GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS … · 2015-10-05 · Governança corporativa e...

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COLEÇÃO LEXNET GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

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COLEÇÃO LEXNET

GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

REDE LEXNET Escritórios

■ AmaraldeAndradeAdvogadosAssociados— São Paulo/SP■ BispoVieiraAlvares— SociedadedeAdvogados— Aracaju/SE■ Cardillo&PradoRossiAdvogados— São Paulo/SP■ CarrionAdvogados— Porto Alegre/RS■ Chetto&ChettoAdvogadosAssociados— Salvador/BA■ DeFigueiredoDemeterco&SadeSociedadedeAdvogados— Curitiba/PR■ EdsonBarcellosAdvogadosAssociados— Goiânia/GO■ ElarminMirandaAdvogadosAssociados— Cuiabá/MT■ EscritóriodeAssessoriaJurídicaJoséOswaldoCorrêa— Rio de Janeiro/RJ■ FernandoMacielAdvocaciaeConsultoria— Maceió/AL■ FiedraAdvocaciaEmpresarial— Salvador/BA■ Fonseca,Sampaio&BrasilAdvogados— Belém/PA■ Forti&AdvogadosAssociados— Curitiba/PR■ FranzinConsultoriaJurídica— São Paulo/SP■ FRSConsultoriaeAssessoriaJurídicaeEmpresarial— Santos/SP■ GonzálezMullin,Schickendantz&Asociados— Montevideo/Uruguai■ ImaculadaGordianoSociedadedeAdvogados— Fortaleza/CE■ JaloretoAdvogadosAssociados— São Paulo/SP■ Ladir&FrancoAdvogados— Uberlândia/MG■ LemoseAssociadosAdvocacia— Campinas/SP■ LopesdaSilva&Associados— SociedadedeAdvogados—São Paulo/SP■ MachadoNeto,Bolognesi,AzevedoeFalcãoAdvogadosAssociados— Salvador/BA■ MeirellesFerreiraAdvogados— Brasília/DF■ NewtonSilveira,WilsonSilveiraeAdvogadosAssociados— São Paulo/SP■ PortugalMurad— DireitodeNegócios—Belo Horizonte/MG■ PóvoasViannaAdvocaciaEmpresarial— Florianópolis/SC■ QueirozAdvogadosAssociados— Recife/PE■ Ravet&Associés— Paris/França ■ VarellaAdvogadosAssociados— Vitória/ES

PARCEIROS DE SERVIÇOS

■ ChahineAssessoriaContábilLtda.— São Paulo/SP■ DigitadocServiçosdeInformáticaLtda.— São Paulo/SP■ PeritosJudicias— Porto Alegre/RS■ RossConsulting&Business— Chapecó/SC■ 4MModernizaçãodeGestão— Sorocaba/SP

GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Coordenação

Bernardo Lopes portugaL

Organização

Lucia VidigaL Zimmermann

Autores

agnaLdo Bahia monteiro

armando h. monteiro de moraes

Bernardo Lopes portugaL

danieL gordiano Vieira FiLho

danieL meireLLes Ferreira

ermiro Ferreira neto

ernestina rodrigues pinto

FeLipe godinho da siLVa ragusa

Fernanda BarceLos gomes

imacuLada gordiano

Jair JaLoreto

José oswaLdo corrêa

Lucas José noVaes Verde dos santos

Luciene FranZim

mateus simões de aLmeida

matias daLLacqua iLLg

maxweLL Ladir Vieira

pLínio riBeiro renata sesaki

GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

EDITORA LTDA.

© Todos os direitos reservados

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-001São Paulo, SP — BrasilFone (11) 2167-1101www.ltr.com.brSetembro, 2015

versão impressa — LTr 5339.6 — ISBN 978-85-361-8590-3 versão digital — LTr 8692.5 — ISBN 978-85-361-8398-5

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Governança corporativa para as pequenas e médias empresas/coordenação Bernardo Lopes Pertugal; organização Lucia Vidigal Zimmermann. — São Paulo : LTr, 2015. — (Coleção lexnet)

Vários autores

Bibliografia.

1. Administração de empresas 2. Governança corporativa 3. Pequenas e médias empresas 4. Pequenas e médias empresas — Administração I. Portugal, Bernardo Lopes. II. Zimmermann, Lucia Vidigal. III. Série.

15-07805 CDD-658.4

Índice para catálogo sistemático:

1. Governança corporativa : Administração deempresas 658.4

Coleção leXNET — 7º Volume: GoVernança CorporatiVa para as pme´s

Sumário

A) APRESENTAÇÃO—COLEÇÃOLEXNET......................................... 13

B) PALAVRADOCOORDENADOR............................................................ 15

C) OSAUTORES................................................................................................. 17

Artigo1

GOVERNANÇACORPORATIVA.HISTÓRICO,ATUALIDADEDOTEMAEMGERALESUAAPLICABILIDADECADAVEZ

MAIORÀREALIDADEDASPEQUENASEMÉDIASEMPRESAS—PME´S

Bernardo Lopes portugaL

1. Introdução........................................................................................................ 252. Governançacorporativa:históricoeconceitos.......................................... 30

2.1. Doconceitodegovernançacorporativaesuarelaçãocomodireito.. 303. Governançalegal:caminhomaisfácilparaoaperfeiçoamentodagestão dasPME’s......................................................................................................... 364. Etapa evolutiva: implantação de procedimentos internos voltados a dinamizaragovernançacorporativa............................................................... 395. Desafio:continuidade,monitoramentoecorreçõesderota..................... 406. Conclusão......................................................................................................... 42ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 43

Artigo2

OSPRINCÍPIOSNORTEADORESDAGOVERNANÇACORPORATIVAESUASAPLICAÇÕESÀSPEQUENASEMÉDIASEMPRESAS

armando h. monteiro de moraes

1. Introdução........................................................................................................ 452. Agovernançacorporativaeseusprincípios................................................ 46

2.1. Atransparência(Disclosure)................................................................... 482.2. Aequidade(Fairness).............................................................................. 492.3. Prestaçãodecontas(Accountability)...................................................... 492.4. Conformidade(Compliance)................................................................ 50

6 •

3. Osriscosdaatividadeeconômica................................................................. 504. Agovernançanocontextodepequenasemédiasempresas.................... 51ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 54

Artigo3

ÓRGÃOSDAADMINISTRAÇÃOESSENCIAISPARAAGOVERNANÇACORPORATIVA

ernestina rodrigues

1. Introdução........................................................................................................ 572. Órgãosdiretivosdaempresa.......................................................................... 59

2.1. Diretoria................................................................................................... 602.2. Conselhodeadministração................................................................... 612.3. Conselhofiscal........................................................................................ 63

