GÓTICO FLAMENGO
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02-Jan-2016Category
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Gtico flamengo HISTRIA DA ARTE
Rejeitavam a elegncia corts e os ornamentos extravagantes do
gtico internacional em favor de um novo realismo. Cenas extremamente
dramticas foram substitudas por retratos da vida domstica, nos quais a
espiritualidade e a realidade eram dispostas lado a lado.
(FARTHING, 2011, p.140)
Os enormes avanos produzidos pela arte gtica flamenga nos
primeiros anos do sculo XV esto diretamente relacionados
Renascena, que surgiu na Itlia e se espalhou pela maior parte da
Europa. Em um curto perodo de tempo, os artistas se tornaram mais
confiantes de que eram capazes de retratar tanto o ser humano quanto a
natureza.
(FARTHING, 2011, p.141)
RETRATO DE MULHER EM
CHAPU DE PONTA Rogier Van Der Weyden, 1435
MADALENA LENDO
(detalhe) Rogier Van Der Weyden, 1435
National Gallery, Londres, Reino Unido
CASAL ARNOLFINI Jan Van Eyck, 1434
Os medalhes que enfeitam o espelho contm
10 cenas identificvel da Paixo de Cristo. No
espelho, v-se o reflexo de dois homens, dos
quais um talvez seja o artista, o que acrescenta
significado assinatura e inscrio em latim
sobre o espelho: Jan van Eyck esteve aqui 1434.
CASAL ARNOLFINI
(detalhe) Jan Van Eyck, 1434
Com a prosperidade econmica da regio em que se
desenvolveu o gtico flamengo, os artistas se aproveitaram da riqueza
crescente e da importncia das guildas (associaes de profissionais) e das
instituies civis. interessante notar que A descida da cruz (c.1435-1440),
de Van der Weyden - uma das pinturas mais influentes do perodo -, foi
encomendada por uma guilda, e no por um membro do clero ou da
nobreza.
(FARTHING, 2011, p.141)
LAMENTAO Rogier Van Der Weyden, 1450
A DESCIDA DA CRUZ Rogier van der Weyden, 1464
Muitas guildas eram confrarias religiosas que se reuniam para
realizar rituais e promover obras de caridade. Essas confrarias
costumavam competir umas com as outras para encomendarem as mais
impressionantes obras de arte para sua congregao.
(FARTHING, 2011, p.141)
Christus pinta em O ourives em sua oficina (imagem seguinte), uma
casal de gentis que escolhe uma aliana de casamento. O artista exibe sua
capacidade tcnica na representanao detalhada dos vrios tecidos e usa o
reflexo no espelhop para conectar o espectador ao espao pictrico, um
artifcio visto com frequncia na pintura gtica flamenga.
(FARTHING, 2011, p.142)
O OURIVES EM SUA
OFICINA Petrus Christus, 1449
Em A virgem entre os santos, Gerard David dispe seus
personagens ordenadamente, retratando cada um deles sem idealiz-los.
David administrava um ateli bastante concorrido, e sua obra um dos
pontos altos da arte flamenga.
(FARTHING, 2011, p.142)
A VIRGEM ENTRE OS SANTOS Gerard David, 1509
A expanso do mecenato ajudou a aumentar o prestgio social
de vrios artistas flamengos. Na primeira metade do sculo XV, os
pintores trabalhavam para a Igreja ou estavam ligados a uma fam[ilia real
ou aristocrata. J na segunda metade, os artistas adquiriam muito mais
independncia. Memling e Van der Weyden administravam enormes
atelis, com uma clientela internacional.
(FARTHING, 2011, p.142)
Ao contrrio do que j faziam seus colegas italianos, os artistas
flamengos organizavam suas composies intuitivamente, sem a utilizao
de um sistema metdico para calcular a perspectiva e a proporo. Eles
foram os primeiros a explorar as possibilidades da pintura a leo, que Van
Eyck, em especial, elevou a novos patamares. Ele usou camadas
sobrepostas de brilho translcido a fim de misturar tons
imperceptivelmente e para reproduzir objetos minsculos.
(FARTHING, 2011, p.143)
MARIA NA IGREJA Jan van Eyck, 1439
THE GHENT ALTARPIECE Jan van Eyck, 1432
Os artistas flamengos se deleitavam com as oportunidades que a
pintura a leo lhes oferecia. Eles retratavam o mundo em que viviam com
uma originalidade genuna, como se estivessem vendo tudo pela primeira
vez. E continuaram a fazer isso mesmo quando abordavam temas
bblicos.
(FARTHING, 2011, p.143)
TRPIDICO PORTINARI Hugo van der Goes, 1478
CRUCIFICAO Rogier Van Der Weyden, 1445
Os sentimentos religiosos em Flanders eram influenciados pelos
movimentos espirituais da poca, que estimulavam os fiis a estabelecer
uma relao mais prxima e pessoal com Deus. Muitas obras dos
primeiros pintores exibem uma devoo simples: da intensidade
emocional de Van der Weyden, que enfatiza a proximidade com o
sofrimento de Cristo, ao misticismo de Van der Goes e o ar de
contemplao serena de David e Memling.
(FARTHING, 2011, p.143)
A QUEDA Hugo van der Goes, 1445
TRPTICO DO CALVRIO Hugo van der Goes, 1468
ADORAO Hugo Van Der Goes, 1470
LAMENTAO Rogier Van Der Weyden, 1450
O JUZO FINAL Rogier Van Der Weyden, 1450
ANUNCIAO Rogier Van Der Weyden, 1440
SONHO DO
PAPA SERGIUS Rogier Van Der Weyden, 1446
VISITAO DE MARIA Rogier Van Der Weyden, 1445
FARTHING, Stephen. Gtico flamengo. In: ____. Tudo sobre arte.
Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2011.
WLFFLIN, Heinrich. Renascena e barroco. So Paulo:
Perspectiva, 2010.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS