocástico Estacionários

Os modelos estocásticos estacionários são baseados na premissa de que uma série

temporal Zt na qual os valores sucessivos são altamente dependentes pode ser gerada a partir de

uma série de "choques" independentes denominados at (BOX-JENKINS, 2008). Esses choques são

desenhos aleatórios de uma distribuição de probabilidade normal, com média zero e variância σ2a.

Tal sequência de variáveis aleatórias independentes at, at-1, at-2... é chamada de processo de ruído

branco.

O processo de ruído branco at é transformado no processo Zt pelo chamado de filtro

linear. A operação de filtragem linear leva uma soma ponderada dos choques aleatórios anteriores

at, conforme ilustrado pela Figura 5.

FILTRO LINEAR

Ruído Brancoat zt

Figura 5 - Ilustração da transformação de ruído branco no processo Zt (BOX-JENKINS, 2008).

Em modelos denominados autoregressivos, o valor atual do processo é expresso como

uma soma linear ponderada e finita de “p” valores anteriores do processo e um ruído branco. Em

modelos de médias móveis, o valor atual do processo é linearmente dependente de um número finito

de ruídos brancos gerados a partir dos dados.

Para alcançar maior flexibilidade na adaptação de séries temporais reais, a inclusão

de termos autorregressivos e de médias móveis (ARMA) no modelo pode ser vantajosa. A parte

autorregressiva é responsável por vincular o valor presente da série temporal aos seus valores

anteriores e a parte de média móvel, por vincular a algum erro aleatório passado (LAZOS et al.,

2014).

Quando há uma parte integrada adicionada aos métodos ARMA que permite remover

qualquer não-estacionaridade dos dados os modelos são chamados de ARIMA (LAZOS et al.,

2014).

Os modelos tipo ARIMA podem ser expandidos para incluir novos preditores de

natureza distinta da variável principal representativa da série temporal. Esses modelos mantêm

características linear e regressiva e incorporam entradas exógenas para o comportamento futuro da

previsão. Esses modelos são chamados ARIMAX.

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Os dados utilizados para previsão de geração fotovoltaica exibem variabilidade não

linear devido a variações no clima e na cobertura de nuvens. No entanto, a dominância do ciclo de

24 horas faz com que seja possível a construção de modelos preditivos (LAZOS et al., 2014).

4.1.2. Modelo Estocástico Linear

O modelo estocástico linear (MEL) trata da previsão horária da radiação solar

empregando a conceituação dos chamados modelos função de transferência. Nesse tipo de modelo,

são utilizadas tanto informações passadas de radiação (parâmetros autoregressivos), como

observações de outros fenômenos, por exemplo, cobertura do céu por nuvens, umidade,

temperatura. A equação do MEL pode ser entendida como sendo uma expressão do tipo usualmente

empregada na análise linear multivariada, onde os fatores independentes são os resíduos de radiação

observada somado a outros, como temperatura, e a variável dependente é a radiação prevista. Em

geral, a previsão é feita utilizando-se o conceito do valor esperado, podendo-se também empregar

a estimativa feita por intervalo de confiança (ONS, 2007).

Por se tratar da previsão de séries horárias de radiação, emprega-se a conceituação

dos chamados modelos ARIMAX, uma combinação dos modelos Auto-Regressivo AR(p),

Integrado (d), Média-Móvel MA(q) e Exógeno X(r), e que pode então ser simbolizado por

ARIMAX(p, d, q, r) (CAMELO et al., 2018). Desse modo, o modelo pode ser escrito como:

𝑦𝑡 = ⍴ + ∑ 𝛽𝑖𝑦𝑡−𝑖

𝑝

𝑖=1

+ ∑ 𝜔𝑗𝑤𝑗

𝑟

𝑗=1

+ ∑(𝛳𝑗𝜀𝑡−𝑗)

𝑞

𝑗=1

+ 𝜀𝑡 (1)

onde yt é variável dependente no tempo t e que se pretende prever; ρ é uma constante; yt-i é a variável

dependente defasada por i passos de tempo; βi é o coeficiente de yt-i; p é o número máximo de

intervalos de tempo; wj representa as variáveis exógenas do modelo; ωj representa os coeficientes

das variáveis exógenas; r é o número máximo de variáveis exógenas; θj é o coeficiente do termo de

εt-j que por sua vez representa o erro no tempo t defasado de j. E εt é a componente de erro do

modelo, com εt ~ N(0, σ2).

Os parâmetros do modelo são estimados por análise de regressão linear múltipla,

utilizando o método dos mínimos quadrados para ajustar uma linha ao conjunto de observações

passadas. A determinação dos pesos pode ainda ser feita de forma sazonal, ou seja, considerando-

se separadamente os dados das horas das estações do ano (RANCISCO JUNIOR et al., 2008).

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4.1.3. Trabalhos Anteriores

Reikard (2009) aplicou regressão em log às entradas dos modelos ARIMA para prever

a radiação solar. Ele compara os modelos ARIMA com outros métodos de previsão e afirma que,

no horizonte de 24 horas, o modelo ARIMA captura as transições agudas na radiação associadas ao

ciclo diurno com maior precisão do que outros métodos.

Oudjana et al. (2012) trabalhou com a previsão de geração fotovoltaica por meio de

modelos de regressão lineares simples e de múltiplas regressões lineares, utilizando como variáveis

independentes temperatura e radiação. O modelo de regressão que utilizou temperatura e radiação

como preditores apresentou melhores resultados em comparação ao caso em que apenas um deles

foi considerado como preditor.

Qing e Niu (2018) utilizaram, para previsão de radiação solar, dados de previsão

meteorológica como temperatura, ponto de orvalho, umidade, visibilidade, velocidade do vento e

condição do tempo. Compararam-se modelos de persistência, de regressão linear e redes neurais

para um conjunto de dados recolhidos na Ilha de Santiago, Cabo Verde. As variáveis meteorológicas

que apresentaram maiores correlações foram temperatura (0,5), umidade (-0,4) e condição do tempo

(0,2).

Ahmad et, al (2015) desenvolveram um modelo para previsão de radiação solar

horária na Nova Zelândia usando várias abordagens, mas com referência particular às redes neurais

recorrentes autorregressivas não lineares com entradas exógenas (NARX). Utilizou-se, para tanto,

dados de séries cronológicas para nove variáveis meteorológicas históricas, registradas ao longo de

um período de três anos. Os resultados das previsões baseadas no NARX foram comparados com

um método baseado em rede neural artificial (RNA), uma abordagem estatística usando média

móvel regressiva (ARMA) e uma abordagem de persistência de referência.

Bacher et al. (2009) investigaram a utilização de um modelo direto de previsão de

geração fotovoltaica em comparação a outros modelos.

Li et al. (2014) construíram um modelo autorregressivo de médias móveis

incorporando variáveis exógenas para prever a produção de energia. O modelo considerou como

variáveis exógenas: temperatura, quantidade de precipitação, tempo de insolação e umidade. O

trabalho evidencia que o modelo com incorporação de variáveis exógenas melhora a precisão da

previsão da potência de saída quando comparado ao modelo ARIMA.

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4.2. A Otimização Estocástica como Ferramenta Auxiliar à Contratação de Demanda e

Gerenciamento de Carga

Problemas de otimização buscam, de forma eficiente, a resolução de situações do

mundo real por meio de modelos matemáticos (RIBAS, 2008). Em diversas áreas, é comum elaborar

planejamentos que envolvem períodos de tempos futuro.

As informações referentes ao tempo futuro, no entanto, envolvem incertezas, uma vez

que variáveis estão sujeitas a alterações.

A determinação da demanda contratada por uma unidade consumidora pode ser

apontada como um problema dessa natureza. Tal contratação é realizada em meio a incertezas de

sua utilização, devendo ser integralmente paga, sendo ou não utilizada durante o período de

faturamento (ANEEL, 2010).

Medições de demanda inferior à contratada durante o período de faturamento implicam

o pagamento integral do valor contratado e medições de demanda superior à contratada implicam o

pagamento adicional de valor referente à ultrapassagem.

Para casos em que a tomada de decisão envolve informações de períodos futuros, ou

seja, quando algumas das decisões devem ser fixadas antes que as informações relevantes para as

incertezas estejam disponíveis, empregam-se modelos de recurso (HIGLE, 2005).

A formulação produzida é conhecida como um problema de recurso. O termo "recurso"

refere-se à oportunidade de adaptar uma solução ao resultado específico observado. Os problemas

de recurso são sempre apresentados como problemas em que existem dois ou mais estágios de

decisão (HIGLE, 2005).

Num programa estocástico modelado em T estágios, o primeiro estágio normalmente

representa o início do tempo (presente), isto é, o momento em que as decisões devem ser tomadas.

Esse estágio é considerado determinístico, pois todos os parâmetros correspondentes a ele são

observáveis e podem ser determinados com boa precisão. Os dados referentes aos próximos estágios

são conhecidos somente num sentido probabilístico, os quais são revelados ao início de cada

estágio. Para isto, utiliza-se uma variável aleatória com distribuição de probabilidade conhecida

para representá-los (BUTYN, 2017).

Já quanto às decisões, a do primeiro estágio deve ser tomada sem conhecimento das

realizações futuras da variável aleatória, sendo que as decisões correspondentes aos estágios futuros

são consideradas como recursos, isto é, decisões que visam corrigir possíveis efeitos negativos das

decisões tomadas nos estágios anteriores e por isto recebem o nome de ações corretivas ou ações

de recurso. Estas decisões são tomadas na medida em que os dados deixam de ser incertos (BUTYN,

2017).

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32

Em uma unidade consumidora, as cargas podem ser classificadas em: cargas

controláveis, que podem ser submetidas a qualquer tipo de ação de gerenciamento de carga, e cargas

de tempo fixas, que ocorrem em períodos de tempo especificados e não podem ser controladas ou

submetidas a ações de gerenciamento de carga (ASHOK; BANERJEE, 2001).

A dinâmica das cargas de uma unidade consumidora de energia elétrica influencia

diretamente a demanda e o consumo de energia elétrica e pode ser apontada como variável de

segundo estágio. A dinâmica das cargas pode implicar minimização do custo operacional referente

à energia elétrica.

O modelo de programação estocástica de dois estágios pode ser formulado como:

𝑀𝑖𝑛𝑥∈𝑋 { 𝑧(𝑥) = 𝑐𝑇𝑥 + ∑ 𝑝𝑠𝑄𝑠

𝑆

𝑠=1

(𝑥, 𝜉𝑠)}

s.a. 𝐴𝑥 ≤ 𝑏

𝑥 ≥ 0

(2)

Onde 𝑄(𝑥, 𝜉) é o valor ótimo do problema de segundo estágio para cada realização

s=1,...S:

𝑀𝑖𝑛𝑦 𝑞𝑇𝑦

s.a. 𝑊𝑦 ≤ ℎ − 𝑇𝑥

𝑦 ≥ 0

(3)

Nesta formulação, x ∈ Rn é o vetor das variáveis de decisão de primeiro estágio, c , A

e b são os dados associados ao problema de primeiro estágio, y ∈ Rm é o vetor das variáveis de

decisão de segundo estágio ξ = (q, T, W, h) contém os dados para o problema de segundo estágio

que podem ser representados por variáveis aleatórias com distribuição de probabilidade conhecidas.

Aqui se assume que o vetor aleatório ξ possui um número finito de realizações ξ1, ..., ξs com as

respectivas probabilidades p1...ps (RIBAS, 2008).

No primeiro estágio é minimizado o custo de cTx mais o valor esperado do custo do

problema de segundo estágio. A decisão tomada no problema de segundo estágio reflete o

comportamento ótimo no momento em que a incerteza é revelada, compensado qualquer decisão

inadequada tomada no primeiro estágio (RIBAS, 2008).

4.2.1. Trabalhos Anteriores

Ribeiro (2016) apresenta ferramentas de gerenciamento de energia para consumidores

residenciais que sugerem alterações de hábitos de consumo. O modelo inclui a utilização de

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33

microgeração distribuída cuja previsão de geração é dada pelo software de simulação GridLAB-D.

Consideram-se a tarifa convencional e a tarifa branca nas cidades de Santa Maria, RS e Belém, PA.

A simulação usa Otimização por Enxame de Partículas e sua variante cooperativa para encontrar as

soluções.

Destacou-se o desenvolvimento de três métodos de gerenciamento da demanda, sendo

um com enfoque no gerenciamento do consumo de um sistema HVAC; um segundo método capaz

de realizar o gerenciamento do consumo do HVAC e de outras cargas de forma não coordenada e

um terceiro método que visou integrar o gerenciamento do consumo de todas as cargas, sendo

acrescentada bateria de armazenamento.

Honorato et al 2016 trabalharam sobre o problema de planejamento da demanda em

uma rede elétrica inteligente residencial com o objetivo de obter um compromisso entre o valor

monetário total da energia consumida e o conforto dos moradores. O aplicativo de gerenciamento

da demanda desenvolvido faz uso de uma otimização multi-objetivo que tem, dentre parâmetros de

entrada, tarifas elétricas diferenciadas no tempo e ciclos de operação dos equipamentos. A técnica

proposta para resolver o problema de otimização envolvendo o compromisso entre conforto e gasto

com energia é a Metaheurística NSGA-II.

Vidal et al (2014) propõem uma metaheurística baseada no conceito de day-ahead load

shifting para gerenciamento de um smart grid com objetivo de minimizar custos com energia. O

gerenciamento da demanda é modelado como um problema de otimização a solução é obtida por

meio de um Algoritmo Evolucionário (AE). Realizaram-se testes experimentais considerando-se

um smart grid com três áreas distintas de demanda, a saber: residencial, comercial, e industrial,

todas com um grande número de cargas controláveis de diversos tipos. Os resultados obtidos foram

significativos em todas as três áreas, com reduções consideráveis no custo para os consumidores,

principalmente na área industrial.

Cunha (2016) realizou um estudo sobre o impacto técnico e financeiro da aplicação de

estratégias de Gerenciamento pelo Lado da Demanda em consumidores residenciais considerando

a tarifa branca e a inserção de geração distribuída por meio do software Hybrid Optimization Model

for Eletric Renewable (HOMER). A metodologia considera curvas de carga típicas por faixas de

consumo, estratégias de gerenciamento pelo lado da demanda, tarifas de energia, painéis de geração

fotovoltaica, entre outros. Os resultados mostraram que a combinação das estratégias de

deslocamento de carga e redução de pico viabilizam o uso da tarifa branca.

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34

5. METODOLOGIA

5.1. Determinação de consumidor

Faz-se necessária a determinação de um consumidor cuja instalação conte com painéis

fotovoltaicos e cujo planejamento de consumo horário de energia elétrica no dia seguinte seja

conhecido. Para emprego desta metodologia, é necessário que a localidade do consumidor seja

coincidente com a disponibilidade de dados de radiação e outros parâmetros meteorológicos

abordados no item 5.2.

5.2. Elaboração de base de dados horária de radiação solar incidente observada, de

temperatura observada e de previsão de outros parâmetros meteorológicos

Uma base de dados de radiação solar incidente horária observada e temperatura horária

observada deve ser elaborada para a cidade onde se encontra a instalação predial.

As radiação e temperatura observadas utilizadas neste trabalho foram fornecidas por

estação meteorológica vinculadas ao website “WunderGround”, ilustrado pela Figura 6, sendo as

médias horárias calculadas como média simples dos dados fornecidos com frequência de 5 minutos

pelo website.

Figura 6 - Dados extraídos do website WunderGround (Fonte: website WunderGround)

Deve-se elaborar, também, para o mesmo intervalo de tempo, uma base de dados com

previsão horária de outros parâmetros meteorológicos. Esta metodologia vale-se da previsão

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35

parâmetros meteorológicos acessíveis no website darksky.net, apresentado pela Figura 7. A

plataforma é apoiada por uma ampla variedade de fontes de dados meteorológicos que são

agregados para fornecer a previsão mais precisa possível para um determinado local.

Figura 7 - Dados extraídos do website Darksky (Fonte: website darksky.net)

As fontes utilizadas para as previsões meteorológicas deste trabalho foram:

- O modelo ensemble do Centro Meteorológico Canadense, do Centro Nacional para

Previsões Ambientais (“National Centers for Environmental Prediction – NCEP”), disponível

globalmente;

- O Sistema de Previsão Global (“Global Forecast System”), da Administração Oceânica e

Atmosférica Nacional (“National Oceanic and Atmosferic Administration – NOAA”), disponível

globalmente;

- “Icosahedral Nonhydrostatic”, do Departamento Metereológico Alemão, disponível

globalmente;

- O Banco de Dados de Superfícies (“Integrated Surface Database”), da Administração

Oceânica e Atmosférica Nacional (“National Oceanic and Atmosferic Administration – NOAA”),

disponível próximo a áreas populosas para períodos superiores a duas semanas no passado;

- O Sistema de Assimilação de Dados Meteorológicos (“Meteorological Assimilation Data

Ingest System”), da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (“National Oceanic and

Atmosferic Administration – NOAA”), disponível próximo a áreas populosas.

Neste trabalho, foram utilizadas as previsões dos seguintes parâmetros meteorológicos

horários para 24 horas adiante, os quais são brevemente explorados a seguir:

- intensidade de precipitação: em mm/h;

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36

- probabilidade de precipitação: probabilidade de ocorrência de precipitação, variando

de 0 a 100%;

- temperatura: temperatura do ar em °C;

- umidade: umidade relativa do ar, variando de 0 a 100%;

- pressão: pressão em hPa;

- cobertura por nuvem: porcentagem do céu ocluída por nuvens, variando de 0 a 100%;

- índice UV;

- visibilidade: visibilidade média em km captada em 16km.

5.3. Tratamento de base de dados

Os dados de temperatura e radiação observados foram analisados e filtrados segundo

o limite inferior e limite superior definidos pelos quartis, sendo eliminados os dados fora desse

intervalo, considerados discrepantes.

𝐿𝐼 = 𝑄1 − 1,5 𝑥 (𝑄3 − 𝑄1) (4)

𝐿𝑆 = 𝑄3 + 1,5 𝑥 (𝑄3 − 𝑄1) (5)

5.4. Modelagem horária de previsão de radiação para o dia seguinte

Neste trabalho, efetuou-se equacionamentos horários para fornecimento de previsões de

radiação solar no horizonte horário de 24 horas adiante. Os equacionamentos foram desenvolvidos

por otimização via GAMS e alimentados por interface em planilha eletrônica Excel.

Neste trabalho, a previsão de radiação solar é descrita por um modelo linear cujas entradas

são dados de previsão de variáveis meteorológicas para o dia seguinte.

