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120 • CAPÍTULO 7

CAPÍTULO

Adão

Itur

rusg

arai

A predicação: transitividade verbal

Construindo o conceito

120

Leia esta tira:

(Folha de S. Paulo, 3/2/2003.)

1. Uma das personagens conta à amiga que conheceu um rapaz.

a) Como era esse rapaz?

b) Normalmente, essas características são positivas ou negativas?

2. O humor da tira reside numa contradição. Qual é essa contradição? Indique as hipóteses interpretativas mais coerentes:

a) Provavelmente, no passado, ela só se apaixonou por rapazes que eram o oposto: insensíveis, pouco carinhosos e atenciosos, mentirosos, etc.

b) Ela sempre gostou de rapazes diferentes; por isso, está apaixonada pelo rapaz que acabou de conhecer.

c) Diferentemente de outras garotas, ela normalmente gosta de rapazes com características diferentes: insensíveis, brutalizados, mentirosos, etc.

d) Ela se mostra uma pessoa insensível, pouco atenciosa, pouco carinhosa, mentirosa, etc.

Sensível, carinhoso, atencioso e sincero.

Normalmente, são consideradas características positivas.

X

X

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121121A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

Adão

Itur

rusg

arai

A predicação: transitividade verbal

3. A todo momento estamos fazendo coisas, realizando ações: sentar, ler, correr, conhecer, apaixonar-se. Essas ações são expressas por verbos. Quais são as principais ações que a personagem diz ter feito?

Conceituando

Observe e compare o emprego dos verbos nestas duas orações:

“Conheci um rapaz na semana passada!”

“Ele é sensível, carinhoso, atencioso e sincero...”

Veja que, na 1ª oração, o predicado informa a ação que a personagem praticou: ela conheceu um rapaz. Já na 2ª oração, o predicado indica caracte-rísticas ou estados do rapaz. Os verbos que indicam ação e fenômenos me-teorológicos são chamados de verbos significativos ou nocionais. Os verbos que ligam o sujeito a suas características, estados ou qualidades são chamados de verbos de ligação.

Verbos de ligação

Veja estas orações:

Estou apaixonada.

Ele é sensível, carinhoso, atencioso e sincero.

Eu continuo apaixonada por ele.

Pson

ha

Ela diz que conheceu um rapaz e apaixonou-se por ele.

Professor: Julgamos que a adoção da nomenclatura significativos, sugerida pelo professor Celso Cunha, facilita a diferenciação desses dois tipos de verbos.

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• CAPÍTULO 7122

Observe que os verbos não expressam ações do sujeito. Eles simplesmente unem o sujeito ao seu estado ou a suas características; por isso são verbos de estado ou verbos de ligação.

Verbo de ligação é aquele que une o sujeito aos seus atributos

(estado, qualidade, características).

Veja outras orações com verbos de ligação:

Os alunos permaneciam calados.

À noite, os balõezinhos parecem estrelas.

Na adolescência, as meninas tornam-se vaidosas.

Predicativo do sujeito

Agora leia esta anedota:

O pai nota que seus dois filhos estão muito quietos e vai verificar.

— O que vocês estão fazendo? — pergunta o pai.

— Encontramos uma moeda de 1 real — diz o mais velho. — Fizemos

uma aposta: aquele que contar a maior mentira ganha a moeda.

— Mas isso é muito feio! — diz o pai. — Quando eu era criança, NUN-

CA contava mentiras!

Os meninos se entreolham surpresos. O mais novo diz:

— Tudo bem, pai, a moeda é sua.

(Gabriel Barazal. Piadas para rachar o bico — Proibido para adultos.São Paulo: Fundamento, 2010. p. 45.)

Filip

e Ro

cha

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123A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

Observe estas orações do texto:

“seus dois filhos estão muito quietos”

“isso é muito feio”

“eu era criança”

Vemos que é atribuída uma característica ou estado ao ser que constitui o sujeito de cada oração. A esses atributos chamamos pre-dicativo do sujeito.

Seus dois filhos estão muito quietos. sujeito predicativo do sujeito

Eu era criança.sujeito predicativo do sujeito

O predicativo do sujeito indica

características, qualidades ou estados que

se atribuem ao sujeito de uma oração.

A ligação entre o sujeito e o predicativo é feita por verbos de ligação:

Seus dois filhos estão muito quietos. sujeito verbo de predicativo do

ligação sujeito

Eu era criança.sujeito verbo de predicativo do

ligação sujeito

EXERCÍCIOS1. Complete adequadamente as orações abaixo com um dos seguintes verbos de ligação.

ser estar ficar tornar-se permanecer parecer virar continuar

a) Aquela estrada sem fim.

b) Mariana calada durante toda a aula.

Morfossintaxe dopredicativo do sujeito

O predicativo do sujeito pode ser repre-sentado por:• um substantivo ou uma palavra substan-

tivada:

O coração da cidadezinha é a praça.

• um adjetivo ou locução adjetiva:Ele permanecia agachado, de cócoras.

• um pronome:

O amor da minha vida é ela.

• um numeral:

Éramos seis.

• uma oração:

Minha maior mágoa é que você não me vê.

