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MARKETINGESCOLA PROFISSIONAL BENTO DE JESUS CARAADELEGAO DE LISBOA

GLOBALIZAOCATARINA S | LUS SOARES | MIGUEL DIAS | RITA QUEIROZ | VASCO ANTUNES

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ndiceINTRODUO .................................................................................................................... 3 HISTRIA ........................................................................................................................... 4 DESCOBRIMENTOS ........................................................................................................ 4 INTRODUO ................................................................................................................ 4 ANTECEDENTES ......................................................................................................... 5 Leitura em Marketing ................................................................................................ 5 MOTIVAES ................................................................................................................ 8 CEUTA ........................................................................................................................ 8 PRIMEIRAS CONQUISTAS NO ATLNTICO .................................................................... 9 MADEIRA ................................................................................................................... 9 AORES .................................................................................................................... 10 CABO BOJADOR ....................................................................................................... 11 EM CONCLUSO .......................................................................................................... 13 EVOLUO DO CONCEITO AT AOS DIAS DE HOJE ........................................................ 20 As conquistas de Alexandre o Grande ........................................................................ 20 A queda do Muro de Berlim........................................................................................ 21 A Americanizao do mundo moderno ...................................................................... 22 ALDEIA GLOBAL, Herbert McLuhan ................................................................................ 24 CAUSAS E EFEITOS DA GLOBALIZAO .......................................................................... 26 A globalizao uma fatalidade ................................................................................. 26 Avaliao ..................................................................................................................... 28 Vantagens ................................................................................................................... 28 Desvantagens .............................................................................................................. 29 A alternativa ................................................................................................................ 29 Os dados pessoais ....................................................................................................... 33 A localizao da informao pelo internauta ............................................................. 34 Concluindo .................................................................................................................. 34 COMPORTAMENTO DAS EMPRESAS .............................................................................. 35 A oportunidade de mercado ....................................................................................... 35 O aumento da competitividade .................................................................................. 36 A desregulamentao dos mercados.......................................................................... 37CONCLUSO ............................................................................................................................................... 37

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MARKETING

GLOBALIZAO

INTRODUONo mbito da disciplina de Marketing, foi-nos proposto que realizssemos um trabalho sobre a Globalizao. Para tal, faremos uma abordagem histrica sobre poca dos Descobrimentos e sua respectiva evoluo at aos dias de hoje, e como tal, servirnos- de sua ponte e paralelismo. Seguidamente daremos o conceito de Aldeia Global, concebido por Arbert McLuhan, e ainda iremos expor um exemplo dum caso portugus, nos tempos actuais, para nos saibamos situar no mundo da Globalizao. Por fim, e como remate final, ser debatido o comportamento das empresas perante este panorama complexo de ligaes, inovaes e competies a nvel mundial.

David Held e Antony McGrew:

o conjunto de transformaes na ordem poltica e econmica mundial que vem acontecendo nas ltimas dcadas. O ponto de mudanas a integrao dos mercados numa aldeia-global, explorada pelas grandes corporaes internacionais. Os Estados abandonam gradativamente as barreiras tarifrias para proteger sua produo da concorrncia dos produtos estrangeiros e abrem-se ao comrcio e ao capital internacional. Esse processo tem sido acompanhado de uma intensa revoluo nas tecnologias de informao telefones, computadores e televiso. As fontes de informao tambm se uniformizam devido ao alcance mundial e crescente popularizao dos canais de televiso por assinatura e da lnternet. Isso faz com que os desdobramentos da globalizao ultrapassem os limites da economia e comecem a provocar uma certa homogeneizao cultural entre os pases.

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HISTRIA

DESCOBRIMENTOS CONCEITO DE GLOBALIZAO NOS SCULOS XV E XVI

INTRODUO

Como sabemos os Descobrimentos foram uma srie de viagens e exploraes martimas feitas pelos portugueses entre o sculo XV (1415) e XVI (1543).

Foi na batalha de Ceuta, embora com antecedentes do reinado de D. Dinis (1279) e nas expedies s Ilhas Canrias do tempo de D. Afonso IV, que se deu inicio aos Descobrimentos Portugueses, a mando de D. Joo I (1415) e com a grande promoo do Infante D. Henrique.

Antes desta poca gloriosa de Portugal, na Europa atravessava-se uma grave crise econmica e no nosso pas procuravam-se alternativas s rotas do comrcio do Mediterrneo. Abraado a uma situao geogrfica favorecedora, a sudoeste da Europa e com a faixa litoral voltada para o Atlntico, o caminho tomou ento o sonho de uma nova vida, navegando para uma expanso martima e para o delineamento dum novo mapa-mundo.

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ANTECEDENTES

Em 1293 D. Dinis interessou-se pelo comrcio externo, organizando a

exportao para pases europeus, mandando instituir um fundo de seguro martimo que pagava determinadas quantias em funo da tonelagem, que revertiam em seu benefcio se necessrio. Por esta altura Portugal exportava vinho e frutos secos do Algarve para Flandres e Inglaterra e importava armaduras e munies, roupas finas e diversos produtos fabricados no Flandres e da Itlia.

Leitura em MarketingFoi detectada uma oportunidade no comrcio externo, que fez com que D. Dinis se interessasse por ele. Para isso, implantou o de seguro martimo que foi usado como uma garantia, dando ento mais conforto a quem realizava trocas comerciais por via martima. Foi ento que comearam a exportar para Flandres e Inglaterra o melhor de Portugal, como o vinho e os frutos secos. Por fim, por uma questo de necessidade mas tambm para manter uma relao comercial de troca mtua, comemos a importar armaduras, munies, entre outros produtos de Itlia (Flandres) e assim dar inicio a uma aliana bastante importante anos mais tarde.

Em 1317 D. Dinis fez um acordo com o navegador e mercador genovs Manuel

Pessanha, nomeando-o primeiro almirante da frota real com privilgios comerciais com seu pas, em troca de vinte navios e suas tripulaes, com o objectivo de defender as costas do pas contra ataques de pirataria (muulmana). Pouco depois, tiveram problemas com os mercadores de Gnova que tinham decidido voltarem-se para o mercado africano (trigo, azeite e ouro), mas acabaram por se ver obrigados a reduzir as suas actividades no Mar Negro, movendo-se para os portos de Bruges (Flandres) e Inglaterra. No seguimento desta mudana, genoveses e florentinos fixaram-se em Portugal, o que nos fez lucrar com a experincia destes rivais da Repblica de Veneza.

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Leitura em MarketingPrecisvamos de navios para nos defender e fizemos uma aliana com um mercador que estava disposto a d-los, tudo isto em prol de algo que tambm podamos oferecer, tais como privilgios comerciais. Estvamos ento protegidos e aliados ao inimigo do inimigo, fazendo-nos alargar conhecimentos sobre os mercados concorrentes e assim, podermos comear a delinear um plano estratgico.

