GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA · 2013-02-15 · Anexo 2 – Demonstrativo da Despesa por Órgãos ......
Transcript of GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA · 2013-02-15 · Anexo 2 – Demonstrativo da Despesa por Órgãos ......
-
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIASecretaria da Fazenda
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO
Exerccio de 2012
SALVADOR BA2013
-
B171 Demonstraes Contbeis Consolidadas do Estado Exerccio 2012. Salvador: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, 2013. 560 p. : il. color. Anual. Ttulos anteriores: Balano Geral do Estado at 2006; Balano Consolidado do Estado at 2008.
1. Administrao pblica Prestao de contas Bahia. I. Bahia. Secretaria da Fazenda. II. Ttulo.
CDD 336.1 CDU 336.143.21(813.8)
Normalizao: Biblioteca SEFAZ/UCS
Av. Luiz Viana Filho, 2 Avenida, 260 CAB CEP 41745-003
Tel: (71)3115-5059 Fax: (71)3115-8761
www.sefaz.ba.gov.br - [email protected]
-
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
Governador
JAQUES WAGNER
Secretrio da Fazenda
LUIZ ALBERTO BASTOS PETITINGA
Subsecretrio da Fazenda
JOO BATISTA ASLAN RIBEIRO
Chefe de Gabinete
ELIECIM RODRIGUES FIDELIS
Superintendente de Administrao Financeira
OLINTHO JOS DE OLIVEIRA
Coordenador Geral de Planejamento, Acompanhamento e Controle Financeiro
MARIA DE FTIMA DE OLIVEIRA CARRERA (em exerccio)
Diretor da Contabilidade Pblica
FLORISVALDO ANUNCIAO DE LIMA
Diretor do Tesouro
JOS ADELSON MATTOS RAMOS
-
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SUMRIO
APRESENTAO ............................................................................................................. 07
1. INTRODUO ......................................................................................................... 09
Anlise da Economia Baiana e Brasileira em 2012........................................... 09
Desempenho da arrecadao em relao previso, e providncias
adotadas no mbito da fi scalizao das receitas e combate
sonegao (artigo 58 da LRF) .................................................................................. 10
Aes implementadas na rea Financeira ......................................................... 1 7
2. NOTAS EXPLICATIVAS .......................................................................................... 23
3. GESTO ORAMENTRIA .................................................................................. 29
Balano Oramentrio ............................................................................................... 29
Resultado Oramentrio ............................................................................................ 3 1
Receita Oramentria ................................................................................................. 33
Receitas Correntes ...................................................................................................... 36
Receitas de Capital...................................................................................................... 38
Despesa Oramentria .............................................................................................. 39
Despesas Correntes ................................................................................................... 4 1
Despesa de Capital ..................................................................................................... 42
Despesas de Exerccios Anteriores .......................................................................... 44
Gesto Oramentria dos Fundos Especiais ..................................................... 50
Fundo Estadual de Combate Pobreza FUNCEP ........................................ 50
Fundo de Cultura da Bahia FCBA ...................................................................... 5 1
Fundo de Investimentos Econmico e Social da Bahia FIES .................... 52
4. GESTO FINANCEIRA .......................................................................................... 53
Balano Financeiro ...................................................................................................... 53
Movimentao Extraoramentria .......................................................................... 55
Resultado Financeiro .................................................................................................. 58
5. GESTO PATRIMONIAL ........................................................................................... 60
Balano Patrimonial .................................................................................................... 60
Ativo Financeiro ............................................................................................................ 6 1
Passivo Financeiro ....................................................................................................... 62
Apurao do Dfi cit ou Supervit Financeiro Bruto ........................................ 64
Ativo Permanente ........................................................................................................ 65
Passivo Permanente ................................................................................................... 69
Saldo Patrimonial ......................................................................................................... 70
Demonstrao das Variaes Patrimoniais ......................................................... 72
6. GESTO ECONMICA .............................................................................................. 78
7. GESTO FISCAL ........................................................................................................ 8 1
Receita Corrente Lquida ........................................................................................... 8 1
Receitas e Despesas Previdencirias do Regime Prprio
dos Servidores Pblicos ............................................................................................ 83
Resultado Primrio ....................................................................................................... 87
Resultado Nominal ...................................................................................................... 88
Aplicao de Recursos em Sade ......................................................................... 89
Aplicao de Recursos em Educao .................................................................. 92
Despesa com Pessoal ................................................................................................ 95
Disponibilidade de Caixa .......................................................................................... 96
Restos a Pagar .............................................................................................................. 96
Parcerias Pblico-Privadas contratadas pelo Estado ....................................... 97
Garantias e Contragarantias de Valores .............................................................. 98
Operaes de Crdito ............................................................................................... 98
Dvida Pblica ................................................................................................................ 99
Programa de Reestruturao e Ajuste Fiscal ..................................................... 104
8. GLOSSRIO ............................................................................................................. 105
9. ORGOS DA ADMINISTRAO DIRETA .......................................................... 1 1610. ENTIDADES DA ADMINISTRAO INDIRETA E FUNDOS ....................... 1 17
-
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
Autarquias ................................................................................................................... 1 1 7 Fundaes .................................................................................................................. 1 1 7 Empresas Estatais Dependentes ........................................................................ 1 1 7 Empresas Pblicas ................................................................................................... 1 1 7 Sociedades de Economia Mista .......................................................................... 1 1 7 Fundos.......................................................................................................................... 1 1 7
11. REFERNCIA BIBLIOGRFICA ........................................................................... 1 1 9
12. ANEXOS DA LEI 4.320/64 ................................................................................. 123 Administrao Consolidada Todos os Poderes .......................................... 123 Anexo 1 Demonstrativo da Receita e da Despesa Segundo as Categorias Econmicas .......................................................................................... 125 Anexo 2 Demonstrativo da Receita ................................................................ 129 Anexo 2 Demonstrativo da Despesa (Consolidado) ................................. 149 Anexo 2 Demonstrativo da Despesa por rgos ...................................... 155 Anexo 6 Programa de Trabalho do Governo Demonstrativo da Despesa por Funo/Subfuno/Programa por rgo e Unidade Oramentria ........................................................................................ 257 Anexo 7 Programa de Trabalho do Governo Demonstrativo da Despesa por Funo/Subfuno/Programa por Projeto e Atividade ....... 357 Anexo 8 Programa de Trabalho do Governo Demonstrativo da Despesa por Funo/Subfuno/Programa, conforme o vnculo com os recursos ......................................................................................... 375 Anexo 9 Demonstrativo da Despesa por rgo e Funo .................... 405 Anexo 10 Comparativo da Receita Orada com a Arrecadada ............. 4 15 Anexo 11 Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada ......... 445 Anexo 12 Balano Oramentrio ..................................................................... 453 Anexo 13 Balano Financeiro ............................................................................ 457 Anexo 14 Balano Patrimonial ........................................................................... 46 1 Anexo 15 Demonstrativo das Variaes Patrimoniais ............................... 475 Anexo 16 Demonstrativo da Dvida Fundada (Interna e Externa) .......... 479 Anexo 17 Demonstrativo da Dvida Flutuante .............................................. 483 Administrao Consolidada Poder Executivo ............................................. 487 Anexo 12 Balano Oramentrio ..................................................................... 489
Anexo 13 Balano Financeiro ............................................................................ 493 Anexo 14 Balano Patrimonial ........................................................................... 497 Anexo 15 Demonstrativo das Variaes Patrimoniais ............................... 5 1 1
13. DEMONSTRATIVOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL LRF .... 5 15 Balano Oramentrio Receita ....................................................................... 5 17 Balano Oramentrio Despesa ...................................................................... 5 19 Demonstrativo da Execuo das Despesas por Funo e Subfuno .. 520 Demonstrativo da Receita Corrente Lquida .................................................... 528 Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdencirias do Regime Prprio dos Servidores Pblicos ......................................................... 529 Demonstrativo do Resultado Nominal ............................................................... 53 1 Demonstrativo do Resultado Primrio ............................................................... 532 Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e rgo .............................. 534 Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino MDE ............................................................... 535 Demonstrativo das Receitas de Operaes de Crdito e Despesas de Capital ............................................................................................ 539 Demonstrativo da Projeo Atuarial do Regime Prprio de Previdncia Social dos Servidores Pblicos ................................................... 540 Demonstrativo da Receita de Alienao de Ativos e Aplicao dos Recursos .............................................................................................................. 542 Demonstrativo da Receita Lquida de Impostos e das Despesas Prprias com Aes e Servios Pblicos de Sade ..................................... 543 Demonstrativo das Despesas de Carter Continuado Derivadas das Parcerias Pblico-Privadas Contratadas ................................................... 545 Demonstrativo Simplifi cado do Relatrio Resumido de Execuo Oramentria ......................................................................................... 546 Demonstrativo da Despesa com Pessoal Poder Executivo .................... 549 Demonstrativo da Dvida Consolidada Lquida ............................................... 550 Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores ..................... 552
Demonstrativo das Operaes de Crdito ...................................................... 553
Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa Poder Executivo .............. 555 Demonstrativo dos Restos a Pagar Poder Executivo .............................. 557 Demonstrativo dos Limites Poder Executivo ............................................... 559
-
7
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
Superintendncia de Administrao Financeira da Secretaria da
Fazenda, responsvel pelo levantamento das Demonstraes
Contbeis Consolidadas e pela elaborao do Relatrio
Contbil da Administrao Pblica Estadual, apresenta a
Prestao de Contas do Excelentssimo Senhor Governador do Estado
da Bahia, concernente ao exerccio financeiro de 2012, a ser enviada
Assemblia Legislativa na forma do Artigo 105, inciso XV, da Constituio
do Estado da Bahia de 1989.
As Demonstraes Contbeis Consolidadas do Estado evidenciam os resul-
tados das gestes Oramentria, Financeira e Patrimonial da Administrao
Direta, das Autarquias, das Fundaes, dos Fundos Especiais e a execuo
oramentria das Empresas Estatais Dependentes, elaborados segundo as nor-
mas federais e estaduais que regem a matria, em especial a Lei Federal n
4.320, de 17 de maro de 1964, sendo os dados contbeis oriundos essencial-
mente do Sistema de Informaes Contbeis e Financeiras SICOF.
O Relatrio Contbil, parte componente da Prestao de Contas, apresenta uma
anlise mais detalhada das informaes contbeis e fi scais, buscando o uso de uma
linguagem de fcil entendimento a todo cidado dos vrios segmentos da socieda-
de, inclusive com apresentao de glossrio dos termos tcnicos utilizados. Alm
disso, foram utilizados grfi cos e tabelas, para permitir uma melhor visualizao dos
dados constantes dos Balanos e demais Demonstraes Contbeis.
