Global BurdenofDisease GBD Brasil-2017 · •Ambientais e ocupacionais: água, saneamento e lavagem...
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Como está a população em relação aos fatores de risco para incapacidade e morte prematura?
Universidade Federal de São João Del-ReiAna Paula Souto Melo
Global Burden of DiseaseGBD Brasil-2017
Sumário
• Contextualizando o estudo da Carga Global de Doenças (GBD)• Métricas do GBD: DALY• Principais causas de DALY no mundo e no Brasil• Principais fatores de risco globais e nacionais• Conclusão
Três questões essenciais para entender o estado atual da saúde da população :
1. Quais são os principais problemas de saúde do mundo?
2. Quais doenças, lesões e fatores de risco causam mais precocemente a morte e incapacidade em um determinado país?
3. Como o desempenho em saúde difere entre os países?
Global Burden of Disease – GBD (Carga Global de Doenças):
• Um esforço sistemático e científico para quantificar a magnitudecomparativa da perda de saúde de todas as principais doenças, lesõese fatores de risco por idade, sexo, localidades geográficas ao longo dotempo.
• Abrange 195 países e territórios desde 1990 até o presente.Avaliações sub-nacionais para 16 países, incluindo Brasil, China, EUAentre outros.
• Avalia : 359 doenças e lesões, 3.228 sequelas, 84 fatores de risco.
Global Burden of Disease – GBD (Carga Global de Doenças)
• Séries temporais de 1990 a 2017, atualizadas anualmente.
• Fontes múl;plas de todos os países, oriundos de esta=s;cas vitais, censos, bases administra;vas, publicações cien=ficas , inquéritos, registros de câncer, registros policiais (causas externas), dados ambientais, entre outros.
• Ins;tute of Health Metrics and Evalua;on (IHME , Washington University) - financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates.
• Resultados publicados em grandes revistas médicas e visualizações de dados on-line:
• hZps://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
Data visualiza+ons: h0ps://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
A Rede Colaborativa do GBD:
Colaboradores: 3.647Países: 142
Uma rede internacional de especialistas em saúde da população de várias origens que contribuem para o estudo do GBD, compar=lhando dados, cri=cando resultados, examinando modelos, publicando es=ma=vas e muito mais.
GBD Technical Workshop, Greece, 2019
Métricas gerais do estudo GBD 1. Óbitos (359 doenças e lesões), 2. Taxas de mortalidade, ajustadas, padronizadas 3. YLLs (anos de vida perdidos por morte prematura) 4. YLDs (anos de vida perdidos por incapacidade) 5. DALYs (YLL + YLD) - Anos de vida perdidos ajustados por
incapacidade (Disability adjusted life year) 6. Prevalência7. Incidência8. Fatores de risco (84 Fatores de Risco)9. Expectativa de vida10. Expectativa de vida saudável
DALY – ANOS PERDIDOS POR MORTE OU INCAPACIDADE
GBD Technical Workshop, Greece, 2019
Questões essenciais para entender o estado atual da saúde da população e como melhorá-la
1. Quais são os principais problemas de saúde do mundo?
2. Quais doenças, lesões e fatores de risco causam mais precocemente a morte e incapacidade no Brasil?
Principais causas de DALY no mundo: 1990 e 2017
http://ihmeuw.org/4se1* Nível 2 de desagregação dos DALYs
*
Transição epidemiológica no Brasil
50,68% DALYS
Doenças não
transmissíveis
71,0% DALYS
Doenças não
transmissíveis
35,65% DALYS
Doenças transmissíveis,
maternas, neonatais e
nutricionais
13,66% DALYS
Causas externas
13,9% DALYS
Doenças transmissíveis,
maternas, neonatais e
nutricionais
15,1% DALYS
Causas externas
2017
1990
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL- DALYS - 1990 - 2017
https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
Principais causas de DALY no Brasil : 1990 e 2017
h"p://ihmeuw.org/4se1* Nível 2 de desagregação dos DALYs
*
Como está a população em relação aos fatores de risco para incapacidade e morte prematura?
