GRADE MÉTODO DE ATIVIDADES CURRICULAR ENSINO EXTRA … · EXTRA-CLASSE ORGANIZAÇÃO DO CURSO...

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Campus de Bauru Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia de Produção Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 CEP 17033-360 Bauru SP Brasil tel 14 3103 6122 fax 14 3203 6146 [email protected] 1 GRADE CURRICULAR MÉTODO DE ENSINO ATIVIDADES EXTRA-CLASSE ORGANIZAÇÃO DO CURSO IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS ACOMPANHAMENTO

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Faculdade de Engenharia – Departamento de Engenharia de Produção Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 CEP 17033-360 Bauru SP Brasil tel 14 3103 6122 fax 14 3203 6146 [email protected]

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GRADE CURRICULAR

MÉTODO DE

ENSINO

ATIVIDADES

EXTRA-CLASSE

ORGANIZAÇÃO DO

CURSO

IMPLEMENTAÇÃO DE

MEDIDAS

ACOMPANHAMENTO

Campus de Bauru

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Nas subseções seguintes são apresentados cada um dos elementos relacionados com

as diretrizes gerais do projeto pedagógico do curso.

1. OBJETIVOS GERAIS

Os objetivos gerais da proposta pedagógica para o curso de graduação em Engenharia

de Produção da Faculdade de Engenharia do Campus de Bauru são:

a) Habilitar engenheiros em gestão da produção;

b) Motivar o estudante para a aprendizagem a partir da reflexão de problemas abstratos

e concretos. Disciplinas como matemática, física e economia podem estimular mais a

criação através do exercício hipotético dedutivo, enquanto que outras, como

Planejamento e Controle da Produção, Gestão da Qualidade e Simulação podem

estimular a criação e implantação de modelos;

c) Evidenciar a prática profissional no ensino, expondo o aluno a situações típicas da

atuação do engenheiro de produção ao longo de todo o curso. Será objetivo

permanente da coordenação do curso estimular parcerias com a comunidade com a

finalidade de gerar condições de aplicação dos conhecimentos técnicos em situações

práticas e em benefício da sociedade, especialmente a local. Neste sentido, a criação e

fortalecimento de iniciativas como empresa júnior deverão receber atenção especial.

d) Imprimir no aluno o espírito de busca e desenvolver sua capacidade criativa e senso

empreendedor para habilitá-lo a lidar com problemas novos;

e) Desenvolver no aluno a capacidade e a iniciativa para auto conduzir seu processo de

atualização e aprimoramento profissionais. A disciplina Introdução a Engenharia de

Produção será o início do processo de orientação do aluno sobre seu futuro

profissional, atentando para as mudanças que estão sendo implementadas no ensino e

suas conseqüências. Além disso, será objetivo permanente da coordenação orientar o

aluno para as conseqüências de sua vida acadêmica em seu futuro profissional.

f) Desenvolver no estudante sua capacidade de expressão oral e escrita. Serão

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valorizadas iniciativas pedagógicas que levem o aluno a expressar-se nas formas

escrita e oral. Seminários, trabalhos escritos de análise comparativa, incentivo à

produção de textos com finalidade de serem submetidos à análise de referees de

congressos e outras iniciativas que possam contribuir para o desenvolvimento deste

tipo de habilidade.

g) Contribuir para sua a formação ética, política e cultural através do estudo e reflexão

de situações relacionadas à condição humana, e como a engenharia, em especial o

profissional engenheiro, relaciona-se com eles.

O caráter interdisciplinar da Engenharia de Produção propicia o exercício de funções

muito diversificadas pelo profissional da área, seja na empresa de transformação ou na de

serviços. Entende-se, porém, que a formação profissional do engenheiro formado pela FE/B

deva concentrar-se num campo de atuação mais específico, e o atual estágio de

desenvolvimento do país determina uma especial necessidade pelo engenheiro de produção

com características voltada a gestão de processos. Entendida não no sentido clássico -

descrever, dimensionar e ordenar atividades de processamento industrial-, mas atual,

identificar e/ou descrever, dimensionar e ordenar atividades de processamento de serviços,

seja ele nas áreas de manufatura, administrativa, financeira ou outras.

