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GESTÃO GESTÃO BANC BANC Á Á RIA RIA Notas das aulas Notas das aulas (Ponto 3) (Ponto 3) Fernando F Fernando F é é lix Cardoso lix Cardoso Ano Lectivo 2004 Ano Lectivo 2004 - - 05 05

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GESTÃOGESTÃO BANCBANCÁÁRIARIANotas das aulasNotas das aulas

(Ponto 3)(Ponto 3)

Fernando FFernando Féélix Cardosolix CardosoAno Lectivo 2004Ano Lectivo 2004--0505

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PROGRAMA

IntroduIntroduççãoão1. Enquadramento da Gestão Banc1. Enquadramento da Gestão Bancááriaria2. Gestão do 2. Gestão do NegNegóóciocio BancBancááriorio3. An3. Anáálise da Performance Banclise da Performance Bancááriaria4. A Gestão do Risco na Banca4. A Gestão do Risco na Banca5. A Regulamenta5. A Regulamentaçção Prudencialão Prudencial6. A Gestão Operacional6. A Gestão Operacional

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Ano Lectivo 2004-05 3

3. An3. Anáálise da Performance Banclise da Performance Bancááriaria

3.1. Fundamentos de Contabilidade Banc3.1. Fundamentos de Contabilidade Bancááriaria3.2. An3.2. Anáálise Financeira e do Valorlise Financeira e do Valor

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Ano Lectivo 2004-05 4

3.1. Fundamentos de Contabilidade Banc3.1. Fundamentos de Contabilidade Bancááriaria

Enquadramento Histórico

O Regulamento de Lei de 3 de Abril de 1896 estabelece a 1ª normalização da contabilidade de estabelecimentos bancários.

Determinava a obrigatoriedade de todos os bancos ou estabelecimentos afins enviarem à Repartição do Comércio um balancete referido ao último dia do mês anterior, elaborado em conformidade com a classificação de contas estabelecidas no Regulamento.

Os Bancos eram livres de poderem integrar quaisquer outras contas, desde que seguissem a classificação proposta no Regulamento.

Com o aumento da complexidade do contexto financeiro, houve necessidade de criar normas de aderência à realidade.

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Ano Lectivo 2004-05 5

Surgiram sucessivamente diversos diplomas legais:

- Decreto 10634 de Março de 1925- Decreto 39525 de Fevereiro de 1954- Decreto 42641 de Novembro de 1959- Decreto 455/78 de Dezembro de 1978

O Dec-Lei 410/89 de 21 de Nov., que aprovou o POC, refere que “este não é aplicável aos bancos e outras entidades do sistema financeiro, para as quais esteja prevista a aplicação de planos de contabilidade específicos”.

Porquê um Plano de Contas específico para os Bancos?

Devido, exactamente, à especificidade da sua actividade principal:

a) a intermediação financeira consiste na canalização da poupança para o investimento, gerando uma margem que resulta do diferencial entre taxas de juro activas e taxas de juro passivas;

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Ano Lectivo 2004-05 6

b) ausência de existências porque a intermediação financeira não gera stocks;

c) exigência de uma estrutura específica de contas que acomode a periodificação dos proveitos de aplicações e dos custos das origens a que respeitam;

d) assumpção, na sua actividade de intermediação, de responsabilidades ou compromissos perante terceiros ou vice-versa, que não estão relevados em contas patrimoniais e que só virão a concretizar-se caso os terceiros falhem no cumprimento das mesmas. As empresas não-financeiras não são obrigadas a reflectir estas operações contabilisticamente. Apenas devem mencionar essas responsabilidades na nota 32 do Anexo.

Como consequência:

O Dec-Lei 455/78 é revogado pelo Dec-Lei 91/90 de 17 de Março, dando competências ao Banco de Portugal para estabelecer as normas de contabilidade aplicáveis às instituições sujeitas à sua supervisão.

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Ano Lectivo 2004-05 7

Factores determinantes na aplicação de um Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB):

a) A liberalização/desregulamentação do sector, que originou:- A emergência de bancos privados e estrangeiros;- O desenvolvimento de novas actividades financeiras (leasing, factoring,

SFAC’s); - Abertura à inovação de produtos e serviços financeiros;- Dinamização dos mercados monetário e de capitais.

b) A adesão de Portugal à CEE em 1986, que originou:- A necessidade de uniformização, simplificação e compatibilização dos

sistemas de tratamento de dados contabilísticos e estatísticos fornecidos pelos bancos ao Banco de Portugal (entidade supervisora);

- A aproximação do sistema contabilístico do sector bancário nacional às regras e práticas em vigor nos sistemas financeiros mais evoluídos, em particular às exigências comunitárias sobre a matéria, consignado através de legislação própria, via:

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Ano Lectivo 2004-05 8

- Princípio de harmonização mínima, i.e., criação de um quadro regulamentar comum, fixando as regras gerais a que as legislações nacionais devem obedecer, respeitando, contudo, a identidade de cada país;

- 1ª e 2ª Directivas de Coordenação Bancária (estabelecem os princípios em que assenta o Mercado Único Bancário).

No âmbito específico da coordenação bancária, esta harmonização mínima diz respeito, fundamentalmente:

- Às regras de controlo prudencial;- Às condições de acesso à actividade;- Ao exercício da actividade.

O objectivo é criar condições equivalentes de concorrência nas instituições financeiras de todos os Estados-membros, obtendo-se um grau uniforme de protecção dos depositantes e de estabilidade dessas instituições.