Na segunda metade do sculo XIV a peste bubnica arrasou Portugal, levando-

o a um grande despovoamento, o que claramente veio abater a economia, visto que esta tinha a agravante de ser extremamente localizada, em poucas cidades, e quem vivia nas aldeias acabou por as abandonar, fazendo com que a agricultura estacasse, e portanto, um consequente desemprego nestas povoaes;

Assim sendo, nesta poca, o mar era o que mais alternativas oferecia, e a maioria da populao fixava-se nas zonas costeiras de pesca e comrcio e, desta forma, D. Afonso IV de Portugal viu uma oportunidade em alargar horizontes. Para o concretizar concedeu um financiamento pblico para pr avante uma frota comercial, dando ento incio s primeiras exploraes martimas.

Em 1341, j conhecidas dos genoveses, fez-se a primeira descoberta sob o patrocnio do rei Portugus, as ilhas Canrias.

Leitura em MarketingPerante uma ameaa, a peste bubnica e o consequente despovoamento das aldeias em funo duma vida melhor no litoral e a estagnao da agricultura, D. Afonso IV viu uma oportunidade, aproveitando-se da situao pouco desejvel, para torn-la favorvel a si mesmo, apostando agora no litoral com mais pessoas para partir para o mar em busca de novas oportunidades, acabando por fazer a primeira descoberta sob o patrocnio de Portugal, as Ilhas das Canrias. 6 EPBJC 2010

Em 1353 foi assinado um tratado comercial com a Inglaterra para que

pescadores portugueses pudessem pesca nas costas inglesas o que abriu um caminho para um outro tratado mais tarde, o Tratado de Winsdor (1373). Este ltimo tratado foi muito importante para Portugal, pois os Ingleses aliaram-se, lutando na Batalha de Aljubarrota contra o Reino de Castela. Desta forma, os castelhanos ficaram anos sem invadir Portugal, o que ajudou a pr fim crise que se abatia no nosso pas.

Leitura em MarketingPortugal j tinha vindo a estabelecer relaes fortes com Inglaterra, que agora transformaram-se numa parceria oficial, e que neste caso foi-nos muito relevante, pois no s a aliana diplomtica em vigor mais velha do mundo, como tambm na altura permitiu-nos derrotar o Reino de Castela e livrarmo-nos da dependncia.

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MOTIVAES

CEUTA

Primeiramente acreditava-se que a principal motivao para as conquistas em Marrocos tinham origem religiosa, segundo D. Joo I Eu no o teria por vitria, nem o faria em boa verdade, ainda que soubesse cobrar todo o mundo por meu, se no sentisse que em alguma maneira era servio de Deus, e sendo esta tambm uma oportunidade de converter os mouros f crist. Portanto poderamos por aqui em causa toda a mquina religiosa que est por detrs deste gigante feito.

No entanto apresentavam-se importantes rotas comerciais a partir de Ceuta. Apresentava uma boa posio estratgica, quase como uma base naval que podia servir de apoio navegao entre a pennsula itlica e Portugal, permitindo ao mesmo tempo reprimir ou tolher a pirataria dos mouros nas costas do Atlntico, e rica em cereais, especiarias vindas do Oriente e ainda chegavam pedras preciosas e ouro do interior de frica. Estvamos portanto, perante uma importante oportunidade de comrcio e agora vista uma Porta do comrcio do poente para levante, levando-nos a pensar que facilmente faramos bons negcios, dada a diversidade e luxria de mercadorias que estvamos perante. Ainda para mais, muitos dos nobres partilhavam da ideia de que se conquistassem a cidade, viriam a ser recompensados pelo Rei. No entanto, estvamos perante uma forte concorrncia, e os muulmanos, por sua vez nossos inimigos, dominavam o Estreito e tinham bastante poder em granada, e como 8 EPBJC 2010

tal, D. Joo I apesar de saber os interesses que levavam o seu povo para o Norte de frica, e das capacidades do seu filho Infante D. Henrique, estava reticente e receoso no avano para essa conquista. Tudo se manteve em segredo, at 3 anos mais tarde quando finalmente se decidiu partir da foz do Rio Tejo para Ceuta. Chegados a Ceuta, os mouros viram-se desprevenidos e foram atacados pelo exercido portugus, e aparentemente, samos vitoriosos. No entanto, as expectativas dos portugueses em relao a Ceuta no se confirmaram porque por um lado, as rotas comerciais que chegavam, supostamente a Ceuta, foram desviadas pelos Muulmanos para outras cidades, e por outro, tnhamos os custos da guerra constante que impedia o cultivo dos campos e a produo de cereais. Mais tarde, em 1453 com a tomada de Constantinopla pelos Otomanos, as trocas comerciais no Mediterrneo ficaram bastante reduzidas, e Portugal viu vantagens numa rota comercial alternativa, fazendo a ligao directa entre as regies produtoras de especiarias com os seus mercados da Europa. Ou seja, apesar do fracasso, este foi o primeiro grande incentivo para se dar incio expanso de Portugal.

PRIMEIRAS CONQUISTAS NO ATLNTICO

MADEIRAEm 1418, ainda no reinado de D. Joo I, os portugueses continuavam a no conseguir controlar Ceuta, e a comando do Infante D. Henrique, sob a pretenso de proteger Portugal, dois escudeiros, Joo Gonalves Zarco e Tristo Vaz Teixeira, foram mandados procura e conquista de novas terras. Foi ento que se deu o redescobrimento da ilha de Porto Santo segundo a cartografia da poca, tratavam-se de ilhas desabitadas que, pelo seu clima, ofereciam possibilidades de povoamento aos

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Portugueses e reuniam condies para a explorao agrcola e mais tarde a ilha da Madeira. As expectativas apresentadas nas cartografias foram confirmadas, de tal modo que 1 ano depois os portugueses voltaram ilha de lenhame (em italiano, madeira), e deparados com tantas rvores, decidiram dar o nome de Ilha da Madeira. Foi de difcil habitao dada a sua densidade da vegetao, acabando por queimarem parte da ilha, no entanto restabeleceram-se rpido e o cultivo dos cereais trazidos de Portugal deram-se to bem que na poca ficou conhecida como o Celeiro de Portugal. Em 1450 o Funchal j tinha cerca de 150 moradores e 10 anos mais tarde cerca de 800. A administrao da ilha e a explorao agrcola e industrial foram uma ponte de progresso e experincia para os portugueses, o que acabou por ser um incentivo para a conquista de outros pontos no mapa Mundo.

AORESA descoberta desta ilha foi um mero acaso, Diego de Silves estava de regresso a Lisboa mas os ventos aparentavam estar bastante fortes, onde acabaram por se desviar da rota. ento que foram feitos os primeiros contactos com o Arquiplago dos Aores. Ainda nesse ano descoberto o grupo oriental dos Aores, (So Miguel e Santa Maria), seguidamente do descobrimento do grupo central (Terceira, Graciosa, So Jorge, Pico e Faial) e por fim, em 1452 o grupo ocidental (Flores e Corvo), descoberto por Diogo de Teive. Tal como a ilha da Madeira a foi de difcil povoamento, tambm por causa da vegetao densa. No entanto, apesar dos contratempos, parte foi queimada e serviu para a plantao de trigo, cevada e grandes pastos de gado. Alguns anos mais tarde, estas ilhas serviram de abrigo aqueles que regressavam de longas viagens, como a ndia e o Brasil e como praa de promoo dos produtos que importavam de l como o ouro e as especiarias.

