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Gestão de Equipamentos Públicos SUMÁRIO SUMÁRIO ABERTURA .................................................................................................................................. 3 APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 3 OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 3 PROFESSORS-AUTOR ................................................................................................................................................................ 3 MÓDULO 1 – GESTÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS ............................................................. 5 UNIDADE 1 – PECS ................................................................................................................................. 5 1.1 CONSTRUÇÃO DAS PECS ................................................................................................................................................. 5 1.2 OBJETIVO DAS PECS .......................................................................................................................................................... 5 1.3 PROJETO DAS PECS ............................................................................................................................................................ 5 1.4 GESTÃO DAS PECS ............................................................................................................................................................. 6 1.5 GESTÃO COMPARTILHADA .............................................................................................................................................. 6 1.6 EQUIPAMENTO PÚBLICO ................................................................................................................................................. 6 1.7 USO E VOCAÇÃO ................................................................................................................................................................. 7 1.7.1 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ............................................................................................................................. 7 1.8 GESTÃO DE ESPAÇOS MULTIÚSO ................................................................................................................................. 7 UNIDADE 2 – UNIDADE GESTORA LOCAL ............................................................................................. 8 2.1 COORDENAÇÃO ................................................................................................................................................................... 8 2.1.1 COMPOSIÇÃO DA UGL .................................................................................................................................................. 8 2.2 MODELOS DE GESTÃO ..................................................................................................................................................... 8 2.2.1 TIPO DE RELAÇÃO CONTRATUAL ............................................................................................................................... 9 2.2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS NAS DIFERENTES RELAÇÕES CONTRATUAIS ......................................... 9 2.2.3 ESCOLHA DE RELAÇÃO CONTRATUAL .................................................................................................................. 11 2.2.4 PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO PROCESSO DE GESTÃO ......................................................................................... 11 2.3 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR .......................................................................................................................................... 12 2.4 ORGANIZAÇÃO DAS EQUIPES DE TRABALHO ....................................................................................................... 12 2.5 COMPETÊNCIAS DOS GESTORES DO EQUIPAMENTO ......................................................................................... 12 2.5.1 TRABALHO EM REDE .................................................................................................................................................... 13 2.6 FORMAS DE CONTRATAÇÃO ......................................................................................................................................... 14 2.6.1 SERVIDORES CONCURSADOS ................................................................................................................................... 14 2.6.2 CARGOS COMISSIONADOS ........................................................................................................................................ 14 2.6.3 TERCEIRIZADOS .............................................................................................................................................................. 15 2.6.4 PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA ..................................................................................................................................... 15 2.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 15 UNIDADE 3 – OPERAÇÕES E MANUTENÇÃO ..................................................................................... 15 3.1 CONTROLE GERENCIAL .................................................................................................................................................. 15 3.2 POLÍTICA INSTITUCIONAL E PROCEDIMENTOS ..................................................................................................... 16 3.3 MISSÃO, METAS E OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 16 3.4 NORMAS E DOCUMENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 16 3.5 PROCESSO DE GERENCIAMENTO ............................................................................................................................... 17 3.6 MANUTENÇÃO ................................................................................................................................................................... 17 3.7 INSTALAÇÕES ..................................................................................................................................................................... 18 3.8 SUPRIMENTOS ................................................................................................................................................................... 19

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Gestão de Equipamentos Públicos S U M Á R I O

SUMÁRIO

ABERTURA .................................................................................................................................. 3

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 3

OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 3

PROFESSORS-AUTOR ................................................................................................................................................................ 3

MÓDULO 1 – GESTÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS ............................................................. 5

UNIDADE 1 – PECS ................................................................................................................................. 5

1.1 CONSTRUÇÃO DAS PECS ................................................................................................................................................. 5

1.2 OBJETIVO DAS PECS .......................................................................................................................................................... 5

1.3 PROJETO DAS PECS ............................................................................................................................................................ 5

1.4 GESTÃO DAS PECS ............................................................................................................................................................. 6

1.5 GESTÃO COMPARTILHADA .............................................................................................................................................. 6

1.6 EQUIPAMENTO PÚBLICO ................................................................................................................................................. 6

1.7 USO E VOCAÇÃO ................................................................................................................................................................. 7

1.7.1 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ............................................................................................................................. 7

1.8 GESTÃO DE ESPAÇOS MULTIÚSO ................................................................................................................................. 7

UNIDADE 2 – UNIDADE GESTORA LOCAL ............................................................................................. 8

2.1 COORDENAÇÃO ................................................................................................................................................................... 8

2.1.1 COMPOSIÇÃO DA UGL .................................................................................................................................................. 8

2.2 MODELOS DE GESTÃO ..................................................................................................................................................... 8

2.2.1 TIPO DE RELAÇÃO CONTRATUAL ............................................................................................................................... 9

2.2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS NAS DIFERENTES RELAÇÕES CONTRATUAIS ......................................... 9

2.2.3 ESCOLHA DE RELAÇÃO CONTRATUAL .................................................................................................................. 11

2.2.4 PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO PROCESSO DE GESTÃO ......................................................................................... 11

2.3 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR .......................................................................................................................................... 12

2.4 ORGANIZAÇÃO DAS EQUIPES DE TRABALHO ....................................................................................................... 12

2.5 COMPETÊNCIAS DOS GESTORES DO EQUIPAMENTO ......................................................................................... 12

2.5.1 TRABALHO EM REDE .................................................................................................................................................... 13

2.6 FORMAS DE CONTRATAÇÃO ......................................................................................................................................... 14

2.6.1 SERVIDORES CONCURSADOS ................................................................................................................................... 14

2.6.2 CARGOS COMISSIONADOS ........................................................................................................................................ 14

2.6.3 TERCEIRIZADOS .............................................................................................................................................................. 15

2.6.4 PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA ..................................................................................................................................... 15

2.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 15

UNIDADE 3 – OPERAÇÕES E MANUTENÇÃO ..................................................................................... 15

3.1 CONTROLE GERENCIAL .................................................................................................................................................. 15

3.2 POLÍTICA INSTITUCIONAL E PROCEDIMENTOS ..................................................................................................... 16

3.3 MISSÃO, METAS E OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 16

3.4 NORMAS E DOCUMENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 16

3.5 PROCESSO DE GERENCIAMENTO ............................................................................................................................... 17

3.6 MANUTENÇÃO ................................................................................................................................................................... 17

3.7 INSTALAÇÕES ..................................................................................................................................................................... 18

3.8 SUPRIMENTOS ................................................................................................................................................................... 19

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Gestão de Equipamentos PúblicosS U M Á R I O

3.9 CONTROLE E SEGURANÇA ............................................................................................................................................ 20

3.10 SUPERVISÃO ..................................................................................................................................................................... 21

3.11 GESTÃO OPERACIONAL ................................................................................................................................................ 21

3.12 MÉTODOS DE GESTÃO OPERACIONAL .................................................................................................................. 22

3.12.1 MÉTODO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ....................................................................................................... 22

3.12.2 MÉTODO CENTRALIZADO ....................................................................................................................................... 22

3.13 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................................................................................................................................ 23

3.13.1 SUGESTÃO DE ORGANOGRAMA ........................................................................................................................... 24

3.14 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 25

UNIDADE 4 – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA .................................................................... 25

4.1 COMPOSIÇÃO DO ORÇAMENTO ................................................................................................................................. 25

4.2 FONTES DE RECEITA ......................................................................................................................................................... 25

4.3 DESPESAS ............................................................................................................................................................................ 26

4.4 EXEMPLO DE ORÇAMENTO .......................................................................................................................................... 27

4.5 GESTÃO FINANCEIRA ...................................................................................................................................................... 28

4.6 FLUXO DE CAIXA .............................................................................................................................................................. 29

4.7 LICITAÇÃO ............................................................................................................................................................................ 29

4.7.1 MODALIDADES DE LICITAÇÃO ................................................................................................................................. 29

4.7.2 TIPOS DE LICITAÇÃO .................................................................................................................................................... 30

4.7.3 CONCORRÊNCIA ............................................................................................................................................................. 30

4.7.3.1 CASOS DE ADOÇÃO DE CONCORRÊNCIA PÚBLICA ...................................................................................... 31

