GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ - famaz.edu.br · Tipos de Marcha 1. Marcha helicópode, ceifante, em...

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental. Laboratório de Habilidades Médicas Belém - Pará 2016

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  • GOVERNO DO ESTADO DO PAR

    Centro de Cincias Biolgicas e da Sade

    Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental.

    Laboratrio de Habilidades Mdicas

    Belm - Par

    2016

  • 1

    GOVERNO DO ESTADO DO PAR Centro de Cincias Biolgicas e da Sade

    Laboratrio de Habilidades Mdicas Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental.

    Reitor da UEPA:

    Prof. Dr. Juarez Antnio Simes Quaresma

    Vice Reitor Prof. Rubens Cardoso da Silva

    Pr-reitor de pesquisa: Prof. Douglas Rodrigues da Conceio

    Pr-reitora de extenso: Prof. Dr. Mariane Cordeiro Alves Franco Diretora do Centro de Cincias Biolgicas e da Sade:

    Prof. Dr. Ilma Pastana Ferreira

    Coordenadora do Curso de Medicina: Prof. Dr. Elaine Xavier Prestes

    Coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental:

    Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito

    Trabalho desenvolvido no Programa de Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental como um dos produtos da tese da ps-graduanda Dr. Ana Paula Santos Oliveira Brito, sob orientao do Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito. REPRODUO PROIBIDA Nenhuma parte desta obra, ou sua totalidade poder ser reproduzida sem a permisso por escrito dos autores, quer por meio de fotocpias, fotografias, scanner, meios mecnicos e/ou eletrnicos ou quaisquer outros meios de reproduo ou gravao. Os infratores estaro sujeitos a punio pela lei 5.988, de dezembro de 1973, artigos 122-130 e pela lei do Direito Autoral, n 9.610/98.

    Direitos de cpias / Copyright 2016 por / by / MESTRADO CIPE / UEPA

    Belm, Par, Brasil

  • 2

    AUTORES

    Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito

    Dr. Ana Paula Santos Oliveira Brito

    Dr. Rafaela de Souza Dias Neves

    Dr. Louise Tandaya Bendahan

    COLABORADORES

    Brisa da Silva Lopes

    Daniela Vale Dias

    Danilo Dantas Figueiredo

    Flvia Dias Alcntara de Oliveira

    Pamella Fonseca Barbosa

    Poliana Soares de Souza

    Wescley Miguel Pereira da Silva

  • 3

    EXAME FSICO GERAL

    1 INTRODUO

    2 EXAME FSICO QUALITATIVO

    2.1 ESTADO GERAL

    Esta uma avaliao subjetiva, devendo ser baseado nas observaes

    e interpretaes dos sintomas e dados exibidos pelo paciente. A descrio do

    estado geral dependente da experincia do examinador, em detectar o que

    aparenta o doente em sua totalidade. Podem assim ser classificado: Bom

    Estado Geral, Regular Estado Geral ou Ruim Estado Geral.

    Torna-se necessrio destacar que a avaliao do estado geral pode ter

    valor prognstico, uma vez que, por exemplo, pacientes portadores de doenas

    graves podem apresentar um bom estado geral, o que significa que organismo

    do mesmo possa estar reagindo bem ao estado de doena. Outro ponto

    importante para se falar que o estado geral pode estar dissociado do grau da

    gravidade da doena, de tal forma que, por exemplo, um paciente com cncer

    de prstata com metstase ssea pode apresentar-se em bom estado geral,

    dependendo de quando for avaliado.

    SEMIOTCNICA

    Avaliao do estado geral depende do olhar clnico do mdico

    avaliador, sendo subjetivo.

    DESCRIO

    Na avaliao do estado geral, o paciente ___________ revelou-se em um ____________ estado geral.

  • 4

    2.2 NVEIS DE CONSCINCIA

    O nvel de conscincia corresponde ao grau de alerta comportamental

    apresentado pelo indivduo. Em relao a palavra conscincia, importante

    ressaltar que no existe uma conceituao satisfatria acerca da mesma e, por

    isso, utiliza-se uma definio com valor operacional: conscincia representa um

    estado de perfeito conhecimento de si prprio e do ambiente.

    Nvel de conscincia normal ou vigil: o paciente est conversando e

    responde a estmulos vocais.

    Sonolento ou obnubilado: est alterada a capacidade de pensar

    claramente, para perceber, responder e recordar os estmulos comuns, com a

    rapidez habitual. O paciente tende a cair em sono quando no estimulado. s

    vezes, necessrio falar alto ou toc-lo para que compreenda uma pergunta.

    Torporoso: estado no qual apenas estmulos externos vigorosos e

    diretos despertam o paciente.

    Comatoso: um estado de irresponsividade onde no possvel

    despertar o paciente, nem com estmulos vigorosos.

    SEMIOTCNICA: Perguntar ao paciente, de forma que parea

    uma conversa, se ele sabe quem ele , o que ele faz, a data e onde ele

    est.

    - Avalia-se o estado de lucidez ou de alerta que a pessoa se encontra.

    - Observa-se o grau de orientao da realidade externa (alopsquica) e

    de si mesmo (autopsquica) que o paciente possui.

    DESCRIO

    Descrio normal: Paciente X encontra-se consciente no tempo,

    espao e pessoa, sem qualquer distrbio de orientao.

    Descrio patolgica: Paciente X encontra-se inconsciente, em estado

    de torpor, no orientado em tempo, espao e pessoa.

  • 5

    2.3 BIOTIPO

    Observa-se o tipo morfolgico do paciente.

    Brevilneo:

    - Pescoo curto e grosso;

    - Trax com dimetro transversal aumentado (trax alargado e grosso);

    - Membros curtos em relao ao tronco;

    - Costelas e clavculas horizontalizadas;

    - ngulo de Charpy maior que 90;

    - Musculatura desenvolvida e panculo adiposo espesso;

    - Tendncia para baixa estatura.

    Longilneo:

    - Pescoo longo;

    - Trax com dimetro vertical aumentado (afilado e chato);

    - Clavculas oblquas;

    - Membros alongados com franco predomnio sobre o tronco;

    - ngulo de Charpy menor que 90;

    - Musculatura delgada e panculo adiposo pouco desenvolvido;

    - Tendncia para estatura elevada.

