Ginástica Artística Estrutura dos Campeonatos · Estrutura, composição e funções dos Juris...

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Ginástica Artística Estrutura dos Campeonatos Aula 5 Prof. Dra. Bruna Oneda

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Ginástica ArtísticaEstrutura dos Campeonatos

Aula 5

Prof. Dra. Bruna Oneda

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Competição I (CI) - Qualificatória

Objetivos - qualifica os 24 melhores ginastas para participar da Final Individual Geral (CII).

- qualifica as 8 melhores equipes para participar da Final por Equipes (CIV).

- determina a classificação dos ginastas a partir do 25º lugar.

- determina a classificação das equipes a partir do 9º lugar.

Participantes - participam todas as equipes e todos os ginastas individuais inscritos no evento.

Resultado - Apesar de uma equipe ser composta por no máximo 6 ginastas, na CI somente 5

destes ginastas participam em cada prova, sendo computadas para o resultado da equipe as 4

maiores notas de cada prova.

Portanto, uma equipe pode ser composta por no mínimo 4 e no máximo 6 ginastas.

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Competição II (CII) – Final Individual Geral

Objetivo - definir os 24 primeiros classificados no campeonato.

Participantes - participam os 24 ginastas melhores classificados individualmente na CI, sendo

permitida a participação de no máximo 2 ginastas de cada entidade inscritas no evento.

Resultado - os 24 ginastas executam uma nova série em cada uma das provas e somente um

Salto, desconsiderando, para o resultado desta competição, as notas obtidas na CI.

Ao término da competição serão somadas as notas obtidas pelos ginastas, em cada prova,

chegando ao total de pontos de cada um, sendo então confrontados os totais de cada

participante para se chegar à classificação individual geral.

O ginasta que obtiver o maior somatório de pontos será considerado o vencedor da CII.

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Competição III (CIII) – Final Individual por prova

Objetivo - definir a classificação individual de cada uma das provas.

Participantes - participam os 8 ginastas que obtiveram as pontuações mais altas naCI, em cada uma das provas, sendo permitida a participação de no máximo 2ginastas de cada entidade, em cada prova.

Resultado - os 8 ginastas qualificados executam uma nova série na prova na qual seclassificaram, sendo que no Salto os ginastas devem executar dois saltosdiferentes, desconsiderando, para o resultado desta competição, as notas obtidasna CI.

A classificação final de cada prova será definida pelas notas obtidas pelos ginastasna prova, nesta competição (CIII), sendo vencedor aquele que obtiver a maiornota.

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Competição IV (CIV) – Final por Equipes

Objetivo - definir a classificação das equipes.

Participantes - participam as 8 equipes que obtiveram as maiorespontuações na CI.

Resultado - Na CIV a equipe pode ser composta por até 6 ginastas,sendo que somente 3 competem em cada prova. Estes ginastasexecutarão uma nova série, em cada prova, e somente um salto.Todas as notas obtidas nesta competição entram na totalização dospontos da equipe.

A classificação final das equipes é determinada pelas pontuaçõesobtidas nesta competição

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Código de Pontuação

O Código de Pontuação (CP) é o documento da Federação Internacional deGinástica (FIG) que possui as principais orientações aos ginastas, treinadores eárbitros para que estes elaborem e avaliem as séries na Ginástica Artística.

Existe um CP para cada naipe (masculino e feminino), sendo que cada um delesapresenta conteúdo específico que atende às características de cada naipe.

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Estrutura, composição e funções dos Juris das Provas( Júri de Arbitragem)

• O Júri das Provas é composto por duas Bancas: Júri “D” e Júri “E”, por árbitrossuplementares e por árbitros assistentes, os quais são assim compostos:

• Júri “D” é composto por 2 árbitros, que avaliam conjuntamente, apresentandouma nota única, gerada de comum acordo entre ambos;

• Júri “E” é composto por 6 árbitros, que avaliam individualmente, gerando umanota calculada pela média de 4 destes árbitros.

• Basicamente o Júri “D” avalia a Dificuldade e o Júri “E” a Execução dosexercícios.

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Estrutura, composição e funções dos Juris das Provas( Júri de Arbitragem)

• A Banca também é composta por árbitros assistentes: 2 árbitros de linha no Solo,1 árbitro de linha no Salto, 1 cronometrista no Solo (GAM e GAF), Paralelas(GAM), Assimétricas (GAF) e Trave (GAF), anotadores, secretários, operadores decomputador e estafetas para recolher papeletas de notas, no caso de nãoutilização do sistema informatizado de apuração das notas.

• O posicionamento básico de uma Banca de Arbitragem prevê a distribuição dosárbitros em volta dos aparelhos, cujas provas serão realizadas.