O equacionamento horário de previsão de radiação é definido pela seguinte equação:

𝑟𝑎𝑑ℎ = 𝑘 ℎ + 𝑎 1,ℎ ∗ 𝐼𝑃 ℎ + 𝑎 2,ℎ ∗ 𝑃𝑃ℎ + 𝑎 3,ℎ ∗ 𝑇 ℎ(𝑡) + 𝑎 4,ℎ ∗ 𝑈ℎ + 𝑎 5,ℎ ∗ 𝑃ℎ +

𝑎 6,ℎ ∗ 𝐶𝑁 ℎ + 𝑎 7,ℎ ∗ 𝑈𝑉ℎ + 𝑎 8,ℎ ∗ 𝑉 ℎ (6)

Onde,

kh é o termo independente definido para a hora h, IPh é a previsão de intensidade de precipitação na

hora h, PPh é a previsão de precipitação na hora h, Th é a previsão de temperatura na hora h, Uh é a

previsão de umidade na hora h, Ph é a previsão de pressão na hora h, CNh é a previsão de cobertura

por nuvem na hora h, UVh é a previsão do índice UV na hora h e Vh é a previsão de visibilidade na

hora h. Os termos ax,h são determinados em período de calibração do modelo.

Elaborou-se dois modelos de previsão de radiação horária para cada hora compreendida

entre 6h e 18h. Um dos modelos corresponde ao período de vigência do horário de verão - meses

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37

entre outubro e fevereiro – enquanto o outro corresponde aos demais meses - período de março a

setembro.

A Figura 8 apresenta um desenho esquemático de modelo de previsão de radiação do dia

seguinte.

h

h

h

h

h

h

h

h

MODELO ESTOCÁSTICO

LINEAR DE ACORDO COM

HORA E PERÍODO DO ANO

(visibilidade)

(pressão)

(umidade)

(cobertura por nuvem)

(temperatura)

(probabilidade de chuva)

(condição do tempo)

PREVISÃO

PREVISÃO

(disponibilizada em website)

(radiação)

(...) (...)

Figura 8 - Desenho esquemático de modelo de previsão de radiação do dia seguinte (Fonte: autor).

A solução de problemas de otimização exige o emprego de rotinas computacionais. O

problema descrito requer técnica de programação não linear (PNL) e, para tanto, utilizou-se o

software GAMS.

O software GAMS contém o otimizador denominado “MINOS”, cujo algoritmo de

programação não linear é distribuído pela Stanford Business Software Inc. Para função objetivo não

linear com restrições lineares, o otimizador utiliza o algoritmo do gradiente reduzido combinado

com algoritmo quase-Newton. Quando as restrições são não lineares usa-se o algoritmo da projeção

aumentada de Lagrange. Para problemas lineares usa o método Simplex. Esses métodos encontram-

se descritos em Hillier e Lieberman (1995) e Mays e Tung (1992).

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38

A função objetivo fixada para calibração do modelo foi a minimização da diferença

quadrática do erro da previsão, e a única restrição imposta foi de valores de previsão de radiação

maiores ou iguais a zero.

O código para calibração implementado em GAMS está disponibilizado no ANEXO A.

5.5. Elaboração de cenários de geração fotovoltaica a partir de histórico de radiação e

temperatura observados e histórico de previsões de radiação e temperatura

Fabricantes de painéis fotovoltaicos disponibilizam curvas de corrente versus tensão que,

associadas a outras informações, permitem a interpolação de curvas corrente versus tensão para

quaisquer temperaturas e radiações.

A magnitude da corrente elétrica gerada em um painel fotovoltaico está diretamente

relacionada aos valores de radiação solar incidente e temperatura do painel. A dada temperatura,

um aumento da radiação solar incidente implica aumento da corrente de curto circuito, tal como

ilustrado na Figura 9. A dada radiação, um aumento da temperatura do painel leva a um pequeno

incremento da corrente de curto circuito e diminuição significativa da tensão de circuito aberto,

como mostra a Figura 10.

Figura 9 - Curvas de corrente versus tensão

para múltiplas radiações a dada temperatura

(Fonte: painel SunEdison).

Figura 10 - Curvas de corrente versus tensão para

múltiplas temperaturas a dada radiação

(Fonte: painel SunEdison).

A potência gerada a dado momento em um painel fotovoltaico é, portanto, uma função

da radiação e temperatura, sendo dada pelo produto entre tal corrente e tensão.

Dessa forma, a geração fotovoltaica média horária em um painel fotovoltaico pode

ser inferida a partir da interpolação gráfica de valores de tensão e corrente para radiação solar

incidente média horária e a temperatura média horária.

Para o desenvolvimento deste trabalho foram construídos “cenários” de geração

fotovoltaica a partir do histórico horário de radiação solar incidente e temperatura conforme

ilustrado pela Figura 11.

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39

h

h

Temperatura

Radiação Solar

CÁLCULO DA GERAÇÃO

FOTOVOLTAICA A PARTIR DA

CARACTERIZAÇÃO DO PAINEL

h

Cenário de Geração Fotovoltaica

Figura 11 – Ilustração acerca da construção de cenários de geração fotovoltaica (Fonte: autor).

Construíram-se cenários de geração fotovoltaica a partir de dados de radiação e

temperatura observados e previstos.

O ANEXO B apresenta o código desenvolvido em linguagem VBA para o cálculo de

geração fotovoltaica horária a partir da interpolação de valores de temperatura e radiação.

5.6. Caracterização do consumo da instalação a partir da caracterização e potência

das cargas

Para efeito desta pesquisa, o consumo horário de energia elétrica dos

equipamentos foi considerado constante no intervalo horário e, numericamente, igual à

potência.

O consumo e a demanda de energia elétrica podem ser descritos a partir das

diversas cargas controláveis e não controláveis componentes de uma instalação. A demanda

dessas cargas, por sua vez, pode ser discretizada segundo blocos horários representantes da

duração da operação e magnitude da demanda. A Figura 12 ilustra tal concepção a partir da

demanda média dos equipamentos “1” e “2”.

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40

kW

horizonte de planejamento (h)

1 1 1 1 1 2 2 21 1 1 2 21 2

2

3 6 9 12 15

Figura 12 – Curva de demanda de uma instalação como resultado de subdemandas de

equipamentos caracterizados pela duração da operação e magnitude da demanda (Fonte: autor).

Os equipamentos de uma instalação, portanto, podem ser associados a vetores xa

compostos por H termos, onde H é o horizonte de planejamento e xah são os termos

correspondentes ao consumo do equipamento no período de tempo “h” do horizonte. Ea será

a energia total necessária para o funcionamento de um ciclo do equipamento e αa e βa,

respectivamente, horário de início e de término do consumo de energia do ciclo, de modo

que:

xaH = [xa

1, ..., xaα, ... , xa

β, xaH] (7)

∑ 𝑥𝑎ℎ

𝐻

ℎ=1

= 𝐸𝑎 (8)

As ações de gerenciamento da demanda de uma instalação estarão relacionadas

a alterações nos termos 𝑥𝑎ℎ, xa

α e xaβ dos vetores característicos de cada equipamento. Tais

ações podem implicar alterações na magnitude da demanda, deslocamento do início da

operação, diminuição do tempo de operação de cada ciclo, dentre outros. Tais readequações

implicam custos diretamente relacionados à atividade exercida.

As alterações e deslocamentos da carga constituem ações de gerenciamento da

demanda possibilitadas pelo arranjo das cargas controláveis da instalação ilustrado pelas

Figura 13 e Figura 14.

Os custos associados às alterações e aos deslocamentos de carga apresentados

pela Figura 13 foram arbitrados a fim de ilustração.

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41

t-1 t t+1 t+2t-1 t t+1 t+2t-1 t t+1 t+2 t-1 t t+1 t+2t-1 t t+1 t+2Caso base Custo

associado:$30

Custo associado:

$32

Custo associado:

$50

Custo associado:

$52

Figura 13 - Possíveis alterações na demanda de equipamentos e custos associados (Fonte: autor).

t-1 t t+1 t+2 t-1 t t+1 t+2 t-1 t t+1 t+2

(a) (b) (c)

Figura 14 - Ilustração acerca de ações de gerenciamento de demanda: (a) caso base, (b) caso de

atraso e (c) caso de diminuição da demanda (Fonte: autor).

Neste trabalho, os equipamentos foram caracterizados dentro de um horizonte de

24 horas, de forma horária, segundo: número de horas de operação por dia, potência, horário

a partir do qual pode iniciar a operação, horário a partir do qual se deve encerrar a operação

e equipamentos cuja operação deve ser precedida.

As ações de gerenciamento da demanda passíveis de serem empregadas a partir

da metodologia desenvolvida por esta pesquisa foram de deslocamentos de cargas, sem a

associação de nenhum custo.

5.7. Otimização estocástica com recurso para definição da contratação de demanda

Dois modelos de otimização foram desenvolvidos. O primeiro referente à definição

ótima de demanda contratada e, o segundo, ao gerenciamento das cargas da instalação de

forma a minimizar o custo relacionados à energia.

O primeiro modelo propõe a otimização do montante da demanda contratada, haja

vista a geração fotovoltaica in loco. Neste modelo a demanda contratada e o funcionamento

das cargas controláveis são definidos como variáveis de decisão.

O segundo modelo, desenvolvido com a finalidade de minimizar gastos referentes à

energia elétrica por meio do deslocamento do funcionamento de cargas na instalação, tem

como variável de decisão o funcionamento das cargas controláveis.

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42

O problema descrito requer técnica de programação não linear inteira mista (PNLIM)

e, para tanto, utilizou-se o otimizador denominado “Alpha ECP” do software GAMS, cujo

algoritmo é distribuído pela Abo Akademi University.

O otimizador “Alpha ECP” é baseado no método do plano de corte estendido, uma

extensão do plano de corte de Kelley, originalmente desenvolvido para problemas de

programação não linear convexos (Kelley, 1960). O método requer apenas a solução de um

subproblema de programação inteira mista em cada iteração. Os subproblemas de

programação inteira mista podem ser resolvidos de forma a serem otimizados, viáveis ou

apenas para uma solução relaxada inteira em iterações intermediárias. Isso torna o algoritmo

eficiente e fácil de implementar. Mais informações sobre o algoritmo podem ser encontradas

em Westerlund T. and P¨orn R. (2002).

Os equacionamentos foram desenvolvidos por otimização via GAMS e alimentados

por interface desenvolvida em VBA cujo procedimento é ilustrado graficamente pela Figura

15.

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43

Figura 15 - Fluxograma de funcionamento do modelo

5.7.1. Função Objetivo

A função objetivo e restrições implementadas para os modelos de otimização foram

as mesmas. A diferença entre os modelos reside na definição das variáveis de entrada e das

variáveis de decisão.

Em ambos modelos, a tarifa da demanda contratada é uma variável de entrada. Tal

tarifa, definida com base mensal, passou por adaptação para base diária, sendo, para tanto, o

valor da tarifa da demanda dividida pelo número de dias do mês e a tarifa de ultrapassagem

da demanda contratada igual ao dobro da tarifa mensal.

A função cujo objetivo é a minimização do custo é apresentada a seguir:

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min 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 = ∑ ∑(𝐹𝑢𝑛𝑐(𝑐, 𝑡) ∗ 𝑃𝑜𝑡(𝑐) − 𝐹𝑉(𝑡)) ∗ 𝑇𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜(𝑡) + 𝐷𝐶𝑜𝑛𝑡

𝑛

𝑐=1

24

𝑡=1

∗ 𝑇𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 ∗1

𝑛𝑑𝑚+ 𝑚𝑎𝑥𝑡=1

24 𝑢𝑙𝑡(𝑡) ∗ 2 ∗ 𝑇𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎

(9)

onde:

custo = valor da função objetivo (R$);

t = hora do dia;

c = índice referente ao equipamento da instalação predial;

n = número de equipamentos;

Func(c,t) = vetor binário que, quando igual a 1, indica o funcionamento do equipamento c na

hora t;

Pot (c) = potência do equipamento c (kW);

FV(t) = energia fotovoltaica gerada na hora t (kWh);

𝑇𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜(t) = tarifa referente ao consumo de energia elétrica na hora t (R$/kWh);

DCont = demanda de potência ativa contratada (kW);

𝑇𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = tarifa referente à demanda de potência (R$/kW/mês);

ndm = números de dias no mês;

ult(t) = vetor que contém os valores referentes à ultrapassagem da demanda contratada na

hora t;

5.7.2. Restrições

O modelo faz a adequação de suas características físicas por meio de equações

matemáticas e num problema de otimização geralmente isto é traduzido com a inserção de

restrições. A seguir, são apresentadas as restrições da modelagem.

5.7.2.1. Balanço Energético

Esta equação é responsável por manter a igualdade entre a potência fornecida pela

rede de distribuição e painel fotovoltaico e a potência demandada pela edificação,

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45

armazenando, para cada hora t, valores de potência demandada acima e abaixo do valor

contratado.

𝐷𝑐𝑜𝑛𝑡 (𝑡) = ∑ 𝐹𝑢𝑛𝑐(𝑐, 𝑡) ∗ 𝑃𝑜𝑡(𝑐) − 𝐹𝑉(𝑡) − 𝑢𝑙𝑡(𝑡) + 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑎(𝑡)

𝑛

𝑐=1

(10)

onde:

sobra(t) = vetor que armazena valores de potência abaixo da demanda contratada que não

foram consumidos.

5.7.2.2. Número de horas de operação dos equipamentos

Os equipamentos compreendidos na instalação predial devem funcionar quantidade

de horas predeterminada a cada dia, sendo esse equacionamento dado por:

𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜(𝑐) = ∑ 𝐹𝑢𝑛𝑐(𝑐, 𝑡)

24

𝑡=1

(11)

5.7.2.3. Primeira hora de funcionamento de equipamento

A primeira hora de funcionamento do equipamento c é conhecida por meio da

equação:

𝐻𝑜𝑟𝑎𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜(𝑐) = 25 − max(𝐹𝑢𝑛𝑐(𝑐, 𝑡) ∗ ℎ𝑖𝑛𝑣)𝑡=124 (12)

onde:

ℎ𝑖𝑛𝑣 = vetor contendo números inteiros de 1 a 24, ordenado de forma decrescente;

5.7.2.4. Última hora de funcionamento de equipamento

A última hora de funcionamento do equipamento c é conhecida por meio da equação:

𝐻𝑜𝑟𝑎𝑇𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑜(𝑐) = max(𝐹𝑢𝑛𝑐(𝑐, 𝑡) ∗ ℎ𝑡=124 ) (13)

onde:

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46

h = vetor contendo números inteiros de 1 a 24, ordenado de forma crescente;

5.7.2.5. Horário a partir do qual o equipamento deve começar e parar de operar

O horário a partir do qual equipamento c deve começar a operar é conhecido por meio

da equação:

𝐻𝑜𝑟𝑎𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜(𝑐) > 𝑖𝑛𝑖 (14)

O horário a partir do qual equipamento c deve deixar de operar é conhecido por meio

da equação:

𝐻𝑜𝑟𝑎𝑇𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑜(𝑐) < 𝑓𝑖𝑚 (15)

onde:

ini = escalar que indica o horário a partir do qual equipamento deve começar a operar;

fim = escalar que indica o horário a partir do qual equipamento deve parar de operar.

5.7.2.6. Estabelecimento de relação de precedência para funcionamento de

equipamentos

Há equipamentos cujo início do funcionamento está vinculado ao término do

funcionamento de algum outro. Esta restrição rege as chamadas relações de precedência

existentes entre os equipamentos da instalação predial. Tal relação é estabelecida pela

seguinte equação:

𝐻𝑜𝑟𝑎𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜(𝑏) > 𝐻𝑜𝑟𝑎𝑇𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑜(𝑑) + 1 (16)

onde d é um equipamento cujo funcionamento deve preceder o funcionamento do

equipamento b.

5.7.2.7. Cálculo demanda horária

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47

A demanda consumida a cada hora, decorrente da operação dos equipamentos, é

calculada por:

𝐷𝐻𝑜𝑟𝑎𝑟𝑖𝑎(𝑡) = ∑ 𝐹𝑢𝑛𝑐(𝑐, 𝑡) ∗ 𝑃𝑜𝑡(𝑐)

𝑛

𝑐=1

(17)

5.7.2.8. Cálculo máxima ultrapassagem diária:

No modelo desenvolvido, a ultrapassagem da demanda contratada é onerada a partir

do valor máximo referente à ultrapassagem da demanda contratada ao longo das 24 horas. O

modelo calcula tal valor por meio da seguinte expressão:

𝑍 = 𝑠𝑚𝑎𝑥𝑡=1 24 𝑡, 𝑢𝑙𝑡(𝑡) (18)

5.7.2.9. Definição de demanda contratada:

Neste modelo de otimização, a demanda contratada é uma variável de decisão,

caracterizando-se como variável de primeiro estágio. Para cada cenário de geração

fotovoltaica uma demanda contratada ótima é indicada pelo modelo.

Nesta metodologia, avaliou-se os custos referentes a energia elétrica para valores de

demanda correspondentes a 100%, 95% e 90% da curva de permanência construída a partir

do modelo de otimização.

5.7.2.10. Fluxograma de procedimentos:

Figura 16 apresentada um fluxograma que exemplifica o funcionamento do modelo

desenvolvido.

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Figura 16 - Sequência metodológica para realização da otimização do consumo elétrico para o dia

seguinte.

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49

6. ESTUDO DE CASO

A apresentação deste estudo de caso tem como objetivo ilustrar um exemplo de

aplicação da metodologia desenvolvida neste trabalho.

6.1. Localização

Arbitrou-se uma instalação industrial na cidade de Jundiaí, São Paulo. Escolheu-

se a cidade de Jundiaí em decorrência da disponibilidade de dados. Os dados meteorológicos

observados foram fornecidos por uma estação meteorológica localizada na latitude -23.179º

N e longitude -46.985º W, software HP 1000 V1.1.2. Os dados meteorológicos referentes à

previsão foram obtidos para as mesmas latitude e longitude.

6.2. Instalação

Para desenvolvimento de estudo de caso, caracterizou-se o consumo elétrico de

uma edificação segundo uma curva típica de consumo industrial entre 5000 e 10000 kWh

caracterizada por Nota Técnica de empresa distribuidora de energia. A Figura 17 mostra curva

típica de demanda de energia elétrica de uma edificação industrial com consumo entre 5000-

10000kWh e a curva adequada para configuração de caso base do estudo de caso desta

pesquisa. Para tanto, as áreas de ambas curvas foram igualadas.