    Normolneo:

    - Constitui o tipo morfolgico intermedirio com fsico harmnico;

    - Equilbrio entre os membros e o tronco;

    - Desenvolvimento harmnico da musculatura e do panculo adiposo;

    - ngulo de Charpy em torno de 90.

    SEMIOTCNICA

    -Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, pedindo

    seu consentimento.

    - Paciente em posio ereta de frente para o avaliador

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    - Observar o comprimento e formato do pescoo, torx e membros

    - Verificar angulao aproximada do ngulo de Charpy, observando o

    ngulo formado pela juno das duas rebordas costais no apndice xifoide.

    DESCRIO

    O bitipo do paciente X apresenta biotipo _____.

    2.4 PELE

    A pele um importante rgo do corpo humano que possui como funes

    principais: reteno de lquidos, manuteno da temperatura corprea, sntese

    da vitamina D e barreira mecnica contra a passagem de microorganismos,

    radiao solar e substncias nocivas.

    SEMIOTCNICA

    A superfcie cutnea deve ser inspecionada sob boa iluminao, de

    preferncia com luz natural.

    Regio deve est desnuda. OBS: Prezar pelo pudor do paciente.

    Inspeo e palpao.

    Avaliao e localizao das leses.

    Durante a inspeo e palpao devem-se observar as seguintes

    caractersticas:

    1. Temperatura: Diferenciar a temperatura corporal da temperatura da

    pele.

    -Avaliar regies homlogas com o dorso da mo sob a pele.

    -Se apresentar diferena de mais de 2C indicativo de doena

    isqumica (-2C) ou processo inflamatrio (+2C).

    2. Espessura: Classificada em pele atrfica (pele fina, tpica em idosos)

    ou pele hipertrfica (calos).

    3. Mobilidade: Deve ser realizada uma prega cutnea e avaliar o quanto

    a pele se desloca no plano horizontal, sendo considerada: normal,

    aumentada ou diminuda.

    4. Elasticidade: Aps a prega cutnea, deve-se avaliar a capacidade da

    pele em se distender.

    5. Colorao: Pesquisar o tipo de alterao.

  • 7

    5.1. Cianose: Colorao azul/arroxeada da pele devido ao

    aumento de hemoglobina reduzida no sangue, classificada como

    central e/ou perifrica.

    5.2. Palidez: Caracteriza-se pela diminuio de hemcias

    circulantes na pele. Exemplo: anemia.

    5.3. Vermelhido (eritrose): Acmulo de hemcia na pele.

    Exemplo: Eritrodermia.

    5.4. Ictercea: Colorao amarelada devido ao acmulo de

    bilirrubina. Pode ser considerada como fisiolgica ou patolgica.

    6. Umidade: Grau de hidratao da pele. Deve-se realizar o sinal da

    prega, considera-se 1 segundo: normal, sinal da prega negativo; 2

    segundos: anormal, lentificado e 8 segundos anormal, extremamente

    lentificado.

    7. Turgor: Capacidade da pele em resistir a deformidades, ou seja,

    caracterstica da pele de voltar ao normal aps a realizao do sinal

    da prega, ou seja, a velocidade com que a prega se desfaz. O turgor

    da pele pode estar normal ou diminudo.

    8. Textura: Deve-se deslizar a popa digital sobre a superfcie da pele,

    afim de observar a espessura da mesma, classifica-se em normal,

    lisa, spera.

    9. Sensibilidade: Utilizam-se tubos de ensaio contendo gua fria e

    quente para avaliar a sensibilidade trmica; com alfinetes na

    superfcie corporal avalia-se a sensibilidade dolorosa e com algodo

    avalia-se a sensibilidade ttil.

    10. Classificao das leses elementares:

    1. Leses planas: Leses sem borda elevada.

    -Manchas ou mculas, dependendo da cor so classificadas em

    hipercrmicas, hipocrmicas ou acrmicas.

    -Consideradas vasculares as que desaparecem durante a tcnica de

    digitopresso ou vitopresso. Exemplos: Eritemas e telangiectasia.

    Quando permanecem durante a tcnica so consideradas

    hemorrgicas. Exemplos: Petquia, equimose e vbice.

    2. Leses slidas:

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    2.1. Ppula: at 0,5 cm.

    2.2. Tubrculo: acima de 0,5 cm.

    2.3. Liquenificao: Leso descascada, quadriculada.

    2.4. Edema: Infiltrado do tecido subcutneo, podendo ser

    localizado ou generalizado, doloroso ou indolor.

    -Realizar: Sinal do Cacifo.

    2.5. Ndulo: Palpao perceptvel, localizao hipodrmica.

    3. Leses de contedo lquido: Leso circunscrita.

    3.1. Vescula: At 0,5 cm com contedo de lquido claro.

    3.2. Bolha: Acima de 0,5 cm com contedo de lquido claro.

    3.3. Pstula: Contedo purulento.

    3.4. Abcesso: Leso infiltrativa de contedo purulento.

    4. Leses de continuidade:

    4.1. Exulcerao/eroso: Perda de epiderme.

    4.2. lcera: Perda de epiderme e derme.

    4.3. Fissuras ou rgades (rachaduras): Perda linear de pele.

    5. Leses caducas:

    5.1. Escaras: Leso com tecido necrtico.

    5.2. Escamas: Perda de parte do tecido epidrmico.

    5.3. Crostas: Ressecamento de sangue e pus.

    6. Sequelas:

    - Atrofia/afinamento da pele. Exemplo: Estria gravdica.

    - Cicatriz: Substituio de tecido normal por tecido fibroso.

    Descrio fisiolgica:

    Descrio patolgica:

    Paciente X apresenta pele de cor (branca/parda/negra) com os seguintes aspectos

    (temperatura/espessura/mobilidade/colorao/umidade/textura/turgor/elasticidade/

    sensibilidade) fisiolgicos, sem leses elementares e compatveis com a idade. Pele no

    apresenta cicatrizes, tatuagens, abaulamentos.

  • 9

    EXEMPLO

    2.5 MUCOSAS

    2.5 MARCHA

    A marcha (maneira de andar do indivduo) requer uma srie de

    movimentos coordenados e a manuteno de um equilbrio.

    A marcha normal ou eubsica peculiar a cada pessoa, podendo ser

    descrita como o avano dos membros executando movimentos alternados de

    flexo e extenso. Ao avanar um dos membros inferiores, o membro superior

    do lado oposto automaticamente levado para frente, e isso constitui o

    movimento automtico associado e, muitas vezes, pode refletir traos da

    personalidade como insegurana, timidez, tristeza, orgulho, entre outros

    estados emocionais.