• No Solo, os dois árbitros de linha devem estar posicionados em frente a doisvértices opostos do tablado. Eles controlam se o ginasta ultrapassa os limites dotablado, informando ao Júri “E” caso aconteça este tipo de infração.

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• No Salto, o árbitro de linha deve estar posicionado em frente aos colchões definalização dos saltos, observando se os ginastas ultrapassam os limitesregulamentares do “corredor de aterrissagem”.

• Na prova de Solo na GAM e na GAF, assim como na prova de Trave, ocronometrista controla o tempo de duração das séries. O tempo ultrapassadopelo ginasta deverá ser comunicado ao Júri “E”. Ele ainda controla o tempo deaquecimento nas Paralelas (GAM) e nas Assimétricas (GAF).

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Pontuação das provasEm todas as provas, serão apresentadas duas notas separadas, emitidasindependentemente pelos Júris “D” e “E”, que, somadas, determinam a Nota do ginasta.

Basicamente, o Júri “D” determina a Nota “D”, observando a Dificuldade das séries e o Júri“E” avalia, observando a Execução e a Composição das séries.

Em todas as provas, exceto no Salto, a Nota “D” é assim definida pelos árbitros “D”:

• GAM - soma dos valores da dificuldade de 10 exercícios, referente aos 9 exercícios demaior dificuldade executados na série, mais o valor da saída (9 + 1);

• GAF - soma dos valores da dificuldade de 8 exercícios, referente aos 7 exercícios de maiordificuldade executados na série, mais o valor da saída (7 + 1);

Soma dos valores das Exigências (Grupos de Exercícios Exigidos) de cada prova;

Soma dos valores de Conexão de exercícios (Bonificação por Conexão).

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• Para a obtenção da Nota “D” são somados os valores dos três itens observados, não havendo limite de pontospara esta nota.

• A avaliação da Nota “E” é semelhante para a GAM e para a GAF, com distinções entre os naipes, devido àscaracterísticas das provas de ambos.

Na GAM a Nota “E” parte de 10,00 pontos. e é definida pelos árbitros “E” considerando:

• A soma das deduções por falhas de Execução, observando os aspectos técnicos e posturais;

• A soma das deduções por falhas de Composição.

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Na GAF a Nota “E” parte de 10,00 pontos e é assim definida:

• Dedução por falhas de execução, considerando os aspectos técnicos e estéticos;

• Deduções por falhas na Apresentação Artística.

• A Nota “E” é calculada com cada um dos seis árbitros “E” apresentando as suas deduções, após oencerramento de cada série. Das seis deduções (seis árbitros) somente quatro serão consideradas para ocálculo da Nota “E”, sendo a mais alta e a mais baixa eliminadas. Considerando as quatro deduçõesintermediárias, é calculada a média aritmética destas, sendo o resultado deste cálculo deduzido do valormáximo de 10,00 pontos, previstos para a Nota “E”.

• A Nota Final de cada ginasta, em cada prova, é determinada pela soma das Notas “D” e “E”.

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Avaliação do Juri “D” – exceto salto

• Devido à particularidade na observação dos itens a serem avaliados pelo Júri“D”, é importante que estes aspectos sejam pormenorizados, conformeapresentado a seguir, assim, permitindo uma melhor compreensão da atuaçãodos árbitros “D”.

• Dificuldade: o grau de dificuldade dos exercícios é classificado nos CP (GAM eGAF), conforme a complexidade dos mesmos, sendo definidas letras de “A” a “G”para esta classificação, considerando os exercícios “A” os mais fáceis e os “G” osmais difíceis, havendo um valor próprio para cada um deles: A = 0,10 pt. / B =0,20 pt. / C = 0,30 pt. / D = 0,40 pt. / E = 0,50 pt. / F = 0,60 pt. / G = 0,70 pt.;

• Exigências (Grupos de Exercícios Exigidos) - neste item os árbitros observam seos ginastas realizaram exercícios dos grupos de exercícios exigidos para cadaprova, conforme consta nos CP.

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Avaliação do Juri “D” – exceto salto• Na GAM, cada prova tem cinco Grupos de Exercícios Exigidos, sendo quatro de exercícios

específicos e um para a saída. Para cada uma das exigências cumprida, o árbitro concede até0,50 pontos, sendo possível atingir o máximo dos 2,50 pontos previstos para este item dojulgamento.

• Na GAF, os Grupos de Exercícios Exigidos variam de seis a sete, conforme a prova, sendo umdeles específico para a saída. Cada exigência tem valor próprio, variando de 0,10 a 0,50pontos, possibilitando o máximo de 2,50 pontos previstos para este item do julgamento.