4.7.4 TOMADA DE PREÇOS ................................................................................................................................................... 31

4.7.5 CONVITE ............................................................................................................................................................................ 31

4.7.6 CONCURSO ...................................................................................................................................................................... 32

4.7.7 LEILÃO ............................................................................................................................................................................... 32

4.8 CONTRATAÇÃO DIRETA ................................................................................................................................................... 32

4.9 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 33

UNIDADE 5 – PROGRAMAÇÃO E MARKETING ................................................................................... 33

5.1 PRÉ-REQUISITOS DA PROGRAMAÇÃO ....................................................................................................................... 33

5.2 ATIVIDADES REGULARES ............................................................................................................................................... 33

5.3 EVENTOS .............................................................................................................................................................................. 34

5.3.1 PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS .................................................................................................................................. 35

5.3.2 ALGUNS CUIDADOS ..................................................................................................................................................... 36

5.3.3 ESCALA DE UTILIZAÇÃO ............................................................................................................................................. 37

5.4 DIVULGAÇÃO E PUBLICIDADE .................................................................................................................................... 37

5.4.1 ÁREAS COMERCIAIS ...................................................................................................................................................... 38

5.5 PESQUISA DE PÚBLICO .................................................................................................................................................. 38

5.5.1 SURVEY .............................................................................................................................................................................. 39

5.5.2 MONITORAÇÃO CONSTANTE .................................................................................................................................... 39

5.6 NOVAS MÍDIAS DIGITAIS ................................................................................................................................................ 39

5.7 CUIDADOS DE GESTÃO .................................................................................................................................................. 40

5.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 40

UNIDADE 6 – CENÁRIOS CULTURAIS .................................................................................................. 40

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ABERTURA

APRESENTAÇÃO

Em Gestão de Equipamentos Públicos trataremos dos principais aspectos relacionados à

gestão de unidades que desenvolvem atividades multisetoriais. Abordaremos temas relativos à

operação do equipamento, à gestão de pessoas, aos aspectos de contratação de serviços – licitações

e outros procedimentos –, e à programação de eventos.

A proposta visa tratar das principais situações práticas envolvidas em uma operação, tais como

limpeza, vigilância, guarda de material, utilização dos espaços, além de abordar os modelos de

gestão direta e indireta – por meio de organizações da sociedade civil.

O objetivo é oferecer ao participante condições de observar a abordagem teórica e sua aplicação

prática no dia a dia da operação de uma unidade multitarefas.

OBJETIVO E CONTEÚDO

O objetivo de Gestão de Equipamentos Públicos é compreender as relações existentes no

processo de gestão, considerando as peculiaridades existentes em uma unidade com múltiplas

atividades e a participação direta da comunidade no processo.

PROFESSORS-AUTOR

Enrique Saravia é Doutor em Direito pela Université de Paris I – Panthéon-

Sorbonne. Mestre em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais

– UFRJ. Especialista em Administração Pública para o Desenvolvimento pela

Escola Interamericana de Administração Pública - EIAP, FGV; em Direito

Internacional, Americano e Comparado pela Southern Methodist University

– Dallas, EUA; e em Regulação pela London School of Economics and Political

Science – Londres, Reino Unido. Bacharel em Direito pela Faculdade de

Direito, Universidade Católica de Córdoba, Argentina. Atua como Professor

Titular da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas – EBAPE/FGV. É Coordenador

do Núcleo de Estudos de Regulação e do Núcleo de Estudos em Gestão Cultural da EBAPE/FGV.

Ex-Diretor do Projeto das Nações Unidas DCE Reforma do Estado na América Latina e no Caribe.

Professor Associado da Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne. Autor de livros, artigos e

pesquisas em matéria de administração pública e de política e administração cultural.

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Rogerio da Costa Pimenta é Mestre em Administração Pública pela

EBAPE/FGV. Professor dos cursos de MBA da FGV nas áreas de projetos,

gestão e consultoria. Pesquisador do Núcleo de Entretenimento e

Esportes da EBAPE/FGV. Coordenador do MBA – Global, na área de

eventos esportivos, FGV/ISCTE Lisboa. Professor convidado de diversas

instituições de ensino superior como Trevisan e IBEMEC. No setor

público, exerceu cargos tanto no Governo do Estado RJ –

Superintendente de Projetos Comunitários (2005/2006) –, e na

Prefeitura da Cidade do RJ, onde foi Subsecretário e Secretário de Esportes e Lazer (2009/2010).

Atuou em diversos projetos de consultoria tanto na iniciativa privada quanto no setor público em

todo o País e, até mesmo, em projetos internacionais em Angola e Portugal com a FGV.

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MÓDULO 1 – GESTÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

UNIDADE 1 – PECS

1.1 CONSTRUÇÃO DAS PECS

1.2 OBJETIVO DAS PECS

O objetivo das PECs é integrar, em um mesmo espaço físico...

§ programas e ações culturais;

§ práticas de esporte e de lazer;

§ formação e qualificação para o mercado de trabalho;

§ serviços socioassistenciais;

§ políticas de prevenção à violência;

§ inclusão digital.

1.3 PROJETO DAS PECS

Os projetos de arquitetura e engenharia das praças disponibilizados são de referência, ou seja,

eles podem ser adequados à realidade local pelos municípios.

Existem três modelos de PECs...

§ praças com 700 m²;

§ praças com 3.000 m²;

§ praças com 7.000m².

Os diferentes portes de praças foram definidos em função do número da população.

Os recursos para a construção das PECs são do Orçamento Geral da União.

Entretanto, cabe à prefeitura disponibilizar o terreno para a construção da praça.

O município também é responsável pela gestão, pela manutenção e pelo

funcionamento das PECs.

Ou seja, as PECs vão promover a cidadania em áreas de alta vulnerabilidade

social das cidades brasileiras.

Em março de 2010, o governo federal lançou a segunda etapa do Programa

de Aceleração do Crescimento ou PAC 2.

A Praça do PAC, agora denominada Praça dos Esportes e da Cultura, ou PEC,

compõe o PAC 2 no Eixo Comunidade Cidadã, assim como outros equipamentos

sociais de saúde, educação e segurança pública.

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Idealizada pelos Ministérios da Cultura, dos Esportes, do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome, da Justiça, do Trabalho e do Emprego, a PEC integra programas e ações setoriais desses

ministérios, para promover cidadania e redução da pobreza.

1.4 GESTÃO DAS PECS

A gestão das Praças dos Esportes e da Cultura é um desafio tão grande quanto sua implantação.

Inúmeras são as responsabilidades dos gestores das PECs.

Vejamos algumas responsabilidades que fazem parte da rotina dos gestores das PECs...

...coordenar a equipe.

...controlar o orçamento.

...manter as instalações.

...mobilizar, socialmente, a comunidade onde o equipamento está inserido.

...compreender as demandas dos usuários.

...formar parcerias que permitam atrair outras organizações e outros recursos que

contribuam para a manutenção do equipamento.

1.5 GESTÃO COMPARTILHADA

Ainda que a gestão das Praças seja responsabilidade do Poder Público – ente federado e

município –, deve ser conduzida de forma compartilhada com a comunidade.

Para isso, a mobilização social deve ser contínua e parte integrante dos processos

decisórios, da elaboração do planejamento, da condução do equipamento – por meio

da criação de uma agenda coletiva – e do estímulo ao debate.

1.6 EQUIPAMENTO PÚBLICO

Segundo Vaz, equipamentos públicos são espaços de domínio coletivo, geridos por instituições

governamentais, direta ou indiretamente.

Logo, para um equipamento público ser usado de forma privada, tem de ser solicitada

autorização ao ente público por ele responsável.

A utilização, a exploração ou a gestão de equipamentos públicos podem ser transferidas ao setor

privado, por meio de mecanismos jurídicos.

São exemplos de equipamentos públicos...

§ centros culturais;

§ bibliotecas;

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§ parques e praças de lazer;

§ espaços esportivos;

§ vilas olímpicas;

§ ginásios esportivos...

Por outro lado, áreas privadas podem passar ao domínio público por meio de desapropriação no

interesse da administração pública.

1.7 USO E VOCAÇÃO

O uso da PEC está diretamente ligado à vocação da comunidade onde ela está inserida.