O crescimento da área de serviços e o surgimento de novos instrumentos gerenciais –

ABM (Activity Base Management),, ABC (Activity Base Cost) , Just-in-time, MRP

(Material Requirements Planning), MRPII (versão avançada do MRP que procura determinar

necessidades de materiais e criar modelos de programação da produção de forma integrada) e

automação- estão reduzindo drasticamente a participação dos custos de mão-de-obra no

custo final de produtos e serviços.

Este fato indica que as organizações terão que despender, cada vez mais, tempo e

recursos para gerenciar os custos que não decorrem diretamente do esforço de produção,

como os custos de aperfeiçoamento e melhoria da estrutura administrativa e dos serviços

internos e externos.

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O reflexo destas demandas sobre as organizações modernas é o crescimento de

estudos com a finalidade de provê-las de novos instrumentos de gerenciamento cujo enfoque

é processos, ou seja, o tradicional enfoque funcional já não atende às novas exigências

gerenciais.

A gestão com base em processos, dentro da habilitação de Engenharia de Produção

com ênfase em gerência da produção, exige forte base científica em métodos e sistemas de

gestão; pois são conhecimentos exigidos para realizar pesquisas, desenvolver projetos,

planejar e organizar a aplicação dos recursos da empresa.

Estas características serão adquiridas pelo futuro profissional através do estudo,

pesquisa e exercício em disciplinas da área de administração e em outras voltadas ao

desenvolvimento intelectual do estudante.

Acrescente-se ainda que o ambiente atual de mudança contínua indica a necessidade

do estudante desenvolver habilidades como capacidade de abstrair, refletir, tomar decisões,

coletar informações, analisá-las; interpretá-las e utilizá-las de forma eficiente em sua vida

profissional.

Para que tais habilidades sejam efetivamente desenvolvidas, faz-se necessário o

envolvimento de todos durante o transcorrer do processo de formação, no qual o aluno se

sinta sujeito nesse processo.

Como um dos objetivos da engenharia de produção é criar modelos úteis à sociedade

na solução de problemas que envolvem o gerenciamento de organizações e a produção e

distribuição de bens serviços, ela demanda o uso de dados e informações das organizações.

Entretanto, há grandes dificuldades para se obtê-los. Somente a extensão universitária

através de trabalhos de graduação, teses de pós-graduação, trabalhos de disciplinas, cursos e

treinamentos podem reduzir estas dificuldades. Neste aspecto, será uma permanente

preocupação da coordenação do curso e do Departamento o estabelecimento de vínculos com

a sociedade e o engajamento dos professores do curso em tais atividades.

Estes esforços podem ser potencializados e/ou complementados por estudos

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simulados, área em que o Departamento de Engenharia de Produção vem esforçando-se para

criar as condições propícias para tal, via aquisição de software, pesquisa docente e trabalho

de disciplinas.

Além do aspecto da formação, o contato com o ambiente social tendo como

referência o conhecimento técnico, contribui também para a formação ética e moral, além de

delinear bem o que é ser "cidadão" enquanto técnico que produz para a sociedade.

Dada a tendência atual de organizar a sociedade em torno da livre iniciativa e não

mais em torno do "operariado", é importante que o engenheiro traga consigo o espírito de

pesquisa e o senso empreendedor para que conduza com perseverança, obstinação e

criatividade o processo de busca de soluções para problemas novos. Adicionalmente, é

indispensável que ele assuma a iniciativa de auto-conduzir seu necessário contínuo processo

de atualização e aprimoramento profissional.

Todas estas características implicam em bom domínio da linguagem, visão histórica e

política, pois a globalização e o acesso a informação em escalas nunca antes percebidas

exigem visão sistêmica e abrangente.

Por fim, o engenheiro, pela sua importância e influência social, deve possuir uma

formação não apenas técnica, mas também humana para que possa exercer de fato sua

cidadania, transmitindo bons exemplos de comportamento ético, político e social.