Figura 17 - Curva típica de demanda de energia elétrica de uma edificação industrial com consumo

entre 5000-10000kWh e curva adequada para configuração de caso base desta pesquisa

0

2

4

6

8

10

12

14

16

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Consumo (kWh)

horas

curva típica consumo industrial 5000-10000 kWh caso base

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50

Para configuração deste estudo de caso, caracterizou-se uma edificação com

potência total instalada igual a 30kW, composta por 13 equipamentos, para os quais impôs-

se restrições quanto a hora de início e término de funcionamento e restrições de precedência

por algum outro equipamento.

O funcionamento dos equipamentos deu-se conforme Tabela 1, onde são

apresentados o número de horas de funcionamento por dia e potência de cada equipamento.

Aos equipamentos 2, 3, 4, 5 e 6, impôs-se horário a partir do qual poderiam iniciar operação

e o horário a partir do qual a operação deveria ser encerrada. Aos equipamentos 2, 3, 7, e 10

impôs-se serem precedidos pelos equipamentos 4, 6, 11 e 9, respectivamente.

Tabela 1 - Caracterização de funcionamento de equipamentos

Caracterização Funcionamento Equipamentos

Equipamento Operação Potência Hora Inicio Hora Termino Precedência

(h/dia) (kW) depois de (h) antes de (h) equip # precedido por

1 24 2

2 3 1.5 10 20 4 → 2

3 5 1.5 9 24 6 → 3

4 8 4 6 20 4 → 2

5 9 4 7 17

6 3 4 7 18 6 → 3

7 2 4 11 → 7

8 1 4

9 1 1 10 → 9

10 1 1 10 → 9

11 4 1 11 → 7

12 15 1

13 6 1

A Tabela 2 ilustra a configuração do caso base, sendo o funcionamento do

equipamento “k” na hora “h” indicado por um “x” na coluna e linha correspondentes. Os

retângulos hachurados indicam a impossibilidade do equipamento “k” operar na hora “h”.

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51

Tabela 2 - Configuração de funcionamento de equipamentos no caso base

A Figura 18 ilustra graficamente a operação da instalação segundo caso base,

sendo cada retângulo equivalente a 1kW de potência e o número contido no interior do mesmo

equivalente ao equipamento em funcionamento.

horas do dia

Figura 18 - Ilustração gráfica da operação da instalação segundo caso base

equip/hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

2 x x x

3 x x x x x

4 x x x x x x x x

5 x x x x x x x x x

6 x x x

7 x x

8 x

9 x

10 x

11 x x x x

12 x x x x x x x x x x x x x x x

13 x x x x x x

Legenda:

horários com restrição operativa

x carga em operação

12

12

8

8

8 12

8 12 11 12

12 12 8 11 11 12 13

12 12 8 11 6 6 13

12 11 11 8 9 12 12 6 6 12

12 11 11 8 9 12 12 6 6 12

5 5 5 5 5 5 5 6 6 7

5 5 5 5 5 5 5 6 6 7

5 5 5 5 5 5 5 6 6 7

5 5 5 5 5 5 5 6 6 7

5 5 5 5 5 5 5 6 6 7 13

5 5 5 5 5 5 5 5 5 7 13

12 5 5 5 5 5 5 5 5 5 7 12 13

12 5 5 5 5 5 5 5 5 5 7 12 13

4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 12

4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 12 13

4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 3 13

4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 3 12 13

4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 6 7 3 12 13

4 4 4 4 4 4 4 4 2 2 6 7 2 3 3 3 3

10 13 12 12 4 4 4 4 4 4 4 4 2 2 6 7 2 3 3 3 3

10 13 12 12 4 4 4 4 4 4 4 4 2 2 6 7 2 3 3 3 3

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

equip/hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

2 x x x

3 x x x x x

4 x x x x x x x x

5 x x x x x x x x x

6 x x x

7 x x

8 x

9 x

10 x

11 x x x x

12 x x x x x x x x x x x x x x x

13 x x x x x x

Legenda:

horários com restrição operativa

x carga em operação

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52

6.3. Caracterização Painel Fotovoltaico

Para a configuração deste estudo de caso, considerou-se a utilização de dez

painéis solares da marca SunEdison, modelo F310BzD, totalizando potência total instalada

de 3100W, equivalente a 10% da potência total instalada da edificação. As especificações

técnicas do painel são apresentadas a seguir. A Tabela 3 ilustra os parâmetros físicos do painel

fotovoltaico e a Tabela 4 traz coeficientes e parâmetros de temperatura associados ao painel.

Tabela 3 - Parâmetros físicos do painel fotovoltaico (Fonte: SunEdison)

Tabela 4 - Coeficientes e parâmetros de temperatura (Fonte: SunEdison)

A Tabela 5 retrata as características de condições padronizadas de testes elétricos

(STC), realizado em laboratório, sob radiação igual a 1000W/m², temperatura do módulo

25ºC e massa de ar igual a 1,5. Em decorrência da realização em laboratório, tais testes não

correspondem à realidade de operação dos módulos.

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53

Tabela 5 - Características de condições padronizadas de testes elétricos (STC) (Fonte: SunEdison)

É sabido que aumentos da temperatura do módulo levam à redução da tensão de

saída e, consequentemente, perda de potência de mesma proporção. Em operação, os módulos

apresentam temperatura que pode variar entre 15ºC e 30ºC acima da temperatura ambiente.

A Tabela 6Error! Reference source not found. ilustra valores de características de

temperatura nominal de operação da célula (NOCT), sob radiação igual a 800W/m²,

temperatura ambiente igual a 20ºC, massa de ar igual a 1,5 e velocidade do vento igual a

1m/s, condições estas mais próximas da operação dos painéis fotovoltaicos.

A Figura 19 e a Figura 20 ilustram, respectivamente, as curvas de corrente vs

tensão a múltiplas radiações e temperatura 25ºC e as curvas corrente vs tensão a múltiplas

temperaturas e radiação 1000W/m².

Tabela 6 - Características de temperatura nominal de operação da célula (NOCT) (Fonte: SunEdison)

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Figura 19 - Curva corrente vs tensão a múltiplas radiações e temperatura 25ºC (Fonte: SunEdison)

Figura 20 - Curva corrente vs tensão a múltiplas temperaturas e radiação 1000W/m² (Fonte:

SunEdison)

Um código VBA foi desenvolvido para interpolação de valores de radiação e

temperatura dos módulos a fim de calcular a energia gerada por um painel fotovoltaico. A

Tabela 7 mostra a interface desenvolvida em Excel e consta, no Anexo B o código VBA

desenvolvido para tanto.

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55

Tabela 7 - Interface desenvolvida em Excel para cálculo de energia gerada por módulo fotovoltaico

6.4.Tarifa de Energia e Demanda

As tarifas de energia e de demanda adotadas foram compostas pela média das tarifas

de três distribuidoras presentes no estado de São Paulo vigentes no ano de 2018. Para a tarifa de

energia, adotou-se o valor de R$0,28397/kWh em horário fora ponta e R$0,42595/kWh em

horário ponta, definido entre 19 e 21 horas. Quanto à tarifa de demanda, adotou-se o valor de R$

14,22/kW para horários de ponta e fora de ponta.

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56

7. RESULTADOS

7.1. Modelos de previsão de radiação

Elaborou-se modelos de previsão de radiação para dois períodos do ano distintos,

a saber: março a setembro e outubro a fevereiro.

Para calibração dos modelos, foram utilizados dados horários disponíveis, entre

os anos 2013 e 2016, referentes a:

- previsão meteorológica horária para 24 horas a frente de: probabilidade de

precipitação, intensidade de precipitação, temperatura, umidade, pressão,

cobertura por nuvem, índice UV e visibilidade;

- temperatura e radiação observados.

A validação dos modelos foi realizada por meio de dados disponíveis, para a

mesma localidade, no ano de 2017.

7.1.1. Variáveis de entrada

7.1.1.1. Correção da ordem de grandeza de radiação

Durante a etapa de coleta dos dados, notou-se que, a partir do dia 17/03/2017, a

ordem de grandeza da série de dados de radiação altera-se, conforme ilustrado pela Figura

21, que mostra dados de radiação de 12h entre os meses de março a setembro dos anos de

2013 a 2017.

Figura 21 - Ilustração da alteração de ordem de grandeza dos dados a partir de 17/03/2017

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

0 100 200 300 400 500 600 700

Radiação (W/m²)

série cronológica de dados

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57

A ordem de grandeza de radiação volta ao patamar anterior a março de 2017 a

partir de agosto de 2018. A fim de entender a alteração da ordem de grandeza, tentou-se

contato com a estação, porém, não houve sucesso.

Em decorrência de tal circunstância, efetuou-se uma correção na ordem de

grandeza por meio de fator horário definido como a razão entre a média da série de dados de

radiação anteriores a 17/03/2017 e a média da série de dados posteriores a essa data, conforme

equação a seguir:

𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐻𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜ℎ =𝑅𝑎𝑑𝑖𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑎 17/03/2017ℎ

𝑅𝑎𝑑𝑖𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑎 17/03/2017ℎ

(19)

Os fatores horários calculados para os modelos de previsão de radiação de

março a setembro e outubro a fevereiro são apresentados na Tabela 8.

Tabela 8 - Fatores horários aplicados às radiações a partir de 17/03/2017

hora modelo

out-fev

modelo

mar-set

5h 3.9336 17.4621

6h 8.3396 4.1399

7h 8.2225 5.5076

8h 8.7791 6.5561

9h 9.3829 6.7341

10h 9.2815 6.8052

11h 9.6755 7.0842

12h 9.6095 6.9873

13h 9.8949 6.9077

14h 9.9585 7.0684

15h 9.7939 7.4425

16h 10.1427 6.9531

17h 11.1474 6.3082

18h 11.0542 13.0839

19h 16.2800

A Figura 22 mostra dados de radiação de 12h, entre os meses de março a

setembro dos anos de 2013 a 2017, com dados, a partir de 17/03/2013, corrigidos segundo

fator horário correspondente.

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58

Figura 22 - Ilustração da correção da alteração de ordem de grandeza dos dados a partir de

17/03/2017

7.1.1.2. Caracterização dos Parâmetros Meteorológicos

A tabela a seguir apresenta, para cada parâmetro meteorológico: a quantidade

de dados em cada horário, os valores de primeiro e terceiro quartis - Q1 e Q3, respectivamente

-, limites inferior e superior calculados conforme Equação 4 e Equação 5, número de dados

de temperatura e radiação observados abaixo do limite inferior e número de dados acima do

limite superior para a série de dados entre os meses de março a setembro e outubro a fevereiro

dos anos 2013 a 2017.

A filtragem de dados foi realizada segundo os limites inferior e superior dos

parâmetros meteorológicos “radiação” e “temperatura”.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

0 100 200 300 400 500 600 700

Radiação

(W/m²)

série cronológica de dados

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59

Tabela 9 - Caracterização da série de dados entre os meses de março a setembro e outubro a

fevereiro dos anos 2013 a 2017

Intensidade

Precipitação

Probabilidade

de

Precipitação

Temperatura Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice UV visibilidade Temperatura Radiação

(mm/h) (%) (°C) 0-1 (hPa) 0-1 UV (km) (°C) (W/m²)

nº dados 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31

Q1 0 0 13.97 0.77 1014.2 0.47 0 10.01 14.458333 1.639682

Q3 0 0 18.535 0.9 1014.55 0.5 0 10.01 18.922348 6.00467

LimInf 0 0 7.1225 0.575 1013.675 0.425 0 10.01 7.7623106 -4.9078

LimSupe 0 0 25.3825 1.095 1015.075 0.545 0 10.01 25.618371 12.55215

nºdados<LimInf 0 0 0 2 1 6 0 7 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 5 0 0 0 1

nº dados 681 681 681 681 681 681 681 674 681 681

Q1 0 0 14.01 0.83 1014.74 0.36 0 9.99 14.883333 10.44041

Q3 0 0 18.31 0.95 1017.62 0.5 0 10.01 19.445455 66.89029

LimInf 0 0 7.56 0.65 1010.42 0.15 0 9.96 8.0401515 -74.2344

LimSupe 0 0 24.76 1.13 1021.94 0.71 0 10.04 26.288636 151.5651

nºdados<LimInf 0 0 5 19 0 90 0 137 5 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 113 0 0 0 41

nº dados 709 709 709 709 709 709 709 705 709 709

Q1 0 0 14.16 0.82 1015.41 0 0 7 16.608333 109.2158

Q3 0 0 18.62 0.94 1018.41 0.5 0 10.01 21.175 351.1109

LimInf 0 0 7.47 0.64 1010.91 -0.75 0 2.485 9.7583333 -253.627

LimSupe 0 0 25.31 1.12 1022.91 1.25 0 14.525 28.025 713.9535

nºdados<LimInf 0 0 6 22 0 0 0 8 6 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0

nº dados 709 709 709 709 709 709 709 705 709 709

Q1 0 0 15.82 0.73 1015.97 0 1 7 18.654545 275.0296

Q3 0 0 20.45 0.87 1018.98 0.52 1 10.01 23.5 580.5433

LimInf 0 0 8.875 0.52 1011.455 -0.78 1 2.485 11.386364 -183.241

LimSupe 0 0 27.395 1.08 1023.495 1.3 1 14.525 30.768182 1038.814

nºdados<LimInf 0 0 4 10 0 0 167 8 4 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 93 0 0 0

nº dados 706 706 706 706 706 706 706 703 706 706

Q1 0 0 17.58 0.63 1016.28 0.19 2 8 20.254545 417.9535

Q3 0 0 22.44 0.79 1019.318 0.5675 3 10.01 25.8 716.7118

LimInf 0 0 10.29 0.39 1011.724 -0.37625 0.5 4.985 11.936364 -30.1839

LimSupe 0 0 29.73 1.03 1023.874 1.13375 4.5 13.025 34.118182 1164.849

nºdados<LimInf 0 0 0 1 0 0 0 26 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0

nº dados 705 705 705 705 705 705 705 700 705 705

Q1 0 0 19.63 0.54 1016.32 0.4 3 9.99 21.627273 523.5892

Q3 0 0 24.65 0.71 1019.4 0.57 5 10.01 27.690909 784.7474

LimInf 0 0 12.1 0.285 1011.7 0.145 0 9.96 12.531818 131.8518

LimSupe 0 0 32.18 0.965 1024.02 0.825 8 10.04 36.786364 1176.485

nºdados<LimInf 0 0 0 1 0 83 0 154 0 20

nºdados>LimSup 0 0 0 18 0 53 0 0 0 0

nº dados 704 704 704 704 704 704 704 697 704 704

Q1 0 0 21.45 0.47 1016.068 0.42 4 9.99 23.180682 564.9966

Q3 0 0 26.67 0.64 1019.183 0.57 6 10.01 29.51875 803.1461

LimInf 0 0 13.62 0.215 1011.395 0.195 1 9.96 13.67358 207.7722

LimSupe 0 0 34.5 0.895 1023.855 0.795 9 10.04 39.025852 1160.37

nºdados<LimInf 0 0 0 1 0 151 0 96 1 44

nºdados>LimSup 0 0 0 29 0 47 3 0 0 0

nº dados 698 698 698 698 698 698 698 692 698 698

Q1 0 0 22.9225 0.41 1015.535 0.44 5 10.01 24.111667 549.1099

Q3 0 0 28.445 0.59 1018.668 0.59 7 10.01 30.25 768.6538

LimInf 0 0 14.63875 0.14 1010.836 0.215 2 10.01 14.904167 219.7942

LimSupe 0 0 36.72875 0.86 1023.366 0.815 10 10.01 39.4575 1097.97

nºdados<LimInf 0 0 3 1 0 162 0 134 3 55

nºdados>LimSup 0 0 0 30 0 37 0 0 0 3

nº dados 705 705 705 705 705 705 705 701 705 705

Q1 0 0 23.44 0.38 1014.87 0.19 4 10.01 24.28 459.1008

Q3 0 0 29.12 0.57 1018.01 0.6 7 10.01 30.558333 698.5892

LimInf 0 0 14.92 0.095 1010.16 -0.425 -0.5 10.01 14.8625 99.8681

LimSupe 0 0 37.64 0.855 1022.72 1.215 11.5 10.01 39.975833 1057.822

nºdados<LimInf 0 0 2 3 0 0 0 112 2 12

nºdados>LimSup 0 0 0 35 0 0 0 0 0 2

nº dados 707 707 707 707 707 707 707 701 707 707

Q1 0 0 23.48 0.37 1014.175 0.44 3 10.01 24.23447 369.6275

Q3 0 0 29.145 0.56 1017.315 0.75 5 10.01 30.495455 592.8687

LimInf 0 0 14.9825 0.085 1009.465 -0.025 0 10.01 14.842992 34.76566

LimSupe 0 0 37.6425 0.845 1022.025 1.215 8 10.01 39.886932 927.7304

nºdados<LimInf 0 0 2 6 0 0 0 99 1 3

nºdados>LimSup 0 0 0 31 0 0 0 0 0 0

nº dados 708 708 708 708 708 708 708 701 708 708

Q1 0 0 23.42 0.36 1013.595 0.44 2 10.01 23.33125 228.8704

Q3 0 0 29.14 0.57 1016.713 0.6 4 10.01 29.8125 370.8382

LimInf 0 0 14.84 0.045 1008.919 0.2 -1 10.01 13.609375 15.91864

LimSupe 0 0 37.72 0.885 1021.389 0.84 7 10.01 39.534375 583.7899

nºdados<LimInf 0 0 2 0 0 166 0 94 0 1

nºdados>LimSup 0 0 0 24 0 36 0 0 0 1

nº dados 702 702 703 703 703 703 703 696 703 703

Q1 0 0 22.4 0.36 1013.22 0.44 1 10.01 21.825 87.85216

Q3 0 0 28.42 0.605 1016.33 0.585 2 10.01 28.58 128.62

LimInf 0 0 13.37 -0.0075 1008.555 0.2225 -0.5 10.01 11.6925 26.70044

LimSupe 0 0 37.45 0.9725 1020.995 0.8025 3.5 10.01 38.7125 189.7717

nºdados<LimInf 0 0 0 0 0 173 0 96 0 24

nºdados>LimSup 0 0 0 7 0 44 0 0 0 31

nº dados 696 696 696 696 696 696 695 690 696 696

Q1 0 0 21.33 0.39 1013.068 0.19 0 10.01 20.554167 19.58115

Q3 0 0 27.085 0.65 1016.163 0.58 0 10.01 26.334091 42.26105

LimInf 0 0 12.6975 0 1008.425 -0.395 0 10.01 11.88428 -14.4387

LimSupe 0 0 35.7175 1.04 1020.805 1.165 0 10.01 35.003977 76.2809

nºdados<LimInf 0 0 1 0 0 0 0 117 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 107 0 0 30

nº dados 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153

Q1 0 0 22.8 0.47 1011.75 0.19 0 10.01 21.425 2.336227

Q3 0 0 28 0.72 1012.85 0.63 0 10.01 26.3 13.36543

LimInf 0 0 15 0.095 1010.1 -0.47 0 10.01 14.1125 -14.2076

LimSupe 0 0 35.8 1.095 1014.5 1.29 0 10.01 33.6125 29.90924

nºdados<LimInf 0 0 1 0 0 0 0 21 1 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 2 0 0 0 0 3