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CABO BOJADORGil Eanes sonhava em alcanar o que ningum antes ainda tinha alcanado, o Cabo Bojador, aquele que tanto terror e medo inspirava, era a partida para o desconhecido e to escurecido por mitos de monstros que faziam afundar barcos. Mais uma fez, o desafio foi proposto pelo Infante D. Henrique. Um ano antes, Eanes j tinha tentado alcanar o Cabo, mas com o terror que o enfeitiava, acabou por se ficar pelas Canrias e voltar para trs. Em 1434 partiram a caminho do Cabo, com grande receio e inquietao, no entanto, a sua chegada ao Bojador foi pacfica. Era deserto, sem animais, e a nica prova de presena que conseguiram recolher daquele local, foram plantas. Embora tudo isto parea um pouco ridculo nos tempos de hoje, a descoberta de uma nova rota martima veio corromper com alguns dos medos que se passavam na poca e fazer com que, de certa forma, houvesse algum avano na mente da poca, pois a ida de Eanes para o Cabo, s veio quebrar com a ideia dos monstros e de alguns mitos primitivos que giravam em torno dos pensamentos da poca. Nesta viagem e mais tarde tambm na passagem do Cabo Bojador, foram utilizados instrumentos que para a poca eram um avano, sejam seles a bssola, ou a sondareza, que era um cabo com um chumbo preso para fazer a medio da profundidade das guas.

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COSTA OESTE DE FRICA

Passado agora o Cabo Bojador, as perspectivas abriam ainda mais janelas para a conquista da Costa africana, e a globalizao estava de vento em poupa. O problema que o vento sempre de poupa no ajudava os nossos navegadores a seguir trajectos dinmicos, e ento que, para uma viagem maior e melhor, se aumenta o tamanho e a resistncia das embarcaes, caravelas, e que a vela triangular surge de modo a facilitar a navegao, e agora passar a ser possvel bolinar. Nuno Tristo comeou a sua viagem indo at ao Rio de Ouro, pois dizia-se que por ali haveria muito desse metal precioso, e que na realidade foi obtido ouro em p que ez com que se generalizasse a convico de que essa rea da costa africana pudesse sustentar uma actividade comercial capaz de responder s necessidades Portuguesas. No entanto, j na regncia de D. Afonso V, em 1441,Tristo chegou ao Cabo Branco na ventura de saber que outras riquezas passavam por ali e em 1456, Diogo Gomes descobre Cabo Verde e segue-se o povoamento das ilhas ainda no sculo XV.

Feitas todas estas descobertas, Portugal emite ento bula Romanus Pontifex do Papa Nicolau V que reconhecia ao Reino de Portugal:

A propriedade exclusiva de todas as ilhas, terras, portos e mares conquistados nas regies que se estendem; O direito de continuar as conquistas contra muulmanos e pagos nesses territrios; O direito de comerciar com os habitantes dos territrios conquistados e por conquistar; E o direito de cobrana de impostos sobre a navegao e comrcio nesses mesmos territrios.

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Um ano mais tarde chegava a Inglaterra o nosso primeiro carregamento de acar vindo da Ilha da Madeira, e em 1460 Pro de Sintra atinge a Serra Leoa. Em 1469, as receitas do Golfo da Guin foram consideradas poucas pelo rei D. Afonso V, o que o fez conceder o monoplio do comrcio ao mercador de Lisboa Ferno Gomes com uma renda anual de 200000 ris, mas ao mesmo tempo, ficando obrigado a continuar as exploraes, pois dentro de 5 anos teria que descobrir pela costa em diante 100 lguas de modo a tornar o seu arrendamento num total de 500 lguas de descobertas. Ao longo de todas estas expedies chegaram a Elmina na Costa do Ouro em 1471 onde encontraram um florescente comrcio de ouro. Em 1473 Lopo Gonalves ultrapassou o Equador e em 1474, D. Afonso V entregou ao seu filho, o prncipe D. Joo, futuro D. Joo II, com apenas dezanove anos, a organizao das exploraes por terras africanas. Assim que lhe foi entregue a poltica de expanso ultramarina, D. Joo organizou a primeira viagem de Diogo Co onde este fez o reconhecimento de toda a costa at regio do Padro de Santo Agostinho. Em 1479 negoceia-se o Tratado das Alcovas-Toledo, onde se estabelece a paz entre Portugal e Castela e onde se procura proteger o investimento de Portugal nestas e resultante destas descobertas. Era-nos agora reconhecida a Ilha da Madeira, o Arquiplago dos Aores, Cabo Verde e a Costa da Guin. As Canrias ficaram ao abrigo de Castela para que esta se renunciasse a navegar no Sul do Cabo do Bojador. O mundo estava portanto dividido em dois hemisfrios, o Norte O tratado dividia as terras descobertas e a descobrir por um paralelo na altura das Canrias, dividindo o mundo em dois hemisfrios: o norte, para Castela e o sul, para Portugal. Em 1482 d-se a construo da Fortaleza de So Jorge da Mina em redor da indstria do ouro.

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LIGAO DO ATLNTICO COM O INDCO

Em 1487, D. Joo II envia navegantes em busca de informaes sobre a navegao e comrcio no Oceano ndico. Nesse ano, Bartolomeu Dias, a comando duma expedio com trs Caravelas, atinge o Cabo da Boa Esperana, estabelecendo ento a ligao nutica entre o Atlntico e o Oceano ndico. Com a expulso de Abrao Zacuto de Espanha por ser judeu, a sua volta para Portugal trs consigo as tbuas astronmicas que vieram incluir ainda mais avanos para a navegao. Cristvo Colombo chega agora Amrica, seguindo-se da promulgao de trs bulas papais - as Bulas Alexandrinas - que concediam ao reino de Espanha o domnio dessas terras. D. Joo II, descontente com o sucedido, recorre a uma renegociao, apenas entre os dois Estados (sem a interveno do Papa). assinado ento em 1494 o Tratado de Tordesilhas: que agora divida o Mundo em duas reas de explorao: a portuguesa e a espanhola Mare Clausum.

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CAMINHO MARTIMO PARA A NDIA

Com um mapa traado pelo Tratado de Tordesilhas (1494), Portugal deu continuidade ao seu projecto e o objectivo era alcanar a ndia. Este viu-se cumprido durante o reinado de D. Manuel I, pela frota de Vasco da Gama, em 1498, com a entrada em Calecute por apenas 3 embarcaes, agora naus. Deparava-se agora com uma terra que se revelava muito desenvolvida e com uma intensa actividade mercantil. Esta descoberta permitiu o comrcio directo das especiarias e dos produtos de luxo orientais, bem como o desenvolvimento das trocas comerciais escala mundial. N o

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Contudo, a chegada dos portugueses no foi muito bem sucedida no inicio, por desentendimentos entre Vasco da Gama e o chefe de Calecute. Por isso, nas viagens seguintes, D. Manuel resolveu enviar uma poderosa armada para impor o seu domnio nas terras do Oriente.

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CHEGADA AO BRASIL

Como se sabe, Vasco da Gama no teve uma chegada feliz ndia, e D. Manuel I estava determinado a dominar o comrcio no ndico e estabelecer relaes diplomticas e comerciais com o Samorim. ento que prepara uma enorme armada, integrada por dez naus e trs caravelas, transportando de 1.200 a 1.500 homens, e carregados de armas, encarregando Pedro Alvares Cabral dessa viagem. No entanto, algo estava traado antes da chegada a ndia. Desde o tempo de D. Joo II que se acreditava na existncia de terras para o Ocidente de Oceano Atlntico, e portanto, D. Manuel I encarregou-se de dar um novo rumo a Pedro lvares de Cabral, como se fosse um pequeno desvio na sua rota, em prol de mais uma descoberta para os Portugueses. Em 1500 partem, onde acabaram por ancorar para se abasteceram, pois como se sabe, os nossos postos em frica eram fundamentais como pontos intermdios entre viagens, mas no s tambm. Entretanto uma nau se perdeu, mas a viagem tinha que ser retomada. Quando chegaram ao Brasil, no princpio pensavam que fosse uma Ilha. Na manh seguinte deu-se o choque entre culturas. Os portugueses viram-se deparados com um povo de indgenas que por ali se banhava com colares e pinturas que nunca antes teriam sido vistos pelos portugueses. A chegada foi muito bem recebida pelos povos indgenas e foram trocadas bastantes impresses apesar das lnguas no serem as mesmas. Os portugueses mostraram um papagaio africano, que ao que parecia, tambm haveria ali, mostraram uma galinha, que os assustou, ofereceram po e peixe cozido, etc.

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ento que Cabral toma posse, em nome da Coroa portuguesa, da nova terra, a qual denominou de "Ilha de Vera Cruz" (mais tarde Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil face abundante existncia de madeira pau-brasil), e enviou uma das embarcaes menores com a notcia, retomando pouco mais tarde o rumo ndia. A histria estava feita e tinha-se ento encontrado um territrio imenso e cheio de riquezas, em especial o ouro, que mais tarde veio ajudar Portugal a tornar-se num pas desenvolvido. A armada de Pedro lvares Cabral chega a Calecute em 1501, onde ocorrem confrontos com Samorim, com o qual acaba por romper relaes. Acabando por se dirigir mais para Sul onde estabelece uma feitoria em Cochim. O rei desta cidade tinha que obedecer a Samorim, o que lhe fez ver em Portugal um ptimo parceiro para conseguir estabelecer a sua independncia. Os negcios comearam a surgir, e a pimenta era o novo produto levantado pelos Portugueses para a Europa.

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EM CONCLUSO

Os Descobrimentos constituram simultaneamente uma das causas e consequncias do Renascimento, pois as navegaes colocaram os marinheiros em presena de fenmenos e de realidades que eram erradamente referidos nos livros clssicos, ou nem sequer o eram, por puro desconhecimento, construindo-se, assim, a mentalidade crtica do Renascimento. A razo e o mtodo experimental, por consequncia, novos mtodos cientficos, evidenciavam a sua superioridade sobre a tradio e era o incio do Experimentalismo que veio a dar alguns frutos na cincia do sculo XVII. Tudo isto aliado a novas descobertas, povos, costumes e saberes, levou-nos a todo um conjunto de avanos, baseados na observao directa e na experimentao, sejam eles: Construo de embarcaes primeiros navios capazes de navegar em segurana em mar aberto no Atlntico; Aperfeioamento de instrumentos nuticos bssola, astrolbio e balestilha; E outros contributos para o desenvolvimento cientfico da humanidade botnica, medicina, astronomia, cartografia, matemtica, geografia e antropologia.

semelhana de hoje, os Descobrimentos so um pequeno sinnimo de Globalizao, que apesar de apresentar propores diferentes, dado a sua poca e situaes diferentes, foi um perodo em que foram implantadas medidas que em muito se assemelham aos tempos actuais, tais como os movimentos das pessoas que visavam o povoamento de certos locais, ou apenas pela simples necessidade de criar negcios e explorar novas oportunidades e/ou formas de vida.

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Exemplo perfeito disso foram as nossas relaes com os povos africanos que apesar se serem sobretudo comerciais, a fixao de Portugueses em terras de frica e a vinda de Africanos (como escravos) para a Europa e para a Amrica levaram ao aumento de interinfluncias culturais. Estas repercutiram-se nos hbitos alimentares, na msica e em outros costumes. A aculturao dos povos Africanos pelos Europeus fez-se sentir sobretudo nos domnios da religio, na lngua e da cultura: alguns povos Africanos foram convertidos ao Cristianismo e a lngua Portuguesa ainda hoje se mantm como lngua oficial em alguns pases.

Tambm ao mesmo tempo, o marketing nessa altura, apesar de no lhe ser dado esse nome, era muito idntico, visto que as estratgias estavam todas implcitas, desde o Marketing Mix (ex.: Praa, posio estratgica de Ceuta) anlise SWOT (ex.: Ceuta rica em cereais, especiarias, pedras preciosas e ouro = oportunidade).

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EVOLUO DO CONCEITO AT AOS DIAS DE HOJE

Alguns historiadores defendem que a globalizao se iniciou com a decoberta do caminho maritimo para a ndia outros afirmam que comeou com as conquistas do Imprio romano. Esta , consequentemente, uma discuo aonde ainda no se chegou a um concenso. O que sabemos de facto que o conceito comeou a ser divulgado nos anos 80s e hoje utilizado para descrever todas as interaces culturais, sociais, econmicas, financeiras e polticas. Passaremos agora a analisar algumas das situaes que correspondem ao conceito de globalizao.

As conquistas de Alexandre o Grande

Alexandre o Grande foi um grande general, que, segundo os relatos histricos da poca, nunca perdeu uma batalha. Nascido na Macednia, o guerreiro viria a conquistar todo o imprio

persa. As suas conquistas, entre 336 a.C. e 323 a.C., tiveram bastante influncia nas culturas e nas economias das comunidades conquistadas. Esta influncia foi to acentuada que se caracterizou como uma corrente prrpia, o helenismo. Isto devou-se ao facto de Alexandre, o Grande procurar sempre espalhar a cultura grega pelos territorios que conquistava. Helenismo ficou designado como sendo o perodo entre a morte de Alexandre, o Grande e a 20 EPBJC 2010Ilustrao 1 - Territrio conquistado por Alexandre, o Grande, a verde escuro.

anexao da pennsula grega e ilhas por Roma em 147 a.C. Roma viria a anexar a Grcia e a assumir-se como um dos maiores imprios da histria graas a muitas das cincias que Alexandre, o Grande tinha levado para esta cidade, ou seja, a sua influncia nos pases conquistados levou estes a adquirir novos conhecimenos que posteriormente serviram para se tornarem eles os conquistadores.