    Em sntese, as aes cerebelares, atuando por modificaes do tnus

    muscular, so fundamentais para que a marcha seja executada corretamente.

    Nos casos de patologias, a marcha anormal (disbsica) pode nos revelar

    leses no aparelho locomotor (osteoarticulares, musculares e nervos

    perifricos), ou tambm na principal via motriz via piramidal os centros:

    corticais, subcorticais, cerebelares, vestibulares, e o sistema extrapiramidal,

    so indcios seguros de comprometimento no sistema nervoso.

    Tipos de Marcha

    1. Marcha helicpode, ceifante, em foice, hemiplgica, helicoidal,

    espasmdica ou de Todd

    DISTRBIO: tpica do hemiplgico, devido a posio adotada pelo

    mesmo com leso da via piramidal na cpsula interna, por exemplo, esta

    conhecida como posio de Todd (flexo do membro superior e extenso do

    membro inferior). A causa mais comum por um acidente vascular cerebral.

    Paciente X apresenta mancha hipercrmica de 1 cm na parte anterior da coxa direita.

  • 10

    DESCRIO: membro superior fletido em 90o no cotovelo e em aduo

    a mo fechada em leve pronao. Ocorrer aduo da coxa, extenso do

    joelho mais inverso do p. Para evitar que o p se arraste no cho, o paciente

    eleva o quadril.

    Esse paciente anda traando um semicrculo com o lado acometido

    (foice em ao). Arrasta o p que se apoia no solo pela sua borda externa e

    ponta (marcha helicoidal).

    O hemiplgico ao caminhar faz um rudo tpico.

    Fonte:

    http://www.gastromerida.com/secciones/semiologia/neurologico/sindromes/cere

    beloso.html

    2. Marcha em tesoura ou espstica

    DISTRBIO: na doena de Little (diplegia cerebral congnita), nas

    formas espsticas da paralisia cerebral e na Sndrome de Lesch-Nyhan, pode

    constatar-se marcha digitgrafa (na ponta dos ps).

    DESCRIO: a marcha rgida, o infante anda cruzando as pernas

    como de fosse tesoura, os passos so curtos e os ps se arrastam (tesoura em

    ao). Detecta-se espasmo dos adutores e rotadores internos dos membros

    inferiores.

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    Fonte: http://fisiomalu.blogspot.com.br/p/blog-page_11.html

    3. Marcha hlcopode

    DISTRBIO: tpica do histrico. So mltiplas as formas da marcha

    histrica na prtica, devido a variedade da prpria doena.

    DESCRIO: paciente anda em linha reta, arrastando os ps como se

    estivesse patinando. No ceifam. s vezes marcham em ziguezague.

    4. Marcha tabtica ou tanolante

    DISTRBIO: tpica do tabtico, devido falha de informao

    propioceptiva da sensibilidade profunda (estmulo dos ossos, articulaes e

    msculos), por leso do cordo posterior da medula (tabes dorsalis), obrigando

    o paciente a olhar constantemente aonde coloca os ps.

    DESCRIO: para se deslocar o doente coloca os olhos fixos no cho,

    os membros inferiores so levantados de maneira brusca e agressiva, ocorre

    hiperextenso do joelho e os calcanhares so recolocados no solo de forma

    explosiva e pesada (por isso diz-se que o tabtico tanoleia).

    De olhos fechados o paciente cai, tornando a marcha impossvel, sendo

    os olhos a muleta do tabtico.

    5. Marcha cerebelar, ebriosa (ou de brio) ou atxica

  • 12

    DISTRBIO: ocorre em leses cerebelares unilaterais, como tumores

    (astrocitoma), processo vascular cerebelar ou em doenas desmielinizantes

    (esclerose em placas).

    DESCRIO: o paciente vacila ao tentar caminhar, tendendo a cair para

    um dos lados (lateropulso) ou para frente (propulso) ou para trs

    (retropulso). Ao pedir que o paciente ande em linha reta este sempre se

    desviar da trajetria, fazendo um ziguezague como se fosse um brio.

    As lateropulses so sempre para o lado da leso.

    Fonte:

    http://www.gastromerida.com/secciones/semiologia/neurologico/sindromes/cere

    beloso.html

    6. Marcha vestibular ou em estrela

    DISTRBIO: caracterstico das labirintopatias e serve da teste; indivduo

    marcha sob forma de uma estrela Prova de Babinski-Weill

    DESCRIO: quando paciente anda para frente, se desvia para um dos

    lados. Quando anda para trs, se desvia para o lado oposto; descrevendo a

    forma de um estrela, como se fosse empurrado para o lado quando tenta se

    mover em linha reta.

    7. Marcha escarvante

  • 13

    DISTRBIO: quando o doente tem paralisia do movimento de flexo

    dorsal do p.

    DESCRIO: ao tentar caminhar o paciente toca com a ponta do p no

    solo e tropea, para evitar a queda, o paciente levanta de maneira exagerada o

    membro inferior, como se fosse o passo de ganso dos soldados da antiga

    Prssia.

    8. Marcha de pequenos passos

    DISTRBIO: observa-se nas leses dos gnglios da base que levam a

    rigidez (corpo estriado) e nos casos arteriosclerose cerebral difusa (Sndrome

    pseudobulbar).

    DESCRIO: paciente da passos muito curtos e lentos (bradibasia),

    arrasta o p como se estivesse danando marchinha carnavalesca.

    9. Marcha parkinsoniana, de passos curtos ou midos

    DISTRBIO: os movimentos automticos dos membros superiores se

    perdem por leso do sistema extrapiramidal, associados com distrbios dos

    gnglios da base.

    DESCRIO: paciente caminha como um bloco rgido, os braos ficam

    flexionados nos cotovelos e punhos e as mos ficam em constante movimento

    involuntrio, como se estivesse contando cdulas de dinheiro movimento de

    contar grana, inclinando cabea e tronco para frente diminuindo seu centro de

    gravidade como se corresse atrs dele. Os passos so curtos e os ps so

    arrastados para frente.

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    Fonte:

    http://www.gastromerida.com/secciones/semiologia/neurologico/sindromes/cere

    beloso.html

    10. Marcha corica

    DISTRBIO: caracterstico da coria de Huntington, desordem

    hereditria e degenerativa do sistema nervoso, caracterizada por demncia e

    alteraes na personalidade.