Como essa vocação varia de acordo com cada comunidade, o gestor da PEC deve

interagir com os representantes comunitários para conhecer as demandas locais.

1.7.1 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

A participação da comunidade no processo de uso e vocação do equipamento é questão primordial.

A mobilização social que já vem sendo trabalhada nas Praças dos Esportes e da Cultura é uma

ferramenta fundamental para a participação da comunidade na discussões de tais questões.

A participação social deve estar sempre presente nesse processo, por meio...

...da construção de agendas coletivas.

...de espaços para o debate.

...de ações que contribuam na busca de um propósito comum que atenda às reais

demandas existentes na localidade.

O Manual de Instruções para Contratação e Execução das Praças dos Esportes e da Cultura, do governo

federal, aponta que a mobilização social deve estar baseada na valorização do saber e da cultura

popular, e na tomada de consciência sobre a própria comunidade, seu território e as relações

sociais que determinam essa realidade.

1.8 GESTÃO DE ESPAÇOS MULTIÚSO

Notou a importância dos líderes comunitários?

É preciso mobilizar para tomada de consciência, e não para imposição de

valores.

Um dos principais dilemas da gestão de espaços multiúso, como o da PEC, é

atender, adequadamente, às demandas existentes.

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Para atender às demandas da comunidade, é importante estabelecer critérios para escolher as

melhores alternativas.

É importante considerar as demandas da comunidade, sem esquecer a capacidade de

atendimento dos usuários, o número de profissionais disponíveis e ainda a qualidade

dos serviços.

UNIDADE 2 – UNIDADE GESTORA LOCAL

2.1 COORDENAÇÃO

A UGL é uma instância desenvolvida pelo município proponente como condição primária para a

realização do contrato de construção da Praça dos Esportes e da Cultura – PEC.

A UGL é responsável pela interlocução entre o MinC e o município no processo de

construção e implantação da Praça.

Quando a obra termina, a UGL é dissolvida.

Atenção! UGL não é o mesmo que grupo gestor!

O grupo gestor – GG – será o responsável pela gestão do equipamento e deverá estar

constituído logo após o término de sua construção.

2.1.1 COMPOSIÇÃO DA UGL

A UGL deve ser composta de especialistas de cada área de atendimento, ou seja...

§ coordenador geral;

§ coordenador de engenharia, responsável pela obra;

§ coordenador de cultura;

§ coordenador de esportes;

§ coordenador de inclusão digital;

§ coordenador de assistência social;

§ coordenador de desenvolvimento econômico;

§ coordenador de segurança cidadã.

2.2 MODELOS DE GESTÃO

Podemos dividir a gestão de espaços e equipamentos públicos em dois grupos...

Gestão direta...

O poder público faz, diretamente, a gestão dos espaços públicos, por meio de um de

seus órgãos ou de suas instituições.

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Gestão indireta...

O poder público estabelece que os espaços públicos devem ser gerenciados por

organizações privadas. Os casos mais frequentes são aqueles em que organizações da

sociedade civil são selecionadas para realizar a função.

Três principais instrumentos podem ser utilizados para viabilizar o modelo indireto de

gestão...

§ contrato de gestão – instrumento para formação de parceria para o

fomento de organizações sociais que prestam serviços públicos não

exclusivos do Estado;

§ convênio – um dos instrumentos utilizados pelo Poder Público para associar-

se a organizações sem fins lucrativos ou a outros entes públicos;

§ termo de parceria – instrumento para o fomento e a execução das

atividades definidas como de interesse público.

2.2.1 TIPO DE RELAÇÃO CONTRATUAL

Vejamos o quadro que relaciona as organizações e os tipos de relação contratual...

2.2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS NAS DIFERENTES RELAÇÕES CONTRATUAIS

Vejamos as vantagens e desvantagens nas diferentes relações contratuais...

Organizações Sociais – OS

relação contratual – contratos de gestão...

Vantagens...

A participação de diferentes atores no conselho de administração da organização

permite a governança, transparência e legitimidade dos atos, além da

representatividade.

A qualificação como organização social é essencial às instituições interessadas

em realizar contratos de gestão com órgãos públicos, em qualquer que seja a

esfera de governo, permitindo, dessa forma, que apenas as instituições

devidamente constituídas possam pleitear a qualificação e participar dos

certames.

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Maior agilidade das organizações em relação à administração pública no que se

refere aos procedimentos administrativos – tabelas, compras, contratação... –

torna mais eficiente a prestação do serviço.

Desvantagem...

A qualificação é independente. Não há uma qualificação que integre as

diferentes esferas de governo, ou seja, a instituição precisa estar qualificada

pelo ente público onde ela pretende prestar o serviço – Governo Federal,

Estadual ou Municipal.

Organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIP

relação contratual – termo de parceria...

Vantagens...

Torna-se ágil a realização de termos de parceria com órgãos públicos para

repasse de recursos.

A prestação de contas é especial – menos burocrática do que a dos convênios.

Pode ser oferecida a dedutibilidade do Imposto de Renda das pessoas jurídicas.

Há a possibilidade de remuneração de dirigentes sem a perda de benefício

fiscal.

Desvantagens...

O termo de parceria perdeu força com o crescimento dos contratos de gestão.

O controle administrativo é exercido pela diretoria sem participação de atores

comunitários, como nas OSs.

Associações – ONGs e organizações sem fins lucrativos

relação contratual – convênios...

Vantagens...

Não há necessidade de qualificação ou titulação especial – qualquer associação

sem fins lucrativos que atenda às formalidades estabelecidas pelo órgão

responsável pelo convênio pode participar.

Pode ocorrer, dependendo do caso, sem o envolvimento de recursos financeiros,

apenas a cooperação técnica entre organizações, por exemplo.

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Pode ser amplamente utilizada pelo poder público, o que cria referências quanto

ao modelo de convênio a ser estabelecido.

Pode ocorrer sem licitação.

Desvantagens...

O controle administrativo é exercido por uma diretoria que presta contas a seu

conselho fiscal e aos órgãos de controle e fiscalização – TCU, TCE, TCM – apenas

quando recebem repasses de recursos governamentais.

As cláusulas essenciais são extensas.

2.2.3 ESCOLHA DE RELAÇÃO CONTRATUAL

2.2.4 PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO PROCESSO DE GESTÃO

A participação social no processo de gestão deve estar presente inclusive no caso de se realizar

um modelo de gestão indireta por meio de contrato de gestão, termo de parceria ou convênio.

Desse modo, existem várias possibilidades que permitem a participação social...

...constituir a comunidade, por meio de seus representantes, uma associação sem fins

lucrativos para realizar a gestão do equipamento, cabendo a esta realizar o pacto com

o órgão de governo responsável.

Essa associação deve ter a gestão do equipamento Praça dos Esportes e da Cultura

como finalidade principal, podendo ainda vir a ser qualificada como organização social

ou OSCIP.

...indicar representantes para fazer parte do conselho de administração, conforme

estabelece a lei, no caso de uma organização social já existente e que seja selecionada

para fazer a gestão do equipamento.

...estabelecer, na relação contratual, que um Conselho Comunitário seja instalado e

faça parte no processo decisório, no planejamento e na fiscalização dos recursos

recebidos. Portanto, o Conselho pode atuar como um terceiro interveniente no

instrumento contratual.

Existem diferentes possibilidades de realização da gestão indireta.

A escolha da mais adequada à realidade de cada região depende, justamente, das

condições existentes em cada localidade.

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2.3 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Um dos desafios do gestor na montagem de uma equipe para equipamentos públicos é a atuação

intersetorial e o desenvolvimento de temas transversais.

Os temas transversais, quando combinados, proporcionam a formação da cidadania.

Uma equipe multidisciplinar, que atua em projetos multissetoriais, demanda uma liderança que

consiga coordenar as diversas situações que o contexto impõe.

2.4 ORGANIZAÇÃO DAS EQUIPES DE TRABALHO

A gestão de pessoas em equipamentos públicos, como a PEC, envolve...

Definição de papéis e funções...

§ estipular as funções necessárias ao funcionamento da PEC;

§ definir o perfil do colaborador para o exercício dessas funções;

§ identificar os funcionários adequados para exercer essas funções.