Com o encerramento do exerccio de 2012 o Estado fi naliza a utilizao do SICOF
como sistema de registro e controle da execuo oramentria, fi nanceira e con-
tbil passando, a partir do exerccio de 2013, a utilizar o Sistema Integrado de
Planejamento, Contabilidade e Finanas do Estado da Bahia FIPLAN. Este sistema
traz avanos na gesto e no controle oramentrio, fi nanceiro e contbil, colocan-
do o Estado da Bahia no patamar de excelncia na gesto das fi nanas pblicas;
permite melhorar as demonstraes e dados exigidos na transparncia gesto; e
melhora signifi cativamente o nvel dos controles.
Resultado da customizao do sistema em uso no Estado do Mato Grosso, o
FIPLAN foi trazido para a Bahia como cesso de uso, sem custo. Integra, em
uma nica ferramenta on-line, os sistemas antes utilizados para gerir o planeja-
mento e a execuo oramentria e fi nanceira do Estado, tornando mais inte-
grada a informao relacionada a estes assuntos.
O novo sistema possibilita uma reduo do fl uxo fsico de informaes, centra-
lizando os controles e mantendo a descentralizao das operaes alm de
facilitar a extrao de dados e a oferta de informaes gerenciais. Sua platafor-
ma e ambiente tecnolgico facilitam a emisso de relatrios em cada mdulo.
O projeto fruto do trabalho conjunto das secretarias estaduais da Fazenda
(SEFAZ) e do Planejamento (SEPLAN), e da Companhia de Processamento de
Dados do Estado da Bahia (PRODEB), contando ainda com a colaborao da
Secretaria da Administrao (SAEB).
APRESENTAO
A
-
8
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
Foi um grande desafi o a customizao do FIPLAN. Sua implantao s foi poss-
vel graas competncia e ao comprometimento de toda equipe e ao apoio dos
tcnicos do Estado cedente. A esta brilhante equipe cabem todos os mritos.
Outra inovao na rea fi nanceira do Estado o redesenho de processos ini-
ciado neste exerccio e com implantao prevista para 2013. Este trabalho pre-
tende criar as condies objetivas para a profi ssionalizao da rea fi nanceira,
dotando-a de processos bem defi nidos e, principalmente, de profi ssionais cujo
conhecimento atenda s especifi cidades da gesto fi nanceira.
Salvador, 07 de fevereiro de 2013.
Olintho Jos de Oliveira
Superintendente de Administrao Financeira
-
9
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
1.1 ANLISE DA ECONOMIA BAIANA NO CONTEXTO DA ECONOMIA BRASILEIRA EM 2012
Com desempenho inferior ao previsto no incio do ano, a economia brasileira apresenta baixo crescimento em 2012, sendo que o Produto Interno Bruto PIB dever ter alta em torno de 1%, apesar da continuidade na adoo de
medidas de estmulo economia, a exemplo de reduo de impostos, reduo
de juros e aes para evitar a sobrevalorizao do real frente moeda norte
americana, visando estimular as exportaes.
No cenrio externo, a Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico
(OCDE), em relatrio de perspectivas, calculou que o PIB da zona do euro cair 0,4%
em 2012, e 0,1% em 2013. Constatou-se novo enfraquecimento da economia global
aps cinco anos de crise, advertindo-se que no se pode descartar que volte a
acontecer uma grande contrao motivada pelos EUA ou pela zona do euro.
Diante deste cenrio, o Banco Central manteve a trajetria de reduo da taxa
bsica de juros, pela dcima vez consecutiva, at alcanar a mnima histrica
de 7,25%. No ms de maio foi necessrio alterar as regras de remunerao da
caderneta de poupana, para permitir reduo da taxa bsica de juros (SELIC)
em patamar inferior a 8,5%, que foi atingido naquele ms.
O ndice de Preos ao Consumidor Amplo IPCA, indicador oficial de
inflao, encerrou o ano com percentual de 5,84% acima do centro da
meta de 4,5% estabelecida pelo governo, mas ainda assim, abaixo do teto
da meta.
Utilizando o Imposto sobre Operaes Financeiras IOF como instrumento
para conter a valorizao do real, o governo federal tem alterado os pra-
zos dos emprstimos externos sujeitos alquota desse imposto. Nesse
sentido, a cotao da moeda americana frente ao real aumentou de valor
prximo a R$ 1,80 no incio do ano, para um patamar em torno de R$ 2,08
no final de 2012, o que favorece os exportadores nacionais, e encarece
as importaes. A balana comercial encerrou o exerccio com super-
vit de US$ 19,4 bilhes. J as transaes correntes tiveram um dficit de
US$ 54,2 bilhes, que foi financiado pelo investimento estrangeiro direto,
que, de janeiro at dezembro, soma US$ 65,3 bilhes.
Dando continuidade poltica adotada pelo Banco Central, houve au-
mento das reservas internacionais, que encerraram o exerccio com
saldo recorde de US$ 378,6 bilhes, o que representa um quadro mais
favorvel para enfrentar uma piora na economia internacional, compara-
ndo-se ao ano de 2008, quando as reservas situavam-se em torno de
US$ 205 bilhes.
INTRODUO1
-
10
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
Deslocando-se da tendncia nacional, a economia baiana apresenta taxas de expan-
so do PIB positiva no terceiro trimestre, quando cresceu 1,9% (Brasil 0,9%) em relao
ao mesmo perodo do ano anterior. O setor de servios acumulou expanso de 3,0%.
J a agropecuria apresentou retrao de 1,3%, o que est diretamente associa-
do aos efeitos da seca que atingiu a Bahia desde meados de 2011. No terceiro
trimestre, a indstria baiana registrou expanso de 1,5% na comparao com o
mesmo perodo do ano anterior. Com estes resultados, a Superintendncia de
Estudos Econmicos e Sociais da Bahia SEI, estima que o crescimento do PIB
baiano em 2012 ser da ordem de 3,0%.
A safra agrcola de 2012, de acordo com levantamento do IBGE, realizado em
outubro, estimada em 6,5 milhes de toneladas, o que representar uma di-
minuio de 13,3% em relao safra de 2011.
De acordo com os dados da produo fsica mensal, comparando-se o terceiro
trimestre de 2012 com o mesmo perodo do ano anterior, a indstria baiana cres-
ceu 2,5%, enquanto que a brasileira teve queda de 3,5%. Dos oito segmentos da
indstria de transformao destaca-se a expanso no refi no de petrleo e lcool
(11,3%) e borracha e plstico (11,2%). Por outro lado, contribuiram negativamente
para a formao a metalurgia bsica (-25,0%) e automobilstica (-7,6%). J a cons-
truo civil, com expanso de 4,9%, mantm o crescimento, ainda que menos
expressivo que os registrados nos ltimos anos. O comrcio varejista apresentou
crescimento de 6,6% no terceiro trimestre.
Com relao ao comrcio exterior, as exportaes baianas alcanaram US$ 11,3 bi-
lhes, valor 2,3% acima do registrado em 2011. As importaes fi caram praticamente
no mesmo patamar de 2011 com crescimento de apenas 0,2%, totalizando US$ 7,8 bi-
lhes. O saldo comercial registrou aumento de 7,2%, com um total de US$ 3,5 bilhes.
O Estado alcanou um saldo positivo de 36,8 mil postos de trabalho formais, at dezem-
bro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED.
Apesar da queda no ritmo de crescimento da criao de empregos em 2012,
em relao ao ano anterior, espera-se que em 2013, com a continuidade da po-
ltica de distribuio de renda, as atividades de servios, construo civil e co-
mrcio continuem crescendo. Espera-se, tambm, que o produto agrcola volte
a crescer com a superao da seca que a Bahia vivencia considerada a maior
dos ltimos 50 anos.
At 2015, esto previstos investimentos do setor privado que superam 70 bi-
lhes de reais o fortalecimento do parque automotivo e a implantao do
Estaleiro Enseada do Paraguau so alguns exemplos. Com isso, a Bahia deve-
r elevar o patamar da produo industrial, no mdio e longo prazos.
Outra parte desses investimentos est fora do centro econmico da Bahia,
que so a Regio Metropolitana de Salvador RMS e o Recncavo. So os
investimentos previstos em minerao, energia elica e celulose, que, quando
concretizados, resultaro em mais um impacto de crescimento, de descentra-
lizao na atividade econmica e de criao de oportunidades de emprego e
renda para as populaes que esto fora desse centro econmico.
Ainda para 2013, o Governo do Estado duplicar os seus investimentos, que se-
ro fortemente aplicados na rea de infraestrutura de transporte e logstica, na
rea de segurana pblica e na rea de saneamento e abastecimento. A com-
binao das aes em infraestrutura com uma estratgia defi nida de atrao de
investimentos deve garantir o ritmo de crescimento da economia baiana para
os prximos anos, alm de gerar trabalho, emprego e renda.
1.2 DESEMPENHO DA ARRECADAO EM RELAO PREVISO, E PROVIDNCIAS ADOTADAS NO MBITO DA FISCALIZAO DAS RECEITAS E COMBATE SONEGAO (ART. 58 DA LRF)
-
11
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
DESEMPENHO DA ARRECADAO EM 2012
Tabela 1 Comparao entre a arrecadao do ICMS, por segmento, com o valor
previsto versus o realizado para o exerccio de 2012, o valor do incremento e a
variao de participao relativa de cada segmento sobre a arrecadao total.
Em termos globais, houve superao de R$ 266,45 milhes, ou seja, um incremen-
to de 1,94% em relao ao previsto (Meta Ideal). Observa-se que quase todos os
segmentos tiveram um desempenho positivo, apresentando um incremento entre
0,73% (Ind. Bebidas) e 11,92% (Supermercado). Os segmentos que no atingiram a ar-
recadao prevista foram os seguintes: Ind. Minerao e Derivados, -1,04%; Servio
de Transporte, -1,27%; Misto Servios, -3,5%; Petrleo, -6,46% e Agricultura, -16,81%.
PROJETOS IMPORTANTES
Foram alterados alguns normativos no sentido de atualizar valores defasados,
incentivar determinadas atividades, ou procedimentos cujo ganho equivalen-
te ou inferior ao custo.
