Gincana mobilizava toda a cidade B RNI C A D ERI...
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FUNDADO EM 19/03/92ANO XXIV - N.º 1.284
11 de dezembro de 2015
Equipe “Rasga” participou de evento em duas edições. Com 800 componentes, grupo foi campeão em 1989 e vice no ano seguinte
Gincana mobilizava toda a cidadeBRINCADEIRA
Com a reunião de mui-tos participantes, entre 1989 e 1991,
a cidade de Caieiras, por meio do Lions Club e um grupo de jovens representa-do pela sigla LEO, recebeu a realização de gincanas.
O evento ocorria no mês de outubro e por dois fi nais de semana. Um para elaboração de tarefas e outro para a re-alização. A gincana contava com a participação de apro-
ximadamente oito equipes, tendo a do “Rasga”, apelida-da de “Rasga U”, campeã em 1989 e vice no ano seguinte, como a maior das equipes, com 800 componentes.
Durante as provas era possível encontrar com os competidores que visitavam as casas e comércios em bus-ca de completar a tarefa. A Avenida dos Estudantes era utilizada para a concentração do evento.
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
‘Rasga’ era a maior das equipes que participava da gincana nas décadas de 1980 e 1990. Provas contavam com imitações, arrecadações de mantimentos e enigmas. Palco da festa era a Avenida dos Estudantes
1 - Minguinho2 - Cebola3 - Alex4 - Alexandre5 - Lucimara Berti6 - Liz Helena7 - Ricardo8 - Decão9 - Gleiton
10 - Renato Bonanza11 - Lili12 - Junior Boy13 - Caio14 - Paçoca15 - Marcio Cabeludo16 - Ricardo Zovaro17 - Carioca18 - Bi
19 - Ditinho20 - Dú21 - Bita22 - Cezar23 - Luciano24 - Deco25 - Paulinho Brasil26 - Duzinho
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Cidadãos interessados em tornar a cidade independente se encontravam e realizavam visitas na Assembleia Legislativa de São Paulo
Busca por emancipação reuniu grupospolítica
A busca incessante pela emancipação de Caiei-ras agrupava os mem-
bros da comissão, moradores e interessados em tornar a ci-dade independente. Visitas à Assembleia Legislativa eram constantes e as reuniões entre os componentes eram comuns para que o resultado das ta-refas a serem desenvolvidas
fosse incontestável.Em uma dessas visitas, al-
guns membros da Comissão Pró-Elevação estiveram pre-sentes e depois, em reunião, as decisões e próximos passos ficaram definidos. Dentre eles: Benedito Antonio de Moraes, José Berti, Licínio Jarussi, João Araújo, Jorge Pereira de Araújo, Evelino Aguiar Aze-
vedo, Gino Dártora, Sebastião de Paula, o deputado estadu-al Chiquinho Franco, Ortésio Crema, Ivo Manoel, Victório Schirmanoff, Geraldo Cunha, Assis Crema, Salvador Villa Franca, João Batista Spera, o maestro Assis Fernandes, Alí-pio Martinho, Olindo Dártora, Gentil de Oliveira e Pedro de Godoy.
fotos: arquivo pessoal
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1940, um ano de muita festividadefestejo
Muitos eventos foram organizados com a participação da comunidade que entrava no clima e promovia muita alegria e descontração
O ano de 1940 foi mar-cado por muitas festas realizadas dentro da
Companhia Melhoramentos. Carnaval, desfiles, festa junina e julina, celebrações de datas importantes e comemorações envolvendo a companhia fo-ram alguns dos eventos orga-
nizados pelos próprios traba-lhadores.
A comunidade comparecia em massa e entrava no clima da festa seja ela qual fosse. As-sim, a folia durava dias e en-trava madrugada adentro com muita música, comida, paque-ra e, claro, muito respeito.
fotos: arquivo pessoal
eventos e festas que reuniam moradores e amigos dos quatro cantos dos bairros caieirenses eram símbolo de alegria e motivo de viver a cultura de uma época maravilhosa, inesquecível e que não volta mais
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Boas lembranças em terras caieirenses remetem a momentos gloriosos. Se vestir de forma elegante fazia parte do cotidiano das pessoas
Trajes finos eram comuns na épocaestilo
Embora os recursos não fossem os mes-mos encontrados nos
dias de hoje, quem ocupava cargos no alto escalão da Companhia Melhoramen-tos andava sempre na esti-ca. O traje fino era utiliza-do por homens e mulheres.
Não importava o momen-to, os rapazes estavam quase sempre vestidos de um belo terno acompanhado de cami-sa social, gravata e sapatos brilhosos. Já as mulheres, adotavam vestidos glamo-rosos ou saias compridas acompanhadas de camisa de seda e calçando salto alto.