Recrutamento e seleção...

A composição das equipes da PEC deve envolver dois processos de seleção...

§ seleção interna – aproveitamento de profissionais que pertencem aos

quadros da prefeitura;

§ seleção externa – contratação de profissionais disponíveis no mercado com

o perfil desejado.

Treinamento e avaliação ...

Processo transparente e objetivo para avaliação da performance de todos os profissionais

que atuam na PEC, de modo a...

§ identificar os colaboradores que merecem promoção;

§ identificar os colaboradores que devem ser encaminhados a treinamento;

§ identificar talentos especiais que poderão ser absorvidos em funções

específicas.

2.5 COMPETÊNCIAS DOS GESTORES DO EQUIPAMENTO

Um dos grandes problemas na identificação das competências dos gestores do equipamento é a

carência de uma definição consistente do termo competência.

Competência é sinônimo de habilidades, atitudes ou conhecimentos necessários ao

desenvolvimento adequado das atividades que alicerçam o sucesso na vida profissional.

A dificuldade é encontrar profissionais que atendam a esse tipo de liderança.

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Algumas habilidades são básicas e necessárias a qualquer gestor. Vejamos...

‘Comunicação’...

Habilidade para interagir de forma clara, concisa e de maneira a se alcançar os objetivos

nas diferentes maneiras de se comunicar.

‘Marketing’...

Capacidade de promover ideias, atrair parceiros e dar visibilidade às ações.

‘Liderança’...

Capacidade de influenciar as pessoas, sua equipe e seus parceiros em direção a um

objetivo comum.

‘Gestão de pessoas’...

Fortalecer o trabalho em equipe ou individual para melhorar a oferta dos serviços, o

atendimento aos usuários e o alcance dos objetivos.

‘Planejamento’...

Otimizar recursos, evitar desperdícios, preparar as ações e orientar a equipe.

‘Aglutinador’...

Reunir parcerias, mobilizar a comunidade, envolver os usuários e a todos em torno do

bem comum – melhorar, a cada dia, os serviços do equipamento.

2.5.1 TRABALHO EM REDE

Para empreendimentos multiúso, com funções multidisciplinares...

Gerar conhecimentos é oferecer oportunidades de qualificação para os profissionais

que irão atuar nos equipamentos, pois há uma lacuna entre os conhecimentos de

gestão e aqueles aplicáveis a campos específicos multidisciplinares.

Desenvolver habilidades ultrapassa o desenvolvimento das habilidades técnicas. Significa

desenvolver habilidades relacionadas, em especial, ao campo das relações humanas,

buscando a participação da comunidade nos processos de gestão do equipamento.

Estimular novas atitudes deve estar relacionada não apenas ao gestor e a sua equipe

mas também aos usuários em busca de novos comportamentos. Perceber as demandas

da comunidade, ter uma atitude proativa, integrar a equipe, buscar exceder as

expectativas dos usuários e agregar valor ao programa devem estar presentes no

equipamento.

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2.6 FORMAS DE CONTRATAÇÃO

A contratação da equipe de colaboradores da PEC pode ocorrer por meio de...

...servidores concursados.

...cargos comissionados.

...contratados ou terceirizados.

...voluntários.

2.6.1 SERVIDORES CONCURSADOS

Concursados são os servidores públicos ligados diretamente à administração pública. Nesse caso,

a prefeitura – ente responsável pela gestão – pode optar por algumas opções...

2.6.2 CARGOS COMISSIONADOS

Os cargos comissionados permitem ao ente público administrativo designar pessoas para ocupar,

independente de concurso, cargos de confiança...

...sendo servidores públicos, passam a exercer sua função na PEC e a receber, além do

salário de servidor, o salário do cargo em comissão para o qual foram designados.

...não sendo servidores públicos, passam a condição de servidores extraquadros, com

a remuneração referente ao cargo em comissão para o qual foram designados, não

adquirindo os direitos estatutários de servidor concursado.

Vamos analisar cada uma dessas formas de contratação a seguir...

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2.6.3 TERCEIRIZADOS

A contratação de terceiros, sob o regime de CLT, ocorre quando o ente público transfere a gestão

ou cogestão – gestão compartilhada – da PEC a outra organização, sem fins econômicos.

Essa transferência pode ser feita por meio de convênios, termos de parcerias ou contratos de

gestão, realizados por intermédio de processo licitatório.

2.6.4 PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA

Em muitos programas e projetos sociais, profissionais de diversos segmentos atuam de forma

voluntária.

A Lei 9.608/98, em seu Artigo 1º, define trabalho voluntário...

Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada

por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins

não lucrativos, com objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos, ou de

assistência social, inclusive mutualidade.

A participação voluntária desses profissionais na PEC...

§ contribui com o desenvolvimento da cidadania;

§ combate as desigualdades sociais;

§ permite a transformação social.

Dessa forma, a proposta de serviços voluntários em projetos sociais de cultura, esporte e lazer

deve envolver a sociedade e a comunidade na execução e no desenvolvimento do projeto.

O objetivo é criar uma relação de comprometimento e envolvimento entre o projeto,

a comunidade e a sociedade.

2.7 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 3 – OPERAÇÕES E MANUTENÇÃO

3.1 CONTROLE GERENCIAL

Para o pleno funcionamento da PEC, é fundamental que as normas, as regras e os procedimentos

para o uso consciente do equipamento cultural e esportivo sejam discutidos e apresentados.

A seguir, vamos analisar alguns conceitos...

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3.2 POLÍTICA INSTITUCIONAL E PROCEDIMENTOS

As políticas e os procedimentos devem ser comunicados à toda equipe e ao público, de modo

que fiquem claros os critérios de utilização da PEC. Logo, devem ser criados antes de sua

inauguração.

Mas, o que é política institucional?

Política institucional – ‘porque fazer’?

Política institucional é a filosofia sob a qual uma unidade é operacionalizada.

A política institucional, geralmente, é baseada na missão da organização, é o porquê

por trás de uma decisão gerencial, que permite contribuir no processo decisório do

presente e do futuro.

E o que são procedimentos?

Procedimentos – ‘como fazer’?

Procedimentos são os passos a serem seguidos pelos membros da equipe para assegurar

o cumprimento de suas tarefas. É o como deve ser feito.

3.3 MISSÃO, METAS E OBJETIVOS

Missão...

Dá as diretrizes e os parâmetros para o desenvolvimento organizacional da PEC.

Metas...

Devem ser mensuráveis, quantificáveis, alcançáveis e justificar os recursos requisitados

para a PEC.

Objetivos...

Estão relacionados à proposta de atuação da PEC e à participação de sua equipe.

3.4 NORMAS E DOCUMENTAÇÃO

É essencial ao pleno funcionamento da PEC que sejam estabelecidas normas de utilização das

instalações.

Tais normas são cruciais para que haja controle, respeito aos usuários e preservação

patrimonial.

O regimento interno é o documento que irá regulamentar e direcionar o funcionamento do

equipamento, devendo...

§ ser claro e objetivo;

§ estar à disposição de todos os colaboradores e usuários.

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Os cuidados relativos à documentação merecem atenção especial do gestor e de sua equipe...

...não apenas, no que diz respeito ao armazenamento adequado de documentos oficiais,

mas, principalmente, em relação às normas e aos procedimentos do equipamento.

É necessário estabelecer...

§ as formas – ofícios, solicitações, requisições de material, fichas de controle de

frequência, cadastro de usuários, circulares internas, memorandos...

§ os processos – a maneira como esses documentos vão interagir e funcionar na PEC.

3.5 PROCESSO DE GERENCIAMENTO

A cada dia, os gestores públicos estão mais qualificados e trazem para a administração pública

conceitos e técnicas gerenciais, antes só vistos na iniciativa privada, adaptando-os, sempre que

necessário, à gestão pública.

Essa é uma mudança significativa para a gestão pública...

Em breve, esses procedimentos poderão ser comuns a ambos os setores.

3.6 MANUTENÇÃO

É importante que a PEC tenha sido desenvolvida de modo a acomodar os programas – ou seja, os

programas não devem ser adaptados para se encaixarem na PEC.

Não devemos abrir mão do design necessário ao desenvolvimento dos programas pretendidos,

considerando, especialmente...