3. Empresasdemédioporte.............................................................................. 654. Análisedecasoconcreto................................................................................ 675. Conclusões........................................................................................................ 68ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 69

Artigo4

CONSELHOCONSULTIVO—VANTAGENSERISCOSPARAAGOVERNANÇA

pLínio riBeiro

1. Introdução........................................................................................................ 712. Pontodepartida—Osprincípiosnorteadores......................................... 723. AConstituiçãoeaatuaçãodoConselhoConsultivo................................. 754. Adisponibilidadeparaoaconselhamento................................................... 785. Governançaeacriaçãodovaloralongoprazo......................................... 796. Conclusões........................................................................................................ 80ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 81

Artigo5

PERENIZAÇÃODEEMPRESASDECONTROLEFAMILIAR:UMAANÁLISECONTEMPORÂNEADOSASPECTOSFAMILIARES,DA

PROPRIEDADEDASQUOTAS/AÇÕESEDAGESTÃODOSNEGÓCIOSdanieL meireLLes

1. Introdução........................................................................................................ 832. Entendendo as sociedades familiares e as relações entre propriedade, gestãoefamília................................................................................................. 85

• 7

3. Compreendendoaspossíveiscausasderupturas....................................... 874. Prevenindoaspossíveiscausasderupturas................................................ 89

4.1. Noplanofamiliar................................................................................... 914.1.1. Programadepreparaçãodeherdeiros................................... 914.1.2. Elaboraçãodeumcódigodecondutadafamília/Protocolo

deFamília.................................................................................... 934.1.3. CriaçãodeumConselhodeFamília(RegimentoInterno)..... 954.1.4. Pactos antenupciais, contrato de convivência e cláusulas

restritivas..................................................................................... 964.2. Noplanodapropriedade...................................................................... 99

4.2.1. Criaçãodeholdings...................................................................... 1004.2.2. Acordodeacionistas/quotistas............................................... 1034.2.3. ReuniãodesóciosouAssembleiaGeral................................ 105

4.3. Noplanodagestão................................................................................ 1054.3.1. Satisfazeràsnecessidadesdosstakeholders.......................... 1064.3.2. ConselhodeAdministração(RegimentoInterno)eDiretoria

Executiva.................................................................................... 1074.3.3. ConselhoFiscal.......................................................................... 1104.3.4. ConselhoConsultivo................................................................. 1104.3.5. AuditoriaExterna...................................................................... 1114.3.6. CódigodeÉticaeCondutadaEmpresa............................... 111

5. Conclusão......................................................................................................... 113ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 114

Artigo6CONSTRUÇÃODOACORDODESÓCIOSNASEMPRESASFAMILIARES

—UMMECANISMODESUPERAÇÃODASFRAGILIDADESDEGOVERNANÇA

mateus simões de aLmeida e Fernanda B. gomes

1. Acordodesócios:definiçãoeobjetivo........................................................ 1172. Problemasrecorrentesemempresasfamiliares:relacionamentoentreos sócios,governança,alienaçãodasparticipaçõessocietáriasesucessão... 118

2.1. Relacionamentoentreossóciosfamiliares......................................... 1192.2. Governança............................................................................................. 1192.3. Alienaçãodasparticipaçõessocietárias............................................... 1212.4. Sucessão................................................................................................... 121

3. Benefíciosdoestabelecimentodoacordodesóciosemempresasfami-liares................................................................................................................... 122

8 •

4. Negociaçãoderegrasparaacriaçãodoacordodesóciosemempresasfamiliares........................................................................................................... 122

5. Conclusão......................................................................................................... 124ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 125

Artigo7

FAMÍLIAS—OSDESAFIOSDEGOVERNANÇAESUCESSÃONASEMPRESAS

FeLipe ragusa

1. Introdução........................................................................................................ 1272. Casamentoepactoantenupcial..................................................................... 1293. Aescolhaderegimedebensparaauniãoestável...................................... 1304. Formasdeplanejamentosucessório............................................................. 131ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 133

Artigo8

LEALDADE,DILIGÊNCIAEA“BUSINESS JUDGMENT RULE”:ELEMENTOSPARAUMAANÁLISEÀLUZ

DODIREITOBRASILEIROermiro Ferreira neto

1. Introdução........................................................................................................ 1352. Modelosjurídicoseresponsabilidadecivil.................................................. 1363. “Business judgment rule”:ummodelopossívelnodireitobrasileiro?........... 138

3.1. “Business judgment rule”eobrigaçõesdemeio:possíveisrelações..... 1443.2. “Business judgment rule” e sindicabilidadedosatosadministrativos:

possívelanalogia..................................................................................... 1464. Conclusão: “Business judgment rule” na Jurisprudência da Comissão de ValoresMobiliários.......................................................................................... 147ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 151

Artigo9

AGOVERNANÇACORPORATIVAEARESPONSABILIDADECIVILDOSADMINISTRADORES

Luciene FranZim

1. Introdução........................................................................................................ 1532. Opapeldoadministrador.............................................................................. 1553. Osdeveresdoadministrador......................................................................... 1574. Aresponsabilidadecivildoadministrador................................................... 160

4.1. Responsabilidadesubjetivaouobjetiva?............................................. 162

• 9

5. Aaçãoderesponsabilidade.............................................................................. 1656. Responsabilidadeemoutrasnormas.............................................................. 1667. Controlador........................................................................................................ 1698. ConflitodeInteresses....................................................................................... 1719. Conclusão........................................................................................................... 171ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 172

Artigo10

GOVERNANÇATRIBUTÁRIAPARAPEQUENASEMÉDIASEMPRESASmaxweLL Ladir Vieira

1. Introdução........................................................................................................ 1732. Governançacorporativaeseusprincípios................................................... 174

2.1. Transparência.......................................................................................... 1752.2. Equidade.................................................................................................. 1752.3. Prestaçãodecontas(accountability)........................................................ 1752.4. Responsabilidadecorporativa............................................................... 176

3. Cenáriotributárioparaaspequenasemédiasempresas........................... 1764. Governançacorporativaetributação........................................................... 1785. Importância da governança tributária para a longevidade e aumento decompetitividadedaspequenasemédiasempresas................................ 1806. AgovernançatributáriaaplicadanarelaçãocomoPoderPúblicoecom investidores....................................................................................................... 1827. Conclusão......................................................................................................... 183ReferênciasBiliográficas.......................................................................................... 184

Artigo11

OSASPECTOSTRABALHISTASDAGOVERNANÇACORPORATIVADEPEQUENASEMÉDIASEMPRESAS

imacuLada gordiano e danieL gordiano Vieira FiLho

1. Introdução........................................................................................................ 1872. NormasRegulamentadorasdoProgramadeControleMédicodeSaúde