16h

17h

18h

11h

12h

13h

14h

15h

6h

7h

8h

9h

10h

PREVISÃO OBSERVAÇÃO

5h

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60

Intensidade

Precipitação

Probabilidade

de

Precipitação

Temperatura Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice UV visibilidade Temperatura Radiação

(mm/h) (%) (°C) 0-1 (hPa) 0-1 UV (km) (°C) (W/m²)

Q1 = 0 0 13.97 0.77 1014.2 0.47 0 10.01 14.458333 1.639682

Q3 = 0 0 18.535 0.9 1014.55 0.5 0 10.01 18.922348 6.00467

LimInf = 0 0 7.1225 0.575 1013.675 0.425 0 10.01 7.7623106 -4.9078

LimSup = 0 0 25.3825 1.095 1015.075 0.545 0 10.01 25.618371 12.55215

nº dados < LimInf 0 0 0 2 1 6 0 7 0 0

nº dados > LimSup 0 0 0 0 0 5 0 0 0 1

Q1 = 0 0 14.01 0.83 1014.74 0.36 0 9.99 14.883333 10.44041

Q3 = 0 0 18.31 0.95 1017.62 0.5 0 10.01 19.445455 66.89029

LimInf = 0 0 7.56 0.65 1010.42 0.15 0 9.96 8.0401515 -74.2344

LimSup = 0 0 24.76 1.13 1021.94 0.71 0 10.04 26.288636 151.5651

nº dados < LimInf 0 0 5 19 0 90 0 137 5 0

nº dados > LimSup 12 12 0 0 0 113 0 0 0 41

Q1 = 0 0 14.16 0.82 1015.41 0 0 7 16.608333 109.2158

Q3 = 0 0 18.62 0.94 1018.41 0.5 0 10.01 21.175 351.1109

LimInf = 0 0 7.47 0.64 1010.91 -0.75 0 2.485 9.7583333 -253.627

LimSup = 0 0 25.31 1.12 1022.91 1.25 0 14.525 28.025 713.9535

nº dados < LimInf 0 0 6 22 0 0 0 8 6 0

nº dados > LimSup 26 26 0 0 0 0 5 0 0 0

Q1 = 0 0 15.82 0.73 1015.97 0 1 7 18.654545 275.0296

Q3 = 0 0 20.45 0.87 1018.98 0.52 1 10.01 23.5 580.5433

LimInf = 0 0 8.875 0.52 1011.455 -0.78 1 2.485 11.386364 -183.241

LimSup = 0 0 27.395 1.08 1023.495 1.3 1 14.525 30.768182 1038.814

nº dados < LimInf 0 0 4 10 0 0 167 8 4 0

nº dados > LimSup 27 27 0 0 0 0 93 0 0 0

Q1 = 0 0 17.58 0.63 1016.28 0.19 2 8 20.254545 417.9535

Q3 = 0 0 22.44 0.79 1019.318 0.5675 3 10.01 25.8 716.7118

LimInf = 0 0 10.29 0.39 1011.724 -0.37625 0.5 4.985 11.936364 -30.1839

LimSup = 0 0 29.73 1.03 1023.874 1.13375 4.5 13.025 34.118182 1164.849

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 0 0 26 0 0

nº dados > LimSup 30 30 0 0 0 0 2 0 0 0

Q1 = 0 0 19.63 0.54 1016.32 0.4 3 9.99 21.627273 523.5892

Q3 = 0 0 24.65 0.71 1019.4 0.57 5 10.01 27.690909 784.7474

LimInf = 0 0 12.1 0.285 1011.7 0.145 0 9.96 12.531818 131.8518

LimSup = 0 0 32.18 0.965 1024.02 0.825 8 10.04 36.786364 1176.485

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 83 0 154 0 20

nº dados > LimSup 28 28 0 18 0 53 0 0 0 0

Q1 = 0 0 21.45 0.47 1016.068 0.42 4 9.99 23.180682 564.9966

Q3 = 0 0 26.67 0.64 1019.183 0.57 6 10.01 29.51875 803.1461

LimInf = 0 0 13.62 0.215 1011.395 0.195 1 9.96 13.67358 207.7722

LimSup = 0 0 34.5 0.895 1023.855 0.795 9 10.04 39.025852 1160.37

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 151 0 96 1 44

nº dados > LimSup 24 24 0 29 0 47 3 0 0 0

Q1 = 0 0 22.9225 0.41 1015.535 0.44 5 10.01 24.111667 549.1099

Q3 = 0 0 28.445 0.59 1018.668 0.59 7 10.01 30.25 768.6538

LimInf = 0 0 14.63875 0.14 1010.836 0.215 2 10.01 14.904167 219.7942

LimSup = 0 0 36.72875 0.86 1023.366 0.815 10 10.01 39.4575 1097.97

nº dados < LimInf 0 0 3 1 0 162 0 134 3 55

nº dados > LimSup 29 29 0 30 0 37 0 0 0 3

Q1 = 0 0 23.44 0.38 1014.87 0.19 4 10.01 24.28 459.1008

Q3 = 0 0 29.12 0.57 1018.01 0.6 7 10.01 30.558333 698.5892

LimInf = 0 0 14.92 0.095 1010.16 -0.425 -0.5 10.01 14.8625 99.8681

LimSup = 0 0 37.64 0.855 1022.72 1.215 11.5 10.01 39.975833 1057.822

nº dados < LimInf 0 0 2 3 0 0 0 112 2 12

nº dados > LimSup 29 29 0 35 0 0 0 0 0 2

Q1 = 0 0 23.48 0.37 1014.175 0.44 3 10.01 24.23447 369.6275

Q3 = 0 0 29.145 0.56 1017.315 0.75 5 10.01 30.495455 592.8687

LimInf = 0 0 14.9825 0.085 1009.465 -0.025 0 10.01 14.842992 34.76566

LimSup = 0 0 37.6425 0.845 1022.025 1.215 8 10.01 39.886932 927.7304

nº dados < LimInf 0 0 2 6 0 0 0 99 1 3

nº dados > LimSup 29 29 0 31 0 0 0 0 0 0

Q1 = 0 0 23.42 0.36 1013.595 0.44 2 10.01 23.33125 228.8704

Q3 = 0 0 29.14 0.57 1016.713 0.6 4 10.01 29.8125 370.8382

LimInf = 0 0 14.84 0.045 1008.919 0.2 -1 10.01 13.609375 15.91864

LimSup = 0 0 37.72 0.885 1021.389 0.84 7 10.01 39.534375 583.7899

nº dados < LimInf 0 0 2 0 0 166 0 94 0 1

nº dados > LimSup 28 28 0 24 0 36 0 0 0 1

Q1 = 0 0 22.4 0.36 1013.22 0.44 1 10.01 21.825 87.85216

Q3 = 0 0 28.42 0.605 1016.33 0.585 2 10.01 28.58 128.62

LimInf = 0 0 13.37 -0.0075 1008.555 0.2225 -0.5 10.01 11.6925 26.70044

LimSup = 0 0 37.45 0.9725 1020.995 0.8025 3.5 10.01 38.7125 189.7717

nº dados < LimInf 0 0 0 0 0 173 0 96 0 24

nº dados > LimSup 28 28 0 7 0 44 0 0 0 31

Q1 = 0 0 21.33 0.39 1013.068 0.19 0 10.01 20.554167 19.58115

Q3 = 0 0 27.085 0.65 1016.163 0.58 0 10.01 26.334091 42.26105

LimInf = 0 0 12.6975 0 1008.425 -0.395 0 10.01 11.88428 -14.4387

LimSup = 0 0 35.7175 1.04 1020.805 1.165 0 10.01 35.003977 76.2809

nº dados < LimInf 0 0 1 0 0 0 0 117 0 0

nº dados > LimSup 36 36 0 0 0 0 107 0 0 30

Q1 = 0 0 22.8 0.47 1011.75 0.19 0 10.01 21.425 2.336227

Q3 = 0 0 28 0.72 1012.85 0.63 0 10.01 26.3 13.36543

LimInf = 0 0 15 0.095 1010.1 -0.47 0 10.01 14.1125 -14.2076

LimSup = 0 0 35.8 1.095 1014.5 1.29 0 10.01 33.6125 29.90924

nº dados < LimInf 0 0 1 0 0 0 0 21 1 0

nº dados > LimSup 9 9 0 0 2 0 0 0 0 3

18h

OBSERVAÇÃOPREVISÃO

12h

13h

14h

15h

16h

17h

5h

6h

7h

8h

9h

10h

11h

Intensidade

Precipitação

Probabilidade

de

Precipitação

Temperatura Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice UV visibilidade Temperatura Radiação

(mm/h) (%) (°C) 0-1 (hPa) 0-1 UV (km) (°C) (W/m²)

nº dados 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31

Q1 0 0 13.97 0.77 1014.2 0.47 0 10.01 14.458333 1.639682

Q3 0 0 18.535 0.9 1014.55 0.5 0 10.01 18.922348 6.00467

LimInf 0 0 7.1225 0.575 1013.675 0.425 0 10.01 7.7623106 -4.9078

LimSupe 0 0 25.3825 1.095 1015.075 0.545 0 10.01 25.618371 12.55215

nºdados<LimInf 0 0 0 2 1 6 0 7 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 5 0 0 0 1

nº dados 681 681 681 681 681 681 681 674 681 681

Q1 0 0 14.01 0.83 1014.74 0.36 0 9.99 14.883333 10.44041

Q3 0 0 18.31 0.95 1017.62 0.5 0 10.01 19.445455 66.89029

LimInf 0 0 7.56 0.65 1010.42 0.15 0 9.96 8.0401515 -74.2344

LimSupe 0 0 24.76 1.13 1021.94 0.71 0 10.04 26.288636 151.5651

nºdados<LimInf 0 0 5 19 0 90 0 137 5 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 113 0 0 0 41

nº dados 709 709 709 709 709 709 709 705 709 709

Q1 0 0 14.16 0.82 1015.41 0 0 7 16.608333 109.2158

Q3 0 0 18.62 0.94 1018.41 0.5 0 10.01 21.175 351.1109

LimInf 0 0 7.47 0.64 1010.91 -0.75 0 2.485 9.7583333 -253.627

LimSupe 0 0 25.31 1.12 1022.91 1.25 0 14.525 28.025 713.9535

nºdados<LimInf 0 0 6 22 0 0 0 8 6 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0

nº dados 709 709 709 709 709 709 709 705 709 709

Q1 0 0 15.82 0.73 1015.97 0 1 7 18.654545 275.0296

Q3 0 0 20.45 0.87 1018.98 0.52 1 10.01 23.5 580.5433

LimInf 0 0 8.875 0.52 1011.455 -0.78 1 2.485 11.386364 -183.241

LimSupe 0 0 27.395 1.08 1023.495 1.3 1 14.525 30.768182 1038.814

nºdados<LimInf 0 0 4 10 0 0 167 8 4 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 93 0 0 0

nº dados 706 706 706 706 706 706 706 703 706 706

Q1 0 0 17.58 0.63 1016.28 0.19 2 8 20.254545 417.9535

Q3 0 0 22.44 0.79 1019.318 0.5675 3 10.01 25.8 716.7118

LimInf 0 0 10.29 0.39 1011.724 -0.37625 0.5 4.985 11.936364 -30.1839

LimSupe 0 0 29.73 1.03 1023.874 1.13375 4.5 13.025 34.118182 1164.849

nºdados<LimInf 0 0 0 1 0 0 0 26 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0

nº dados 705 705 705 705 705 705 705 700 705 705

Q1 0 0 19.63 0.54 1016.32 0.4 3 9.99 21.627273 523.5892

Q3 0 0 24.65 0.71 1019.4 0.57 5 10.01 27.690909 784.7474

LimInf 0 0 12.1 0.285 1011.7 0.145 0 9.96 12.531818 131.8518

LimSupe 0 0 32.18 0.965 1024.02 0.825 8 10.04 36.786364 1176.485

nºdados<LimInf 0 0 0 1 0 83 0 154 0 20

nºdados>LimSup 0 0 0 18 0 53 0 0 0 0

nº dados 704 704 704 704 704 704 704 697 704 704

Q1 0 0 21.45 0.47 1016.068 0.42 4 9.99 23.180682 564.9966

Q3 0 0 26.67 0.64 1019.183 0.57 6 10.01 29.51875 803.1461

LimInf 0 0 13.62 0.215 1011.395 0.195 1 9.96 13.67358 207.7722

LimSupe 0 0 34.5 0.895 1023.855 0.795 9 10.04 39.025852 1160.37

nºdados<LimInf 0 0 0 1 0 151 0 96 1 44

nºdados>LimSup 0 0 0 29 0 47 3 0 0 0

nº dados 698 698 698 698 698 698 698 692 698 698

Q1 0 0 22.9225 0.41 1015.535 0.44 5 10.01 24.111667 549.1099

Q3 0 0 28.445 0.59 1018.668 0.59 7 10.01 30.25 768.6538

LimInf 0 0 14.63875 0.14 1010.836 0.215 2 10.01 14.904167 219.7942

LimSupe 0 0 36.72875 0.86 1023.366 0.815 10 10.01 39.4575 1097.97

nºdados<LimInf 0 0 3 1 0 162 0 134 3 55

nºdados>LimSup 0 0 0 30 0 37 0 0 0 3

nº dados 705 705 705 705 705 705 705 701 705 705

Q1 0 0 23.44 0.38 1014.87 0.19 4 10.01 24.28 459.1008

Q3 0 0 29.12 0.57 1018.01 0.6 7 10.01 30.558333 698.5892

LimInf 0 0 14.92 0.095 1010.16 -0.425 -0.5 10.01 14.8625 99.8681

LimSupe 0 0 37.64 0.855 1022.72 1.215 11.5 10.01 39.975833 1057.822

nºdados<LimInf 0 0 2 3 0 0 0 112 2 12

nºdados>LimSup 0 0 0 35 0 0 0 0 0 2

nº dados 707 707 707 707 707 707 707 701 707 707

Q1 0 0 23.48 0.37 1014.175 0.44 3 10.01 24.23447 369.6275

Q3 0 0 29.145 0.56 1017.315 0.75 5 10.01 30.495455 592.8687

LimInf 0 0 14.9825 0.085 1009.465 -0.025 0 10.01 14.842992 34.76566

LimSupe 0 0 37.6425 0.845 1022.025 1.215 8 10.01 39.886932 927.7304

nºdados<LimInf 0 0 2 6 0 0 0 99 1 3

nºdados>LimSup 0 0 0 31 0 0 0 0 0 0

nº dados 708 708 708 708 708 708 708 701 708 708

Q1 0 0 23.42 0.36 1013.595 0.44 2 10.01 23.33125 228.8704

Q3 0 0 29.14 0.57 1016.713 0.6 4 10.01 29.8125 370.8382

LimInf 0 0 14.84 0.045 1008.919 0.2 -1 10.01 13.609375 15.91864

LimSupe 0 0 37.72 0.885 1021.389 0.84 7 10.01 39.534375 583.7899

nºdados<LimInf 0 0 2 0 0 166 0 94 0 1

nºdados>LimSup 0 0 0 24 0 36 0 0 0 1

nº dados 702 702 703 703 703 703 703 696 703 703

Q1 0 0 22.4 0.36 1013.22 0.44 1 10.01 21.825 87.85216

Q3 0 0 28.42 0.605 1016.33 0.585 2 10.01 28.58 128.62

LimInf 0 0 13.37 -0.0075 1008.555 0.2225 -0.5 10.01 11.6925 26.70044

LimSupe 0 0 37.45 0.9725 1020.995 0.8025 3.5 10.01 38.7125 189.7717

nºdados<LimInf 0 0 0 0 0 173 0 96 0 24

nºdados>LimSup 0 0 0 7 0 44 0 0 0 31

nº dados 696 696 696 696 696 696 695 690 696 696

Q1 0 0 21.33 0.39 1013.068 0.19 0 10.01 20.554167 19.58115

Q3 0 0 27.085 0.65 1016.163 0.58 0 10.01 26.334091 42.26105

LimInf 0 0 12.6975 0 1008.425 -0.395 0 10.01 11.88428 -14.4387

LimSupe 0 0 35.7175 1.04 1020.805 1.165 0 10.01 35.003977 76.2809

nºdados<LimInf 0 0 1 0 0 0 0 117 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 107 0 0 30

nº dados 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153

Q1 0 0 22.8 0.47 1011.75 0.19 0 10.01 21.425 2.336227

Q3 0 0 28 0.72 1012.85 0.63 0 10.01 26.3 13.36543

LimInf 0 0 15 0.095 1010.1 -0.47 0 10.01 14.1125 -14.2076

LimSupe 0 0 35.8 1.095 1014.5 1.29 0 10.01 33.6125 29.90924

nºdados<LimInf 0 0 1 0 0 0 0 21 1 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 2 0 0 0 0 3

16h

17h

18h

11h

12h

13h

14h

15h

6h

7h

8h

9h

10h

PREVISÃO OBSERVAÇÃO

5h

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61

Tabela 10 - Caracterização da série de dados entre os meses de outubro a fevereiro dos anos 2013 a

2017

Intensidade

Precipitação

Probabilidade

de

Precipitação

Temperatura Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice UV visibilidade Temperatura Radiação

(mm/h) (%) (°C) 0-1 (hPa) 0-1 UV (km) (°C) (W/m²)