§ a adequação das atividades;

§ a previsão de acessibilidade para pessoas com deficiência;

§ a funcionalidade das instalações.

O gestor precisa disponibilizar para os usuários instruções de manuseio e operação de alguns

equipamentos.

Desse modo, os usuários responsáveis podem usufruir dos equipamentos e, ao mesmo

tempo, preservar as instalações da Praça.

Para o pleno desenvolvimento da gestão, o controle da documentação é

primordial.

Temos como exemplo a cessão do cineteatro para grupos que farão

apresentação no espaço. Para isso, eles precisarão de acesso às especificações, às

características técnicas e às instruções de utilização para evitar o mau uso das

instalações.

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O gestor deve também estar aberto a novas ideias e inovações tecnológicas, as quais podem

apresentar soluções significativas para a operação rotineira.

Visitas regulares a instalações similares, públicas e privadas, ajudam a conhecer as

melhores práticas do setor.

3.7 INSTALAÇÕES

Infraestrutura e logística...

A área de infraestrutura e logística deve observar especial cuidado com a manutenção

predial, verificando...

§ necessidade de pintura e de pequenos reparos;

§ realização de obras emergenciais;

§ cuidados com a limpeza em áreas especiais;

§ serviços de telefonia;serviços de informática e da rede de dados;

§ instalações elétricas e hidráulicas;

§ controle de entrada e saída de materiais;

§ recepção e distribuição de materiais;

§ cuidados com a aparência da PEC – sinalização, jardinagem, identidade

visual...

Almoxarifado...

O almoxarifado deve ser uma preocupação constante...

§ o controle de acesso do pessoal autorizado deve ser rigoroso;

§ em sua instalação, devem ser considerados...

§ a localização;

§ a segurança;

§ a facilidade de acesso externo;

§ a ventilação;

§ a umidade;

§ os materiais próprios para armazenamento – estantes, caixas

etiquetadas, armários...

Características das instalações...

É fundamental...

§ adaptar, se necessário, algumas instalações a mais de uma atividade,

preservando suas características originais;

§ colocar equipamentos auxiliares de proteção – redes de proteção, pisos

antiderrapantes, protetores de piso...

§ prolongar a vida útil da PEC, de modo que ela possa continuar a atender às

diferentes demandas existentes.

Disponibilidade de espaços...

Com as possibilidades multiuso, nunca é demais...

§ ter cuidado na utilização de espaços adaptados;

§ observar os itens de segurança – alarmes de incêndios, extintores de incêndio,

saídas de emergências...

§ usar um mapa de controle das instalações para visualizar o uso da PEC.

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Limpeza e manutenção...

A limpeza é o cartão de visitas, a primeira impressão. Logo, o gestor deve...

§ estabelecer uma rotina de limpeza e manutenção para os locais da PEC que

poderão ser fechados para atividades;

§ buscar compatibilizar os interesses da PEC com as necessidades operacionais

de sua manutenção e limpeza;

§ considerar os usos dos espaços;

§ respeitar o atendimento aos usuários e o horário das atividades...

3.8 SUPRIMENTOS

Ao escolher os materiais para PEC, o gestor tem de certificar-se que suas escolhas atendam às

necessidades do programa, tenham boa qualidade e ofereçam segurança.

Material permanente...

Aqueles que, em razão de seu uso corrente, não perdem sua identidade física ou tem

uma durabilidade superior a dois anos.

Os parâmetros para identificação do material permanente são...

§ durabilidade – o material em uso normal perde ou tem reduzidas suas

condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;

§ fragilidade – a estrutura do material está sujeita à modificação, por ser

quebradiço, deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade ou perda

de sua identidade;

§ perecibilidade – o material está sujeito a modificações químicas ou físicas,

deteriorando-se ou perdendo sua característica normal de uso.

Seleção e compras...

Quanto à seleção e às compras, devemos...

§ determinar o poder de compra, ou seja, quanto se pode gastar;

§ estabelecer uma lista de necessidades e demandas da PEC;

§ avaliar o nível de qualidade desejada;

§ verificar se a compra atende a qualquer tipo de usuário;

§ considerar a garantia e a assistência técnica dos produtos;

§ verificar se estão sendo atendidos...

§ os objetivos e as metas da PEC;

§ a qualidade dos produtos;

§ os limites do orçamento.

Recepção de materiais...

O tipo de material a ser entregue, sua quantidade, seu peso e o espaço que ocupa

poderão exigir a presença de uma pessoa responsável para recepcionar a carga. Logo,

é necessário...

§ planejar a recepção da carga, com número adequado de funcionários para

o transporte – evitar sobrecarga, quedas...

§ planejar a logística – transporte, como fazer e por onde fazer;

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§ definir horários para não atrapalhar as atividades regulares;

§ usar ferramentas adequadas para não estragar o material;

§ deslocar e instalar a carga em condições adequadas.

Controle...

É fundamental que, no ato da entrega, seja realizada uma inspeção criteriosa para

avaliar as condições do material.

Para efeito de controle, é importante...

§ implantar um sistema de inventário adequado, codificando o material;

§ fazer arquivo da documentação – notas e garantias;

§ verificar a necessidade de manutenção regular;

§ armazenar o material em condições satisfatórias;

§ fazer a baixa de materiais, com a autorização expressa do gestor.

Material de consumo...

Os materiais de consumo são aqueles que têm vida útil mais curta. Eles são necessários

ao funcionamento do dia a dia da PEC, podendo ser para...

§ consumo direto – material de escritório, papel, canetas, cartuchos para

impressoras, grampos, cola, elásticos, pastas...

§ consumo diário – alimentos e bebidas, como café, água...

Serviços...

Os serviços podem ser...

§ próprios ou da casa – os funcionários da PEC executam as tarefas com

material e ferramentas comprados;

§ terceirizados – são contratadas empresas para a realização de serviços ou

tarefas que não são ligadas à atividade finalística da instituição.

3.9 CONTROLE E SEGURANÇA

A possibilidade de risco ou acidente deve ser considerada em equipamentos esportivos e culturais.

Atividades dinâmicas são suscetíveis ao risco.

Portanto, cabe à gerência atentar para alguns itens...

Controle e segurança...

§ estudar a possibilidade de risco ou acidente nos equipamentos públicos – em

especial, naqueles onde ocorrem eventos em áreas esportivas e culturais, como

ensaios, movimentações, treinamentos...

§ fazer o levantamento de atividades dinâmicas e suscetíveis ao risco;minimizar a

exposição da PEC a acidentes...

§ durante eventos, jogos, apresentações;

§ durante a reunião de um número maior de pessoas – participantes, usuários,

visitantes e público em geral.

§ treinar as equipes para identificar os riscos, agir com presteza e da melhor maneira

possível.

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Controle de acesso...

§ dar bastante importância aos aspectos de segurança, para o bom desempenho do

PEC;

§ tomar medidas preventivas – iluminação, presença de funcionários, sinalização...

§ controlar o acesso a áreas da PEC, por meio de credenciais para funcionários e

usuários;

§ controlar a entrada de prestadores de serviços, fornecedores e visitantes.

Emergências...

§ estudar a necessidade de elaboração de um plano de emergência para a PEC;

§ preparar, planejar e treinar os colaboradores;

§ registrar a necessidade de equipamentos de primeiros socorros.

3.10 SUPERVISÃO

O primeiro passo para a elaboração do planejamento de supervisão é o dimensionamento da

PEC.

Em ação integrada com o gestor, o supervisor deve ter a exata dimensão do tamanho

da unidade e da interação das variáveis envolvidas em sua operação.

Muitas podem ser as variáveis que interferem na elaboração do planejamento de supervisão...

§ o tipo de público;

§ as atividades;

§ o número de profissionais envolvidos;

§ o uso das instalações;

§ os materiais necessários;

§ a política institucional;

§ o propósito da organização;

§ os recursos disponíveis;

§ o orçamento;

§ o tempo necessário para a preparação de uma instalação;

§ o número de eventos por ano;

§ o número de dias/anos necessários à manutenção da unidade...

3.11 GESTÃO OPERACIONAL

A gestão operacional – ainda que centralizada na figura do supervisor – não se deve abster de

liberar os líderes de cada segmento para que esses possam desenvolver suas atividades.