Ocupacional—PCMSOedoProgramadePrevençãodeRiscosAm-bientais—PPRAeseusReflexosemumaGestãoEficienteemPeque-naseMédiasEmpresas................................................................................... 188

3. Governançacorporativacomo instrumentodedefesaeprevençãode passivostrabalhistas........................................................................................ 191

3.1. Departamentodecomplianceeaefetividadenaaplicaçãodasleisepolíticasinternas..................................................................................... 195

10 •

4. Conclusão......................................................................................................... 196ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 197

Artigo12

GOVERNANÇACORPORATIVACOMODIFERENCIAÇÃODAEMPRESANABUSCADEUMSÓCIO,INVESTIDOR

FINANCEIROOUESTRATÉGICOJosé oswaLdo corrêa

1. Introdução........................................................................................................ 1992. CaptaçãodeAtivosFinanceiros:GrandeIncentivodoMovimentode

GovernançaCorporativa................................................................................ 2013. ÉticaeTransparência:AtrativosParaNovoSócio..................................... 2034. Due Diligence...................................................................................................... 2055. Conclusão......................................................................................................... 209ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 210

Artigo13

AGOVERNANÇACORPORATIVA,ACRISEEMPRESARIALEARECUPERAÇÃOJUDICIALLucas J. n. Verde dos santos

1. Introdução........................................................................................................ 2112. Acriseempresarialeagovernançacorporativa.......................................... 2143. Governançacorporativaerecuperaçãojudicial.......................................... 2204. Governançacorporativaeoplanoderecuperaçãojudicial...................... 2255 Conclusão......................................................................................................... 228ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 229

Artigo14

ALEIANTICORRUPÇÃO,ARESPONSABILIDADECRIMINALOBJETIVADASPESSOASJURÍDICASESUACORRELAÇÃO

COMAGOVERNANÇACORPORATIVAJair JaLoreto e matias daLLacqua iLLg

1. Introdução........................................................................................................ 2311.1. Históricodaspolíticasdecomplianceeanticorrupção........................ 2311.2. Políticacriminalbrasileira:aregulaçãoautorregulada...................... 2321.3. Correlaçãocomagovernançacorporativa......................................... 234

2. AspectosLigadosaoDireitoAdministrativo.............................................. 2363. AspectosPenaisdaLeiAnticorrupção........................................................ 238

• 11

3.1. Responsabilidadeobjetiva..................................................................... 2383.2. Acordosdeleniência.............................................................................. 239

4. Conclusões........................................................................................................ 240ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 242

Artigo15

POLÍTICASDECOMPLIANCE —GESTÃODACONFORMIDADEEGOVERNANÇACORPORATIVA

agnaLdo Bahia monteiro

1. Introdução........................................................................................................ 2452. Breverevisãodalegislaçãoempresarial........................................................ 2463. Conceitosde compliance,gestãodeconformidadeegovernançacorpo- rativa.................................................................................................................. 2474. Conceitodepolíticasnoâmbitodasorganizaçõesempresariais.............. 2515. OpapeldoCódigodeCondutanaconstruçãodepolíticasdecompliance 254ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 257

Artigo16

GOVERNANÇACORPORATIVAEOGERENCIAMENTODERISCOSCORPORATIVOSPARAPEQUENASE

MÉDIASEMPRESASrenata sesaki

1. Introdução........................................................................................................ 2592. OgerenciamentoderiscoscorporativoseosdesafiosparaPME.......... 2613. Identificaçãoeclassificaçãodosriscoscorporativos................................. 2634. Tratamentoeprevençãodosriscos.............................................................. 2655. Monitoramentoecontrole............................................................................. 2666. Conclusão......................................................................................................... 267ReferênciasBibliográficas........................................................................................ 268

Artigo17

PREVISÕES(NÃOTÃO)IRREALISTASSOBREOFUTURODAGOVERNANÇACORPORATIVANOSÉCULOXXI

Bernardo Lopes portugaL

1. Introdução........................................................................................................ 2712. Governançacorporativasetornaráuma“commoditie”................................ 2723. Compliance é a nova tendência do processo de melhores práticas de governança........................................................................................................ 272

12 •

4. Aspolíticasdecompliance implicarãojuridicizaçãodaspráticasdeadmi- nistração............................................................................................................ 2735. Implementaçãodagovernançaseintegrarácomossoftwaresdegestão.. 2736. Governançana“nuvem”:osdepartamentosdeTIeosjurídicosterão deinteragir........................................................................................................ 2747. Háumatendênciadeosgovernosimplementaremfiscalizaçãoinforma- tizadadagovernançacorporativaedocompliance........................................ 2758. Diferencial será construído pela forma do relacionamento com os stakeholders.......................................................................................................... 2769. Governança corporativa tenderá a ser uma disciplina nos cursos de direito................................................................................................................. 27610. Internetdascoisasearobotizaçãoseráumdesafioaindainimaginável dagovernançacorporativa............................................................................. 277

APRESENTAÇÃO — Coleção LEXNET

A LEXNETéumaredederelacionamentoeconhecimentoquebuscao aperfeiçoamento das atividades de cada um de seus participantes pormeiodacontínuatrocadeexperiênciascombasenacertezaqueotrabalhoconjuntoeemcooperaçãomultiplicaosresultados.

A LEXNET tem suas atividades voltadas principalmente para so-ciedadesdeadvogados,massuafinalidadetemcaráterpúblicopor incre-mentareserferramentadeaperfeiçoamentoprofissionaleinstrumentodedivulgaçãoeesclarecimentosobretemasdevanguardaporseusartigoselivrosdaColeçãoLEXNET.

A Coleção LEXNET foi criada para esclarecer e colaborar com asociedadeemgeraleempresáriosclientesnacompreensãoeapropriaçãodetemas jurídicos de ponta ou polêmicosmediante uma construção coletivacomaparticipaçãodosváriosescritóriosdaRede.

Vários temas instigantes foram tratados em nossos primeiros seislivros: a questão da Infraestrutura e o Direito; Aspectos da RecuperaçãoJudicial;CréditosdeCarbono;MétodosExtrajudiciaisdeConflito;oDireitoTrabalhistanaAméricadoSuleAspectosModernosdoDireitoTrabalhista.

Commuitapropriedadeaomomentoconturbadoemquevivemos,eàsnecessidadesdasempresasemdesenvolvereaplicaraumaformadegestãomaismoderna,justaeadequada,aRedelançao7ºvolumedasuaColeçãoLEXNET: Governança Corporativa para Pequenas e Médias Empresas.