A queda do Muro de Berlim

O Autor Thomas L. Friedman no livro Os Lexos da Oliveira, denomina a globalizao como uma vertente da fragmentao da poltica, que teve seu auge a partir do ano de 1945, com o final da Segunda Guerra Mundial, at 1989, com a queda do muro de Berlim, o que simbolizou o insucesso do Socialismo. O Muro de Berlim (em alemo Berliner Mauer) foi uma barreira fsica, construda pela Repblica Democrtica Alem (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, alm de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a diviso do mundo em dois blocos ou partes: Repblica Federal da Alemanha (RFA), que era constitudo pelos pases capitalistas encabeados pelos Estados Unidos; e Repblica Democrtica Alem (RDA), constitudo pelos pases socialistas simpatizantes do regime sovitico. Em 1989, devido a disturbios e conflitos civs foi permitida a passagem dos habitantes de Berlim Este (Socialista) para Este (Capitalista). Esta aco conhecida como a queda do muro de Berlim caracterizou o final da Guerra Fria entre capitalismo e socialismo. A predominancia da cultura economica capitalista levou ao fim da politica econmica de Stalin. Mais do que um confronto politico ocorreu uma unificao da Europa e Estados Unidos num sistema capitalistaIlustrao 2 - Muro de Berlim

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por mtodo de exigncia popular. Todos estes acontecimentos foram directamente consequentes da segunda guerra mundial e da existencia de uma politica bipolar. Conincidente com o fim das disputas entre lideres de grandes naes com sistemas economicos diferentes surgiram as novas tecnologias da informao. Estas permitiram quebrar barreiras fsicas para a comunicao como, por exemplo, a distncia. Os novos meios, coincidiram tambm com o apogeu da economia americana o que ter levado americanizao do mundo actual.

A Americanizao do mundo moderno

Se por um lado a revoluo industrial permitiu encurtar a distancia entre cidades, vilas e pases atravs de invenes como o comboio e o carro a revoluo digital veio acabar de vez com essa distncia. Em vez de acelerar a velocidade com que as pessoas se deslocavam esta veio permitir um contacto distancia at ai nunca visto. De facto, com antes da revoluo digital a comunicao distancia era feita por telefone ou telegrafo, algo pouco prtico para quem precisa de passar muita informao em pouco tempo e, o tempo tornou-se uma das principais necessidades no mundo actual. Mas continuando sem nos afastarmos do tema da americanizao, os Estados Unidos Ilustrao 3 - Macdonalds no Japo da Amrica construiram a maior

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economia do mundo. Esta economia assentava nos pilares do capitalismo, o defensor da propiedade privada. Visto que foi este sistema o que prevaleceu os Estados Unidos da Amrica estavam numa posio previligiada nos anos 70 e 80 do sculo XX. A exportao do pas e a utilizao do outsourcing extrangeiro de pases sub-desenvolvidos levou exportao da cultura americana para quase todas as partes do mundo. A juntar a isto o nascimento das ferramentas de comercializao como o marketing (tambm nos estados unidos) levou predominancia deste pais em muitos locais do mundo. Exemplos como o da cadeia de restaurante MacDonalds no faltam. Neste caso, assim como noutros, a empresa exportou a sua imagem e os seus produtos e servios demonstrando ao consumidor moderno como estes eram benficos, o que levou ao sucesso desta empresa no mercado mundial. Mas esta no foi a sua nica vantagem competitiva, o que possibilitou a sobrevivencia no mercado estrangeiro desta e outras marcas foi a sua adaptao ao meio. Como em qualquer conflito, o conflito de culturas e economias necessita de uma adequao de uma das partes. O facto de o MacDonalds se ter adaptado aos mercados mundiais, personalizando-se para cada um dos paises onde ia permitiu a que a outra parte (o pais receptor do novo produto) se conformiza-se e adapta-se este estranho intruso.

esta a noo que a palavra globalizao nos confere hoje em dia. Uma adequao das partes envolvidas no conlfito economico e social que ocorre sempre que duas entidades afastadas pela geografia se cruzam graas s novas possiblilidades.

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ALDEIA GLOBAL, Herbert McLuhanO conceito de aldeia global criado por Marshall McLuhan, chega concluso de que o progresso tecnolgico est a transformar o planeta numa aldeia gigante. Marshall usa como argumento os meios de comunicao em massa para explicar a abolio virtual das separaes geogrficas entre os centros de deciso, produo e distribuio escala mundial, ou seja, que j no existe distncia entre pases e que noticias ou acontecimentos globais pois estes sabem-se mesma velocidade que se saberia dentro duma aldeia. Desta forma, os meios electrnicos de comunicao permitem no apenas amplificar os poderes de organizao social, mas tambm abolir, em grande medida, a sua fragmentao espacial, e desta forma permitir que qualquer acontecimento numa parte remota do mundo se reflicta noutra parte igualmente longnqua efeito borboleta. Embora s com a internet e as telecomunicaes que a propagao das notcias se comea a parecer com a propagao numa aldeia. Desta forma, o conceito, veio vigorar a ideia de que perante esta aldeia, nos estaramos a destribalizar, e assim as nossas tradies acabariam por se render a um Mundo cada vez mais homogneo. Pode-se dizer ento que estamos a caminhar cada vez mais perto para um outro conceito - sociedade aberta.

No entanto a falha deste conceito so basicamente os valores que os vrios povos tm. Parte-se do pressuposto de que numa aldeia toda a gente (teoricamente) cresce e educada com os mesmos valores mas, na verdade, entre povos isso no acontece. Por outras palavras, diferentes sociedades so criadas com base em diferentes valores morais, culturais ou religiosos, que como se sabe, so por muitasIlustrao 4 - Vaca Sagrada, ndia

vezes incompatveis e por isso impossvel existir uma aldeia global.

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Para tentar explicar um pouco mais profundamente o que poderia ser esta Aldeia Global, e as consequncias ou adversidades que esta pode trazer, fez-se uma simulao do que seria esta aldeia se reduzisse a populao mundial a apenas 100 pessoas. O que se pretende neste caso dar a conhecer, com nmeros mais perceptveis nossa compreenso, a realidade em que nos encontramos e ver at que ponto a sociedade pude ser assim to aldeia e destribalizada como se pe em mesa nesta teoria de McLuhan.

Haveriam ento:80 70 60 Asiticos Europeus Americanos Africanos Masculino Feminino 20 10 0 N Pessoas Sexo Religio Cristos No Cristos

5040 30

6 pessoas possuiriam 59% da riqueza total, e esses seriam todos dos EUA. 80 viveriam em habitaes sub-humanas; 70 no saberiam ler. 50 seram subnutridas. 1 estaria a morrer e 1 a nascer. 1 teria educao Universitria; 1 teria um computador

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CAUSAS E EFEITOS DA GLOBALIZAO

A globalizao uma fatalidade

uma fatalidade na medida em que resulta da evoluo tcnica e social geral, e porque em parte uma fatalidade, no tem sentido ser-se contra ou a favor da globalizao, e s a partir do que inevitvel que o posicionamento humano se justifica. Se no h comunicaes, a globalizao est impedida; se elas so fceis, a aproximao tornase, inevitvel. E so inmeros os factores que, exigindo respostas comuns, actuaro fatalmente no sentido de uma aproximao e de um intercmbio, seja, desde logo, a necessidade de estabelecer os padres tcnicos de comunicaes:

Pense-se nos acordos universais em matria de telecomunicaes. Pense-se nas questes do ambiente, que ameaam igualmente todos. Pense-se na necessidade de combate s doenas, que muitas vezes surgem escala

universal.