Os princípios e ideais institucionais devem nortear os procedimentos de operação da

PEC para transformar objetivos em resultados.

A complexidade da operação de uma unidade multiuso varia em função da diversidade de

responsabilidades e segmentos de atuação.

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É imprescindível que haja uma perfeita integração entre os diferentes departamentos – segurança,

coordenação de eventos, engenharia, administração, cadastro de clientes, limpeza e manutenção –

e as áreas técnicas específicas – cultura, esportes, assistência social, formação profissional...

É necessário definir a estrutura organizacional da PEC, estabelecendo um organograma

funcional para facilitar a operação e a divisão de responsabilidades.

3.12 MÉTODOS DE GESTÃO OPERACIONAL

Vejamos dois métodos de gestão operacional...

§ método da distribuição geográfica;

§ método centralizado.

3.12.1 MÉTODO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

O método de distribuição geográfica é um modelo aplicado em complexos de grande porte.

Consiste em subdividir o equipamento em pequenas áreas – área 1, área 2, área 3 ou

ala sul, ala norte, ala oeste. Dispõe de equipe completa e material independente para

cada setor.

Vantagens...

São vantagens desse método...

§ descentralização;

§ redução no tempo de atendimento;

§ maior conhecimento dos equipamentos e das necessidades com a repetição

das experiências e familiaridade com a área;

§ boas relações entre os usuários e a unidade;

§ aumento na performance de trabalho, em função da aliança criada pelo

trabalho em pequenas equipes.

Desvantagens...

São desvantagens desse método...

§ duplicação dos equipamentos e das ferramentas;

§ diferenças entre áreas construídas em épocas distintas.

3.12.2 MÉTODO CENTRALIZADO

No método centralizado, temos uma estrutura mais centralizada, com serviço técnico mais

qualificado.

Quanto maior o número de variáveis, maior o nível de complexidade.

A seguir, analisaremos as especificações de cada método...

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São vantagens desse método...

...melhor treinamento.

...material com maior qualidade.

...melhor distribuição dos especialistas para atender às demandas específicas.

...melhor trabalho em rede, em situações que apresentam várias possibilidades.

...melhor distribuição de prioridades.

3.13 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Áreas organizacionais...

As áreas organizacionais do equipamento estão diretamente relacionadas a atuação

do equipamento.

Ainda que todos os setores atuem de forma integrada, cabe a cada área específica a

responsabilidade de formatação e planejamento das ações.

A criação de áreas exige a indicação de um responsável...

§ por cada setor – cultura, esportes e lazer, assistência social, segurança cidadã,

desenvolvimento econômico, inclusão digital...

§ por cada área organizacional – eventos, comunicação e marketing, recursos

humanos, gerência financeira.

Coordenação técnica...

Coordenadores são os especialistas de cada segmento, responsáveis por...

§ elaborar o planejamento do setor;

§ organizar as atividades regulares;

§ interagir com os coordenadores de outras áreas para que o planejamento

global da PEC atenda às mesmas questões temáticas, de forma transversal;

§ controlar a equipe de profissionais sob sua responsabilidade, verificando...

§ as atividades;

§ o nível de satisfação dos usuários;

§ a qualidade do material utilizado nas atividades.

§ promover...

§ eventos de integração;

§ eventos programáticos;

§ atividades livres, de acordo com as demandas da comunidade;

§ centralizar as informações técnicas do setor para repassar à coordenação

geral;

Uma organização centralizada é apropriada quando o tempo de ir e vir para

uma área é curto. No entanto, o mesmo não acontece quando a área é grande.

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§ estabelecer parcerias e acordos de cooperação técnica, interface com outras

instituições, órgãos públicos, universidades, submetidos à anuência da

coordenação geral;

§ elaborar as agendas setoriais;

§ implementar os projetos;

§ monitorar a efetividade das ações;

§ liderar as equipes no sentido do alcance das metas organizacionais;

§ avaliar os impactos dos programas e projetos;

§ estudar as demandas da comunidade;

§ interagir com os usuários e a comunidade.

3.13.1 SUGESTÃO DE ORGANOGRAMA

Vejamos uma sugestão de organograma...

coordenaçãogeral

coordenaçõesde eventos

coordenaçãoadmnistrativa

recursos humanos

centro de documentação

gerência financeira

comunicaçãoe marketing

supervisão de operações

suprimentos infraestruturae logística

almoxarifado

compras manutenção predial

limpeza e vigilância

outros serviços

coordenaçãotécnica

cultura inclusão digital

assistência socialesportes

segurança cidadã

desenvolvimentoeconômico

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25

3.14 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 4 – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

4.1 COMPOSIÇÃO DO ORÇAMENTO

A composição do orçamento é o estabelecimento das fontes de receita – que podem ser

variadas – e a discriminação das despesas.

O orçamento é também uma importante ferramenta de gestão. De sua análise e de suas projeções

dependem as possibilidades de...

...desenvolvimento de novas ações.

...investimentos em materiais.

...recuperação de instalações.

Por isso, o orçamento deve ser acompanhado com muita atenção, de modo a se verificarem as

mudanças que podem acarretar sérios problemas na condução da unidade.

4.2 FONTES DE RECEITA

As fontes de receita podem vir do poder público...

Receitas orçamentárias – tesouro municipal, recursos...

Verbas, materiais, serviços e recursos humanos repassados pela prefeitura para a gestão

de equipamentos.

Leis de incentivo...

Mecanismos legais para pessoas físicas ou jurídicas investirem em projetos sociais –

esporte, cultura e infância e adolescência –, abatendo até 1% do imposto de renda

devido.

Parcerias institucionais...

Parcerias, por tempo limitado, entre organizações – com benefícios a todos os

envolvidos – para...

§ captar recursos para o desenvolvimento de ações e projetos, a fim de alcançar

os objetivos institucionais;

§ estar associado a causas sociais;

§ agregar valor à marca...

A descrição das despesas do equipamento é fator essencial ao controle, à

prestação de contas e ao planejamento.

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...ou podem vir de receitas alternativas...

Patrocínio ...

Fornecimento de suporte financeiro ou material a alguma atividade independente,

não inerente ao objetivo comercial da instituição.

Eventos...

Realização de eventos beneficentes para arrecadar recursos para um projeto ou de

ações voltadas para o bem comum.

Venda de produtos e serviços...

Pode incluir camisas personalizadas, capacitação profissional – transferência de

tecnologias –, eventos, clínicas e workshops, produtos artesanais...

Licenciamento...

Autorização dada a uma empresa, que já produz determinado tipo de mercadoria, para

produzir uma mercadoria com a marca de outra organização.

Cessão de espaços...

Cessão de espaços livres para grupos em troca de pagamento, melhorias no

equipamento ou doação de materiais.

4.3 DESPESAS

Vejamos os tipos de despesas...

Despesas operacionais...

São as despesas relativas ao funcionamento do equipamento, discriminadas em

rubricas...

§ concessionárias – água, luz, esgoto;

§ telefonia;

§ serviços – limpeza, vigilância, manutenção predial, manutenção de ar-

condicionado, manutenção de computadores;

§ transmissão de dados por internet, TV a cabo ou satélite...

Pagamento de funcionários...

São as despesas relativas ao pagamento da equipe e, no caso de contratação em

regime de CLT, devem ser considerados os encargos sociais.

Despesas eventuais...

São as despesas que não são regulares e, em geral, não foram previstas quando da

elaboração do orçamento.

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4.4 EXEMPLO DE ORÇAMENTO

Vejamos um exemplo de orçamento...

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4.5 GESTÃO FINANCEIRA

A gestão financeira é fundamental para o bom funcionamento de qualquer organização – empresas

com fins lucrativos, organizações da sociedade civil sem fins lucrativos ou órgãos públicos.

A gestão financeira deve permitir ao gestor o controle e a análise das atividades

financeiras de um projeto, da organização como um todo.

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29

A gestão financeira deve fornecer informações vitais ao processo decisório.

4.6 FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa é um tipo de controle que vai além dos aspectos financeiros, pois permite avaliar

o projeto sob a ótica operacional.