Háumacrisedegestãoemnossopaísquetemapontadoa imperiosanecessidadedeseremmelhoresconhecidasasquestõesdeumaboaGovernançae o livro se propõe a suprir esta necessidade focando principalmente asatividadesdaspequenasemédiasempresas.

Temosumaconsistenteexperiênciainternanaquestão.Fundadahámaisdeumadécada,arededeescritórios LEXNET vemconstruindosuatrajetóriademaneiraafazerpartedeseuDNAasmelhorespráticasdeGovernança.

Princípiosestruturantesdasmelhorespráticascomoodatransparência,a responsabilidade corporativa, a equidade e respeito aos seus steakholdersnortearam a criação do modelo de negócios em que se baseia a Rede eestiverampresentesnasuaconduçãoaolongodotempo.

14 •

Ocernedonossonegócioclamaapresençadestasposturas,poisestandocalcado na cooperação entre os parceiros como fonte de alavancagem, sechegaacertezaquesópormeiodeumespíritoemqueimpereaconfiança,clareza e uma atitude de “ganha-ganha” dos seus players, acontecerá umcrescimentoconstanteecoletivonaRede.

Deste volume participaram com suas diferentes especialidades quase20advogadosmembrosdaRede,apresentandoconceitos,despertandoparacautelasaseremtomadasetratandoemsuasdiferentesespecialidades(DireitoTrabalhista,Tributário,Criminal, Securitário, Societários etc.) dos aspectosrelevantesdaGovernançaJurídica.

O livro segue o propósito da ColeçãoLEXNET e vem suprir umacarência da maioria das empresas e sociedades brasileiras que precisamconhecerasmelhorespráticasdeGovernançaparasealinharemaomomentopresente.Momento este, emque cadavezmais se sente a importânciadesealiarpráticasmodernasdeadministraçãoeprincípioséticospelosquaisa empresa deve ter uma responsabilidade corporativa e criar valor para asociedade.

Commuitoorgulhoapresentamoseste7ºVolumedaColeção,maisumaobradevanguardaproduzidapelosadvogadosdaredeLEXNET!

Aosleitoresesperamosqueaproveitemaleitura!Aocoordenadoreaosautoresosagradecimentospelosériotrabalhoe

tempodedicadoàobra!Setembrode2015.

ana cecíLia Lopes da siLVa Lencioni

Presidente do Conselho LEXNET

Conselheiros:arthur pinto de Lemos netto

Bernardo Lopes portugaL

cristiano carrion

FaBio Forti FeLipe ragusa

FLaVio guBerman

imacuLada gordiano

Jair JaLoreto Jr. Lucia VidigaL Zimmermann

pLinio riBeiro

rodrigo ÁLVares

Yuri VareLLa

PALAVRA DO COORDENADOR

CaroLeitor,

Quandomepropus a coordenar estaobra,minha intenção foi reunirartigosquepudessem,pormeiodeumalinguagemmaisacessível,levaraosempresários e executivos das pequenas emédias empresas brasileiras umavisãoadaptadaàsuarealidade,doquevemaserGovernançaCorporativa.

Sempre se escreve e se debate a respeito desse tema no âmbito dascompanhiasabertasedassociedadesanônimasdegrandeportecomcapitalfechado.MasoassuntotambéméderelevanteinteresseparaocotidianodaschamadasPME’S (pequenasemédiasempresas), asquaisalmejamumdiachegarapatamaresmaioresdefaturamentoeexcelêncianasuagestão.

Em momentos de crises política e econômica, as quais afetam aconfiançaeacredibilidadedoBrasil,revelam-seoportunidadesparaaquelesque souberem enxergar além da turbulência e que se prepararem para sediferenciaremnonovomomentodopaísquesurgirá.

Espero,pois,queosartigosorareunidospossamserúteis,ajudandoaestimularaadoçãodemelhorespráticasdegovernançacorporativatambémpelaspequenasemédiasempresasbrasileiras,oqueteráreflexoimediatonoaperfeiçoamentodesuagestão.

GostariadeagradeceracadaumdosArticulistasqueaceitaramodesafiodeproduzirestaobracoletiva,dentrodoespíritodenossaRedeLEXNET.

AgradeçoànossaDiretoraLuciaZimmermannquenospermitiutornarolivroumarealidade.

Agradeço também ao Advogado Adriano Mesquita Carneiro pelopreciosotrabalhodeauxiliar-menarevisãodosartigosoriginais.

Aosleitores,obrigadopelaconfiança,boaleituraesucesso!

Bernardo Lopes portugaL

Sócio do escritório Portugal Murad — Direito de NegóciosLEXNETBeloHorizonte

OS AUTORES

AGNALDOBAHIAMONTEIROAdvogado.IntegrantedoescritórioChetto&ChettoAdvogadosAssociados,membro LEXNET, especialista em Direito Imobiliário. Bacharel emDireito pela Universidade Federal da Bahia — UFBA (pós-graduadoemDireito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo—PUC).Profissionalatuante,participoudafundaçãodedoisimportantesescritórios de advocacia e de uma empresa de consultoria empresarial,onde até hoje desempenha grande atuação. Acumula, ainda, os cargos deConselheiroTitulardoConselhoEstadualdoMeioAmbientedoEstadodaBahia—CEPRAM,ondeatuanaCâmaraTécnicaJurídicaedoConselhode Julgamento deRecursos.Diretor Jurídico daAssociação dosHospitaiseEstabelecimentosdeSaúdedoEstadodaBahia—AHSEBeProfessorda Universidade Salvador — UNIFACS, onde leciona nos cursos deAdministração de Empresas, Direito e Graduação Profissional. Idioma:Inglês.

[email protected]

ARMANDOHÉLIOALMEIDAMONTEIRODEMORAESAdvogado.SóciodoescritórioImaculadaGordianoSociedadedeAdvogados,membro LEXNET com sede em Fortaleza/CE. Mestre em DireitoConstitucional/UNIFOR.Master of LawemDireitoEmpresarialpelaFaculdadede Economia e Finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de CapitaisIBMEC/BOVESPA. Pós-Graduado em Direito e Processo Tributário/UNIFOR.Pós-GraduadoemDireitoProcessualCivil/UNIFOR.Trainer daDALE CARNEGIE TRAINING® ASSOCIATES INC.noBrasil.