SEGMENTO
REALIZADO VERSUS PREVISTO EM 2012
VALORES EM R$ 1.000
REALIZADO PREVISTO VARIAO
R$ %
Agricultura 123.767,99 148.781,63 -25.013,63 83,19
Agroindstria 350.430,23 339.982,20 10.448,03 103,07
Comrcio Atacadista 1.966.617,57 1.883.533,91 83.083,66 104,41
Comrcio Varejista 3.144.263,53 2.906.692,46 237.571,08 108,17
Ind Bebidas 640.535,91 635.888,53 4.647,38 100,73
Ind Metalrgica 292.472,67 277.977,43 14.495,24 105,21
Ind Minerao e Derivados 211.764,72 213.993,98 -2.229,25 98,96
Ind Qumica 629.341,42 605.603,68 23.737,75 103,92
Misto Indstria 231.335,77 209.778,76 21.557,01 110,28
Misto Servios 105.400,77 109.225,63 -3.824,86 96,50
Petrleo 2.800.298,17 2.993.542,28 -193.244,11 93,54
Servios de Transporte 169.251,29 171.421,05 -2.169,76 98,73
Servios de Utilidade Pblica 2.816.124,89 2.771.634,03 44.490,85 101,61
Supermercados 496.529,87 443.629,82 52.900,05 111,92
TOTAL 13.978.134,81 13.711.685,38 266.449,43 101,94
Fonte: PGM jan/2013Nota: a diferena registrada entre este quadro e os dados do Balano refere-se ao modo de apurao da arrecadao que difere da contabilizao, no signifi cando divergncia de resultado.
-
12
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
LESGISLAO:
Concesso de iseno do ITD, do IPVA e das Taxas do Estado da Bahia, em
relao s atividades concernentes Copa das Confederaes da FIFA de
2013 e Copa do Mundo da FIFA de 2014
Extino de dbitos vencidos at 30 de setembro de 2012, por veculo, rela-tivos ao IPVA, cujo valor atualizado em 31 de outubro de 2012 seja igual ou
inferior a R$ 500,00
Autorizao Procuradoria Geral do Estado da Bahia a no ajuizar execues
fi scais para cobrana de crditos tributrios relativos a ICMS cujo valor total con-
solidado por sujeito passivo seja igual ou inferior a R$10.000,00 e ao IPVA cujo
valor total consolidado por sujeito passivo seja igual ou inferior a R$ 1.000,00
Reduo da alquota do IPVA para veculos de propriedade de empresas locadoras (1%)
Disciplina sobre o arrolamento administrativo de bens e direitos, no mbito da Administrao Fazendria do Estado da Bahia
Criao da taxa de combate a incndio para aparelhar o Corpo de Bombeiros da Bahia
Aumento da alquota de telecomunicaes, em 1% Reduo da alquota interrestadual, nas sadas de mercadorias importadas Publicao do novo Regulamento do ICMS Decreto de glosa de crditos fi scais nas entradas de mercadorias oriundas de
estados que concederam benefcio fi scal sem o consentimento do CONFAZ
ARRECADAO:
Elaborao e encaminhamento para aprovao da Lei de Remisso do IPVA,
benefi ciando mais de 300 mil contribuintes com dbitos de at R$ 500,00
Implementao do Convnio SEFAZ x SERASA para obteno de informa-
es atualizadas de endereos de corresponsveis por dbitos tributrios
(scios, administradores etc.)
Finalizao do processo de extino de dbitos de ICMS por remisso, com
a extino de 33.000 PAF com dbito, por processo, inferior a R$ 10.000,00
Ajustes no Sistema SIGAT para possibilitar a cobrana no mbito da 2 etapa
da Lei de Transao
Gerao de relatrios e outras informaes para subsidiar a cobrana no
mbito da 2 etapa da Lei de Transao
Celebrao de acordos relativos 2 etapa da Lei de Transao no valor de
R$ 72.000.000,00
Elevao da quantidade de Certides da Dvida Ativa apontadas para protes-
to em cartrios, de 500 para 2000 ao ms
Extino da GNRE off -line, gerando maior controle da arrecadao e maior
facilidade para o contribuinte, em razo da facilidade de uso e consulta on-
-line do pagamento realizado
Implantao das novas regras referentes rede de arrecadao, permitindo
que as informaes referentes arrecadao estejam disponveis em at 15
minutos aps a autenticao do documento de arrecadao e a obrigato-
riedade, para todos os bancos (7 instituies), da disponibilizao de dbito
em conta corrente para quitao de parcelas, anteriormente disponibilizada
apenas por 3 instituies
Alterao dos sistemas de cadastro, arrecadao e crditos tributrio para
adequao ao sistema FIPLAN
Aperfeioamento dos sistemas de arrecadao com aumento de efi cincia
no processamento da arrecadao
Simplifi cao do cadastro de contribuintes, com implantao da sistemtica
de baixa automtica da inscrio, resultando no fi m da obrigatoriedade da fi s-
calizao prvia para o deferimento da baixa, sendo facultada a programao
para fi scalizao durante o prazo decadencial
Padronizao da senha para entrega de declaraes senha utilizada para
os demais servios da Internet
Realizao de malha fi scal de ITD com base em informaes obtidas junto
Receita Federal do Brasil relativas a doaes
AES DE FISCALIZAO DE MERCADORIAS EM TRNSITO:
REGIO METROPOLITANA
Operao Barreira Fiscal Metropolitana Controle das mercadorias destina-
das a Salvador visando coibir a entrada irregular, evitando a sonegao fi scal
-
13
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
e concorrncia desleal, bem como incrementar a arrecadao pelo efeito in-
direto que o controle exerce sobre o universo geral de contribuintes, atravs
do fechamento das vias de acesso capital
Operao Recm-Inscritos Acompanhamento e controle de mais de quatro
mil contribuintes que completaram seis meses de atividade com aquisio de
mercadorias sujeitas a antecipao tributria
REGIO SUL
Operao Mimoso do Oeste IV Controle do escoamento da safra de gros
do Oeste da Bahia, bem como da circulao de entradas e sadas de merca-
dorias na regio
Operao PAF-ECF Exigir a utilizao do PAF-ECF por contribuintes usu-
rios de ECF que ainda no o utilizam, bem como coibir o uso de aplicativos
que no estejam cadastrados na SEFAZ e/ou no atendam aos requisitos do
PAF-ECF
Operao Extremo Sul Ao de controle de entrada das mercadorias oriun-
das das regies sul e sudeste com foco nos principais produtos com maior
sonegao
REGIO NORTE
Operao Barro Vermelho Controle da entrada de produtos cermicos no
Estado da Bahia de origem da regio Nordeste com especial ateno aos
produtos oriundos do Estado de Sergipe
Operao Canavial Monitorar a circulao do acar, combatendo o co-
mrcio irregular do produto atravs de atividades de fi scalizao realizadas
por Unidades Fiscais
Operao PAF-ECF Exigir a utilizao do PAF-ECF por contribuintes usurios
de ECF que ainda no o utilizam, bem como coibir o uso de aplicativos que no
estejam cadastrados na SEFAZ e/ou no atendam aos requisitos do PAF-ECF
Em 2012 foram emitidas pelo Trnsito de Mercadorias atravs das IFMTs Norte,
Sul e Metro, 47.209 Autos/Notifi cao Fiscal relativos aos contribuintes com irre-
gularidade, representando um incremento de 20% comparado com 2011.
AES DO SETOR DE INTELIGNCIA
OPERAES EM FORA-TAREFA (SEFAZ/INFIP, SSP/DECECAP, MP/GAESF
E PGE)
OPERAO BACO
A fraude contra a administrao tributria consistia em:
Atuao no ramo do comrcio de bebidas quentes e gneros alimentcios,
com uso de interposio fi ctcia de pessoas, em empresas constitudas no
Estado da Bahia e em outros Estados, visando supresso/reduo de impos-
tos e ocultao de patrimnio, incorrendo na prtica de diversos crimes que
resultaram na sonegao fi scal e na concorrncia desleal
Nas aquisies por empresas com domiclio fi scal em outra unidade da
Federao a burla ao fi sco foi integral, porque as mercadorias eram internali-
zadas no Estado da Bahia sem pagamento do ICMS
Para camufl ar o patrimnio, o empresrio adquiriu veculos para sua frota em nome
de outra empresa, tambm constituda com interposta pessoa, da qual possua
Procurao registrada em Cartrio outorgando-lhe plenos poderes de gesto
Estima-se a sonegao de ICMS da ordem de R$ 6 milhes por exerccio fi scal.
A execuo da Operao contou com um contingente de 120 servidores es-
taduais, sendo 50 da Secretaria da Fazenda e 70 da Secretaria de Segurana
Pblica, alm de 2 Promotores de Justia do Ministrio Pblico do Estado da
Bahia, com a utilizao de uma frota de 37 veculos.
OPERAO CONJUNTA DE FISCALIZAO DE POSTOS VAREJISTAS
DE COMBUSTVEIS NO SUL DA BAHIA
A fraude contra a administrao tributria consistia na adulterao de produto,
repasse aos consumidores de volume menor de combustvel do que o registra-
do pelas bombas, atuao de revendedores clandestinos, alm da sonegao
de impostos.
-
14
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
A ao ocorreu com a Copec/Sefaz, a Agncia Nacional de Petrleo (ANP) e o
Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro).
OPERAO MSCARA II RESCALDO
A organizao criminosa age, desde 2002, perpetrando o crime de estelionato
contra empresas e empresrios. comandada por criminoso que, alm de se
passar por auditor fi scal, vem, tambm, se passando por advogado que labora
para aquelas pessoas (fsicas e jurdicas).
A organizao criminosa auferiu, entre 2007 e 2010, mais de R$ 2 milhes,
lesando os contribuintes do Estado da Bahia, bem como vem maculando a ima-
gem do Fisco baiano.
Atualmente vem praticando e liderando aes criminosas do interior do com-
plexo Penitencirio Lemos de Brito (PLB).
No universo investigado pela Sefaz, entre 2008 e 2010, pela inteligncia fi s-
cal, foram elaborados mais de 20 Relatrios de Inteligncia Fiscal, onde foram
examinadas as propostas do estelionatrio que tratavam sobre pagamento de
dbitos com reduo de valores, no lavratura de autos de infrao ou at jul-
gamento favorvel de autos de infrao. Foram identifi cadas mais de 40 empre-
sas, contribuintes do Estado da Bahia, contatadas pela organizao criminosa
e a maioria delas foi envolvida no golpe, chegando a pagar, em alguns casos, a
quantia de R$ 150.000,00.