O que é um fator de risco?
• Qualquer exposição que leve a uma perda de saúde na população.• Pode estar em qualquer lugar na cadeia causal• Riscos fisiopatológicos, como hipertensão arterial• Riscos proximais associados a comportamentos específicos, como
baixa atividade física ou tabagismo• Frequentemente estes estão interligados e a correta especificação e
quantificação de vias causais é complexa.
GBD Technical Workshop, Greece, 2019
A carga da doença atribuível aos fatores de risco-GBD 2017
• 84 fatores de risco de 1990 a 2017 em 195 países e territórios.• U:lizou-se 46 749 fontes de dados que incluíram ensaios clínicos randomizados, estudos
de coorte, pesquisas domiciliares, dados de censos, dados de satélite e outras fontes.
• O GBD divide os fatores de risco em:• Metabólicos ou Fisiológicos: Elevação da glicemia em jejum, pressão sistólica alta, alto
índice de Massa corporal (IMC), colesterol elevado, baixa taxa de filtração glomerular, entre outros.
• Ambientais e ocupacionais: água, saneamento e lavagem de mãos inseguros, poluição do ar e riscos ocupacionais, entre outros.
• Comportamentais: Exposição a tabaco, álcool e drogas, dietas inadequadas, sexo inseguro, desnutrição infan:l e materna, entre outros.
GBD Technical Workshop, Greece, 2019
GBD Technical Workshop, Greece, 2019
Ranking Global dos Fatores de Risco: 1990 - 2017
h"p://ihmeuw.org/4se1* Nível 3 de desagregação dos fatores de risco
*
GBD 2017:
• Globalmente, 61, 0% das mortes e 48, 3% dos DALYs foram atribuídos aos fatores de risco no estudo GBD 2017.
• O aumento da pressão arterial sistólica (PAS) foi o principal fator de risco, responsável por 10,4 milhões mortes e 218 milhões DALYsglobalmente.
• 2ª Causa: Tabagismo :7 ,10 milhões mortes e 182 milhões DALYs.
Ranking Brasileiro dos Fatores de Risco: 1990 - 2017
Ranking Brasileiro dos Fatores de Risco: 1990 - 2017
* Nível 3 de desagregação dos fatores de risco
*
h6p://ihmeuw.org/4se1
* Nível 3 de desagregação dos fatores de risco
*
*
O exemplo do Fator de risco: Índice de Massa corporal (IMC)
Global Deaths related to High Body-mass Index 1990
2.2 million deaths2015
4.0 million deaths
Cardiovascular Disease Chronic Kidney DiseaseCancers Diabetes Mellitus
Num
ber D
eath
s (m
illio
n)
Body-mass Index Body-mass Index
GBD Technical Workshop, Greece, 2019
Global Deaths related to High Body-mass Index 1990
2.2 million deaths2015
4.0 million deaths
Cardiovascular Disease Chronic Kidney DiseaseCancers Diabetes Mellitus
Num
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Body-mass Index Body-mass Index
69%Cardiovascular
Disease
GBD Technical Workshop, Greece, 2019
Índice de Massa Corporal (IMC) no Brasil 1990-2017 por Unidades Federa<vas (UFs)
h"ps://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
h"ps://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
Índice de Massa Corporal (IMC) no Brasil 1990-2017 por Unidades Federa<vas (UFs)
https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
Índice de Massa Corporal (IMC) no Brasil 1990-2017 por Unidades Federativas (UFs)
GBD e os Fatores de Riscos
• O GBD estima a proporção da carga de doença que poderia seratribuida aos Fatores de Riscos de forma isoloda ou associada;
A carga da doença atribuível aos fatores de risco no Brasil - GBD 2017
* Nível 3 de desagregação dos fatores de risco
*
https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
A carga da doença atribuível aos fatores de risco entre as mulheres brasileiras-GBD 2017
* Nível 3 de desagregação dos fatores de risco
*
h6ps://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
A carga da doença atribuível aos fatores de risco entre os homens brasileiros-GBD 2017
* Nível 3 de desagregação dos fatores de risco
*
https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
• Desde 1990, entre os 64 riscos individuais, os níveis de exposição aumentaram significativamente para 20 riscos, não mudaram significativamente para 14 riscos e diminuíram significativamente para 31 riscos.