[email protected]

BERNARDOLOPESPORTUGALAdvogado. Sócio do escritório PortugalMurad—Direito deNegócios,membroLEXNETcomsedeemBeloHorizonte/MG.BacharelemDireitopelaUniversidadeFederaldeMinasGerais.EspecialistaemDireitodaEconomia

18 •

edaEmpresa pelaFundaçãoGetúlioVargas—FGV.Mestre emDireitoComercialpelaUFMG,comotema“GovernançaCorporativanoDireitoSo-cietário Brasileiro”, membro do Conselho Consultivo LEXNET — Law Firms Alliance.MembrodoConselhodo InstitutoMineirodeMercadodeCapitais—IMMC.AtuaprincipalmenteemDireitoSocietário,PlanejamentoPatrimonial,emprocessosdeFusõeseAquisiçõesecaptaçãodeinvestidoresde Venture Capital e Private Equity. Também atua como Mediador, sendocertificado pelo International Institute for Conflict Prevention and Resolution — CPR. É membro da Comissão de Regulação da Associação Brasilei-radePrivate Equity eVenture Capital — ABVCAPemembrodoConselhodeAdministraçãodaCONFRAPARPARTICIPAÇÕESS/A.Fluenteeminglês.

[email protected]

DANIELGORDIANOBATISTAVIEIRAFILHOGraduadoemDireitopelaUniversidadedeFortaleza.IntegrantedoescritórioImaculadaGordianoSociedadedeAdvogados,membroLEXNET,comsedeemFortaleza/CE.Pós-GraduadoemDireitoeProcessodoTrabalhopelaUniversidade CHRISTUS. Pós-Graduado em Direito Público e PrivadopelaFaculdadeEntreRiosdoPiauí.TécnicoemSegurançaeSaúdedoTrabalhopelo SENAI. Consultor, Facilitador e Palestrante na área de segurança esaúdedotrabalho.AssistentejurídicoparaapoionoatendimentodademandadeDireitodoTrabalhonaadvocaciaconsultivaepreventivanaáreaempresarial.

[email protected]

DANIELMEIRELLESFERREIRAAdvogado. Sócio fundador do Meirelles Ferreira Advogados, membroLEXNET, comsedeemBrasília/DF.Prestaassessoriajurídicaemplaneja-mentospatrimoniaisesucessóriosdeempresasfamiliares.Pós-GraduadoemLLMemDireitoEmpresarialpelaFundaçãoGetúlioVargas(FGV).Pós-gra-duadoemDireito,EstadoeConstituiçãopelaUniversidadeCândidoMendes.Écoautordolivro“RecuperaçãoJudicial.DaNecessidadeàOportunidade”.

[email protected]

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ERMIROFERREIRANETOAdvogado.SóciodoFiedraAdvocaciaEmpresarial,membroLEXNET,comsede emSalvador/BA.Mestre emDireito (PPGD/UFBA).Pós-GraduadoemDireitoCiviledoConsumidor(Juspodvim/UNIJORGE).ProfessordaFaculdadeBaianadeDireito(Graduação),daUFBA(Pós-Graduação)edaUNIFACS(Pós-Graduação).Autordeartigos.MembrodoInstitutoBrasi-leirodeDireitoCiviledoInstitutodeDireitoPrivado.AtuaçãonaáreadeDireitoPrivadocomfoconaEstruturaçãodeNegócioseContencioso.

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ERNESTINARODRIGUESPINTOAdvogada. Integrante do Escritório de Assessoria Jurídica José OswaldoCorrêa,membroLEXNET,comsedenoRiodeJaneiro/RJ.GraduadaemDireitopelaUFPa.EspecializadaemDireitoTributário(UCAM),principalárea de atuação, e emDireito Internacional (FGV/OEA), comaprovaçãoda Tese “DireitosHumanos e sua Violação pela Tortura”, atuando aindaemquestõesadministrativaseaduaneiras.Dedicou-seporduasdécadasaoMagistério, lecionando, prioritariamente, Direito Internacional Público naUNESA, no Instituto BENNETT e, como Professora convidada, naUFRJ. Pós-Graduação: “Integração Econômica”, iniciativa da EMAFRAemconvêniocomaUniversidadedeCoimbra,apresentandoamonografia“HarmoniaTributárianoMercosul”.DoutoradoemDireitoSocialnaUFRJ.Fluentenasliteraturasinglesaealemã.

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FELIPEGODINHODASILVARAGUSAAdvogado.SóciodoescritórioAmaraldeAndradeAdvogadosAssociados,membroLEXNET comoEspecialista emDireito deFamília e Sucessões.MembrodoConselhoConsultivoLEXNET.Pós-GraduadoemDireitodeFamíliaeSucessõespelaEscolaPaulistadeDireito(EPD).

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20 •

FERNANDABARCELOSGOMESBacharelemDireitopelaFaculdadedeDireitoMiltonCampos.Atuanoes-critórioPortugalMurad—DireitodeNegócios,LEXNETBeloHorizonte.Pós-graduanda emDireito Público na PontifíciaUniversidadeCatólica deMinasGerais.Principaisáreasdeatuação:DireitoAdministrativoePlaneja-mentoSucessório/Patrimonial.

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IMACULADAGORDIANODEOLIVEIRABARBOSAAdvogadaesóciafundadoradoescritórioImaculadaGordianoSociedadedeAdvogados,membroLEXNET, com sede emFortaleza/CE.ConselheiradaLEXNET-Law Firm Alliance.Pós-GraduadaemDireitoEmpresarialpelaPontifíciaUniversidadeCatólicade SãoPaulo—PUC.Pós-Graduada emDireitodoTrabalhoeProcessodoTrabalhopelaUniversidadeCHRISTUS.Pós-Graduada em Responsabilidade Civil pela Universidade de Fortaleza--UNIFOR.EducadoraCorporativapelaDale Carnegie® Training Associates Inc.CertificadanoProgramaLeading Employe e Engagement,pelaUniversity of Central Missouri. 2ªPresidentedaComissãodePrerrogativasdoAdvogado—OAB/CE.AdvogadaSêniordoDir.Societário,Cooperativo,3ºSetoreIncentivosFiscaisdoIGSA.

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JAIRJALORETOAdvogado.SóciodePortela,CamposBicudoeJaloretoAdvogados,membroLEXNET comoEspecialistaemDireitoPenaleEmpresarial, criminalista.ConselheirodaLEXNET-Law Firm Alliance.ÉespecialistaemDireitoPenalEconômicopeloInstitutodeDireitoPenalEconômicoEuropeu,daUniver-sidadedeCoimbra(Portugal).EspecializaçãoemDireitoPenalEmpresarialpelaFGV/SP.FiliadoàAssociation Internationale de Droit Pénal (AIDP),Asso-ciation International de Droit des Assurances (AIDA),International Bar Association (ABA), Inter-American Bar Association (IABA) eAssociation of Certified Fraud Examiners (ACFE).AtuaçãoemDireitoPenalEconômico,Compliance Crimi-naleFraudesEmpresariais.

