Gonçalves Magalhães trabalho de Literatura

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Domingos José Gonçalves de Magalhães Foi Visconde de único visconde de Araguaia, e pioneiro da literatura

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Apresentao do PowerPoint

Domingos Jos Gonalves de MagalhesFoi Visconde de nico visconde de Araguaia, e pioneiro da literatura no Brasil.

Janana Thas LimbergerE Juliana ScheinerNmeros 13, 16Professora: Patrcia Rosa Rempel2 ano ENoturnoEscola de Educao Bsica Leopoldo Ost

24 de Junho de 2015

Era filho de Pedro Gonalves de Magalhes Chaves, no registrando os bigrafos o nome de sua me. Nasceu em Niteri (RJ), em agosto de 1811. considerado por muitos estudiosos como o introdutor do Romantismo e tambm do teatro no Brasil. Formou-se em Medicina em 1832 e publicou seu primeiro livro Poesias. Viajou pela Europa, onde teve seus primeiros contatos com os conceitos romnticos, os quais exerceram forte influncia em suas poesias. Sua obra Suspiros poticos e saudades, publicada em 1836, considerada o marco que d incio fase do Romantismo no Brasil.

O prlogo acima o prprio manifesto a respeito do novo movimento literrio que surgiria no Brasil, o Romantismo. Os temas abordados por Gonalves Magalhes do ao autor uma denominao de patriota e nacionalista, alm de cristo. Suas poesias tm temtica religiosa, nacionalista e exalta o ndio e a natureza.

A UM SABIMimoso Sabi, temo e canoro,Alma dos bosques que o Brasil enfeitam,Como seu mestre as aves te respeitam,E os homens como o Orfeu do areo coro.Os Amores, e Lilia por quem choro,Teu doce canto por tributo aceitam;Eles folgam contigo, e se deleitam,Eu pasmo de te ouvir, e a um Deus adoro.Tu vives em contnua primavera;Lilia te afaga, Lilia ouve teu canto!A tua feliz sorte, oh, quem m'a dera !Ento o meu penar no fora tanto ;Pois seu peito abrandado j tiveraCoa voz que ao seio d'alma leva o encanto.

Em 1838, Gonalves Magalhes foi professor de Filosofia do Colgio Pedro II, onde ficou por muito tempo

Amigo do Imperador, bem relacionado, muito cnscio do seu valor, foi a primeira figura na vida literria oficial at a publicao do poema Confederao dos Tamoios, em que voltava ao Classicismo intransigente, provocando grande polmica: foi atacado por Jos de Alencar e defendido por Monte Alverne e pelo imperador D. Pedro II.

Sua boa relao com o imperador D. Pedro II fez com que fosse resguardado de maiores crticas.

Como da pira extinta a labareda, Ainda o rescaldo crepitante fica, Assim do ardente moo a mente acesa Na desusada luta que a excitara, Ainda, alerta e escaldada se revolve! De um lado e de outro balanceia o corpo, Como aps da tormenta o mar banzeiro; Alma e corpo repouso achar no podem. Debalde os olhos cerra; a igreja, as casas, A vila, tudo ante ele se apresenta. Das preces a harmonia inda murmura Como um eco longnquo em seus ouvidos. Os discursos do tio mutilados, Malgrado seu, assaltam-lhe a memria. No espontneo pensar lanada a mente, Redobrando de fora, qual redobra A rapidez do corpo gravitante, Vai discorrendo, e achando em seu arcanos Novas respostas s razes ouvidas. Mas a noilte declina, e branda aragem Comea a refrescar. Do cu os lumes Perdem a nitidez desfalecendo. Assim j frouxo o Pensamento do ndio, Entre a viglia e o sono vagueando, Pouco a pouco se olvida, e dorme, sonha, Como imvel na casa entorpecida, Clausurada a crislida recobra Outra vida em silncio, e desenvolve Essas ligeiras asas com que um dia Esvoaar nos ares perfumados, Onde enquanto reptil no se elevara; Assim a alma, no sono concentrada, Nesse mistrio que chamamos sonho, Preludiando a vista do futuro, A pstuma viso preliba s vezes! Faculdade divina, inexplicvel A quem s da matria as leis conhece. Ele sonha... Alto moo se lhe antolha De belo e santo aspecto, parecido Com uma imagem que vira atada a um tronco, E de setas o corpo traspassado, Num altar desse templo, onde estivera, E que tanto na mente lhe ficara, "Vem!" lhe diz ele e ambos vo pelos ares. Mais rpidos que o raio luminoso Vibrado pelo sol no veloz giro, E vo pousar no alcantilado monte, Que curvado domina a Guanabara. Cerrado nevoeiro se estendia Sobre a vasta extenso de espao em trno, Cobertando o verdor da imensa vrzea; E o topo da montanha sobranceiro Parecia um penedo no Oceano. Mas o velrio de cinzenta 'nvoa Pouco a pouco, subindo adelgaou-se, E rarefeito enfim, em brancas nuvens. Foi flutuando pelo azul celeste. Que grandeza! Que imensa majestade! Que espantoso prodgio se levanta! Que quadro sem igual em todo o mundo, Onde o sublime e o belo em harmonia O pensamento e a vista atrai, enleva E f az que o corao extasiado Se dilate, se expanda, e bata, e impila O sangue em borbotes pelas artrias! Os olhos encantados se exorbitam, Como as vibradas cordas de uma lira, De almo prazer os nervos estremecem; E o esprito pairando no infinito, Do belo nos arcanos engolfado, Parece alar-se das prises do corpo. Niteri! Niteri! como s formosa! Eu me glorio de dever-te o brao! Montanhas, vrzeas, lagos, mares, ilhas, Prolfica Natura, cu ridente, Lguas e lguas de prodgios tantos. Num todo to harmnico e sublime, Onde olhos o vero longe deste den?

Em 1847 tornou-se diplomata e foi durante o exerccio de sua funo de ministro de Santa S que faleceu em Roma, em 1882.