A partir de 2011, a fraude vem se desenvolvendo apenas com informa-
es obtidas do Dirio Oficial do Estado da Bahia, impresso ou via inter-
net, onde so publicadas as pautas do Conselho de Fazenda Estadual
(Consef ).
Para executar essa ao foram mobilizados um total de 50 profi ssionais das
organizaes que compem a Fora-Tarefa.
OPERAO TEIA DE ARANHA
A fraude contra a administrao tributria foi praticada por um grupo de empre-
sas atuante no ramo de confeces e vendas de roupas femininas. As principais
fraudes detectadas foram:
Empresas que, apesar de possurem o mesmo nome fantasia, no possuam
o mesmo quadro societrio e no haviam sido constitudas na modalidade de
franquia empresarial
Empresas constitudas com a mesma razo social, que no possuam o mes-
mo quadro societrio
Empresas com razes sociais diferentes, estabelecidas no mesmo endereo
Outros elementos comprobatrios da existncia de estreitas ligaes entre
scios, contadores e procuradores com amplos poderes, alm de emprega-
dos como testemunhas dos contratos sociais e fi adores de empresas
Essas eram as prticas da organizao criminosa que, fazendo uso da in-
terposio fi ctcia de pessoas, o popular scio laranja, constituiu empresas
visando sonegao de impostos e ocultao de patrimnio, benefi ciando-se
da permanncia no Simples Nacional
A ao da Sefaz proporcionou o desenquadramento da maioria das empre-
sas do regime Simples Nacional e os crditos foram constitudos, existindo
um dbito atualizado de ICMS de mais de R$ 13 milhes
Apesar do combate empreendido pela Sefaz e tambm pela Procuradoria Geral
do Estado (PGE), atravs da Procuradoria Fiscal (Profi s), a organizao criminosa
continua agindo no mesmo ramo de atividade, tendo criado uma nova marca
OPERAO ESPELHO MGICO
A fraude contra a administrao tributria consistia na prtica de subfaturamen-
to em 50%. A diferena entre esses valores resultou no surgimento de uma
contabilidade paralela, ordinariamente conhecida como caixa dois.
A estimativa do ICMS sonegado de R$ 2 milhes por ano no recolhidos aos
cofres pblicos estaduais.
-
15
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
OPERAO FARO FINO
A fraude contra a administrao tributria foi perpetrada por uma organi-
zao que atua no ramo de comrcio atacadista e varejista de produtos
alimentcios em geral, tendo feito uso da interposio fictcia de pessoas,
visando a sonegao de impostos e a ocultao de patrimnio. O grupo
composto por nove empresas constitudas com interpostas pessoas nos
quadros societrios e com fortes vnculos entre si, tais como: existncia de
procuradores com amplos poderes para administrar empresas; scios que
esto registrados como empregados de empresas do grupo; vnculos por
contrato de locao, onde o suposto responsvel e familiares figuram sem-
pre como fiadores, locadores ou locatrios dos imveis sede das empresas;
vnculos por endereo de scios, onde se verifica que um mesmo endereo
era declarado para diversos scios; vnculos por endereo das empresas,
onde se configura o fato de que, s vezes, funcionavam, ao mesmo tempo,
duas empresas em um mesmo endereo; e vnculos por parentesco entre
os scios; declaraes de scios supostamente laranjas, que informaram
desconhecer a existncia da empresa da qual eram scios.
O modus operandi da organizao consistia em constituir empresas, em nome
de interpostas pessoas, com um ciclo de vida muito curto, com o propsito de
sonegao fi scal nas atividades comerciais de compra e venda de mercadorias,
tendo em vista a inobservncia das exigncias tributrias.
Em pouco tempo, as empresas se tornavam inaptas por no terem sido
localizadas ou por no terem prestado informaes Sefaz, antes mesmo
de sofrerem qualquer fiscalizao. Outras vezes, quando essas empre-
sas eram objeto de algum tipo de ao fiscal que resultasse em lana-
mento de crdito tributrio, simplesmente fechavam as portas e seus
scios desapareciam. Foram fiscalizadas algumas empresas da organiza-
o, sendo constitudos, na oportunidade, crditos tributrios em torno de
R$ 19,6 milhes.
OUTRAS AES DO SETOR DE INTELIGNCIA FISCAL
Realizao de 6 (seis) Operaes em Fora-Tarefa
Encaminhamento de 93 (noventa e trs) Notcias-Crimes ao MP no montante
de R$ 62.876.776,90
Emisso de 16 (dezesseis) Relatrios de Inteligncia Fiscal e 57 (cinquenta e
sete) de outros produtos de inteligncia
ATUAO DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO EM FORA-TAREFA
Propositura de Ao Cautelar Fiscal n 0010835-67.2012.805.0113 e
n 0000466-43.2012.805.0265;
Propositura de Ao Cautelar de Exibio de Documentos (Quebra de Sigilo
Bancrio)
Expedio de 457 (quatrocentos e cinquenta e sete) Notifi caes de
Contribuintes e representantes legais, entre setembro e dezembro de 2012,
informando Notcia Crime
Realizao de 3 (trs) intervenes em Ao Penal por Crime contra a Ordem
Tributria
Preparao de Minutas de Decretos Judicirios para Leilo Antecipado e
Depositrio de bens apreendidos e seqestrados em processos penais por
crime contra a ordem tributria
Elaborao de 43 (quarenta e trs) peties diversas e recursos
Expedio de 6 (seis) ofcios para rgos administrativos e judiciais
Expedio de 50 (cinqenta) despachos em processos administrativos
Ajuizamento de 6 (seis) aes rescisrias perante o Tribunal de Justia
AES DO SETOR DE PETRLEO
A arrecadao do segmento Petrleo, com gesto da COPEC (Coordenao de
Petrleo e Combustveis) registrou o montante de R$ 2,805 bilhes em 2012,
com incremento de 0,81% em relao ao exerccio de 2011. Acrescentando o
valor de ICMS-ST de contribuintes interestaduais do segmento de Petrleo
-
16
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
(R$ 287,4 milhes), a arrecadao do segmento Petrleo registrou o montante
de R$ 3,089 bilhes em 2012, representando 22,1% do total arrecadado pelo
Estado da Bahia, sendo o segmento econmico com maior participao nas
receitas estaduais.
Analisando-se o subsegmento Petrleo Extrao e Refi no em comparao com
o exerccio de 2011, houve um incremento de 2,00% (sendo que na explora-
o de gs natural houve um incremento de 48,28%, em contrapartida queda
no consumo de GLP). O subsegmento Distribuio de Derivados GLP registrou
queda de 28,07%, e o subsegmento Distribuio de Derivados, registrou queda
de 19,25%, por conta do aumento do preo do etanol hidratado versus conge-
lamento do preo da gasolina, que resultou no arrefecimento do consumo des-
te produto e consequentemente na queda da arrecadao das Distribuidoras
de Combustveis integrantes deste subsegmento.
A COPEC atingiu, em 2012, 100,22% da meta estabelecida, no cotejo entre o
realizado/previsto. O valor a ser alcanado foi fi xado em R$ 2,797 bilhes e
obtidos R$ 2,803 bilhes.
No que se refere s quantidades faturadas pela Petrobrs, o quadro abaixo
demonstra o incremento percentual signifi cativo em todos os derivados de pe-
trleo, excluindo-se o querosene de aviao QAV.
A gasolina A registrou um grande percentual de crescimento por conta da re-
duo no consumo do etanol hidratado, em razo da elevao dos preos nas
bombas de combustveis para o consumidor e congelamento do preo da ga-
solina (em virtude de poltica econmica nacional). O elevado preo do etanol
hidratado, motivado entre outros fatores pela quebra de safra devido a condi-
es climticas, fez com que o produto perdesse espao para a gasolina. As
vendas de etanol hidratado foram 24,02% menores em 2011 (em 2011 j tinha
cado em 27% comparado com 2010), em contrapartida, o consumo do etanol
anidro, que adicionado gasolina aumentou.
O aumento do preo do lcool anidro levou a um aumento do consumo de ga-
solina no pas, que fechou o ano em alta de 32,19% sobre 2011, ano em que j
havia sido registrado crescimento da ordem de 19%.
O leo combustvel, por sua vez, encerrou o ano com o maior percentual de
crescimento nas quantidades faturadas pela Petrobras, em 100,88%, fato justifi -
cado pelo aumento das demandas das termoeltricas.
A partir do ms de abril de 2011, atravs do Decreto 11.807/09, a tributao
da nafta, tanto importada como produzida pela Petrobras foi diferida para o
momento da sada dos produtos resultantes de sua industrializao. Por con-
seguinte, verifi cou-se a reduo da arrecadao deste produto na conta da
Petrobras e conseqente deslocamento para os recolhimentos da Braskem,
fato que resultou em aumento da arrecadao deste contribuinte no percentu-
al de 242,09% comparando-se os exerccios de 2011/2010, e de 2012/2011 um
aumento de 26,87%.
A COPEC adotou diversas aes objetivando o combate sonegao do pro-
duto lcool hidratado entre as quais destacam-se:
Fiscalizao intensiva e permanente nas Distribuidoras com utilizao da nota
fi scal eletrnica
Regime especial celebrado com a Petrobras para viabilizar o recebimento de
passivo tributrio no valor de 100 milhes
Fiscalizao nas Usinas Produtoras de lcool
PRODUTO 2011 2012 % BAHIA
GLP 504.232 526.360 4,39
GASOLINA A 1.475.292 1.950.238 32,19
LEO DIESEL 3.449.033 3.960.286 14,82
QAV 403.710 390.003 -3,40
LEO COMB. 228.270 458.539 100,88
-
17
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
Gesto junto ao Poder Judicirio para agilizar o julgamento das liminares ob-
tidas pelos sujeitos passivos
Parceria com o SINDICOM para ingressarem nas aes judiciais como ami-
cus curiae ou assistente em litis consrcio ativo
Cancelamento das inscries estaduais das empresas sob suspeita
Operao de fi scalizao intensiva nos Postos Revendedores de Combustveis
(Operao Solidariedade) Crdito Reclamado de R$ 13 milhes
Exigncia de base prpria no Estado (ANP no exige)
Cancelamento da inscrio estadual quando o passivo tributrio sem garantia
for superior ao capital social da empresa
Alterao da sujeio passiva das operaes com lcool em 16/12/2012
Instituio da compra confi rmada (Usinas Distribuidoras), e Confi rmao
Eletrnica de Recebimento (Postos Revendedores)
Alm disto, destacam-se as seguintes aes para todos os segmentos:
Mudana da fi losofi a do tempo presente, passando cada uma das maiores
empresas (arrecadao) a ser acompanhada por um Auditor Fiscal, garantin-
do um monitoramento em tempo real de 98% da arrecadao da COPEC, no
total de 15 empresas
Operao Auditoria Parametrizada, visando evitar que houvesse decadncia
de algum exerccio, dentre os 40 maiores contribuintes da unidade, que per-
faz aproximadamente 99% da arrecadao do segmento
Estudo do novo RICMS x Antigo Regulamento (Seminrio realizado com todos
agentes do grupo fi sco lotados na COPEC)
Realizao de Seminrio Nacional sobre aes fi scais nas Refi narias, com
participantes do Grupo Fisco de todas as Unidades Federadas que possuem
Refi naria
Realizao de reunies trimestrais (Frum de Combustveis), com a partici-
pao da ANP, Ministrio Pblico, Receita Federal, Policia Civil e Rodoviria,
Sindicom, Sindicombustveis
Incio da elaborao de Manual de Petrleo e Combustveis, com objetivo de
disponibilizar as informaes sobre este segmento em toda SEFAZ-BA
O total de Autos de infrao e Notifi caes Fiscais Lavradas pela equipe da
COPEC, em 2012, foi de R$ 142.268.215,10 (em valores histricos).