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JOSÉOSWALDOCORRÊAAdvogado.SóciofundadordoEscritóriodeAssessoriaJurídicaJoséOswaldoCorrêa,membroLEXNET,comsedenoRiodeJaneiro/RJ.MembroEfe-tivo do Instituto dos Advogados Brasileiros, fazendo parte da ComissãoPermanente deDireitoFinanceiro eTributário.MembroEfetivo daAssocia-çãoBrasileiradeDireitoFinanceiro.Membroda International Fiscal Association.Membro doComitê Jurídico daCâmara deComércio Suíço-brasileira; doInstituto Ibero-Americano de Direito Público— IADP; do Centro de Es-tudos de Sociedades deAdvogados—CESA.DaCâmara Portuguesa deComércioeIndústriadoRiodeJaneiro.ConselheiroEméritodoConselhodeMinerva(ConselhodosDiplomadosdaUniversidadeFederaldoRiodeJaneiro—Universidade doBrasil).Membro doComitê Jurídico daAssocia-çãoBrasileiradeSupermercados(ABRAS).AssessorJurídicodaAssociaçãodeSupermercadosdoRiodeJaneiro(ASSERJ).AssessorJurídicodaBolsadeGênerosAlimentíciosdoRiodeJaneiro.ConselheiroEfetivodaOrdemdosAdvogados do Brasil — Rio de Janeiro. Recebeu, com honraria, ColardoMéritoJudiciário,concedidopeloTribunaldeJustiçadoEstadodoRiodeJaneiro;MedalhaTiradentes,concedidapelaAssembleiaLegislativadoEstadodoRiodeJaneiro;eMedalhadoConselhodeMinerva.

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LUCASJOSÉNOVAESVERDEDOSSANTOSAdvogado. Sócio do escritório Forti & Advogados Associados, membroLEXNET comoEspecialista emGestão de Crise e Recuperação Judicial.GraduadoemDireitopeloCentroUniversitárioCuritiba(UNICURITIBA).Pós-GraduaçãoMasters of Law(LLM)emDireitoEmpresarialpelaFundaçãoGetúlioVargas(FGV).MembrodaComissãodeFalênciaseRecuperaçãodeEmpresasdaOAB/PR.Atuanocontencioso,consultivoepreventivoem-presarial,comênfaseemgestãodecrise,falênciaserecuperaçãodeempresas.

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LUCIENEFRANZIMAdvogada. Sócia fundadora da Franzim Consultoria Jurídica, membroLEXNET comoEspecialista emEstruturação Patrimonial paraEmpresas

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FamiliareseFamíliasEmpresárias.Mestre(LL.M)emDireitoInternacionalpelaCornell Law School (EUA).EspecialistaemDireitodaComunidadeEuro-peiapelaUniversité Paris I Pantheon(França).GraduadaemDireitopelaUni-versidadedeSãoPaulo(USP).ProfessoradoscursosdeGestãodeEmpresasFamiliares e Planejamento Financeiro do Instituto de Ensino e Pesquisa(Insper).MembrodoGrupodeEstudosdeEmpresasFamiliares (GEEF)daFGV/SP.CoautoradolivroGovernança Corporativa em Foco,EditoraSaintPaul.FoiresponsávelpelaáreadeestruturaçãopatrimonialdoHSBC Private Banking. Superintendente Jurídica dos BancosUnibanco S/A e SantanderBanespaS/A.

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MATEUSSIMÕESDEALMEIDAAdvogado. Sócio do escritório Portugal Murad — Direito de Negócios,membroLEXNET,comsedeemBeloHorizonte/MG.MestreemDireitoEmpresarial(FaculdadeMiltonCampos).ProfessordonúcleodeGovernançadaFundaçãoDomCabral(FDC).ProfessordeDireitoCivileEconomiadaFaculdadedeDireitoMiltonCampos.ProfessordeDireitodaConcorrêncianoscursosdePós-GraduaçãodoCentrodeAtualizaçãoemDireito(CAD—UniversidadeGamaFilho)edaFaculdadedeDireitoMiltonCampos.Procu-radorConcursadodaALMG.MembroFundadordaAssociaçãoMineiradeDireitoeEconomia—AMDE.PresidentedaComissãodeEnsinodaOrdemdosAdvogadosdoBrasil,SeçãoMinasGerais.MembrodoDiretórioEstadualdoPartidodaSocialDemocraciaBrasileira(PSDB).AtuanaáreadoDireitoEmpresarial emfusõeseaquisições,due diligence jurídicaeprestaassessoriajurídica estratégica, com ênfase em concorrência (CADE) e estruturaçãosocietária.Possuiváriosartigosjurídicospublicados.

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MATIASDALLACQUAILLGAdvogadoCriminalnoescritórioPortela,CamposBicudoeJaloreto,membroLEXNETcomoEspecialistaemDireitoPenaleEmpresarial.GraduaçãoemDireitopelaPontifíciaUniversidadeCatólicadeCampinas (2009).Mestra-doemCriminologia eCiênciasEstratégicaspelaUniversità Sapienzadi Roma

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(2014).Pós-GraduaçãoemDireitoPenalEconômicoIBCCRIMeUniversi-dadedeCoimbra(2010).MembrodoAIDPeIBCCRIM.AtuaçãoemDireitoPenalEconômicoeCompliance Criminal.

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MAXWELLLADIRVIEIRAAdvogado sócio de Ladir & Franco Advogados, escritório membroLEXNETsediadoemUberlândia-MG.Pós-GraduadoemDireitoTributá-riopeloInstitutodeBrasileirodeEstudosTributários—IBETeemDirei-toProcessualCivilpelaUniversidadeFederaldeUberlândia-MG.ProfessoruniversitáriodeGraduaçãoePós-Graduaçãocomváriosartigospublicados.Presidente do InstitutodeDireitoEleitoral eMunicipal doTriânguloMi-neiro,Ex-PresidentedaComissãodeDireitoTributárioda13ªSubseçãodaOrdemdosAdvogadosdoBrasil—SeçãoMinasGerais,comenfoquedeatuaçãoemDireitoTributárioeTributaçãoMunicipal.

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PLÍNIORIBEIROAdvogado eEstrategista, fundador da LEXNET emembro doConselhoConsultivoeatualDiretor.Pós-GraduadoemEstratégiasEmpresariaispeloAPG-MBA,daAmana-Key,eformaçãocomoConselheirodeAdministraçãopeloInstitutoBrasileirodeGovernançaCorporativa—IBGC.Atuadesde1996comoconsultoremestratégia,gestãoegovernançaparaassociedadesdeadvogados.