Todos estes factores, fruto j da aproximao dos povos, so por sua vez causa de novos passos para a globalizao, pois racionalmente no podem deixar de levar a uma disciplina comum, que refora os laos de interdependncia. Por isso, na medida em que a globalizao uma fatalidade, a nica atitude racional consiste em tomar conscincia dessa evoluo histrica que se apresenta humanidade, para com base nela tirar concluses.

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Tal como se processa, a globalizao em parte fruto de uma poltica

tambm claro que os detentores do poder no tomam posio passiva perante a globalizao. A poltica baseia-se em factos para chegar a objectivos, no poderia estar indiferente perante uma vaga de fundo da ndole da globalizao. Mas mais do que isso, a prpria globalizao, em si, conduzida, fomentada e orientada, no uma mancha unimodal que alastra, tambm um instrumento nas mos de quem tem a capacidade de previso e os meios de a conduzir. Logicamente, cabe s foras que so historicamente determinantes dessa conduo, antes de mais os governos dos Estados, como desde o incio aconteceu. Como emanao destes, surgem tambm as entidades internacionais, so muitas, e o seu papel sem dvida significativo, mas importante observar que o que mais releva no so propriamente as entidades formais, como a ONU. Nos aspectos fundamentais, o que decisivo so entidades informais, como o G-7 (ou G-8), so estas quem coordena a poltica das potncias que so determinantes, no obstante a falta de legitimidade, a verdade que relegam as prprias agncias internacionais para o papel de executores ou concretizadoras de grandes orientaes que lhes so dadas. A maneira como se globaliza, ou a direco da globalizao, resulta pois de uma opo, no plano econmico, vai no sentido dum ultraliberalismo, que liquida as economias mais fracas na competio a que so sujeitas com as mais fortes. Da decorre que grande parte das naes so colocadas na posio passiva de receptores de produtos e servios dos pases industrializados, de fornecedores de mo-de-obra e de fornecedores de matrias-primas, os equilbrios internos antes existentes so destrudos, de maneira que se integram no mercado global numa posio de subalternidade de que no sairo por si.

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Avaliao

Devemos tentar uma avaliao conjunta da globalizao e da sociedade da informao, porque conjuntamente que se desenvolvem.

Vantagens

As vantagens so grandes e evidentes.

A globalizao aproxima as civilizaes e as pessoas, pe todos em contacto potencial

com todos, o que muito positivo, porque manifesta a unidade do gnero humano. Permite a rpida propagao dos conhecimentos e das experincias, sendo um

elemento catalisador e difusor do progresso. Permite responder a problemas que se tornaram mundiais, como o que respeita s

ameaas ao ambiente, rpida propagao de doenas, criminalidade organizada. Permite racionalizar a explorao dos recursos naturais e da produo, evitando

perdas e optimizando os resultados. D grandes oportunidades formao das pessoas. Aumenta espantosamente os meios culturais disponveis. Aproxima os povos atravs do conhecimento recproco.

E muito mais, nos aspectos mais simples, que uma me portuguesa possa falar normalmente ao filho, que est na Nova Zelndia, uma preciosa vantagem.

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Desvantagens

Mas a maneira como a globalizao se faz e a sociedade da informao se desenvolve apresenta tambm muitas sombras.

Tm funcionado para gerar um benefcio desproporcionado aos pases mais ricos,

contraposto a uma estagnao, ou at agravamento, da situao dos restantes. Tem funcionado no sentido de um desvirtuamento da identidade de cada povo, pela

imposio duma uniformizao acelerada, a uniformizao diminui os custos, porque permite a padronizao e dispensa o esforo de adaptao dos pases propulsores, esta considerao pragmtica leva ao sacrifcio da identidade cultural dos outros pases. A globalizao confunde-se com a expanso dum nico sistema, na progresso, ela

tem sido utilizada para cobrir situaes de dominao, cada vez mais alargadas. O Direito Internacional muda de significado, passa a ser o instrumento de justificao

das prticas de quem detm a maior fora.

Perante estas e outras manchas, h que meditar. Se a globalizao no um mero facto, se no se reduz a fatalidade, ela tambm uma poltica, e se tambm uma poltica, ela tem de ser julgada como tal.

A alternativa

Se a globalizao (tambm) uma poltica, abrem-se perante ela alternativas.

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E a primeira alternativa esta:

A Ou a globalizao forma de cooperao, intercmbio entre pessoas, pases e povos manifestao da solidariedade humana, a ser assim, conjuga no sentido da vantagem comum, aceita a participao de todos no dilogo e respeita as suas diferenas. No plano econmico, supe o estabelecimento de relaes justas de troca, conduz assim a uma sociedade correspondente comunidade internacional, que ser uma unidade de cooperao.

B Ou a globalizao um meio de dominao, o aproveitamento da posio de maior fora, a explorao da dependncia econmica. Nesse caso leva degenerao do Direito Internacional, no plano econmico, implica a reduo da maioria, no a parceiros, mas a clientes e produz uma uniformizao que empobrece a espcie humana, que se v assim degradada em massa, em vez de elevada a comunidade, no respeito das suas diferenas. So estes os termos da alternativa que se coloca Poltica, nem tudo est na disponibilidade humana; mas tambm nem tudo imposio de determinismos histricos. Nem tudo obedece nomeadamente s regras cegas do mercado; e o mercado nos dias de hoje o super-dolo, que tudo justifica, justamente entre os dois extremos, entre o puro livre e a fatalidade, passa a Poltica.

A atribuio de direitos no domnio da informtica

Este fenmeno ganha rapidamente alento no domnio da informtica. Falmos j na emergncia das auto-estradas da informtica, que tornam a penetrao da Internet em todos os pases praticamente fatal, anteriormente, podamos dizer que s a radiodifuso punha sensivelmente em causa a territorialidade do direito de autor, superando

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as fronteiras, hoje, podemos dizer que todos os meios de expresso de obras intelectuais so digitalizveis e comunicveis em rede, sem limitao de fronteiras. As telecomunicaes clssicas permitiam limitadamente a interactividade, mas os novos meios, no s as superam, como levam ainda a interactividade muito alm do que se poderia anteriormente supor. Para assegurar juridicamente esta infra-estrutura da sociedade da informao, atriburam-se direitos sobre os bens informticos. Primeiro, atribuiu-se a proteco aos elementos singulares informticos que so a base do sistema, assim que vemos nascer a proteco por direitos intelectuais de:

Topografias dos produtos semicondutores Programas de computador Bases de dados.