2. PERFIL DO ENGENHEIRO A SER FORMADO

O curso de Engenharia de Produção da FEB deve contemplar a formação de um

profissional especializado para atuar em gerência da produção com bom domínio do conceito

de processo, hoje fundamental para a administração da produção.

As funções do engenheiro de produção nas organizações podem ser classificadas em:

a) Gerência da produção;

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b) Projeto de sistemas de informação; e

c) Planejamento e organização da produção, as quais praticamente se identificam com suas

especializações profissionais. Assim, o currículo deve ser desenvolvido de forma a

habilitar o estudante em qualquer dessas funções, e

d) Gestão de processos.

A despeito deste perfil, deve-se cuidar para que o engenheiro de produção egresso da

FEB adquira também formação genérica que lhe permita atuar em outros campos da

atividade econômica como, por exemplo, as empresas de serviços e órgãos governamentais.

Isto pode ser alcançado pela decorrência natural do forte caráter interdisciplinar das matérias

abordadas num curso de Engenharia de Produção. Porém, como é desejável que se dê uma

identidade ao profissional egresso da universidade, optou-se em concentrar sua formação nas

atividades de manufatura e processos, devido ao atual estágio de desenvolvimento do país e

pelas características da economia regional.

Para desenvolver adequadamente as habilidades anteriormente enumeradas o estudante

necessita adquirir conhecimentos em gestão de processos, uma formação generalista e uma

visão sistêmica na consecução dos objetivos organizacionais. Adicionalmente, é importante

que o engenheiro conheça com profundidade as técnicas da Engenharia de Produção e traga

consigo a consciência sobre sua forma de atuação frente aos problemas da sua área, os quais,

na sua maioria, possuem forte caráter sistêmico e devem, portanto, ser tratados através de um

contínuo processo de melhoria, gerando alternativas para a tomada de decisão.

3. EFEITO DA PROPOSTA SOBRE A GRADE CURRICULAR

A grade curricular foi estruturada contemplando as matérias de formação profissional

geral da área de gerência da produção, dando ênfase à gestão de processos, possibilitando ao

aluno a identificação e análise de processo.

A opção pela gerência da produção resultou na introdução de disciplinas que

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contemplem o exercício intelectual para abordar problemas complexos. Dentre elas

destacam-se a Estatística, a Pesquisa Operacional, a Modelagem de Sistemas, a Teoria Geral

dos Sistemas, Sistemas de Informação, Administração da Produção I e II, Logística, e outras

relacionadas com projeto de sistemas de informações.

A motivação para a aprendizagem da Engenharia de Produção será alcançada, via

grade curricular, através da introdução de disciplinas profissionalizantes ao longo de todo o

curso e da contínua interação com a sociedade, via trabalhos de disciplinas, pesquisa de

campo e visitas técnicas. Neste sentido, é fundamental oferecer aos alunos iniciantes a

disciplina "Introdução a Engenharia de Produção" para mostrar não apenas os diversos

campos de atuação profissional e o papel da Engenharia de Produção no conjunto das demais

habilitações e no desenvolvimento industrial do país, mas também para apresentar os tipos

de problemas que são resolvidos pelo engenheiro de produção, assim como as técnicas que

esse profissional utiliza.

Diversas disciplinas, como por exemplo, Teoria e Modelagem de Sistemas,

Engenharia Econômica, Organização do Trabalho, possuem um forte caráter motivacional e

serão, portanto, utilizadas para aproximar o estudante da sua profissão. Disciplinas desse

gênero são ainda propícias para desenvolver no aluno o espírito de busca e a capacidade

criativa, pois permitem explorar muito bem as fases de reconhecimento, definição e

formulação de problemas.

As disciplinas básicas apresentam sempre algum vínculo com a Engenharia de

Produção mostrado através de exemplos de aplicação, o que pode ser efetivado com a

colaboração dos professores do ciclo profissional. O Conselho de Curso irá interagir com os

decentes com o objetivo de promover a simbiose do ensino básico com o profissional.