    DESCRIO: o paciente cambaleia de um lado para o outro, dando

    passadas de diferentes distncias, iniciando e parando em seguida, associado

    com o movimento brusco e desordenado dos membros superiores, como se o

    paciente quisesse arremessar os prprios braos para longe de si, lembrando a

    marcha do palhao.

    11. Marcha anserina ou de pato

    DISTRBIO: tpica de distrofia muscular progressiva ou das miopatias

    com comprometimento da musculatura paravertebral, plvica ou das coxas.

    DESCRIO: o paciente apresenta lordose avanada e acentuada

    inclinando o tronco de forma alternada para a direita e para a esquerda,

    lembrando a marcha de um pato.

    12. Marcha batrquia ou de sapo

  • 15

    DISTRBIO: ocorre nos estados avanados de miopatias (distrofia

    muscular progressiva).

    DESCRIO: o paciente no consegue mais ficar na posio em p,

    entretanto ainda consegue se deslocar, apoiando-se em suas mos e ps

    sobre o solo, ficando agachado com o tronco e pulando como se fosse um

    sapo.

    13. Marcha claudicante

    DISTRBIO: ocorre na insuficincia arterial perifrica e nas leses do

    aparelho locomotor.

    DESCRIO: ao caminhar o paciente manca para um dos lados.

    Fonte: http://fisiomalu.blogspot.com.br/p/blog-page_11.html

    3 EXAME FSICO QUANTITATIVO

    3.1 PRESSO ARTERIAL

    SEMIOTCNICA:

    1- Apresentar-se, explicar o exame ao paciente e pedir autorizao para sua

    execuo. Lembrar de lavar as mos antes de tocar no paciente e limpar o

    estetoscpio com lcool.

  • 16

    2- Antes de iniciar a aferio da presso arterial perguntar ao paciente como ele

    chegou at o consultrio (andando, correndo, bicicleta, carro, etc), se fez

    exerccios fsicos nos ltimos 60 minutos, h quanto tempo fez alguma

    refeio, se ingeriu caf ou fumou, ou ainda se fez uso de algum medicamento.

    Estes questionamentos so importantes, pois podem interferir nos valores da

    PA. Por isso, pedir que o paciente aguarde pelo menos 5 minutos em repouso,

    de preferncia em um ambiente calmo, instruindo-o a no conversar durante a

    realizao do exame.

    ATENO: paciente no pode estar de perna cruzada.

    3- Palpar o pulso da artria braquial e posicionar o manguito sobre esta e a 2 cm

    acima da fossa cubital. Em seguida, palpar o pulso da artria radial para

    execuo do mtodo palpatrio, que consiste em insuflar o manguito at o

    desaparecimento do pulso radial, que ser a presso sistlica estimada.

    4- Desinsuflar o manguito lentamente e esperar entre 1 e 3 minutos para aferir

    novamente a presso.

    5- Insuflar novamente com 20 a 30 mmHg acima do valor estimado para a

    presso sistlica atravs do mtodo palpatrio. Soltar o ar de maneira continua

    (2 a 3 mmHg/seg).

    O primeiro som ouvido ser o do valor sistlico (fase I de Korotkoff).

    O ltimo som ouvido ser o do valor diastlico (fase V de Korotkoff).

    Se os batimentos persistirem at o nvel zero, determinar a presso diastlica

    no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da

    sistlica/diastlica/zero.

    Retirar o manguito e agradecer ao paciente.

    SONS DE KOROTKOFF

    Fases Sons Base terica

    I Claro, sbito, forte. Presso da bolsa = presso sistlica.

    II Batimentos com sopro. Dilatao da artria pressionada criando

    fluxo turbilhonado.

  • 17

    III

    Desaparecimento dos

    sopros, sons mais ntidos e

    intensos.

    A artria continua a se dilatar com a

    diminuio da pressao do manguito.

    IV

    Os sons tornam-se

    abruptamente mais suveis

    e abafados.

    Presso da bolsa = presso distlica.

    V Desaparecimento dos sons Restabelecimento do calibre normal da

    artria

    Descrio:

    Obs: a) No esquecer de referir quando o exame foi prejudicado;

    b) No pendurar o estetoscpio no pescoo, pois o mesmo pode bater

    no paciente;

    c) Deixar o paciente em posio confortvel;

    d) Aferir a presso sempre nos dois membros, que devem ter a presso

    aferida no mesmo nvel. Caso no seja possvel, relatar a causa.

    CLASSIFICAO DA PRESSO ARTERIAL:

    Classificao Presso sistlica Presso

    diastlica

    tima

  • 18

    3.2 MEDIDAS ANTROPMTRICAS

    4.1 PESO

    Utiliza-se aparelhos denominados de balana, podendo essas serem comuns,

    digitais e cama-balana. Esta ultima variedade por sua vez utilizada em

    pacientes que no podem deambular.

    CUIDADOS:

    - TARE a balana antes da aferio.

    - O paciente deve estar descalo, apenas com suas roupas intimas.

    - No caso de impossibilidade dessa situao ideal, lembrar de subtrair o peso

    da vestimenta que fica normalmente entre 1,0 a 1,5kg.

    -Nunca deve se arredondar o valor encontrado.

    SEMIOTCNICA:

    -Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, pedindo seu

    consentimento.

    -Paciente com os ps unidos ao centro e de frente da balana.

    -Indagar ao paciente valor da ltima aferio realizada.

    -Regular primeiramente o cursor correspondente s dezenas e depois o

    referente s unidades de quilogramas.

    -Pedir ao paciente que desa da balana para avaliao do resultado.

    Descrio

    O peso aferido para o paciente ___________ foi de X kilos e Ygramas. (valor encontrado).

  • 19

    4.2 ALTURA

    Na pratica diria, a nica medida rotineira no adulto a planta-vtice

    (planta dos ps ao vrtice da cabea). Determina-se por meio de uma haste

    centimetrada que acompanha as balanas ergomtricas ou que se afixa uma

    parede.

    Na criana, recomenda-se medir a altura na posio deitada at os 4

    anos de idade, usando uma rgua graduada com uma placa fixa no zero e um

    cursor. Aps esta idade mede-se a altura na posio de p.

    CUIDADOS:

    - Paciente deve estar descalo.

