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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TURISMO FÓRUNS ESTRATÉGICOS DO DISTRITO FEDERAL FÓRUM ESTRATÉGIO PÓLO DE FLORES DO DISTRITO FEDERAL

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TURISMO

FÓRUNS ESTRATÉGICOS DO DISTRITO FEDERAL

FÓRUM ESTRATÉGIOPÓLO DE FLORES DO DISTRITO FEDERAL

Brasília / DF 15 de agosto de 2007

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FÓRUNS ESTRATÉGICOS DO DISTRITO FEDERAL

FÓRUM ESTRATÉGIOPÓLO DE FLORES DO DISTRITO FEDERAL

Brasília / DF 15 de agosto de 2007

Índice pg

Apresentação 5

Fundamentação teórica e metodológica 6

Histórico 8

PARTE I

A floricultura brasileira contemporânea e a oportunidade de inserção comercial dos novos pólos de produção 11Introdução

1. A floricultura brasileira: principais características estruturais 11

1.1 O setor produtivo de flores e plantas ornamentais no Brasil 11

1.2 Produção e comercialização de plantas ornamentais no Brasil 141.3 Aspectos relevantes no mercado interno de flores e plantas ornamentais 161.4 Principais formas de comercialização no mercado interno 17 2. Consumo de flores e plantas ornamentais no mercado interno brasileiro 21

3. O mercado internacional e suas características mais relevantes 23

4. Tendências, perspectivas e desafios na Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais 42

5. Considerações Finais 45

PARTE IIA Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal 47

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PARTE III O Projeto do Pólo de Floricultura do Distrito Federal 64Apresentação 64Objetivos 66Justificativas 67Metas 68Descrição Sumária do Projeto 69Delimitação dos estudos necessários para a criação e implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal 70Pontos Críticos 74

Bibliografia citada e consultada 75

Índice de Tabelas pg

Tabela 1. Estimativa do número de produtores de flores e plantas ornamentais do Brasil, por Macro-regiões geográficas. 13

Tabela 2. Estimativa da área cultiva com flores e plantas ornamentais no Brasil, por Macro-regiões geográficas. 13

Tabela 3. Formas de comercialização vigentes nos principais mercados atacadistas de flores e plantas ornamentais do Estado de São Paulo, em 2007. 17

Tabela 4. Formas de comercialização vigentes nos principais mercados atacadistas de flores e plantas ornamentais do Estado de São Paulo, em 2007. 19

Tabela 5. Faturamento das floriculturas online no Brasil, em milhões de Reais, no período de 2001 a 2005. 21

Tabela 6. Principais flores e plantas ornamentais consumidas no Brasil, em 2006. 23

Tabela 7. Principais características do consumo de flores e plantas ornamentais, segundo estágio do desenvolvimento sócio-econômico dos diversos países no mercado mundial, em 2007. 25

Tabela 8. Consumo per capita anual de flores de corte em países selecionados, em 2005 (em euros). 26

Tabela 9. Consumo per capita anual de flores em vasos, em países selecionados, em 2005 (em euros). 26

Tabela 10. Participação relativa dos pontos-de-venda nos mercados da Europa e dos EUA, em 2004. 28

Tabela 11. Participação relativa dos principais grupos de produtos

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exportados pelo mercado mundial e pelo Brasil, em 2007. 29

Tabela 12. Balança comercial brasileira de plantas vivas e produtos da floricultura, em 2006 (Valores em US$ FOB) 30

Tabela 13. Balança comercial brasileira de plantas vivas e produtos da floricultura, por grupos de produtos, em 2006. 34

Tabela 14. Valores e participação, por grupo de produtos, na pauta de exportações de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período de 2004 a 2006. 34

Tabela 15. Países de destino das exportações brasileiras de mudas de orquídeas, em valore e participação relativa, no período de 2000 a 2006 35

Tabela 16. Estados de origem das exportações brasileiras de mudas de orquídeas, em valore e participação relativa, no período de 2000 a 2006. 35

Tabela 17. Ranking dos países importadores de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período de 2004 a 2006. 37

Tabela 18. Ranking dos estados exportadores de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período de 2004 a 2006. 38

Tabela 19. Principais desafios para a floricultura comercial no Brasil, em 2007. 43

Tabela 20. Ações estratégicas recomendadas para o setor produtivo para o eficiente e competitivo enfrentamento dos desafios setoriais. 44

Tabela 21. Segmentação interna da floricultura do Distrito Federal, segundo número e participação relativa dos produtores e da área cultivada, por especialidade, em 2005. 48

Tabela 22. Empregos totais e por hectare gerados no cultivo de flores e plantas ornamentais, segundo principais segmentos, no Distrito Federal, em 2005. 49

Tabela 23. Valor estimado do consumo total e por segmento de especialização de flores e plantas ornamentais do Distrito Federal, a preços finais ao consumidor, em 2005. 50

Tabela 24. Participação relativa das principais fontes e origens no suprimento anual do mercado de flores e plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem, no Distrito Federal, em 2005. 52

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Apresentação

Em 2007, o Governo do Distrito Federal - GDF, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal – SDET, criou os Fóruns Estratégicos do Distrito Federal, com o objetivo de

“Orientar e criar condições para atrair e reter empresas com negócios sustentáveis no Distrito Federal e Entorno [...] não envidando esforços no sentido de conceber e implementar ações que possam favorecer o desenvolvimento do setor produtivo e a sua competitividade, com especial atenção ao micro e pequeno empreendedor1”

Segundo a SDET2, a promoção do crescimento econômico, assim como outras iniciativas públicas, depende da efetividade e da concretização de três etapas fundamentais: a concepção estratégica, a implementação e a agregação. Assim, a ação voltada à promoção do crescimento econômico deve ser concebida em estrita concordância com os reais problemas enfrentados pela economia local, diagnosticados previamente. Daí, seguem as etapas subseqüentes da implementação e da agregação, onde devem ser despendidos grandes esforços de aglutinação envolvendo diferentes visões e conceitos estratégicos e metodológicos, de modo a produzir um projeto único, democrático, aceito pela maioria, e que viabilize a concretização dos melhores resultados e expectativas.

O Fórum Estratégico Pólo de Flores foi concebido dentro desse espírito do desenvolvimento regional, situando-se entre as prioridades delineadas pelo Governo do Distrito Federal no campo dos principais Áreas de Desenvolvimento Econômico, envolvendo questões como capacitação de mão-de-obra, crédito, arranjo produtivo, logística de exportação, entre outros.

Durante os meses de junho a agosto de 2007, foram realizadas diversas reuniões dos membros participantes designados para este Fórum Estratégico, cujo resultado principal se consubstancia nesse presente diagnóstico e Projeto de Criação e Implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal.

1 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal - SDET . Fóruns Estratégicos do Distrito Federal. Brasília: SDE, 2007, 25 p.

2 Op. cit., p.5

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Fundamentação teórica e metodológica

Na história brasileira contemporânea, as ações técnicas e políticas afetas ao planejamento e ao desenvolvimento regionais tiveram como ponto de ênfase principal, especialmente no período compreendido entre as décadas de 1950 e 1970, a criação e a consolidação dos chamados Pólos de Desenvolvimento. No Brasil, esta orientação resultou na elaboração, implantação e criação de planos nacionais e instituições extremamente relevantes como o Plano de Metas, o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) e a criação da SUDAM e da SUDENE. Seus produtos, contudo, não deixaram de ser alvo de grandes críticas - embora tenham tido inegável sucesso na ampliação da estrutura produtiva - principalmente devido aos modestos e altamente concentrados resultados econômico-financeiros obtidos, à forte participação e presença estatais e à grande exclusão social decorrente de suas práticas3.

Entre os fatores que mais contribuíram para essa performance negativa, citam-se: os altos custos de financiamento e custeio desses programas; a insuficiência das práticas e políticas de maximização e de distribuição dos benefícios econômicos e sociais auferidos; as indecisões e incertezas nas definições de prioridades, sem foco no adensamento econômico das cadeias produtivas ou segmentos fortemente demandantes de mão-de-obra ou ainda dos recursos abundantes nas regiões abrangidas; a falta de estratégia de desenvolvimento tecnológico autóctone e o extremo sacrifício do meio ambiente4.

No início dos anos oitentas, contudo, este panorama passará a sofrer importantes e radicais transformações sob a forte influência das mudanças estruturais nos métodos, tecnologias e processos produtivos e gerenciais observadas em âmbito internacional. Essas novas dinâmicas na economia mundial serão impulsionadas, sobretudo, pela crescente globalização. Nesse processo, tomarão corpo novas ordens de preocupações, calcadas fundamentalmente na incorporação das instâncias locais e das atividades de menor escala, atuando de forma fortemente inclusiva em relação às pequenas e médias empresas, o que implicará numa maior democratização do acesso aos mercados e da geração de oportunidades de emprego, renda e, consequentemente, de melhoria da qualidade de vida.

Todo esse novo quadro conceitual e teórico virá alterar as posturas técnicas e políticas afetas ao planejamento e ao desenvolvimento regionais. Dessa forma, passarão a angariar maior relevância a valorização e o apoio às aglomerações produtivas ou aos Arranjos Produtivos Locais (APLs), nos quais se buscará: desenvolver e fortalecer os aspectos tecnológicos endógenos; incentivar a cooperação; facilitar a comercialização e o acesso aos mercados; criar ambientes competitivos, além de promover a inclusão fortalecedora das empresas de menor porte.

3 SICSÚ, A. B.; LIMA, J.P.; VICTOR SILVA, G. Novas lógicas do planejamento regional e a valorização do local: estudos de casos em Alagoas e Pernambuco. Federação Nacional dos Economistas - FENECON, 2006. Disponível em http://www.fenecon.org.br/Artigo-Novaslogicas.pdf. Acessado em 10 jul.2006.

4 SICSÚ, A. B.; LIMA, J.P.; VICTOR SILVA, G. Op. cit., p.3.

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Para que tais resultados possam se tornar viáveis, as ações do planejamento contemporâneo do desenvolvimento regional agora demandam um grau muito maior de esforço no entendimento das realidades particulares das regiões, dos territórios e dos clusters produtivos, do que o faziam no planejamento tradicional até então vigente. Neste contexto, passam a ser fortemente demandadas ações que buscam o diagnóstico preciso das fortalezas, fraquezas, ameaças e oportunidades à organização produtiva eficiente e competitiva dos diversos agentes ligados a cadeias regionais de interesse econômico estratégico, promovendo a sinergia coletiva, a introdução de inovações e a efetivação de parcerias entre o setor público e os atores privados5.

O relativo insucesso do planejamento tradicional anterior veio a reforçar, também, que, na contemporaneidade, as atenções e preocupações se voltassem, ainda com maior amplitude, para o desenvolvimento sustentável, partindo de uma base teórica que realça as restrições ambientais, incorporando ao planejamento as dimensões distributivas e preservacionistas e destacando a solidariedade intra e inter gerações6. Nessa visão, o desenvolvimento sustentável pode ser apreendido como um processo de mudança que envolve a melhoria da qualidade de vida, o crescimento econômico eficiente, a equidade social e a manutenção do meio ambiente7.

Orientado por essa nova direção, encontra-se o mapeamento das vocações locais, calcado essencialmente nas estratégias do seu desenvolvimento integrado e com ampla valorização da participação ativa dos diferentes atores sociais no processo de planejamento e do desenvolvimento regionais.

O projeto do Pólo de Floricultura do Distrito Federal está perfeitamente adequado e integrado a esse quadro técnico e político do desenvolvimento regional contemporâneo. Revela destacadamente, ao longo do seu processo de construção, um elevado grau de envolvimento comunitário participativo desde a identificação das oportunidades setoriais até a busca ativa das melhores soluções para a superação dos entraves e gargalos identificados ao longo da cadeia produtiva, conforme se pode apreciar no breve relato histórico desenvolvido no item subseqüente.

5 GALVÃO, O. A. Velhas e novas políticas de desenvolvimento regional à luz dos conceitos de especialização flexível e de novos espaços industriais. Revista Econômica do Nordeste, vol.29, número especial, jul.1998, apud SICSÚ, A. B.; LIMA, J.P.; VICTOR SILVA, G. op. cit., p.5.

6 SICSÚ, A. B.; LIMA, J.P.; VICTOR SILVA, G. Op. cit., p.6.

7 BUARQUE, S. Desarollo sustenible: metodologia de planeamiento (experiência del Nordeste de Brasil). San José da Costa Rica: BMZ/GTZ-IICA, 1997 apud SICSÚ, A. B.; LIMA, J.P.; VICTOR SILVA, G. Op. cit., p.6.

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Histórico

As idéias originais para a criação e a implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal começaram a tomar corpo no segundo semestre de 2003, quando, por iniciativa da presidência da Associação Brasiliense dos Produtores de Flores e Plantas – Central Flores, e com o apoio e envolvimento técnico e financeiro do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal – SEBRAE /DF e da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal – FAPE/DF, foi elaborado o primeiro “Anteprojeto Técnico para a Implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal”8.

Este documento procurou desenvolver o esboço básico principal para a consolidação teórica e metodológica da concepção da região do Distrito Federal como um pólo floricultor, de importância não apenas local, mas de amplitude e projeção econômica macro-regional, nacional e, até mesmo, internacional. Para tanto, realizou um diagnóstico preliminar da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, com base essencialmente em dados de fontes secundárias e entrevistas qualitativas com os principais agentes envolvidos, o que forneceu as bases e fundamentações do Projeto do Pólo, bem como elaborou as diretrizes e propostas gerais para a criação e disponibilização da oferta de infra-estrutura, políticas públicas setoriais, materiais, insumos, mão-de-obra e serviços e outras demandas necessárias para a sua viabilização.

Como decorrência técnica imediata dessa iniciativa, identificou-se a necessidade de um grande aprofundamento no conhecimento e diagnóstico da estruturação, dimensionamento e governança do setor florícola no Distrito Federal, que permitisse a adequada e abrangente identificação dos principais gargalos, oportunidades, fraquezas, ameaças internas e externas, orientando um conjunto de políticas e ações estruturantes e focadas em todos os segmentos componentes dessa cadeia produtiva. Esse trabalho resultou na elaboração técnica e publicação do “Perfil da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal”9, que contou, na sua construção com mais de 350 entrevistas qualitativas e quantitativas envolvendo os setores de insumos, tecnologia e serviços, instituições de apoio e fomento, produtores, atacadistas formais e informais, floriculturas, decoradores, paisagistas, jardineiros, artistas florais, ambulantes, agentes funerários, cerimonialistas e consumidores finais, entre outros. Ainda nesta seqüência de desenvolvimento dos trabalhos afetos à profissionalização da floricultura no Distrito Federal, elaborou-se, também em 2005, o “Catálogo das Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal”10,

8 CENTRAL FLORES; SEBRAE/DF; FAPE/DF. Anteprojeto técnico para a implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal. (responsabilidade técnica de Junqueira e Peetz Consultores Ltda.). Brasília: DF, set. 2003. 34 p. 1 CD-rom.

9 JUNQUEIRA, Antonio Hélio; PEETZ, Marcia da Silva. Perfil da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal. Brasília: SEBRAE/DF, maio de 2005. 121 p. (Edição Sebrae).

10 JUNQUEIRA, Antonio Hélio; PEETZ, Marcia da Silva. Católogo das Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal. Brasília: SEBRAE/DF, 2005. 47 p. Ilustrado (Edição Sebrae).

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com o intuito de divulgar os produtos da floricultura regional junto aos clientes atuais e potenciais dos produtores associados à Associação Brasiliense dos Produtores de Flores e Plantas - Central Flores, além de fornecer informações técnicas relevantes sobre qualidade, oferta sazonal, padrões de produtos e principais cuidados na pós-colheita e utilização das flores e plantas ornamentais regionais. O material foi produzido com grande riqueza de fotografias elaboradas em campo, junto aos principais produtores, gerando um importante banco de dados de imagens até hoje fartamente explorado na confecção de inúmeros trabalhos setoriais.

Neste período, as ações e produtos lançados no âmbito da floricultura regional, angariaram grande projeção técnica, política e comercial em amplitude nacional e até mesmo internacional para os floricultores do Distrito Federal, que resultaram em conquistas setoriais altamente relevantes e entre as quais convém destacar: a incorporação e participação eletiva das lideranças regionais na composição da Câmara Setorial Nacional da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais e no Instituto Brasileiro de Floricultura; a realização de duas edições versão regional da mais importante feira nacional no setor, a Feira Internacional de Floricultura, Paisagismo e Jardinagem em Brasília – FIAFLORA BRASÍLIA, em 2005 e 2006, com sucesso retumbante de público e empresas participantes; a realização de eventos técnicos e políticos de grande projeção como o Congresso Nacional de Floricultura, Paisagismo e Jardinagem 2005 e o Encontro Nacional das Cooperativas, Associações e Consórcios de Produtores e Exportadores de Flores e Plantas Ornamentais, em 2006.

Frente a esse conjunto de ações concretas e produzidas com grande nível de articulação e envolvimento dos agentes da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, o SEBRAE/DF apoiou a inclusão do segmento da floricultura no rol dos setores econômicos apoiados no aprofundamento dos trabalhos afetos aos Arranjos Produtivos Locais (APLs). Desta forma, após um prazo inédito e extremamente reduzido para os padrões de trabalhos similares, consolidado em apenas três meses, com grande nível de trabalhos participativos da comunidade produtora e consumidora profissional de flores e plantas ornamentais, concluiu-se a apresentou-se publicamente, em outubro de 2005, os resultados do trabalho “Arranjo Produtivo Local de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal: Programa e Cronograma Estratégicos de Ações Recomendadas”11.

Todo esse esforço e empenho das lideranças locais, baseados em resultados cada vez mais efetivos de crescimento econômico e produtivo da floricultura regional, conduziu à inclusão do setor de flores no âmbito dos “Fóruns Estratégicos do Distrito Federal”12, lançados e apoiados pelo Governo do Distrito Federal – GDF, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal – SDE, em 2007 e do qual resultou a presente

11 PHORUM CONSULTORIA E PROJETOS EM ECONOMIA. Arranjo Produtivo Local de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal: Programa e Cronograma Estratégicos de Ações Recomendadas. Brasília: SEBRAE/DF, outubro de 2005.

12 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal - SDET . Fóruns Estratégicos do Distrito Federal. Brasília: SDE, 2007, 25 p.

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apresentação do Projeto de Elaboração e Implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal.

Membros componentes designados para a composição do Fórum Estratégicos Pólo de Flores do Distrito Federal:

Adilson Ferreira dos Santos (Co-coordenador)Antonio Expedito Ribeiro (Coordenador)Carlos Magno Campos da RochaCleison Medas DuvalDílson Resende de AlmeidaFranklin Roosevelt de OliveiraJoão Paulo Ferreira AlvesJosé Raimundo PiresManoel Valdeci Machado EliasMarcelo Alves NóiaNewton de CastroAnísio José Diniz

Responsáveis técnicos pelas coletas de dados primários e secundários, elaboração de análises, estudos técnicos e prospectivos, planejamento e execução do Anteprojeto Técnico para a Criação e Implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal:

Engenheiro Agrônomo Sênior Antonio Hélio JunqueiraEconomista Sênior Marcia da Silva PeetzEmpresa: JUNQUEIRA E PEETZ CONSULTORES LTDA.

A floricultura brasileira contemporânea e a oportunidade de inserção comercial dos novos pólos de produção

Introdução

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Ao longo dos últimos anos, a floricultura empresarial brasileira vem adquirindo notável desenvolvimento e se caracteriza já como um dos mais promissores segmentos da horticultura intensiva no campo dos agronegócios nacionais. É nesse contexto, que se visualizam as importantes mudanças estruturais apontadas neste trabalho e que sinalizam para o fato de que o Brasil caminha, decisivamente, para a implantação de um modelo de qualidade internacional de gestão e de governança de sua Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais.

1. A floricultura brasileira: principais características estruturais

1.1.O setor produtivo de flores e plantas ornamentais no Brasil

Concentração produtiva histórica e o surgimento dos novos pólos contemporâneos

Até muito recentemente, a floricultura comercial praticada no Brasil concentrava-se, quase que exclusivamente no Estado de São Paulo, particularmente nas regiões geográficas do entorno dos pólos municipais de Atibaia e Holambra. A partir dessas regiões, foram organizados, especialmente ao longo das duas últimas décadas, fluxos de abastecimento de curta, média e longas distâncias, que lograram fazer chegar as flores paulistas pelo menos até as capitais e principais pólos de consumo de todo o País.

Como uma importante decorrência histórica dessa concentração verificada no Brasil - na qual poucos pólos de produção sustentam os fluxos de abastecimento de amplas faixas territoriais - assistiu-se, ao longo das últimas décadas, a uma notável homogeneização dos hábitos de consumo. Neste processo, as flores e plantas regionais acabaram perdendo a importância e a preferência dos seus antigos consumidores, frente à qualidade, padrão, ofertas abundantes e regulares dos produtos originados da floricultura mais profissional e competitiva das Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Destaca-se especialmente, neste caso, o Estado de São Paulo e, mais particularmente ainda, os produtores associados e integrados à Cooperativa Veiling Holambra, na cidade de Holambra (SP).

Assim, a despeito da enorme riqueza da flora e da cultura do País, o consumo de flores e plantas ornamentais passou a concentrar-se numa reduzidíssima pauta de produtos, praticamente indistinta desde o Sul até o Norte do Brasil.