As disciplinas, cujo conteúdo permitir, serão acompanhadas de trabalhos práticos

extraídos de situações reais fazendo com que o aluno se mantenha como que em estágio

permanente dentro da empresa. Isto, além de expô-lo à situações típicas da atuação

profissional ao longo de todo o curso, promove o desenvolvimento de seu senso

empreendedor, característica importante para habilitá-lo a lidar com problemas novos.

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A carga horária e a grade curricular do curso foram desenvolvidas de forma racional,

mantendo disciplinas teóricas e práticas que tratam da mesma matéria unificadas e os ensinos

teórico e prático indissociáveis, com os tópicos da matéria ministrados paralelamente, de

forma que a prática seja, sobretudo, um reforço do ensino teórico, principalmente quando se

tratar de aulas de laboratório.

O currículo contempla, ao final do curso, atividades de estágio, permitindo ao aluno o

exercício do saber e colocando-o de forma mais significativa em contato com o "mundo da

engenharia", não somente como aprendiz, mas como um profissional com responsabilidades

e tarefas bem definidas.

O Estágio Curricular Supervisionado é uma atividade de formação prevista nas

diretrizes relacionadas na resolução CNE/CES 11 para os cursos de Engenharia. Trata-se de

uma atividade complementar no processo de ensino e aprendizagem que o aluno pode realizar

em empresas privadas, públicas e em instituições de ensino superior, bem como nas

dependências dos departamentos de ensino da Faculdade de Engenharia de Bauru.

O estágio supervisionado deve ser realizado sob supervisão de um profissional

qualificado e orientação acadêmica de um docente do curso ao qual o aluno está vinculado.

Para que possa ser bem sucedido é necessária uma integração entre empresa e universidade, no

sentido de resguardar a qualidade do aprendizado do aluno.

O estágio supervisionado tem uma carga horária de 180 horas dividida em duas

disciplinas, Estágio I e Estágio II, com 90 horas cada um. Esta atividade de cunho obrigatório,

somente poderá ser realizada a partir da integralização de 60% do número total de créditos do

curso, desde que não ultrapasse naquele semestre o número máximo de créditos permitidos. No

entanto, o aluno poderá exercê-lo antes da integralização de 60% do número de créditos, mas

somente como estágio NÃO obrigatório. Caso o aluno não cumpra o número mínimo de horas

exigidas em um único semestre letivo, o aluno poderá requerer matrícula em 6 créditos em

dois semestres subsequentes.

Em regra, a jornada de atividade em estágio não deve ultrapassar 6 (seis) horas diárias e

30 (trinta) horas semanais. Sendo o estágio uma atividade prática, em que o aluno deverá

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cumpri-lo sem prejuízo nas demais atividades acadêmicas, poderá ser realizado em uma

jornada máxima 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas semanais, nos períodos em que não

estão programadas aulas presenciais. Tal jornada também poderá ser aplicada em estágio

realizado no período de férias.

As atividades desenvolvidas durante o estágio têm por objetivos gerais:

- Favorecer ao aluno a complementação de sua formação técnica e profissional, por

meio da inserção em ambiente real de trabalho, qualificando-o para o exercício da

profissão.

- Propiciar a vivência da realidade profissional, integrando conhecimentos teóricos e

práticos adquiridos em etapas anteriores do curso.

- Promover a integração e intercambio entre o curso de Engenharia de Produção, o

setor produtivo e a comunidade, por meio de troca de conhecimentos e informações

relativas às necessidades e interesses mútuos.

A realização do estágio curricular é de extrema importância não apenas para que o

aluno possa complementar sua formação técnica, mas também, para que o mesmo possa

exercitar virtudes e habilidades humanas extremamente importantes para o exercício de sua

profissão. Espírito de equipe, criatividade, relacionamentos com superiores e subordinados,

percepção de deficiências, etc. são fatores fundamentais para o egresso, e o estágio

supervisionado constitui-se em oportunidade ímpar para o desenvolvimento das mesmas. Por

essas razões, o estágio supervisionado obrigatório deve ser realizado preferencialmente em

empresas consolidadas, com corpo de engenheiros significativo, e que apresente reais

oportunidades de atuação para o aluno. Eventualmente o estágio supervisionado poderá ser

realizado sob a supervisão de um Engenheiro de Produção que atue como profissional

liberal, desde que as atividades previstas para o estagiário sejam realmente significativas.