    - Paciente deve estar ereto, sem flexionar as pernas ou ficar na ponta dos ps.

    - No arredondar o valor encontrado.

    SEMIOTCNICA:

    -Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, pedindo seu

    consentimento.

    - Paciente em posio ereta de costas para haste centimetrada, olhando para

    um ponto fixo, na altura dos olhos, com a cabea reta.

    - Observador deve posicionar o cursor no centro da cabea do paciente e

    avali-lo de frente em busca de desvios laterais ou necessidade de re-

    posicionamento do cursor.

    - Aps fixao da haste utilizada, pede-se ao paciente que se desloque do

    equipamento para avaliao do valor encontrado.

    DESCRIO:

    A altura aferida para o paciente ________ foi de X metros e Y centmetros. (valor encontrado).

  • 20

    4.3 NDICE DE MASSA CRPOREA

    IMC=PESO/(ALTURA)

    IMC Graus Tipos

    < 18,5 Excesso de magreza Abaixo do peso

    18,6 a 25,0 Peso normal Peso ideal

    25,1 a 30,0 Excesso de peso Sobrepeso

    30,1 a 35,0 Obesidade grau I Obesidade moderada

    35,1 a 40,0 Obesidade grau II Obesidade severa

    40,1 a 50,0 Obesidade grau III Obesidade mrbida

    >50,0 ---- Super Obesidade

    4.4 RELAO CINTURA-QUADRIL (RCQ)

    RCQ = permetro cintura (cm)/permetro quadril (cm)

    um ndice obtido por meio da medida da circunferncia da cintura

    num ponto mdio entre o final dos arcos costais e a circunferncia do quadril,

    ao nvel das espinhas ilacas anteriores.

    Temos como valores de referncias, para indivduos normais:

    Mulheres: RCQ

  • 21

    normais 16 a 20 movimentos respiratrios por minuto, em recm nascidos

    30 a 40 respiraes por minutos e em crianas de 25 a 30, ela avaliada

    contando o numero de inspiraes por minuto

    As principais alteraes na respirao so aquelas do ritmo respiratrio

    onde a experio e a inspirao podem no apresentar a mesma amplitude.

    Dentre as alteraes tem-se:

    Respirao de Biot: a respirao apresenta-se com duas

    fases. A primeira a apnia, seguida de movimentos inspiratrios e

    expiratrios anrquicos quanto ao ritmo e amplitude. Quase

    sempre este tipo de respirao indica grave comprometimento

    cerebral.

    FONTE: Porto & Porto - Semiologia Mdica 6 ed.

    Respirao de Cheyne-Stokes: comea com uma fase apneica

    seguida de incurses inspiratrias cada vez mais profundas at

    atingir um mximo, para depois vir decrescendo at nova pausa.

    As causas mais frequentes desse tipo de respirao so

    insuficincia cardaca, a hipertenso intracraniana, os AVCs e os

    traumatismos cranioenceflicos.

    FONTE: Porto & Porto - Semiologia Mdica 6 ed.

    Respirao de Kussmaul: compem-se de quatro fases:

    inspiraes ruidosas, apnia em inspirao, expirao ruidosa e

    apnia em expirao. A acidose, principalmente a diabtica a

    sua principal causa.

    FONTE: Porto & Porto - Semiologia Mdica 6 ed.

    DESCRIO FISIOLGICA: Ao exame fsico,

    paciente______ apresenta-se eupneico.

  • 22

    DESCRIO PATOLGICA: Ao exame fsico,

    paciente______ apresenta-se dispneico, com alterao no

    ritmo, respirao de Kussmaul/Biot/Cheyne-Stokes

    3.5 FREQUNCIA CARDACA E PULSO

    Nem sempre as medidas sero equivalentes. Para aferio da FC, pode-se

    auscultar o corao e contar os batimentos cardacos em 1 minuto. Para

    aferio do pulso, normalmente se palpa a artria radial com o 2 e 3 dedos,

    contando os batimentos em 1 minuto. importante tambm comparar a

    frequncia cardaca e o pulso.

    Na palpao do pulso, dentre outras coisas, o mais importante, calouro,

    verificar o ritmo (em alguns dos nossos pacientes possvel ver alteraes).

    A unidade de medida utilizada : batimentos por minuto (bpm).

    3.6 TEMPERATURA

    CUIDADOS:

    - O local habitual o cavum axilar, mas tambm pode ser aferida na boca e no

    reto. vital conhecer as diferenas fisiolgicas existentes entre os trs locais.

    - A temperatura retal e a bucal de modo geral so 0,5C maiores que a axilar.

    - A temperatura ambiente altera os valores no momento da aferio, assim

    como exerccio fsico intenso realizado.

    - Deve se pedir ao paciente que retire a camisa ou blusa, no caso da

    temperatura axilar, para anlise fidedigna do resultado.

    - No arredondar os valores.

    - Nas mulheres, o efeito da ovulao sobre a temperatura corporal, podendo

    aument-la em at 1C.

    SEMIOTCNICA: Separar o material, higieniz-lo, lavar as mos, apresentar-

    se ao paciente, perguntar seu nome, explicar o procedimento, pedir que o

    mesmo levante a camisa, zerar o termmetro, posicionar o termmetro no lugar

  • 23

    eleito, esperar 3 minutos, efetuar a leitura contra a barra amarela e mencionar

    o resultado.

    Obs.: Deve-se zerar a torre de mercrio para valores inferiores a 35C por meio

    de movimentos que se assemelham a um chicotear.

    Obs.2: No termmetro digital devemos manter o termmetro no local eleito at

    que se oua um beep, indicando que a leitura foi completada.

    GRAU, conforme a aferio da temperatura axilar para adultos.

    Hipotermia: abaixo de 35,5 C

    Afebril: 36,1C 37,2C

    Febre de baixa intensidade: 37,3C 37,9C

    Febre de moderada intensidade: 38C-38,9C

    Febre de alta intensidade: 39C-40C

    Hiperpirexia: acima de 40C

    DESCRIO:

    4 CABEA E PESCOO

    4. PALPAO GANGLIONAR

    PREPARO ANTES DO EXAME

    - Local com iluminao adequada.

    - Lavagem das mos imediatamente antes do

    exame.

    - Apresentao ao paciente.

    - Esclarecimento do exame a ser realizado.

    - Perguntar se o paciente est sentindo alguma

    dor ou desconforto.