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Ano Lectivo 2004-05 9

Assim, é aprovado o RGICSF (Dec-Lei nº 298/92 de 31 de Dezembro), também designado por Lei-Quadro do Sistema Financeiro ou Lei Bancária, pelo qual se rege o Sistema Financeiro Português (instituições de crédito e sociedades financeiras).

Porém, as diferentes culturas e práticas contabilísticas dos países que integram a UE tem constituído um obstáculo à normalização contabilística, verificando-se um distanciamento relativamente aos avanços técnicos no âmbito internacional, em especial a realizada pelo IASB (International Accounting Standard Board).

Por isso, a UE sentiu necessidade de formular uma nova estratégia relativamente à harmonização internacional, reforçando a coerência entre as directivas comunitárias relativas à contabilidade e a evolução das práticas contabilísticas internacionais.

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Ano Lectivo 2004-05 10

Quais os objectivos do IASB?

- Desenvolver, um conjunto de normas de relato financeiro de elevada qualidade, (Global Accounting Standards), orientadas para as Bolsas de Valores Mundiais e para outras entidades que sejam úteis na tomada de decisões económicas;

- Promover o uso e a rigorosa aplicação dessas normas;- Trabalhar activamente com as Comissões de Normalização Contabilística dos

vários países com vista à convergência da normalização contabilística.

O IASB está a proceder a revisões e aperfeiçoamentos das actuais IAS (Normas Internacionais de Contabilidade), simplificando-as e tornando-as mais facilmente aplicáveis. As normas internacionais de contabilidade daí resultantes passam a apelidar-se de IFRS (International Financial Reporting Standard).

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Ano Lectivo 2004-05 11

Algumas das actuais 41 normas internacionais de contabilidade (IAS) emitidas pelo IASB, aplicáveis às instituições financeiras:

IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeirasIAS 14 – Informação (relato) por segmentosIAS 30 – Divulgação nas Demonstrações Financeiras dos Bancos e Instituições

Financeiras similaresIAS 32 – Instrumentos financeiros: divulgação e apresentaçãoIAS 37 – Provisões, passivos e activos contingentesIAS 38 – IntangíveisIAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e valorização

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Ano Lectivo 2004-05 12

Competências do IASB:

Não tem autoridade para impor a aplicação das normas, podendo somente recomendar a utilização das mesmas. Os Estados podem, através das suas Comissões de Normalização Contabilísticas, exigir a adopção das normas nas jurisdições nacionais.

Qual o objectivo das IAS/IFRS?

Traduzem princípios/práticas contabilísticas com vista a melhorar o relato financeiro por parte das empresas e a permitir a sua comparabilidade.

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Ano Lectivo 2004-05 13

As Classes de Contas do PCSB

ClassesClasses DescriDescriççãoão11 DisponibilidadesDisponibilidades22 AplicaAplicaççõesões33 Recursos AlheiosRecursos Alheios44 ImobilizaImobilizaççõesões55 Contas Internas e de RegularizaContas Internas e de Regularizaççãoão66 Capitais PrCapitais Próóprios e Equiparadosprios e Equiparados77 Custos por NaturezaCustos por Natureza88 Proveitos por NaturezaProveitos por Natureza99 Contas ExtrapatrimoniaisContas Extrapatrimoniais

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Ano Lectivo 2004-05 14

Contas de BalanContas de Balanççoo

ActivoActivo PassivoPassivoDisponibilidades (classe 1)Disponibilidades (classe 1)AplicaAplicaçções (classe 2)ões (classe 2)ImobilizaImobilizaçções (classe ões (classe 4)4)Contas Internas e de RegularizaContas Internas e de Regularizaçção ão ((saldos devedores) (classe 5)saldos devedores) (classe 5)

Recursos Alheios (classe 3)Recursos Alheios (classe 3)Contas Internas e de RegularizaContas Internas e de Regularizaçção ão (saldos credores) (classe 5)(saldos credores) (classe 5)Capitais PrCapitais Próóprios e Equiparados, prios e Equiparados, Provisões e Resultados (classe 6)Provisões e Resultados (classe 6)

Contas Contas ExtrapatrimoniaisExtrapatrimoniais (classe 9)(classe 9)

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Ano Lectivo 2004-05 15

As contas do Activo são:

Bens e direitos que pertencem à instituição e por isso se dizem patrimoniais;

As contas do Passivo são:

Capitais alheios - obrigações a pagar pela instituição;Capitais própriosCapitais equiparados a capitais próprios - passivos subordinados e provisões;

As contas extrapatrimoniais (off-balance sheet) são sempre divulgadas com o Balanço e referem-se às responsabilidades ou compromissos assumidos pela instituição perante terceiros e que não estão relevados em contas patrimoniais activas e passivas.

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Ano Lectivo 2004-05 16

Contas da DemonstraContas da Demonstraçção de Resultadosão de Resultados

Custos do ExercCustos do Exercíício cio Proveitos do ExercProveitos do Exercííciocio

Custos por Natureza (Classe 7)Custos por Natureza (Classe 7) Proveitos por Natureza (classe 8)Proveitos por Natureza (classe 8)

(O saldo (O saldo éé levado levado àà rubrica 69 rubrica 69 –– Resultados do ExercResultados do Exercíício da cio da classe 6 do Balanclasse 6 do Balançço)o)

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Ano Lectivo 2004-05 17

CustosCustos ProveitosProveitos

Juros e Custos EquiparadosJuros e Custos EquiparadosComissõesComissõesPrejuPrejuíízos em Operazos em Operaçções Financeirasões FinanceirasCustos com PessoalCustos com PessoalOutros Gastos AdministrativosOutros Gastos AdministrativosImpostos Impostos Outros Custos e PrejuOutros Custos e PrejuíízoszosPerdas ExtraordinPerdas ExtraordinááriasriasAmortizaAmortizaçções do Exercões do ExercííciocioProvisões do ExercProvisões do ExercííciocioLucro do ExercLucro do Exercííciocio