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RENATASESAKIAdvogada.SóciadoescritórioCardillo&PradoRossiAdvogadosAssociados,membroLEXNET comoEspecialista emDireitoAdministrativo. Forma-dapelaPUC/SP.Pós-GraduadaemDireitoBancárioeMercadodeCapitaispelaFADISP.Pós-GraduadacomEspecializaçãoemDireitoComercialpelaPUC/SP.ResponsávelpelaáreadeSeguroseResseguros.

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ARTIGO 1GOVERNANÇA CORPORATIVA. HISTÓRICO,

ATUALIDADE DO TEMA EM GERAL E SUA APLICABILIDADE CADA VEZ MAIOR À REALIDADE

DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS — PME’S

Bernardo Lopes portugaL

Sumário: 1. Introdução; 2. Governança corporativa: histórico e con-ceitos; 2.1. Do conceito de governança corporativa e sua relação com o direito; 3. Governança legal: caminho mais fácil para o aperfei-çoamento da gestão das PME’s; 4. Etapa evolutiva: implantação de procedimentos internos voltados a dinamizar a governança corporativa 5. Desafio: continuidade, monitoramento e correções de rota; 6. Conclusão.

1. introdução

As sociedades anônimas, notoriamente, se converteram, ao longo dotempo, em poderosos instrumentos de captação de recursos privados, ouda denominada poupança popular, comvistas a possibilitar que corajososempreendedores realizem negócios de vulto, com os quais cada um dosacionistas,porsimesmos,nuncaseriamcapazesdesonhar,cabendoacadaum,naproporçãodoriscoassumido,consubstanciadonorespectivonúmerodeaçõesadquirido,obteradevidacontrapartida,pormeiodosfuturoslucrosedividendos.

Se voltarmos aos primórdios doDireito Comercial para esmiuçar asorigens do instituto das sociedades anônimas, vemos que ele se relacionacomoiníciodasgrandesnavegaçõesplanetárias,aindanaépocadosFenícios,noslongínquosséculosXIVeXVa.C.1,oquejáfoipordemaisdebatidoeexplicitadopordiversosautorescomoWaldirioBulgarelli,RubensRequião,JoãoEunápioBorgeseFranMartins,entreoutroscomercialistasderenome.

1 BULGARELLI, Waldirio. Direito Comercial. São Paulo: Atlas, 2001. p. 27.

26 • — GoVernança CorporatiVa: atualidade do tema e sua apliCabilidade à realidade das pequenas e médias empresas – pme’s —

Se,jánaquelaépoca,oquesepretendiaeraaminimizaçãodosriscosdoscapitalistas, que buscavam contratar uma responsabilidade limitada, frenteaosimprevisíveisresultadosdasaventurasdosempreendedores,pelosmaresedesembarquesemterrasdesconhecidas,quedizerdomundocapitalistaedinâmicoemquevivemosatualmente,noqualaescassezderecursosimpõecautelaegarantiascadavezmaiores?

Emnossopaís,aindanosidosde1931,JoséX.CarvalhodeMendonça2externavasuaspreocupaçõesacercadaspeculiariedadesenvolvidasnessetiposocietário,anossover,plenamenteaplicáveisaindahoje:

“Disse-vosque,paragarantiraprotecçãodevidaássociedadesanony-mas,eramindispensaveisprovidenciasadequadaásuaconstituiçãoeásuavida economica.As sociedades anonymas têm situaçãodifferentedas outras sociedades.Os capitalistas, aos quaes se pede o concursoparasuaorganização,emregra,nãoconhecemaspessoasquefundamaempresaouasquevãodirigi-as.Ouvemdizerquealghumasoutodasoccupamposiçãosocialdedestaque.Aimprensatrabalhadaemdeter-minadosentido,exalta,valorizaostyposquefiguramcomofundadoresedirectores,confere-lhesostitulosdeprobidadeehabilidade,impon-do-osàconfiançapública.Essescapitalistasnãodispoemdemeiosparaverificaremasvantagensdaempresa,annunciadascomreclamosestri-dentes.Ocontratoemqueintervemosubscriptordasacções,paradarosangueássociedadesanonymas,nãorepresentaoutracousaqueumcontratodeconfiança,cujostermosellenãopódediscutirnemmodi-ficar.Umrispidocontratctodeadhesão.Explica-seassim,arazãoporque as legislações procuramproteger comdisposições especiais essassociedades desde as bases organicas.Bastaria a publicidadedos actosconstitutivos?Nãocreio.Thallerdisseumavez,queaescoladaliberdadesobre as sociedades anonymas, apregoando a larga publicidade comoremédiosupremo,“aplicavaumemplastronumapernadepau.”

EssasremotasliçõesdeCarvalhodeMendonçaguardamsurpreendenteatualidadejurídica,nocenáriodeglobalizaçãoprogressivadaeconomiacomqueomundo convive nos últimos anos, associada a umdesenvolvimentotecnológicogalopante,sobretudodasferramentasdecomunicaçãoviainterneteumaverdadeirainteraçãodosmercadosacionáriosmundiais,comopodemos

2 MENDONÇA, José X. de Carvalho. Os problemas da sociedade anonyma, José X. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1931. p. 30/31.

• 27— bernardo lopes portuGal —

verificar semprequeumacrisefinanceiradequalquerpaísnomundonosatinge.

E,aomesmotempo,édesedestacarquetalcenáriovempropiciandoumintercâmbiocadavezmaiorentreospovos,nosmaisdiversoscampos,dentreelesomercadodecapitais,oquepodeserbenéficoaonossodesenvolvimento,seformoscapazesdeaprendercomasexperiênciasdosoutrospaíses.

Umexemplodessaglobalizaçãodosmercadosmundiaisforamosescân-dalosfinanceirosocorridosnoiníciodosanos2000,emgrandesempresasnorte-americanas(WorldCom,XeroxeEnron),osquais,entreoutros,trou-xeramàtonaumasériedefraudescontábeisejurídicasantesinimagináveisparaospadrõesdegovernançacorporativaatéentãoemvigor,peloqueháummovimentonosentidodeumreposicionamentodalegislaçãosocietária,emfacedoevidentequestionamentodesuaeficiência,dadasascondiçõesque propiciaram a realização contínua de práticas de gestão societária tãorepreensíveis.Então,otemaGovernançaCorporativaganhouasmanchetes.

OInstitutoBrasileirodeGovernançaCorporativa,na1ªEdiçãodesuahistória, em 2002, trouxe a definição deHallqvist, Bengt, qual seja: “É oconjunto de práticas e relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselhode administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal, cujafinalidadeéotimizarodesempenhodaempresaefacilitaroacessoaocapital”.