    - Pedir consentimento do paciente para realizao do exame.

    Fonte: shuman.com.br

    A aferio da temperatura ______ (local da aferio) do paciente _____ foi observada temperatura de X graus Clsius, logo o paciente apresenta-se____________.

  • 24

    SEMIOTCNICA DE PALPAO

    - O exame dos gnglios linfticos ou linfonodos se faz por meio da

    palpao. Esta realizada com as polpas digitais e a face ventral dos

    dedos indicador, mdio e anular.

    - De modo geral a pele deve ser deslizada em movimentos circulares

    sobre o gnglio a ser palpado.

    - As posies do paciente e examinador variam de acordo com a cadeia

    ganglionar a ser pesquisada.

    CARACTERSTICAS OBSERVADAS

    - TAMANHO DO GNGLIO: Dar em cm ou aproximar com elementos

    conhecidos (arroz, milho, azeitona).

    - CONSISTNCIA: Mole, elstico ou duro.

    - PONTO DE FLUTUAO: Flutuante ou no flutuante.

    - MOBILIDADE: Mvel ou fixo.

    - SENSIBILIDADE: Indolor (normal ou tumor) ou doloroso (inflamao).

    - COALESCNCIA: coalescente (2 ou + gnglios juntos como uvas em 1

    cacho apertado) ou no coalescente.

    - ALTERAES TRFICAS DA PELE: Leses como retraes ou

    ulceraes sobre o gnglio.

    DESCRIO FISIOLGICA

    DESCRIO PATOLGICA

    palpao da cadeia ganglionar __________ do paciente ___________ foram observados

    inmeros gnglios infartados do tamanho de um caroo de milho, duros, no flutuantes,

    mveis, dolorosos, alguns coalescentes, sem apresentar alteraes trficas da pele.

    Quando no for palpvel: palpao da cadeia ganglionar __________ do paciente

    ___________ no foram observados gnglios palpveis.

    Quando for palpvel: palpao da cadeia ganglionar __________ do paciente

    ___________ foram observados dois gnglios com as seguintes caractersticas: ambos do

    tamanho de um caroo de azeitona, de consistncia mole ou dura, com ou sem ponto de

    flutuao, mvel ou imvel, doloroso ou indolor, coalescente ou no coalescente, com ou

    sem alteraes trficas da pele (especificar qual alterao).

  • 25

    CADEIAS OU GRUPOS GANGLIONARES

    - Cadeia occipital (abaixo da protuberncia occipital externa, linha nucal superior).

    Drenagem: couro cabeludo, pavilho externo e orelha interna.

    Paciente sentado; Examinador atrs do paciente; Localizao da protuberncia

    occipital externa; Mos estendidas/espalmadas; Movimentos circulares.

    Fonte: Protocolo de Pesquisa

    - Cadeia retroauricular (atrs do pavilho externo, desde a hlix at o lbulo da orelha externa).

    Drenagem: couro cabeludo, pavilho externo e orelha interna.

    Paciente sentado; Examinador atrs do paciente; Localizao da cadeia; Mos estendidas/espalmadas; Movimentos circulares.

    Fonte: Protocolo de Pesquisa

    - Cadeia esternocleidomastidea (bordo posterior do msculo esternocleidomastideo).

    Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glndulas salivares.

    Paciente sentado; Examinador atrs do paciente; Localizao do msculo

    esternocleidomastideo (solicitar que o paciente vire o rosto para um lado e depois para outro);

    Mos estendidas/espalmadas; Movimentos circulares.

    Fonte: Protocolo de Pesquisa

  • 26

    - Cadeia jgulo-carotdea (borda anterior do msculo esternocleidomastideo).

    Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glndulas salivares. Paciente sentado; Examinador atrs do paciente; Localizao do msculo

    esternocleidomastideo (solicitar que o paciente vire o rosto para um lado e depois para outro);

    Mos em garra; Movimentos de deslizamento spero-

    inferiores.

    - Cadeia submandibular (abaixo do ramo da mandbula, desde o ngulo at as proximidades do mento).

    Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glndulas salivares. Paciente sentado; Examinador a frente do paciente; Localizao da cadeia; Mos em garra; Movimentos de deslizamento ntero-

    posteriores.

    Fonte: Protocolo de Pesquisa - Cadeia submentoniana (abaixo do mento).

    Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glndulas salivares. Paciente sentado; Examinador a frente do paciente; Localizao da cadeia; Dedos em pina (pesquisa feita com

    duas polpas digitais e polegar apoiando na snfise do mento);

    Movimentos circulares.

    Fonte: Protocolo de Pesquisa

  • 27

    - Cadeia espinhal (bordo superior do msculo

    trapzio). Drenagem: rgos intra-torcicos e intra-abdominais.

    Paciente sentado; Examinador atrs do paciente; Localizao do msculo trapzio borda superior; Mos em garra; Movimentos de deslizamento ltero-laterais.

    Fonte: Protocolo de Pesquisa

    - Cadeia cervical-transversa (fossa cervical saboneteira).

    Drenagem: rgos intra-torcicos e intra-abdominais. Paciente sentado; Examinador atrs do paciente; Localizao da fossa cervical; Mos estendidas/espalmadas; Movimentos circulares. *Ndulo de Virchow: cervical-transversa

    esquerda metstase de neoplasia gstrica. Fonte:

    Protocolo de Pesquisa

    - Cadeia retro-peitoral (sulco do msculo peitoral maior). Drenagem: parede torcica, rgos intratorcicos,

    mama e membros superiores. Paciente sentado; Examinador a frente do paciente; Localizao do sulco do msculo peitoral maior; Mos em garra (polegar apoiando na mama); Movimentos de deslizamento ltero-laterais.

  • 28

    - Cadeia axilar (fossa axilar: linha axilar anterior, mdia e posterior). Drenagem: parede torcica, rgos intratorcicos,

    mama e membros superiores. Paciente em p (brao do paciente estendido e

    relaxado com a mo apoiada no ombro do examinador); Examinador a frente do paciente; Localizao das linhas axilar anterior, mdia e

    posterior; Mos em garra; Movimentos de deslizamento spero-inferiores. *Na linha axilar mdia pode-se realizar a palpao com a

    mo espalmada/estendida e movimentos circulares. Fonte: Protocolo de Pesquisa

    - Cadeia epitrocleana (sulco troclear da articulao mero-ulnar). Drenagem: membros superiores.