Juros e Proveitos EquiparadosJuros e Proveitos EquiparadosRendimento de TRendimento de TíítulostulosComissõesComissõesLucros em OperaLucros em Operaçções Financeirasões FinanceirasOutros ProveitosOutros ProveitosGanhos ExtraordinGanhos ExtraordinááriosriosPrejuPrejuíízo do Exerczo do Exercííciocio

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Ano Lectivo 2004-05 18

1- Juros e Proveitos Equiparados (+)2 - Juros e Custos Equiparados (-)3- Margem Financeira (1-2)4- Rendimento de Títulos (+)5- Lucro em Operações Financeiras (+)6- Prejuízo em Operações Financeiras (-)7 - Comissões (Proveitos) (+)8- Comissões (Custos) (-)9- Outros Resultados Correntes (4 + 5 – 6 + 7 – 8)10- Produto Bancário (3 + 9)11- Custos com o Pessoal (-)12- Fornecimentos e Serviços de Terceiros (-)13- Custos Administrativos (11 + 12)14- Resultado Bruto Global (10 – 13)15- Ganhos Extraordinários (+)16- Perdas Extraordinárias (-)17- Amortizações do Exercício (-)18- Provisões Líquidas (-)19- Resultados antes de Impostos (14 + 15 – 16–17 – 18) 20- Imposto s/Lucros do Exercício (-)21- Lucro do Exercício (19- 20)

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Ano Lectivo 2004-05 19

ContabilizaContabilizaçção de operaão de operaçções bancões bancáárias especrias especííficasficas

OperaOperaçção de Depão de Depóósitosito

DepDepóósito efectuado pelo Sr. Silva no Banco X de um cheque de 500 sito efectuado pelo Sr. Silva no Banco X de um cheque de 500 euros, sacado sobre o Banco Y, no dia 4 de Outubroeuros, sacado sobre o Banco Y, no dia 4 de Outubro::

ContasContas a movimentar no dia a movimentar no dia 4/10:4/10:1212-- Cheques a cobrar Cheques a cobrar 32103210-- Dep. Dep. ResidResid..––àà ordemordem500 euros 500 euros

Como o PCSB determina que os cheques sacados s/ terceiros só podem permanecer um dia útil na conta 12,

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Ano Lectivo 2004-05 20

Contas a movimentar no dia 5/10Contas a movimentar no dia 5/10

1212-- Cheques a cobrar Cheques a cobrar 1111--DepDepóósitossitos OrdemOrdem500500 euroseuros 500 euros

No dia 14 de Outubro, o Sr. Silva transfere os 500 euros para umNo dia 14 de Outubro, o Sr. Silva transfere os 500 euros para umdepdepóósito a prazo a 3 meses, nesse mesmo bancosito a prazo a 3 meses, nesse mesmo banco

32103210--Dep.de outros ResidDep.de outros Resid-- àà ordemordem 32123212--Dep. outros Res.Dep. outros Res.-- a prazo a prazo 500 euros 500 euros 500 euros500 euros

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Ano Lectivo 2004-05 21

Paralelamente hParalelamente háá que se proceder que se proceder àà periodificaperiodificaççãoão dos dos juros:juros:

523212 523212 –– Custos a pagar de DP de out. Custos a pagar de DP de out. resres 703212703212-- Juros de DP de out. Juros de DP de out. resd resd

XXX

XXX

Pagamento dos Juros Líquidos ao Sr. Silva (no final do prazo)

523212-Custos a pagar de DP…X

3212- Dep. de outr. resd- a prazo

X

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Ano Lectivo 2004-05 22

CrCréédito Vencidodito Vencido

Um crUm créédito estdito estáá vencido quando se encontra por regularizar vencido quando se encontra por regularizar

Tratamento Tratamento contabilcontabilíístico:stico:

A relevaA relevaçção contabilão contabilíística de crstica de créédito e juros vencidos fazdito e juros vencidos faz--se na conta se na conta 28 28 –– CrCréédito e Juros dito e Juros VencidosVencidos

O PCSB determina que o crO PCSB determina que o créédito vencido seja escalonado temporalmente dito vencido seja escalonado temporalmente numanuma de 12 classe, em funde 12 classe, em funçção do perão do perííodo decorrido apodo decorrido apóós o respectivo s o respectivo vencimentovencimento

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Ano Lectivo 2004-05 23

Classe I Classe I –– atatéé 3 meses3 meses

Classe II Classe II –– de 3 atde 3 atéé 6 meses6 meses

Classe III Classe III –– de 6 atde 6 atéé 9 meses9 meses

Classe IV Classe IV –– de 9 atde 9 atéé 12 meses12 meses

Classe V Classe V –– de 12 atde 12 atéé 15 meses15 meses

Classe VI Classe VI –– de 15 atde 15 atéé 18 meses18 meses

Classe VII Classe VII –– de 18 atde 18 atéé 24 meses24 meses

Classe VIII Classe VIII –– de 24 atde 24 atéé 30 meses30 meses

Classe IX Classe IX –– de 30 atde 30 atéé 36 meses36 meses

Classe X Classe X –– de 36 atde 36 atéé 48 meses48 meses

Classe XI Classe XI –– de 48 atde 48 atéé 60 meses60 meses

Classe XII Classe XII –– mais de 60 mesesmais de 60 meses

A permanência em cada uma A permanência em cada uma dessasdessasclassesclasses de de escalonamentoescalonamento éédeterminadadeterminada pelospelos seguintes prazos: seguintes prazos:

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Ano Lectivo 2004-05 24

AsAs normas de contabilizanormas de contabilizaçção são diferentes para o capital ão são diferentes para o capital emem ddíívida e para os vida e para os jurosjuros vencidosvencidos

O capital por regularizar deve ser relevado na O capital por regularizar deve ser relevado na subcontasubconta da da ClasseClasse I da conta I da conta 2828, decorridos que sejam, no m, decorridos que sejam, no mááximo ximo trintatrinta dias sobre o seu vencimento;dias sobre o seu vencimento;

Os juros vencidos e não cobrados, na data em que a Os juros vencidos e não cobrados, na data em que a cobrancobranççaa se deveria ter se deveria ter efectuadoefectuado, devem ser transferidos , devem ser transferidos parapara a conta a conta ““288288-- Juros vencidos a Juros vencidos a regularizarregularizar”” ficando a ficando a aguardaraguardar a respectiva regularizaa respectiva regularizaçção pelo perão pelo perííodo odo mmááximoximo dede 3 meses.3 meses.

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Ano Lectivo 2004-05 25

ProvisõesProvisões

As provisões destinamAs provisões destinam--se a fazer face a encargos com se a fazer face a encargos com prejuprejuíízoszos do exercdo exercíício cio ouou a ele imputa ele imputááveis, de verificaveis, de verificaçção ão jjáá comprovada ou de comprovacomprovada ou de comprovaçção futura ão futura masmas sempre de sempre de montantemontante ainda desconhecido ou indeterminado.ainda desconhecido ou indeterminado.

O Banco de Portugal, no uso da sua competência, O Banco de Portugal, no uso da sua competência, estabeleceestabelece que as que as instituiinstituiççõesões de crde créédito e as sociedades dito e as sociedades financeirasfinanceiras são obrigadas a constituir são obrigadas a constituir provisõesprovisões nomeadamentenomeadamente para:para:

-- Risco especRisco especíífico de crfico de crééditodito-- Riscos gerais de crRiscos gerais de crééditodito-- Encargos com pensão de reforma e de Encargos com pensão de reforma e de sobrevivênciasobrevivência-- RiscoRisco--papaííss

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Ano Lectivo 2004-05 26

Títulos

Os Bancos aplicam parte dos seus recursos na aquisição de títulos.

De acordo com o PCSB, a aquisição de títulos por parte dos bancos, pode diferir consoante os objectivos a atingir:

• aquisição para revenda a curto prazo, visando uma mais valia resultante de flutuações pontuais dos mercados;

• aquisição para detenção com carácter mais duradouro, visando equilibraras suas aplicações e recursos através da obtenção de uma remuneração compensadora;

• participação no capital da entidade que emite esses títulos, visando a complementaridade de negócio ou o domínio sobre a empresa.

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Ano Lectivo 2004-05 27

O PCSB classifica os tO PCSB classifica os tíítulos adquiridos pelas Instituitulos adquiridos pelas Instituiçções de Crões de Créédito tendo dito tendo emem conta os objectivos da aquisiconta os objectivos da aquisiçção:ão:

TTíítulos de negociatulos de negociaçção ão ((TradingTrading):): aplicaaplicaççãoão de curto prazo (<6 meses);de curto prazo (<6 meses);TTíítulos de investimento (tulos de investimento (InvestmentInvestment): ): aplicaaplicaççãoão com prazo > 6 meses;com prazo > 6 meses;TTíítulo a vencimento: tulo a vencimento: aplicaaplicaççãoão a ser mantida ata ser mantida atéé ao vencimento;ao vencimento;ImobilizaImobilizaçções financeiras: ões financeiras: participaparticipaççãoão financeira, parte de capital em financeira, parte de capital em empresas coligadas. empresas coligadas.

O PCSB O PCSB prevê normas especprevê normas especííficas ficas de de contabilizacontabilizaçção para cada uma ão para cada uma destasdestastrêstrês classificaclassificaçções ões de de ttíítulostulos..

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Ano Lectivo 2004-05 28

Tratamento contabilístico:

As contas a utilizar nas operações de títulos:

• A conta 24 para os títulos de negociação

• A conta 25 para os títulos de investimento

• A conta 26 para os títulos a vencimento

• A conta 40 para as imobilizações financeiras

Para os títulos de negociação, o PCSB exige a sua reavaliação diária e o respectivo registo contabilístico.

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Em relaEm relaçção ão ààs operas operaçções sobre tões sobre tíítulos, o PCSB distingue igualmente os tulos, o PCSB distingue igualmente os ttíítulos de negociatulos de negociaçção e os tão e os tíítulos de investimento, de acordo com o tipo de tulos de investimento, de acordo com o tipo de rendimento que conferem: rendimento que conferem:

-- RendimentoRendimento Fixo: (e.g., Bilhetes do Tesouro, obrigaFixo: (e.g., Bilhetes do Tesouro, obrigaçções, ões, etcetc););-- RendimentoRendimento VariVariáávelvel: (e.g., : (e.g., acacççõesões, , unidades unidades de de participaparticipaççãoão, etc);, etc);-- RendimentoRendimento Fixo Fixo e e VariVariáávelvel: (e.g., : (e.g., ttíítulos tulos de de participaparticipaççãoão, , unidades unidades de de

participaparticipaççãoão, etc)., etc).