Q1 = 0 0 13.97 0.77 1014.2 0.47 0 10.01 14.458333 1.639682

Q3 = 0 0 18.535 0.9 1014.55 0.5 0 10.01 18.922348 6.00467

LimInf = 0 0 7.1225 0.575 1013.675 0.425 0 10.01 7.7623106 -4.9078

LimSup = 0 0 25.3825 1.095 1015.075 0.545 0 10.01 25.618371 12.55215

nº dados < LimInf 0 0 0 2 1 6 0 7 0 0

nº dados > LimSup 0 0 0 0 0 5 0 0 0 1

Q1 = 0 0 14.01 0.83 1014.74 0.36 0 9.99 14.883333 10.44041

Q3 = 0 0 18.31 0.95 1017.62 0.5 0 10.01 19.445455 66.89029

LimInf = 0 0 7.56 0.65 1010.42 0.15 0 9.96 8.0401515 -74.2344

LimSup = 0 0 24.76 1.13 1021.94 0.71 0 10.04 26.288636 151.5651

nº dados < LimInf 0 0 5 19 0 90 0 137 5 0

nº dados > LimSup 12 12 0 0 0 113 0 0 0 41

Q1 = 0 0 14.16 0.82 1015.41 0 0 7 16.608333 109.2158

Q3 = 0 0 18.62 0.94 1018.41 0.5 0 10.01 21.175 351.1109

LimInf = 0 0 7.47 0.64 1010.91 -0.75 0 2.485 9.7583333 -253.627

LimSup = 0 0 25.31 1.12 1022.91 1.25 0 14.525 28.025 713.9535

nº dados < LimInf 0 0 6 22 0 0 0 8 6 0

nº dados > LimSup 26 26 0 0 0 0 5 0 0 0

Q1 = 0 0 15.82 0.73 1015.97 0 1 7 18.654545 275.0296

Q3 = 0 0 20.45 0.87 1018.98 0.52 1 10.01 23.5 580.5433

LimInf = 0 0 8.875 0.52 1011.455 -0.78 1 2.485 11.386364 -183.241

LimSup = 0 0 27.395 1.08 1023.495 1.3 1 14.525 30.768182 1038.814

nº dados < LimInf 0 0 4 10 0 0 167 8 4 0

nº dados > LimSup 27 27 0 0 0 0 93 0 0 0

Q1 = 0 0 17.58 0.63 1016.28 0.19 2 8 20.254545 417.9535

Q3 = 0 0 22.44 0.79 1019.318 0.5675 3 10.01 25.8 716.7118

LimInf = 0 0 10.29 0.39 1011.724 -0.37625 0.5 4.985 11.936364 -30.1839

LimSup = 0 0 29.73 1.03 1023.874 1.13375 4.5 13.025 34.118182 1164.849

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 0 0 26 0 0

nº dados > LimSup 30 30 0 0 0 0 2 0 0 0

Q1 = 0 0 19.63 0.54 1016.32 0.4 3 9.99 21.627273 523.5892

Q3 = 0 0 24.65 0.71 1019.4 0.57 5 10.01 27.690909 784.7474

LimInf = 0 0 12.1 0.285 1011.7 0.145 0 9.96 12.531818 131.8518

LimSup = 0 0 32.18 0.965 1024.02 0.825 8 10.04 36.786364 1176.485

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 83 0 154 0 20

nº dados > LimSup 28 28 0 18 0 53 0 0 0 0

Q1 = 0 0 21.45 0.47 1016.068 0.42 4 9.99 23.180682 564.9966

Q3 = 0 0 26.67 0.64 1019.183 0.57 6 10.01 29.51875 803.1461

LimInf = 0 0 13.62 0.215 1011.395 0.195 1 9.96 13.67358 207.7722

LimSup = 0 0 34.5 0.895 1023.855 0.795 9 10.04 39.025852 1160.37

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 151 0 96 1 44

nº dados > LimSup 24 24 0 29 0 47 3 0 0 0

Q1 = 0 0 22.9225 0.41 1015.535 0.44 5 10.01 24.111667 549.1099

Q3 = 0 0 28.445 0.59 1018.668 0.59 7 10.01 30.25 768.6538

LimInf = 0 0 14.63875 0.14 1010.836 0.215 2 10.01 14.904167 219.7942

LimSup = 0 0 36.72875 0.86 1023.366 0.815 10 10.01 39.4575 1097.97

nº dados < LimInf 0 0 3 1 0 162 0 134 3 55

nº dados > LimSup 29 29 0 30 0 37 0 0 0 3

Q1 = 0 0 23.44 0.38 1014.87 0.19 4 10.01 24.28 459.1008

Q3 = 0 0 29.12 0.57 1018.01 0.6 7 10.01 30.558333 698.5892

LimInf = 0 0 14.92 0.095 1010.16 -0.425 -0.5 10.01 14.8625 99.8681

LimSup = 0 0 37.64 0.855 1022.72 1.215 11.5 10.01 39.975833 1057.822

nº dados < LimInf 0 0 2 3 0 0 0 112 2 12

nº dados > LimSup 29 29 0 35 0 0 0 0 0 2

Q1 = 0 0 23.48 0.37 1014.175 0.44 3 10.01 24.23447 369.6275

Q3 = 0 0 29.145 0.56 1017.315 0.75 5 10.01 30.495455 592.8687

LimInf = 0 0 14.9825 0.085 1009.465 -0.025 0 10.01 14.842992 34.76566

LimSup = 0 0 37.6425 0.845 1022.025 1.215 8 10.01 39.886932 927.7304

nº dados < LimInf 0 0 2 6 0 0 0 99 1 3

nº dados > LimSup 29 29 0 31 0 0 0 0 0 0

Q1 = 0 0 23.42 0.36 1013.595 0.44 2 10.01 23.33125 228.8704

Q3 = 0 0 29.14 0.57 1016.713 0.6 4 10.01 29.8125 370.8382

LimInf = 0 0 14.84 0.045 1008.919 0.2 -1 10.01 13.609375 15.91864

LimSup = 0 0 37.72 0.885 1021.389 0.84 7 10.01 39.534375 583.7899

nº dados < LimInf 0 0 2 0 0 166 0 94 0 1

nº dados > LimSup 28 28 0 24 0 36 0 0 0 1

Q1 = 0 0 22.4 0.36 1013.22 0.44 1 10.01 21.825 87.85216

Q3 = 0 0 28.42 0.605 1016.33 0.585 2 10.01 28.58 128.62

LimInf = 0 0 13.37 -0.0075 1008.555 0.2225 -0.5 10.01 11.6925 26.70044

LimSup = 0 0 37.45 0.9725 1020.995 0.8025 3.5 10.01 38.7125 189.7717

nº dados < LimInf 0 0 0 0 0 173 0 96 0 24

nº dados > LimSup 28 28 0 7 0 44 0 0 0 31

Q1 = 0 0 21.33 0.39 1013.068 0.19 0 10.01 20.554167 19.58115

Q3 = 0 0 27.085 0.65 1016.163 0.58 0 10.01 26.334091 42.26105

LimInf = 0 0 12.6975 0 1008.425 -0.395 0 10.01 11.88428 -14.4387

LimSup = 0 0 35.7175 1.04 1020.805 1.165 0 10.01 35.003977 76.2809

nº dados < LimInf 0 0 1 0 0 0 0 117 0 0

nº dados > LimSup 36 36 0 0 0 0 107 0 0 30

Q1 = 0 0 22.8 0.47 1011.75 0.19 0 10.01 21.425 2.336227

Q3 = 0 0 28 0.72 1012.85 0.63 0 10.01 26.3 13.36543

LimInf = 0 0 15 0.095 1010.1 -0.47 0 10.01 14.1125 -14.2076

LimSup = 0 0 35.8 1.095 1014.5 1.29 0 10.01 33.6125 29.90924

nº dados < LimInf 0 0 1 0 0 0 0 21 1 0

nº dados > LimSup 9 9 0 0 2 0 0 0 0 3

18h

OBSERVAÇÃOPREVISÃO

12h

13h

14h

15h

16h

17h

5h

6h

7h

8h

9h

10h

11h

Intensidade

Precipitaçã

o

Probabilidad

e de

Precipitação

Temperatu

ra Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice UV visibilidade Temperatura Radiação

(mm/h) (%) (°C) 0-1 (hPa) 0-1 UV (km) (°C) (W/m²)

nº dados 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80

Q1 0 0 15.2275 0.8075 1013.055 0.5175 0 9.99 16.599811 5.678078

Q3 0 0 19.58 0.91 1013.655 0.56 0 10.01 20.4875 21.76075

LimInf 0 0 8.69875 0.65375 1012.155 0.45375 0 9.96 10.768277 -18.4459

LimSupe 0 0 26.10875 1.06375 1014.555 0.62375 0 10.04 26.319034 45.88477

nºdados<LimInf 0 0 0 6 5 17 0 9 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 11 0 0 0 3

nº dados 546 546 547 547 547 547 547 545 547 547

Q1 0 0 17.955 0.84 1010.735 0.44 0 9.99 19.263636 12.08199

Q3 0 0 20.59 0.94 1012.6 0.75 0 10.01 21.952652 83.63133

LimInf 0 0 14.0025 0.69 1007.938 -0.025 0 9.96 15.230114 -95.242

LimSupe 0 0 24.5425 1.09 1015.398 1.215 0 10.04 25.986174 190.9553

nºdados<LimInf 0 0 18 19 0 0 0 78 15 0

nºdados>LimSup 0 0 2 0 2 0 0 0 30 51

nº dados 632 632 633 633 633 633 633 632 633 633

Q1 0 0 18.42 0.82 1011.29 0.44 0 9 20.275 76.9095

Q3 0 0 20.93 0.93 1012.92 0.75 0 10.01 23.266667 362.7309

LimInf 0 0 14.655 0.655 1008.845 -0.025 0 7.485 15.7875 -351.823

LimSupe 0 0 24.695 1.095 1015.365 1.215 0 11.525 27.754167 791.4629

nºdados<LimInf 0 0 20 15 0 0 0 98 9 0

nºdados>LimSup 0 0 2 0 0 0 83 0 32 13

nº dados 633 633 633 633 633 633 633 632 633 633

Q1 0 0 19.47 0.75 1011.91 0.44 1 9 21.641667 226.9337

Q3 0 0 22.44 0.9 1013.56 0.75 1 10.01 25.609091 643.9234

LimInf 0 0 15.015 0.525 1009.435 -0.025 1 7.485 15.69053 -398.551

LimSupe 0 0 26.895 1.125 1016.035 1.215 1 11.525 31.560227 1269.408

nºdados<LimInf 0 0 5 8 0 0 53 91 1 0

nºdados>LimSup 0 0 1 0 0 0 120 0 30 17

nº dados 632 632 633 633 633 633 633 633 633 633

Q1 0 0 21.12 0.65 1012.45 0.44 2 9.99 22.863636 389.7259

Q3 0 0 24.59 0.82 1014.08 0.75 3 10.01 27.933333 828.8003

LimInf 0 0 15.915 0.395 1010.005 -0.025 0.5 9.96 15.259091 -268.886

LimSupe 0 0 29.795 1.075 1016.525 1.215 4.5 10.04 35.537879 1487.412

nºdados<LimInf 0 0 1 4 0 0 0 123 0 0

nºdados>LimSup 0 0 4 0 0 0 26 0 29 18

nº dados 632 632 633 633 633 633 632 630 633 633

Q1 0 0 22.44 0.57 1012.77 0.44 4 10.01 24.241667 506.078

Q3 0 0 26.54 0.76 1014.34 0.75 5 10.01 29.527273 928.2834

LimInf 0 0 16.29 0.285 1010.415 -0.025 2.5 10.01 16.313258 -127.23

LimSupe 0 0 32.69 1.045 1016.695 1.215 6.5 10.01 37.455682 1561.591

nºdados<LimInf 0 0 2 2 0 0 0 154 0 0

nºdados>LimSup 0 0 5 0 2 0 35 0 27 18

nº dados 631 631 631 631 631 631 631 628 631 631

Q1 0 0 23.98 0.5 1012.81 0.44 6 10.01 25.675 616.1834

Q3 0 0 28.45 0.69 1014.3 0.75 8 10.01 30.948106 977.8245

LimInf 0 0 17.275 0.215 1010.575 -0.025 3 10.01 17.765341 73.72168

LimSupe 0 0 35.155 0.975 1016.535 1.215 11 10.01 38.857765 1520.286

nºdados<LimInf 0 0 2 3 0 0 0 107 0 2

nºdados>LimSup 0 0 5 6 2 0 0 0 28 20

nº dados 628 628 630 630 630 630 630 628 630 630

Q1 0 0 25.2 0.4525 1012.53 0.44 7 10.01 26.830833 619.9745

Q3 0 0 30.1775 0.63 1013.96 0.75 9 10.01 32.3125 970.354

LimInf 0 0 17.73375 0.18625 1010.385 -0.025 4 10.01 18.608333 94.4053

LimSupe 0 0 37.64375 0.89625 1016.105 1.215 12 10.01 40.535 1495.923

nºdados<LimInf 0 0 3 3 0 0 0 77 2 5

nºdados>LimSup 0 0 2 26 0 0 0 0 28 19

nº dados 629 629 629 629 629 629 629 629 629 629

Q1 0 0 26.04 0.42 1012.02 0.44 7 10.01 27.569231 599.6211

Q3 0 0 31.41 0.6 1013.41 0.75 9 10.01 33.108333 925.8104

LimInf 0 0 17.985 0.15 1009.935 -0.025 4 10.01 19.260577 110.3372

LimSupe 0 0 39.465 0.87 1015.495 1.215 12 10.01 41.416987 1415.094

nºdados<LimInf 0 0 3 5 0 0 0 52 4 3

nºdados>LimSup 0 0 0 26 0 0 2 1 29 19

nº dados 625 625 626 626 626 626 625 624 626 626

Q1 0 0 26.425 0.4 1011.353 0.44 7 10.01 27.561742 529.9111

Q3 0 0 31.7125 0.57 1012.75 0.75 9 10.01 33.614773 852.9562

LimInf 0 0 18.49375 0.145 1009.256 -0.025 4 10.01 18.482197 45.34343

LimSupe 0 0 39.64375 0.825 1014.846 1.215 12 10.01 42.694318 1337.524

nºdados<LimInf 0 0 3 5 0 0 0 50 1 1

nºdados>LimSup 0 0 0 35 0 0 0 0 28 18

nº dados 632 632 632 632 632 632 631 631 632 632

Q1 0 0 26.2775 0.38 1010.66 0.19 6 10.01 27.18125 360.1657

Q3 0 0 31.935 0.57 1012.09 0.75 8 10.01 33.76875 747.9399

LimInf 0 0 17.79125 0.095 1008.515 -0.65 3 10.01 17.3 -221.496

LimSupe 0 0 40.42125 0.855 1014.235 1.59 11 10.01 43.65 1329.601

nºdados<LimInf 0 0 4 5 0 0 0 52 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 34 1 0 0 0 26 15

nº dados 627 627 628 628 628 628 628 627 628 628

Q1 0 0 25.6775 0.38 1010.098 0.19 4 10.01 25.859167 209.6484

Q3 0 0 31.615 0.58 1011.57 0.75 6 10.01 33.3425 539.6675

LimInf 0 0 16.77125 0.08 1007.889 -0.65 1 10.01 14.634167 -285.38

LimSupe 0 0 40.52125 0.88 1013.779 1.59 9 10.01 44.5675 1034.696

nºdados<LimInf 0 0 1 4 0 0 0 56 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 28 3 0 0 0 24 8

nº dados 628 628 630 630 630 630 630 630 630 630

Q1 0 0 24.9325 0.39 1009.723 0.19 2 10.01 24.8875 109.3529

Q3 0 0 31.125 0.63 1011.26 0.75 3 10.01 32.311364 283.3109

LimInf 0 0 15.64375 0.03 1007.416 -0.65 0.5 10.01 13.751705 -151.584

LimSupe 0 0 40.41375 0.99 1013.566 1.59 4.5 10.01 43.447159 544.248

nºdados<LimInf 0 0 0 0 0 0 43 61 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 6 3 0 0 0 25 13

nº dados 612 612 612 612 612 612 612 611 612 612

Q1 0 0 23.765 0.41 1009.58 0.19 1 10.01 23.236818 37.62168

Q3 0 0 29.7775 0.69 1011.09 0.75 1 10.01 30.298295 135.1902

LimInf 0 0 14.74625 -0.01 1007.315 -0.65 1 10.01 12.644602 -108.731

LimSupe 0 0 38.79625 1.11 1013.355 1.59 1 10.01 40.890511 281.543

nºdados<LimInf 0 0 1 0 0 0 104 72 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 1 0 85 0 25 10

nº dados 486 486 487 487 487 487 487 486 487 487

Q1 0 0 22.71 0.47 1009.59 0.19 0 10.01 22.608333 13.30062

Q3 0 0 28.435 0.75 1010.745 0.75 0 10.01 28.023718 49.85005

LimInf 0 0 14.1225 0.05 1007.858 -0.65 0 10.01 14.485256 -41.5235

LimSupe 0 0 37.0225 1.17 1012.478 1.59 0 10.01 36.146795 104.6742

nºdados<LimInf 0 0 0 0 0 0 0 49 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 0 0 26 17

14h

15h

16h

17h

18h

19h

PREVISÃO OBSERVAÇÃO

5h

6h

7h

8h

9h

10h

11h

12h

13h

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62

7.1.1.3. Correlação entre Parâmetros Meteorológicos e Radiação

Realizou-se a verificação da relação existente a radiação e os demais parâmetros

meteorológicos. A verificação da existência e do grau de relação entre variáveis constitui-se

objeto de estudo da correlação.

A Figura 23 e a Figura 24 indicam os valores de correlação horária entre radiação

e previsão de parâmetros meteorológicos, a saber: intensidade de precipitação, probabilidade

de precipitação, temperatura, pressão, índice UV, umidade, cobertura por nuvem e

visibilidade.