Esse fenômeno passou a sofrer uma redução de intensidade nos últimos anos, permitindo observar um notável crescimento e consolidação de importantes pólos floricultores no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e na maioria dos estados do Norte e do Nordeste do País.

Podem ser apontadas muitas razões que propiciaram o surgimento dessa nova realidade no campo do abastecimento das flores e plantas ornamentais em todo o território brasileiro. Entre esses, cabem destacar:

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1. A necessidade de buscar novas alternativas produtivas e comerciais, notadamente para as pequenas e médias propriedades rurais, frente ao padrão geográfico das mudanças que aconteceram no âmbito da produção brasileira dos principais grãos, oleaginosas e café, além da pecuária e da agricultura mais extensiva, de um modo geral. Assim, propriedades que tinham anteriormente uma destinação fixa voltada à exploração de lavouras mais tradicionais, viram-se obrigadas a buscar alternativas econômicas, frente ao surgimento de uma nova realidade para os cultivos agrícolas – cada vez mais extensivos e altamente mecanizados -, sobretudo aqueles deslocados para as regiões dos cerrados da região Centro-Oeste e para parte do Nordeste do Brasil;

2. Os incentivos crescentes dados por Governos Estaduais e entidades de apoio e fomento para o fortalecimento de novas iniciativas produtivas, especialmente no caso daquelas que, como a floricultura, se viabilizam em espaços exíguos de terra, gerando boas rentabilidades e relevantes quantidades de empregos tanto rurais quanto urbanos;

3. A necessidade de ajuste permanente dos preços finais aos consumidores a um mercado restritivo e relativamente inflexível ao repasse de novos aumentos de custos, fazendo com que a otimização logística na distribuição se torne um objetivo primordial em toda a cadeia produtiva;

4. O crescente nível de exigência dos consumidores pela qualidade, durabilidade e frescor dos produtos, fazendo com que as produções mais proximamente localizadas passassem a adquirir uma maior valorização final nos mercados.

Frente à velocidade e intensidade com que passou a se delinear esse novo quadro produtivo, as estatísticas sobre o número de produtores e área cultivada na floricultura em todo o País tornaram-se rapidamente obsoletas e desatualizadas. As últimas estatísticas oficiais produzidas para o setor mostravam que a atividade já contabilizava, em 2003, números extremamente significativos. Eram mais de 4 mil produtores, cultivando uma área de cerca de 5,2 mil hectares anualmente, em 304 municípios brasileiros (GRAZIANO, 2002). Hoje, números que representem até o dobro dessas quantidades são perfeitamente cogitáveis, enquanto aguarda-se que sejam, em breve, coletadas e disponibilizadas para o mercado e para os analistas, novas estatísticas oficiais, por parte do IBGE ou de entidades setoriais representativas, como a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil ou do Instituto Brasileiro de Floricultura.

Baseando-se em diversas fontes disponíveis, que em anos mais recentes vêm gerando informações parciais sobre a produção de flores e plantas ornamentais em âmbitos estaduais, foi possível elaborar o Quadro abaixo, no qual ficou constatada a existência de 7.600 produtores, distribuídos pelas mais diferentes macro-regiões brasileiras.

Tabela 1. Estimativa do número de produtores de flores e plantas ornamentais do Brasil, por Macro-regiões geográficas.

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Estados Número de produtoresNorte 217Nordeste 1.773Centro-Oeste 153Sudeste 2.883Sul 2.953Total 7.979

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, com base em informações do IBGE (Censo Agropecuário 1995/1996, 2002); IBRAFLOR (apud GRAZIANO, 2002); JUNQUEIRA & PEETZ (2005; 2006; 2007); KIYUNA et al. (2002); GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (2002/2003).

Esse grupo de produtores brasileiros atualmente se distribui por cerca de 1.500 municípios (IBGE, 2002), cultivando uma área total estimada entre 8.423 hectares (BANCO DO NORDESTE DO BRASIL / ETENE, 2007) e 9.000 hectares (KIYUNA et al, 2002).

Tabela 2. Estimativa da área cultiva com flores e plantas ornamentais no Brasil, por Macro-regiões geográficas.

Estados Área cultivada (em ha)Norte 172Nordeste 854Centro-Oeste 260Sudeste 5.559Sul 1.578Total 8.423

Fonte: OLIVEIRA & BRAINER (Banco do Nordeste do Brasil – BNB / ETENE) 2007. Estimativas elaboradas para o ano de 2004.

Geração de emprego

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), em termos globais, estima-se que a Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil responda pela geração de mais de 120 mil empregos, dos quais 58 mil (48,3%) estão localizados na produção; 4 mil (3,3%) na distribuição; 51 mil (42,5%) no comércio varejistas e 7 mil (5,9%) em outras funções, principalmente nos segmentos de apoio.

A floricultura gera, na média nacional, 3,7 empregos diretos/ha13, que vêm a equivaler a 14,2 empregos numa propriedade média dedicada à floricultura. Ressalte-se, ainda, que 94,4% desses empregos são preenchidos com mão-de-obra permanente, essencialmente contratada (81,3%), enquanto

13 Os números obtidos empiricamente por diversos autores de diferentes instituições de pesquisa são, em realidade, bastante similares: 3,7 homens/ha (Ibraflor, para a média nacional, 2002); 3,8 homens/ha (Ibraflor, para a média da floricultura paulista, 2002); 3,6 homens /ha (FRANCISCO et al., para a média da floricultura paulista, 2003).

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que o trabalho familiar responde por 18,7% do total empregado, caracterizando-se, assim, o seu inquestionável papel e importância sócio-econômica. (GRAZIANO, 2002).

Áreas médias cultivadas e áreas das propriedades floricultoras

A produção de flores e plantas ornamentais no Brasil é desenvolvida em pequenas propriedades, cuja média nacional de área cultivada é de 3,5 hectares. Existem diferenças regionais importantes. Assim, o estado de Goiás, por exemplo, possui uma área média de cultivo - a maior nacional - de 6,3 hectares, o que se explica pelo fato da sua vocação para a produção de mudas de plantas ornamentais, exigentes em maiores dimensões físicas de área.

No Brasil, a distribuição da área cultivada com flores e plantas é de 50,4% para mudas; 13,2% para flores envasadas; 28,8% para flores de corte; 3,1% para folhagens em vasos; 2,6% para folhagens de corte e 1,9% para outros produtos da floricultura.

1.2. Produção e comercialização de plantas ornamentais no Brasil

No Brasil, hoje, como em muitos países, a crescente valorização do bem-estar e da melhor qualidade de vida consolida um importante mercado para as plantas ornamentais, tanto no segmento voltado para o paisagismo e jardinagem, quanto no de plantas em vasos para ambientes interiores.

Diversas pesquisas recentemente conduzidas nos EUA e na Europa comprovam que as plantas ornamentais representam um dos melhores aliados na melhoria da produtividade do trabalho, na redução do stress, na valorização dos imóveis e, acima de tudo, no aumento da sensação individual de estar-de-bem com a vida. Desta forma, publicaram-se números e indicadores relevantes para o setor, entre os quais destacamos alguns, a seguir:

Um projeto paisagístico pode aumentar em até 14% o valor de revenda de um imóvel e acelerar sua venda em até 6 semanas, frente a um outro imóvel similar, sem jardins (Associated Landscape Contractors of América);

Projetos paisagísticos bem desenvolvidos podem reduzir os gastos domésticos com energia em aquecimento ou refrigeração entre 15% e 25% (U.S. Department of Energy, 1995 e Arizona Public Service Company, 1999);

A produtividade do trabalho pode ser acrescida em até 12% quando o ambiente interior é provido de plantas. Além disso, os efeitos anti-stress desses elementos são facilmente comprováveis (Washington State University,1996);

As folhas das plantas cultivadas em ambientes interiores podem remover compostos orgânicos voláteis, como o monóxido de carbono e formaldeídos, enquanto suas raízes e microorganismos associados podem, ainda, remover altas concentrações de numerosos compostos

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químicos tóxicos (NASA – National Aeronautics and Space Administration);

As árvores e as plantas em geral desempenham importantes contribuições ambientais, desde o combate à erosão dos solos, até a filtragem de poluentes do ar, da água e do solo, aumento da capacidade da infiltração das águas no solo e redução dos riscos de enchentes, redução da poluição sonora e melhoria das condições e do conforto climático urbano.

Internacionalmente, os maiores índices per capita verificados no consumo de flores e plantas em vasos ocorrem na Alemanha, Suíça, Holanda e França.

Frente ao crescimento da importância comercial do cultivo e da comercialização das plantas ornamentais do Brasil, o setor passou, nos últimos anos a se ressentir fortemente da ausência do levantamento e produção sistemática de dados, informações e estatísticas setoriais minimamente consistentes, o que, infelizmente, não ocorreu até esse momento.

Assim, pouco se pode afirmar com certeza sobre as dimensões deste mercado no País, ainda que todos tenhamos pleno conhecimento da sua pujança e notável crescimento ao longo dos últimos anos, bem como do seu inquestionável potencial de produção e comércio na próxima década.

O cultivo comercial de plantas ornamentais no País, assim como praticamente toda a sua floricultura, teve início na década de 50, impulsionado, principalmente, pela atividade e cultura de imigrantes: japoneses, em São Paulo; poloneses, alemães e suíços, no Sul e, também na região serrana do Rio de Janeiro.

Gradativamente, ao lado das mais conhecidas espécies de plantas ornamentais mundialmente conhecidas e utilizadas em projetos de ajardinamento urbano e na decoração das casas, o brasileiro foi aprendendo a conhecer e valorizar a sua flora nativa. Assim, as palmeiras típicas do Brasil, as suas bromélias, orquídeas, árvores e arbustos das mais diversas áreas geográficas e ecológicas passaram a ser cultivados, ganhando, com o passar do tempo, escala e importância comerciais crescentes, especialmente a partir dos trabalhos pioneiros e fundamentais de Burle Marx.

Apesar disso, o consumo brasileiro ainda se apresenta concentrado sobre um pequeno número de espécies. No caso das plantas cultivadas em vasos para ambientes interiores, a tendência – contrária ao que se verifica na Europa – ainda é o de centralização da produção em uma única região, no caso Holambra, em São Paulo, e distribuição de longa distância por todo o País, agregando altos custos logísticos e operacionais, principalmente por se tratarem de produtos volumosos e de baixo rendimento econômico no transporte. As principais espécies do grupo são ficus, schefflera, singonio, samambaia e tuia.

Em termos de faturamento, para uma Cadeia que movimenta entre US$ 750 milhões e US$ 800 milhões anuais, as flores em vaso representam 50% do mercado, enquanto as flores de corte ficam com 40% e as plantas verdes, não incluindo as palmeiras, forrações, gramas e árvores e arbustos para paisagismo, com 10%.

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Já, no caso dessas plantas para paisagismo e jardinagem constata-se um fluxo comercial mais importante que integra economicamente a produção e o consumo entre diversas regiões do País. Alguns pólos de excelência já estão constituídos, como o de Santa Catarina, referência nacional no segmento, além dos demais Estados da Região Sul. Outros estão surgindo e, brevemente, estarão funcionando com toda a intensidade como é o caso da produção de bromélias e palmeiras no litoral da região Sudeste e, também, no Centro-Oeste, especialmente em Goiás.

Para este mercado, las especies producidas y comercializadas principales son actualmente: palmas (Phoenix roebelenii, Raphis excelsa, Dypsis Lutescens, entre otras), cicas (Cycas revoluta), ixoras (Ixora coccínea), buxinhos (Buxus sempervirens), agaves (Agave sp), jazmines (Jasminum sp), bromélias (Neoregelia sp; Vriesea sp y otras) y pingo-de-oro (Durantha sp), entre otros y tipos diversos de alfombrados, con la prominencia para los tagetes (Tagetes sp), sálvia (Salvia splendens), celosia (Celosia sp), impatiens (Impatiens sp) y clorofitos (Chlorophytum sp).

Ressalta-se que as possibilidades produtivas e comerciais neste mercado são infinitas e sabe-se que a flora nativa do Brasil apresenta potencial ainda praticamente inexplorado para a produção de plantas ornamentais tanto para o consumo interno, quanto para as exportações, representando uma das melhores oportunidades para a horticultura empresarial na próxima década.

1.3.Aspectos relevantes do mercado interno de flores e plantas ornamentais

As estimativas atuais apontam que a floricultura brasileira movimenta, anualmente, no seu mercado doméstico, um valor global em torno de US$ 1,1 bilhão. O consumo doméstico gira em torno de US$ 6 per capita, acreditando-se que o potencial de vendas seja, pelo menos, equivalente ao dobro do atual, desde que superadas as restrições geradas por aspectos econômicos e culturais de amplas parcelas da população, além da superação de entraves logísticos importantes ao longo da cadeia produtiva.

Os principais mercados atacadistas estão concentrados no Estado de São Paulo, envolvendo cerca de 800 agentes e movimentando, anualmente, mais de R$ 600 milhões. Ressalte-se que alguns desses mercados incorporam as mais modernas técnicas de comercialização, tais como o sistema de leilões próprios do modelo Veiling holandês e a comercialização eletrônica de mercadorias, destacando-se de todo o restante da horticultura comercial no Brasil.

Em termos de faturamento, as flores em vaso representam 50% da movimentação na cadeia produtiva, as flores de corte, 40% e as plantas verdes, 10%, não incluindo aí as gramas, palmeiras, árvores e arbustos para paisagismo e jardinagem, para as quais não existem, infelizmente, quaisquer estatísticas minimamente confiáveis.

Em termos de faturamento, as flores em vaso representam 50% da movimentação na cadeia produtiva, as flores de corte, 40% e as plantas verdes, 10%, não incluindo aí as gramas, palmeiras, árvores e arbustos para paisagismo e jardinagem, para as quais não existem estatísticas disponíveis.

Segundo se acredita, na composição dos preços e das margens de comercialização ao longo da Cadeia, esses preços corresponderiam a algo em

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torno de 3,5 vezes a até 4,0  vezes o preço vigente no atacado. Então, por esse raciocínio a movimentação atacadista no mercado brasileiro estaria equivalendo a um valor entre US$ 275 milhões a até  U$ 314 milhões. Por sua vez, o valor de atacado representaria em média, algo próximo de 1,5 vezes a até 1,8 vezes o valor recebido pelos produtores. Também por esse raciocínio, pode-se estimar grosseiramente que os valores movimentados pelos produtores devam ficar anualmente na faixa de US$ 153/US$ 183 milhões a até US$ 174/US$ 209 milhões.

Tabela 3. Formas de comercialização vigentes nos principais mercados atacadistas de flores e plantas ornamentais do Estado de São Paulo, em 2007.

Segmento Participação na cadeia de agregação de valor

(%)

Valor anual de vendas(US$ 1.000)

Mercado consumidor final (a preços de varejo) PV = 3,5 a 4,0 vezes PP 1.100.000,00Mercado atacadista PA = 1,5 a 1,8 vezes PP ≥ 412.500,00 a ≤ 565.715,00Produtor PP ≥ 275.000,00 a ≤ 314.286,00

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, com base em informações da Câmara Setorial de Floricultura do Estado de São Paulo e empresas do mercado.

PP = preços recebidos pelos produtoresPA = preços no atacadoPV = preços no varejo

1.4.Principais formas de comercialização no mercado interno

No setor atacadista

No Brasil, com exceção apenas do pólo produtor de Holambra, onde o senso de organização da comercialização é um hábito cultural herdado dos imigrantes holandeses, nos demais centros de produção similares, milhares de produtores procuram estabelecer-se isoladamente no processo de comercialização. O centro de referência e principal mercado são, nesses casos, representados pelas Ceasa’s existentes nas capitais dos Estados e nas principais cidades e regiões metropolitanas de todo o País.

A desorganização na base produtiva impede uma evolução maior do setor, uma vez que não existe uma governança e coordenação empresarial dessas cadeias de produção e escoamento, o que leva a indesejáveis conseqüências tais como: falta de padrões de classificação e qualidade; ausência de transparência na formação de preços; falta de confiabilidade; elevado índice de inadimplência e surgimento de estruturas intermediárias, que fazem o papel de conduzir esse mercado (BONGERS, 2002).

Uma comercialização eficiente exige técnicas logísticas adequadas de transporte, estocagem, comunicação com os clientes e compradores e a transferência de posse das mercadorias. Na cadeia de suprimento nacional, predominam importantes estrangulamentos, especialmente no que se refere a

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transporte e acondicionamento de flores e plantas ornamentais sem acondicionamento em câmaras frias, o uso de caminhões sem isolamento térmico, além de refrigeração e depósitos inadequados. Ressalta-se, finalmente, a falta de mão-de-obra especializada e de conhecimentos sobre as necessidades e exigências no trato pós-colheita adequado desses produtos de natureza delicada.

Não existe uma única e melhor forma de comercialização. Cada país, de acordo com sua cultura e seu mercado, adota um modelo. A Holanda, como maior centro produtor e exportador do mundo, comercializa mais de 80 % de sua produção através de leilões diários, tornando-se assim o principal centro formador de preços do mercado europeu. Já nos EUA, que importam cerca de 40 % do que consomem, a comercialização é direta destes importadores para os pontos-de-venda e, quase sempre, redes de supermercados fecham contratos com grandes produtores.

A seguir, são destacados os principais formatos hoje vigentes no Brasil:

a) Leilão

O sistema de vendas via leilões, largamente difundido na Holanda, no Brasil somente ocorre na Cooperativa Veiling Holambra, responsável por cerca de 25 % do comércio nacional. É um sistema que permite a justa formação de preços e a venda de grandes quantidades de produtos em um curto espaço de tempo, com manutenção da qualidade dos produtos. Totalmente informatizado, possibilita transparência nas transações comerciais. É referencia de preços para todo mercado nacional. O Veiling Holambra atingiu vendas de 128 milhões de unidades de vasos e buquês em 2004, contra 106 milhões vendidos em 2003. Atacadistas que revendem os produtos para floriculturas e feiras respondem por 49% dos negócios do Veiling, enquanto centrais de abastecimento como a Ceagesp, empatam com os supermercados, ficando com 23% cada uma. O restante é dividido entre garden centers, decoradores e importadores.

b) Intermediação

É um sistema onde produtores e distribuidores fecham contratos de curto, médio ou longo prazos. Os preços, características do produto e prazos de entrega são acertados no fechamento dos contratos. Funciona como uma espécie de garantia, pois o produtor pode programar melhor sua produção, enquanto o cliente pode antecipadamente fixar seus preços para o varejo, principalmente em períodos que antecedem as principais datas de venda do setor, como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Finados e Natal.

c) Comercialização virtual

Funciona basicamente como um banco de dados informatizado sobre os produtos disponíveis. O sistema é alimentado por produtores, que disponibilizam informações sobre quantidade, qualidade, preço e prazo de entrega. Os clientes, por sua vez, consultam estas informações através da Internet ou então via terminais fixos, ficando informados sobre várias ofertas

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e podendo fechar negócios. Sistema atualmente operando na Cooperativa Veiling Holambra e na Cooperflora.

d) Centrais de Abastecimento S/A (Ceasa’s)

É o sistema de comercialização mais antigo e tradicional, onde os produtores ficam um ao lado do outro, oferecendo sua produção aos clientes. Este sistema é conhecido como venda “na pedra”. São espaços de 20 a 50 m² cada, onde os produtos ficam expostos sob condições precárias. Operam entre uma a duas vezes por semana “na pedra” e outras uma ou duas vezes ao “ar livre”, ou sobre caminhões, atendendo tanto clientes atacadistas e varejistas, como consumidores finais. Os maiores centros atacadistas deste segmento são constituídos pela Ceagesp (Entreposto Terminal de São Paulo, SP) e Ceasa Campinas (Campinas, SP). A CEAGESP fechou o ano de 2004 com vendas de 30 mil toneladas, volume 12% maior do que o comercializado em 2003, quando esse mercado rendeu R$ 51,6 milhões aos produtores, atacadistas e distribuidores da empresa no Entreposto Terminal de São Paulo. As campeãs de vendas foram as rosas (30,6% do volume), crisântemos (13,5%) e azaléias (12,3%). Entre as espécies que vêm conquistando o mercado, estão as orquídeas.

Tabela 4. Formas de comercialização vigentes nos principais mercados atacadistas de flores e plantas ornamentais do Estado de São Paulo, em 2007.

Mercado Formas de comercialização

Leilão Intermediação Venda virtual

Venda na

pedraCooperativa Holambra

X X X

Cooperflora X XCeasa Campinas X XCeagesp São Paulo X XSP Flores - Arujá X X

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de informações da Câmara Setorial de Floricultura do Estado de São Paulo e empresas do mercado.