As atividades relativas à experiência profissional desenvolvidas na graduação

poderão ser equivalentes a estágio, cumpridas as exigências contidas no artigo 8º da Portaria

FEB n° 85/2013.

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A disciplina Trabalho de Graduação pode ser ou não vinculada às atividades de

estágio, acima referidas, sendo que o professor desta disciplina auxiliará os alunos na

definição dos trabalhos, coordenará a escolha dos orientadores e á apresentação de

seminários. O objetivo dessa disciplina é controlar o cronograma de desenvolvimento dos

projetos individuais, promover a troca de experiência obtida no estágio entre os alunos,

ensinar o estudante a preparar propostas de prestação de serviços e relatórios técnicos, e

padronizar a forma de apresentação dos projetos de graduação. No quinto ano, a carga

horária foi estruturada com a finalidade de adequar a permanência nos ambientes escolar e

empresarial.

A formação ética, social e cultural do estudante será obtida, via grade curricular,

através da introdução de disciplinas apropriadas a esse fim: Metodologia Científica,

Economia, Engenharia de Produção e Sociedade, Administração e Ciências Jurídicas. Dada a

diversidade Faculdades, Universidades e cursos de graduação presentes em Bauru, o aluno

poderá acrescentar outros conhecimentos através destes recursos, os quais serão incentivados

pela coordenação do curso através da discussão de perfil e carreira profissional.

4. EFEITOS DA PROPOSTA NO MÉTODO DE ENSINO

Os métodos de ensino adotados são fundamentais para o sucesso do curso, pois são

eles que proporcionarão ao aluno as condições necessárias ao aprendizado que o habilitará a

vencer os desafios profissionais que a realidade lhe exigirá.

A rápida evolução do conhecimento que se processa no mundo contemporâneo e a

diversidade de situações a que estará submetido o engenheiro de produção exigem uma

mudança radical na forma tradicional de ensinar, fortemente baseada na apresentação de

técnicas voltadas a solução de problemas bem delineados e fartamente explorados.

Hoje, e no futuro cada vez mais, o profissional se defrontará com situações novas e

com a necessidade de adquirir novos conhecimentos. Assim é que a postura didática deverá

estar voltada para desenvolver no estudante o espírito de busca, a criatividade e o senso

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empreendedor para capacitá-lo a enfrentar e solucionar problemas novos, e ainda para que

ele assuma a condução do seu processo de permanente atualização e aprimoramento

profissionais.

Por outro lado, o custo crescente de desenvolvimento e implantação de novos

projetos vem fortalecendo o uso de simulação, como forma de acelerar e minimizar erros na

execução dos mesmos.

Para que esses objetivos sejam alcançados será objeto permanente de investigação e

difusão entre os docentes do curso novas metodologias e estratégias de ensino,

principalmente aquelas centradas no trabalho em equipe, hoje um requisito básico da

engenharia, participativo e reflexivo.

O Departamento, juntamente com seus docentes, esforçar-se-á para promover a

substituição de métodos de ensino já ultrapassados, através da promoção de palestras,

investimentos em laboratórios, reuniões, envolvimento dos alunos e avaliação permanente do

curso.

Essa postura didática exige envolvimento de todos e pressupõe reflexão, pesquisa e

busca em canais alternativos, que não seja exclusivamente a sala de aula.

Deve, no entanto, cuidar para que as dificuldades encontradas pelos envolvidos no

curso e as impostas ao aluno sirvam como estímulo à busca de novas soluções e não como

justificativa para o que não deu ou está dando certo. Deve-se lembrar sempre que a

dificuldade quando considerada "intransponível" é altamente desmotivadora e

desagregadora.

Os trabalhos práticos de disciplinas são bastante propícios para a implementação

desta forma de ensino e devem ser explorados também neste sentido.