Intensidade

Precipitação

Probabilidade

de

Precipitação

Temperatura Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice UV visibilidade Temperatura Radiação

(mm/h) (%) (°C) 0-1 (hPa) 0-1 UV (km) (°C) (W/m²)

Q1 = 0 0 13.97 0.77 1014.2 0.47 0 10.01 14.458333 1.639682

Q3 = 0 0 18.535 0.9 1014.55 0.5 0 10.01 18.922348 6.00467

LimInf = 0 0 7.1225 0.575 1013.675 0.425 0 10.01 7.7623106 -4.9078

LimSup = 0 0 25.3825 1.095 1015.075 0.545 0 10.01 25.618371 12.55215

nº dados < LimInf 0 0 0 2 1 6 0 7 0 0

nº dados > LimSup 0 0 0 0 0 5 0 0 0 1

Q1 = 0 0 14.01 0.83 1014.74 0.36 0 9.99 14.883333 10.44041

Q3 = 0 0 18.31 0.95 1017.62 0.5 0 10.01 19.445455 66.89029

LimInf = 0 0 7.56 0.65 1010.42 0.15 0 9.96 8.0401515 -74.2344

LimSup = 0 0 24.76 1.13 1021.94 0.71 0 10.04 26.288636 151.5651

nº dados < LimInf 0 0 5 19 0 90 0 137 5 0

nº dados > LimSup 12 12 0 0 0 113 0 0 0 41

Q1 = 0 0 14.16 0.82 1015.41 0 0 7 16.608333 109.2158

Q3 = 0 0 18.62 0.94 1018.41 0.5 0 10.01 21.175 351.1109

LimInf = 0 0 7.47 0.64 1010.91 -0.75 0 2.485 9.7583333 -253.627

LimSup = 0 0 25.31 1.12 1022.91 1.25 0 14.525 28.025 713.9535

nº dados < LimInf 0 0 6 22 0 0 0 8 6 0

nº dados > LimSup 26 26 0 0 0 0 5 0 0 0

Q1 = 0 0 15.82 0.73 1015.97 0 1 7 18.654545 275.0296

Q3 = 0 0 20.45 0.87 1018.98 0.52 1 10.01 23.5 580.5433

LimInf = 0 0 8.875 0.52 1011.455 -0.78 1 2.485 11.386364 -183.241

LimSup = 0 0 27.395 1.08 1023.495 1.3 1 14.525 30.768182 1038.814

nº dados < LimInf 0 0 4 10 0 0 167 8 4 0

nº dados > LimSup 27 27 0 0 0 0 93 0 0 0

Q1 = 0 0 17.58 0.63 1016.28 0.19 2 8 20.254545 417.9535

Q3 = 0 0 22.44 0.79 1019.318 0.5675 3 10.01 25.8 716.7118

LimInf = 0 0 10.29 0.39 1011.724 -0.37625 0.5 4.985 11.936364 -30.1839

LimSup = 0 0 29.73 1.03 1023.874 1.13375 4.5 13.025 34.118182 1164.849

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 0 0 26 0 0

nº dados > LimSup 30 30 0 0 0 0 2 0 0 0

Q1 = 0 0 19.63 0.54 1016.32 0.4 3 9.99 21.627273 523.5892

Q3 = 0 0 24.65 0.71 1019.4 0.57 5 10.01 27.690909 784.7474

LimInf = 0 0 12.1 0.285 1011.7 0.145 0 9.96 12.531818 131.8518

LimSup = 0 0 32.18 0.965 1024.02 0.825 8 10.04 36.786364 1176.485

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 83 0 154 0 20

nº dados > LimSup 28 28 0 18 0 53 0 0 0 0

Q1 = 0 0 21.45 0.47 1016.068 0.42 4 9.99 23.180682 564.9966

Q3 = 0 0 26.67 0.64 1019.183 0.57 6 10.01 29.51875 803.1461

LimInf = 0 0 13.62 0.215 1011.395 0.195 1 9.96 13.67358 207.7722

LimSup = 0 0 34.5 0.895 1023.855 0.795 9 10.04 39.025852 1160.37

nº dados < LimInf 0 0 0 1 0 151 0 96 1 44

nº dados > LimSup 24 24 0 29 0 47 3 0 0 0

Q1 = 0 0 22.9225 0.41 1015.535 0.44 5 10.01 24.111667 549.1099

Q3 = 0 0 28.445 0.59 1018.668 0.59 7 10.01 30.25 768.6538

LimInf = 0 0 14.63875 0.14 1010.836 0.215 2 10.01 14.904167 219.7942

LimSup = 0 0 36.72875 0.86 1023.366 0.815 10 10.01 39.4575 1097.97

nº dados < LimInf 0 0 3 1 0 162 0 134 3 55

nº dados > LimSup 29 29 0 30 0 37 0 0 0 3

Q1 = 0 0 23.44 0.38 1014.87 0.19 4 10.01 24.28 459.1008

Q3 = 0 0 29.12 0.57 1018.01 0.6 7 10.01 30.558333 698.5892

LimInf = 0 0 14.92 0.095 1010.16 -0.425 -0.5 10.01 14.8625 99.8681

LimSup = 0 0 37.64 0.855 1022.72 1.215 11.5 10.01 39.975833 1057.822

nº dados < LimInf 0 0 2 3 0 0 0 112 2 12

nº dados > LimSup 29 29 0 35 0 0 0 0 0 2

Q1 = 0 0 23.48 0.37 1014.175 0.44 3 10.01 24.23447 369.6275

Q3 = 0 0 29.145 0.56 1017.315 0.75 5 10.01 30.495455 592.8687

LimInf = 0 0 14.9825 0.085 1009.465 -0.025 0 10.01 14.842992 34.76566

LimSup = 0 0 37.6425 0.845 1022.025 1.215 8 10.01 39.886932 927.7304

nº dados < LimInf 0 0 2 6 0 0 0 99 1 3

nº dados > LimSup 29 29 0 31 0 0 0 0 0 0

Q1 = 0 0 23.42 0.36 1013.595 0.44 2 10.01 23.33125 228.8704

Q3 = 0 0 29.14 0.57 1016.713 0.6 4 10.01 29.8125 370.8382

LimInf = 0 0 14.84 0.045 1008.919 0.2 -1 10.01 13.609375 15.91864

LimSup = 0 0 37.72 0.885 1021.389 0.84 7 10.01 39.534375 583.7899

nº dados < LimInf 0 0 2 0 0 166 0 94 0 1

nº dados > LimSup 28 28 0 24 0 36 0 0 0 1

Q1 = 0 0 22.4 0.36 1013.22 0.44 1 10.01 21.825 87.85216

Q3 = 0 0 28.42 0.605 1016.33 0.585 2 10.01 28.58 128.62

LimInf = 0 0 13.37 -0.0075 1008.555 0.2225 -0.5 10.01 11.6925 26.70044

LimSup = 0 0 37.45 0.9725 1020.995 0.8025 3.5 10.01 38.7125 189.7717

nº dados < LimInf 0 0 0 0 0 173 0 96 0 24

nº dados > LimSup 28 28 0 7 0 44 0 0 0 31

Q1 = 0 0 21.33 0.39 1013.068 0.19 0 10.01 20.554167 19.58115

Q3 = 0 0 27.085 0.65 1016.163 0.58 0 10.01 26.334091 42.26105

LimInf = 0 0 12.6975 0 1008.425 -0.395 0 10.01 11.88428 -14.4387

LimSup = 0 0 35.7175 1.04 1020.805 1.165 0 10.01 35.003977 76.2809

nº dados < LimInf 0 0 1 0 0 0 0 117 0 0

nº dados > LimSup 36 36 0 0 0 0 107 0 0 30

Q1 = 0 0 22.8 0.47 1011.75 0.19 0 10.01 21.425 2.336227

Q3 = 0 0 28 0.72 1012.85 0.63 0 10.01 26.3 13.36543

LimInf = 0 0 15 0.095 1010.1 -0.47 0 10.01 14.1125 -14.2076

LimSup = 0 0 35.8 1.095 1014.5 1.29 0 10.01 33.6125 29.90924

nº dados < LimInf 0 0 1 0 0 0 0 21 1 0

nº dados > LimSup 9 9 0 0 2 0 0 0 0 3

18h

OBSERVAÇÃOPREVISÃO

12h

13h

14h

15h

16h

17h

5h

6h

7h

8h

9h

10h

11h

Intensidade

Precipitaçã

o

Probabilidad

e de

Precipitação

Temperatu

ra Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice UV visibilidade Temperatura Radiação

(mm/h) (%) (°C) 0-1 (hPa) 0-1 UV (km) (°C) (W/m²)

nº dados 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80

Q1 0 0 15.2275 0.8075 1013.055 0.5175 0 9.99 16.599811 5.678078

Q3 0 0 19.58 0.91 1013.655 0.56 0 10.01 20.4875 21.76075

LimInf 0 0 8.69875 0.65375 1012.155 0.45375 0 9.96 10.768277 -18.4459

LimSupe 0 0 26.10875 1.06375 1014.555 0.62375 0 10.04 26.319034 45.88477

nºdados<LimInf 0 0 0 6 5 17 0 9 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 11 0 0 0 3

nº dados 546 546 547 547 547 547 547 545 547 547

Q1 0 0 17.955 0.84 1010.735 0.44 0 9.99 19.263636 12.08199

Q3 0 0 20.59 0.94 1012.6 0.75 0 10.01 21.952652 83.63133

LimInf 0 0 14.0025 0.69 1007.938 -0.025 0 9.96 15.230114 -95.242

LimSupe 0 0 24.5425 1.09 1015.398 1.215 0 10.04 25.986174 190.9553

nºdados<LimInf 0 0 18 19 0 0 0 78 15 0

nºdados>LimSup 0 0 2 0 2 0 0 0 30 51

nº dados 632 632 633 633 633 633 633 632 633 633

Q1 0 0 18.42 0.82 1011.29 0.44 0 9 20.275 76.9095

Q3 0 0 20.93 0.93 1012.92 0.75 0 10.01 23.266667 362.7309

LimInf 0 0 14.655 0.655 1008.845 -0.025 0 7.485 15.7875 -351.823

LimSupe 0 0 24.695 1.095 1015.365 1.215 0 11.525 27.754167 791.4629

nºdados<LimInf 0 0 20 15 0 0 0 98 9 0

nºdados>LimSup 0 0 2 0 0 0 83 0 32 13

nº dados 633 633 633 633 633 633 633 632 633 633

Q1 0 0 19.47 0.75 1011.91 0.44 1 9 21.641667 226.9337

Q3 0 0 22.44 0.9 1013.56 0.75 1 10.01 25.609091 643.9234

LimInf 0 0 15.015 0.525 1009.435 -0.025 1 7.485 15.69053 -398.551

LimSupe 0 0 26.895 1.125 1016.035 1.215 1 11.525 31.560227 1269.408

nºdados<LimInf 0 0 5 8 0 0 53 91 1 0

nºdados>LimSup 0 0 1 0 0 0 120 0 30 17

nº dados 632 632 633 633 633 633 633 633 633 633

Q1 0 0 21.12 0.65 1012.45 0.44 2 9.99 22.863636 389.7259

Q3 0 0 24.59 0.82 1014.08 0.75 3 10.01 27.933333 828.8003

LimInf 0 0 15.915 0.395 1010.005 -0.025 0.5 9.96 15.259091 -268.886

LimSupe 0 0 29.795 1.075 1016.525 1.215 4.5 10.04 35.537879 1487.412

nºdados<LimInf 0 0 1 4 0 0 0 123 0 0

nºdados>LimSup 0 0 4 0 0 0 26 0 29 18

nº dados 632 632 633 633 633 633 632 630 633 633

Q1 0 0 22.44 0.57 1012.77 0.44 4 10.01 24.241667 506.078

Q3 0 0 26.54 0.76 1014.34 0.75 5 10.01 29.527273 928.2834

LimInf 0 0 16.29 0.285 1010.415 -0.025 2.5 10.01 16.313258 -127.23

LimSupe 0 0 32.69 1.045 1016.695 1.215 6.5 10.01 37.455682 1561.591

nºdados<LimInf 0 0 2 2 0 0 0 154 0 0

nºdados>LimSup 0 0 5 0 2 0 35 0 27 18

nº dados 631 631 631 631 631 631 631 628 631 631

Q1 0 0 23.98 0.5 1012.81 0.44 6 10.01 25.675 616.1834

Q3 0 0 28.45 0.69 1014.3 0.75 8 10.01 30.948106 977.8245

LimInf 0 0 17.275 0.215 1010.575 -0.025 3 10.01 17.765341 73.72168

LimSupe 0 0 35.155 0.975 1016.535 1.215 11 10.01 38.857765 1520.286

nºdados<LimInf 0 0 2 3 0 0 0 107 0 2

nºdados>LimSup 0 0 5 6 2 0 0 0 28 20

nº dados 628 628 630 630 630 630 630 628 630 630

Q1 0 0 25.2 0.4525 1012.53 0.44 7 10.01 26.830833 619.9745

Q3 0 0 30.1775 0.63 1013.96 0.75 9 10.01 32.3125 970.354

LimInf 0 0 17.73375 0.18625 1010.385 -0.025 4 10.01 18.608333 94.4053

LimSupe 0 0 37.64375 0.89625 1016.105 1.215 12 10.01 40.535 1495.923

nºdados<LimInf 0 0 3 3 0 0 0 77 2 5

nºdados>LimSup 0 0 2 26 0 0 0 0 28 19

nº dados 629 629 629 629 629 629 629 629 629 629

Q1 0 0 26.04 0.42 1012.02 0.44 7 10.01 27.569231 599.6211

Q3 0 0 31.41 0.6 1013.41 0.75 9 10.01 33.108333 925.8104

LimInf 0 0 17.985 0.15 1009.935 -0.025 4 10.01 19.260577 110.3372

LimSupe 0 0 39.465 0.87 1015.495 1.215 12 10.01 41.416987 1415.094

nºdados<LimInf 0 0 3 5 0 0 0 52 4 3

nºdados>LimSup 0 0 0 26 0 0 2 1 29 19

nº dados 625 625 626 626 626 626 625 624 626 626

Q1 0 0 26.425 0.4 1011.353 0.44 7 10.01 27.561742 529.9111

Q3 0 0 31.7125 0.57 1012.75 0.75 9 10.01 33.614773 852.9562

LimInf 0 0 18.49375 0.145 1009.256 -0.025 4 10.01 18.482197 45.34343

LimSupe 0 0 39.64375 0.825 1014.846 1.215 12 10.01 42.694318 1337.524

nºdados<LimInf 0 0 3 5 0 0 0 50 1 1

nºdados>LimSup 0 0 0 35 0 0 0 0 28 18

nº dados 632 632 632 632 632 632 631 631 632 632

Q1 0 0 26.2775 0.38 1010.66 0.19 6 10.01 27.18125 360.1657

Q3 0 0 31.935 0.57 1012.09 0.75 8 10.01 33.76875 747.9399

LimInf 0 0 17.79125 0.095 1008.515 -0.65 3 10.01 17.3 -221.496

LimSupe 0 0 40.42125 0.855 1014.235 1.59 11 10.01 43.65 1329.601

nºdados<LimInf 0 0 4 5 0 0 0 52 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 34 1 0 0 0 26 15

nº dados 627 627 628 628 628 628 628 627 628 628

Q1 0 0 25.6775 0.38 1010.098 0.19 4 10.01 25.859167 209.6484

Q3 0 0 31.615 0.58 1011.57 0.75 6 10.01 33.3425 539.6675

LimInf 0 0 16.77125 0.08 1007.889 -0.65 1 10.01 14.634167 -285.38

LimSupe 0 0 40.52125 0.88 1013.779 1.59 9 10.01 44.5675 1034.696

nºdados<LimInf 0 0 1 4 0 0 0 56 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 28 3 0 0 0 24 8

nº dados 628 628 630 630 630 630 630 630 630 630

Q1 0 0 24.9325 0.39 1009.723 0.19 2 10.01 24.8875 109.3529

Q3 0 0 31.125 0.63 1011.26 0.75 3 10.01 32.311364 283.3109

LimInf 0 0 15.64375 0.03 1007.416 -0.65 0.5 10.01 13.751705 -151.584

LimSupe 0 0 40.41375 0.99 1013.566 1.59 4.5 10.01 43.447159 544.248

nºdados<LimInf 0 0 0 0 0 0 43 61 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 6 3 0 0 0 25 13

nº dados 612 612 612 612 612 612 612 611 612 612

Q1 0 0 23.765 0.41 1009.58 0.19 1 10.01 23.236818 37.62168

Q3 0 0 29.7775 0.69 1011.09 0.75 1 10.01 30.298295 135.1902

LimInf 0 0 14.74625 -0.01 1007.315 -0.65 1 10.01 12.644602 -108.731

LimSupe 0 0 38.79625 1.11 1013.355 1.59 1 10.01 40.890511 281.543

nºdados<LimInf 0 0 1 0 0 0 104 72 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 1 0 85 0 25 10

nº dados 486 486 487 487 487 487 487 486 487 487

Q1 0 0 22.71 0.47 1009.59 0.19 0 10.01 22.608333 13.30062

Q3 0 0 28.435 0.75 1010.745 0.75 0 10.01 28.023718 49.85005

LimInf 0 0 14.1225 0.05 1007.858 -0.65 0 10.01 14.485256 -41.5235

LimSupe 0 0 37.0225 1.17 1012.478 1.59 0 10.01 36.146795 104.6742

nºdados<LimInf 0 0 0 0 0 0 0 49 0 0

nºdados>LimSup 0 0 0 0 0 0 0 0 26 17

14h

15h

16h

17h

18h

19h

PREVISÃO OBSERVAÇÃO

5h

6h

7h

8h

9h

10h

11h

12h

13h

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63

Figura 23 - Valores de correlação horária entre previsão de parâmetros meteorológicos e radiação

solar para período entre outubro e fevereiro

Figura 24 - Valores de correlação horária entre previsão de parâmetros meteorológicos e radiação

solar para período entre março e setembro

Os parâmetros meteorológicos que apresentaram, em geral, maiores correlações

com a radiação foram temperatura, com maior correlação positiva, e umidade, com maior

correlação negativa, para ambos modelos.

Para o período de outubro a fevereiro, no entanto, observa-se que a partir das

15h, o índice UV apresenta valores de correlação positiva que superam os da temperatura. E

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

5h 6h 7h 8h 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h 19h

intensidade de precipitação probabilidade de precipitaçãotemperatura umidadepressão cobertura por nuvemíndice UV visibilidade

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

5h 6h 7h 8h 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h

intensidade de precipitação probabilidade de precipitaçãotemperatura umidadepressão cobertura por nuvemíndice UV visibilidade

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64

a partir das 16h, para ambos períodos dos modelos, os maiores valores de correlação negativa

são atribuídos à pressão.

O melhor desempenho apresentado por tais parâmetros corrobora o resultado

apresentado pelo trabalho desenvolvido por Qing e Niu (2018).

7.1.2. Calibração e validação do modelo de previsão de radiação

Os coeficientes obtidos pela calibração dos modelos de previsão horário de

radiação, para os meses de outubro a fevereiro são apresentados a seguir na Tabela 11.