Assim, vários registros fotográficos foram feitos em ocasiões diferentes daqueles que fizeram parte das histó-rias da companhia e da “Ci-dade dos Pinheirais”.
fotos: arquivo pessoal
tanto homens, como mulheres faziam questão de andar sempre na estica. ternos, casacos, vestidos longos e roupas sociais somados a belos penteados das mulheres faziam parte da rotina dos diretores da Melhoramentos
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Corporações começaram a surgir na década de 1920 e ganharam espaço. Maestros e músicos deixaram suas marcas na história da cidade
Caieiras teve vários grupos e bandasmúsica
Os registros apontam que, em 1920, as pri-meiras bandas e gru-
pos musicais foram formados por moradores com o apoio do alto escalão da Companhia Melhoramentos. De lá para cá algumas se aperfeiçoaram e fizeram a diferença no cená-rio caieirense.
Com maestros que dei-xaram suas marcas e músi-cos que registraram época, a cidade de Caieiras, musical por excelência, possuía uma diversidade de timbres notá-veis formados por pessoas e contingentes preciosos pontu-ando o lado cultural que aca-bou por se tornar patrimônio histórico do município.
Admiradores e fãs do jazz se deleitavam com as apresentações nos anos 1920
Habilidade, dedicação, constantes ensaios e a com-binação dos sons faziam a harmonia perfeita entre os músicos Edgar Gallo, Fran-cisco de Assis Fernandes, Sérgio Valbusa, Armando Pastro, João de Abreu, Re-nato Massinelli, Raul Mas-sinelli e Egídio Zanon.
fotos: arquivo
Apresentação em arquibancada do campo do CRM nos anos 1960
os integrantes eram: maestro sérgio valbusa; José Branco Zuglian; Danilo valbusa; armando
Pastro; Henrique visekas; Benedito Manuel; padre Joaquim; Luiz Coghetto e Luiz Pereira.Com a inscrição tímida e
manuscrita identificando a banda, os componentes da “Corporação Musical fábrica de Papel” exibiram com orgulho, em 4 de dezembro de 1921, seus uniformes e instrumentos. Por sua vez, uma unificação entre todos os membros rendeu muita animação nos eventos e a fama de melhor banda de todos os tempos.
Na década de 1940, inspirado na formação do maestro assis fernandes, a Marinha,
o grupo trajava uniforme branco. Entre os integrantes, além do maestro estavam: José Massinelli; José de Barros; sérgio valbusa; Luiz Constantini; Luiz Milano;
antonio e armando Pastro; João Marques; José Camargo; Luiz Nani; Luiz Gabrielli;
Danilo valbusa; Barbosa; acácio Cruz; Luiz Coghetto; Primo Gondari; Jorge Camargo;
Cesar Constantini e Pedro ulman.
Integrantes da corporação musical da Companhia Melhoramentos, na década de 1930, sob a regência
do maestro Francisco de Assis Fernandes. Entre os componentes estavam: Florindo Gabriel; João
Marques; Primo Gondare; Luiz Milano; Nelson de Assis Fernandes; Cássio Cruz; Luiz Coghetto; Nelson Barbosa; Luiz Constantino; Antonio Alves
Pereira; Danilo Valbusa; José Monteiro; Pedro Ulman; Hernani Cavalete; Antonio Hernani; Luiz
Gabrielli; Armando Pastro; Júlio Valbusa; Antonio Gabriel; Amadeu de Lima; José Silveira; Arthur
Monteiro, Oswaldo Pires, Jorge Camargo e outros
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Localidade foi habitada por muitos caieirenses. Povoado era formado por trabalhadores da ‘ fábrica de papel’. Amizade e união eram presentes
Vila Leão, o mais populoso dos bairroshabitação
Com o avanço e cresci-mento dos negócios, as famílias que se forma-
vam iam se alojando e os bairros se formando. Os anos se passa-ram e a modernização, reestru-turação, progresso e urbaniza-
ção foram determinantes para a extinção desses povoados.
Talvez um dos mais popu-losos e famosos, a Vila Leão foi habitada por dezenas de famílias. Dentre elas, moraram no bairro Albino, Molinari,
Bertolo, Meneghini, Bertalha, Baboim, Botini, Cardoso, Ros-solem, Lopes, Barichelo, Ma-zivieiro, Fava, Mandri, Pastro, Araújo, Marques, Estranche, Spera, Xavier, Zacarieto, Zo-mignian e Geraldino.