No setor varejista

a) Varejo tradicional

Representado principalmente pelas floriculturas, presentes em praticamente todas as cidades do País e pelos garden centers, que hoje estão em franco processo de expansão pelas capitais e grandes

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cidades, buscando agregar maior comodidade e mix de oferta de produtos aos seus clientes.A distribuição varejista de flores e plantas ornamentais em todo o Brasil conta com cerca de 20 mil pontos-de-venda. O Estado de São Paulo representa perto de 40% de todo o consumo nacional, enquanto que apenas a cidade de São Paulo absorve algo em torno de 25% de toda a demanda nacional por essas mercadorias.Completam o rol desses canais as feiras-livres, que são particularmente importantes no município de São Paulo e o comércio ambulante, que, na maioria dos casos, opera apenas sazonalmente por ocasião das datas especiais.

b) Varejo supermercadista

As principais redes de supermercados já oferecem flores em suas lojas, nas principais cidades do País. Segundo o Veiling Holambra, os supermercados já responderam, em 2004, por 23% das vendas de buquês e flores em vasos, sendo que no período de até dois anos antes, tais vendas podiam ser consideradas insignificantes. Acredita-se que não houve substituição do canal de compra, mas sim uma verdadeira expansão da clientela. Até o final de 2004, o crescimento estimado foi de 10% a 20%. Os preços praticados nos supermercados são considerados altamente competitivos e a exposição de flores e plantas logo na entrada das lojas favorece as compras por impulso.

c) Varejo online

A concentração do varejo online na sua totalidade é grande, pois apenas 25 empresas detêm cerca de 70% do mercado e, para competir, é preciso ter diferenciais significativos. De um modo geral, considera-se que a criação de um negócio virtual dissociado do negócio real é difícil para o pequeno empresário. Atualmente estima-se que existam 15 empresas de varejo na internet e que 600 mil domínios já foram registrados no País. Na outra ponta, 4 milhões de internautas fazem compras pela rede. O varejo on line, no geral, movimenta perto de R$ 2,3 bilhões por ano no Brasil. Desse total, em 2005, o setor de floriculturas deverá participar com vendas de quase R$ 40 milhões. Em 2001, a compra e venda de flores pela rede tiveram faturamento de R$ 1,4 milhão, o equivalente a apenas 0,3% do total do varejo on line do País. Atualmente, esse percentual elevou-se para próximo de 2,0%. (BRANCHER, 2005). Entre os fatores de sucesso recente dessa atividade, devem-se relacionar os investimentos na profissionalização e na conquista da confiança do consumidor, através da pontualidade da entrega, conveniência, sigilo das informações bancárias e facilidades de pagamento. Os aspectos tecnológicos ligados à operacionalização e facilidade de navegação nos sites de compra também podem ser apontados como aspectos decisivos para o crescimento da importância setorial. A administração de um negócio virtual seria praticamente igual aos modelos usados por lojas físicas, não fosse por um detalhe: a distribuição. Ao contrário das lojas convencionais, os sites de comércio

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eletrônico têm a opção de trabalhar com (quase) nenhum produto estocado. Para entregar as encomendas, a loja usa três tipos diferentes de remessa: Sedex, Vaspex e uma transportadora convencional. "As compras chegam em menos de 24 horas nas principais cidades do País. No Brasil inteiro, os pedidos são entregues em, no máximo quatro dias.Apesar disso, o setor do varejo online de flores no Brasil ainda é muito concentrado: cerca de dez floriculturas concentram aproximadamente 90% de todo o mercado.A venda de flores pela Internet segue o calendário normal do varejo tradicional e é concentrada em datas de pico, como o Dia das Mães e Namorados, além de Natal, Reveillon e outras. No Natal de 2004, as flores apareceram em quinto lugar entre os produtos mais comercializados pela rede, com 1% do total, atrás apenas de CDs, DVDs e vídeos (29%), eletrônicos (15%), livros, revistas e jornais (13%) e itens de saúde e beleza (6%). Em resumo: ficou difícil imaginar uma floricultura que não pretenda abrir um braço no comércio on line para conquistar os consumidores virtuais.

Tabela 5. Faturamento das floriculturas online no Brasil, em milhões de Reais, no período de 2001 a 2005.

AnoFaturamento anual

(R$, milhões)2001 1,42004 30,02005 (1) 39,0

Fonte: BRANCHER (2005).

(1) Estimativa.

2. Consumo de flores e plantas ornamentais no mercado interno brasileiro

2.1 Homogeneidade interna nos padrões de consumo

Como uma importante decorrência histórica da concentração verificada no Brasil, na qual poucos pólos de produção vêm sustentando os fluxos de abastecimento de amplas faixas territoriais, assistiu-se, ao longo das últimas décadas, a uma notável homogeneização dos hábitos de consumo, onde as flores e plantas regionais acabaram perdendo a importância e a preferência dos seus antigos consumidores, frente à qualidade, padrão, ofertas abundantes e regulares dos produtos originados da floricultura mais profissional e competitiva das Regiões Sul e Sudeste do Brasil, mas especialmente do Estado de São Paulo e, mais particularmente ainda, daquelas produzidas pelos produtores associados e integrados à Cooperativa Veiling Holambra.

Observando-se o que já ocorreu em mercados mais maduros e desenvolvidos como o de vários países europeus, por exemplo, não é difícil prognosticar que a situação acima apontada deverá sofrer rápidas e importantes alterações, com a volta da participação e importância relativas de

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muitos dos produtos produzidos local e regionalmente nos novos pólos emergentes da floricultura brasileira. Entre os principais fatores responsáveis por esse fenômeno podem ser citados:

a. a evidente e conseqüente conquista de mercados locais e regionais pelos novos produtores ingressantes, capazes de adquirirem especialização em mercadorias para as quais estejam mais aptos a produzirem e a colocarem comercialmente em seus mercados, com o suporte de campanhas de promoção e marketing especialmente focado na valorização da regionalidade e da maior qualidade, frescor e durabilidade do produto de proximidade da produção; da valorização do emprego e da renda local e regional e dos aspectos ecológicos associados;

b. as necessidades prementes de redução dos custos logísticos e operacionais, para adequação dos preços a um mercado restritivo, favorecendo especialmente a substituição das plantas envasadas e ornamentais de maior porte, dadas as desfavorabilidades na relação custo x benefício nos transportes de longa distância.

Observando-se o que já ocorreu em mercados mais maduros e desenvolvidos como o de vários países europeus, por exemplo, não é difícil prognosticar que a situação acima apontada deverá sofrer rápidas e importantes alterações, com a volta da participação e importância relativas de muitos dos produtos produzidos local e regionalmente nos novos pólos emergentes da floricultura brasileira. Entre os principais fatores responsáveis por esse fenômeno podem ser citados:

1. A evidente e conseqüente conquista de mercados locais e regionais pelos novos produtores ingressantes, capazes de adquirirem especialização em mercadorias para as quais estejam mais aptos a produzirem e a colocarem comercialmente em seus mercados, com o suporte de campanhas de promoção e marketing especialmente focado na valorização da regionalidade e da maior qualidade, frescor e durabilidade do produto de proximidade da produção; da valorização do emprego e da renda local e regional e dos aspectos ecológicos associados;

2. Das necessidades de redução dos custos logísticos e operacionais, para adequação dos preços a um mercado restritivo, favorecendo especialmente a substituição das plantas envasadas e ornamentais de maior porte, pela desfavorabilidade na relação custo x benefício nos transportes de longa distância.

Tabela 6. Principais flores e plantas ornamentais consumidas no Brasil, em 2006.

Flores en macetas Plantas verdes en macetas Flores de corteCrisântemo

(Dendranthema Ficus

(Ficus benjamina e otros)Rosa

(Rosa SP)

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grandiflorum)Violeta

(Saintpaulia ionantha)Schefflera

(Schefflera arboricola)Crisântemo

(Dendranthema grandiflorum)Calanchoe

(Kalanchoe blossfeldiana)Singônio

(Syngonium angustatum )Lírio

(Lilium sp)Begonia

(Begonia spp)Samambaia

(Nephrolepsis sp y otros)Gérbera

(Gerbera jamesonii)Azalea

(Rododendro sp)Tuia

(Chamaecyparis sp)Tango

(Solidago sp)Orquídea

(Cattleya sp; Dendrobium sp; Phalaenopsis sp y

otros)

Jibóia(Epipremnum pinnatum)

Gladíolo(Gladiolus hortulanus)

Bromélia(Vriesea sp; Neoregelia spy

otros)

Filodendro(Philodendron)

Aster(Aster sp)

Lírio(Lilium sp)

comigo-ninguém-pode(Dieffenbachia sp)

Gipsofila (Gypsophila sp)

     Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de informações da Câmara Setorial de Floricultura do Estado de São Paulo e empresas do mercado.

3. O mercado internacional e suas características mais relevantes

O mercado mundial de flores e plantas ornamentais, considerando-se toda a produção e o consumo dos países, é avaliado em € 75 bilhões anuais, sendo que € 60 bilhões advêm do setor de flores e plantas, € 14 bilhões do mercado de mudas e o restante da produção e circulação de bulbos (VLIET, 2005). Desse total, a parcela representada pelo fluxo de comércio entre produtores e consumidores vem experimentando, ainda que com oscilações periódicas, uma expansão continuada nos últimos anos e chega a movimentar US$ 9 bilhões (JUNQUEIRA & PEETZ, 2004b). Desse total, a maior parcela, equivalendo a 42,8% do volume global de vendas, é representada pelo segmento de flores; 39,8% representam transações efetuadas com plantas; 8,8% provêm das vendas internacionais de bulbos e os restantes 8,6% representam negócios realizados com folhagens.

O comércio mundial de flores e plantas ornamentais é considerado um mercado extremamente competitivo, no qual prevalece um número muito elevado de fornecedores, frente a um bem mais reduzido número de compradores e consumidores importantes.

De um modo geral, o comércio mundial da floricultura é dominado, já há muitos anos pela Holanda (48,3% do total das vendas), seguida pela Colômbia, na segunda posição do ranking, com 6,1% das exportações globais da floricultura. Outros países importantes são, pela ordem de importância relativa: Itália, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Quênia, Estados Unidos da América, Canadá, França, Espanha, Israel, Costa Rica, Equador, Zimbábwe, num total que abrange entre 80 e 100 países exportadores.

Contudo, este mercado oferece oportunidades para o ingresso e a conquista de maiores fatias comerciais para fornecedores menos assíduos, ou tradicionais, como tem sido o caso das experiências exitosas de países como o Equador, Quênia, México, Guatemala, Taiwan, Reino Unido, Nova Zelândia, Polônia, Coréia do Sul, Malásia e Uganda, entre outros. (JUNQUEIRA & PEETZ, 2004b).

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A Holanda é o centro da floricultura mundial e o principal produtor, importador e exportador. A produção holandesa significa em torno de 60% do mercado mundial e 85% do mercado europeu. Só nos sistemas Veiling de comercialização, foi registrado um movimento gigantesco de € 3,6 bilhões, no ano de 2003. O total domínio da logística de distribuição no mercado europeu (e nos Estados Unidos), o comércio eletrônico através dos sistemas Veiling, ampla pesquisa de novas tecnologias de produção, domínio do melhoramento genético, constante busca por altas produtividades e uso das modernas tecnologias de pós-colheita, caracterizam e permitem a liderança da Holanda na horticultura ornamental mundial (MOTOS & SABUGOSA, 2004).

Consumo

Devido às mais diversas condicionantes sócio-econômicas, culturais, geoclimáticas e ecológicas, o índice do consumo per capita de flores e plantas ornamentais é extremamente diferenciado entre os países, como mostram as Tabelas 2 e 3 subseqüentes.

A discussão das principais características e dos diferentes potenciais de crescimento do consumo de flores e plantas ornamentais no mercado externo deve estar calcada, inicialmente, numa importante segmentação, baseada especialmente nas diferenças quanto às condições sócio-econômicas dos diversos países e continentes. O quadro resumo apresentado a seguir contempla três importantes segmentos do mercado mundial:

Tabela 7. Principais características do consumo de flores e plantas ornamentais, segundo estágio do desenvolvimento sócio-econômico dos diversos países no mercado mundial, em 2007.

Grupo de países Principais características do consumo

Países emergentesBaixo índice de consumo per capita;Pequeno número relativo de compradores;

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Oferta centrada em produtos tradicionais;Consumo centrado em ocasiões especiais (Dia das Mães, Dia dos Namorados, Finados, outros).

Países em franco crescimentoForte crescimento nos índices de consumo per capita;Crescimento do número relativo de compradores;Consumidores procuram mais do que os produtos tradicionais;Mais oportunidades e ocasiões de consumo para presentear (Aniversários, visitas, fins-de-semana, Natal e outros);Aumento do consumo pessoal.

Países com mercados saturados

Crescimento mínimo, saturação e até decréscimo de consumo;Flores para todo mundo, todos os dias;Fortes interesses em inovações e novidades;Todas as novas tendências no uso de flores e plantas são relevantes (decoração de interiores, estilo de vida e outras).

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de VLIET (2005).

Tabela 8. Consumo per capita anual de flores de corte em países selecionados, em 2005 (em euros).

Países Consumo per capita/ano

Suíça 94Holanda 60Noruega 58

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Áustria 44Bélgica 44Reino Unido 40Alemanha 38Suécia 34Itália 33França 33Irlanda 31EUA 26Espanha 19México 10Polônia 7Brasil 5Rússia 3China <0,25

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de Flower Council of Holland, apud VLIET (2005), exceto para o Brasil (dados dos autores).

Tabela 9. Consumo per capita anual de flores em vasos, em países selecionados, em 2005 (em euros).

Países Consumo per capita/ano

Alemanha 46Suíça 42Holanda 33França 20Reino Unido 12Itália 10Espanha 10Polônia 3Rússia <1Brasil Informação não disponível

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de Flower Council of Holland, apud VLIET (2005).

Produção e distribuição

No âmbito do mercado mundial, segundo avaliações do Flower Council of Holland (VLIET, 2005), as principais tendências hoje delineadas quanto ao futuro da produção e da distribuição são as seguintes:

1. Maior diferenciação nos produtos, embalagens, processos e apresentação, na busca da inovação como fator primordial de

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crescimento, conquista e manutenção das posições comerciais no mercado (market share);

2. Forte pressão nos mercados tradicionais para a permanente redução dos preços, aumento da qualidade e das facilidades e constância do suprimento;

3. Produção em deslocamento crescente para países de menores custos de produção;

4. Consumo centrado no Hemisfério Norte;

5. Produção centrada no Hemisfério Sul;

6. Crescimento nos tamanhos e portes econômicos das empresas de produção e distribuição.

Comércio internacional

O fluxo no comércio internacional é avaliado como sendo da ordem de US$ 9,0 bilhões anualmente, hoje francamente dominado por países como a Holanda, Colômbia, Itália, Dinamarca, Bélgica, Quênia, Zimbábue, Costa Rica, Equador, Austrália, Malásia, Tailândia, Israel, EUA (Havaí) e outros.

Trata-se de um mercado altamente concentrado, com a Holanda representando, isoladamente, pouco mais de 48% de toda a movimentação internacional. O segundo colocado, a Colômbia, já fica com apenas pouco mais de 6% de participação. O restante do mercado é disputado entre aproximadamente outros 100 países que participam do fluxo internacional de flores e plantas ornamentais.

Ainda segundo o Flower Council of Holland (VLIET, 2005), entre as principais tendências que marcarão este setor nos próximos anos, relacionam-se as seguintes:

1. Crescimento do consumo de flores de corte em 14% nos próximos cinco anos;

2. Crescimento concentrado no Leste Europeu, USA e Ásia;

3. A Holanda continuará sendo o centro logístico, distribuidor, comercial e formador de tendências mundiais;

4. Crescimento da participação do auto-serviço no abastecimento global do mercado.

Tabela 10. Participação relativa dos pontos-de-venda nos mercados da Europa e dos EUA, em 2004.

Países / Regiões Equipamentos tradicionais (%)

Varejo de Auto-serviços (%)

Holanda 44 24

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Alemanha 54 15Reino Unido 27 58França 67 13Suíça 28 51Itália 73 4Europa (Média) 55 21USA 56 23

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de dados do Flower Council of Holland, apud VLIET (2005). As exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais

O Brasil fechou o ano de 2006 acumulando US$ 29,63 milhões em exportações de flores e plantas ornamentais, com um crescimento de 15,06% em relação ao ano anterior, que permitiram a conquista de um novo recorde nacional nas vendas externas dos produtos da floricultura.

Esses dados mostram que o Brasil tem conseguido manter um crescimento sustentado das suas exportações de flores e plantas ornamentais, à despeito de todos os percalços logísticos e das políticas econômicas e cambiais internas, mantendo taxas reais de aumento de vendas, em dólar, de, pelo menos, 10% a 15% ao ano.

Embora ainda seja muito cedo para se arriscarem previsões para o próximo ano - já que se trata de um setor de mercadorias altamente perecíveis, no qual podem ocorrer rapidamente fenômenos e reviravoltas importantes - é possível prospectar algumas tendências no cenário mundial futuro. Assim, entre os fatores que poderão alterar favoravelmente as exportações brasileiras destacam-se: a) uma revisão da política cambial, com desvalorização do real frente ao dólar; b) a consolidação da retomada do crescimento econômico na região do euro; e c)  a continuidade do aumento do consumo na Região do Leste Europeu, na Ásia e no Oriente Médio.

Por outro lado, poderão atuar negativamente sobre os resultados da balança comercial futura da floricultura brasileira: a) a continuidade da atual política cambial, que além de diminuir a competitividade brasileira no cenário internacional, desestimula os produtores; b) o aprofundamento da crise logística nos aeroportos brasileiros, que já inibe o despacho aduaneiro, compromete a imagem do País e sinaliza a perda de clientes e contratos importantes a curto e médio prazos; c) o crescimento da participação chinesa no mercado mundial, especialmente nos segmentos de produção de materiais propagativos, como bulbos e mudas; e d) o desempenho futuro das exportações colombianas de flores frescas ao mercado norte-americano, sob o amparo do tratado de livre-comércio em fase de aprovação final, que atualiza e revigora a política dos EUA de fornecer mecanismos de apoio ao combate ao narcotráfico e ao terrorismo na região andina14.

14 A maioria dos produtos colombianos já tem livre acesso ao mercado norte-americano desde 1991, amparada pelo programa destinado a apoiar países da região andina no combate à produção de cocaína. Esse programa estava prestes a ter sua data de validade vencida, mas deve ser revigorado pelo atual tratado em vias de ser aprovado pelo governo dos EUA.

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A participação nacional ainda é muito modesta, representando apenas 0,22% no fluxo internacional de flores e plantas ornamentais. Contudo, o potencial brasileiro permite um crescimento para cerca de 1,5%, nos próximos anos.

Tabela 11. Participação relativa dos principais grupos de produtos exportados pelo mercado mundial e pelo Brasil, em 2007.

Principais produtos exportados

No mercado mundial (%)

Pelo Brasil(%)

Flores 42,8 13,4Plantas Verdes 39,8 53,1Bulbos 8,8 23,9Folhagens 8,6 9,6Total 100,0 100,0

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de SECEX (2004) e PATHFAST (2004).

A balança comercial da floricultura brasileira, no período de janeiro a dezembro de 2006, acumulou saldo de US$ 21,09 milhões, mantendo a performance de importação na faixa de equivalência correspondente a aproximadamente 29% sobre os valores exportados, o que se deve à aquisição internacional de materiais de propagação, como bulbos e mudas, necessários para a manutenção e desenvolvimento da atividade no País. Esse indicador aponta, portanto, para a continuidade do movimento de estabilidade da produção de flores e plantas ornamentais do Brasil, pelo menos a curto prazo.

No acumulado no ano, as importações brasileiras desses insumos se concentraram principalmente na aquisição de bulbos, tubérculos, rizomas e similares (32,40%), mudas de plantas ornamentais (22,75%), mudas de orquídeas (12,40%), mudas de outras plantas ornamentais (8,20%) e estacas não enraizadas e enxertos (0,04%). Com importância secundária, ocorreram, para consumo direto, importações de flores e botões frescos de corte (16,02%); bulbos e tubérculos em vegetação ou florescimento (7,56%), musgos e líquens (0,25%), outras plantas vivas (0,17%), flores e botões secos de corte (0,12%) e folhagens e ramos secos de corte (0,10%).

Na análise por segmentos, o grupo de produtos que mais se destacou em 2006 foi o de Mudas de Plantas Ornamentais15, tradicional esteio das exportações brasileiras e que respondeu, na média dos últimos três anos, por 48,02% do total vendido no exterior e por 45,48% no período de janeiro a dezembro de 2006. O setor somou exportações de US$ 13,476 milhões, que representaram um crescimento de 12,58% sobre o período de janeiro a dezembro de 2005. Os maiores importadores foram a Holanda (42,65%), seguida de Estados Unidos da América (18,85%), Itália (17,52%), Japão (7,94%), Bélgica (5,19%) e Espanha (3,30%), além de outros 15 países de destino. Os produtos principais seguiram sendo representados pelas estacas de crisântemos, segmento no qual o Brasil é considerado o principal parque industrial produtivo fora da Holanda. Cabe notar que a presença brasileira tem

15 Código NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL) 06029029 – Mudas de Outras Plantas Ornamentais.

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se ampliado gradativa e consistentemente no mercado da América do Norte, consolidando um crescimento de 104,18% nas exportações para o Canadá, 71,53% para os EUA e 59,82% para o México. Também os países da região do Cone Sul começam a se tornar consumidores cada vez mais interessantes para as mudas de plantas ornamentais brasileiras, com crescimento de 139,48 % das vendas para o Chile e de 18,27% para a Argentina.

Tabela 12. Balança comercial brasileira de plantas vivas e produtos da floricultura, em 2006 (Valores em US$ FOB)

Corrente mês Exportação Importação Saldo de

Comércio

janeiro 2.241.586 915.208 1.326.378 3.156.794 fevereiro 2.134.174 818.278 1.315.896 2.952.452 março 1.906.327 929.552 976.775 2.835.879 abril 1.871.557 491.892 1.379.665 2.363.449 maio 2.157.982 1.354.985 802.997 3.512.967 junho 4.779.164 755.378 4.023.786 5.534.542 julho 3.729.285 252.068 3.477.217 3.981.353 agosto 3.164.893 502.557 2.662.336 3.667.450 setembro 2.233.085 603.206 1.629.879 2.836.291 outubro 1.538.744 527.443 1.011.301 2.066.187 novembro 1.674.481 366.211 1.308.270 2.040.692 dezembro 2.198.230 1.027.066 1.171.164 3.225.296

Total 29.629.508 8.543.844 21.085.664 38.173.352 Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, I ndústria e Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - ALICE.(1) não inclui árvores, arbustos, silvados de frutos comestíveis; mudas de cana-de-açúcar; de café e de videira e micélios de cogumelos.