S no se acertou ainda no ponto de ataque em relao aos chamados produtos multimdia, em compensao, no Reino Unido protegem-se j as obras geradas por computador, embora no haja na sua origem um acto individual de criao. E mais, em todos os casos se reivindicou a proteco mais forte entre os direitos intelectuais, que a atribuda pelo direito de autor. E isto no obstante se tratar em todos os casos de produes meramente tcnicas, que no so obras literrias ou artsticas e se aproximam muito mais do nvel de novidade que justificou a proteco das invenes. Assegura-se rapidamente a expanso mundial da proteco, multiplicam-se os instrumentos internacionais neste domnio, e com isto se consolida tambm a supremacia dos pases mais desenvolvidos, impedindo que os outros possam chegar por si ao domnio destes instrumentos informticos. H at um aspecto contraditrio, no meio desta expanso internacional, podemos dizer que a matria em que a disciplina internacional era mais necessria aquela que no tem ainda 31 EPBJC 2010

regra pactuada, consiste em determinar a lei aplicvel disciplina dos contedos da Internet, uma vez que estes so colocados em contacto praticamente com todas as ordens jurdicas mundiais. Comeou-se por afirmar que a lei competente seria a do pas de origem, o que beneficiaria os pases que tm as indstrias de copyright mais desenvolvidas, mas depressa se reparou que isso conduziria a que os produtores escolhessem sedes de convenincia, deslocalizando para os pases cujas leis mais lhes conviessem, porque faclimo colocar um contedo num servidor localizado em qualquer parte do mundo, perante esta ameaa de xodo, no se optou ainda entre o pas de origem e o pas de recepo (ou seja, todos os pases). Nem mesmo nas convenes de Direito Internacional Privado, para que se recorre agora, se chegou ainda a qualquer soluo, mas o pulular de direitos intelectuais vai muito alm do que respeita aos bens informticos, chegou-se a uma viragem decisiva, na sociedade da informao, atriburam-se direitos sobre a prpria informao. Na disciplina das bases de dados, a Comunidade Europeia criou o chamado direito sui generis do fabricante da base de dados, um direito do produtor da base, esclarea-se, este passa a ter o exclusivo de autorizar a extraco ou reutilizao do contedo da base de dados, no todo ou em parte substancial, mas o contedo da base de dados a informao, logo, passa a haver direitos que recaem directamente sobre a informao, temos a confirmao do que atrs dissemos, sobre a degradao da informao, que era saber e passa a ser mercadoria. Este um ponto essencial, porque contraria o anterior princpio fundamental da liberdade de informao, o princpio era o de que se poderia ir buscar a informao onde se quisesse, hoje, a informao pode ser monopolizada, basta pensar, para se ver como so graves as consequncias, que se silencie sobre a reaco contra recusas arbitrrias do produtor da base de fornecer os dados pedidos. Se ele tem o direito exclusivo e no se prev licena obrigatria, no se aponta maneira de vencer a sua oposio, com base no direito intelectual. H um erro de raiz, ainda que se quisesse atribuir ao fabricante da base de dados um direito especfico, esse direito teria por fim apenas assegurar a remunerao em contrapartida das utilizaes de terceiros, indo-se para um direito exclusivo, excedeu-se toda a justificao, com claro prejuzo do interesse pblico.

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Os dados pessoais

A tecnologia trouxe grandes possibilidades de intromisso na vida privada, j hoje deixamos inmeros rastos nas nossas prticas dirias. O chefe da rebelio na Chechnia foi detectado e morto atravs das chamadas do seu telefone mvel. Essas possibilidades so potenciadas com as redes mundiais, a sua vulnerabilidade continua a ser grande. No nosso prprio computador, note-se, so depositados os chamados cookies, que a partir das operaes que realizamos traam o nosso perfil de utilizador, cria-se a grande questo da reserva dos dados pessoais, que divide a Europa e os Estados Unidos da Amrica. Os Estados Unidos manifestam a habitual preferncia pela auto-regulao, chegam a um esquema de safe harbor, pelo qual no seriam incomodadas as entidades que tomassem cautelas especificadas mas o esquema no funcionou, at pelo nmero insignificante de adeses que recebeu. A nvel mundial, os Estados Unidos desenvolvem o projecto Echelon, de intercepo das comunicaes com a justificao das necessidades de segurana, mas, ao que parece, tem obtido excelentes resultados comerciais, pela informao assim adquirida. A posio dos pases europeus diferente, partem pelo contrrio de uma ideia muito rigorosa de privacidade, que em si at muitas vezes exagerada, mas no conseguem fazer prevalecer o esquema para o exterior. Com o 11 de Setembro a situao agrava-se, as intromisses recebem um alento muito forte, o destino parece ser o de europeus e japoneses, que j do apoio tcnico ao projecto Echelon, procurarem tambm eles beneficiar do sistema. Tambm as recentes ameaas de bomba pela Europa teem ajudado a este facto.

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A localizao da informao pelo internauta

Falando em controlo de informao passaremos agora a outro tema. O utente precisa de encontrar, no mare magnum da Internet, a informao que lhe interessa, se no tem os endereos, necessita de recorrer aos navegadores ou instrumentos de busca. Estes so programas de computador que permitem detectar, em lapso alis extraordinariamente breve, as palavras ou expresses que lhes so assinaladas mas tambm os navegadores podem ser manipulados. Podem ser programados para dirigir os internautas para alguns stios e deixar outros no esquecimento, mais radicalmente, podem dirigir o internauta para um stio diferente do que pediu um stio concorrente, por exemplo. Na realidade, temos de ter conscincia duma reduo radical dos contedos disponveis na Internet, a maior parte dos contedos desta est perdida, porque no recupervel. Se somarmos a isso a manipulao dos prprios instrumentos, vemos que tambm por aqui o contedo de informao da Internet pode ser posto em risco.

Concluindo

Ao liberalizar o comrcio s com seus vizinhos, os pases esto, por definio, discriminando os que no tm a sorte de estar no clube local. A questo e saber se os clubes locais caminham para integrar-se a outros clubes, de forma que haja um grande bloco, do tamanho do planeta, ou se tendem a fechar-se em trs ou quatro grandes conglomerados em guerra comercial uns com os outros. Na falta de um projeto global, o risco o de que cada superbloco se feche para os demais, o que, alm do risco de uma guerra comercial, marginalizaria pases gigantescos, como a Rssia, que, at agora, no entrou em sistema algum. sintomtico que a Unio Europia e os EUA estejam empenhados em uma surda guerra para ver qual dos dois consegue fechar antes o acordo com o bloco sul-americano. Como vimos anteriormente no trabalho a histria j nos provou que esta situao pode ocorrer. Como agravante, a globalizao uma fatalidade, como j vimos, que possui vantagens e desvantagens. A questoq eu se coloca o que ir ser feito na perspectiva de criar um mercado global justo em termos fisicos e digitais?

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COMPORTAMENTO DAS EMPRESAS

O novo mercado global permite uma troca de produtos a nvel mundial, como conseuqncia, as empresas podem usar a deslocao dos seus diversos sectores para reas onde podem lhes permite oferecer mais competitividade.