Verbo de ligação em elipseNas conversas do dia a dia e na lingua-

gem publicitária, é comum o verbo de liga-

ção ficar elíptico, ou seja, subentendido. No

anúncio abaixo, por exemplo, houve omis-

são do verbo ser. Com ele, teríamos: “Azeite

é indispensável. Musa é insubstituível”. Com

a omissão do

verbo, o enun-

ciado fica mais

econômico e

direto.

Cav

eat

(Gula, nº 154.)

parecia/era

fica/permanece

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• CAPÍTULO 7124

c) A partir daquele dia, o menino homem.

d) Apesar de já ter sido medicada, a criança febril.

e) Seus cabelos chocantes com essa cor alaranjada.

2. Leia esta tira, de Fernando Gonsales:

(Níquel Náusea — Nem tudo que balança cai!. São Paulo: Devir, 2003. p. 45.)

a) Troque ideias com os colegas: O que a personagem quer dizer ao afirmar que o Lobo Mau é daltônico?

b) Por que o daltonismo inviabiliza o prosseguimento da tradicional história Chapeuzinho Vermelho?

c) Identifique nas frases do 2º e do 3º quadrinho da tira o verbo de ligação e o predicativo do sujeito.

Professor: outros tempos verbais estarão corretos desde que coerentes com os enunciados.

tornou-se/virou

continua

estão/ficaram

Que ele tem uma anomalia visual que dificulta a distinção entre as cores, principalmente entre o vermelho e o verde.

Como o Lobo Mau da tira não distingue o verde do vermelho, ele fica na dúvida se aquela é a menina que ele tem de devorar.

2º quadrinho — verbo de ligação: é; predicativo do sujeito: a Chapeuzinho Vermelho / 3º quadrinho — verbo de ligação: é;

predicativo do sujeito: daltônico

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125A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

Leia o poema a seguir e responda às questões de 3 a 5.

Madrugada

Meu canto é

o grito,

o eco,

o cheiro,

e o desejo engolido.

Meu canto é

o gemido

nas águas

de nossos corpos suados.

Meu canto é

chuva

na pálpebra cansada.

Meu grito é

canto,

reza,

oferenda,

zoom.

É vinho

na videira

maturada

em cada

um.

(Helena Carolina. Dúvidas, segredos e descobertas. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 22.)

3. O verbo de ligação ser frequentemente é utilizado na formulação de conceitos e definições. No poema lido, o eu lírico procura conceituar dois substantivos.

a) Quais são eles?

b) Que função sintática desempenham?

4. Na conceituação, as qualidades atribuídas normalmente desempenham a função sintática de pre-dicativo do sujeito. Observe as duas primeiras estrofes do poema:

a) Na 1ª estrofe, qual é o predicativo do sujeito Meu canto?

e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido. e o desejo engolido.

de nossos corpos suados.de nossos corpos suados.de nossos corpos suados.de nossos corpos suados.de nossos corpos suados.

Cam

ila d

e G

odoy

canto, grito

A função de sujeito.

o grito, o eco, o cheiro e o desejo engolido

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• CAPÍTULO 7126

b) Na 2ª estrofe, qual é o predicativo do sujeito Meu canto?

c) Em qual das situações o predicativo do sujeito tem mais de um núcleo?

5. Na 5ª estrofe, o sujeito está implícito.

a) Qual é ele?

b) Qual é o predicativo?

Verbos significativos

Verbos transitivos e intransitivos

Leia esta tira, de Fernando Gonsales:

(Níquel Náusea – Vá pentear macacos. São Paulo: Devir, 2004. p. 44.)

1. Identifique o sujeito e o predicado destas duas orações da tira:

“No frio, o meu tornozelo incha!”

“Abaixe a meia!”

2. Em qual das orações o verbo precisa de um termo para complementá-lo?

o gemido

Na situação da 1ª estrofe.

Meu grito, mencionado na estrofe anterior.

Na 2ª oração; o verbo abaixar é complementado pelo termo a meia.

vinho

1ª oração — sujeito: o meu tornozelo; predicado: No frio, incha; 2ª oração — sujeito: você (desinencial); predicado: Abaixe a meia.

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127A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

Na primeira oração, a forma verbal incha concorda com o sujeito, o meu tornozelo, e, por isso, está na 3a. pessoa do singular. A ação de inchar refere-se apenas ao sujeito, não se estende a outros seres.

Na segunda oração, a forma verbal abaixe também concorda com o sujeito (você) e in-dica uma ação praticada por ele, mas a ação de abaixar recai sobre outro ser (a meia). Nes-sa oração, o termo a meia complementa o sentido do verbo (quem abaixa, abaixa alguma coisa), tornando precisa a informação. Quando isso ocorre, isto é, quando em uma oração o verbo é acompanhado por um complemento, dizemos que se trata de um verbo transitivo.

Quando em uma oração o verbo não é acompanhado de complementos, pois a ação indicada por ele diz respeito apenas ao sujeito, não se estendendo a outros seres, dizemos que se trata de um verbo intransitivo.

Assim, concluímos:

Compare agora estas duas orações:

O ratinho ama meias de lã.

O ratinho gosta de meias de lã.

Em ambas as orações, o verbo é transitivo, pois é acompanhado de complemento. Na primeira oração, o complemento meias de lã se liga diretamente ao verbo, sem preposição. Nesse caso, dizemos que o verbo é transitivo direto, e o seu complemento se chama ob-jeto direto. Veja:

O ratinho ama meias de lã.

v. transitivo OD direto

Assim, concluímos:

Objeto direto é o termo que se liga

diretamente, isto é, sem preposição, a

um verbo transitivo.