1.3 AES IMPLEMENTADAS NA REA FINANCEIRA
CUMPRIMENTO DAS METAS FISCAIS PAF 2012-2014
Em cerimnia realizada no Palcio do Planalto, foi assinada no fi nal do ms de
novembro, a 12 reviso do Programa de Reestruturao e Ajuste Fiscal PAF
para o trinio 2012-2014. A Bahia cumpriu as metas principais e, alm de no
sofrer sanes como o impedimento de realizar operaes de crdito e rece-
ber transferncias voluntrias, o desempenho obtido possibilitou a ampliao
do limite de emprstimos do Estado em cerca de R$ 5,5 bilhes para obteno
de recursos para fi nanciar novos investimentos.
O PAF resultante de um acordo entre a Unio e o Estado, fi rmado em de-
zembro de 1997, com o objetivo de refi nanciar, pelo Tesouro Nacional, parte da
dvida pblica existente naquela data, mediante um monitoramento da situao
fi nanceira do Estado. Anualmente analisado o cumprimento das metas pac-
tuadas para o exerccio anterior e so acordadas novas metas para o trinio
seguinte ltima reviso.
METAS 2011-2013
O Programa de Reestruturao e Ajuste Fiscal composto por metas princi-
pais e metas acessrias. As metas principais so defi nidas pela relao entre
Dvida Financeira e Receita Lquida Real e pelo Resultado Primrio. As metas
acessrias so defi nidas pela relao entre Despesa de Pessoal e Receita
Corrente Lquida; Receitas de Arrecadao Prpria; Reforma do Estado, Ajuste
Patrimonial e Alienao de Ativos e, por fi m, Despesas de Investimentos/Receita
Lquida Real.
-
18
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
Uma das metas principais do PAF, a relao entre Dvida Financeira e Receita
Lquida Real, foi pactuada em 0,51 (2012), 0,46 (2013) e 0,42 (2014). A situa-
o confortvel da Bahia pode ser comprovada pela relao entre Dvida
Consolidada Lquida (DCL) e Receita Corrente Lquida (RCL), que correspondeu
a 0,40 no 2 quadrimestre de 2012.
OPERAES DE CRDITO
No acordo fi rmado, foi dada a autorizao para 11 novas operaes de crdito.
Destacam-se em montantes, dentre outras operaes, a operao PROINVESTE,
a operao PROSEGURANA e a operao PRODEPRO.
A primeira, de R$ 1.487,69 milhes com o BNDES (Banco Nacional de Desen-
volvimento Econmico e Social) fi nanciar o Programa de Apoio ao Investimento
dos Estados e do Distrito Federal, cujo objetivo aumentar a capacidade de
investimentos dos Estados e do Distrito Federal.
A segunda, de R$ 1,125 milhes, com o Banco do Brasil, fi nanciar aes em
infraestrutura logstica e de telecomunicaes, energia, meio ambiente, cincia,
tecnologia e inovao, urbanizao e sustentabilidade, indstria, minerao, se-
gurana, servios estratgicos e cadeias produtivas do agronegcio.
E a terceira, de R$ 800 milhes com o BNB (Banco do Nordeste do Brasil) fi nan-
ciar o Programa de Desenvolvimento Produtivo voltado para mitigar os garga-
los em infraestrutura econmica, ampliar atrao de investimentos e aumentar
as exportaes.
Foram assinadas duas importantes operaes de crdito internacionais
que resultaro em impactos positivos para o desenvolvimento do Estado. O
Banco Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento BIRD emprestou
US$ 700,0 milhes para fi nanciar o Programa de Incluso Social e Desenvolvimento
Scio Econmico do Estado da Bahia PROINCLUSO. Constitui-se no fi nancia-
mento de programas estruturantes, relativos aos esforos de incluso social e
produtiva para o crescimento sustentvel, fortalecimento do planejamento e da
gesto do setor pblico e amortizao de parte da dvida interna com a Unio.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento BID emprestou US$600,0 mi-
lhes para fi nanciar o Programa de Consolidao do Equilbrio Fiscal para o
Desenvolvimento do Estado da Bahia PROCONFIS II. Os recursos sero apli-
cados no fortalecimento do equilbrio fi scal do Estado, com ampliao da sua
capacidade de investimento, no aperfeioamento da capacidade tcnica de
gesto governamental e na realizao dos investimentos necessrios para a in-
fraestrutura adequada a grandes eventos, com efeito sobre o desenvolvimento
econmico do Estado.
PRECATRIOS
Conforme determina a Emenda Constitucional n 62, de 09 de dezembro
de 2009, e a opo de pagamento anual em 15 anos feita atravs do De-
creto n 11.995/2010, o Estado depositou em dezembro de 2011 o valor de
R$ 48.372.726,45 (quarenta e oito milhes, trezentos e setenta e dois mil, se-
tecentos e vinte e seis reais e quarenta e cinco centavos) em conta especfi ca
aberta pelo Tribunal de Justia para esta fi nalidade, com base no saldo de pre-
catrios devidos em 2011. Faz-se necessrio observar que o valor supracitado
correspondeu aos 50% destinados aos pagamentos da ordem cronolgica.
Em relao parcela de 1/13, relativa ao exerccio de 2012, o Estado da Bahia
depositou um montante de R$ 157.365.485,91 (cento e cinqenta e sete milhes,
trezentos e sessenta e cinco mil, quatrocentos e oitenta e cinco reais e noventa
e um centavos). Os valores repassados em 28/12/2012 foram assim distribudos:
Tribunal Regional Trabalho TRT 5 Regio foram repassados
R$ 13.165.854,52 (treze milhes, cento e sessenta e cinco mil, oitocentos
e cinquenta e quatro reais e cinqenta e oito centavos), sendo 50% para
pagamento dos precatrios constantes da ordem cronolgica no valor de
R$ 6.582.927,26 (seis milhes, quinhentos e oitenta e dois mil, novecentos
e vinte e sete reais e vinte e seis centavos) e os outros 50% para o paga-
mento dos acordos
-
19
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
Tribunal de Justia do Estado da Bahia TJ/BA foram repassados
R$ 144.059.845,00 (cento e quarenta e quatro milhes, cinquenta e nove mil,
oitocentos e quarenta e cinco reais), sendo tambm divididos 50% para paga-
mento dos precatrios da ordem cronolgica no valor de R$ 72.029.922,50
(setenta e dois milhes, vinte e nove mil, novecentos e vinte e dois reais e
cinquenta centavos) e 50% para o pagamento dos acordos
Tribunal Regional Federal TRF 1 Regio foi realizado um depsito no
valor de R$ 139.786,39 (cento e trinta e nove mil, setecentos e oitenta e seis
reais e trinta e nove centavos) para pagamento dos precatrios da ordem
cronolgica
Alm dos valores supracitados, foram tambm repassados, em outubro de
2012, ao TJ/BA a diferena referente parcela de 1/15 e 1/14, no montante de
R$ 3.175.788,51 (trs milhes, cento e setenta e cinco mil, setecentos e oitenta
e oito reais e cinqenta e um centavos), assim como o valor de R$ 13.548.077,11
(treze milhes, quinhentos e quarenta e oito mil, setenta e sete reais e onze
centavos), relativo parcela de 1/14 do TRT, que no havia sido repassada em
2011 por falta de informao do prprio Tribunal.
Assim sendo, o total pago a ttulo de precatrios no exerccio 2012 foi de
R$ 174.089.351,53 (cento e setenta e quatro milhes, oitenta e nove mil, trezen-
tos e cinqenta e um reais e cinqenta e trs centavos).
Outras atividades:
Elaborao e apresentao de estudos do comportamento das receitas e
despesas do Estado, com nfase nas fontes de recursos do Tesouro, visando
promoo de ajustes na execuo oramentria e fi nanceira de 2013, ne-
cessrios ao equilbrio fi scal das contas pblicas para realinhamento, frente
aos efeitos da crise fi nanceira mundial, promovendo ajustes e reduo nas
despesas de custeio
Publicao do Decreto n 13.869, de 02 de abri de 2012, estabelecendo pro-
cedimentos a serem adotados pelos rgos e entidades da Administrao
Pblica Estadual para a manuteno da regularidade jurdica, fi scal, econ-
mico-fi nanceira e administrativa, para manter o Estado e suas unidades em
situao regular no Cadastro nico de CAUC e no Cadastro Informativo de
Crditos no Quitados do Setor Pblico CADIN
Participao de dois servidores da DEPAT no 1 Frum Interestadual de
regularidade jurdica, fiscal, econmico-financeira e administrativa, rea-
lizado em Porto Alegre-RS e na segunda edio do mesmo Frum rea-
lizado em Belo Horizonte-MG, visando o intercmbio de informaes e
experincias no controle da manuteno da regularidade jurdica, fiscal,
econmico-financeira e administrativa, para manter o Estado e suas uni-
dades em situao regular no Cadastro nico de Convnio CAUC e no
Cadastro Informativo de Crditos no Quitados do Setor Pblico Federal
CADIN. Preparao para realizao do 3 Frum em Salvador com o
patrocnio do Estado da Bahia
Implantao em carter experimental da arrecadao das receitas no
tributrias utilizando o Documento de Arrecadao Estadual DAE, visan-
do otimizao e centralizao da arrecadao estadual. Alm de permitir
maior controle e a implantao da conta nica, outros ganhos decorrero
como o controle de cobranas de multas por autarquias e a inscrio
da dvida ativa no tributria do estado, possibilitando a cobrana judi-
cial, fato este que ir impactar positivamente nas aes de rgos como
DETRAN, PROCON, AGERBA e outros que necessitam impor o seu poder
de polcia administrativa
Controle e liberao de crditos suplementares por supervit fi nanceiro de
diversas fontes de recursos vinculados que se encontravam h anos sem
liberao (FIES e FEASPOL). Essa soluo, alm de atender legislao que
defi ne os repasses, elimina pontos de auditorias recorrentes realizadas pelo
Tribunal de Contas
Eliminao de pontos de auditoria apontados pelo Tribunal de Contas do
Estado da Bahia TCE, decorrente da implantao das aes propostas pela
Comisso Estadual de Aes Corretivas e Preventivas de Ressalvas (Decreto
N 12.474, de 24/11/2010) que realizou estudos no sentido de propor mudan-
as de procedimentos para atender s diversas orientaes daquela Corte
de Contas.