A oportunidade de mercadoA oportunidade de mercado deriva da possibilidade da empresa se afastar da sua localidade ou do seu pas para procurar um mercado que procure o que esta oferece. Citando um exemplo podemos ver o comportamento da Volkswagen. Nos anos 60 a marca investiu nos Estados Unidos da Amrica levando para o outro lado do oceano o seu Know-How na construo de carros mas tambm um nicho de mercado o volkswagen carocha. O carro, que apenas possuia dois lugares era pequeno,Ilustrao 5 - Volkswagen carocha de 1960

fcil de conduzir e barato, era feito a pensar pequeno, pensar nas pessoas. Este novo conceito contradizia toda a cultura americana daquele tempo. A comunicao feita ao carro foi tambm ela diferente de modo a acompanhar o estilo de carro. Baseava-se em anuncios cmicos e divertidos apelando juventude. O carocha conseguiu superar o prrpio apogeu da indstria automobilistica americana, o Ford T, vendendo milhes de unidades neste pais. Algo incrivel se pensarmos que este carro foi criado por num regime ditadorial comunista. Ironicamente a marca hoje uma das maiores a nvel mundial com 20% do mercado de construo auomobilistica, mais participaes na distribuio e aluguer de automveis e vrias marcas mundialmente conhecidas entre elas a Audi, Porshe, Bugatti, Seat e Europcar.

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O aumento da competitividade

Com a porta aberta para realizar transaces de capital em quase qualquer parte do mundo (e com isto pretendemos excluir os paises onde o regime proibe a livre circulao de bens e de informao) as empresas podem adquirir o seu produto ou servio atravs de outsourcing de empresas, filiais e parceiros situados noutros pases. Foi esta a saida que a Nike encontrou para se tornar numa das maiores empresas de vesturio e desporto do mundo. O facto de explorar mo-de-obra barata em paises sub-desenvolvidos permitiu-lhe ganhar vantagem competitiva em relao ao factor preo. Uma empresa globalizada seria aquela que opera seguindo uma lgica operacional mundial, cujo objetivo seja maximizar benefcios e minimizar custos no importando onde esteja a base de produo Por outro lado a marca tambm aposto ,e bem, noutro campo, a unificao da marca. Com a internacionalizao do seu produto esta apostou em manter a sua marca coesa e perceptivel procurando anunciar-se sempre junto de actividades relacionadas com desporto como clubes de futebol, jogadores de golfe e craques do basquetebol. Um dos seus grandes investimentos Tiger Woods (campeo mundial de golfe) esteve recentemente envolvido num escandalo meditico devido sua infedilidade perante a esposa. A Nike apressou-se a socorrer o Ilustrao 6 - anncio da Nike com Tiger Woods a ouvir o seu seu atleta preparando uma campanha emocional onde demonstrava de um modo simples e compreensivel por qualqer cultura que ele estava arrependido pelo que tinha feito. Este tipo de aces demonstram a capacidade da Nike em manter a sua imagem intacta e coerente. Neste caso em especfico a marca mostra que soube reagir perante uma situao complexa de modo inteligente e responsvel quase que dando uma lio de moral ao seu atlera. Marca podia se ter limitado a cancelar o seu contracto por no querer estar associada a este tipo de situaes. A Nike demonstra tambm a tendencia actual de investir em marcas em vez de investir em fbricas. 36 EPBJC 2010pai a perguntar-lhe "depois de tudo o que fizeste com que sentimentos ficaste? s quero saber ocmo te sentes..."

A desregulamentao dos mercados

A crescente desregulamentao de mercados, como j vimos, uma mais valia globalizao. No entanto esta tambm possui as suas desvantagens como j vimos com as crises de 1927 e a de 2008. Na balana de poder do mundo, o Estado muitas vezes se enfraquece diante do sistema financeiro globalizado. Fruto de uma poca ideologicamente confusa (a crena de um sistema nico e infalvel, o capitalismo, que emergiu aps a queda do Muro de Berlim) a situao mostra-se instvel para os Estados emergentes. O triunfo de 1989, ano em que o Muro de Berlim caiu, parecia ter permitido um futuro prospero. Em 1995 quando tudo se caminhava para a consolidao da tendencia liberal, o capitalismo comeou a investir contra si prprio: vieram a crise do Mxico, a quebra do Banco Barings e, agora o crash das bolsas. Sob os efeitos da globalizao, um vrus inoculado na Bolsa de Hong Kong espalhou-se pelo mundo em outubro/97. Alguns pases esto sob o risco porque no seguem risca as regras do sistema liberal encontram-se com dfice ou mesmo com a moeda sobrevalorizada. No caso da china, esta, usa isso para obter vantagens competitivas na exportao pois o governo regula a moeda proibindo a oscilao do valor desta, isto, infelizmente coloca imenso chineses em situaes precrias. Evidentemente, o interesse que move as bolsas no o social, mas o da especulao.

Ilustrao 7 - moeda nica europeia

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CONCLUSOEm, suma, podemos concluir que as mudanas politicas e sociais do sculo XX, j elas consequencias de acontecimentos como a revoluo industrial, levaram a que se criassem as condies politicas e sociais para a adoo do capitalismo a nvel mundial. Este facto, juntamente com a hegemonia da potncia econmica que se tornou os Estados Unidos nos finais do Sculo XX levaram as principais naes do mundo a globalizar-se quase que como numa poca dos descobrimentos moderna. Esta subordinao das superpotncias levou por sua vez maneira como vemos a globalizao hoje em dia: americanizada e predisposta a conflitos sociais e choques culturais assim como choques econmicos apesar da cada vez mai livre circulao de bens e de capital. Num futuro prximo teremos as respostas s perguntas que coloc-mos agora e em relao s quais apenas podemos especular, como ir uma empresa ter de se reinventar para sobreviver? Como iro os grandes blocos econmicos jogar este jogo que a globalizao? Iro eles permitir um mundo livre onde as fronteiras serviro apenas para simplificar a organizao dos povos ou iro os grandes grupos econmicos entrar em guerra? Ser possvel a pases como a China manterem as suas polticas de controle da economia num mundo que j provou exigir liberalismo? A Histria diz-nos que no com casos como o do muro de Berlim mas esta mesma histria diz-nos que j mais que uma vez as grandes potncias entraram em guerra e soterraram o mundo em destroos. Agora at temos novos jogadores neste jogo. Com as novas tecnologias parte o debate de como poderemos manifestarmo-nos a nvel global contra as medidas de cariz global? Tudo se passa a nvel global, essa ser certamente a tendncia. Juntamente com a procura das empresas por mercados especificos para cada uma das suas necessidades produo, transformao, venda, etc . Com o objectivo, esse certamente inalterado face ao de hoje, o de cumprir os objectivos estratgicos da entidade. Resta-nos conseguir as medidas certas para adoptar cada um dos nossos papeis de trabalhador e consumidor num mundo cada vez maior de modo a reinventarmos o nosso prosuto a cada dia.

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ERA DOS DESCOBRIMENTOShttp://pt.wikipedia.org/wiki/Era_dos_Descobrimentos

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NOVAS TENDENCIAS DE MERCADOSSTIGLITZ, Joseph E. Livre Mercado Para Todos- Google Books

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