Na segunda oração, o complemento meias de lã se liga ao verbo por meio de uma preposição (de). Nesse caso, dizemos que o verbo é transitivo indire-to, e o seu complemento se chama objeto indireto. Veja:

preposição

O ratinho gosta de meias de lã.

v. transitivo OI indireto

Transitividade verbal é a necessidade de ter complemento apresentada por

alguns verbos. A esses verbos que exigem complemento chamamos transitivos e aos que não exigem com plemento chamamos intransitivos.

A predicação daslocuções verbais

A predicação das locuções verbais é dada pelo

verbo principal, isto é, pelo último verbo da locu-

ção. Veja:

VTI

O orfanato vai precisar de ajuda financeira.

loc. verbal OI

Fern

ando

Gon

sale

s

Fern

ando

Gon

sale

s

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• CAPÍTULO 7128

Objeto indireto é o termo que se liga indiretamente, isto é,

por meio de uma preposição, a um verbo transitivo.

Às vezes, um verbo pode estar acompanhado dos dois tipos de complemento. Nesse caso, dizemos que ele é transitivo direto e indireto. Observe:

A avó sempre compra meias de lã para os netos.

v. transitivo OD OI direto e indireto

Funções sintáticas dospronomes oblíquos átonos

Os pronomes oblíquos átonos podem desempenhar as funções sintáticas de objeto

direto e de objeto indireto. Os de 3ª pessoa têm funções fixas: o(s), a(s) de objeto direto

e lhe(s) de objeto indireto. Já os pronomes me, te, se, nos e vos podem ter funções de

objeto direto e de objeto indireto, dependendo do verbo que complementam. Na frase

abaixo, por exemplo, o pronome oblíquo átono te é objeto indireto do verbo contar e

objeto direto do verbo amar.Preciso te contar um segredo: eu te amo.

OI OD

Morfossintaxe dos objetosOs objetos diretos e indiretos podem ser representados por substantivos, por prono-

mes substantivos ou por qualquer palavra, expressão ou oração substantivada.

subst. pron. subst.

Meu amigo enviou um livro de aventuras para mim .

OD OI

Lembre-se: para identificar a predicação de um verbo, é preciso observar sempre o contexto em que ele está empregado, e nunca considerá-lo isoladamente.

Observe nos exemplos a seguir como o mesmo verbo pode apresentar diferentes sen-tidos e predicações.

Com apenas 13 anos, Miguel virou homem.

v. de PS ligação

Esse ventilador vira rápido demais.

v. intransitivo

Miguel virou o copo de água sobre a mesa.

v. transitivo OD direto

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129A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

EXERCÍCIOSLeia o quadrinho a seguir, de Fernando Gonsales, e responda às questões de 1 a 3.

(Set, nº 223.)

1. Observe o comportamento do público e interprete: Por que, na opinião do homem que fala, “o público anda meio entediado com as novidades do cinema”?

2. Observe o emprego do verbo andar na fala do homem.

a) Que sentido o verbo andar tem nesse contexto?

b) Qual é a predicação do verbo nessa situação?

3. O verbo andar pode ter estes sentidos, entre outros:

1. percorrer 3. passar, decorrer

2. estar em companhia 4. alcançar, atingir

Observe o emprego do verbo andar nas frases a seguir. Depois associe o verbo a um dos sentidos indicados e dê a predicação dele em cada situação.

a) As horas andavam rápidas naquela madrugada. ( )

b) Já andamos 10 quilômetros e não encontramos ninguém. ( )

c) A inflação anda perto de 10% ao ano. ( )

d) A garota sempre anda com duas amiguinhas da escola. ( )

Porque o público não está interessado no filme, já que as pessoas se divertem com pipoca.

O sentido de “estar” ou “sentir-se”.

verbo de ligação

transitivo direto

intransitivo

intransitivo

intransitivo

3

1

4

2

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• CAPÍTULO 7130

Leia o anúncio a seguir e responda às questões 4 e 5.

(Ícaro, setembro 2005.)

4. Na parte de baixo do anúncio se lê: “Um cartão para todos os negócios, aonde quer que eles te levem. O cartão é a chave”.

a) Que verbo está subentendido no trecho “Um cartão para todos os negócios” do enunciado?

Din

ers

Clu

b In

tern

acio

nal L

tda

O verbo ser: (É) um cartão para todos os negócios.

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131A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

b) Qual é a predicação do verbo levar, no enunciado? Qual é o seu complemento?

c) Em “O Cartão é a chave”, como se classifica, quanto à transitividade, a forma verbal é? Qual é

a função sintática do termo a chave?

5. Na imagem do anúncio, vê-se, ao fundo, a Praça de São Marcos, em Veneza, cidade que é um dos locais turísticos mais visitados do mundo. A imagem é constituída de várias peças, como um quebra-cabeça.

a) Qual é a peça que falta encaixar nesse quebra-cabeça?

b) Que relação há entre essa peça e a parte verbal do anúncio?

c) Por que o lugar da peça que falta no quebra-cabeça situa-se na abertura da porta?