Talassuntointeressouàépocaecontinuainteressandohojeumuniversodepessoas,umavezquetaisfraudestêmgeradoprejuízosnãosóaosacionistasde cada empresa, aos investidores em valoresmobiliários, fornecedores eclientesdascompanhiase,commaiorênfaseainda,àsociedadecivilemgeral,pelo abalo causado na credibilidade dos mercados de capitais, colocandodúvidasquantoà sua segurançaenquanto instrumentode investimentodapoupançaprivadaealavancadordegrandesempreendimentoshumanos.

Eaimportânciadotemaganhamaiorrelevância,emfacedeamaioriadas análises já divulgadas sobre as principais causas dos referidos eventosfraudulentos terem concluídopela participação direta dos administradoresdascompanhias,nosatosouomissõesqueosensejaram.

Comvistasàbuscadevantagenspessoaisvinculadasaodesempenhodasempresasquedirigiam,fossepelospagamentosdiretos,fossepelorecebimentode opções futuras de ações, alcançados mediante técnicas agressivas decontabilidadeepelaadulteraçãodebalanços,relatóriosdaadministraçãoetc.,osexecutivosmanipularamosmaisbásicosdireitosàinformaçãogarantidos

28 • — GoVernança CorporatiVa. HistóriCo, atualidade do tema em Geral e sua apliCabilidade Cada Vez maior à realidade das pequenas e médias empresas – pme’s —

pelalegislação,violandoassim,deformacabal,ochamadodeverdelealdadepara comos acionistas, antes tido como intrínseco ao exercício da gestãocorporativa.

Tais acontecimentos colocaram emxequeosmodelos de governançacorporativa existentes, tornando relevante a abordagem jurídica dos fatosocorridos, já que as soluções para prevenir novos acontecimentos dessanaturezapassamnãomaispelorecrudescimentodoaparatonormativo,comoécomumnessassituaçõesdecrise,massobretudopelarevisãodaspráticasdemercadoedaprópriaculturapermissivadenossassociedadesmodernas.

Asoluçãoqueseprocurapassa,primeiro,porumesforçodoaparatoestatalparadarcumprimentoàstantasnormasquejáexistem,acabandocomtantaimpunidade,queestimulaasilegalidades.Outropontofundamentalévalorizarmaisaeducaçãodosleigossobreoconteúdodasleisemvigor,paraqueasregrasexistentespassemafazerpartedaculturadaspessoascomunse,principalmente,daquelesqueatuamdiretamentenomercadodecapitais.

NoBrasil,taldebateéespecialmenteimportanteporsernotórioqueamaioriadenossasempresassãofamiliarese/ouaindacontroladasporumoupoucosgruposdeacionistas,havendo,portanto,muitooqueevoluirnotratodosdireitosdospequenosinvestidoreseacionistasminoritários.

Outrossim,apesardealegislaçãosocietáriabrasileiraserrelativamenteboa e moderna, talvez ainda haja espaço para que seja aperfeiçoada,principalmentecomopropósitodeatrairmaiornúmerodeinvestidoresparanossasbolsasdevalores,permitindoaampliaçãodomercadodecapitaiseofomentoàatividadeeconômicadealtonível,propulsoradodesenvolvimetosustentadotãoalmejadopelopaís.

E isso só ocorrerá na medida em que conseguirmos promover ummaiorgraudeconhecimentodapopulaçãoquantoàsgarantiasjurídicasquejávigoramparainvestirnomercadodecapitais,hojeaindabastanterestritoevistocomdesconfiançapelamaiorpartedapopulação.

Essafoi,resumidamente,aintroduçãodeminhadissertaçãodeMestradosobreaGovernançaCorporativanoDireiroSocietárioBrasileiro,defendidaemdezembrode2005,portanto,háquasedezanos.

O interessante e triste é quemuito do que nela estava tratado comofatorelativamenterecenteéaindahojeatualebastanteaplicávelàrealidadedomercadobrasileiro,nãoapenasdasgrandescompanhiasabertasnahoje

• 29— bernardo lopes portuGal —

BM&FBOVESPA,masprincipalmentenoambientedaspequenasemédiasempresas,quecompõemamaiorpartedaforçaempresarialdopaís.

Podemos traçar um paralelo entre as práticas negativas que levaramaoaperfeiçoamentodalegislaçãoedomercadodecapitaisbrasileiro,comoconsequênciadoadventodaleinorte-americanaSarbanes-Oxley(SOX),noiníciodosanos2000,ea recenteoperação“lava-jato”,quevemrevelandopráticascriminosasdetodaordem,evidenciandoasfalhasemnossaculturaempresarial,principalmentenoquetangeafalhasnaimplementaçãodeboaspráticasdegovernançacorporativa.

Quantasempresasdeboa-fé,degrande,médioepequenoportesestãosendolevadasàfalênciaouàdeclaraçãodesuainidoneidadepornãoseremcapazesdegerircomeficiênciaoseuprópriorelacionamentocomosentespúblicosedeevidenciarprovasdequeosatosdecorrupçãoforampraticadosporpessoasisoladasenãoumapráticadolosadaempresa?

TalcenáriolevouinclusiveàediçãopeloGovernoFederaldadenominadaLeiAnticorrupção—Lein.12.846de2013,eseuDecretoRegulamentadorn.8.420de2015.Esseéopanodefundodesteedosdemaisartigoscomponentesdestaobra,osquaispretendemserumacolaboraçãoparalevarosconceitosdaGovernançaCorporativa ao universo das pequenas emédias empresasbrasileiras.

Esetemosametadeumdiasermosummercadoforte,comgrandesempresas, realizando maiores negócios, com mais ética e transparência,eficiênciade gestão e, por conseguinte,maiorespara todosos envolvidos,precisamoseducaraspequenasemédiasempresasbrasileirasparaquepossamseprepararparaseremdiferentesemelhoresquandoatingiremesseobjetivo.

Éevidenteque apenasumpequenopercentualdas empresas chegaráaserumacompanhiaaberta,masodesejodesê-looupelomenosbuscarter empresas listadas comparadigma de excelência no respectivo setor daeconomiapodeserumexcelentecomeçoparaqueseconsigapromoverumarevoluçãonessaspráticas.

A atualidade do tema também decorre da percepção quanto à suainterdisciplinaridade,entreaciência jurídicaeocampodaadministraçãoecontabilidade,especialmentenoquedizrespeitoao“deverdelealdade”dosadministradoresprevistonoDireitoBrasileiro,oqualpressupõeumasériedeprocedimentosdegestão,principalmenteaquelesvoltadosàtransparênciadosatos levadosaefeito, implícitosno“deverde informar”aosacionistasgarantidoemlei.