Na região do euro, os crescimentos mais importantes se verificaram para França (60,80%), Espanha (26,86%) e Bélgica (11,90%). Nota-se, a cada ano, que o Brasil consegue ampliar sua carteira de clientes setoriais, atestando a imagem de alta qualidade já conquistada pelo País, especialmente neste segmento de mudas de plantas ornamentais.

Os principais estados de origem na exportação de mudas de plantas ornamentais foram: São Paulo, com US$ 11,156 milhões (82,78%), seguido pelo Rio Grande do Sul (15,58%), Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro.

O segmento dos Bulbos, Tubérculos, Rizomas e Similares16, por sua vez, continuou na segunda posição do ranking, no qual acumulou 24,38% nos últimos três anos e 34,32% em 2006. Suas vendas internacionais atingiram US$ 10,169 milhões com o notável índice de crescimento de 50,89% sobre o ano anterior. As exportações foram concentradas para a Holanda (79,33%), seguida de Estados Unidos da América (15,32%), além de México, Canadá,

16 Código NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL): 06011000 – Bulbos, Tubérculos, Rizomas etc., em Repouso Vegetativo.

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Uruguai, Chile, Japão e Reino Unido. Da mesma maneira que no caso das mudas de plantas ornamentais, os exportadores setoriais vêm conseguindo ampliar e diversificar gradativamente a sua clientela, com importantes aumentos de vendas comparativos ao mesmo período do ano passado para o Canadá (223,82%) e México (111,74%). Os principais produtos exportados são os bulbos de gladíolos, lírios e amarílis (principalmente para o mercado Holandês) e de Caladium, que seguem prioritariamente para o varejo norte-americano.

As exportações brasileiras de bulbos foram originárias dos Estados de São Paulo (77,95%) e Ceará (22,05%).

As Flores e Botões Frescos de Corte para Buquês e Ornamentações17 - terceiro grupo em importância na pauta de exportações, com participação de 17,91% na média dos últimos três anos e de 10,43% no período de janeiro a dezembro de 2006 – somou vendas internacionais de US$ 3,092 milhões, mas teve um desempenho negativo comparado com os resultados do mesmo período do ano anterior. Os maiores volumes embarcados saíram para os EUA (79,44%), seguidos de Suíça (4,93%), Portugal (4,28%), Canadá (2,97%), Holanda (2,34%) e Argentina (1,69%) além de outros 10 países de destino.

Neste grupo, destacaram-se as flores de climas temperado e subtropical, como as rosas que foram exportadas para a Holanda, EUA e Portugal entre outros, seguidas por lisianthus, gérberas, lírios e crisântemos, principalmente para o mercado norte-americano. O principal Estado exportador foi São Paulo, que concentrou 89,24% das operações comerciais neste segmento, em 2006. Seguiram-lhe os Estados de Minas Gerais (5,41%), que vem recuperando gradativamente a importância da região de Barbacena, especialmente nas exportações de rosas para Portugal, e do Ceará (2,72%) com vendas de rosas e outras flores para Holanda, Dinamarca, França, Suriname, Estados Unidos e Alemanha.

As flores e folhagens tropicais como helicônias, alpínias, bastão-do-imperador, ananás ornamental, dracenas, cordilines, entre outras, seguiram para a Europa, especialmente Itália, Alemanha, Holanda e Polônia, além de serem exportadas na forma de buquês prontos para a exposição e comercialização direta nos pontos-de-venda, especialmente para Suíça, Portugal e França. Tiveram como origem principal os Estados de Pernambuco, Alagoas e Ceará.

No segmento de folhagens e ramos cortados, as estatísticas oficiais recém divulgadas pelo MDIC devem ser analisadas com muito cuidado em relação aos subgrupos das Folhagens e Ramos Cortados Frescos18 e o dos seus correspondes secos. Nesse sentido, os dados para 2006 acabaram apontando para um crescimento extremamente acentuado das exportações das folhagens e ramos cortados frescos, cujo valor de vendas somou US$ 1,682 milhão, com crescimento de 328,11% sobre os resultados de 2005. Note-se que esse setor, apesar de ser apontado como um dos mais promissores na pauta das exportações setoriais do País - dada a peculiar riqueza natural da flora brasileira em espécies aptas para o fornecimento de materiais desse 17 Código NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL): 06031000 - Flores e Seus Botões, Frescos, Cortados para Buquês, etc.

18 Código NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL): 06049-100 – Folhagem, Folhas, Ramos de Plantas, Frescos, P/Buquês, etc.

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grupo - vem, até então, apresentando desempenho bem mais modesto. Nas exportações totais de 2005, por exemplo, o valor global das vendas de folhagens e ramos cortados frescos foi de US$ 392.878,00, resultado que já representou, na época, um crescimento de praticamente 5 vezes o de 2004. Essas exportações de folhagens e ramos cortados frescos exportados pelo Brasil, no período de janeiro a dezembro de 2006, foram apontadas como originárias dos Estados de Minas Gerais (88,22%), Santa Catarina (8,85%), Alagoas (2,47%), Pernambuco (0,41%) e Ceará (0,04%).

Por outro lado, verificando-se o comportamento histórico do comércio exterior do Estado de Minas Gerais nesses dois segmentos, observou-se que, surpreendentemente, a tradição mineira de participar no mercado de Folhagens e Ramos Cortados Secos19, não apareceu contemplada nas estatísticas do mesmo período, tendo, aliás, contabilizado queda de 71,14% em comparação com 2005.

Note-se que o Estado de Minas Gerais é o único a explorar o extrativismo e as vendas internacionais das populares e muito apreciadas sempre-vivas nativas da região de Diamantina20. Uma busca mais avançada nos dados disponibilizados pelo MIDC mostrou, ainda, que tais exportações foram escoadas prioritariamente por via marítima, através do Porto de Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro, modalidade, portanto, imprópria para a exportação de produtos frescos cortados para buquês e outras ornamentações. Os principais clientes externos para as folhagens e ramos frescos cortados do Brasil, apontados pelas estatísticas oficiais do MDIC para 2006, foram coincidentes com os do produto seco correspondente para os períodos históricos anteriores: Holanda (29,35%), EUA (23,07%), Itália (19,44%) e Alemanha (9,08%), além de outros 14 países de destino.

Portanto, apesar do sucesso permanentemente projetado para o futuro das exportações das folhagens de corte frescas brasileiras - capazes de compor arranjos e decorações em todo o mundo com diferenciais inimitáveis de qualidade, beleza e durabilidade - acredita-se que os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estejam equivocados, devendo referir-se, na verdade, à continuidade dos processos das já tradicionais exportações mineiras de folhagens e ramos secos.

No segmento das mudas de orquídeas21, o Brasil experimentou um crescimento importante nos últimos anos, tendo, porém sofrido redução em 2006, quando atingiu o valor de US$ 157.946,00 exportados. Os principais países compradores foram constituídos pelos EUA (47,80%), Japão (18,42%), Alemanha (18,31%), Hong Kong (5,72%), Holanda (3,80%) e Bélgica (1,85%), além de mais outros sete países, com menores valores de importação. Por outro lado, os principais Estados de origem dessas exportações foram: Mato Grosso do Sul (54,69%), Santa Catarina (29,95%), Espírito Santo (10,15%), Rio Grande do Sul (4,96%) e São Paulo (0,25%).

19 Código NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL): 06049900 – Folhagem, Folhas, Ramos de Plantas, Secos, etc., p/ Buquês, etc.

20 Apesar da existência de um subgrupo específico para as flores e botões cortados secos nas estatísticas de exportações (Código NCM 06039000), os valores estatísticos divulgados fazem crer que essas flores sejam contabilizadas, na sua quase totalidade, junto ao subgrupo das folhagens, ramos e plantas secas (Código NCM 06049900). 21 Código NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL): 06029021 – Mudas de Orquídeas.

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As exportações brasileiras de mudas de orquídeas concentram-se especialmente nos segmentos focados no mercado de colecionadores, e se baseiam na exploração de espécies nativas e alguns de seus híbridos, sem possuírem características verdadeiramente industriais em termos de tecnologia e escala de produção. Uma das poucas exceções está sendo constituída pelas exportações do Estado de São Paulo e que passaram a incluir uma novidade: exemplares de ludísias, uma variedade rara e exótica nativa da Ásia. Essas orquídeas estão sendo cultivadas em Holambra, no interior do Estado e estima-se que em 2006 tenham atingido uma quantidade comercializada equivalente a 100 mil unidades. Trata-se de um nicho de mercado em franco crescimento, pois em 2005 foram vendidas 60 mil mudas, com destino principal para a Holanda e os EUA.

Cabe ressaltar que um dos aspectos extremamente favoráveis observados na evolução do desempenho exportador da floricultura brasileira tem sido o da distribuição dos seus resultados e benefícios por uma ampla gama de produtores e empresas, dispersos pelos principais pólos de produção de flores e plantas ornamentais de todo o País.

Embora o Estado de São Paulo ainda concentre parcela extremamente relevante dos resultados da balança comercial da floricultura (73,91%), seguindo pelo Rio Grande do Sul (9,13%), Ceará (7,99%), Minas Gerais (5,59%), Pará, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Espírito Santo, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso, observa-se, a cada ano que passa, um notável crescimento das exportações regionais.

Comparativamente a 2005, os Estados que mais se destacaram no crescimento dos valores exportados de flores e plantas ornamentais foram: Alagoas (+88,36%), Santa Catarina (+ 65,14%), Ceará (+40,93%), Rio Grande do Sul (+25,11%), Pará (+19,77%), Pernambuco (+17,04%), Minas Gerais (+12,99%) e São Paulo (+11,17%).

Tabela 13. Balança comercial brasileira de plantas vivas e produtos da floricultura, por grupos de produtos, em 2006.

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Corrente Exportação Importação Saldo de

ComércioUS$ FOB US$ FOB US$ FOB US$ FOB

0601.10.00 BULBOS,TUBÉRCULOS,RI ZOMAS,ETC. EM REPOUSO VEGETATI VO 10.169.392 2.767.970 7.401.422 12.937.362 0601.20.00 BULBOS,TUBÉRCULOS,EM VEGET. EM FLOR, MUDA DE CHI CÓRIA - 645.723 (645.723) 645.723 0602.10.00 ESTACAS NÃO ENRAIZADAS E ENXERTOS - 3.653 (3.653) 3.653 0602.90.21 MUDAS DE ORQUÍ DEAS 157.955 1.059.351 (901.396) 1.217.306 0602.90.29 MUDAS DE OUTRAS PLANTAS ORNAMENTAIS 13.476.482 700.619 12.775.863 14.177.101 0602.90.89 MUDAS DE OUTRAS PLANTAS 614.970 1.943.408 (1.328.438) 2.558.378 0602.90.90 OUTRAS PLANTAS VI VAS 47.675 14.477 33.198 62.152 0603.10.00 FLORES E SEUS BOTÕES,FRESCOS,CORTADOS P/ BUQUES,ETC. 3.091.523 1.368.856 1.722.667 4.460.379 0603.90.00 FLORES E SEUS BOTÕES,SECOS,ETC.CORTADOS P/ BUQUES,ETC. 10.300 9.906 394 20.206 0604.10.00 MUSGOS E LÍ QUENS, P/ BUQUES OU ORNAMENTAÇÃO - 21.739 (21.739) 21.739 0604.91.00 FOLHAGEM,FOLHAS,RAMOS DE PLANTAS,FRESCOS, P/ BUQUES,ETC. 1.681.951 - 1.681.951 1.681.951 0604.99.00 FOLHAGEM,FOLHAS,RAMOS DE PLANTAS,SECOS,ETC. P/ BUQUES,ETC. 374.658 8.142 366.516 382.800 0602.30.00 RODODENDROS E AZALEI AS, ENXERTADOS OU NÃO 4.602 - 4.602 4.602 0602.40.00 ROSEI RAS, ENXERTADAS OU NÃO - - - -

TOTAL 29.629.508 8.543.844 21.085.664 38.173.352 Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - ALI CE.(1) não inclui árvores, arbustos e silvados, de frutos comestíveis; mudas de cana-de-açúcar; de café e de videira e micélios de cogumelos.

Código NMC Grupo de Produto

Tabela 14. Valores e participação, por grupo de produtos, na pauta de exportações de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período de 2004 a 2006.

Grupo de ProdutoUS$ FOB % US$ FOB % US$ FOB %

Mudas de Outras Plantas Ornamentais 9.649.809 49,67 11.387.045 48,46 13.476.482 45,48 Bulbos, Tubérculos, Rizomas etc, em repouso vegetativo 4.642.027 23,89 5.424.520 23,08 10.169.392 34,32 Flores e seus botões, frescos, cortados para buquês, etc 2.604.968 13,41 4.877.165 20,75 3.091.523 10,43 Folhagem, Folhas, Ramos de Plantas, frescos, para buquês, etc 274.018 1,41 79.600 0,34 1.681.951 5,68 Mudas de Outras Plantas 302.054 1,55 96.100 0,41 614.970 2,08 Folhagem, Folhas, Ramos de Plantas, secos,etc, para buquês, etc 1.584.297 8,15 1.502.857 6,40 374.658 1,26 Mudas de Orquídeas 79.081 0,41 122.919 0,52 157.955 0,53 Outras Plantas Vivas 16.082 0,08 - - 47.675 0,16 Flores e seus botões, secos,etc, cortados para buquês, etc 3.043 0,02 - - 10.300 0,03 Rododendros e Azaléias, enxertados ou não - - - - 4.602 0,02 Estacas não enraizadas e Enxertos - - 7.279 0,03 - - Roseiras, Enxertadas ou não - - 2.586 0,01 - - Musgos e Líquens, para buquês ou ornamentação 272.332 1,40 - - - - Bulbos, Tubérculos etc, em veget. em flor, Muda de chicória - - - - - -

Total 19.427.711 100,00 23.500.071 100,00 29.629.508 100,00 Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - ALICE.(1) não inclui árvores, arbustos e silvados, de frutos comestíveis; mudas de cana-de-açúcar, de café e de videira e micélios de cogumelos.

20062004 2005

A Holanda, principal cliente internacional da floricultura brasileira, concentra suas aquisições nos seguintes grupos de produtos: mudas de outras plantas ornamentais, principalmente estacas de crisântemos (44,29%); bulbos em repouso vegetativo (40,09%), flores frescas (12,42%) e folhagens secas (3,20%).

Para os EUA, a preferência de importações fica com as flores frescas, principalmente rosas, com 56,82% das aquisições. Mudas de outras plantas ornamentais ficam com 22,44%, folhagens secas, com 10,51%, bulbos (9,64%) e mudas de orquídeas (0,58%).

A Itália, terceiro maior comprador em importância econômica, concentra suas compras também em mudas de outras plantas ornamentais, com 84,57% de sua pauta. Seguem-lhe as folhagens secas (9,92%) e as folhagens frescas (2,52%).

Tabela 15. Países de destino das exportações brasileiras de mudas de orquídeas, em valore e participação relativa, no período de 2000 a 2006 (1)

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US$ % US$ % US$ % US$ % US$ % US$ % US$ %País

Estados Unidos 6.651 20,21 9.238 30,20 9.645 23,62 30.518 38,59 29.860 24,29 50.876 28,21 75.509 47,80 Japão 4.821 14,65 2.100 6,87 2.830 6,93 18.245 23,07 25.794 20,98 40.640 22,53 29.090 18,42 Alemanha 12.366 37,58 6.601 21,58 7.804 19,11 8.859 11,20 24.927 20,28 27.536 15,27 28.922 18,31 Hong Kong 1.179 3,58 4.072 13,31 2.700 6,61 6.141 7,77 14.625 11,90 5.291 2,93 9.040 5,72 Holanda ( Países Baixos ) - - - - - - - - - - - - 6.000 3,80 Bélgica - - - - - - - - - - - - 2.930 1,85 África do Sul - - - - - - - - - - - - 1.473 0,93 Canadá - - 1.458 4,77 1.100 2,69 2.650 3,35 - - - - 1.450 0,92 Rússia, Federação da - - - - - - 443 0,56 1.625 1,32 1.650 0,91 1.150 0,73 Reino Unido 1.200 3,65 - - 1.452 3,56 11.895 15,04 15.638 12,72 4.956 2,75 1.000 0,63 França - - 595 1,95 - - - - - - 19.961 11,07 550 0,35 Taiwan ( Formosa) - - - - 12.915 31,63 - - 3.432 2,79 21.229 11,77 450 0,28 Portugal 3.800 11,55 - - - - - - 1.883 1,53 - - 391 0,25 Itália - - - - - - - - 400 0,33 - - - - Suíça - - 3.500 11,44 - - - - - - 650 0,36 - - China - - - - - - - - - - 1.800 1,00 - - Venezuela - - - - - - 330 0,42 1.700 1,38 - - - - Dinamarca - - - - 673 1,65 - - 400 0,33 1.720 0,95 - - República Theca - - - - - - - - 420 0,34 - - - - Panamá - - 2.524 8,25 - - - - - - - - - - Porto Rico 679 2,06 - - - - - - - - - - - - Costa Rica - - 500 1,63 - - - - - - - - - - Coréia, República da (Sul) - - - - - - - - - - - - - - Antilhas Holandesas - - - - 900 2,20 - - - - - - - - Argentina - - - - - - - - - - 556 0,31 - - Tailândia - - - - - - - - 641 0,52 400 0,22 - - Espanha - - - - - - - - 255 0,21 - - - - Estônia - - - - - - - - 483 0,39 - - - - Guiana - - - - - - - - 836 0,68 - - - - Nova Caledônia - - - - 814 1,99 - - - - - - - - Cayman, Ilhas - - - - - - - - - - 1.215 0,67 - - Austrália 2.210 6,72 - - - - - - - - - - - - Chile - - - - - - - - - - 1.870 1,04 - -

Total 32.906 100,00 30.588 100,00 40.833 100,00 79.081 100,00 122.919 100,00 180.350 100,00 157.955 100,00

(1) US$ FOB.

2006

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - ALICE.

2003 2004 20052000 2001 2002

Tabela 16. Estados de origem das exportações brasileiras de mudas de orquídeas, em valore e participação relativa, no período de 2000 a 2006 (1)

Estado US$ % US$ % US$ % US$ % US$ % US$ % US$ %

Mato Grosso do Sul - - - - 4.992 12,23 46.650 58,99 61.737 50,23 91.504 50,74 86.380 54,69 Santa Catarina 18.617 56,58 24.589 80,39 29.236 71,60 22.966 29,04 45.466 36,99 50.580 28,05 47.310 29,95 Espírito Santo - - - - - - - - - - - 16.031 10,15 Rio Grande do Sul 2.515 7,64 3.142 10,27 1.026 2,51 4.748 6,00 9.699 7,89 10.752 5,96 7.834 4,96 São Paulo - - 1.037 3,39 - - - - - - 19.961 11,07 391 0,25 Rio de Janeiro 11.774 35,78 1.820 5,95 5.079 12,44 4.717 5,96 6.017 4,90 7.553 4,19 - - Amazonas - - - - 500 1,22 - - - - - - -

Total 32.906 100,00 30.588 100,00 40.833 100,00 79.081 100,00 122.919 100,00 180.350 100,00 157.946 100,00

(1) US$ FOB.

2004 2005 2006

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - ALICE.

20032000 2001 2002

Atualmente, os mercados prioritários para o crescimento das exportações do Brasil são: Alemanha, Holanda, Estados Unidos da América, Itália, França, Inglaterra, Japão e Argentina. Também é evidente o crescente interesse dos mercados dos países ibéricos (Portugal e Espanha) pelos produtos brasileiros, notadamente para flores e folhagens tropicais. Como mercados opcionais, em fase de prospecção, encontram-se a Rússia e os Emirados Árabes.

Neste sentido, levando-se em consideração o estímulo exportador, e as potencialidades produtivas do País, que lhe conferem possibilidades de inserção competitiva no mercado mundial, estima-se que as exportações

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evoluirão de forma expressiva, a partir do patamar atual, alcançando cerca de US$ 80 milhões/ano num futuro próximo.

Todo esse esforço exportador deverá elevar a área de produção destinada à de exportação, para cerca de 1.500 ha, contribuindo com a geração de 15.000 novos postos de trabalho, com mão-de-obra qualificada e capacitados para o desempenho efetivo de suas atividades.