6. Leia as frases a seguir, observando o sentido dos verbos destacados. Depois, classifique-os, usan-do VS para verbo significativo e VL para verbo de ligação.

a) Apesar do barulho lá fora, a professora continuou a leitura do conto. ( )

b) O rapazinho continua doente. ( )

c) A torcida permanece otimista com o time, apesar das derrotas. ( )

d) A torcida permaneceu no estádio depois do torneio de futebol. ( )

e) A escola está oferecendo vagas a novos alunos. ( )

f) Nesta última semana, meu amigo andou desanimado. ( )

é: verbo de ligação / predicativo do sujeito

transitivo direto / te: objeto direto

É a peça constituída pelo cartão de crédito anunciado.

Na parte verbal se lê: “O Cartão é a chave”. Logo, subentende-se que o cartão anunciado é o que dá acesso às viagens e ao

mundo do turismo.

Para reforçar a ideia transmitida pelo enunciado verbal de que “O Cartão é a chave”. Ou seja, o cartão completa o quebra-cabeça

e, assim, abre a porta que dá acesso ao mundo do turismo; ou abre a porta para o mundo em que os sonhos viram realidade.

VS

VS

VS

VL

VL

VL

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• CAPÍTULO 7132

Os complementos verbaisna construção do texto

Leia este anúncio:

1. Quatro imagens compõem a parte visual do anúncio.

a) Quais delas retratam animais?

b) Troque ideias com os colegas e levante hipóteses: Quais são os animais retratados no anúncio?

c) Qual das imagens retrata um vegetal?

d) O que há em comum entre as imagens?

(Horizonte, nº 65.)

Professor: Aproveite para lembrar aos alunos que o ser humano também é considerado animal (racional).

Da esquerda para a direita e de cima para baixo: a 2ª, a 3ª e a 4ª.

Um macaco, um animal cuja pele tem valor comercial (talvez um urso ou uma raposa) e um ser humano.

Todas elas (folha e patas) se assemelham à palma da mão humana.

A 1ª.

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133A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

2. Releia o texto verbal que acompanha cada uma das imagens. O locutor se identifica com o pro-nome pessoal eu.

a) Qual é a função sintática desse pronome nes-ses enunciados?

b) Que tipo de profissional costuma fazer afirma-ções como as desses enunciados?

c) Em que esse tipo de profissional se baseia para prever o futuro de seus clientes?

3. Nas quatro situações, o locutor sempre diz ver alguma coisa.

a) Qual é a predicação desse verbo no texto?

b) Qual é o complemento desse verbo em cada uma das situações?

c) Que função sintática cada um desses complementos desempenha?

4. Compare os complementos verbais dos textos referentes às quatro situações.

a) De modo geral, o futuro previsto para cada um dos seres retratados nas imagens é positivo ou negativo?

b) Nas três primeiras situações, quem está agindo contra os seres retratados?

c) E na quarta situação? Quem age contra o ser humano e de que modo isso é feito?

5. A quarta situação é a única que apresenta um texto verbal diferente. Para o ser humano, o futuro previsto não é bom, mas existe uma esperança.

a) Que parte desse enunciado revela que ainda há esperança para o ser humano?

b) A oração “se continuar assim” introduz uma ideia de condição. Qual é a condição para que o ser humano possa ter um futuro diferente do previsto?

Para que servemos objetos?

Cortar árvores, matar animais, po-luir o meio ambiente são algumas das ações que o ser humano realiza.

Para expressar com palavras os seres que são alvo da ação trans for-madora do homem, fazemos uso de objetos diretos e indiretos.

Mas nossas ações não precisam ser negativas; podemos também proteger a natureza, preservar os parques, respei-tar os animais, trabalhar por um futuro

melhor, etc.

Sujeito.

Videntes ou ciganas.

Baseia-se nas linhas da mão das pessoas.

Transitivo direto.

uma motosserra, uma jaula, um casaco de pele, um futuro

Negativo.

O ser humano.

O próprio ser humano, que se prejudica ao prejudicar o meio ambiente.

A oração “se continuar assim”.

Professor: Comente com os alunos que a oração estabelece uma condição para que o futuro da humanidade seja bom.

A condição é que ele passe a respeitar o meio ambiente, representado pela fauna e pela flora.

Objeto direto.

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• CAPÍTULO 7134

Semântica e discurso

Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 4.

(Vida Simples, nº 103, p. 49.)

1. O texto é um anúncio publicitário.

a) O que ele promove ou divulga?

b) Quem é o locutor, ou seja, quem é o responsável por esse anúncio?

c) Observe, abaixo do anúncio, a indicação de onde ele foi publicado. Que tipo de leitor o anunciante tinha em vista?

Plan

eta

Sust

entá

vel

Professor: Comente com os alunos o perfil da revista. Trata-se de uma revista que, como o nome sugere, se propõe a levar informações a pessoas que desejam uma vida melhor em relação a vários aspectos: meio ambiente, trânsito, alimentação, saúde, etc. Logo, o anunciante supõe que esse tipo de leitor tenha interesse na preservação do patrimônio arquitetônico da cidade onde vive.

Professor: Chame a atenção dos alunos para o logotipo do projeto, no canto esquerdo superior. Comente com eles que esse projeto é apoiado por diversas empresas. Na parte de baixo do anúncio, podem ser identificadas algumas delas.