• Nas séries o/a ginasta deve incluir no mínimo um exercício de cada grupo de exigência,devendo finalizar a série com uma saída definida;

• Conexões (Bonificação por Conexão) - esta Bonificação é a pontuação auferida quando o/aginasta realiza exercícios de alto valor conectados entre si, conforme especificado para cadaprova.

• O Júri “D” pode auferir 0,10 pontos ou 0,20 pontos de Bonificação para cada Conexão deexercícios, sem limite de conexões por série.

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Falha Desconto

pequena 0,10 pts.

média 0,30 pts.

grande 0,50 pts.

muito grande 1,00 pt.

Cálculo da Nota “D”

Ao final da prova, os dois árbitros “D” verificam os valores das Dificuldades, das Exigências e das Conexões, somam os valores de cada item, assim definindo a Nota”D” de comum acordo, encaminhando-a para o cálculo da Nota Final.

Avaliação do Júri “E” (Exceto Salto)

O Júri “E”, tanto na GAM quanto na GAF, avalia as séries, observando a Execução (Técnica e postura) dos exercícios, assim como a Composição (GAM) / Apresentação Artística (GAF) das séries. As notas do Júri “E” têm o valor máximo de 10,00 pontos.

Os descontos por falhas apresentadas na Execução, na Composição (GAM) / Apresentação Artística (GAF), permitem ao Júri “E” despontuações, conforme a intensidade da falha, assim definidos:

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• Estas deduções devem ser aplicadas pelos árbitros cada vez que ocorrer uma falha, independente do grau de dificuldade doexercício executado.

• Execução - neste item os árbitros “E” avaliam a forma de realização de cada exercício, observando se os mesmos foramrealizados de acordo com a técnica e a postura corporal desejadas, conforme previsto nos CP (GAM e GAF);

• Composição (GAM) / Apresentação Artística (GAM) - este item, com denominações próprias para cada naipe, os árbitros “E”basicamente observam se os ginastas “montaram” as suas séries conforme apresentado nos CP (GAM e GAF), atendendo àscaracterísticas de cada uma das provas e, ainda, se apresentaram falhas em posições corporais, nos elementos de dança, emsaltos com afastamentos de pernas, dentre outros.

• Cálculo da Nota “E”

• Ao final da prova, cada árbitro “E”, de forma independente, calcula o total das suas deduções e encaminha este total para ocálculo da Nota “E”.

• Das deduções auferidas pelos seis árbitros “E”, somente quatro serão consideradas para o cálculo da Nota “E”, sendo ostotais mais alto e o mais baixo eliminados. Tomando por base somente as quatro deduções intermediárias, é calculada amédia aritmética das mesmas, sendo o valor obtido deduzido de 10,00 pontos, que é o valor máximo para o Júri “E”, assimdefinindo a Nota “E”.

• Cálculo da Nota Final

• A Nota Final de um(a) ginasta é calculada pela soma das Notas “D” e “E”.

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Avaliação do salto

A prova de Salto é caracterizada pela realização de um único exercício, nãosendo realizada uma série, fato que leva sua avaliação a ter determinadaspeculiaridades, se comparada às outras provas.

Para fins de julgamento, os saltos são classificados conforme ascaracterísticas de cada um, sendo os de menor valor os mais fáceis e os demaior valor os mais difíceis. Na GAM os valores de Dificuldade dos saltosvariam de 2,00 a 7,00 pontos e na GAF de 2,40 a 7,10 pontos, conformeexplicitado nos respectivos CP.

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Avaliação do salto

Devido às particularidades dos saltos, as exigências referem-se a aspectos próprios a serem seguidos na prova, havendo descontos específicos para o não cumprimento de cada um dos itens. A seguir serão apresentadas algumas destas exigências:

• antes do Salto é necessária a identificação do mesmo, através de placa ou painel luminoso;

• a distância máxima para a corrida é de 25 metros;

• na execução de saltos a partir da impulsão com Rondada, é obrigatório o uso do “colar de proteção” em volta da prancha;

• as ginastas da GAF devem realizar os saltos com o apoio de ambas as mãos na Mesa de Salto;

• caso o/a ginasta pretenda se classificar para a C III, na C I devem ser realizados dois saltos, de grupos distintos e com dois voos diferentes. Esta mesma exigência é feita para a Final de Salto (C III).

• O não cumprimento destas exigências leva à despontuação na Nota Final do Salto ou a impossibilidade de participação na C III.

• A avaliação da Execução na prova de Salto é iniciada a partir do contato do/da ginasta com a prancha, ou seja, a partir da impulsão.

• Na prova de Salto, o Júri “E” adota os mesmos critérios de despontuação por falhas de Execução que os adotados nas outras provas, conforme a intensidade das mesmas.

• A Nota Final também é determinada pela soma da Nota “D” e Nota “E”.