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a mais famosa das vilas dentro dos terrenos da Melhoramentos, a Vila leão, foi habitada por famílias tradicionais de Caieiras. em meio a uma área verde e muito tranquila, residências simples formavam uma comunidade familiar
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Atividades esportivas, culturais, missas, apresentações musicais e teatrais, entre outras ações eram realizadas para comemorar a dataFestas celebravam o Dia do Trabalho
tradição
Durante o mês de maio várias comemorações eram organizadas pelos
moradores do bairro da Fábri-ca para celebrar o Dia do Tra-balho. Atividades esportivas,
missas, apresentações musicais e teatrais, entre outras ações eram realizadas. Com a ajuda de todos da comunidade, as festas reuniam os trabalhadores da Companhia Melhoramentos
e os moradores dos bairros existentes. Nos eventos, nor-malmente eram servidos bebi-das e churrasco aos presentes e participantes das atividades em clima de alegria.
arquivo pessoal
adelina Crivelaro, sr. Werques, ilse Del porto e lourides participavam da organização das festividades
atividades esportivas faziam parte das comemorações realizadas entre os trabalhadores da Melhoramentos
documentação
Carteirinha permitia brincar eutilizar a piscina do ‘Estádio’
Muito comuns em épocas passadas, as extintas ‘car-teirinhas’ faziam sucesso e eram adotadas em vários segmentos.
Em Caieiras, os jovens
que pretendiam utilizar a pis-cina pública do CEM, Centro Esportivo Municipal, para re-creação e natação tinham de fazer o documento. A cartei-rinha era expedida após uma
pequena entrevista e a reali-zação de exames médicos.
Há quem ainda guarde a cédula que era sinal de res-peito às regras de utilização do espaço esportivo.
retirada da carteirinha era concorrida e dava o direito de participar de recreação em piscina pública
Finais de semana de verão eram marcados pelos encontros de amigos na piscina do Centro esportivo
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Revista “O Cruzeiro” publicou manifestação contra o aumento no preço das passagens em 1959. Malha ferroviária ficou bloqueada
População ocupou trilhos por 7 horasprotesto
produção
Plantação de pinheiro,o xodó da Companhia
Matéria-prima para a fa-bricação do papel, o pinhei-ro, que acabou originando o título de “Cidade dos Pi-nheirais” à Caieiras, sempre foi tratado com uma aten-ção especial por parte da Companhia Melhoramentos
em suas áreas de plantações pelo município.
Ainda proprietária de grande parte de terras na cidade de Caieiras, a em-presa trata do plantio, substituído por eucaliptos, com muita dedicação.
pioneiro
Nos 57 anos de fundação, Caieiras recebe seu primeiro prédio residencial
A cidade de Caieiras com-pleta 57 anos de emancipação em 2015 e ganhou o seu pri-meiro prédio residencial. O empreendimento construído e entregue em agosto desse ano pela Weag Construtora, com sede no município, é uma re-alização pessoal dos proprie-tários da empresa que entram para a história da “Cidade dos Pinheirais”.
Waill Esteves de Olivei-ra Junior, 47 anos, e Ailton Aparecido Gomes, 55 anos, sócios da Weag, são os res-ponsáveis pela construção dos apartamentos com o que tem de melhor no mercado da construção civil, desde a es-
trutura até o acabamento.Bastante conhecido na ci-
dade, Waill falou da satisfação em lançar um empreendimen-to como esse em Caieiras que, para ele, representou a satisfa-ção absoluta em ser o pionei-ro, quando a Weag contempla mais de 20 anos de atividades. “O objetivo foi cumprido e o prédio entregue no prazo. O povo de Caieiras merecia um empreendimento como o que entregamos”, falou.
Já Ailton, destacou a qua-lidade empregada nos apar-tamentos. “São unidades de primeira linha. Tudo foi mi-nuciosamente planejado e estruturado com os mais rigo-
rosos padrões de qualidade”, disse.
O edifício localizado na região central da cidade con-ta com 44 unidades. O Resi-dencial Essence teve as obras lançadas em janeiro de 2012 e foi entregue, totalmente fina-
lizado, 30 meses depois.Para Waill e Ailton, o su-
cesso é o resultado do trabalho incansável para cumprir o que fora prometido: “Fazemos o que gostamos e gostamos do que fazemos. Por isso deu tão certo”, finalizou a dupla.
Em 1959, a revista “O Cruzeiro” publicou uma reportagem sobre
a luta dos direitos da popula-ção de Caieiras.
Após colocarem em ope-ração novos trens de subúr-
bios, como se chamavam, o Governo decretou o aumento no preço das passagens. Re-voltada, a população foi para os trilhos protestar contra o reajuste, até a chegada de for-te contingente da força públi-
ca que existia na época. Embora a população fosse
pequena, se levado em consi-deração o ano do ocorrido, os cidadãos conseguiram a proe-za de paralisar por sete horas toda a malha ferroviária.
fotos: arquivo pessoal
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