Uma ideia: a da necessidade de cada cidade preservar seu patrimônio histórico.

É o projeto Planeta Sustentável.

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135A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

2. Nos anúncios publicitários, texto verbal e imagem geralmente se complementam. No anúncio lido, que relação há entre a imagem e os enunciados verbais?

3. Observe as três frases que se destacam no anúncio:

“Sua cidade tem história.”

“Respeitar o passado ajuda a construir o futuro.”

“Preserve o patrimônio arquitetônico.”

a) Qual das frases resume o objetivo principal do anúncio?

b) Qual das frases é o argumento utilizado para convencer o leitor?

c) Observe a predicação dos verbos empregados nas três frases.

• Como eles se classificam, quanto à transitividade? Quais são os objetos?

• Troque ideias com os colegas e levante hipóteses: Qual é a razão do emprego, nos enunciados, de verbos cuja transitividade é a que você identificou?

4. No anúncio, bem embaixo, se lê: “O futuro a gente faz agora”.

a) Qual é o sujeito dessa oração? Qual é o complemento verbal?

b) Por que a frase “O futuro a gente faz agora” se aplica à preservação do patrimônio histórico?

c) Você concorda com o ponto de vista expresso nessa frase? Ele se aplica a outros as-pectos da vida em sociedade, na sua opinião?

Plan

eta

Sust

entá

vel

A imagem de uma casinha remendada com fita adesiva, sobre um chão ou uma parede trincada, reforça a ideia de que, com

o tempo, o patrimônio arquitetônico das cidades se deteriora.

tem: VTD; OD: história / respeitar: VTD; OD: o passado / ajuda a construir: VTD; OD: o futuro / preserve: VTD;

OD: o patrimônio arquitetônico

Preserve o patrimônio arquitetônico.

Respeitar o passado ajuda a construir o futuro.

sujeito: a gente; complemento verbal: o futuro (objeto direto)

Para preservar o patrimônio arquitetônico, é necessário agir. Como os verbos transitivos expressam ações, o emprego deles ajuda

a dar ideia da importância de agir em benefício da preservação do patrimônio histórico das cidades.

Porque ela faz lembrar que, se não se começar a preservar o patrimônio arquitetônico agora, não haverá o que preservar no

futuro.

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que sim e que citem o meio ambiente como exemplo de outro

aspecto da vida em sociedade que deve ser preservado.

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• CAPÍTULO 7136

5. Os verbos de ligação ou verbos de estado, às vezes apresentam entre si diferenças semân-ticas sutis. Leia e compare as frases a seguir. Depois associe cada uma ao sentido que o verbo apresenta.

( ) O verão brasileiro é luminoso. a) aparência

( ) O verão brasileiro está luminoso. b) mudança

( ) O verão brasileiro fica luminoso. c) permanência

( ) O verão brasileiro continua luminoso. d) constância

( ) O verão brasileiro parece luminoso. e) transitoriedade

6. Leia estas frases:

Observe, na primeira frase, que o locutor, ao se referir a uma característica permanente, definitiva de Soraia, empregou o verbo de ligação ser (na forma é). Na segunda frase, ele empregou o verbo estar (na forma está), porque quer se referir a um estado transitório de Soraia: ela está bonita hoje, mas amanhã pode não estar.Qual das frases abaixo você empregaria para sugerir que uma amiga sua tem condições de pertencer a um time de basquete?• Minha amiga está alta, com aqueles sapatos de salto.• Minha amiga é alta.

PARA ESCREVER COM ADEQUAÇÃO

Regência verbal

Leia esta tira, de Fernando Gonsales:

(Níquel Náusea — A vaca foi pro brejo atrás do carro na frente dos bois. São Paulo: Devir, 2010. p. 3.)

1. Na língua portuguesa, há verbos e nomes que, ao serem empregados em uma frase, exi-gem a presença de outros termos. Na tira:

Soraia é bonita.

Soraia está bonita hoje.

X

c

e

b

d

a

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137A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

a) Quais são os termos exigidos pela locução verbal vamos devolver na frase “Agora vamos devolver ele para a água!”? Que função sintática eles desempenham?

b) Qual é o termo exigido pelo verbo comer na frase “Acho que comi uma minhoca alu-cinógena!”? Que função sintática ele desempenha?

2. Interprete: Por que o peixe acha que comeu uma minhoca alucinógena?

3. No 2º quadrinho, há um emprego pronominal que foge às recomendações gramaticais da norma-padrão.

a) Identifique essa situação.

b) No contexto em que o falante se encontra, na tira, esse emprego constitui um problema? Por quê?

Ao responder às questões anteriores, você pôde observar que há termos que exigem a presença de outro. É o caso da locução verbal vamos devolver e do verbo comer na tira.

O termo — verbo ou nome — que exige a presença de outro chama-se regente ou subordinante, e os que completam a significação do termo cha-mam-se regidos ou subordinados.

Quando o termo regente é um verbo, ocorre a regência verbal.

Quando o termo regente é um nome — substantivo, adjetivo ou advérbio — ocorre a regência nominal.

Há verbos que admitem mais de uma regência. Compare es-tas frases:

Durante o dia, Pedro trabalha; à noite, assiste à televisão.