Tabela 17. Ranking dos países importadores de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período de 2004 a 2006

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PaísUS$ FOB % US$ FOB % US$ FOB %

Holanda ( Países Baixos ) 11.683.791 49,72 11.970.347 46,48 14.546.272 49,09 Estados Unidos 5.137.431 21,86 6.526.956 25,35 7.233.404 24,41 I tália 2.194.152 9,34 2.509.946 9,75 2.722.377 9,19 J apão 1.179.884 5,02 1.141.213 4,43 1.117.340 3,77 Uruguai 231.707 0,99 279.947 1,09 767.483 2,59 Bélgica 429.069 1,83 668.021 2,59 702.034 2,37 Canadá 171.865 0,73 278.497 1,08 564.892 1,91 Espanha 200.935 0,86 392.515 1,52 470.431 1,59 Alemanha 484.896 2,06 410.998 1,60 308.115 1,04 México 119.473 0,51 132.726 0,52 280.042 0,95 Suíça 16.599 0,07 49.113 0,19 190.748 0,64 Portugal 284.980 1,21 274.732 1,07 146.804 0,50 Argentina 149.790 0,64 174.445 0,68 141.270 0,48 Polônia - - 97.967 0,38 92.769 0,31 Hungria - - 14.505 0,06 66.158 0,22 Chile 72.495 0,31 70.286 0,27 60.327 0,20 China 14.393 0,06 33.635 0,13 45.484 0,15 Dinamarca 391.050 1,66 288.320 1,12 43.528 0,15 Reino Unido 524.590 2,23 257.939 1,00 37.169 0,13 Angola 17.919 0,08 9.479 0,04 27.410 0,09 França 28.957 0,12 48.344 0,19 18.682 0,06 Tcheca, República 420 0,00 3.235 0,01 11.838 0,04 Hong Kong 23.925 0,10 12.791 0,05 9.040 0,03 Peru - - - - 5.000 0,02 África do Sul - - - - 3.273 0,01 Suriname - - 680 0,00 2.358 0,01 Nova Caledônia - - - - 1.729 0,01 Rússia, Federação da 1.625 0,01 10.028 0,04 1.300 0,00 Tailândia 641 0,00 1.100 0,00 700 0,00 Bolívia 475 0,00 22.000 0,09 495 0,00 Taiwan (Formosa) 4.593 0,02 33.360 0,13 450 0,00 Costa Rica - - 13.320 0,05 286 0,00 Venezuela 13.286 0,06 16.692 0,06 - - Coréia, República da (Sul) 19.519 0,08 6.796 0,03 - - Colômbia 1.725 0,01 - - - - Cabo Verde - - 673 0,00 - - Emirados Árabes Unidos 35.842 0,15 - - - - Estônia 483 0,00 - - - - Guatemala - - 500 0,00 - - Guiana 836 0,00 - - - - I srael 11.910 0,05 - - Cayman, I lhas - 1.215 - - Equador 1.468 0,01 - - 10.300 Í ndia 12.000 0,05 - - - J ordânia 97 0,00 - - - Paraguai 37.250 0,16 - -

Total 23.500.071 100,00 25.752.321 100,00 29.629.508 100,00

(1) não inclui árvores, arbustos e silvados, de frutos comestíveis; mudas de cana-de-açúcar, de café e de videira e micélios de cogumelos.

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, I ndústria e Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - ALICE.

20062004 2005

Tabela 18. Ranking dos estados exportadores de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período de 2004 a 2006

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EstadoUS$ FOB % US$ FOB % US$ FOB %

1º São Paulo 18.183.577 77,38 19.698.963 76,49 21.899.202 73,91 2º Rio Grande do Sul 1.739.454 7,40 2.162.260 8,40 2.705.262 9,13 3º Ceará 1.329.446 5,66 1.679.578 6,52 2.366.972 7,99 4º Minas Gerais 1.435.015 6,11 1.464.648 5,69 1.654.843 5,59 5º Pará 239.733 1,02 268.199 1,04 321.230 1,08 6º Santa Catarina 302.063 1,29 174.331 0,68 287.892 0,97 7º Alagoas 53.560 0,23 110.915 0,43 208.915 0,71 8º Mato Grosso do Sul 61.737 0,26 91.504 0,36 86.380 0,29 9º Pernambuco 76.052 0,32 49.612 0,19 58.067 0,20 10º Espírito Santo - - 17.000 0,07 16.031 0,05 11º Paraná 52.691 0,22 8.957 0,03 8.692 0,03 12º Rio de J aneiro 6.751 0,03 15.550 0,06 6.587 0,02 13º Mato Grosso - - - - 6.400 0,02 14º Sem Identificação 17.619 0,07 8.479 0,03 3.035 0,01

Goiás 2.073 0,01 1.325 0,01 - - Bahia 300 0,00 1.000 0,00 - -

Total 23.500.071 100,00 25.752.321 100,00 29.629.508 100,00

Rank

ing

Fonte: Hórtica Consultoria e Treinamento, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, I ndústria e Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - ALICE.

(1) não inclui árvores, arbustos e silvados, de frutos comestíveis; mudas de cana-de-açúcar, de café e de videira e micélios de cogumelos.

20062004 2005

Potencial Exportador da Floricultura do Brasil

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A Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil - Apex-Brasil, em convênio com o Instituto Brasileiro de Floricultura - Ibraflor na elaboração e execução do Programa Setorial Integrado de Promoção de Exportações de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil – FloraBrasilis, apoiou a realização e a publicação do estudo “Análise Qualitativa sobre o Potencial Exportador da Floricultura do Brasil”, realizado a partir de pesquisas que envolveram a participação direta de mais de 150 lideranças de todos os pólos de produção e exportação de flores e plantas ornamentais do País. Os principais resultados deste trabalho são comentados a seguir:

Principais pontos fortes:

Diversidades, contrastes, miscigenação racial e cultural, incentivando a criatividade e o encontro/adaptação de soluções inovadoras, de baixo custo, sustentáveis e que superam deficiências estruturais crônicas do ambiente institucional de apoio à atividade no País;

Diversidade ecológica, permitindo cultivos simultâneos da floricultura temperada, subtropical e tropical, bem como soluções poupadoras de insumos e energia, além de reguladoras da oferta ao longo de todo o ano;

Sustentabilidade no mercado interno, de grandes dimensões gerais, ainda que com baixos índices de consumo per capita;

Existência de pólos de excelência na exportação (segmentos de mudas e bulbos), que apóiam e servem de benchmarking para os novos setores de expansão da floricultura do Brasil.

Fonte: Junqueira, A.H; Peetz, M. da S. Pesquisa Qualitativa sobre o Potencial Exportador de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil. Campinas: FloraBrasilis (Ibraflor/APEX-Brasil), 2004, 1 CD-Rom.

Principais pontos fracos:

Individualismo empresarial elevado, que impede a adoção de atividades comuns, associativas, consorciadas ou cooperativadas de planejamento, produção e comercialização;

Vaidade, que dificulta a análise e adoção desapaixonadas de recomendações técnicas adequadas ao bom desempenho produtivo e comercial da atividade, acima da vontade e interesse pessoal;

Baixa auto-estima e falta de autoconfiança no relacionamento comercial com empresas e clientes do exterior;

Medo de exportar, incluindo memórias negativas anteriores, receio de não recebimentos dos valores exportados e dificuldades no trato e

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relacionamento com culturas e línguas estrangeiras;

Falta de confiança no Governo e instituições;

Dispersão, falta de foco e não-especialização produtiva e comercial;

Ilusionismo com o sucesso e enriquecimento instantâneo na atividade;

Imagem negativa no mercado internacional, vinculada principalmente a más práticas anteriores de importação de material genético sem recolhimento formal de royalties, em parte decorrentes da própria inadequação do aparato jurídico-institucional do País.

Fonte: Junqueira, A.H; Peetz, M. da S. Pesquisa Qualitativa sobre o Potencial Exportador de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil. Campinas: FloraBrasilis (Ibraflor/APEX-Brasil), 2004, 1 CD-Rom.

Principais ameaças internas:

Baixa escala de produção e de regularidade na oferta, dificultando a penetração no mercado internacional;

Falta de especialização e profissionalismo;

Falta de coordenação na cadeia produtiva agro-exportadora;

Falta de padronização de produtos, embalagens e processos;

Falta de segurança nas operações;

Limitações associativistas;

Baixo potencial de investimento;

Insuficiência de crédito;

Excesso de burocracia nas operações;

Complexidade das exigências fitossanitárias;

Deficiências e limitações logísticas e operacionais;

Altos custos dos fretes aéreos;

Ausência de uma cultura exportadora.

Fonte: Junqueira, A.H; Peetz, M. da S. Pesquisa Qualitativa sobre o Potencial Exportador de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil. Campinas: FloraBrasilis

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(Ibraflor/APEX-Brasil), 2004, 1 CD-Rom.

Principais ameaças externas:

Crescimento e fortalecimento da concorrência, especialmente de outros países produtores e exportadores das Américas Central e do Sul, da África e da China;

Elevado grau de dependência tecnológica, especialmente no que se refere ao desenvolvimento de novos materiais genéticos básicos de propagação (sementes, bulbos, rizomas e matrizes);

Políticas internacionais de exceção, que privilegiam importantes concorrentes apoiados sob os auspícios do controle do narcotráfico, através da isenção de tarifas e cotas preferenciais de comércio.

Fonte: Junqueira, A.H; Peetz, M. da S. Pesquisa Qualitativa sobre o Potencial Exportador de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil. Campinas: FloraBrasilis (Ibraflor/APEX-Brasil), 2004, 1 CD-Rom.

Tendências no consumo mundial de flores e plantas ornamentais e potencial de inserção comercial do Brasil

Técnicos e especialistas do mundo todo apontam que a floricultura mundial experimentará um notável índice de crescimento durante a próxima década, sendo que os antúrios são identificados, como já visto na introdução deste capítulo, como uma das plantas com um dos maiores potenciais de crescimento no mercado. A perspectiva de expansão do mercado global da floricultura apoia-se, entre outras, nas constatações das seguintes ocorrências futuras:

notável índice de crescimento populacional, principalmente nos países asiáticos, onde deverá ocorrer uma expressiva elevação no nível de renda per capita;

consolidação da imagem das flores e plantas como bens culturais, cada vez mais valorizados como indicadores de qualidade de vida e bem estar para as populações;

aumento do fluxo comercial, intensificando o trânsito internacional de mercadorias e tornando conhecidas e acessíveis números, cada vez maiores, de espécies e novas cultivares;

desenvolvimento de novas e melhores tecnologias genéticas, industriais e comerciais, gerando novos produtos que atendam cada vez mais e melhor as mais diversas necessidades dos clientes, tanto

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em termos de coloração, perfume, formato, durabilidade, exotismo etc.

geração de amplos e reconhecidos benefícios sociais, econômicos e ambientais, melhorando o trabalho, a renda, a inclusão sócio-econômica e cultural de importantes parcelas de populações, principalmente do Hemisfério Sul, além de contribuírem para a educação e a preservação ambiental.

4. Tendências, perspectivas e desafios na Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais

O floricultor profissional sabe que terá que ajustar seus projetos e empreendimentos à realidade de uma nova conjuntura econômica e social, que, tanto no Brasil, quanto no resto do mundo, apresenta, a todos, novas e inexoráveis exigências.

É importante estar consciente de que os mercados consumidores mudaram e não vão voltar à trás. Dessa forma, os produtores e fornecedores terão que se adaptar a um mercado de pressão contínua para a persistente baixa de preços e de aumento geral da qualidade, dos padrões de apresentação, de logística de distribuição e de agregação de valores ao produto final, além da diversificação e incorporação de novos itens na prestação de serviços, na qualidade de atendimento e no relacionamento com a clientela.

No âmbito dessas preocupações, a vida associativa, institucional e corporativa poderá representar um dos mais importantes diferencias na carreira daqueles que tenderão a buscar efetivas soluções para os seus problemas, tanto nos campos econômico, quanto técnico, político e social. O fortalecimento dos órgãos e entidades de representação setorial, como o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) e Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, será de fundamental importância na gestão e encaminhamento de buscas de soluções concretas para problemas comuns.

Parte importante das dificuldades que aparecerão para os profissionais, conforme aparecem listadas no Quadro 1, vão necessitar de agregação de forças, de governança, de ações cooperativas e de esforços convergentes.

Um aspecto particularmente relevante, nesse novo ano, será o fato de que os floricultores brasileiros passarão a conviver, de forma definitiva, com uma nova realidade na Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais no País: o surgimento e a consolidação de novos pólos regionais de produção, comércio, distribuição e consumo. Esse fenômeno – benéfico na redistribuição dos benefícios do crescimento e fortalecimento da economia da floricultura - resultará numa maior diversificação do consumo, com introdução de espécies e cultivares mais adaptadas aos gostos e às culturas regionais; na diminuição do papel centralizado hoje ocupado pelos pólos produtivos paulistas, especialmente de Holambra e Campinas, que continuarão, no entanto, exercendo total liderança setorial, tanto nos aspectos estritamente comerciais, quanto institucional e político e, também, na otimização dos custos logísticos de transporte e movimentação de mercadorias, condicionando maior diversificação e incorporação das produções regionais, especialmente no caso

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das plantas envasadas, mais volumosas, de alta cubagem e baixa relação custo x benefício nas operações comerciais de larga distância, entre outros.

Desafios como esses e outros apontados no Quadro 2, compõem o novo cenário para os empresários da floricultura brasileira e deverão fazer parte da agenda de trabalho e das discussões de todos que estão preocupados com o crescimento e o desenvolvimento futuro da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil.

A todos, nossos votos de um feliz Natal e de que o Novo Ano seja um contínuo e eficiente superar de todas as barreiras ao pleno desenvolvimento das nossas potencialidades pessoais e empresariais.

Tabela 19. Principais desafios para a floricultura comercial no Brasil, em 2007.

Consumo: O crescimento real de consumo de flores e plantas ornamentais em âmbito nacional vem se mantendo em torno de 10% ao ano em valor e cerca de 2% a 3% em volume, praticamente acompanhando o crescimento vegetativo da população. Apenas nos novos pólos de floricultura, tem sido possível experimentar taxas físicas de crescimento maiores, que podem chegar a até 15% ou 20% ao ano, em alguns casos.

Rearranjos produtivos: A base produtiva, apoiada por governos e órgãos de fomento e promoção, seguirá a tendência de regionalização e fortalecimento em novos pólos produtivos por todo o País, levando a alterações extremamente significativas em termos de fluxos de abastecimento, tipificação de consumo, especializações de mercados, surgimento de novos agentes e eliminação de produtores menos adaptados dos pólos tradicionais.

Acesso a mercados: Como decorrência das alterações da base produtiva e do aumento da concorrência entre regiões, países e canais de distribuição, serão intensificados os processos de alteração nas rotas e fluxos tradicionais de abastecimento, levando à necessidade premente de criação, conquista e consolidação de novos mercados e das suas formas de acesso.

Inovação: Nas relações comerciais contemporâneas, qualidade e padronização já não são diferenciais, mas, sim, itens obrigatórios. A permanência e o sucesso na atividade passam agora a serem ditadas mais pela capacidade de inovação em tecnologias, produtos e serviços ao mercado consumidor.

(Continua)

Fortalecimento do varejo de auto-serviços: No Brasil, as vendas de flores pelos canais super e hipermercadistas já atingiram 13% do abastecimento, valor, esse, que poderá, brevemente se tornar equivalente ao do mercado norte-americano (23%) e da média da União Européia (21%). O fenômeno é particularmente

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importante porque acarreta profundas alterações nas relações de poder de barganha entre produtores e distribuidores, na governança da Cadeia Produtiva e na sobrevivência de um grande número de lojas do pequeno varejo tradicional.

Exportações: A persistente valorização cambial do dólar reduziu a competitividade do produto brasileiro no exterior, gerando arrefecimento nas taxas médias anuais de crescimento que se vinham observando desde o início dos anos 2000. A persistir a atual política cambial, o nível das exportações poderá estagnar ou mesmo retroceder aos níveis médios anteriores obtidos ao longo da década passada.

Royalties: observa-se um aumento considerável das pressões e demandas judiciais no combate à pirataria, visando à regularização, legalização e pagamentos devidos pelo uso de espécies e cultivares amparadas pela Lei de Proteção de Cultivares.

Concorrência mundial: Continuarão aumentando as pressões mundiais pela oferta de produtos e serviços, num mundo de relações cada vez mais globalizadas. Não há mais espaço para a falta de qualidade e profissionalismo.

Mercado do paisagismo: Deverá se consolidar definitivamente como o setor de maior crescimento, vigor e autonomia de toda a Cadeia Produtiva da atualidade, fortalecendo novos agentes, canais, fluxos e processos de produção, distribuição e consumo de mercadorias, bens e serviços afins.

Tabela 20. Ações estratégicas recomendadas para o setor produtivo para o eficiente e competitivo enfrentamento dos desafios setoriais.

Orientação da produção para o mercado: A segmentação, especialização e regionalização dos mercados consumidores serão fenômenos que tenderão a se acentuar rapidamente. Os produtores deverão analisar cuidadosamente a sua inserção atual e avaliar as suas metas futuras com muito critério, discernimento e objetividade, redefinindo focos, prioridades e novas parcerias, conforme os mercados que pretende atingir e os canais com os quais pretende atuar.

Qualidade e padronização de produtos / Agregação de valor: Deixaram de ser opcionais, passando a ser uma obrigação de todos os produtores. Os grandes focos deverão ser buscados agora na inovação permanente de produtos, tecnologias, processos, embalagens e formas de apresentação dos produtos aos mercados, agregando valor para o consumidor final.

(Continua)

Profissionalização na distribuição: Os produtores deverão apoiar e trabalhar pró - ativamente no fortalecimento, profissionalização e especialização dos canais de distribuição de atacado e varejo, buscando o favorecimento das ações cooperativas

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e/ou consorciadas, a conquista e preservação do seu poder de barganha nas negociações e a sua crescente participação no fluxo de troca de informações com a clientela final.

Revisão e adequação de custos: Os preços finais serão, cada vez mais, ditados pelo cliente no mercado. Esse será o teto a partir do qual o produtor terá que refazer, ao revés, os caminhos dos seus processos produtivos e comerciais, revendo, cortando e adequando custos e margens econômicas e financeiras. A presença permanente no mercado, o estudo criterioso do comportamento e das alterações nos hábitos e preferências dos consumidores e o uso de ferramentas de suporte como softwares de controle de custos, adquirem importância capital no mercado da floricultura profissional.

Fortalecimento das ações associativistas: A complexidade e abrangênda das ações necessárias fazem com que o produtor tenha, cada vez menos, capacidade de atuar isoladamente no mercado e encontrar a adequada solução para os seus problemas. O fortalecimento das associações, cooperativas, órgãos e entidades de apoio institucional, de promoção e defesa dos interesses da categoria passam a ser, nesse sentido, fundamentais e decisivas.

Atenção total ao cliente: O diferencial entre o sucesso e o fracasso dos empreendimentos produtivos e comercias será, cada vez mais, definido pela satisfação, atendimento e encantamento dos clientes finais. A capacidade de prever e superar as expectativas do consumidor no mercado deixa de ser uma responsabilidade apenas das áreas de comercialização e marketing e passa a integrar o universo de preocupações também do produtor, desde o momento da escolha das variedades, espécies e embalagens, até nos tratamentos e tecnologias de pós-colheita, visto que a durabilidade das flores e plantas ornamentais é, hoje, um dos mais influentes fatores de decisão na escolha e compra das mercadorias.

Promoção e marketing: Todos os esforços deverão ser empreendidos no sentido de promover e aumentar o consumo per capita de flores e plantas ornamentais no Brasil, com a colaboração de entidades de classe, governamentais e instituições de apoio e fomento, como a única maneira eficiente e eficaz de encontrar vazão para a crescente produção interna.

5. Considerações finais

O mercado interno de flores e plantas ornamentais no Brasil deve ser entendido no contexto dos padrões de consumo dos países em desenvolvimento, nos quais predominam as seguintes características principais que compartilhamos com outras nações da América Latina, Ásia e África: a) baixo índice de consumo per capita; b) – mercado com pequeno número relativo de compradores freqüentes; c) – compras centradas em produtos bastante tradicionais e d) – forte concentração sazonal da demanda em datas especiais e comemorativas, como Dia das Mães, Finados, Namorados, entre poucas outras.

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Entre as tendências mais marcantes para o mercado interno da floricultura brasileira na próxima década, citam-se as seguintes previsões: a) – descentralização produtiva, com a consolidação e fortalecimento de pólos regionais; b) – maior diversificação do consumo, com introdução de espécies e cultivares mais adaptadas aos gostos e às culturas regionais; d) – diminuição do papel centralizado hoje ocupado pelos pólos produtivos paulistas, especialmente de Holambra e Campinas, que continuarão, no entanto, exercendo total liderança setorial, tanto nos aspectos estritamente comerciais, quanto institucional e político; e) – maior otimização dos custos logísticos de transporte e movimentação de mercadorias, condicionando maior diversificação e incorporação das produções regionais, especialmente no caso das plantas envasadas, mais volumosas, de alta cubagem e baixa relação custo x benefício nas operações comerciais de larga distância; f) – crescimento das vendas no canal supermercadista e pelo varejo on line. (JUNQUEIRA & PEETZ, 2005).

O fortalecimento do comércio tanto no âmbito do mercado interno quanto para o exterior dos produtos da floricultura brasileira, sob todos os aspectos, é uma ação absolutamente vital para a garantia de um grande número de empregos, tanto no meio rural, quanto nas cidades e, mesmo, para a sobrevivência de inúmeras propriedades e empresas agrícolas. Constitui-se, desta forma, no meio mais eficiente e eficaz para o desenvolvimento econômico e social, nos âmbitos nacional e macro-regionais, bem como para o enfrentamento do êxodo rural, evitando a caótica migração para as metrópoles e o crescimento do desemprego, da fome e da violência urbana.

A Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal

Introdução

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O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Distrito Federal SEBRAE/ DF, em conjunto com a Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal e a Central Flores – Associação Brasiliense dos Produtores de Flores e Plantas, estará promovendo o lançamento nacional da publicação “Perfil da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal’’, durante a abertura solene da Feira e Congresso FIAFLORA EXPOGARDEN”. – Brasília 2005, nesta próxima quarta-feira, dia 25 de maio, às 19 horas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

O estudo foi realizado com o objetivo de diagnosticar a estrutura, organização e coordenação da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, identificando seus principais pontos fortes e fracos, ameaças internas e externas, oportunidades e desafios, apontando, ainda, as melhores soluções e propostas para o seu pleno desenvolvimento e crescimento no futuro próximo.

Na sua elaboração, participaram mais de 350 agentes ligados ao setor no Distrito Federal, incluindo produtores, distribuidores atacadistas formais e informais, floriculturas, supermercados, artistas florais, paisagistas, lojistas de plantas e acessórios para jardins, arquitetos, decoradores, organizadores de festas, recepções e cerimoniais, ambulantes, funerárias e consumidores, em geral, entre outros.

O Distrito Federal desponta, atualmente, como o mais promissor mercado consumidor de flores e plantas ornamentais de todo o Brasil. A capital nacional, Brasília, constitui-se no terceiro mercado em dimensão global de vendas dessas mercadorias e a quarta em relação ao índice de consumo per capita, inferior apenas aos das maiores cidades da Região Sul do País.

Os notáveis interesse e potencial de consumo de flores e plantas ornamentais na região do Distrito Federal devem-se principalmente a: alta renda per capita de seus habitantes, considerada a mais elevada do Brasil; elevado nível de formação cultural e de informação geral da população; elevada procura por maior qualidade de vida e bem-estar e o próprio projeto arquitetônico e o estilo de vida na cidade, que incorpora um dos maiores índices de jardins e áreas verdes per capita do mundo, integrando e harmonizando o cotidiano com a paisagem urbana construída.

Frente a esse importante mercado, o setor produtivo de flores e plantas no Distrito Federal vem se consolidando e expandindo gradativamente ao longo dos últimos anos. A floricultura local já ocupa uma área de mais de 420 hectares, cultivados por 57 pequenos e médios produtores rurais, o que significa que a atividade praticamente dobrou de importância no contexto da agro-economia regional no período de 2002 até o início de 2005.

A floricultura empresarial que está nascendo e se consolidando atualmente no Distrito Federal é extremamente diversificada e abrangente, envolvendo desde o cultivo de flores e plantas ornamentais para jardins, quanto os de flores e folhagens temperadas, subtropicais e tropicais de corte, o de flores e plantas envasadas e o de gramas. Envolve, ainda, desde os grandes cultivos extensivos conduzidos a céu aberto, até aqueles mais intensivos e conduzidos sob a proteção de telados e estufas, adotando as mais modernas e avançadas tecnologias de produção. Além dos produtores e seus familiares, participam da atividade produtiva mais de 380 empregados diretamente envolvidos com a atividade produtiva no meio rural. Deste total, 65% é

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constituído por mão-de-obra permanente. Estima-se que, indiretamente, sejam gerados mais de 2 mil empregos locais na floricultura.

Tabela 21. Segmentação interna da floricultura do Distrito Federal, segundo número e participação relativa dos produtores e da área cultivada, por especialidade, em 2005.

Segmento da produçãoÁrea cultivada (ha) Número de

produtoresTotal Participação

(%)Total Participação

(%)Gramas 311,00 73,45 4 7,02Plantas ornamentais para Jardins 78,69 18,59 23 40,35Flores e folhagens de corte

23,43 5,53 14 24,56Flores e folhagens em vasos

10,29 2,43 16 28,07TOTAL 423,41 100,00 57 100,00

Fonte: JUNQUEIRA & PEETZ. Perfil da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, pesquisa de campo, 2005.

Os indicadores de geração de empregos pela floricultura do Distrito Federal são equiparados aos da média nacional, apontando para absorção de 3,1 empregados diretos por hectare cultivado comercialmente com flores e plantas ornamentais. Para alguns setores específicos como o de cultivo de flores e plantas em vasos, esse índice eleva-se para 6,7 empregos diretos/hectare. Para flores de corte temperadas e subtropicais significam 3,8 empregos diretos/hectare, exatamente o mesmo valor encontrado para a média nacional.

Tabela 22. Empregos totais e por hectare gerados no cultivo de flores e plantas ornamentais, segundo principais segmentos, no Distrito Federal, em 2005.

Segmento Área(ha)

Empregos geradosTotal Por ha

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Gramas 311,00 38 0,12Plantas Ornamentais para Jardins 78,69 189 2,40Flores e Folhagens de corte 23,43 84 3,59

Tropicais9,70 32 3,30

Temperadas e sub-tropicais

13,7352 3,79

Flores e Folhagens envasadas 10,29 69 6,71 (1)TOTAL 423,41 380 0,90

Fonte: JUNQUEIRA & PEETZ. Perfil da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, pesquisa de campo, 2005.

(1) Índice médio para todo o segmento. Para empreendimentos profissionais específicos, a relação é de 3.0 empregos/ha, para a produção de flores envasadas reproduzidas por processos biotecnólogicos; 2,9 empregos/ha, para o setor de cactos e suculentas e de 3,0 empregos/ha, no caso da produção de bromélias.

Frente às grandes potencialidades do mercado consumidor e também dadas as excelentes condições geo-climáticas da região, com temperaturas estáveis e ausência de fenômenos meteorológicos importantes, para 88,9% dos produtores do Distrito Federal existe a pré-disposição em aumentar a área cultivada e a produção de flores e plantas ornamentais, já nos próximos anos.

O consumo global de flores e plantas ornamentais no Distrito Federal representa, hoje, R$ 83 milhões anuais, a preços pagos pelo consumidor. A maior parte desses valores vem, ainda hoje, do consumo de flores e plantas ornamentais importados de outras áreas de produção, especialmente das flores de corte e envasadas das regiões de Holambra e Campinas, no Estado de São Paulo e das plantas para jardinagem e paisagismo produzidas em Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, entre outros.

Tabela 23. Valor estimado do consumo total e por segmento de especialização de flores e plantas ornamentais do Distrito Federal, a preços finais ao consumidor, em 2005.

Segmento do mercado Valor médio anual de

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consumo (R$)

Flores e Folhagens de Corte e Envasadas 51.800.000,00Flores e Plantas Ornamentais para Paisagismo e Jardinagem 24.484.800,00Produtores Locais 7.000.000,00TOTAL 83.284.800,00

Fonte: JUNQUEIRA & PEETZ. Perfil da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, pesquisa de campo, 2005.

Na distribuição varejista, o Distrito Federal conta hoje com 272 floriculturas, além de outras 34 empresas de confecção e entrega de cestas de presentes que incluem flores frescas na sua composição. Nesses equipamentos, a procura do consumidor recai na sua grande maioria para as rosas, quase sempre na coloração vermelha, que, em algumas épocas do ano, chegam a representar até 50% das vendas. Como em todas as principais praças de consumo do Brasil, também no Distrito Federal as compras são fortemente sazonais e concentradas nas grandes datas comemorativas como o Dia das Mães, Dia dos Namorados, Finados, Dia Internacional da Mulher, Dia da Secretária e comemorações de final de ano.

Já para o varejo de flores, plantas e acessórios para jardinagem e paisagismo, o Distrito Federal conta com 5 importantes áreas comerciais, conhecidas como Pólos Verdes e que agregam a atividade comercial de 97 lojas, além de outras 17 empresas especializadas no fornecimento de gramas e instalações de gramados residenciais, esportivos, urbanos e comerciais. De um modo geral, a clientela dessas lojas é divida entre o consumidor final e o paisagista ou jardineiro profissional, além de um pequeno número de floriculturas. Identificaram-se 166 paisagistas atuando profissionalmente no Distrito Federal, além de outras 17 empresas executoras de projetos de jardinagem.

O Distrito Federal e, mais especificamente, Brasília, possui uma das maiores áreas verdes e projetos paisagísticos urbanos de todo o País e da América Latina. Estima-se que regionalmente são disponibilizados cerca de 100 metros quadrados de área verde por habitante, número que projeta a capital brasileira como uma das áreas verdes urbanas mais avantajadas do planeta. Cabe ressaltar, para efeito de comparação, que a Organização Mundial de Saúde – OMS recomenda a reserva e destinação de 12 metros quadrados por habitante, enquanto que uma grande metrópole, como São Paulo, possui, em média, apenas 4,6 metros quadrados de área verde por habitante. Atualmente, estima-se que existam 4 milhões de árvores plantadas no Distrito Federal, em cerca de 50 milhões de metros quadrados de gramados e mil canteiros de flores ornamentais anuais e forrações, distribuídos por todo o Plano Piloto, nos Lagos Sul e Norte e em várias outras regiões administrativas

O estudo identificou que 36,5% das plantas e flores para jardins comercializadas no Distrito Federal são provenientes do Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais da CEASA – Campinas, no Estado de São Paulo, com destaque para forrações, arbustos diversos, como azaléias e ixoras, além de plantas suculentas. Na segunda posição apareceu o Veiling Holambra, também do Estado de São Paulo, com uma participação de 22,5% e responsável pelo fornecimento de flores e folhagens envasadas diversas. O

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terceiro pólo mais importante é constituído pelos viveiristas do Estado de Goiás, especializados no fornecimento de palmeiras, árvores e arbustos diversos e respondendo por 17,5% do suprimento do mercado. Seguem em importância as seguintes origens de fornecimento: Distrito Federal (11,5%), Rio Grande do Sul (7,0%) e Santa Catarina (3,5%), entre outros. Na produção local do Distrito Federal destacam-se os seguintes produtos principais: forrações diversas, hortênsias, hibiscos, bromélias, agaves, cactus e suculentas, além de um grande número de flores e plantas pendentes em vasos, como begônias, petúnias, samambaias, gerânios, entre outras.

Um dos segmentos mais notáveis no consumo de flores no Distrito Federal é o da indústria de eventos, festas e cerimoniais, que se equipara e até supera as que existem nas demais capitais e grandes cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro e que, no seu conjunto, movimentam anualmente R$ 9,9 bilhões, em todo o País. No Distrito Federal, são 350 empresas atuando diariamente na organização de centenas de festas de casamentos, formaturas, comemoração dos 15 anos, além de recepções e solenidades particulares, empresariais, diplomáticas e governamentais.

O Distrito Federal atualmente concentra uma população de pouco mais de 2,23 milhões de habitantes, apresentando uma taxa média anual de crescimento de 2,88%. A renda média familiar é das mais altas do País e fica na faixa de 11,4 salários mínimos mensais. O Distrito Federal possui, ainda, a maior renda per capita de todo o Brasil, no valor anual médio de R$ 16.361,00. Tudo isso torna o mercado da região um dos mais atraentes para as vendas de flores e plantas ornamentais. Cerca de 70 % dos consumidores costumam comprar flores com alguma regularidade, especialmente na época das grandes datas festivas e comemorativas. Quase sempre, preferem adquirir vasos de flores e plantas para a ornamentação de interiores (34,7%), plantas ornamentais para jardins (24,5%), buquês de flores (20,4%), arranjos elaborados (12,2%) e flores avulsas para confecção própria de arranjos e decorações (8,2%).

Entre as flores e plantas envasadas, as preferências recaem para orquídeas, gérberas, bromélias, antúrios, lírios-da-paz, cactus, suculentas e samambaias. Para as plantas de jardim, os produtos mais consumidos são palmeiras, hibiscos, hortênsias e forrações diversas. Quando se trata de comprar buquês, a espécie preferida é a rosa, seguida de crisântemos, flores do campo, copos-de-leite e flores tropicais. Para a confecção de arranjos, as mercadorias preferidas são as flores e folhagens tropicais.

Os locais preferenciais de compras de flores e plantas ornamentais pelo consumidor do Distrito Federal são: floriculturas (27,3%), Central Flores (27,3%), lojas dos pólos verdes (14,5%), diretamente junto a produtores (9,1%), supermercados (5,5%), atacadistas locais (5,5%), feiras e exposições especiais (3,6%), pela internet (1,8%) e outros (5,4 %).

Tabela 24. Participação relativa das principais fontes e origens no suprimento anual do mercado de flores e plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem, no Distrito Federal, em 2005.

Fonte/ OrigemParticipação no suprimento (%)

Mínima Média MáximaCampinas / SP 35 36,5 38

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Holambra /SP 20 22,5 25Estado de GoiásViveiristas de Goiânia, Anápolis, Formosa e outras

15 17,5 20

Distrito Federal 10 6,5 13Estado do Rio Grande do Sul 6 7,0 8Estado de Santa Catarina 3 3,5 4Estado de Minas Gerais 2 2,5 3Estado do Paraná 1 1,5 2Estado do Rio de Janeiro 1 1,5 2Outros(Ceará, Pará, Amazonas e outros)

1,0

TOTAL 100,0

Fonte: JUNQUEIRA & PEETZ. Perfil da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, pesquisa de campo, 2005.

Conclusões

Ao abordar a estruturação e governança da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, evidenciaram-se algumas características fundamentais, que a seguir são detalhadas, conforme o segmento específico em que foram detectadas originalmente. A seguir, busca-se acompanhar os desdobramentos e os efeitos físicos e econômicos destas ocorrências ao longo de toda a Cadeia.

ssim, iniciando pelo segmento fornecedor de insumos e serviços para a floricultura local e regional, constatou-se que a funcionalidade do sistema é garantida pela atuação não especializada de um pequeno número de empresas de médio e grande portes formalmente estabelecidas na região geográfica do Distrito Federal. Porém, frente à pequena dimensão econômica da produção da floricultura local, o atendimento oferecido por essas empresas é deficiente, ausente para muitos itens necessários e fundamentais como mudas e sementes, por exemplo, no que o segmento é completado pela atuação autônoma e independente de representantes regionais de grandes empresas nacionais e multinacionais e pelas compras ativas dos próprios floricultores diretamente interessados.

O setor fornecedor de serviços de assistência técnica é totalmente falho e praticamente inexistente para a maioria das situações ocorrentes na floricultura local. Essa carência generalizada se origina tanto na área político-institucional, com assumida carência e despreparo técnico especializado dos profissionais dos órgãos oficiais responsáveis, quanto por parte das próprias empresas fornecedoras de insumos. Muitas dessas empresas vêm se caracterizando por realizar experimentos tentativos que envolvem riscos e custos financeiros arcados pessoalmente pelos próprios produtores do Distrito Federal.

As maiores barreiras à entrada de novos participantes são relativas às elevadas necessidades de capital de giro para a instalação de equipamentos comerciais e formação de estoques, além da necessidade de acesso a linhas regulares de fornecimento e negociações com grandes empresas multinacionais localizadas fora da área geográfica local.

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O segmento da produção de flores e plantas ornamentais propriamente ditos é composto por 57 produtores, dos quais apenas de 15 a 20 podem ser considerados efetivamente profissionais de mercado. Os demais se caracterizam como amadores e dependentes de atividades externas ao setor de floricultura. O setor apresenta-se como de alta atratividade para o ingresso de novos componentes, especialmente alguns egressos da olericultura e outros, sem experiência anterior relevante no setor agrícola.

Caracterizando-se como um setor ainda novo, imaturo e em fase de experimentação e consolidação profissional, os produtores da floricultura mostram uma grande dispersão de atividades, executando simultaneamente múltiplas e até conflituosos papéis. Assim, ao mesmo tempo em que vendem para outros atacadistas, chegam eles próprios a atuar simultaneamente também como atacadistas concorrentes. Entre si, disputam ainda o mercado dos varejistas, prestadores de serviços diversos e os próprios consumidores finais. Tudo isso, tem gerado grandes sentimentos de indignação e revolta por parte de agentes de outros elos da Cadeia Produtiva. A sua posição institucional e funcional da Cadeia foi de fato muito fortalecida nos últimos 4 anos, com a criação da Central Flores – Associação dos Produtores de Flores e Plantas do Distrito Federal. Os próprios produtores reconhecem que, apesar das dificuldades encontradas pela associação, suas conquistas foram muito mais importantes e decisivas para a estruturação e defesa dos interesses setoriais. Entre esses pontos, destacam particularmente a consolidação do espaço físico da comercialização das mercadorias, a visibilidade social das suas atividades, as possibilidades de acesso a outros mercados, feiras tecnológicas, cursos e treinamentos, além da promoção e divulgação local, regional e nacional da produção da floricultura do Distrito Federal. Como especial ponto de fragilização e assimetria na Cadeia, destaca-se que a organização dos produtores não logrou ainda promover e estimular compras centralizadas dos principais insumos e serviços, especialmente de assessoramento técnico especializado, o que mantém um frágil poder de barganha deste segmento no mercado. Os produtores concordam em que há muito ainda a ser feito, com especial destaque no fortalecimento da sua união e defesa coletiva dos interesses comuns, compras centralizadas, promoção da assistência técnica especializada e treinamentos, além da promoção e divulgação do seu próprio espaço comercial no âmbito físico da CEASA/DF e institucional, visando à promoção do aumento do consumo de flores e plantas ornamentais no Distrito Federal. Porém, entre os desafios futuros para os produtores associados da Central Flores, o maior de todos será o do equacionamento da solução para o problema do crescimento e consolidação de sua clientela. O funcionamento já de alguns anos do entreposto comercial não logrou ainda garantir a conquista da freqüência de uma clientela profissional e economicamente importante, capaz de viabilizar a continuidade e o crescimento sustentado da Central Flores. As vendas, na maior parte das vezes, está concentrada no varejo, sendo constituída de operações unitárias de venda e resultados globais de pequena monta. O desenvolvimento desejado viria se acompanhado da expansão da clientela profissional composta por floristas, decoradores, paisagistas e outros prestadores de serviços do setor de consumo intermediário. Isto não tem ainda ocorrido devido a algumas restrições de

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ordem institucional e organizacional, tais como maior divulgação do próprio mercado, entre outros. Porém, mais relevante do que tudo trata-se de uma questão de definição efetiva de sua missão, privilegiando, por exemplo, uma opção definitiva pela atenção e atendimento atacadista ou varejista para o segmento do consumidor intermediário e a partir daí, a adoção de ações bastante concretas de complementação de mix de produtos e serviços, com a incorporação de agentes externos (atacadistas importadores), definindo e limitando áreas de atuação específicas para os produtores locais, com complementação de produtos de fora, sempre visando ao completo atendimento das necessidades e expectativas do consumidor e público alvo. O segmento atacadista no Distrito Federal é composto por 5 empresas estruturadas e formais, além de 10 atacadistas informais que atendem ao abastecimento local a partir das vendas e entregas diretas sobre os seus caminhões. Responde por cerca de 90% do abastecimento local das flores e plantas ornamentais, basicamente trazendo produtos dos mercados do Veiling Holambra e da CEASA Campinas, no Estado de São Paulo, além de outras mercadorias de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Compram ainda muito pouca quantidade dos produtores locais, com os quais detém relações muitas vezes conflituosas. São especializados, segundo o segmento em que atuam, ou seja, há os que se dedicam ao comércio de flores e plantas para paisagismo e jardinagem e outros focados no mercado de flores e folhagens de corte e envasadas para a decoração de ambientes interiores. Os atacadistas formais realizam, simultaneamente, vendas a varejo. Procuram diminuir a relação potencialmente conflituosa com seus consumidores intermediários, promovendo descontos importantes na venda para profissionais.

O setor varejista é composto por diversos tipos e categorias de empresas, tais como floriculturas, ambulantes, supermercadistas, feirantes, entre outros e caracteriza-se por um setor aberto que não apresenta muitas barreiras importantes ao ingresso de novos agentes. Aliás, esta tem sido inclusive uma das principais queixas dos profissionais mais experientes, uma vez que o ingresso permanente de novos agentes, muitos dos quais sem preparo, ou mesmo devido a sua informalidade, acabam aviltando os preços e reduzindo a qualidade final dos serviços prestados. O varejo da floricultura no Distrito Federal é totalmente dependente do comércio atacadista local formal e informal, mantendo poucas e limitadas relações comerciais diretas com os produtores. Não possuem vínculo associativo fora do âmbito sindical e praticamente não realizam nenhum trabalho para estimular coletivamente o crescimento do consumo das flores e plantas ornamentais no Distrito Federal. Operam com grandes oscilações econômicas marcadas pela forte sazonalidade da demanda, tanto do consumo, quanto dos preços das mercadorias ofertadas. O setor prestador de serviços e responsável por parcela importante do consumo intermediário de flores e plantas ornamentais é composto por 166 empresas formais de paisagismo, 17 executoras de projetos de jardinagem, 17 fornecedoras e implantadoras de gramados, além de 350 empresas operantes nos setores de cerimoniais e organização de festas e eventos, além de 58 funerárias, entre outros. Trata-se de um setor altamente concorrencial e marcado pela informalidade crescente de seus agentes. Altamente dependente do abastecimento externo de mercadorias, desenvolve relações muito parciais

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e incompletas com os produtores locais de flores e plantas ornamentais, muitas vezes desconhecendo a própria existência dessas possibilidades mais próximas de fornecimento. Não possui barreiras importantes ao ingresso de novos membros, visto que as necessidades de capitais e de ativos são muito pequenas e não especializadas. O mercado consumidor no Distrito Federal é considerado como um dos mais atraentes e potencialmente crescente de todo o País. Há uma grande concentração de renda e indicadores sociais bastante favoráveis ao consumo de bens de consumo não duráveis. O consumidor local reproduz padrões de comportamento gerais que se observam nas demais regiões do Brasil: consumo sazonal e concentrado nas mais importantes datas comemorativas, compra por impulso, desconhecimento geral sobre as características, usos, qualidades e conservação de flores e plantas ornamentais, entre outros. Mostra-se, por outro lado, altamente receptivo ao aumento do consumo, se amparado por políticas e ações consistentes de promoção e marketing, orientação do consumo, informações sobre trato e conservação das flores e plantas, bem como de aumento da oferta de locais adequados para compra dessas mercadorias.