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Ano Lectivo 2004-05 30

Outras operaOutras operaçções caracterões caracteríísticas da actividade das Instituisticas da actividade das Instituiçções de Crões de Crééditodito

Activos Contingentes Passivos Contingentes

Responsabilidades (contingências) ou compromissos Responsabilidades (contingências) ou compromissos assumidosassumidos perante perante terceirosterceiros (que não são relevados em (que não são relevados em contascontas patrimoniais, porque não patrimoniais, porque não reflectemreflectem bens, direitos e bens, direitos e obrigaobrigaççõesões pecunipecuniáárias) e que srias) e que sóó se virão a se virão a consubstanciarconsubstanciar sese os terceiros falharem no cumprimento das os terceiros falharem no cumprimento das mesmas.mesmas.

De registo obrigatDe registo obrigatóório nas contas rio nas contas (fora de balan(fora de balançço) das Instituio) das Instituiçções de ões de CrCréédito dito

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Ano Lectivo 2004-05 31

Contas Contas ExtrapatrimoniaisExtrapatrimoniais –– Sua TipificaSua Tipificaççãoão

CrCrééditos por ditos por assinaturaassinatura

Compromissos financeiros c/ linhas de crédito

OutrasCompromissos c/ contratos a

prazo de taxas de câmbio, de juro e de cotações

Responsabilidadespor prestação de serviçosDerivados de Crédito *

* Registo contabilístico ainda não contemplado no PCSB

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Ano Lectivo 2004-05 32

CrCrééditosditos por por assinaturaassinatura

• Garantias e avales prestados e recebidos• Créditos documentários• Cartas de crédito stand-by

Compromissos financeiros c/ linhas de crédito

• Linhas de crédito irrevogáveis e revogáveis• Facilidades de descoberto em conta (revogável)

Responsabilidadespor prestação de serviços

• Custódia de valores• Cobrança de valores

Outras• Facturas não financiadas de contratos de

Factoring com recurso • Juros vencidos (3 meses após data de vencimento)

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Ano Lectivo 2004-05 33

OO Exemplo dos CrExemplo dos Crééditos Documentditos Documentááriosrios

CrCréédito dito documentdocumentááriorio

OperaOperaçção pela qual um banco se responsabiliza, por conta de um clienteão pela qual um banco se responsabiliza, por conta de um clienteimportador (o ordenador) e a favor de um fornecedor estrangeiro importador (o ordenador) e a favor de um fornecedor estrangeiro (o (o beneficibeneficiáário do crrio do créédito) a pagar a este dito) a pagar a este úúltimo, por intermltimo, por interméédio de um dio de um outro banco (notificador), uma determinada soma de dinheiro, numoutro banco (notificador), uma determinada soma de dinheiro, numprazo determinado, referente ao valor das mercadorias transaccioprazo determinado, referente ao valor das mercadorias transaccionadas, nadas, contra a entrega dos documentos estipulados pelo crcontra a entrega dos documentos estipulados pelo créédito. dito.

Contratos de Factoring (sem adiantamentos)Contratos de Factoring (sem adiantamentos)

OperaOperaçção pela qual um cliente cede ao banco, mediante aceitaão pela qual um cliente cede ao banco, mediante aceitaçção doão dobanco, crbanco, crééditos a curto prazo decorrentes da sua actividade comercial de ditos a curto prazo decorrentes da sua actividade comercial de venda de produtos ou prestavenda de produtos ou prestaçção de servião de serviçços (e.g., facturas) de que seja os (e.g., facturas) de que seja titular sobre terceiros.titular sobre terceiros.

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Ano Lectivo 2004-05 34

ContasContas ExtrapatrimoniaisExtrapatrimoniais: Os Derivados: Os Derivados

Um Um derivadoderivado éé um instrumento um instrumento financeiro:financeiro:

a) cujo valor se altera em resposta a) cujo valor se altera em resposta àà alteraalteraçção numa especificada taxa de juro, ão numa especificada taxa de juro, prepreçço do to do tíítulo, pretulo, preçço de mercadoria, taxa de câmbio, o de mercadoria, taxa de câmbio, ííndice de prendice de preçços ou os ou de taxas, notade taxas, notaçção de crão de créédito ou dito ou ííndice de crndice de créédito, ou varidito, ou variáável similar vel similar (algumas vezes denominado o (algumas vezes denominado o ‘‘subjacentesubjacente’’););

b) que não exige investimento lb) que não exige investimento lííquido inicial ou se exige quido inicial ou se exige éé um pequeno um pequeno investimento linvestimento lííquido inicial relativo a outros tipos de contratos que quido inicial relativo a outros tipos de contratos que tenham uma resposta similar a alteratenham uma resposta similar a alteraçções nas condiões nas condiçções de mercado; eões de mercado; e

c)c) que seja liquidado numa data futuraque seja liquidado numa data futura

Nota: DefiniNota: Definiçção segundo NIC (IFRS) 39ão segundo NIC (IFRS) 39

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Ano Lectivo 2004-05 35

OsOs Tipos de DerivadosTipos de Derivados

CompromissosCompromissos com com ContratosContratos

Sobre taxas de jurosSobre taxas de jurosSobre taxas de câmbioSobre taxas de câmbioSobre cotaSobre cotaçções ões Sobre Sobre indicesindices de prede preçços ou de taxas os ou de taxas Sobre mercadoriasSobre mercadoriasSobre notaSobre notaçção ou ão ou ííndice de crndice de crééditodito

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Ano Lectivo 2004-05 36

DerivadosDerivados de Balcão Versus Estandardizadosde Balcão Versus Estandardizados