Tabela 11 - Calibração do modelo de previsão fotovoltaica para meses de outubro a fevereiro

hora Intensidade

Precipitação

Probabilidade

de

Precipitação

Temperatura Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice

UV visibilidade k

(a1,h) (a2,h) (a3,h) (a4,h) (a5,h) (a6,h) (a7,h) (a8,h)

5h 8.7355 -21.0044 -1.5547 -18.1964 -0.3427 -2.8711 0.0000 -0.6878 412.0591

6h -0.1322 -21.0675 -6.5225 -58.5604 1.2153 -25.6906 0.0000 -1.5172 -979.6219

7h 7.0757 -25.0771 -15.9998 -278.3779 -9.7325 -199.6860 152.5221 10.6495 10622.0274

8h -0.0086 -130.3004 -4.4164 -686.1353 -4.5280 -241.6407 47.5552 18.0020 5580.7576

9h -0.0026 -67.0170 6.8797 -711.8491 -13.4204 -237.2150 16.3635 28.6207 14384.6016

10h -0.0005 -195.5103 2.2077 -884.3963 -20.6668 -251.0323 -20.8452 4.8919 22387.9107

11h -0.0012 -133.9171 1.1869 -859.3539 -36.9671 -401.9959 -60.4217 18.2043 39186.3271

12h 0.0000 -99.5446 0.7815 -546.0877 -47.8959 -474.0850 -42.1332 39.6220 49800.0169

13h 0.0048 -130.5510 -0.7778 -577.4914 1.5522 515.9199 93.9550 41.4239 -1975.2859

14h 0.0022 -231.5288 -1.2640 -555.4243 -1.8538 237.2596 55.3768 20.4601 2109.5634

15h 0.0000 -207.0663 -3.0861 -592.3914 -32.0755 273.2118 68.4865 4.9405 32745.3595

16h 5.1263 -3.8661 -2.7708 -429.0478 -43.6653 156.0617 62.0467 16.2924 44310.4140

17h -0.0009 14.4110 -2.1613 -194.2956 -22.2509 66.7045 40.3355 9.8502 22629.4096

18h -0.0004 -15.6508 0.6567 -48.5076 -9.3925 28.9345 40.9308 3.8424 9508.5048

19h -0.0001 2.3772 -1.1227 -51.7197 -11.2182 -10.8467 0.0000 0.5177 11427.4384

O ajuste dos modelos foi avaliado por meio do coeficiente de determinação, que

apresenta a proporção da variação da radiação que é explicada pelo modelo. A proporção da

variação da variação da radiação explicada pelo modelo é, no máximo 1 e, no mínimo 0.

A Tabela 12 apresenta a avaliação dos modelos de previsão de radiação horária

segundo coeficiente de determinação.

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65

Tabela 12 - Avaliação dos modelos de previsão de radiação horária para meses de outubro a

fevereiro por meio do coeficiente de determinação

hora nº dados

calibração

nº dados

validação

calibração

validação

5h 68 9 0.218906 0.015291

6h 371 125 0.19314 0.226793

7h 483 137 0.296064 0.367711

8h 481 135 0.340236 0.457878

9h 479 136 0.407537 0.454995

10h 479 136 0.403695 0.48767

11h 474 135 0.428844 0.463702

12h 472 134 0.368327 0.460625

13h 473 134 0.334028 0.410146

14h 472 135 0.35821 0.348361

15h 482 135 0.368274 0.32868

16h 486 134 0.39579 0.305009

17h 482 135 0.407915 0.288323

18h 474 128 0.354194 0.310454

19h 365 105 0.161212 0.430905

Os coeficientes obtidos pela calibração dos modelos de previsão horário de

radiação, para os meses de março a setembro são apresentados a seguir:

Tabela 13 - Calibração do modelo de previsão fotovoltaica para meses de março a setembro

hora Intensidade

Precipitação

Probabilidade

de

Precipitação

Temperatura Umidade Pressão

Cobertura

por

Nuvem

índice

UV visibilidade k

(a1,h) (a2,h) (a3,h) (a4,h) (a5,h) (a6,h) (a7,h) (a8,h)

5h 0.0000 0.0000 -0.6145 -4.1301 -0.8648 1.1897 0.0000 -0.8057 901.2400

6h -4.0759 0.6757 -1.0087 -29.1446 -12.0252 -23.3428 0.0000 0.4446 12303.6871

7h -0.0544 3.8680 -10.7422 -366.9198 -45.5622 -138.0983 -31.5751 3.1311 47105.6682

8h 21.0353 -83.9564 -4.0824 -719.4050 -41.0343 -222.5733 -10.7326 7.3479 42882.7925

9h -12.1116 -102.5184 1.1796 -739.1027 -35.4725 -216.7909 2.7647 11.2003 37176.8273

10h 8.1721 -130.6296 3.5672 -746.9098 -33.7896 -229.0320 -3.5476 11.7817 35452.8410

11h 37.1219 -129.6782 2.0917 -792.1529 -55.7773 -251.9781 -29.1351 9.5419 58021.2914

12h 0.1401 -90.6446 -1.2511 -718.3985 -39.9379 -161.7303 -1.4454 13.4763 41632.2207

13h -0.0052 -1.6228 -2.1188 -703.4508 -23.8883 -123.2991 12.5869 6.7723 25188.6973

14h -0.0014 6.8533 -1.3607 -530.1429 -16.0796 -142.4426 18.2153 2.4630 17068.0231

15h -0.0036 -31.5066 -1.1484 -317.5215 0.4360 -72.9211 16.6061 -0.0262 22.8227

16h -0.0016 -15.8741 0.9828 -46.0704 -6.8149 -24.9689 5.4977 0.1721 7023.4107

17h -0.0013 -1.9521 -0.0305 -28.5002 -5.4316 -7.6529 7.0931 -0.1232 5562.6587

18h -0.2063 -1.9841 0.2360 5.3210 -3.7110 -2.6497 0.0000 0.6238 3751.8930

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66

A avaliação do modelo é feita por meio do coeficiente de determinação,

conforme apresentado pela Tabela 14:

Tabela 14 - Avaliação dos modelos de previsão de radiação horária para meses de março a

setembro por meio do coeficiente de determinação

hora nº dados

calibração

nº dados

validação

calibração

validação

5h 23 7 0.56698 0.07669

6h 549 91 0.42406 0.15765

7h 618 91 0.38699 0.33214

8h 618 91 0.45285 0.41845

9h 615 91 0.53288 0.39060

10h 597 88 0.52942 0.28757

11h 575 85 0.43724 0.47530

12h 558 82 0.37003 0.34653

13h 603 88 0.48505 0.20003

14h 614 90 0.48065 0.17600

15h 616 90 0.40417 0.12477

16h 561 87 0.36812 0.05826

17h 576 90 0.56261 0.24642

18h 114 36 0.48084 0.15363

7.1.3. Avaliação dos Modelos de Previsão de Radiação Fotovoltaica

A Figura 25 apresenta os coeficientes de determinação obtidos no período de

calibração e validação dos modelos de março a setembro e outubro a fevereiro.

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67

Figura 25 - Coeficiente de determinação obtido no período de calibração e validação dos modelos

de março a setembro e outubro a fevereiro

Observa-se que, tanto para o período referente à calibração quanto para o período

referente à validação, os modelos horários de outubro a fevereiro apresentaram valores mais

regulares quando comparados aos modelos horários de março a setembro.

Os modelos de previsão de geração fotovoltaica correspondentes aos meses entre

outubro e fevereiro contêm as estações primavera e verão. A aproximação do verão implica

raios solares com incidência mais vertical sobre a superfície da localidade, além de incidência

solar por maior número de horas do dia, o que pode explicar a menor volatilidade do

coeficiente de determinação dos modelos referentes a esse período.

A validação dos modelos referentes aos meses de outubro a fevereiro apresentou

valores de correlação maiores quando comparado ao período de calibração para 10 dos 15

modelos, estando os melhores desempenhos da validação entre 7h e 14h.

Os modelos referentes aos meses de março a setembro apresentaram valores

mais elevados de correlação para o período de calibração e valores correlação menores e mais

irregulares para o período de validação.

É valido ressaltar que o desempenho no período de validação pode ter sido

comprometido pela correção da ordem de grandeza da radiação. O erro associado a tal

correção não foi mensurado neste trabalho.

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

5h 6h 7h 8h 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h

hora do dia

calibração - out-fev, 2013 a 2016 calibração - mar-set, 2013 a 2016validação - out-fev, 2017 validação - mar-set, 2017

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68

7.2. Modelo de gerenciamento da demanda

7.2.1. Restrições Operativas

As restrições operativas para os equipamentos da instalação são ilustradas

graficamente por meio da Tabela 15. Os retângulos hachurados indicam a impossibilidade de

operação dos equipamentos enquanto as relações de precedência referenciam relações entre

início e término de operação de equipamentos.

Tabela 15 - Ilustração gráfica das restrições operativas do modelo de gerenciamento da demanda

7.2.2. Definição da Demanda Contratada

Para o estudo e definição da demanda contratada, construiu-se e analisou-se os

seguintes cenários:

- caso base (curva típica de demanda de energia elétrica de uma edificação

industrial com consumo entre 5000-10000kWh. Demanda contratada igualada à máxima

demanda diária, igual a 15kW);

- caso base + PV (curva típica de demanda de energia elétrica de uma

edificação industrial com consumo entre 5000-10000kWh associada ao abatimento do

consumo decorrente da geração fotovoltaica. Demanda contratada igualada à máxima

demanda diária, igual a 15kW);

- caso demanda contratada “x” + painéis PV + otimização da operação

(otimização da curva típica associada à previsão fotovoltaica para o dia seguinte. Demanda

contratada igualada a “x”, definida em processo de otimização).

Como demanda contratada para o cenário base, considerou-se a demanda

máxima horária dentro do período de 24 horas do dia, sendo esta definida como 15kW.

equip/hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Potência (kW)horas

funcionamentoprecedência

1 2 24

2 1.5 3 4 → 2

3 1.5 5 6 → 3

4 4 8 4 → 2

5 4 9

6 4 3 6 → 3

7 4 2 11 → 7

8 4 1

9 1 1 9 → 10

10 1 1 9 → 10

11 1 4 11 → 7

12 1 15

13 1 6

Legenda:

horários com restrição operativa

x → y horário de inicio da operação da carga y deve ser após término de operação da carga x

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69

Para a definição da demanda ótima de contratação configurada pelo caso base

associado à geração fotovoltaica, desenvolveu-se código GAMS, gerado por arquivo VBA e

executado em software GAMS. Na Figura 26, é apresentada a tela principal do modelo

GAMS. A Figura 27 é apresenta o término do processamento do modelo GAMS com a

indicação da condição “Found Solution”, sinalizando que o modelo encontrou uma solução

viável e ótima. O Anexo C apresenta o código desenvolvido em GAMS para otimização de

contratação de demanda.

Figura 26 - Tela do modelo GAMS com arquivo GMS carregado

Figura 27 - Tela de término do processamento do modelo GAMS

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70

A otimização da operação associado à geração fotovoltaica resultou na curva

de permanência apresentada na Figura 28.

Figura 28 - Curva de permanência resultante da otimização da operação do caso base associado à

geração fotovoltaica

As demandas indicadas pelo modelo de contratação da demanda variaram entre

14.33 kW e 8.24 kW. Para o estudo de minimização de custos associados à energia elétrica

além da demanda contratada igual a 15kW, explorou-se as demandas equivalentes a 0, 5 e

10% da curva de permanência obtidas a partir da otimização de 1281 dias entre de 2013 a

2016. Obteve-se solução viável ótima para 810 dias. Para as demandas equivalentes a 0, 5 e

10% da curva de permanência, chegou-se, respectivamente, às demandas contratadas de

14.33kW, 12.28kW e 11.72 kW.

7.2.3. Minimização dos custos referentes à energia elétrica

À definição de demanda contratada, por meio dos anos 2013 a 2016, seguiu-se

o gerenciamento da demanda, para cada demanda contratada prefixada – 15.00, 14.33, 12.28

e 11.72 kW – no ano de 2017.

O gerenciamento da demanda deu-se segundo um modelo cuja função objetivo

estabelecida foi a minimização dos custos referentes à energia elétrica. Tais custos foram

determinados pela combinação da geração fotovoltaica e da política estabelecida para

operação dos equipamentos.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0 200 400 600 800

Demanda

contratada (kW)

dia otimizado

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71

Avaliou-se os custos associados tanto à geração fotovoltaica prevista quanto à

observada. Tal avaliação possibilitou mensurar a redução de custos proporcionada pelo

modelo, apesar do erro associado à previsão de geração fotovoltaica.

A geração fotovoltaica prevista foi calculada a partir da interface desenvolvida

em Excel, tendo como dados de entrada: a previsão de radiação horária fornecida pelo modelo

de previsão de radiação desenvolvido neste trabalho e a previsão de temperatura fornecida

pelo website darksky.net.

A geração fotovoltaica observada foi calculada a partir da mesma interface

desenvolvida em Excel, tendo como dados de entrada: a temperatura e radiação horária

observadas, fornecidas pelo website wunderground.

A avaliação do modelo de gerenciamento da demanda deu-se por meio da

análise de quatro custos, a saber: custo previsto de operação, do custo potencial de

operação, do custo efetivo de operação e do custo de operação sem geração fotovoltaica.

O cálculo de cada um desses custos é explicado a seguir.

O custo de operação sem geração fotovoltaica é aquele associado a um dia cuja

todas as horas tiveram geração fotovoltaica foi igual a zero.

O custo previsto de operação foi obtido por meio da otimização do caso base

associado à previsão de geração fotovoltaica. Este custo é referente à expectativa de custo de

energia elétrica e é calculado com a geração fotovoltaica prevista.

O custo potencial é obtido por meio da otimização do caso base associado à

geração fotovoltaica observada, sendo este o menor custo possível associado ao cenário

realizado em questão. Este custo é calculado a partir da geração fotovoltaica observada.

O custo efetivo de operação é o custo resultante da política de operação de

equipamentos indicada pelo custo previsto de operação associada à geração fotovoltaica

observada. Este é o custo efetivo referente à energia elétrica.

Para otimizações que levaram a ótimos locais, evidenciados pelo custo de

operação maior que o custo de operação sem geração fotovoltaica, realizou-se ajuste

impondo-se a política de operação de gerações fotovoltaicas iguais a zero em todas as horas

do dia.

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72

Aos dias em que o modelo de otimização de gerenciamento da demanda não

apresentou nenhum resultado ótimo, atribuiu-se a política de operação de gerações

fotovoltaicas iguais a zero em todas as horas do dia.

As Figura 29, Figura 30, Figura 31e Figura 32ilustram os custos diários previsto,

potencial, efetivo e sem painel fotovoltaico resultantes da operação. Tais custos são

denominados, respectivamente: CustoPrevistoOperação, CustoPotencialOperação,

CustoRealOperação e CustoSemPV

Figura 29 - Custo diário de operação resultante da minimização de custo referente à energia elétrica

para demanda contratada igual a 15.00 kW

Figura 30 - Custo diário de operação resultante da minimização de custo referente à energia

elétrica para demanda contratada igual a 11.72 kW

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73

Figura 31 - Custo diário de operação resultante da minimização de custo referente à energia

elétrica para demanda contratada igual a 12.28 kW

Figura 32 - Custo diário de operação resultante da minimização de custo referente à energia

elétrica para demanda contratada igual a 14.33 kW

A

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74

Tabela 16 apresenta uma síntese do resultado deste estudo de caso para cada um

dos casos em questão, apresentando para o período de gerenciamento da demanda: a demanda

contratada, custo médio previsto, custo médio potencial, custo médio efetivo, número de dias

em que o custo efetivo foi superior, igual e menor comparativamente ao custo de operação

sem painel fotovoltaico.

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75

Tabela 16 - Síntese de custos médios previsto, potencial e real para o período de gerenciamento da

demanda

Caso

Base

Caso

Base +

PV

Demanda Contratada

0% 5% 10%

DCont (kW) 15 15 14.33 12.28 11.72

Custo Médio

Previsto (R$)

60.35 - 55.90 54.99 56.02

Custo Médio

Potencial (R$)

60.35 - 56.14 55.13 55.32

Custo Médio

Efetivo (R$)

60.35 57.75 57.10 57.24 57.20

nº dias custo

Efetivo > custo

sem painel

fotovoltaico

-

-

27 dias com

custo maior que

58.68

52 dias com

custo maior

que 57.5

100 dias com

custo maior

que 57.23

nº dias custo

Efetivo = custo

sem painel

fotovoltaico

-

-

135 dias com

custo igual a

58.68

135 dias com

custo igual a

57.5

74 dias com

custo igual a

57.23

nº dias custo

Efetivo < custo

sem painel

fotovoltaico

-

-

203 dias com

custo menor

que 58.68

178 dias com

custo menor

que 57.7

191 dias com

custo menor

que 57.23

As otimizações referentes às quatro demandas contratadas estudadas

apresentaram custo médio efetivo inferior quando comparadas ao caso de contratação dessas

mesmas demandas sem geração fotovoltaica associada.

O menor custo médio efetivo foi obtido pela demanda contratada de 14.33kW.

A demanda contratada igual a 14.33kW, no entanto, não obteve menor custo dentre os custos

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76

médios potenciais. A demanda contratada que resultou menor custo médio potencial foi igual

a 12.28kW. Essa mesma demanda contratada também resultou o menor custo médio previsto.

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77

8. CONCLUSÕES

O principal objetivo deste trabalho foi apresentar uma metodologia de análise

da contratação e gestão da demanda de energia elétrica em instalações prediais com geração

fotovoltaica in loco. Para tanto, três modelos computacionais foram desenvolvidos. O

primeiro referente à previsão horária de radiação fotovoltaica para o dia seguinte, o segundo

referente à demanda ótima de contratação de energia, dada instalação de painéis fotovoltaicos

e o terceiro voltado à otimização de custos de energia elétrica para o dia seguinte.

Como variáveis de entrada para o primeiro modelo, considerou-se: previsão de

intensidade de precipitação, previsão de precipitação, previsão de temperatura, previsão de

umidade, previsão de pressão, previsão de cobertura por nuvem, previsão do índice UV e

previsão de visibilidade.

Cenários de geração fotovoltaicas gerados a partir de temperatura e radiação

observados foram utilizados como variáveis de entrada para o segundo modelo, desenvolvido

para definir a demanda ótima de contratação de energia.

Os resultados originados dos equacionamentos de previsão de radiação

fotovoltaica para o dia seguinte, resultantes do primeiro modelo, associados à demanda ótima

de contratação, assinalada pelo segundo, modelo foram utilizados como variáveis de entrada

o modelo otimização dos custos relacionados à energia elétrica.

Foram avaliados os custos previstos, potenciais e efetivo de operação. Definiu-

se como custo previsto aquele decorrente da otimização da operação associada à previsão de

geração fotovoltaica. O custo potencial foi definido como resultante da otimização da

operação associada à geração fotovoltaica observada. Já o custo efetivo foi caracterizado

como o custo decorrente da política de operação dada pela otimização do custo previsto

associada à geração fotovoltaica observada.

A metodologia foi aplicada a um estudo de caso com quatro cenários de

demanda contratada e período referente a validação igual a um ano, permitindo a análise da

operação ótima do sistema – definida como aquela de menor custo operacional –, bem como

a definição de demanda de contratação ótima.