A estrutura de mercado na Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal

A análise comparada da estrutura e do inter-relacionamento entre os agentes da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal evidenciou uma correlação fortemente assimétrica, tanto do ponto de vista numérico, quanto do poder econômico entre os agentes distribuidores atacadistas e os demais elos à jusante e à montante: produtores e fornecedores, por um lado e varejistas e consumidores intermediários e finais, por outro. Em última instância, margens e preços para essas mercadorias são decididas e impostas à Cadeia por esses agentes. Trata-se de um setor que tende a resistir a mudanças no curto e médio prazos, na medida em que possui muitas barreiras à entrada de novos agentes, por exigirem grande investimento de capital e tecnologia, principalmente no campo da conservação pós-colheita e na logística de distribuição. Trata-se, por sua vez, de um mercado essencialmente subordinado, na medida em que o seu abastecimento é garantido, na sua expressiva maioria, por produtos gerados no Estado de São Paulo e, mais especificamente, pela Cooperativa Veiling Holambra e pelos produtores da CEASA Campinas, de quem são tomadores de preços e clientes cativos, sujeitando-se praticamente sem qualquer poder de barganha, às condições impostas de prazos, qualidade, diversidade, apresentação, embalagens e acesso às mercadorias. Melhorias sensíveis nas relações entre as partes só serão efetivamente conseguidas através de iniciativas associativas e cooperativas entre os agentes mais numerosos, como os produtores, por um lado e os varejistas por outro. Tais ações são potencialmente capazes de aumentar o poder de barganha desses setores à montante e à jusante da Cadeia, melhorando suas condições de negociação de preços, margens, prazos de pagamento e influência sobre o sortimento e qualidade das mercadorias que pretendem adquirir.

Para o segmento atacadista e distribuidor, por sua vez, uma das maiores vulnerabilidades refere-se à crescente informalidade na Cadeia. Por um lado,

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existe e aumenta o número de agentes atacadistas informais que disputam a mesma clientela em condições de concorrência desleal, na medida em que não pagam impostos e não têm custos operacionais de manutenção de infra-estruturas e empregados formais. Por outro lado, constata-se também o crescimento da informalidade entre os seus clientes, principalmente entre os prestadores de serviços como paisagistas, jardineiros profissionais, decoradores e outros. Isto impede o estabelecimento de vínculos de relacionamentos como concessão de crédito e prestação de serviços, entre outros. Um dos reflexos mais relevantes disso tem sido a busca da redução da inadimplência pela redução do crédito e exigência dos pagamentos à vista. O segmento produtor mostra-se em fase de intensa consolidação, porém, por se tratar de um setor essencialmente novo na realidade local, ainda desenvolve ações não coordenadas e conflituosas, executando diversos papéis simultâneos, desde a produção até a venda direta ao consumidor final, com evidentes prejuízos para a sua própria eficiência empresarial e comercial, além de falhar na colaboração parceira para um efetivo amadurecimento global e equânime de toda a cadeia produtiva.

Eficiência e competitividade da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal

Segundo os estudos de SILVA & BATALHA (1999), para o estudo e diagnóstico das cadeias produtivas agroindustriais, a eficiência de um sistema produtivo é determinada por fatores diversos, sobre os quais é possível ou não o exercício de controle por parte do governo ou das próprias empresas. Assim, os diversos elementos ou fatores que afetam a competitividade e a eficiência da cadeia produtiva, podem ser analisados individualmente tanto quanto à sua capacidade de controle pelos agentes envolvidos, quanto em relação aos diferentes graus de intensidade com que afetam o resultado global do funcionamento sistêmico da mesma, podendo ser estes de impacto positivo ou negativo. A análise agregada e final desses indicadores permite a identificação dos principais estrangulamentos existentes na cadeia produtiva e a construção de propostas para a sua superação (STRINGHETA et alii, 2002).

O potencial de crescimento e desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal A floricultura desponta na atualidade como um dos segmentos do agronegócio com maiores potenciais de crescimento e desenvolvimento, tanto quando direcionada para o mercado interno, quanto às exportações. Os indicadores globais do desempenho setorial são enfáticos ao evidenciar os resultados extraordinários conseguidos pela atividade junto aos principais pólos floricultores nacionais, apesar da base produtiva ainda ser de pequena monta e

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significado econômico quanto comparada a outros setores igualmente dinâmicos como a fruticultura, por exemplo. Colabora, ainda, para a valorização da atividade o seu reconhecido papel econômico e social, ao agregar o emprego e gerar rendas estáveis e regulares para grandes contingentes de mão-de-obra, tanto na produção agrícola propriamente dita, minimizando o êxodo rural, quanto ao longo de toda a extensão da cadeia produtiva, incluindo os setores de distribuição e serviços, principalmente. De uma maneira geral, pode-se considerar que o cultivo e o comércio empresarial de flores e plantas ornamentais no Brasil são, ainda, atividades muito recentes, além de geográfica e economicamente muito concentradas, cujos processos de estruturação e governança estão em pleno processo de instalação e consolidação em todo o País. Nesse contexto, as dificuldades de naturezas técnica, político-organizacionais, administrativas, sócio-culturais e econômicas são extensas e compõem uma ampla agenda nacional de trabalho das lideranças setoriais organizadas, tanto no âmbito do Instituto Brasileiro de Floricultura, quanto da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil, Sociedade Brasileira de Floricultura e Plantas Ornamentais, Associação Brasileira de Proteção de Cultivares de Flores e Plantas Ornamentais, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, entre outros. Entre os fatores que caracterizam a mudança estrutural e profissional porque passa a floricultura brasileira contemporânea e que cabe aqui destacar, está a reconhecida expansão da sua base geográfica, incorporando novos pólos produtivos e abastecedores na maior parte dos Estados da Federação. Assim, têm sido crescentes as adoções de medidas para a estruturação da produção e do comércio atacadista de flores e plantas nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Pará e Amazonas, principalmente. É precisamente neste campo que se insere o movimento atual de expansão e consolidação da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, com suas potencialidades, oportunidades e desafios pesquisados e analisados ao longo deste trabalho e que são, segundo cada fator identificado, detalhados, a seguir, em termos da sua importância relativa no funcionamento global da eficiência e competitividade do sistema. Estrutura e relações de mercado

Entre todos os fatores analisados, o comprometimento maior da eficiência e da competitividade no funcionamento da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal centraliza-se nas questões afetas à estrutura e relações de mercado. Destacam-se especificamente nesse campo os seguintes fatores negativos:

Excessivo grau de dependência do abastecimento e fornecimento de produtos de outros pólos distantes de produção, gerando elevados custos logísticos, perdas de qualidade, altos custos e preços finais ao consumidor, ao mesmo tempo em que inibe um maior desenvolvimento e expressão da produção local e regional;

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Superposição e conflito de papéis entre a produção, o atacado e o varejo, geralmente disputando o mesmo consumidor final, levando à falta de especialização, baixo desempenho, políticas inadequadas de formação de preços e desorganização global do mercado;

Excessivo grau de informalidade dos agentes, tanto no âmbito do atacado distribuidor, quanto do varejo e dos prestadores de serviços e consumidores intermediários, o que gera concorrência desleal, conflito, desconfiança, aviltamento da qualidade e dos preços, falta de oferta e contratualização de créditos e inadimplência geral em todos os elos da cadeia;

Baixos índices de desempenho e envolvimento na atividade associativa e cooperativa em todos os segmentos da cadeia produtiva, implicando na inviabilidade de ações globais e coletivas visando à defesa dos interesses comuns, ganhos de escala econômica e poder de barganha com os fornecedores e parceiros comerciais, promoção institucional de toda a cadeia e de seus produtos, diminuição dos custos de produção e de distribuição e aumento dos ganhos econômicos efetivos.

Gestão empresarial

Fator também extremamente relevante na perda de eficiência da Cadeia Produtiva revelou os seguintes pontos principais:

Ausência generalizada de controle de custos via instrumentos e técnicas adequadas de planejamento e gestão técnica, econômica e financeira das diversas atividades da produção, distribuição e prestação de serviços ao longo de toda a cadeia produtiva;

Baixa qualidade da mão-de-obra disponível para o sistema, desde o âmbito da produção até o atendimento e prestação de serviços ao cliente e consumidor final, agravada pelo baixo índice de oferta de oportunidades de treinamento e capacitação técnica;

Baixo índice de capacitação administrativa e gerencial dos agentes da Cadeia Produtiva, implicando perda generalizada de qualidade e adequação nas tomadas de decisões, prejuízos técnicos e financeiros e atendimento insatisfatório da clientela.

Tecnologia

As dimensões ainda reduzidas da base produtiva local e o excessivo grau de dependência externa no fornecimento de insumos, produtos finais e serviços por parte de outros pólos de produção, têm condicionado uma baixa e até praticamente inexistente geração de tecnologias próprias ou adaptadas especificamente para as condições de produção, circulação e consumo na região dos cerrados do Centro Oeste do Brasil. Entre os efeitos mais perversos desta situação, encontram-se os seguintes pontos principais:

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Perdas econômicas e financeiras de grandes montas, além de comprometimento potencial da saúde de produtores, trabalhadores, meio ambiente, produtos e consumidores em geral, pela aplicação sistemática de métodos totalmente empíricos, sem suporte de assistência técnica especializada, do tipo tentativa e erro, no uso, combinação, dosagens e formas de aplicação de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas, bem como na aquisição e instalação de estruturas para irrigação, cultivo protegido, sombreamento etc.

Ações e Políticas recomendadas

A partir dos resultados das análises discutidas ao longo deste trabalho e buscando o efetivo aumento da competitividade e eficiência produtiva e comercial da Cadeia Produtiva da Cadeia de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, foram listadas e sugeridas as seguintes ações principais, as quais deverão ser oportunamente debatidas e avaliadas pela coletividade dos participantes e componentes do sistema, deliberando-se pelo melhor encaminhamento futuro de cada uma delas.

Coordenação e governança da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal

Buscar a estruturação orgânica e funcional da Cadeia Produtiva, através do encontro e debates sistemáticos entre os seus agentes, visando a consolidação de fóruns regulares de consulta e deliberações conjuntas, como uma possível Câmara ou Comitê Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, bem como incentivar e fortalecer o associativismo e cooperativismo de seus elos componentes, principalmente nos onde estes ainda não existem, como no caso das floriculturas, por exemplo;

Buscar uma melhor definição dos papéis entre a produção, o atacado, o varejo e a prestação de serviços, a partir do debate amplo, franco e aberto entre as partes e da construção formal ou informal de Códigos de Conduta e de Relacionamento entre as Partes, de modo a estimular alianças estratégicas, promover a especialização, o ganho de eficiência e competitividade no atendimento ao cliente final, maior harmonia e redução das assimetrias nos relacionamentos e um melhor fluxo das informações sobre as reais condições e expectativas do mercado ao longo de toda a Cadeia Produtiva;

Fortalecer o potencial de geração, captação, análise e divulgação das informações sobre os mercados, bem como das oportunidades de treinamento, capacitação, visitas técnicas, eventos técnicos, científicos, comerciais e promocionais, além de missões comerciais, melhorando a qualidade na tomada de decisões, o nível de conhecimento técnico, a atualização permanente, o intercâmbio e a visibilidade da floricultura local.

Aumentar e fortalecer o intercâmbio e o envolvimento permanentes dos agentes regionais, suas associações e cooperativas com seus congêneres de outros Estados ou de nível nacional e internacional, de

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modo a propiciar um crescimento profissional contínuo, maior potencial na coletivização de demandas e busca de soluções comuns.

Tecnologia

Incentivar o desenvolvimento de pesquisas científica e tecnológica especialmente vocacionadas e especializadas no atendimento da floricultura nas condições ecológicas e geo-climáticas dos cerrados do Centro Oeste do Brasil, agregando-as uma eficiente rede de assistência técnica e extensão rural aos produtores locais;

Agregar-se aos esforços que estão sendo conduzidos nacionalmente por entidades de outros estados e de ampla representação regional ou nacional, no sentido de colaborar e discutir situações e demandas específicas da região em termos da tecnologia em desenvolvimento para produção, conservação, pós-colheita, padronização, classificação, embalagem, refrigeração e desenvolvimento de cultivares, entre outros aspectos;

Evoluir para a criação e implementação de Sistemas de Certificação de Qualidade e de Origem para as flores e plantas ornamentais produzidas no Distrito Federal, agregando valor, confiabilidade, visibilidade e referencial qualitativo nos âmbitos dos mercados local e regional e, a médio prazo, também nos nacional e internacional;

Promover o desenvolvimento e a alocação de recursos humanos especializados no atendimento das demandas locais, através de políticas de contratação coletiva de serviços, convênios e protocolos com universidades e centros de pesquisa, intercâmbios entre outros mecanismos;

Normas, regulamentações e políticas que afetam a floricultura

Contribuir ativamente junto aos órgãos de representação setorial como o Ibraflor e a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil, no sentido de agilizar, atualizar, adequar e rever todo o arcabouço legislativo e normativo político-institucional que afeta o desenvolvimento e a operação da floricultura, em especial no que se refere à registro, extensão de uso e rotulagem de produtos agroquímicos, proteção fitossanitária, importação e exportação de insumos e material biológico, registro e proteção de cultivares, tributação da atividade produtiva e comercial e simplificação burocrática dos processos fiscais;

Equalização tributária da floricultura entre o Distrito Federal e os demais Estados da Federação, especialmente no que se refere às alíquotas de cobrança do ICMS, de modo a eliminar iniqüidades, distorções e perda de competitividade local;

Créditos, financiamentos e seguros

Buscar a instituição e a criação de mecanismos adequados e eficientes de concessão de créditos e financiamentos para os

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diversos elos e segmentos da cadeia, especialmente no que se refere a investimentos na aquisição de máquinas agrícolas e veículos de carga, construção, ampliação e reforma de construções para a produção e o comércio atacadista e varejista, custeio e aquisição de insumos, entre outros;

Estimular o conhecimento dos principais indicadores de funcionamento e desempenho da floricultura junto às entidades bancárias e creditícias, no sentido de aumentar a percepção, avaliação e aceitação da atividade no rol das culturas normalmente beneficiadas com o crédito, o financiamento e o seguro.

Qualificação da mão-de-obra e capacitação gerencial

Promover a realização permanente e diversificada de cursos, treinamentos, viagens e missões técnicas, programas de capacitação técnica, administrativa, comercial e gerencial voltada para todos os elos e segmentos da Cadeia Produtiva, especialmente daqueles que possam ser fornecidos e disponibilizados por entidades de apoio e fomento como o SEBRAE, SENAR, SENAI e SESC, especialmente;

Participar e promover feiras, rodadas e encontros de negócios como modo comprovadamente eficiente de atualização, promoção e intercâmbio de informações, produtos e oportunidades comerciais em todos os segmentos afins;

Estimular a busca pela constante atualização técnica e informação sobre as tendências contemporâneas do mercado consumidor internacional, nacional, regional e local, especialmente no campo da arte floral, da decoração, do paisagismo e da jardinagem, como modo de impulsionar vendas, adequar produtos e processos e agregar valor aos produtos e serviços oferecidos pela Cadeia Produtiva.

Incentivar a especialização profissional e a habilidade comercial de técnicos, gerentes e empresários dos diversos segmentos, dando especial ênfase a projetos e programas de educação continuada, estágios de intercâmbio, palestras e cursos motivacionais e de atualização tecnológica.

Gestão empresarial

Organização de cadastros e disponibilização de informações sobre a idoneidade e histórico comercial de compradores e consumidores intermediários e finais nos diversos segmentos, de modo a contribuir para a minimização de inadimplências e aumento da segurança nas transações entre os agentes da Cadeia Produtiva.

Redefinição e focalização vocacional para a Central Flores, que poderá assumir funções mais gerais no abastecimento atacadista de flores e plantas ornamentais do Distrito Federal, incorporando novos parceiros e agentes atacadistas distribuidores de abastecimento

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complementar aos itens produzidos localmente, de modo a garantir um amplo e abrangente mix de oferta de produtos e o atendimento integral à clientela e público-alvo.

Busca de mecanismos e tecnologias atualizadas e adequadas de comercialização, com vistas à rápida adaptação às mudanças e novas exigências do mercado, incorporando gradativamente opções de comércio eletrônico, gestão informatizada de produtos e processos, entre outras que, além dos efeitos diretos e imediatos sobre os resultados econômicos e financeiros da comercialização, gerarão e distribuirão benefícios gerais ao longo da Cadeia Produtiva, especialmente no que se refere à padronização e classificação de produtos, embalagens e processos, conservação pós-colheita de produtos e regularização do abastecimento do mercado.

Associativismo e cooperativismo

Estímulo e fortalecimento do associativismo e do cooperativismo nos diversos segmentos componentes da Cadeia Produtiva, como mecanismo dos mais relevantes na defesa dos interesses setoriais e conquista de objetivos comuns.

Infra-estrutura

Aumento da capacidade geral de investimento em todos os elos da Cadeia Produtiva que resultem num mais amplo e adequado aparelhamento da infra-estrutura produtiva e comercial, incluindo a instalação de estufas, packing houses, câmaras frias, depósitos e lojas de varejo melhor localizadas e capazes de realizar as reformas de lay out e apresentação nos padrões estéticos e funcionais, com a freqüência que o mercado consumidor exige;

Fortalecimento da indústria local produtora de insumos (principalmente substratos) e acessórios para a floricultura, o paisagismo e a jardinagem, com destaque para vasos, embalagens, cachepots, móveis de jardins e outros, visando à obtenção de uma oferta suficiente, atualizada e adequada aos novos padrões e necessidades estéticas e funcionais dos produtos e serviços oferecidos ao consumidor final, melhorando o posicionamento de mercado e a competitividade das flores e plantas ornamentais locais.

Consumo

Incentivar, promover e participar de campanhas institucionais e educativas permanentes que informem o consumidor sobre características, usos origens, usos e tratos das flores e plantas ornamentais; que incentivem e impulsionem novas compras; que diminuam o efeito sazonal no comércio e que estimulem a entrada de novos segmentos consumidores no mercado, como os públicos masculino, o jovem e o infantil;

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Organização e disponibilização de sistemas de monitoramento da evolução e mudanças do comportamento do consumidor e dos principais mercados nacionais e internacionais, através da realização de pesquisas de campo diretas e de fontes secundárias permanentes de informação, de modo a promover adaptações e ajustes necessários, fidelizando a clientela e identificando novas oportunidades de negócios.

O Projeto do Pólo de Floricultura do Distrito Federal

Apresentação

A região do Distrito Federal situa-se, hoje, entre as três maiores áreas consumidoras de flores e plantas ornamentais de todo o Brasil. Contudo, mantém fortes relações de dependência de outros pólos geográficos para o abastecimento interno dessas mercadorias, importando, praticamente, a totalidade dos produtos que consome de mercados produtores, como o do Estado de São Paulo, entre outros.

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A área possui excelentes qualidades edafo-climáticas e ecológicas, além de localização geográfica e com logística privilegiada para o desenvolvimento de uma floricultura eficiente e competitiva, voltada não apenas para a sua auto-suficiência, como também para o fornecimento de produtos para outras regiões e inserção no crescente mercado de exportações de flores e plantas ornamentais do Brasil.

A floricultura brasileira atual, decididamente, se insere num novo contexto econômico, social e cultural do País, que reflete a incorporação de valores ligados à melhoria das condições de vida e de bem estar das populações de suas diversas regiões. Tais conceitos se consolidam na valorização do consumo de flores e plantas ornamentais, tanto para as espécies e variedades de corte e/ou cultivadas em vasos, para arranjos e ornamentações nos ambientes domésticos, coletivos e eventos sociais, quanto na incorporação crescente das plantas, gramas e forrações utilizadas na jardinagem e no paisagismo em obras e áreas públicas e projetos e construções de natureza privada, quer sejam comerciais ou residenciais.