VTI OI

Médicos e enfermeiras assistiram o acidentado.

VTD OD

Fern

ando

Gon

sale

s

ele, objeto direto; para a água, objeto indireto

uma minhoca alucinógena, objeto direto

Não, pois o falante está numa pescaria, entre amigos.

Porque não acredita no que aconteceu, ou seja, ter sido capturado e devolvido para a água. Acha que está tendo delírios.

Agora vamos devolver ele para a água! / De acordo com a norma-padrão, teríamos vamos devolvê-lo.

Professor: Lembre aos alunos que, em situações formais, ou produzindo gêneros que envolvem formalidade, é necessário observar as regras da norma-padrão.

Professor: Lembre aos alunos que, na função de objeto, a norma-padrão recomenda o emprego de pronomes oblíquos.

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• CAPÍTULO 7138

Na primeira frase, o verbo assistir foi em-pregado com o sentido de “presenciar” e, nesse caso, é transitivo indireto. Já na segunda frase, significa “prestar assistência” e, quando tem esse sentido, é transitivo direto.

A regência é um dos aspectos da língua em que se evidenciam claramente as diferen-ças entre a norma culta e as demais varieda-des. Mesmo entre os falantes que regularmente usam a norma culta, é comum haver diferenças no emprego da regência em situações de uso da língua escrita e da língua oral.

Em situações em que há necessidade de produzir textos que sigam a norma-padrão formal, recomenda-se, para esclarecer dúvidas quanto à regência, a consulta a dicionários co-muns ou especializados em regência.

Apresentamos a seguir os casos mais co-muns de regência, de acordo com as orienta-ções da gramática normativa.

Assistir

• É transitivo indireto quando significa “ver, presenciar”:

Os meninos assistiram a um espetáculo circense na praça da Matriz.

• É transitivo direto nos sentidos de “acompanhar”, “prestar assistência”:

Os transeuntes assistiram o acidentado, levando-o ao hospital.

Chegar — Ir

• São intransitivos e exigem a preposição a quando indicam lugar:

Cheguei à escola depois do sinal de entrada.

Vou ao cinema todos os sábados.

Obedecer — Desobedecer

• São transitivos indiretos e exigem a preposição a:

Tanto os pedestres quanto os motoristas devem obedecer às leis de trânsito.

Anita desobedeceu à mãe e, como castigo, não pôde ir ao cinema com as amigas.

No anúncio, entender é transitivo direto e vocês é o objeto direto do verbo. Se o enunciado fosse “Para cachorros que entendem de cozinha”, o verbo entender seria transitivo indireto e de cozinha teria a função de objeto indireto.

Lew

’Lar

a\TB

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(Folha Top Mind 2009, 29/10/2009.)

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139A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

Esquecer — Lembrar

• São transitivos diretos quando não são pronominais, isto é, quando não exigem o pro-nome oblíquo:

A menina esqueceu os óculos de sol no balcão de atendimento do banco.

Minha mãe não lembrou a senha do cartão do banco.

• São transitivos indiretos quando pronominais, isto é, quando exigem o pronome oblíquo:

Elisa esqueceu-se de devolver o livro de Luciana.

Não me lembro de nada.

EXERCÍCIOS

Leia a tira a seguir e responda às questões 1 e 2.

(Fernando Gonsales. Com mil demônios. São Paulo: Devir, 2002. p. 10.)

1. Há, na tira, um verbo cujo emprego está em desacordo com a norma-padrão quanto à regência.

a) Qual é esse verbo?

b) As tiras geralmente retratam situações cotidianas e informais de comunicação. Contudo, como deveria ser empregado esse verbo na frase, caso o gênero e a situação exigissem o emprego rigoroso da norma-padrão?

c) Por que, nesse caso, o emprego do pronome seria obrigatório?

2. O verbo lembrar tem a mesma regência que o verbo esquecer. Reescreva a frase do 3º quadri-

nho, substituindo o verbo esquecer por lembrar e observando as regras da norma-padrão.

esquecer

Esqueci-me de tirar a ferradura.

Lembrei-me de tirar a ferradura.

Porque o verbo esquecer, quando é empregado como transitivo indireto, torna-se pronominal.

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• CAPÍTULO 7140

3. As frases a seguir são comuns na comunicação oral e informal dos brasileiros.

( ) O motorista obedeceu o sinal de trânsito. ( ) Cheguei na escola em cima da hora.

( ) Iremos amanhã cedo ao Rio de Janeiro. ( ) Eles assistiram uma partida de futebol.

a) Identifique as que estão em desacordo com a norma-padrão.

b) Caso a situação de comunicação exigisse dos falantes maior rigor quanto ao emprego da norma-padrão, como ficariam as frases que você assinalou no item anterior?

Leia a história em quadrinhos a seguir e responda às questões de 4 a 9.

(Ziraldo. Almanaque Maluquinho — Pra que dinheiro?. São Paulo: Globo, 2011. p. 33.)

O motorista obedeceu ao sinal de trânsito. / Cheguei à escola em cima da hora. / Eles assistiram a uma partida de futebol.

Professor: Aproveite a segunda frase para introduzir ou rever a noção de crase.