Contratos de balcão (Contratos de balcão (OTC* OTC* ))

Transaccionados no Transaccionados no mercadomercadointerbancinterbancááriorio (fora de bolsa)(fora de bolsa)

Negociados em funNegociados em funçção dos ão dos interessesinteressesespecespecííficosficos do clientedo cliente

Dificuldade em anular os contratos Dificuldade em anular os contratos efectuadosefectuados

**OverOver thethe Counter

Contratos negociados em bolsa

Transaccionados em mercado organizado

Com características fixadas (data deexpiração, quantidade unitária, etc); logo, estandardizados

Negociáveis (a qualquer altura o investidor pode negociar (desfazer) a sua posição

Counter

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Ano Lectivo 2004-05 37

A IntenA Intençção (natureza) dos Contratos de Derivadosão (natureza) dos Contratos de Derivados

i) Negi) Negóóciocio bancbancáário rio ::

OperaOperaççõesões com Clientes com Clientes Risco de Crédito

Risco de Taxa de Juro, de Liquidez, Cambial

GestãoGestão de Activos e Passivosde Activos e Passivos

ii) Derivadoii) Derivado como instrumento de como instrumento de coberturacobertura ((hedginghedging) do ) do riscorisco

iii) Derivadoiii) Derivado como instrumento de negociacomo instrumento de negociaçção ão tradingtrading (intenção especulativa ou de negociação)

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Ano Lectivo 2004-05 38

Exemplo de um Contrato de Derivados: Contrato a Prazo de Taxa deExemplo de um Contrato de Derivados: Contrato a Prazo de Taxa de Juro Juro (FRA)(FRA)

São contratos realizados fora de bolsa em que as duas São contratos realizados fora de bolsa em que as duas partespartes acordam entre acordam entre sisi trocar juros numa data futura, trocar juros numa data futura, sendosendo esses juros referidos a uma esses juros referidos a uma importânciaimportância teteóórica rica determinadadeterminada e a um pere a um perííodo especodo especíífico de tempo, com fico de tempo, com ininííciocio e vencimento no futuro. e vencimento no futuro.

Assim, um FRA não representa para os bancos um Assim, um FRA não representa para os bancos um compromissocompromisso de de emprestaremprestar ou investir. Pelo controu investir. Pelo contráário, rio, permitepermite--lheslhes transformar deptransformar depóósitos ou sitos ou empremprééstimosstimos contratadoscontratados a taxas varia taxas variááveis em depveis em depóósitos ou sitos ou empremprééstimosstimos a a taxastaxas fixas, por determinado perfixas, por determinado perííodo. A odo. A ddíívidavida principal subsiste.principal subsiste.

Um FRA 3Um FRA 3××6 significa o seguinte:6 significa o seguinte:

O (3) representa o perO (3) representa o perííodo que decorre entre a celebraodo que decorre entre a celebraçção do contrato ão do contrato FRA e o momento para o qual se fixa a taxa de juro, traduzido emFRA e o momento para o qual se fixa a taxa de juro, traduzido em meses. meses. ÉÉ o chamado prazo de diferimento.o chamado prazo de diferimento.O (6) representa o perO (6) representa o perííodo desde a celebraodo desde a celebraçção atão atéé ao vencimento do ao vencimento do FRA. FRA. ÉÉ o chamado prazo do contrato.o chamado prazo do contrato.

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Ano Lectivo 2004-05 39

RepresentaRepresentaçção grão grááfica de um fica de um FRA:FRA:

m2m0 d1 m1 d2

m0 – data em que se celebra o contrato de FRAm1 – data do início da operação ou momento da liquidação do FRAm2 – data em que termina a operaçãod1 – prazo de diferimentod2 – prazo da operaçãod1 + d2 – prazo do contrato

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Ano Lectivo 2004-05 40

Tipos de Tipos de FRAFRA’’ss

-- FRAFRA’’ss de negociade negociaçção (ão (tradingtrading)) quando resulta da negociaquando resulta da negociaçção das partes ão das partes envolvidas;envolvidas;

-- FRAFRA’’ss de cobertura (de cobertura (hedginghedging) quando se destina a reduzir ou eliminar o ) quando se destina a reduzir ou eliminar o risco de variarisco de variaçção de taxa de juro a que determinados activos, passivos e ão de taxa de juro a que determinados activos, passivos e elementos elementos extrapatrimoniaisextrapatrimoniais ou fluxos financeiros do Banco estão ou fluxos financeiros do Banco estão sujeitos.sujeitos.

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Ano Lectivo 2004-05 41

Normas especNormas especííficas do PCSB aplicadas aos ficas do PCSB aplicadas aos FRAFRA´́ss::

OO registo em contas registo em contas extrapatrimoniaisextrapatrimoniais éé feito pelo montante tefeito pelo montante teóórico dos rico dos contratoscontratos, devendo ser anulado na data de , devendo ser anulado na data de liquidaliquidaççãoão

Conta + 94410 Conta + 94410 –– Contratos a prazo de taxa de juro (Contratos a prazo de taxa de juro (““FRAFRA””) de ) de negocianegociaççãoão

AA reavaliareavaliaçção dos contratos de negociaão dos contratos de negociaçção ão éé baseada no custo (ou proveito) baseada no custo (ou proveito) queque seria obtido caso o contrato fosse liquidado na data em que a rseria obtido caso o contrato fosse liquidado na data em que a reavaliaeavaliaçção ão éé efectuadaefectuada

OsOs contratos de negociacontratos de negociaçção deverão ser objecto de reavaliaão deverão ser objecto de reavaliaçção, no mão, no míínimo nimo mensalmensal..