    Paciente sentado; Examinador ao lado a ser examinado do

    paciente; Localizao do sulco troclear; Mos em garra; Movimentos de deslizamento ltero-laterais.

    Fonte: Protocolo de Pesquisa

    - Cadeia inguinal (ligamento inguinal espinha ilaca ntero-superior at a snfise pbica).

    Drenagem: genitlia externa, perneo, nus, rgos genitais internos e membros inferiores.

    Paciente em decbito dorsal; Examinador ao lado direito do paciente; Localizao do ligamento inguinal; Mos estendidas; Movimentos circulares e de deslizamento

    margeando o ligamento inguinal.

    Fonte: Protocolo de Pesquisa

  • 29

    - Cadeia popltea (fossa popltea, entre os tendes do bceps da perna e do semitendneo).

    Drenagem: membros inferiores. (dificilmente so palpados gnglios).

    Paciente em decbito dorsal; Examinador ao lado direito do

    paciente; Semi-flexo da perna do paciente a

    ser examinada; Localizao da fossa popltea; Mos em garra; Movimentos de deslizamento

    margeando medialmente os tendes do bceps da perna e do semitendneo.

  • 30

    4. Exame da tireide

    A tireoide ou tiroide uma glndula em forma de borboleta (com dois lobos),

    que fica localizada na parte anterior pescoo, logo abaixo da regio conhecida

    como Pomo de Ado (ou popularmente, gog). uma das maiores glndulas

    do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no adulto).

    responsvel pela produo dos hormnios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina),

    que atuam em todos os sistemas do nosso organismo. (Sociedade Brasileira de

    Endocrinologia e Metabologia). Para visualizao da tireoide, a cabea deve

    ser inclinada para trs, com iluminao tangencial dirigida para baixo, o

    paciente deve deglutir um pouco de gua para que seja inspecionada a

    movimentao da glndula para cima. As caractersticas fsicas da tireoide

    como tamanho, formato e consistncia tm grande importncia diagnstica. Ao

    realizar o exame fsico da tireoide, fundamental avaliar:

    a. Palpao da tireide (bcio, ndulos e presena de sinais e sintomas

    compressivos das estruturas adjacentes, como traquia, vasos e mediastino).

    b. Avaliao da textura da pele

    c. Avaliao da qualidade da voz

    1. Exame fsico da Tireoide

    O exame fsico da tireoide permite realizar diagnsticos de distrbios

    tireoidianos. Ele consiste na inspeo, na palpao

    e na ausculta. A glndula normal, geralmente, no visvel. Para a realizao

    da palpao imprescindvel a correta localizao anatmica da glndula. As

    alteraes do volume, da forma, da consistncia, e da mobilidade da tireoide

    devem sempre ser pesquisadas e registradas. Com dados da palpao, a

    tireoide ser classificada como de tamanho normal ou aumentado (bcio) e se

    este bcio difuso ou nodular. Caso um ndulo ou mais ndulos sejam

    palpados, o bcio classificado em bcio uninodular e bcio multinodular,

    respectivamente. A

    ausculta da glndula reservada a pacientes que apresentam sintomas e/ou

  • 31

    sinais de hipertireoidismo. O exame fsico da tireoide distribudo da seguinte

    forma:

    Inspeo Esttica: observao lateral e anterior do pescoo em posio

    neutra, em extenso, em flexo e em rotaes direita e esquerda. Usualmente,

    no facilmente visvel; caso isto ocorra, deve-se consider-la aumentada.

    Palpao superficial: pesquisar alteraes da temperatura, da sensibilidade

    e do frmito tireoidiano.

    Ausculta: pesquisa de sopros.

    Palpao propriamente dita: (podendo ser realizada por via anterior ou

    posterior)

    1) Via Anterior:

    Palpao Esttica: O pescoo do paciente deve estar levemente estendido,

    produz-se um deslocamento lateral da glndula com o polegar de uma das

    mos, enquanto palpa-se o lobo contralateral com os dedos indicador, anular e

    mdio da outra mo.

    Palpao Dinmica: Com posicionamento igual palpao esttica, pede-se

    ao paciente que faa uma deglutio.

    2) Via Posterior:

    Palpao esttica: O examinador posiciona-se em p atrs do paciente que

    deve est sentado. Firma a glndula por um de seus lobos com os dedos de

    uma das mo, enquanto palpa com a outra mo o lobo contralateral.

  • 32

    Palpao Dinmica: Com o posicionamento igual ao da

    palpao esttica, pede-se ao paciente que faa uma deglutio.

    Observaes importantes:

    Consistncia: geralmente a tireoide tem consistncia fibroelstica

    (comparvel carne crua).

    Alterao de Temperatura: aumentos da temperatura esto presentes em

    processos inflamatrios agudo ou subagudos, como tambm na presena de

    bcio difuso txico.

    Alterao da mobilidade: normalmente mvel me bloco com as estruturas

    anatmicas profundas.

    Presena de frmito: perceptvel no bcio difuso com hiperatividade

    secretria

    Presena de sopro: perceptvel no bcio difuso com hiperatividade secretria

    5 VASCULAR

    PULSOS ARTERIAIS

    Pulsos arteriais so produzidos quando o ventrculo esquerdo se contrai,

    propagando-se em ondas da raiz da aorta para as demais artrias do corpo.

    Portanto, a palpao do pulso das artrias superficiais til para avaliao da

    funo cardaca.

    RECOMENDAES PARA O EXAME DO PULSO ARTERIAL

    -Local com iluminao adequada.

    -Lavagem das mos.

    -Apresentao ao paciente

    -Esclarecimento do exame a ser realizado

    -Perguntar se o paciente est sentindo alguma dor ou desconforto no

    momento.

    -Pedir consentimento do paciente para realizao do exame.

    -No indicado escolher a artria femoral para o exame, pois esta

    impalpvel.

  • 33

    SEMIOTCNICA DE PALPAO:

    O exame dos pulsos arteriais se faz com base no conhecimento

    anatmico do sistema vascular. A palpao realizada com as polpas

    digitais e a face ventral dos dedos indicador e mdio. Em geral, o

    paciente se posiciona em decbito dorsal ou sentado e o examinador se

    dispe em p, direita do paciente.

  • 34

    AVALIAO DOS PULSOS

    ESTADO DA PAREDE ARTERIAL: Liso, rugoso, tortuoso, irregular,

    endurecida, etc.