X X

X

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141A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

4. Junim está reivindicando um aumento na mesada. O que é reivindicar? Se necessário, consulte o dicionário.

5. Para convencer o pai, Junim apresenta vários argumentos. Cite pelo menos três deles.

6. A linguagem de Junim imita a linguagem de determinadas pessoas ou grupos sociais.

a) Que grupo é esse?

b) Que palavras ou expressões comprovam sua resposta?

7. No penúltimo quadrinho, Junim se diz um “menino de família”. Essa denominação está em opo-sição a outra, que se aplicaria ao pai. Qual é ela e qual é seu significado?

8. No último quadrinho, Junim resume sua reivindicação dizendo: “Eu só gasto com o essencial!”.

a) Você concorda com o que ele diz, ou seja, considera que os gastos dele são mesmo “essenciais”?

b) Você acha que o pai vai atender às reivindicações do filho? Por quê?

9. No 3º e no 5º quadrinho, há verbos que foram empregados em desacordo com as regras de re-gência da gramática normativa.

a) Circule os verbos e depois reescreva as frases de acordo com a norma-padrão.

b) Discuta com os colegas: Na situação retratada na história, o emprego da norma-padrão é obri-gatório? Por quê?

Zira

ldo

Professor: O objetivo da questão é despertar a consciência dos alunos para a adequação da linguagem às situações. Espera-se que eles percebam que, se Junim falasse rigorosamente de acordo com a norma-padrão, soaria artificial para uma criança; além disso, trata-se de uma história em quadrinhos, gênero que normalmente retrata situações informais de comunicação. Contudo, considerando-se que Junim está falando como um trabalhador ou sindicalista adulto, tam-bém não seria inadequado que a fala dele seguisse a norma-padrão.

requerer, reclamar, solicitar

A linguagem é semelhante à linguagem de sindicalistas e de alguns políticos.

companheiros, não pode continuar, direito de ir e vir, não é justo

Professor: Abra a discussão com a classe. Sugestão: Do ponto de vista dele, sim, mas, do ponto de vista do pai, provavelmente

essenciais seriam gastos com alimentação, saúde e escola.

“Pai de família”, ou seja, pai que mantém financeiramente a família.

Resposta pessoal. Provavelmente sim, pois o pai está se divertindo com essa história e achando o filho muito esperto.

A mesada dos colegas é maior. O preço das coisas de que ele gosta aumentou.

Ele gasta muito com gibis, figurinhas e chocolate.

Ele já não pode ir ao cinema.

gosto, ir, vir

Companheiros, o preço das coisas de que/das quais eu gosto aumentou, mas minha mesada não. /

Hoje, eu, um pobre menino de família, perdi o direito de ir ao cinema e vir dele.

Resposta pessoal.

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• CAPÍTULO 7142

DE OLHO NA ESCRITA

Acentuação dos hiatos

Leia estas anedotas:

O dono do pomar chega no quintal e descobre todo

o bando do Menino Maluquinho, lá em cima da man-

gueira, pegando as mangas. E grita:

— Ei... vocês estão roubando as minhas mangas?

E o Maluquinho responde:

— Não, não. Nós pegamos algumas caídas no chão e

tamos botando no lugar.

(Ziraldo. O livro do riso do Menino Maluquinho. 3. ed.São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 57.)

Filip

e Ro

cha

Junim quebrou o braço e ficou um tempão com o

braço na tipoia. Um dia, ele perguntou ao médico:

— Doutor, o senhor acha que depois que eu tirar o

gesso eu vou conseguir tocar piano?

— Claro, meu filho — respondeu o médico.

— Que bom — disse o Junim. — Antes eu não con-

seguia de jeito nenhum.

(Idem, p. 57.)

Filip

e Ro

cha

1. As anedotas frequentemente quebram a expectativa do leitor com um elemento surpresa, o que gera o humor.

a) O que quebra a expectativa na primeira anedota?

b) E na segunda anedota?

2. Nas anedotas, há quatro palavras que apresentam hiatos. Localize-as e responda:

a) Quais delas não são acentuadas?

b) Qual delas é acentuada?

Ao ler os textos e responder à questão 2, você pôde observar que há hiatos que são acentuados e outros que não são. Veja por quê:

São acentuadas as vogais i e u dos hiatos que aparecem sozinhas na sílaba

ou seguidas da letra s.

O Menino Maluquinho dizer que estão levando as mangas de volta para a árvore.

O garoto revelar que não sabia tocar piano.

dia, piano, conseguia

caídas

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143A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

Eis alguns exemplos:

ra-í-zes Ta-ís sa-ú-de ba-ús

Se a letra seguinte ao hiato for diferente de s, as vogais i e u não serão acentuadas:

ru-im a-in-da dis-tri-bu-ir Ra-ul

Exceção: A vogal i de hiatos não é acentuada quando seguida de sílaba iniciada por nh:

ra-i-nha ba-i-nha ta-i-nha mo-i-nho

EXERCÍCIOS1. Os acentos de algumas palavras das charadas a seguir foram propositalmente eliminados. Leia as

charadas, observando as palavras quanto à acentuação. Em seguida, reescreva aquelas cujo acento gráfico é necessário, acentuando-as. Depois tente responder às charadas.

a) Sabe por que os biscoitos de agua e sal não são feitos de agua e sal?

b) De que pais é o prato do mar?

c) Quando é que a carne de boi vira ave?

d) Um gato e um cachorro cairam num poço. Como é que eles sairam?

e) Quem é que tem aneis e não tem dedos, corre e não tem pes?