A capacidade e a iniciativa do aluno em auto conduzir seu processo de atualização e

aperfeiçoamento profissionais deve ser desenvolvida dentro das disciplinas através, por

exemplo, da adoção de um programa de leitura complementar de forma a criar no estudante

o hábito da leitura e desenvolver sua capacidade de auto-aprendizagem. Jornais apropriados,

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assim como revistas, livros, vídeos e outros recursos devem ser utilizados nesta tarefa,

principalmente nas disciplinas profissionalizantes.

A postura do docente pode colaborar fortemente para a formação ética do estudante.

0 exemplo é tido como uma das mais eficazes formas de educação. Assim, o professor deve

agir sempre de forma correta, julgar seus alunos com eqüidade, mostrar coerência nas suas

atitudes, estabelecer contratos claros e objetivos com seus alunos para a condução de sua

disciplina e enaltecer os exemplos de conduta ética demonstrados por profissionais e

cientistas vinculados a sua área de atuação.

5. ATIVIDADES DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Para melhor alcançar os objetivos da proposta pedagógica é necessário que a Escola

propicie ao aluno algumas atividades que vão além daquelas vinculadas ao ensino

propriamente dito, as quais serão designadas por atividades de formação complementar,

listadas a seguir.

Implantar o Programa Especial de Treinamento (PET) da CAPES, envolvendo a

maior quantidade possível de alunos do curso.

Incentivar os alunos a se engajarem em atividades de pesquisa através do

programa de Iniciação Científica.

Incentivar os alunos a participarem de associações científicas, como por

exemplo, a Associação Brasileira de Engenharia de Produção-ABEPRO.

Incentivar e financiar a participação dos alunos em congressos, não só de

iniciação científica, mas também de outros que reúnam profissionais da área,

como por exemplo, o Encontro Nacional de Engenharia de Produção - ENEGEP.

Promover palestras e cursos de aperfeiçoamento na Escola para manter os alunos

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atualizados sobre os caminhos da profissão e sobre os temas da atualidade em

discussão no país;

Propiciar condições para que os alunos promovam e participem de atividades

culturais dentro e fora da Escola.

Incentivar a participação do aluno no processo político, tanto da nação, como da

Universidade e do próprio Campus.

Implantar sistema de extensão universitária, cujos serviços estejam fortemente

vinculados aos conteúdos das disciplinas.

Incentivar os alunos a participarem de concursos, copas, torneios e outras

atividades cujo objetivo é fortalecer o aprendizado e promover o contato entre

profissionais da área de engenharia de produção.

Implantar um programa de formação cultural, através de ciclos de palestras,

cursos de aperfeiçoamento, jornais internos, para que o aluno possa conhecer a

realidade social e política do Brasil e compreender as influências que os países

industrializados exercem sobre as nações em desenvolvimento.

Estas atividades extra-classe devem ser todas conduzidas pelo Conselho de Curso

com apoio da Direção da Escola.

6. ORGANIZAÇÃO DO CURSO E DO CURRÍCULO

O curso de Engenharia de Produção terá duração de cinco anos e a grade curricular

será estruturada através de disciplinas obrigatórias, cuja duração poderá ser anual ou

semestral. Em todos os semestres o aluno deve cursar disciplinas relacionadas às área de

atuação do engenheiro de produção.

As disciplinas eletivas não estão explicitadas na grade curriculares, mas serão

incentivadas, ou seja, a coordenação entende que cabe ao aluno procurar diferenciar o seu

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perfil profissional e à escola esclarecer-lhe sobre a importância de zelar por ele.

Desta forma, as eletivas têm por objetivo fornecer informações sobre a aplicação da

Engenharia de Produção em outras áreas de atividades além daquela que norteia a opção do

curso, ou ainda, aprofundar conhecimentos específicos de outras disciplinas. Ao optar por

uma disciplina eletiva o aluno deverá solicitar a sua inclusão em seu histórico escolar. Fica a

critério da coordenação vedar ou sugerir a supressão da mesma, quando entender que ela

poderá prejudicar o aluno durante o curso.