    FREQNCIA: Nmero de batimentos ou pulsaes por minuto, que varia de

    60 a 100 bpm.

    Taquisfigmia: > 100 bpm.

    Bradisfigmia: < 50 bpm.

    Figura 1.A Figura

    1.B

    Figura 2. A. Taquisfigmia e celeridade . B. Bradisfigmia

    RITMO: Regularidade do tempo entre as ondas de pulso, ou seja, deve se

    observar os intervalos entre as pulsaes.

    Figura 2.A Figura

    2.B

    Figura 3. A Ritmo regular. B. Ritmo irregular

    CELERIDADE: a rapidez com que um pulso se expande ao mximo e se

    retrai, ou seja, velocidade com que enche e se esvazia. Pode ser clere

    (rpido), medianamente clere (normal) e tardus (lento).

  • 35

    AMPLITUDE: Altura que a onda de pulso alcana. Classifica-se o pulso em

    amplo ou magnus, mediano e pequeno ou parvus.

    Figura 3.A Figura

    3.B

    Figura 4. A. Pulso amplo ou magnus. B. Pulso pequeno ou parvus

    PLENITUDE: Sensao de eficincia da transmisso da onda de pulso.

    DUREZA: Fora necessria para pressionando, fazer o pulso desaparecer.

    Pulso mole: se for pequena a presso necessria para interromper as

    pulsaes

    Pulso duro: se a interrupo exigir forte presso

    Tenso mediana: situao intermediria

    SIMILITUDE COM O HOMNIMO: Averigua-se a igualdade ou desigualdade

    dos pulsos, palpando simultaneamente as artrias perifricas homlogas,

    artria contralateral correspondente..

    PULSOS ARTERIAIS:

    - Pulso Temporal Superficial:

    Localizao: Fossa temporal.

  • 36

    - Pulso Facial:

    Localizao: ao nvel do ngulo da mandbula.

    - Pulso Carotdeo:

    Paciente em decbito dorsal com a cabea levemente fletida.

    Faz-se a palpao com as polpas dos dedo indicador e mdio.

    Paciente em p ou sentado com o examinador sua frente.

    Realiza-se a palpao do pulso carotdeo direito com a polpa do

    polegar esquerdo, enquanto os dedos mdio e indicador fixam-se

    sobre as ltimas vrtebras cervicais. A mesma tcnica aplicada

    do outro lado. No se deve palpar ambas as artrias cartidas ao

    mesmo tempo, para evitar o risco de isquemia cerebral nos

    pacientes que apresentem ocluso de uma delas.

    Localizao: palpar profundamente borda anterior do msculo

    esternocleidomastideo.

  • 37

    - Pulso Artico Torcico:

    Apenas com a polpa digital do dedo indicador;

    Localizao: palpar profundamente a incisura jugular ou frcula

    esternal (regio entre as clavculas, acima do manbrio).

    - Pulso Axilar:

    Sustentar o brao 90 com o antebrao do paciente em leve

    abduo;

    Localizao: no oco axilar ou cncavo da axila, comprimir a

    artria axilar contra o colo do mero.

    - Pulso Braquial/Umeral:

    Sustentar o antebrao do paciente, fazendo leve flexo sobre o

    antebrao;

    Mo em garra, utilizar o polegar como ponto de fixao na face

    lateral do brao;

    Localizao: sulco bicipital.

  • 38

    - Pulso Radial:

    A mo do paciente deve repousar na mesa de exame em

    completa supinao;

    Mo em pina, com o polegar fixado delicadamente no dorso do

    punho do paciente;

    Localizao: entre a apfise estilide do radio e o tendo dos

    flexores.

    - Pulso Artico Abdominal:

    Palpao profunda bimanual na regio epigstrica;

    Facilmente palpada em pacientes magros e dificilmente em

    obesos;

    Localizao: pressionar a aorta contra a coluna vertebral no

    ponto mdio entre o apndice xifide e a cicatriz umbilical.

    - Pulso Ilaco (ramo pudendo):

    Localizao: cerca de 4 cm lateral snfise pbica.

  • 39

    - Pulso Poplteo:

    Geralmente as artrias poplteas so impalpveis. Para o

    exame, posicione o paciente em decbito dorsal com a perna do

    paciente em posio semifletida;

    Segurar o joelho do paciente com as duas mos, fixando os

    polegares na rtula e aprofundando os dedos indicadores,

    mdios e anulares na face posterior do joelho;

    Localizao: regio mdia do oco poplteo ou cncavo do

    joelho.

    - Pulso Tibial Posterior:

    Pedir para o paciente flexionar levemente o joelho;

    Mo em pina, com o polegar fixado na regio maleolar externa;

    Localizao: regio retromaleolar interna.

    - Pulso Fibular:

    Pedir para o paciente flexionar levemente o joelho;

    Mo em pina, com o polegar fixado na regio maleolar interna;

    Localizao: regio retromaleolar externa.

  • 40

    - Pulso Pedioso:

    O paciente mantm o joelho levemente flexionado;

    Examinador: com uma das mos, fixar o p do paciente em

    dorsiflexo;

    Localizao: palpar entre o primeiro e o segundo

    metatarsianos.

    Pode apresentar variaes. Caso no palpada no local habitual,

    procurar em toda a extenso do dorso do p. importante

    saber que ao se palpar a artria pediosa, a tibial deve estar

    pouco palpvel e vice-versa.

    Descrio fisiolgica:

    Descrio Patolgica:

    palpao do pulso da artria __________ do paciente ___________ foram observadas as

    seguintes caractersticas: parede arterial lisa, mole e de percurso retilneo, com freqncia

    de __ batimentos por minuto, rtmico, medianamente clere, medianamente amplo,

    medianamente cheio, medianamente duro e similar ao homnimo.

    palpao do pulso da artria __________ do paciente ___________ foram observadas as

    seguintes caractersticas: parede arterial tortuosa, dura e de percurso tortuoso, com

    freqncia de ____ batimentos por minuto, arrtmico, tardo, amplo, cheio, duro e similar

    ao homnimo.

  • 41

    REFERNCIAS

    1- Porto CC, Porto AL. Semiologia Mdica. 7 ed. Rio de Janeiro:

    Guanabara Koogan; 2014. 881p.

    2- Fabra, APW. Apostila de propedutica mdica o exame fsico. Curitiba,

    2007. 117 p.