• Os riscos com os maiores aumentos nas exposições globalmente incluem elevação da glicemia em jejum, alto índice de massa corporal (IMC), poluição ambiental;
As mudanças nas exposições aos fatores de risco ao longo dos anos
Diferença de exposição aos riscos entre homens e mulheres:• Os principais riscos são diferentes para homens e mulheres. • Para os homens, os principais riscos globais em 2017 foram (em
ordem decrescente) tabagismo, PAS elevada, elevação da glicemia em jejum;• os principais riscos para as mulheres foram PAS elevada, elevação da
glicemia em jejum, IMC elevado.
• Três dos cinco principais riscos para os homens eram riscos comportamentais, enquanto três dos cinco principais riscos para as mulheres eram riscos metabólicos.
• Dificuldades no enfrentamento desses problemas de saúde:
• Colesterol e PAS alta estão entre os principais fatores de risco para a cargaatribuída em 2017.
• Ambos são comumente aumentados mesmo em ambientes de poucosrecursos, e também são aumentados pela obesidade.
• Embora sejam facilmente reduzidos ou tratados com medicamentosbaratos e com boa relação custo-beneDcio, esses tratamentos permaneceminacessíveis para amplos segmentos da população mundial.
Desenvolvimento socioeconômico e níveis de exposição
• O desenvolvimento socioeconômico foi fortemente associado aos níveis de exposição para muitos riscos.
• O número de alguns riscos ambientais e comportamentais, incluindo água não potável, saneamento e lavagem das mãos inseguros, desnutrição infantil, diminui rapidamente com o aumento do desenvolvimento.
• Outros riscos tendem a aumentar com o desenvolvimento, incluindo alto IMC, PAS elevada, consumo de carne vermelha, colesterol alto e uso de drogas e álcool.
Conclusão: • Quantificar os níveis e as tendências das exposições a fatores de
risco e a carga de doenças resultante oferece uma visão onde osesforços anteriores de políticas e programas poderiam ter sido bem-sucedidos e destaca as prioridades atuais para ações de saúdepública.
• A combinação do aumento dos riscos metabólicos e doenvelhecimento da população provavelmente continuará aimpulsionar as tendências crescentes das doenças não transmissíveisem nível global, o que representa um desafio e uma oportunidadepara a saúde pública.
Conclusão
• Dados do nível global para o nível nacional revela umaheterogeneidade considerável nos níveis de exposição ao risco e cargaatribuível ao risco.
• O Brasil melhorou a saúde da população nos úl=mos 26 anos, apesardo envelhecimento da população.
• O desafio remanescente será abordar a carga crescente de DNTs e asdesigualdades regionais de saúde.
Conclusão:
• O estudo do GBD Brasil 2016 mostra que, em geral, os resultados desaúde são melhores no sul e no sudeste em comparação com o nortee o nordeste.
• Diante disso,• É necessário pensar como esses dados podem ajudar a idenBficar osdesafios, sucessos e lacunas de pesquisa que os profissionais egestores podem usar para melhorar a saúde de todos os brasileiros epreservar os ganhos em face da pobreza crescente na atual recessão;
• Ins$tute for Health Metrics and Evalua$on (IHME)
• h"p://www.healthdata.org/results/data-visualiza6ons
• E-mail de contatos:• [email protected]• [email protected]