-
20
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
MELHORIA DA QUALIDADE DO GASTO PBLICO
Foi publicado em 21 de novembro de 2012 o Decreto 14.211 que dispe sobre
a utilizao gerencial do Sistema de Apropriao de Custos Pblicos ACP e
da implantao de Ncleos de Gesto de Custos no mbito da Administrao
Pblica do Poder Executivo Estadual.
O Decreto faz parte de um projeto desenvolvido no mbito do Curso de
Especializao em Administrao Financeira Governamental (UFBa) contratado
pela SEFAZ e que tem por objetivo incentivar a utilizao gerencial das informa-
es de custo do ACP. Entre as aes previstas, destaca-se a recomendao
para o registro semestral de Relatrios de Anlise de Custos no prprio ACP, a
partir da utilizao de Consultas Gerenciais do sistema, com o objetivo de geren-
ciar o comportamento dos itens de custo previstos no Anexo nico do Decreto.
REDESENHO DOS PROCESSOS
Objetivando dotar a rea financeira do Estado de instrumentos de gesto
que, de forma integrada, forneam as condies objetivas para garantir
que as receitas arrecadadas sejam aplicadas de forma mais racional, mais
gil e mais segura, alm de melhorar os controles, est em andamento na
Superintendncia de Administrao Financeira da Secretaria da Fazenda a
reviso e implantao do redesenho de todos os processos da rea finan-
ceira do Poder Executivo do Estado.
O projeto est lastreado em trs pontos: pessoas, processos e tecnologia.
No mbito das pessoas ser sugerida a criao de cargos permanentes espe-
cfi cos para a rea, bem como defi nidos os requisitos tcnicos e as qualifi ca-
es necessrias para o desempenho das funes assim como para assumir
os cargos tcnicos de direo e gesto. Outro ponto importante a criao do
programa de capacitao permanente, que atender s necessidades gerais e
s necessidades especfi cas das unidades.
Quanto aos processos sero revistos todos os atuais e includos novos, a exem-
plo de controle das estatais dependentes, gesto de custos, monitoramento
das transferncias constitucionais, implantao do controle interno da rea fi -
nanceira e controle dos valores e ttulos mobilirios. Com base nos processos
redesenhados ser defi nida uma nova estrutura organizacional de forma que o
fl uxo das aes seja mais efi ciente.
No que concerne tecnologia ser realizado o mapeamento da infraestrutura
tecnolgica e informacional que suporta os processos atuais; diagnosticar a
arquitetura de TI atual da SAF e propor uma nova arquitetura; sugerir melhorias
nos sistemas atuais e propor solues de TI para os novos processos desenha-
dos; e propor melhorias nos sistemas de Transparncia da Gesto Financeira e
de automao dos relatrios da LRF.
No campo da gesto ser proposta a defi nio de metas e indicadores para
aferio de resultados.
O DESAFIO DA ADAPTAO DO SISTEMA FIPLAN
As alteraes efetivadas no Sistema FIPLAN-Bahia aprimoraram a ferramenta
original, oriunda do Estado do Mato Grosso, permitindo uma melhor gesto
oramentria, fi nanceira, contbil e patrimonial no mbito da Administrao
Pblica Estadual, inclusive com a possibilidade de abranger as empresas p-
blicas e as sociedades de economia mista no dependentes integrantes da
estrutura governamental. O sistema est plenamente adequado s exigncias
da Secretaria do Tesouro Nacional, em funo de contemplar o novo Plano de
Contas Aplicado ao Setor Pblico PCASP.
O foco do primeiro semestre de 2012 foi concluir o desenvolvimento e
a respectiva homologao do mdulo que tratava do Plano de Trabalho
Anual e da Lei Oramentria Anual. A entrada em produo ocorreu em
julho e permitiu a elaborao da proposta oramentria para o exerccio
de 2013.
-
21
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
No segundo semestre o foco se voltou para os mdulos da execuo ora-
mentria propriamente dita: modifi cao programtica e oramentria, cadas-
tramento da despesa, execuo da receita, programao fi nanceira e execuo
da despesa.
O mdulo de modifi cao programtica e oramentria foi adequado aos pro-
cessos de gesto oramentria em vigor no Estado da Bahia e possibilita a
implementao das alteraes programticas e oramentrias necessrias para
a execuo do Oramento, inclusive contingenciamento.
As funcionalidades do Sistema de Gesto de Gastos Pblicos (SIGAP) foram
absorvidas e customizadas no FIPLAN, atravs do mdulo de Cadastramento
da Despesa onde ocorre o lanamento dos instrumentos contratuais e as previ-
ses de despesa. Neste mdulo foi implementada a integrao com o sistema
SIMPAS/SAEB que permitir maior controle sobre as despesas e melhor plane-
jamento dos gastos pblicos.
Merece destaque o trabalho desenvolvido na customizao do mdulo da exe-
cuo da receita que registra e controla as receitas pblicas oramentrias,
tributrias e no tributrias, bem como as receitas extraoramentrias e de-
mais ingressos. Foram aprimoradas as rotinas de integrao com o Sistema
Integrado de Gesto da Administrao Tributria SIGAT para transferncia
automtica dos dados.
O importante instrumento da programao fi nanceira foi adequado realida-
de do Estado da Bahia e possibilita as movimentaes necessrias para dar
suporte execuo do oramento, abrange as postergaes, antecipaes e
descentralizaes de recursos necessrios s adequaes do oramento ini-
cial ao dia a dia das despesas do Estado, pautadas sempre no equilbrio fi scal
e na anlise do fl uxo de caixa.
Um dos mdulos centrais do sistema tratou da execuo das despesas pblicas.
Foram implementadas melhorias signifi cativas em relao ao produto oriundo
do Mato Grosso, inclusive inovaes tecnolgicas como a integrao com
a nota fiscal eletrnica de mercadorias e tambm com a nota fiscal de servi-
os da Prefeitura Municipal de Salvador. Tais integraes elevam o grau de
controle das despesas pblicas e esto alinhadas com os novos conceitos
da contabilidade pblica. O mdulo responsvel pelas funcionalidades
correspondentes s execues oramentria e extraoramentria da des-
pesa, desde o registro do crdito oramentrio inicial at a realizao dos
pagamentos.
O trabalho no se encerra com a implantao em janeiro de 2013, pois, no
processo de adequao desenvolvido durante o ano de 2012, foram identi-
ficadas melhorias e alteraes, que, por estratgia de limitao de escopo,
no puderam fazer parte da verso inicial. Encontram-se j especificadas
funcionalidades de planejamento e de monitoramento e avaliao da exe-
cuo oramentria que sero desenvolvidas e includas no sistema em
verses posteriores.
PREPARAO PARA A IMPLANTAO DO FIPLAN
Para a Diretoria da Contabilidade Pblica DICOP, 2012 foi o ano de prepara-
o para a implantao do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade
e Finanas o FIPLAN. Cumprindo seu planejamento estratgico elabora-
do no ano anterior, a DICOP atuou com o foco na preparao de sua equipe
para o novo sistema. Essa preparao envolveu as trs Gerncias da DICOP:
Gerncia de Anlises e Operaes Contbeis GERAC; Gerncia de Controle
e Orientao GECOR e a Gerncia de Normas GENOR.
Atuando em conjunto com a equipe de implantao do FIPLAN, a GERAC
teve como responsabilidade principal a preparao do Sistema de
Informaes Contbeis e Financeiras SICOF para a migrao dos dados
para o FIPLAN. Definindo as regras de migrao dos dados dos credores,
Unidades Gestoras, saldos de Restos a Pagar, dentre outras, a Gerncia
manteve suas atividades de manuteno e adequao do SICOF. Alm
-
22
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
dessas atividades, a GERAC, em parceria com a Superintendncia de
Administrao Tributria SAT, implantou a extenso do uso do Documento
de Arrecadao Estadual DAE para as arrecadaes no tributrias, que
inovou a sistemtica de recolhimento dessas receitas, possibilitando um
melhor controle das entradas de recursos.
A Gerncia de Controle e Orientao GECOR teve suas aes em 2012 vol-
tadas para o acompanhamento e orientao das 836 Unidades Gestoras do
Estado da Bahia, a fi m de realizar os ajustes contbeis necessrios para o en-
cerramento do exerccio, incluindo uma depurao dos lanamentos contbeis
para eliminao dos saldos dos subgrupos de Valores Pendentes.
Os normativos necessrios para a implantao do FIPLAN, bem como a tran-
sio para a Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico foram elaborados pela
Gerncia de Normas GENOR. Dentre as mais importantes, destaca-se o
Decreto n 14.125, de 6 de setembro de 2012, que institui o FIPLAN.
Alm da participao na homologao do FIPLAN, a equipe da DICOP atuou
tambm na capacitao dos servidores para a implantao do novo sistema
em 2013. Com a importante parceria da Polcia Militar do Estado da Bahia, a
DICOP cedeu 2 dos seus instrutores para participar e organizar, junto com a
Universidade Corporativa da SEFAZ, as turmas que capacitaram mais de mil
servidores em todo o Estado.