Por ser a diferença entre créditos e débitos em um período estabelecido, o fluxo de

caixa oferece a visão real da situação da organização, identificando, por exemplo, as

áreas críticas que apresentam maiores gastos.

Na projeção de fluxo futuro, os pagamentos e recebimentos futuros são lançados para ajudar o

controle.

4.7 LICITAÇÃO

A licitação visa garantir a moralidade dos atos administrativos e dos procedimentos da

administração pública.

A licitação é um procedimento administrativo formal que tem como objetivo proporcionar a

aquisição, a venda ou a prestação de serviços da forma mais vantajosa.

A licitação respeita os princípios constitucionais da legalidade, isonomia, impessoalidade,

moralidade, publicidade e economicidade.

A licitação visa garantir a valorização da livre iniciativa pela igualdade no oferecimento da

oportunidade de prestar serviços, bem como de comprar ou vender ao poder público.

4.7.1 MODALIDADES DE LICITAÇÃO

A classificação das modalidades está ligada, principalmente, ao volume financeiro das transações

e às características do objeto da licitação.

Um dos principais instrumentos de controle da gestão financeira é o fluxo de

caixa.

O fluxo de caixa é o registro das importâncias recebidas e gastas, ao longo

de um determinado período de tempo.

A legislação brasileira classifica, de maneira distinta, o tipo e a modalidade de

licitação.

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A Lei nº 8.666/93 elenca seis modalidades de licitação...

§ concorrência;

§ tomada de preços;

§ convite;

§ leilão;

§ concurso;

§ pregão, introduzido pela Lei n° 10.520/2002.

As três modalidades principais de licitação – concorrência, tomada de preço e convite – destinam-

se, prioritariamente, à aquisição de bens e serviços. A diferença entre elas são os valores. A lei fixa

as faixas de valores para as modalidades de licitação.

4.7.2 TIPOS DE LICITAÇÃO

O tipo de licitação está relacionado ao modelo de decisão na escolha do vencedor da licitação.

A Lei nº 8.666/93 elenca os seguintes tipos de licitação...

4.7.3 CONCORRÊNCIA

Concorrência é uma modalidade de licitação para contratos que envolvem grandes valores,

realizado com ampla publicidade.

A publicidade visa assegurar a participação de quaisquer interessados que preencham

os requisitos previstos no edital convocatório.

Os interessados não precisam de cadastro prévio, mas devem atender às condições

previstas no edital.

O edital deve ser publicado, no mínimo, 30 dias antes da data de recebimento das propostas.

Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a administração

seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse.

Hely Lopes Meirelles

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31

O prazo para a realização do certame deve ser de 30 dias a partir da data de publicação do edital.

4.7.3.1 CASOS DE ADOÇÃO DE CONCORRÊNCIA PÚBLICA

Independentemente do valor, a lei prevê que a concorrência deve ser adotada em casos de...

...compra de bens imóveis.

...alienações de bens imóveis para as quais não tenha sido adotada a modalidade

leilão.

...concessões de direito real de uso, serviço ou obra pública.

...licitações internacionais.

...obras e serviços de engenharia com valor superior a R$ 1.500.000,00.

...compras e serviços de valor superior a R$ 650.000,00, que se sujeitem a revisões

periódicas.

4.7.4 TOMADA DE PREÇOS

Tomada de preços é uma modalidade de licitação em que a escolha do fornecedor, mediante a

oferta de preços, baseia-se em um cadastro prévio dos interessados.

Nesse cadastro, devem ser analisadas a situação e a conformidade da empresa, com o disposto na

Lei nº 8.666/93. A tomada de preços somente pode ser aplicada...

§ até R$650 mil, no caso de materiais e serviços;

§ até R$1 milhão e 500 mil, para a execução de obras de engenharia.

O processamento das propostas deve ser executado por uma comissão composta por, no mínimo,

três membros. Dois desses membros devem ser do quadro permanente de funcionários do órgão

responsável pela licitação.

4.7.5 CONVITE

Convite é a modalidade de licitação, regulada pela Lei nº 8.666/93, entre interessados do ramo

pertinente a seu objeto.

Caso seja adotado um certame de acordo com os tipos – menor preço, técnica

e preço, e melhor técnica –, esse intervalo mínimo é dilatado para 45 dias.

O cadastro pode ser feito até três dias antes da data de recebimento das

propostas.

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Esses interessados, cadastrados ou não, são escolhidos e convidados, em número

mínimo de três, pela administração pública – órgão responsável.

Deve ser fixada, em local apropriado, uma cópia do instrumento convocatório.

Serão cadastrados aqueles que manifestarem seu interesse com antecedência de até

24 horas da apresentação da proposta.

O convite somente poderá ser aplicado a valores de até R$ 80.000,00, no caso de materiais e

serviços, e de até R$ 150.000,00 para a execução de obras de engenharia.

4.7.6 CONCURSO

4.7.7 LEILÃO

O leilão é adotado...

...para venda de bens móveis que não servem à administração.

...para a venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados.

...para a alienação de bens imóveis tomados de credores da administração ou resultantes

de processos judiciais.

4.8 CONTRATAÇÃO DIRETA

O Estatuto de Licitações permite a contratação direta por meio de processos de dispensa e

inexigibilidade de licitação, desde que preenchidos os requisitos previstos na lei.

Dispensa de licitação...

Possibilidade de celebração direta de contrato entre a administração pública e o

particular, nos casos estabelecidos no Artigo 24, da Lei 8.666/93.

Nos casos de dispensa de licitação, previstos em lei, o administrador pode ou não

licitar.

A Carta Convite substitui o Edital da Licitação.

Concurso é a modalidade de licitação destinada à seleção de trabalhos

técnicos, científicos ou artísticos para uso da administração.

Para concorrer ao prêmio, qualquer interessado qualificado pode submeter seu

trabalho. Uma comissão de especialistas é montada para julgar o vencedor.

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Não deve ser contratada instituição para desempenhar atividades-fins da administração,

sob pena de haver burla à exigência constitucional do concurso público.

Inexigibilidade de licitação...

Pode ocorrer quando é impossível promover a competição para aquisição da proposta

mais vantajosa para a administração.

Um dos contendores reúne qualidades que o tornam único, exclusivo, sui generis,

inibindo os demais pretensos participantes.

4.9 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 5 – PROGRAMAÇÃO E MARKETING

5.1 PRÉ-REQUISITOS DA PROGRAMAÇÃO

A programação de eventos e atividades regulares nas PECs irá depender...

...da filosofia da instituição e de seus propósitos – sua missão.

...do contexto social em que o equipamento está inserido.

...das principais demandas existentes – principalmente, as comunitárias.

...dos princípios de igualdade – oportunidades iguais para todos.

...da disponibilidade de cessão de espaços para realização de pequenos eventos.

...dos tipos e tamanhos dos espaços similares adjacentes ao equipamento.

...da existência de outras opções para realizar o atendimento à comunidade.

Devem existir critérios para atendimento das demandas – reserva de datas, priorização de eventos

escolares... – e elaboração de um mapa que permita a visualização da programação anual, mensal

e semanal.

5.2 ATIVIDADES REGULARES

As atividades regulares fazem parte dos programas e projetos desenvolvidos pelas PECs.

As atividades regulares são aquelas que acontecem rotineiramente no equipamento,

ou seja, de maneira regular e não esporádica.

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As atividades regulares vão desde aulas de iniciação esportiva e atividades culturais,

além de oficinas profissionalizantes, até atividades socioassistenciais desenvolvidas

pelo Centro de Referência de Assistência Social – CRAS.

O CRAS é uma unidade pública responsável pela organização e oferta de serviços da proteção

social básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS –, nas áreas de vulnerabilidade e risco

social dos municípios e do DF.

É a principal porta de entrada de um grande número de famílias à rede de proteção

social da assistência social.

A coordenação específica de cada setor é responsável pelo planejamento de cada área, seus

programas e suas atividades.

Esse planejamento deve ser registrado em mapas que apontem como as atividades

irão acontecer.

As agendas sociais do Governo Federal – Territórios de Cidadania, RONASCI/Territórios

de Paz e PROJOVEM – e algumas agendas estaduais ou locais fortalecem a ação

intersetorial em territórios com a presença de CRAS, estimulando o diálogo entre

políticas públicas.