O primeiro cenário de demanda contratada foi associado ao da demanda

máxima do caso tomado como base. Para o segundo cenário de contratação, a demanda

contratada foi igualada à maior demanda decorrente da curva de permanência gerada a partir

da otimização de 810 cenários de geração fotovoltaica. O terceiro cenário de demanda

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78

contratada correspondeu ao valor das 5% maiores demandas da curva de permanência e, o

quarto cenário, ao valor das 10% maiores demandas da curva de permanência.

Análises comparativas evidenciaram menores custos previsto e potencial

associados à demanda referente ao valor de 5% da curva de permanência. Já o menor custo

efetivo esteve associado à demanda referente ao maior valor da curva de permanência.

A atual versão dos modelos indica, portanto, a demanda ótima de contratação

como o maior valor da curva de permanência.

O fato de os menores custos - previsto, potencial e efetivo - não estarem

associados a uma única demanda é explicado pela necessidade de aperfeiçoamento do modelo

de previsão de radiação para o dia seguinte. Isto é, a política ótima associada à previsão de

geração fotovoltaica não se confirma como tal pelo fato de a geração fotovoltaica realizar-se

de forma diferente da indicada pela previsão.

O menor custo médio potencial associado ao valor de 5% da curva de

permanência indica que o aperfeiçoamento do modelo de previsão de radiação para o dia

seguinte leva à aproximação do custo médio potencial e do custo médio efetivo de operação.

O aperfeiçoamento do modelo de previsão fotovoltaico levaria o custo médio

previsto a aproximar-se do custo médio potencial e, consequentemente, do custo médio

efetivo. A coincidência de tais custos indicaria, portanto, a demanda ótima de contratação

como igual ao valor de 5% da curva de permanência.

É importante salientar ainda que há limitações referentes à otimização

associadas à natureza inteira mista do problema. A natureza inteira mista do problema

incorreu em elevado tempo de processamento e soluções identificadas como ótimos locais.

Melhorias poderiam ser implementadas com a adoção de novos pacotes específicos para

trabalhos com otimização de variáveis binárias e algoritmos genéticos.

Os resultados deste trabalho ainda deverão ser mais estudados diante do cenário

de cobrança por tarifação horária da energia elétrica. Certamente os benefícios tanto da

geração in loco quanto da combinação com a gestão da demanda levarão a grandes

possibilidades de redução de custos com eletricidade. Baterias estacionarias, em breve,

também farão parte dos equipamentos necessários de uma residência, comércio ou indústria

moderna e se somarão aos aparatos que contribuirão para a eficiência energética.

Outra fonte a ser explorada são os benefícios que a metodologia aqui

desenvolvida poderá proporcionar quando somada aos conceitos de inteligência artificial e

automação predial, pois haverá possibilidades de não necessitar da atuação humana para o

aproveitamento ótimo de tais condições. As edificações poderão atuar de forma autônoma na

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79

gestão de seu recurso energético, saber como e quando comprar a sua complementação

energética e assim proporcionar economia.

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86

ANEXO A – código calibração modelo de previsão de radiação

** DECLARAÇÃO DE PARÂMETROS

SETS

d dia

var variaveis

**IMPORTAÇÃO DE PARÂMETROS DE PLANILHA EXCEL;

$CALL 'GDXXRW PrevObs_2013a2017_out-fev_v1.xlsx skipempty=0 trace=2 index=12!EJ1'

$gdxin PrevObs_2013a2017_out-fev_v1.gdx

$load d var

parameters

SolarOBS(d)

VarObs(d,var);

$load SolarOBS

$load VarObs

$gdxin

**DECLARAÇÃO DE VARIÁVEIS;

variables

k

coef(var)

Erro(d)

ErroQuad(d)

SomaErroQuad;

positive variables

SolarMEL(d);

**DECLARAÇÃO E REDAÇÃO DE EQUAÇÕES;

equations

EqSolarMEL(d)

EqErro(d)

EqErroQuad(d)

EqSomaErroQuad

;

EqSolarMEL(d).. SolarMEL(d) =e=sum(var, VarObs(d,var)*coef(var))+k;

EqErro(d).. Erro(d)=e=SolarMEL(d)-SolarOBS(d);

EqErroQuad(d).. ErroQuad(d)=e=Erro(d)*Erro(d);

EqSomaErroQuad.. SomaErroQuad=e=sum(d,ErroQuad(d));

** DECLARAÇÃO DO MODELO;

MODEL OTIM /ALL/;

** DECLARAÇÃO DO OTIMIZADOR;

OPTION NLP = minos;

** DECLARAÇÃO DA VARIÁVEL A SER OTIMIZADA;

SOLVE OTIM USING NLP MINIMIZING SomaErroQuad;

** EXIBIÇÃO DE VARIÁVEIS;

display SolarMEL.l, coef.l, k.l, SomaErroQuad.l;

** EXPORTAÇÃO DO RESULTADO

file temph

/C:\Users\AnaCarolina\Documents\gamsdir\projdir\dissertacao_PrevisaoRadiaçao.dat/;

put temph;

loop((var), put var.tl:15, coef.l(var):15:6, k.l:15:6/;)

putclose temph;

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87

ANEXO B – código cálculo de geração fotovoltaica

Sub GerPV()

rad = Cells(10, 5)

temp = Cells(11, 5)

tempPV = temp + 25

If rad >= Cells(5, 6) Then

i = 5

j = 6

End If

If rad < Cells(5, 6) And rad > Cells(5, 7) Then

i = 6

j = 7

End If

If rad < Cells(5, 7) And rad > Cells(5, 8) Then

i = 7

j = 8

End If

If rad <= Cells(5, 8) Then

i = 8

j = 9

End If

'corrente referente à potência máxima a dada radiação e 25ºC

IPotMaxRad25 = Cells(6, i) + (((Cells(6, i) - Cells(6, j)) / ((Cells(5, i) - Cells(5,

j))) * ((rad - Cells(5, i)))))

'corrente referente à potência máxima a dada radiação e temperatura

IPotMaxRadTemp = IPotMaxRad25 * (1 + (0.0005 * (tempPV - 25)))

'tensão de circuito aberto a dada radiação e 25ºC

VocRad25 = Cells(7, 5) + ((Cells(7, i) - Cells(7, j)) / ((Cells(5, i) - Cells(5, j))) *

((rad - Cells(5, i))))

'tensão de circuito aberto a dada radiação e dada temperatura

VocRadTemp = VocRad25 * (1 - 0.0031 * (tempPV - 25))

'tensão referente à potência máxima a dada radiação e temperatura

VocPotMaxRadTemp = 36.2 - (VocRad25 - VocRadTemp)

'energia fotovoltaica produzida

EGerPV = VocPotMaxRadTemp * IPotMaxRadTemp

If EGerPV < 0 Then

EGerPV = 0

End If

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ANEXO C – código otimização demanda contratada

** DECLARAÇÃO DE PARÂMETROS

SETS

d dia /42736/

t horas do dia /1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23,24/

c equipamento /1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13/

PARAMETERS

TarifaDemanda R$ por kW

/14.22/

TarifaConsumo(t) R$ por kWh

/

1 0.283966667

2 0.283966667

3 0.283966667

4 0.283966667

5 0.283966667

6 0.283966667

7 0.283966667

8 0.283966667

9 0.283966667

10 0.283966667

11 0.283966667

12 0.283966667

13 0.283966667

14 0.283966667

15 0.283966667

16 0.283966667

17 0.283966667

18 0.283966667

19 0.4259500005

20 0.4259500005

21 0.4259500005

22 0.283966667

23 0.283966667

24 0.283966667

/

h(t) auxiliar - indice horario ordenado crescente

/

1 1

2 2

3 3

4 4

5 5

6 6

7 7

8 8

9 9

10 10

11 11

12 12

13 13

14 14

15 15

16 16

17 17

18 18

19 19

20 20

21 21

22 22

23 23

24 24

/

hINV(t) auxiliar - indice horario ordenado decrescente

/

1 24

2 23

3 22

4 21

5 20

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89

6 19

7 18

8 17

9 16

10 15

11 14

12 13

13 12

14 11

15 10

16 9

17 8

18 7

19 6

20 5

21 4

22 3

23 2

24 1

/

HorasOperacao(c) num. horas de operação de cada equipamento

/

1 24

2 3

3 5

4 8

5 9

6 3

7 2

8 1

9 1

10 1

11 4

12 15

13 6

/

Potencia(c) potência de cada equipamento (kW)

/

1 2

2 1.5

3 1.5

4 4

5 4

6 4

7 4

8 4

9 1

10 1

11 1

12 1

13 1

/

ProdFV(t) (kWh)

/

1 0

2 0

3 0

4 0

5 0

6 0

7 0

8 0

9 0

10 0

11 0

12 0

13 0

14 0

15 0

16 0

17 0

18 0

19 0

20 0

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90

21 0

22 0

23 0

24 0

/

** DECLARAÇÃO DE VARIÁVEIS

POSITIVE VARIABLES

HoraInicio(c)

HoraTermino(c)

DemandaContratada(t)

Ult(t)

Sobra(t)

DHoraria(t)

DContratada

;

VARIABLES

custo

BINARY VARIABLES

funcionamento(c,t)

** DECLARAÇÃO E REDAÇÃO DE EQUAÇÕES

EQUATIONS

EqHoraInicio (c)

EqHoraTermino (c)

EqHorasOperacao (c)

EqDemandaContratada (t)

EqDemandaHoraria (t)

EqCusto

**************************************************************

*** RESTRIÇÕES DE INICIO/TERMINO DA OPERAÇÃO + PRECEDÊNCIA ***

**************************************************************

Eq4Precede2 (c)

Eq6Precede3 (c)

Eq11Precede7 (c)

Eq9Precede10 (c)

EqIni2 (c)

EqFin2 (c)

EqIni3 (c)

EqFin3 (c)

EqIni4 (c)

EqFin4 (c)

EqIni5 (c)

EqFin5 (c)

EqIni6 (c)

EqFin6 (c)

;

EqHorasOperacao(c).. HorasOperacao(c)=e=sum(t,Funcionamento(c,t));

EqHoraInicio(c).. HoraInicio(c)=e=25-smax(t, Funcionamento(c,t)*hINV(t));

EqHoraTermino(c).. HoraTermino(c)=e=smax(t, Funcionamento(c,t)*h(t));

EqIni2(c).. HoraInicio('2')=g=10;

EqFin2(c).. HoraTermino('2')=l=20;

EqIni3(c).. HoraInicio('3')=g=9;

EqFin3(c).. HoraTermino('3')=l=24;

EqIni4(c).. HoraInicio('4')=g=6;

EqFin4(c).. HoraTermino('4')=l=20;

EqIni5(c).. HoraInicio('5')=g=7;

EqFin5(c).. HoraTermino('5')=l=17;

EqIni6(c).. HoraInicio('6')=g=7;

EqFin6(c).. HoraTermino('6')=l=18;

Eq4Precede2 (c).. HoraInicio('2')=g=HoraTermino('4')+1;

Eq6Precede3 (c).. HoraInicio('3')=g=HoraTermino('6')+1;

Eq11Precede7 (c).. HoraInicio('7')=g=HoraTermino('11')+1;

Eq9Precede10 (c).. HoraInicio('10')=g=HoraTermino('9')+1;

EqDemandaContratada(t).. DContratada=e=sum(c,(Funcionamento(c,t)*Potencia(c)))-

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91

ProdFV(t)-Ult(t)+Sobra(t);

EqDemandaHoraria(t).. DHoraria(t)=e=sum(c,(Funcionamento(c,t)*Potencia(c)));

EqCusto.. custo=e=sum(t, (sum(c,Funcionamento(c,t)*Potencia(c))-ProdFV(t))*

TarifaConsumo(t))+ DContratada*TarifaDemanda/30 + smax(t,ult(t))*2*TarifaDemanda;

** DECLARAÇÃO DO MODELO;

MODEL dissertacao_v3 /ALL/;

** DECLARAÇÃO DO OTIMIZADOR;

OPTION MINLP = AlphaECP;

OPTION reslim = 3600;

** DECLARAÇÃO DA VARIÁVEL A SER OTIMIZADA;

SOLVE dissertacao_v3 USING MINLP MINIMIZiNG custo;

** EXPORTAÇÃO DO RESULTADO

file temph /C:\Users\AnaCarolina\Google Drive\FACULDADE APÓS\pós graduação\02 -

PESQUISA\MODELOS\MODELO GERENCIAMENTO

DEMANDA\dissertacao_resultado_OtimOperacaoGerPVObs_PV=0,DCont=12.28.dat/;

put temph;

loop((d,t), put d.tl, t.tl, ProdFV(t), DHoraria.l(t), ult.l(t), custo.l/;)

putclose temph;

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92

ANEXO D – código otimização gerenciamento da demanda

** DECLARAÇÃO DE PARÂMETROS

SETS

d dia /42736/

t horas do dia /1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23,24/

c equipamento /1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13/

PARAMETERS

TarifaDemanda R$ por kW

/14.22/

DContratada kW

/12.28/

TarifaConsumo(t) R$ por kWh

/

1 0.283966667

2 0.283966667

3 0.283966667

4 0.283966667

5 0.283966667

6 0.283966667

7 0.283966667

8 0.283966667

9 0.283966667

10 0.283966667

11 0.283966667

12 0.283966667

13 0.283966667

14 0.283966667

15 0.283966667

16 0.283966667

17 0.283966667

18 0.283966667

19 0.4259500005

20 0.4259500005

21 0.4259500005

22 0.283966667

23 0.283966667

24 0.283966667

/

h(t) auxiliar - indice horario ordenado crescente

/

1 1

2 2

3 3

4 4

5 5

6 6

7 7

8 8

9 9

10 10

11 11

12 12

13 13

14 14

15 15

16 16

17 17

18 18

19 19

20 20

21 21

22 22

23 23

24 24

/

hINV(t) auxiliar - indice horario ordenado decrescente

/

1 24

2 23

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93

3 22

4 21

5 20

6 19

7 18

8 17

9 16

10 15

11 14

12 13

13 12

14 11

15 10

16 9

17 8

18 7

19 6

20 5

21 4

22 3

23 2

24 1

/

HorasOperacao(c) num. horas de operação de cada equipamento

/

1 24

2 3

3 5

4 8

5 9

6 3

7 2

8 1

9 1

10 1

11 4

12 15

13 6

/

Potencia(c) potência de cada equipamento (kW)

/

1 2

2 1.5

3 1.5

4 4

5 4

6 4

7 4

8 4

9 1

10 1

11 1

12 1

13 1

/

ProdFV(t) (kWh)

/

1 0

2 0

3 0

4 0

5 0

6 0

7 0

8 0

9 0

10 0

11 0

12 0

13 0

14 0

15 0

16 0

17 0

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94

18 0

19 0

20 0

21 0

22 0

23 0

24 0

/

** DECLARAÇÃO DE VARIÁVEIS

POSITIVE VARIABLES

HoraInicio(c)

HoraTermino(c)

DemandaContratada(t)

Ult(t)

Sobra(t)

DHoraria(t)

;

VARIABLES

custo

BINARY VARIABLES

funcionamento(c,t)

** DECLARAÇÃO E REDAÇÃO DE EQUAÇÕES

EQUATIONS

EqHoraInicio (c)

EqHoraTermino (c)

EqHorasOperacao (c)

EqDemandaContratada (t)

EqDemandaHoraria (t)

EqCusto

**************************************************************

*** RESTRIÇÕES DE INICIO/TERMINO DA OPERAÇÃO + PRECEDÊNCIA ***

**************************************************************

Eq4Precede2 (c)

Eq6Precede3 (c)

Eq11Precede7 (c)

Eq9Precede10 (c)

EqIni2 (c)

EqFin2 (c)

EqIni3 (c)

EqFin3 (c)

EqIni4 (c)

EqFin4 (c)

EqIni5 (c)

EqFin5 (c)

EqIni6 (c)

EqFin6 (c)

;

EqHorasOperacao(c).. HorasOperacao(c)=e=sum(t,Funcionamento(c,t));

EqHoraInicio(c).. HoraInicio(c)=e=25-smax(t, Funcionamento(c,t)*hINV(t));

EqHoraTermino(c).. HoraTermino(c)=e=smax(t, Funcionamento(c,t)*h(t));

EqIni2(c).. HoraInicio('2')=g=10;

EqFin2(c).. HoraTermino('2')=l=20;

EqIni3(c).. HoraInicio('3')=g=9;

EqFin3(c).. HoraTermino('3')=l=24;

EqIni4(c).. HoraInicio('4')=g=6;

EqFin4(c).. HoraTermino('4')=l=20;

EqIni5(c).. HoraInicio('5')=g=7;

EqFin5(c).. HoraTermino('5')=l=17;

EqIni6(c).. HoraInicio('6')=g=7;

EqFin6(c).. HoraTermino('6')=l=18;

Eq4Precede2 (c).. HoraInicio('2')=g=HoraTermino('4')+1;

Eq6Precede3 (c).. HoraInicio('3')=g=HoraTermino('6')+1;

Eq11Precede7 (c).. HoraInicio('7')=g=HoraTermino('11')+1;

Eq9Precede10 (c).. HoraInicio('10')=g=HoraTermino('9')+1;

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EqDemandaContratada(t).. DContratada=e=sum(c,(Funcionamento(c,t)*Potencia(c)))-

ProdFV(t)-Ult(t)+Sobra(t);

EqDemandaHoraria(t).. DHoraria(t)=e=sum(c,(Funcionamento(c,t)*Potencia(c)));

EqCusto.. custo=e=sum(t, (sum(c,Funcionamento(c,t)*Potencia(c))-ProdFV(t))*

TarifaConsumo(t))+ DContratada*TarifaDemanda/30 + smax(t,ult(t))*2*TarifaDemanda;

** DECLARAÇÃO DO MODELO;

MODEL dissertacao_v3 /ALL/;

** DECLARAÇÃO DO OTIMIZADOR;

OPTION MINLP = AlphaECP;

OPTION reslim = 3600;

** DECLARAÇÃO DA VARIÁVEL A SER OTIMIZADA;

SOLVE dissertacao_v3 USING MINLP MINIMIZiNG custo;

** EXPORTAÇÃO DO RESULTADO

file temph /C:\Users\AnaCarolina\Google Drive\FACULDADE APÓS\pós graduação\02 -

PESQUISA\MODELOS\MODELO GERENCIAMENTO

DEMANDA\dissertacao_resultado_OtimOperacaoGerPVObs_PV=0,DCont=12.28.dat/;

put temph;

loop((d,t), put d.tl, t.tl, ProdFV(t), DHoraria.l(t), ult.l(t), custo.l/;)

putclose temph;