-
23
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
NOTAS EXPLICATIVAS S DEMONSTRAES CONTBEISCONSOLIDADAS DO ESTADO DA BAHIA 2
2.1 CONTEXTO OPERACIONAL
Com o objetivo fi nal de promover o bem pblico, o Estado desempenha uma srie de funes por meio de rgos, fundos e entidades que compem o Oramento Fiscal e Seguridade Social. Com base na Lei 101/2000 (Lei de Respon-
sabilidade Fiscal), integram o Balano Consolidado do Estado, as seguintes uni-
dades contbeis: rgos da Administrao Direta do Poder Executivo, do Poder
Legislativo e do Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica, todos
os Fundos e Entidades que integram a Administrao Indireta, sendo 19 (dezenove)
Autarquias, 7 (sete) Fundaes e 7 (sete) Empresas Estatais Dependentes.
2.2 PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTBEIS
Como j salientado, com o advento da Lei Complementar 101/2000, as de-
monstraes contbeis consolidadas tornaram-se obrigatrias.
O objetivo maior das demonstraes consolidadas demonstrar como se fos-
se uma nica entidade contbil, a real situao oramentria, fi nanceira, pa-
trimonial e de resultado do Estado constitudo de vrias entidades interliga-
das, eliminando os saldos de transaes e de participaes entre entidades
que formam a unidade de natureza econmico-contbil. Tal tcnica dever ser
implantada integralmente no prximo exerccio quando da implantao do novo
sistema informatizado de Contabilidade.
A Contabilidade do Estado vem sendo executada pelo Sistema de Informaes
Contbeis Financeiras SICOF, cuja gestora a Diretoria da Contabilidade
da Superintendncia de Administrao Financeira da Secretaria da Fazenda
SEFAZ/SAF/DICOP que consolida os Balanos e Demonstrativos das Unida-
des. A escriturao est mantida em registros permanentes, de acordo com as
prticas contbeis adotadas no Brasil, em observncia s disposies contidas
na Lei 4320/64 e incorporam as mudanas introduzidas por intermdio da Lei
101/2000 complementada pelas orientaes contidas nas Portarias Federais.
2.3 PRINCIPAIS FONTES DE CRITRIO
Para elaborao destas Demonstraes, foram observados os dispositivos legais:
2.3.1 A Lei Federal n 4.320/64, que estatui normas de Direito Financeiro para
elaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos
Municpios e do Distrito Federal.
2.3.2 A Lei Complementar Federal n 101/2000 Lei de Responsabilidade
Fiscal estabelece que as demonstraes contbeis compreendero, isolada
-
24
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
e conjuntamente, as transaes e operaes da cada rgo, fundo ou entidade
da administrao direta, autarquia e fundao pblica, inclusive empresa estatal
dependente.
2.3.3 A Lei Estadual n 2.322/66, que disciplina a administrao fi nanceira,
patrimonial e de material do Estado da Bahia.
2.3.4 O Decreto Estadual n 7.921/2001, que aprova o Regimento da Secre-
taria da Fazenda, e este que estabelece a competncia da Diretoria da Con-
tabilidade Pblica DICOP, da Superintendncia de Administrao Financei-
ra SAF, da Secretaria da Fazenda, para elaborar o Balano Consolidado, os
Anexos exigidos pela Lei n 4.320/64 e os relatrios da execuo oramentria,
fi nanceira e patrimonial.
2.3.5 As Portarias Federais, que padronizam os procedimentos contbeis or-
amentrios nos trs nveis de governo, conforme estabelece o artigo 50 da Lei
Complementar n 101, de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal.
2.4 APRESENTAO DE DADOS
Os dados destes Relatrios esto apresentados em valores nominais, exceto nos
tpicos em que foram indicados ndices de atualizao monetria especfi cos.
2.5 DIRETRIZES ORAMENTARIAS QUE AFETAM A CONTABILIDADE
Os Oramentos Fiscal e da Seguridade Social foram executados considerando
as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas, con-
forme estabelece o artigo 35 da Lei 4320/64.
Cabe mencionar que a Contabilidade do Estado no registra o sistema ora-
mentrio pelo mtodo da partida dobrada, evidenciando no SICOF as informa-
es oramentrias para elaborao dos demonstrativos que utilizam as infor-
maes oramentrias.
2.6 PRINCIPAIS PRTICAS CONTBEIS
2.6.1 Disponvel Registra os valores em caixa e em bancos, que representam
recursos com livre movimentao para aplicao nas operaes das unidades.
Para fi ns de demonstrao individual, a conta nica escritural estabelecida pelo
Tesouro Estadual, Unidade Central de Programao Financeira, integra o sub-
grupo do Disponvel.
As disponibilidades so mensuradas pelo valor original, e convertidas as moe-
das estrangeiras em moeda nacional, taxa de cmbio vigente.
2.6.2 Recursos Vinculados Representam o somatrio dos valores numerrios
depositados em contas bancrias, cuja movimentao obedece a disposies
legais, regulamentares, de convnios ou contratuais.
2.6.3 Realizvel Os direitos classifi cados no Realizvel foram avaliados pelo
valor de realizao, considerando tambm a incluso das Transferncias vindas
da Unio, a exemplo de parte da cota do Fundo de Participao dos Estados
FPE, Contribuio de Interveno no Domnio Econmico CIDE e Imposto
sobre Produtos Industrializados IPI que foram contabilizados mensalmente
como um Direito a Receber no Ativo Realizvel, tendo como contrapartida a
conta Variao Ativa Independente da Execuo Oramentria.
2.6.4 Valores Pendentes Registram os valores pagos e no classifi cados por
pendncias de informaes operacionais ou detalhamentos, cujas condies
estejam legalmente amparadas.
2.6.5 Investimento Os Investimentos em empresas controladas pelo Estado,
considerando aqui apenas as empresas estatais no dependentes, foram ava-
liados, em 31 de dezembro de 2012, com base no mtodo da Equivalncia Pa-
trimonial, considerando o valor percentual de participao do investimento em
-
25
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
relao ao patrimnio lquido dessas empresas. A avaliao das participaes socie-
trias, relativas s Empresas Estatais no Dependentes, pelo mtodo da equivaln-
cia patrimonial, obedece ao que estabelece as Normas Brasileiras de Contabilidade
Pblica elaboradas no mbito do Conselho Federal de Contabilidade CFC (NBC
T 16.10, aprovada pela Resoluo 1.137 de 21 de novembro de 2008) e a Instruo
CVM n 247, de 27 de maro de 1996, melhorando a confi abilidade das informaes
relativas aos grupos do Ativo Permanente, Passivo e Resultado Patrimonial.
2.6.6 Imobilizado Os Bens Mveis esto registrados pelo custo de aquisio
e deduzidos pela depreciao acumulada. Os Bens Imveis esto sendo reava-
liados no Sistema de Controle de Bens Imveis gerenciado pela Secretaria de
Administrao.
2.6.7 Almoxarifado Os bens de consumo registrados no almoxarifado esto
avaliados pelo preo mdio mvel das compras estocadas, em 31 de dezembro
de 2012.
2.6.8 Crditos A Dvida Ativa Tributria do Estado est avaliada pelo valor
de recebimento, atualizado at 31 de dezembro de 2012. Entretanto, com base
na Portaria Federal n 564/2004 da Secretaria do Tesouro Nacional STN foi
utilizado o critrio da proviso para perdas provveis.
2.6.9 Restos a Pagar Os Restos a Pagar Processados de exerccios anteriores a
2012 no foram cancelados e seus saldos foram transferidos para o exerccio de
2013. Os Restos a Pagar no Processados, alguns, foram liquidados e outros ajusta-
dos permanecendo no Passivo Financeiro no exerccio de 2012. Para inscrio de
Restos a Pagar no Processados, em 2012, foram consideradas aquelas despesas
para as quais a liquidao j estava em andamento. Esse procedimento contribui
para uma melhor demonstrao da execuo oramentria do exerccio, alm de
diminuir a inscrio em Despesas de Exerccios Anteriores DEA.
2.6.10 Dvida Fundada Interna e Externa Foram avaliadas por seus sal-
dos devedores acrescidos dos juros de competncia de cada obrigao.
No caso da Dvida Externa, apurou-se o equivalente em moeda estrangeira,
que foi convertida para o real pela cotao de fechamento do dia 31 de
dezembro de 2012.
2.6.11 Precatrios Neste exerccio, foram reclassifi cados e atualizados os
valores da Administrao Direta e Indireta, provocando o aumento relevante na
Divida Consolidada do Estado com refl exo no Resultado Nominal.
2.6.12 Outras Obrigaes Foram avaliadas pelos valores a pagar em
31.12.2012, includos os juros e encargos, por estimativa, devidos at o fe-
chamento do ano.
2.6.13 Apurao do Resultado Abrange os resultados da execuo oramentria,
bem como as variaes independentes dessa execuo e as supervenincias e in-
subsistncias ativas e passivas, conforme estabelece o artigo 100 da Lei n 4320/64.
2.6.14 Uso de estimativas Foram estimadas despesas decorrentes de inscri-
o em Restos a Pagar No Processado e Servios da Divida a Pagar classifi ca-
das no grupo do Passivo Financeiro.
2.6.15 Despesas de Exerccios Anteriores As despesas realizadas e no empe-
nhadas no exerccio de 2012 foram registradas em conta especfi ca do Compensado.
2.7 AJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIORES
No exerccio de 2012, as operaes relativas aos fatos que afetaram resultados
de exerccios anteriores foram transferidas para o Resultado do Exerccio, con-
forme estabelece a Lei n 4.320/64.
2.8 CONVERSO DA MOEDA
A variao cambial dos saldos em moedas estrangeiras tem seus efeitos ajus-
tados mensalmente.
-
26
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
2.9 MUDANA DE CRITRIO CONTBIL
Segregao na Proviso de Dvida Ativa do valor referente parcela pertencen-
te aos municpios.
2.10 DESDOBRAMENTOS DE ITENS DAS DEMONSTRAES CONTBEIS
A - Balano Oramentrio
A.1 O Resultado do Balano Oramentrio Demonstra um supervit no
valor de R$ 1.605.995.838,00. Ressalte-se o impacto da Receita e Despesa
por Mutao no Resultado Oramentrio, uma das peculiaridades no setor
pblico quanto afetao patrimonial que transita no Resultado Oramen-
trio, a exemplo da Receita de Operao de Crdito realizada no exerccio
no valor de R$ 1.854.663.546,00, que influenciou positivamente o resultado
oramentrio.
A.2 Despesas Liquidadas no Exerccio Do total da despesa liquidada, no
montante de R$ 29.974.116.397,00, foram pagas R$ 28.942.695.426.00, equi-
valentes a 96,55%.