5.3 EVENTOS

A programação de eventos é uma das funções críticas da gestão de equipamentos públicos, pois

se faz necessário...

...equilibrar as diferentes e variadas demandas existentes.

...prever demandas futuras.

...manter a imparcialidade.

...buscar o equilíbrio entre o atendimento comunitário livre e a execução dos programas.

A coordenação de eventos deve estar sincronizada à coordenação geral para que haja total

sinergia entre os eventos, a programação regular das atividades e os objetivos das PECs.

Os eventos são uma excelente estratégia para moldar a imagem da unidade junto ao público e à

comunidade, podendo ser, ainda, uma boa medida para o estabelecimento de parcerias

institucionais.

Quanto mais eficiente a disponibilidade de instalações, maior a satisfação

dos usuários.

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A realização de eventos comunitários – apresentações musicais, teatrais e campanhas

educacionais – contribuem para a inclusão social.

5.3.1 PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS

Para realizar um número seguro de eventos, sem sobrecarregar as equipes, as instalações, o

orçamento e sem saturar a comunidade, é essencial controlar a agenda de programação.

O controle da agenda deve ser responsabilidade de um único gestor, para evitar

superposição e duplicidade. Mais uma vez, a utilização do mapa de controle é

fundamental.

O controle pode ser feito, inicialmente, com um calendário básico, o qual deve ser

articulado aos mapas de controle de cada instalação.

Reservas...

Algumas datas são muito disputadas e, certamente, haverá situações em que vários

interessados poderão desejar uma mesma data, um mesmo horário ou as mesmas

instalações.

São necessários critérios claros e imparciais para a reserva e a confirmação das datas

solicitadas.

Horários permanentes...

A reserva recorrente de horários acaba por criar um entendimento de direito adquirido

aos usuários, que acham ter o espaço sempre reservado a seu favor. A reserva recorrente

de horários acaba gerando conflitos quando a instituição tem necessidade de usar de

outra forma a instalação.

As condições devem ser claras quando da primeira cessão do espaço e reforçadas,

frequentemente, em especial, quando forem pactuadas com a comunidade,

participante ou não, do grupo gestor.

Cessões ou locações...

Havendo disponibilidade de instalações, o gestor deve procurar atender às demandas

da comunidade, de acordo com as prioridades preestabelecidas...

§ eventos próprios;

§ eventos de terceiros;

§ uso comunitário;

§ atividades dirigidas, com um responsável membro da equipe;

§ atividades livres, destinadas ao público em geral...

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5.3.2 ALGUNS CUIDADOS

Alguns cuidados devem ser tomados na programação de eventos...

...a cessão de instalações pode ser realizada...

§ gratuitamente – para uso comunitário;

§ por permuta – para outras organizações, a fim de melhorar o equipamento –

tinta para a pintura das instalações, doação de equipamentos de som, projetores...

§ por locação de horário – para uso particular, devendo ser discutida no âmbito

da coordenação geral.

...a realização de eventos deve observar...

§ os aspectos de segurança;

§ as informações aos órgãos públicos competentes;

§ as autorizações e os procedimentos legais que se fizerem necessários.

...a realização de eventos de terceiros deve considerar...

§ as responsabilidades das partes – limpeza do espaço, segurança extra,

comercialização de produtos...

§ os termos de compromisso, em que devem constar as obrigações mútuas –

responsabilidades, data e horário...

...em alguns casos, existe a possibilidade de criação de um fundo emergencial criado

para atender a casos específicos de manutenção ou programação do equipamento

em situações de emergenciais.

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5.3.3 ESCALA DE UTILIZAÇÃO

Cada instalação deve dispor de um mapa com horários e atividades de cada semana, para que o

gestor, em conjunto com a coordenação da área, possa definir a disponibilidade dos espaços para

cessão.

5.4 DIVULGAÇÃO E PUBLICIDADE

A PEC não pode deixar de realizar a divulgação de seus programas e projetos. É fundamental que

exista uma comunicação clara e objetiva.

Em algumas ocasiões, dependendo da situação de cada equipamento, a

publicidade pode ser uma fonte de receita importante.

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A publicidade pode ser realizada junto aos parceiros institucionais, aqueles que ajudam, de alguma

forma, no desenvolvimento dos programas.

A publicidade pode ser realizada como contrapartida do apoio, do suporte ou do

investimento dado à PEC.

A gestão do equipamento pode oferecer à empresa investidora uma oportunidade de exposição

de sua marca nas peças de publicidade, permanentes ou eventuais, e em outras áreas comerciais

de que o equipamento disponha.

5.4.1 ÁREAS COMERCIAIS

Áreas comerciais dos equipamentos são aquelas onde pode ser feita a exposição das logomarcas

das organizações parceiras ou patrocinadoras...

§ uniformes dos participantes ou dos profissionais;

§ áreas para colocação de placas durante os eventos – jogos ou feiras;

§ áreas para colocação de placas permanentes – auditório;

§ peças publicitárias – faixas, banners, flyers, cartazes;

§ comercialização virtual – banners em websites.

5.5 PESQUISA DE PÚBLICO

O gestor da PEC apresenta conhecimento prévio de seu público muito em função do trabalho de

mobilização social que ocorre desde o início do processo de seleção para a implantação da Praça.

Algumas das ações desenvolvidas durante esse trabalho podem contribuir, fornecendo ao gestor

informações importantes para...

...elaborar o perfil de seu usuário...

...desenvolver o mapeamento da comunidade...

...realizar reuniões e debates sobre temas pertinentes.

Dessa forma,o gestor pode conhecer melhor seu público e trabalhar, de forma conjunta, com a

comunidade para melhor atendê-la.

O gestor deve conhecer bem o perfil do usuário da PEC.

Para isso, deve conhecê-lo em detalhes e de forma sistemática.

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5.5.1 SURVEY

Não são necessários gastos exorbitantes para obter dados sobre a comunidade.

Um tipo de pesquisa que pode ser feito de maneira direta, no próprio local, por correio eletrônico,

internet ou telefone é o survey.

O survey é um tipo de pesquisa realizada por meio de questionários. Esses questionários

podem ocorrer como pesquisas de opinião pública, pesquisas de mercado, censos

demográficos ou estudos acadêmicos.

As principais características desse método são o uso de um instrumento predefinido –

questionário – e a geração de dados quantitativos de um grupo.

5.5.2 MONITORAÇÃO CONSTANTE

A monitoração constante é importante para avaliar a satisfação dos usuários com a prestação dos

serviços, o que assegura que a PEC e seus projetos mantenham-se relevantes e atraentes.

O instrumento de pesquisa deve ser simples de ler, com questões que possam ser

respondidas diretamente. Não deve fazer com que pareça desperdício de tempo.

O sigilo deve ser absoluto.

A pesquisa deve ser aplicada por um funcionário preparado para a função.

A pesquisa deve evitar termos técnicos.

5.6 NOVAS MÍDIAS DIGITAIS

As novas mídias digitais são excelentes ferramentas de comunicação, pois permitem uma perfeita

interação entre programas, projetos e usuários.

As novas mídias digitais não podem ser desprezadas, pois elas apresentam inúmeras possibilidades

de atuação...

...desde a convocação de participantes para campanhas sociais...

...até a disponibilização de fotos, filmes, e a troca de informações e experiências.

O uso do método survey é indicado quando se deseja entender O que

acontece? Como e porque acontece?

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A gestão indireta de equipamentos públicos, por meio de contratos de

gestão, tem apresentado resultados bastante favoráveis, pois atendem com

agilidade e mais eficiência à dinâmica das operações.

5.7 CUIDADOS DE GESTÃO

A gestão indireta evita entraves como as frequentes interrupções das atividades causadas por

problemas na renovação de contratos de fornecedores, na elaboração dos editais de licitação.

Gestores de equipamentos multiuso devem estar atentos às demandas que tais

unidades podem apresentar, de modo a não fugir ao propósito institucional do

equipamento.

5.8 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 6 – CENÁRIOS CULTURAIS

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse os

cenários culturais no ambiente on-line.

O gestor deve manter um funcionário responsável pelo acompanhamento

das mídias sociais, Facebook, Twitter, YouTube...