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Ano Lectivo 2004-05 42

Principal Impacto dos Derivados na DemonstraPrincipal Impacto dos Derivados na Demonstraçção de Resultados das ão de Resultados das InstituiInstituiçções de Crões de Crééditodito

+ 1 Juros e Proveitos Equiparados

- 2 Juros e Custos Equiparados

+ 3 Rendimento de Títulos

+ 4 Comissões (Proveitos)

- 5 Comissões (Custos)

+ / - 6 Resultados Operações Financeiras (Lucros-Prejuízos de Op Financeiras)

+ 7 Outros Proveitos Líquidos de Exploração

MF

PB

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Ano Lectivo 2004-05 43

EvoluEvoluçção dos Elementos do Produto Bancão dos Elementos do Produto Bancáário no Sector Bancrio no Sector Bancáário em rio em PortugalPortugal

64,1 64,9 62,9 65,8 65,0

18,9 20,0 20,0 18,5 19,2

17,0 15,1 17,2 15,7 15,8

1998 1999 2000 2001 2002

MF Comissões (liq) Outros prov (liq)

Fonte: Banco de Portugal

Nota: Nos outros proveitos líquidos estão incluídos os resultados com operações financeiras

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Ano Lectivo 2004-05 44

3.2. An3.2. Anáálise Financeira e do Valorlise Financeira e do Valor

Principal objectivo da gestão de qualquer empresa:Principal objectivo da gestão de qualquer empresa:

MaximizarMaximizar o valor o valor dadaempresaempresa parapara o o accionistaaccionista

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Ano Lectivo 2004-05 45

O que O que éé criar valor para o accionista?criar valor para o accionista?

Assegurar que a rentabilidade gerada pela empresa excede o custoAssegurar que a rentabilidade gerada pela empresa excede o custo de de capital exigido pelos accionistas ...capital exigido pelos accionistas ...

... ou seja, que o retorno obtido pelo investimento na empresa s... ou seja, que o retorno obtido pelo investimento na empresa seja pelo eja pelo menos igual ao das restantes opmenos igual ao das restantes opçções de investimento ao alcance do ões de investimento ao alcance do accionistaaccionista

JJáá não basta maximizar o lucro não basta maximizar o lucro éé necessnecessáário gerir pelo valor rio gerir pelo valor

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Ano Lectivo 2004-05 46

Duas regras para medir a criaDuas regras para medir a criaçção de valor para o accionistaão de valor para o accionista

Valor de mercado das acValor de mercado das acççõesões> >

Valor investido pelo accionistaValor investido pelo accionista

e

ROEROE> >

Custo do capital investidoCusto do capital investido

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Ano Lectivo 2004-05 47

AnAnáálise lise DuDu PontPont

Metodologia para explicar o comportamento do Metodologia para explicar o comportamento do ROEROE

Consiste no seguinte (na Consiste no seguinte (na óóptica de um banco):ptica de um banco):

ROE = ROE = RLRL = = RLRL x x A A e em que e em que RL RL == [[MFMF + + COCO] x ( 1 ] x ( 1 –– t )t )CPCP AA CPCP AA AA AA

RL = Resultados LRL = Resultados LííquidosquidosCP = Capitais PrCP = Capitais PróópriospriosA = Activo LA = Activo LííquidoquidoMF = Margem Financeira (Juros e Proveitos Equiparados MF = Margem Financeira (Juros e Proveitos Equiparados –– Juros e Custos Equiparados)Juros e Custos Equiparados)CO = Outros Proveitos LCO = Outros Proveitos Lííquidos (Comissões Lquidos (Comissões Lííquidas + Resultados de Operaquidas + Resultados de Operaçções ões

FinanceirasFinanceiras,,……) ) –– Outros Custos (FSE, Custos c/ Pessoal, AmortizaOutros Custos (FSE, Custos c/ Pessoal, Amortizaçções e Provisões)ões e Provisões)t = Taxa de Imposto s/ Lucrost = Taxa de Imposto s/ Lucros

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Ano Lectivo 2004-05 48

AnAnáálise lise DuDu PontPont

Avaliação do Desempenho =

ROEROE =

RiscoRisco

Leverage (efeito dealavancagem)

ROA=[MF + (OP-OC)]x(1-t)A A

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Ano Lectivo 2004-05 49

Margem FinanceiraMargem Financeira

Outros ProveitosOutros Proveitos

Custos OperacionaisCustos Operacionais

Alavanca Alavanca FinanceiraFinanceira

Impostos sobre os lucrosImpostos sobre os lucros

DriversDrivers do do

ROEROE

num banconum banco

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Ano Lectivo 2004-05 50

DecomposiDecomposiçção do Resultado Operacionalão do Resultado Operacional

Componentes do Resultado OperacionalComponentes do Resultado Operacional

Amortizações e Provisões Exº

Custos de funcionamento-

Margem financeira+

Outros resultados correntes-

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Ano Lectivo 2004-05 51

MF em percentagem do Activo MMF em percentagem do Activo Méédio na Banca dio na Banca em Portugalem Portugal

MF/Activo médio Base consolidada

1,81,9

22,12,2

2,32,4

2,52,6

1998 1999 2000 2001 2002

Fonte: Banco de Portugal

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Ano Lectivo 2004-05 52

EvoluEvoluçção do ROE no Sector Bancão do ROE no Sector Bancáário em rio em PortugalPortugal