A.3 Receita Intraoramentria e Despesa Intraoramentria Registram as
operaes de receita e despesa que ocorreram na modalidade 91, entre as
unidades do Estado que compem os Oramentos Fiscal e Seguridade Social,
no exerccio de 2012.
B - Balano Financeiro
B.1 Resultado do Balano Financeiro Demonstra um supervit fi nanceiro de
R$ 2.121.464.623,00 apurado da forma a seguir:
Saldo de Caixa e Bancos do Exerccio de 2011 R$ 2.242.517.675,00
( -) Saldo de Caixa e Bancos do Exerccio de 2012 R$ 4.363.982.298,00
Supervit do Balano Financeiro R$ 2.121.464.623,00
B.2 Restos a Pagar O valor dos Restos a pagar, no Balano Financeiro,
difere do valor de inscrio de Restos a Pagar no Balano Patrimonial, pois
o valor dos Restos a Pagar exibido na coluna dos ingressos e desembolsos
do Balano Financeiro refere-se ao movimento de crditos e dbitos, res-
pectivamente, realizados na conta de Restos a Pagar que, devido ocor-
rncia de estornos e lanamentos diversos durante o exerccio, a exemplo
da liquidao dos RP no Processados, no representam respectivamente
as inscries, pagamentos e cancelamentos dessas obrigaes.
C - DEMONSTRATIVO DAS VARIAES PATRIMONIAIS
C.1 Resultado Patrimonial do Exerccio O Dfi cit registrado no exerccio no
montante R$ 52.031.488.701,00 foi infl uenciado de forma relevante pela ins-
crio da Provises Matemticas de Benefcios Concedidos e a Conceder do
Fundo Financeiro da Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Estado da
Bahia FUNPREV no valor de R$ 69.847.900.664,00.
D - Balano Patrimonial
D.1. ATIVO FINANCEIRO
D.1.1. Disponvel Caixa e Bancos O saldo credor da conta Recursos da
Administrao Indireta, corresponde a recursos pertencentes s indiretas que
compem o Sistema de Caixa nico no valor de R$ 52.766.790,00.
D.2. ATIVO PERMANENTE
-
27
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
D.2.1. Investimentos
O Estado da Bahia possui 7 (sete) Empresas Estatais no Dependentes e utiliza
o mtodo da Equivalncia Patrimonial para reconhecer os resultados alcana-
dos nessas empresas para o exerccio de 2012. As participaes avaliadas pelo
mtodo da Equivalncia Patrimonial esto representadas nas contas do Ativo
Permanente, no montante de R$ 5.397.181.179,00.
Ressalte-se a exceo da URBIS que, por estar com Patrimnio Lquido Ne-
gativo, a avaliao da participao est demonstrada em conta do Passivo
Permanente no valor R$24.152.470,00
D.2.2. Outros Bens, Crditos e Valores.
Dvida Ativa Tributria Os montantes registrados foram mensurados por seu
valor lquido de realizao (Balano Patrimonial no nvel 4), de forma a assegurar
a fi el demonstrao dos fatos contbeis ocorridos no exerccio. Para apurao
do valor lquido, com vistas evidenciao da incerteza de recebimento dos
crditos inscritos, foi apurada a Proviso para Perda de Dvida Ativa, conforme
determinao da Portaria n 564 da Secretaria do Tesouro STN. Para clculo
da Proviso, foi adotada a metodologia baseada no histrico de recebimentos
passados. Dos valores previstos para recebimento da Dvida Ativa Tributria, a
Dicop, a partir de 2011 vem fazendo a proviso da parcela referente ao direito a
receber dos municpios.
D.3. PASSIVO PERMANENTE
D.3.1. Dvida Fundada Externa e Interna Do saldo de R$ 10.992.540.182,00,
demonstrado no Balano Consolidado, a Unio representa o maior credor do
Estado com o montante R$ 5.654.209.781,00 oriundo de divida por contrato.
D.3.2. Outras Obrigaes DESENVALE A Procuradoria Geral do Estado
PGE, junto com a SEFAZ, vem adotando providncias para aperfeioar uma
metodologia para quantifi car e classifi car o risco fi nanceiro das aes judiciais
relacionadas DESENVALE.
oportuno mencionar que a PGE, atravs do Ncleo de Patrimnio e Meio Am-
biente da Procuradoria Judicial, constituiu um grupo de trabalho com o objetivo
de levantar nos cartrios todas as aes envolvendo matria patrimonial que o
Estado faz parte.
Conforme o Relatrio do Tribunal de Contas do Estado de acompanha-
mento de Gesto Fiscal do 1 quadrimestre de 2012 do Poder Executivo,
em 30/04/2012, o valor corrigido da obrigao alcanou o montante de
R$ 1.183.411.536,00.
D.3.3. Obrigaes Exigveis a Longo Prazo FUNPREV Provises Matem-
ticas Previdencirias
Provises Matemticas Previdencirias
FUNPREV
Fundo de Previdncia: ........................... .. R$ 82.955.457,00
Proviso Matemtica: ............................. .. R$ 109.525.804.253,00 (-)
Dfi cit-Tcnico Total: ........................... R$ 109.442.848.796,00
BAPREV
Fundo de Previdncia: ........................... .. R$ 743.417.685,00
Proviso Matemtica: ............................... R$ 211.610.329,00 (-)
Supervit-Tcnico Total: ...................... R$ 531.807.356,00
Com a edio da Lei Estadual n 10.955/2007, o Estado da Bahia adotou
proposta para o Equilbrio Financeiro e Atuarial do Regime Prprio de Pre-
vidncia Social dos Servidores Pblicos do Estado da Bahia constante do
Resultado da Avaliao Atuarial, que prev a segregao da massa de ser-
vidores em dois Fundos:
-
28
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
a) Fundo Previdencirio (BAPREV) para o pagamento dos benefcios previden-
cirios dos novos servidores pblicos estatutrios, civis e militares, que in-
gressarem no servio pblico a partir de 1 de janeiro de 2008, incluindo
seus dependentes; e
b) Fundo Financeiro (FUNPREV), para o pagamento dos benefcios previden-
cirios dos servidores pblicos estatutrios, civis e militares, ingressos no
servio pblico at 31 de dezembro de 2007, incluindo seus dependentes.
Avaliao Atuarial
O estudo matemtico-atuarial foi desenvolvido sobre a totalidade do universo
de servidores titulares de cargos efetivos aposentados e pensionistas.
Ressalte-se que houve mudana de critrio na apurao do resultado atu-
arial, a exemplo da taxa de juros atuariais nula para avaliao anual das
receitas do Fundo. Isso interferiu diretamente na Conta FUNPREV CAP,
destinada a constituir uma reserva para o Fundo Previdencirio Prprio do
Estado da Bahia mediante capitalizao do valor correspondente a 2% (dois
por cento) da Contribuio Patronal, mensalmente, assim como a fixao
da data focal da avaliao para o dia 31/12, j que nos exerccios anteriores
eram considerados at o ms de agosto.
Tal mudana provocou aumento relevante no passivo atuarial do FUNPREV e
do BAPREV contabilizado na conta Obrigaes Exigveis a Longo Prazo nos
valores de R$ 109.525.804.253,00 e R$ 211.266.783,68, respectivamente, per-
fazendo o total de R$ 109.737.071.037,00.
-
29
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
GESTO ORAMENTRIA3
A Gesto Oramentria decorre da formulao de um planejamento conciso, onde h a defi nio de parmetros e orientaes, a fi m de subsidiar os gestores de recursos pblicos na implementao de diversas polticas pblicas,
buscando sempre atender s necessidades da populao.
As bases oramentrias da gesto foram lastreadas em diversos instrumentos
constitucionais descritos a seguir:
Plano Plurianual PPA: o Plano Plurianual institudo pela Lei n 12.504, de 29 de
dezembro de 2011, para o perodo de 2012-2015, se constitui numa importante
pea do sistema de planejamento governamental defi nido pela Carta Magna,
estabelecendo de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas para
os dispndios e investimentos e as pertinentes aos programas de durao conti-
nuada. Assim, o Plano Plurianual constitui-se em instrumento intermedirio entre
o Planejamento Estratgico, de longo prazo, e os oramentos anuais.
Lei de Diretrizes Oramentrias LDO: as diretrizes oramentrias para o
exerccio fi nanceiro de 2012 foram estabelecidas pela Lei n 12.222, de 18 de
julho de 2011, contemplando prioridades e metas a serem alcanadas pelas
aes governamentais em conformidade com o disposto no 2 do art. 165
da Constituio Federal, no 2 do art. 159 da Constituio Estadual e na Lei
Complementar Federal n 101, de 04 de maio de 2000.
Lei Oramentria Anual LOA: o oramento de 2012 foi aprovado pela Lei
n 12.503, de 29 de dezembro de 2011, apresentando a estimativa da receita e a
fi xao da despesa nos termos das Constituies Federal e Estadual, e compatvel
com as aes estruturadas pelo PPA e com as diretrizes estabelecidas na LDO.
Cronograma de Execuo Mensal de Desembolso: foi estabelecido, pelo Decreto
Financeiro n 02 de 26 de Janeiro de 2012 com fundamento no disposto nos artigos
8 e 13 da Lei Complementar Federal n 101, de 04 de maio de 2000, nos artigos
47 a 50 da Lei Federal n 4.320, de 17 de maro de 1964, no art. 44 da Lei Estadual
n 12.222, de 18 de julho de 2011, objetivando assegurar o cumprimento das metas
fi scais na execuo dos oramentos fi scal e da seguridade social em conformidade
com o art. 11 da Lei Estadual n 12.503, de 29 de dezembro de 2011.
Neste tpico sero apresentados os principais dados referentes execuo oramen-
tria do exerccio, procedendo-se anlise e interpretao dos resultados prove-
nientes da realizao da receita e da despesa oramentrias, tendo como objetivo a
verifi cao do desempenho do Estado da Bahia na gesto oramentria em 2012.
3.1 BALANO ORAMENTRIO
O Balano Oramentrio o instrumento que demonstra a execuo oramen-
tria da entidade pblica e sua estrutura obedece ao modelo proposto pela Lei
-
30
DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2012
Federal n 4.320/64, apresentando uma confi gurao em duas sees onde
so demonstradas as receitas previstas e as despesas fi xadas, em confronto
com os ingressos oramentrios e as despesas empenhadas. A partir da com-
parao ent