Como reflexos desta nova realidade, observam-se diversos resultados e tendências relevantes no setor, entre os quais cabem destacar:

a) A crescente profissionalização e a dinamização comercial da atividade, que já contabiliza números extremamente significativos. São cerca de 8 mil produtores, cultivando uma área próxima de 9 mil hectares, anualmente, em todo o País;

b) A descentralização geográfica da produção e da comercialização por várias regiões do Brasil. Embora a floricultura ainda seja fortemente concentrada no Estado de São Paulo e, particularmente, nas regiões dos municípios de Atibaia e Holambra, o cultivo de flores e plantas ornamentais tem se expandido consideravelmente em novos pólos produtivos nos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Distrito Federal, entre outros;

c) A crescente geração de emprego e renda na Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, estimando-se um total de 120 mil empregos diretos, dos quais 58 mil (48,3%) estão localizados na produção; 7 mil (5,9%) na distribuição; 51 mil (42,5%) no comércio e 4 mil (3,3 %) nos segmentos de apoio. A produção de flores e plantas ornamentais gera entre R$ 50 mil a R$ 100 mil por hectare, empregando cerca de 13 pessoas diretamente na propriedade média dedicada à exploração da floricultura. Caracteriza-se, assim, o seu inquestionável papel e importância sócio-econômica;

d) O crescimento contínuo do mercado interno, estimando-se que a floricultura brasileira movimente, no mercado doméstico, um valor global em torno de US$ 1,1 bilhão/ano. Avalia-se que o consumo doméstico atual seja da ordem de US$ 6,00 per capita. Contudo, são valores ainda muito baixos frente a padrões mundiais. Na Suíça e na Noruega, por exemplo, o consumo per capita chega a US$ 170,00 e US$ 143,00, respectivamente. Na Alemanha, US$ 137,00, nos EUA,

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US$ 36,00 e na Argentina, US$ 25,00. Por outro lado, as estimativas indicam que o consumo potencial é, pelo menos, equivalente ao dobro do atual, se superadas as restrições geradas pelo alto índice de desemprego e de diminuição da renda e às características culturais de concentração da demanda em datas festivas e comemorativas, como o dia das mães, dos namorados, finados, entre outros.

e) O crescimento das exportações, no qual a profissionalização do segmento exportador vem se intensificando nos últimos anos e projetando o Brasil, neste cenário, como importante referencial de qualidade e competitividade. Os investimentos realizados na Cadeia Produtiva estão atingindo maturidade e seus efeitos já se fazem sentir com maiores velocidade e intensidade. A abertura de novos mercados, o aumento da eficiência e competitividade e o fechamento contínuo de novos negócios permitem projetar que as exportações, em 2007, atingirão resultados próximos de US$ 38 milhões, o que representará incremento de 245% sobre os resultados médios obtidos pelo Brasil até o início da presente década;

f) A valorização da floricultura na inclusão social de importantes parcelas e segmentos da pequena propriedade e da agricultura familiar, uma vez que a atividade é, em todo o País, conduzida em áreas de tamanho médio de 3,5 hectares, quando voltadas para o cultivo de flores e folhagens de corte e envasadas e de até 6,0 hectares, em média, quando direcionadas às plantas, palmeiras, arbustos e árvores para jardinagem e paisagismo. Da mesma forma, identifica-se que o elevado número de empregos gerados são, normalmente, ocupados pela mão-de-obra familiar em proporções variáveis entre 38% e 60%, conforme as diversas regiões do Brasil.

Neste contexto e visando adequar a infra-estrutura e a organização institucional do setor regional, para a efetiva exploração dos benefícios da atividade floricultora na região, o Fórum Estratégico Pólo de Flores do Distrito Federal elaborou e apresenta neste relatório As Diretrizes Gerais e Estratégicas para a Elaboração do Anteprojeto de Criação e de Implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal.

Objetivos

Geral

A Criação e Implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal visará à melhoria da qualidade e do padrão de vida dos floricultores regionais e da população em geral, estimulando a expansão da sua floricultura e do consumo de flores e plantas ornamentais, elevando o padrão de qualidade dos seus produtos e o nível tecnológico da produção, gerando novas oportunidades

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de emprego, renda e de divisas econômicas para o Distrito Federal.

Específicos

Elaborar, estruturar, fundamentar e indicar políticas, diretrizes, plano de ação e cronograma para a continuidade do desenvolvimento da proposta de criação e implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal junto a organismos, entidades e empresas financiadoras e investidores interessados e potencialmente parceiros, de modo a viabilizar a efetiva implantação e desenvolvimento sustentável futuro do empreendimento;

Sensibilizar autoridades, empresários, produtores, comerciantes e demais agentes atuantes no segmento para a importância, bem como para a realização dos investimentos necessários ao desenvolvimento sustentado da floricultura do Distrito Federal.

A criação e a implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal se inserem no contexto da realidade contemporânea da floricultura brasileira onde se constatam:

busca crescente da auto-suficiência em relação a importante parcela do consumo regional e distrital de flores e plantas ornamentais, hoje dependente da oferta externa;

potencialidades de exportação de excedentes para mercados de sua área geográfica de influência;

possibilidades de penetração em mercados tradicionais e distantes, das principais praças de consumo do País, com produtos competitivos e de qualidade e,

viabilidades progressivas de inserção no crescente mercado internacional.

Justificativas

A instalação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal constitui-se em empreendimento e iniciativa geradora de inúmeros benefícios sociais e econômicos para a região, entre os quais cabem destacar com prioridade:

O alto potencial de geração de empregos e de renda.

A floricultura possui uma relevante função social, fixando o homem à atividade agrícola e absorvendo mão-de-obra marginal não-transferível (mulheres, adolescentes e pessoas à margem do mercado de trabalho), sendo recomendada na diminuição do

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crescente nível de desemprego no País. Agrega-se a este contingente, uma significativa força de trabalho empregada em floriculturas, empresas de decoração, escritórios de paisagismo, centros atacadistas e empresas fornecedoras de insumos, produtos e serviços diversos para toda a atividade ornamental.Com capacidade de gerar, uma média de 13 empregos por unidade de produção agrícola dedicada à floricultura, o Pólo de Floricultura do Distrito Federal deverá representar a criação de aproximadamente 2.500 a 3.800 empregos diretos, dando uma valiosa contribuição para a meta de consolidar uma nova base de sustentação econômica para o agronegócio da região. Em toda a cadeia produtiva, considerando as atividades atacadistas e varejistas, arte e decoração floral e serviços de apoio o resultado global poderá ser o do acréscimo de mais de 5.000 empregos diretos.Além disso, a floricultura é apontada como sendo, entre os vários segmentos dos agronegócios, a atividade com maior capacidade de geração de renda por unidade de área cultivada. O lucro obtido pode ser de três a cinco vezes superior ao da fruticultura e até dez vezes maior do que o obtido no cultivo de grãos. Outro aspecto importante é o rápido retorno do capital e dos recursos investidos. Avalia-se que a floricultura possa gerar rendas variáveis entre R$ 50 mil a R$ 100 mil por hectare cultivado.

Redução na transferência de recursos e geração de novas divisas

Complementando importante parcela do abastecimento dos mercados local e regional de consumo de flores e plantas ornamentais, os floricultores do Distrito Federal serão capazes de reduzir a transferência de recursos econômicos para os principais pólos atuais de produção da ordem de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões anualmente. Com o fortalecimento e desenvolmento permanente da atividade regional, poderão atingir, ainda, o fornecimento de produtos diferenciados nos competitivos mercados do Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do País, gerando divisas e injetando novos recursos econômicos na região. Futuramente, poderá ser agregada uma parcela de comercialização no mercado externo, que, acredita-se, possa ocorrer num prazo médio de três a cinco anos, assim que se atinjam volumes e qualidades compatíveis com as exigências para o ingresso no mercado de exportações.

Metas

Com o objetivo de estimular e amparar a produção e o abastecimento da demanda local de flores e plantas ornamentais, bem como de inserir a floricultura regional no contexto nacional de produção e exportação,

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o Pólo de Floricultura do Distrito Federal objetiva atingir as seguintes metas principais:

Suprir o mercado local/regional, no prazo de dois anos da implantação do Pólo, nas seguintes proporções:

30% da demanda de plantas envasadas; 50% da demanda de plantas de jardim; 40% da demanda de flores e folhagens para corte; 80% de grama cultivada.

Gerar excedentes de flores e plantas ornamentais, segundo espécies e variedades valorizadas nas principais praças de consumo do País e, para as quais, a região venha a possuir reconhecida competitividade de preços e qualidade. Tais resultados poderão ser concretizados já a partir do 3º ano de implantação do Pólo;

Ingressar no mercado internacional, agregando itens valorizados e competitivos na demanda externa, segundo aptidões, vantagens comparativas e vocação regional. Avalia-se que, no período de três a cinco anos da implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal, seja viável a agregação de novos produtores aptos à obtenção de produtos nos volumes, preços, regularidade de fornecimento e qualidade exigidos no mercado mundial de Flores e Plantas Ornamentais.

Para atingir essas metas, a floricultura deverá ter sua base produtiva ampliada para novas áreas de produção, sob o amparo de linhas específicas de crédito e financiamento para a produção, distribuição e armazenamento de flores e plantas ornamentais, plantas para jardins e gramas cultivadas, bem como de investimentos em infra-estrutura, promoção comercial e capacitação de produtores e agentes da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, conforme detalhamentos contidos ao longo desse Pré-Projeto.

Descrição sumária do projeto

O Pólo de Floricultura do Distrito Federal deverá ser implementado em uma área rural selecionada, com boas condições topográficas, dotada de boa disponibilidade de água para irrigação e de adequada infra-estrutura de acesso, englobando inicialmente cerca de 607 hectares.

Nesta área, serão instalados Módulos de Produção para o cultivo de flores e plantas ornamentais, divididos nas seguintes categorias:

Módulos de Produção para Flores e Folhagens de Corte:

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Área média Padrão: 3 a 6 (três) hectares, de acordo com o subgrupo principal de produtos a serem cultivados.

Módulos de Produção de Flores Envasadas:

Área média Padrão: 3 a 6 (três) hectares, de acordo com o subgrupo principal de produtos a serem cultivados.

Módulos de Produção de Plantas para Jardinagem e Paisagismo:

Área média Padrão: 6 a 12 (cinco) hectares, de acordo com o subgrupo principal de produtos a serem cultivados.

Módulos de Produção de Gramas Cultivadas e de grandes empresas âncoras de produção de flores, folhagens, sementes ou bulbos : Áreas serão concedidas de acordo com a análise técnica e valor estratégico para o sucesso coletivo do empreendimento.

Estima-se que, no total das quatro categorias apontadas, poderão ser agregados 80 estabelecimentos floricultores. Para a produção de flores e plantas ornamentais projetada, a área construída de estufas será correspondente a 10% da área de todas as categorias, exceto a de produção de gramas cultivadas.

Junto a essas áreas reservadas para os Módulos de Produção, deverá ser instalado um complexo fornecedor de infra-estrutura e serviços tanto para os floricultores instalados no Pólo, quanto para os demais agentes de toda a Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal. Dessa forma, deverão ser instaladas outras empresas, artesanais ou industriais focadas na produção dos diversos tipos de insumos, acessórios e outros, além de prestadores de serviços diversos, estimando-se a alocação de 120 a 150 empresas, especialmente de médio e pequeno portes, no âmbito do Pólo de Floricultura do Distrito Federal

Delimitação dos estudos necessários para a criação e implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal

Para a efetiva concretização do Projeto de Criação e Implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal, será imprescindível a continuidade do desenvolvimento dos trabalhos de coleta, análise crítica, interpretativa e prospectiva, projeções de dados estatísticos demais detalhamentos técnicos e operacionais, previamente já contratados junto à empresa de consultoria especializada JUNQUEIRA E PEETZ CONSULTORES LTDA., pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal – SEBRAE /DF.

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Esses trabalhos vêm sendo executados em relação aos seguintes tópicos principais:

1. Diretrizes Gerais e Estratégicas para a Elaboração do Anteprojeto Técnico para a criação e a implantação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal

Estudos, delimitações e projeções futuras da área de influência geográfica e econômica

Levantamentos, estudos e projeções das demandas atuais e potenciais no mercado local e externo (nacional e internacional)

Levantamentos, estudos e projeções para a definição da capacidade produtiva a ser instalada (agrícola, artesanal e agroindustrial afins)

Determinação, discriminação e mensuração técnica e econômica dos Módulos de Produção para o cultivo de flores e plantas ornamentais, divididos nas seguintes categorias:

Módulos de Produção para Flores e Folhagens de Corte

Módulos de Produção de Flores Envasadas

Módulos de Produção de Plantas para Jardinagem e Paisagismo

Módulos de Produção de Gramas Cultivadas

Determinação, discriminação e mensuração técnica e econômica dos Módulos de Produção Artesanal e Agroindustrial nas seguintes categorias principais:

a). Adubos, fertilizantes, substratos e condicionadores de solo químicos, orgânicos e organominerais;

b). Defensivos agrícolas e estimuladores de plantas químicos e orgânicos;

c). Sementes, bulbos, mudas e matrizes;d). Estufas e equipamentos afins;e). Telados, arames, cercas, alambrados, grampos e afins;f). Irrigação e seus componentes;g). Vasos, sacos plásticos, bandejas e acessórios afins;h). Embalagens;i). Máquinas e implementos agrícolas;j). Ferramentas e utensílios;k). Equipamentos de Proteção Individual (EPI);l). Produtos para tratamento de pós-colheita;m).Produtos e acessórios para floriculturas;

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n). Pedras decorativas, móveis e acessórios para jardins;o). Artefatos e acessórios de madeira;p). Artefatos e acessórios de ferro;q). Artefatos e acessórios de vidro;r). Artefatos e acessórios de celulose, papel e papelão

ondulado;s). Outros.

I dentificação, discriminação técnica qualitativa e quantitativa do complexo fornecedor de infra-estrutura e serviços tanto para os floricultores instalados no Pólo, quanto para os demais agentes de toda a Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal, incluindo:

I. Centro de Geração, Adaptação e Transferência de Tecnologia e de Treinamento e Capacitação Profissional de Produtores e demais Agentes da Cadeia Produtiva, incorporando:

Laboratórios em geral; Laboratórios para micro-propagação de plantas; Auditório; Salas de Aulas; Refeitório; Centro de Atendimento Médico; Alojamentos; Biblioteca; Salas de Reuniões; Centro de Convivência; Escritório e Centro de Apoio Técnico e Administrativo; Outros.

II. Central de Tratamento e Conservação de Pós-Colheita, a ser utilizada de forma compartilhada e cooperativa pelos floricultores do Pólo, comportando: Galpões de seleção, classificação e padronização de produtos; Câmaras frias e estruturas de tratamento térmico; Centro de acondicionamento e embalagem; Depósitos de insumos e produtos para tratamentos de pós-

colheita e embalagem; Outros.

III. Central de Depósito e de Logística de Expedição de Flores e Plantas Ornamentais, a ser utilizada de forma compartilhada e cooperativa pelos floricultores do Pólo, compreendendo:

Depósitos e armazéns para flores, plantas ornamentais, produtos e insumos diversos para a floricultura;

Estacionamentos para clientes e compradores;

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Plataformas de embarque, recebimento e expedição de produtos;

Frota de caminhões baús, à temperatura ambiente e refrigerados;

Escritórios de apoio; Outros.

IV. Central de Negócios, a ser utilizada de forma compartilhada e cooperativa pelos floricultores do Pólo, compreendendo:

Escritórios e salas de negócios informatizadas; Administração centralizada de carteira de clientes; Gerência técnica de informações de mercado; Cadastros e controle de clientes inadimplentes; Gerência técnica de apoio jurídico; Outros.

V. Lojas e Escritórios de Empresas e Profissionais Fornecedores de Produtos, Insumos e Serviços para a floricultura, incluindo:

Adubos, fertilizantes, substratos e condicionadores de solo químicos, orgânicos e organominerais;

Defensivos agrícolas e estimuladores de plantas químicos e orgânicos;

Sementes, bulbos, mudas e matrizes; Estufas e equipamentos afins; Telados, arames, cercas, alambrados, grampos e afins;

Irrigação e seus componentes; Vasos, sacos plásticos, bandejas e acessórios afins; Embalagens; Máquinas e implementos agrícolas; Ferramentas e utensílios; Equipamentos de Proteção Individual (EPI); Produtos para tratamento de pós-colheita; Serviços técnicos de informática, contabilidade, despachantes

fiscais e aduaneiros; Escritórios de paisagismo; Produtos e acessórios para floriculturas; Representantes comerciais; Livrarias especializadas e material de escritório; Pedras decorativas, móveis e acessórios para jardins; Artefatos e acessórios de madeira; Artefatos e acessórios de ferro; Artefatos e acessórios de vidro; Artefatos e acessórios de celulose, papel e papelão ondulado; Outros.

VI. Empresas fornecedoras de outros serviços em geral, incluindo:

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Alimentação e afins (restaurantes, lanchonetes, bares, praça de alimentação)

Comunicação (Correios, Serviços Telefônicos, Internet) Financeiros (Agências Bancárias) Outros.

VII. Centro Permanente de Feiras e Exposições Técnicas em Floricultura e Plantas Ornamentais

Infra-estrutura permanente; Áreas de cultivo em campo, estufas e telados experimentais e

demonstrativos; Arenas para cursos e treinamentos em campo; Sanitários; Refeitórios; Alojamentos; Administração e Secretaria Geral de Eventos; Outros.

Resultados esperados

Impactos econômicos diretos e indiretos (geração e retenção de divisas; canalização de fluxos de capital para investimentos; geração de impostos e de benefícios sociais; outros);

Impactos sociais (empregos diretos e indiretos a serem criados; geração e ampliação da renda e consumo; aumento da capacitação e da diminuição da rotatividade da mão-de-obra; outros).

Impactos ambientais e ecológicos (apontamentos básicos e roteirização de procedimentos a serem encaminhados junto aos órgãos e autoridades competentes)

Pontos críticos

Para a perfeita e completa execução dos trabalhos para a Criação e Ampliação do Pólo de Floricultura do Distrito Federal, será imprescindível a ágil e adequada superação de alguns pontos críticos principais, conforme abaixo relacionados e comentados:

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Posse e uso das terras do Distrito Federal: e conseqüentemente daquela destinada à implantação do pólo de floricultura. Nesse sentido, será imprescindível a agilização dos processos normativos e legais a respeito das novas regulamentações sobre a concessão de uso e de titularidades da posse das terras no âmbito do Distrito Federal, conforme proposições, debates e consultas públicas que vêm sendo encaminhadas no âmbito da Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP/ Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal e Federação da Agricultura – FAPE-DF;

Geração e adaptação de tecnologias para a floricultura do Distrito Federal: a ser conduzida no âmbito do Centro de Transferência de Tecnologia previsto no próprio pólo de floricultura através de parceria com breaders internacionais, com as instituições de ensino e pesquisa do Distrito Federal e Centro Oeste, com especial ênfase na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBAPA e Universidades voltadas às ciências agrárias e biológicas, (UNB, UPIS, UCB, FTB entre outras) através de grupos especiais de pesquisadores conveniados com o Centro de Tecnologia do Pólo, estruturando assim núcleos específicos de pesquisa em floricultura na região Centro Oeste.

Capacitação e formação de mão-de-obra: com foco na oferta de profissionais de nível técnico e superior, gerentes, administradores e mão-de-obra operacional para o suporte ao desenvolvimento da floricultura regional. Dentre as ações possíveis sugerimos a adequação do quadro técnico da EMATER às novas demandas que surgirão. Tratativas junto à Secretaria de Educação para criação de um curso técnico agrícola que atenda as demandas nas áreas de floricultura horticultura e fruticultura. Ação que deve ser desenvolvida, também, junto às instituições de ensino superior que ministram os cursos voltados às ciências agrárias e biológicas. Promoção de estágios, treinamentos e capacitação dos técnicos da EMATER em empresas localizadas nas principais regiões produtoras de flores e plantas ornamentais do país, além da promoção de seminários e cursos específicos de forma tal que, em pouco tempo, tenhamos em cada escritório regional de EMATER um profissional que atenda as demandas dos produtores rurais na área de floricultura

Reestudo das políticas tarifárias do setor, principalmente o TARE, que beneficia os atacadistas de flores em detrimento da produção local, o que transfere a geração de emprego e renda para outras da federação.

Fortalecimento do serviço oficial de defesa e vigilância sanitária principalmente no que diz respeito à área vegetal, dada a importância do controle de transito destes produtos no Distrito Federal.

Continuidade e aprofundamento dos trabalhos de coleta, análise crítica, interpretativa e prospectiva, projeções de dados estatísticos demais detalhamentos técnicos e operacionais, conforme serviços contratados à empresa de consultoria especializada JUNQUEIRA E PEETZ

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CONSULTORES LTDA., pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal – SEBRAE /DF;

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SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO PARÁ (SEBRAE/ PA): Antonio Hélio Junqueira e Marcia da Silva Peetz (autores). Estudo de mercado e plano de negócios para flores e plantas envasadas produzidas e comercializadas pelos Estados da Região Norte do Brasil. Palestra apresentada na FRUTAL AMAZÔNIA 2006, Belém/PA. 1 CD-Rom.

SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO PARÁ (SEBRAE/ PA): Antonio Hélio Junqueira e Marcia da Silva Peetz (autores). Estudo de mercado e plano de negócios para folhagens tropicais de corte produzidas e comercializadas pelos Estados da Região Norte do Brasil. Palestra apresentada na FRUTAL AMAZÔNIA 2006, Belém/PA. 1 CD-Rom.

SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO PARÁ (SEBRAE/ PA): Antonio Hélio Junqueira e Marcia da Silva Peetz (autores). Estudo de mercado e plano de negócios para orquídeas de corte produzidas e comercializadas pelos Estados da Região Norte do Brasil. Palestra apresentada na FRUTAL AMAZÔNIA 2007, Belém/PA. 1 CD-Rom.

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Participantes do Fórum estratégico para implantação do pólo de Flores do Distrito Federal: Dílson R. de Almeida.

SEAPACarlos M. C. da Rocha

EMATER-DFCleison Medas Duval

EMATER-DF

Orlando J. C. BernadiniSEBRAE-DF

Raimunda BarreiraBanco do Brasil

Hugo G. de AndradeBanco do Brasil

Sílvio VenturoliConsultor – FAPE

Marcelo NóiaBanco do Brasil

José R. Pires CDL

Sebastião A. MachadoCentral Flores

Antonio Expedito RibeiroCoordenador

Adilson Ferreira dos SantosCo-coordenador SEBRAE-DF

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