Variação anual de indicadores de desempenho Sector bancário português

-30-20-10

01020304050

1999 2000 2001 2002

Custos Funcion Provisões Liq MF

Fonte: Banco de Portugal

Acentuado decréscimo em 2002: 11,7% contra respectivamente 14,9 % e 15,1 % em 2001 e 2000.Principais razões: redução significativa do ROA devido àredução da margem financeira e do reforço significativo das provisões

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Ano Lectivo 2004-05 53

Outros Indicadores RelevantesOutros Indicadores Relevantes

Comissões (Comissões (LLííqq))Produto BancProduto Bancááriorio

Custos de TransformaCustos de Transformaçção ou Operacionaisão ou Operacionais ((CostCost to to IncomeIncome))Produto BancProduto Bancááriorio

Custos de TransformaCustos de Transformaçção = (Custos ão = (Custos FuncFunc++AmortAmort ExExºº) ) Proveitos totaisProveitos totais

Activo MActivo Méédio Ldio Lííquido por Empregado ( Produtividade )quido por Empregado ( Produtividade )

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Ano Lectivo 2004-05 54

DecomposiDecomposiççãoão do Produto Bancdo Produto Bancáário em Portugalrio em Portugal

64,1 64,9 62,9 65,8 65,0

18,9 20,0 20,0 18,5 19,2

17,0 15,1 17,2 15,7 15,8

1998 1999 2000 2001 2002

MF Comissões (liq) Outros prov (liq)

Fonte: Banco de Portugal

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Ano Lectivo 2004-05 55

ComparaComparaçção Internacional de Indicadores de Desempenhoão Internacional de Indicadores de Desempenho

Cost-to-income em 2001

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Finlândia Espanha Portugal Irlanda Belgica França Itália Alemanha

Fonte: Banco de Portugal

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Ano Lectivo 2004-05 56

Outras Medidas de RendibilidadeOutras Medidas de Rendibilidade

RAROC(Rendibilidade do

Capital ajustada ao Risco)

RAROCRAROC(Rendibilidade do (Rendibilidade do

Capital ajustada Capital ajustada ao Risco)ao Risco) EVA

(Valor Económico Acrescentado)

EVA(Valor Económico Acrescentado)

Permitem saber quais as unidades de negócio do banco que estão a criar ou a destruir valor

para o accionista

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Ano Lectivo 2004-05 57

OO RAROCRAROC

RAROCRAROCRAROC

==Resultado apResultado apóós Impostos s Impostos alocadoalocado àà UNtUNt

Capital Capital atat riskrisk alocadoalocado àà UNtUNt

Para que haja criação de valor para o accionista, RAROC da UNt > Custo mínimo exigido pelo accionista no capital

investido (custo de oportunidade)

Nota: Capital at risk = Capital Económico (relaciona risco c/ capital ou seja, representa o capital necessário para cobrir perdas inesperadas)

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Ano Lectivo 2004-05 58

Economic Value AddedEconomic Value Added

EVA(valor acrescentado

económico)

EVAEVA(valor acrescentado (valor acrescentado

econeconóómico)mico)

=Resultado após Impostos UNt - (Capital afecto à UNt x custo do capital)

Para que haja criação de valor para o accionista, EVA da UNt > 0

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Ano Lectivo 2004-05 59

DeterminarDeterminar o o EVAEVA de de umauma qualquerqualquer unidadeunidade de de negnegóóciocio

Apurar o Apurar o respectivorespectivo resultadoresultado apapóóss impostosimpostos

Determinar o Determinar o montantemontante de capital de capital afectoafecto (Capital (Capital econeconóómicomico))

Conhecer o Conhecer o custocusto do capital do capital econeconóómicomico ((remuneraremuneraççãoão mmíínimanima exigida exigida pelo pelo accionistaaccionista))

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Ano Lectivo 2004-05 60

ExercExercííciocio PrPrááticotico

O resultado operacional após impostos da Unidade de Negócio Banca de Empresas do banco A é de 4 milhões de EUR e o capital económico alocado a esta Unidade é de 25 milhões de EUR.

a) Calcule o RAROC e o EVA desta UN sabendo que o retorno exigido pelos accionistas do banco é de 15 %. Comente.

b) A Unidade de Negócio acima referida tem hipóteses de realizar uma nova operação que envolve capital de 1 milhão de EUR e uma rendibilidade prevista de 14% sobre o capital empregue. Diga se a operação deve ou não ser efectivada.

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Ano Lectivo 2004-05 61

Que Que resultadoresultado apapóóss impostosimpostos parapara efeitosefeitos do do ccáálculolculo do do EVA EVA ??

Resultado obtido c/ as operações (RO), líquido de impostos(resultado operacional após imp.)

ÓpticaEconómica(de caixa)

Os inventores do conceito EVA defendem que o resultado após impostos deve ser líquido das amortizações pois estas representam uma verdadeira despesa económica uma vez que o banco vai ter que substituir o activo imobilizado utilizado na exploração antes de remunerar os accionistas

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Ano Lectivo 2004-05 62

Ajustes Ajustes dada metodologiametodologia EVA EVA comocomo forma de forma de minimizarminimizar distordistorççõesõescontabilcontabilíísticassticas

Exemplo de um ajuste no cálculo do EVA em bancos:

No capital total alocado

Deve-se adicionar a provisãoacumulada para crédito vencido(por ser considerada um equivalente a capital próprio, naóptica de caixa defendida peloEVA)

No resultado operacional

Adicionar o reforço anual daprovisão para crédito vencido

Abater a utilização da provisão porcréditos incobráveis, liquida de créditos incobráveis recuperados(reflecte verdadeira despesa, naóptica de caixa defendida peloEVA)