Veja como ficam os casos seguintes, que podem causar dúvida.Nas palavras paroxítonas, não é acentuado o u tônico que vem

depois de um ditongo:

fei-u-ra bai-u-ca

As letras i e u de hiatos de palavras oxítonas, seguidas ou não de s, são acentuadas quando precedidas por ditongo:

Pi-au-í tui-ui-ús

As palavras paroxítonas com i e u repetidos e em sequência não são acentuadas:

xi-i-ta ju-u-na (tipo de arbusto)

ATENÇÃO

Flip

Est

udio

água / Porque senão o mar seria um enorme biscoito.

país / Camarões.

Quando é patinho.

caíram, saíram / Molhados.

anéis, pés / A cobra.

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• CAPÍTULO 7144

f) Qual é o cumulo do egoismo?

g) Qual é a cidade genuina?

h) Quando é que um viajante se ve em maus lençois?

Fonte: Donaldo Buchweitz, org. Charadas para você quebrar a cabeça. Belo Horizonte: Leitura, 2002.

2. Leia esta tira, de Adão Iturrusgarai:

a) Que palavra completa adequadamente o balão do 1º quadrinho: sanduiche ou sanduíche?

b) Identifique nos balões do 2º e do 3º quadrinho uma palavra oxítona e uma proparoxítona que devem ser acentuadas e reescreva-as, acentuando-as adequadamente.

3. Dê o plural das palavras:

a) caracol c) anel e) lençol

b) anzol d) farol f) aluguel

4. Complete as frases, empregando no presente os verbos entre parênteses:

a) Estas revistas que elas

reproduções de quadros famosos que seus pais também . (ler — ter — ver)

b) Se eu concluí meu trabalho, por que você não o seu? (concluir)

c) Para fazer quibes fritos, a cozinheira a carne junto com o trigo e os temperos. (moer)

d) Quando fica nervoso, Paulo as unhas. (roer)

A reforma ortográfi cae a acentuação

Com a reforma ortográfica que passou a vi-

gorar no Brasil em 2009, algumas palavras, an-

tes acentuadas, deixaram de receber o acento

gráfico. Assim, não se acentuam mais:

• as paroxítonas que apresentam os ditongos

abertos ei e oi: ideia, jiboia, joia.

• as paroxítonas terminadas em oo: voo, aben-

çoo, zoo.

• as formas verbais paroxítonas grafadas com

ee: leem, veem, releem, preveem.

(Folha de S. Paulo, 30/11/2002.)

?

cúmulo, egoísmo / Não querer dividir nem os prejuízos.

sanduíche

genuína / Autenticidade.

vê, lençóis / Quando se hospeda numa pensão barata.

filé, brócolis

caracóis

anzóis

anéis

faróis

lençóis

aluguéis

leem

têm

veem

conclui

mói

rói

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145A PREDICAÇÃO: TRANSITIVIDADE VERBAL •

5. Em cada uma das sequências de palavras abaixo, há pelo menos uma que não deve ser acentuada. Acentue as palavras e grife as que dispensam acento.

a) juızes, jiboia, rainha, povareu, cauboi, androide, magoo b) faısca, distraıdo, amendoim, paraıso, suıte, faısca, cafeına c) carnauba, ciume, feiura, gaucho, conteudo, saude, miudo, berimbau d) pinceis, voo, viuvo, gratuito, azaleia, colmeia, reu, plateia

6. Responda: Por que a palavra Anhangabaú tem acento e tatu não?

DIVIRTA-SE

Será que os dicionários enlouqueceram? Leia as definições do “Dicionário maluco” abai-xo e depois dê sua contribuição, inventando sentidos malucos para os verbetes que ainda estão sem explicação.

Dicionário maluco

abismado: pessoa que caiu do abismo. edifício: antônimo de “é fácil”.armarinho: vento proveniente do mar. esfera: animal domesticado.barracão: entrada proibida para cachorros. evento: constatação de que é vento, não furacão.desbotar: quando a galinha bota 10 ovos. missão: missa longa.detergente: prender pessoas. solução: soluço muito forte.destilado: aquilo que não está do lado de lá. tabela: está bonita.

amador:

assaltante:

barganhar:

caçador:

contribuir:

conversão:

eficiência:

estouro:

ministério:

novamente:

padrão:

presidiário:

pressupor:

ratificar:

somente:

tripulante:

Porque na palavra Anhangabaú há um hiato cuja vogal tônica, o u, está sozinha na sílaba; a palavra tatu é oxítona e não recebe acento

gráfico porque não se acentuam oxítonas terminadas em u.

´´

´´

´´

´

´

´´

´

´´ ´

´´

´´

pessoa que gosta de sofrer.

letra a que salta.

receber um bar de presente.

indivíduo que procura o sofrimento.

dirigir-se a algum lugar com um grupo de índios.

diálogo prolongado.

estudo da letra f.

animal sacrificado pelo toureiro.

aparelho de som compacto.

cérebro sem uso.

sacerdote com altura elevada.

indivíduo detido todos os dias.

anexar preço nos produtos.

tornar-se um roedor.

especialista em salto triplo.

indivíduo que nunca diz a verdade.

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