Caso decida-se, futuramente, implantar outras vocações no curso de Engenharia de

Produção da FEB, estas deverão ser feitas através de conjuntos paralelos de disciplinas

alocadas no quinto ano, quando então o estudante poderá, no final do curso, optar pelo

conjunto que determina aquela vocação profissional de sua escolha. Esta organização da

grade curricular fornece a adequada flexibilidade à criação de novas vertentes da Engenharia

de Produção.

Os estudantes de uma mesma série do curso de Engenharia de Produção deverão ser

mantidos em turma única, sempre que a quantidade de alunos assim o permitir. As

disciplinas com turmas divididas devem possuir planos de curso idênticos (conteúdo

programático, plano de aulas, critério de avaliação, plano de recuperação).

O encadeamento da matéria dentro de uma disciplina e entre disciplinas deverá ser

feito de forma a respeitar rigorosamente os pré-requisitos para se obter uma perfeita

integração horizontal e vertical entre as disciplinas. Alterações na tradicional seqüência de

apresentação da matéria deverão ser estudadas com o objetivo de aproximar os ensinos

básico e profissionalizante, eliminando o hiato de tempo entre ambos e tornando mais

objetivo o ensino das matérias básicas. O programa das disciplinas básicas, tais como

aquelas que contemplam as matérias de Física e Química, foram estruturados objetivando

uma maior ligação com a engenharia através da abordagem de temas práticos e de interesse

da profissão.

7. IMPLANTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

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A implantação da proposta pedagógica exige o comprometimento do corpo docente

com seus objetivos, diretrizes e princípios. Neste aspecto, a proposta pedagógica do curso

deverá estar sujeita aos seguintes campos de forças:

FAVORÁVEIS

Unidade universitária em que há grande variedade de cursos, permitindo o

convívio de alunos, docentes e técnicos com preocupações e objetivos distintos,

perfazendo um verdadeiro ambiente aprendizado multidisciplinar;

Existem três cursos de engenharia funcionando há muito tempo, sendo que o

PROVÃO veio fortalecer aqueles que lutavam pela melhoria do ensino em todas

as áreas;

Laboratórios equipados para atender alunos de engenharia;

Investimentos do Departamento de Engenharia de Produção com a finalidade de

criar novas condições de ensino e aprendizado envolvendo as disciplinas que

ministra;

Docentes do departamento de engenharia de produção envolvidos com o ensino de

engenharia, inclusive com larga experiência profissional na área de ensino.

O sucesso do curso de especialização em engenharia de produção indica que as

capacidades necessárias existem no Departamento, e a área apresenta elevada

demanda na região;

O mesmo aplica-se ao Simpósio de Engenharia de Produção, em sua oitava edição

em 2001. Ano após ano vem crescendo a qualidade e o número de trabalhos

inscritos. O mesmo ocorre com o número de participantes.

A tradição multidisciplinar do Departamento, pois leciona disciplinas em quase

todos os cursos existentes na UNESP de Bauru.

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Cooperação entre unidades com a finalidade de enfrentar dificuldades específicas,

por exemplo a Faculdade de Ciências, detentora do curso de psicologia, poderá

auxiliar a Faculdade de Engenharia no acompanhamento dos alunos no que tange

aos seus problemas particulares, dificuldades de adaptação, inadequação ao curso,

baixo aproveitamento escolar, drogas, etc.. Por outro lado, a Faculdade de

Engenharia poderá orientar docentes da Faculdade de Ciências no manuseio de

número, análise estatística, orientação de projetos elétricos, construção civil,

máquinas e componentes mecânicos, desenvolvimento de dispositivos aplicado à

pesquisa e à docência.

O recente interesse do governo do Estado e da UNESP em ampliar a oferta de

vagas no ensino superior das escolas públicas.

O momento econômico do Brasil exige grandes investimentos em qualificação

profissional e infra-estrutura.

DESFAVORÁVEIS

Cultura das três Faculdades tendem a gerar conflitos, quando mal interpretadas e

gerenciadas;

Baixo envolvimento com o aprimoramento e melhoria do ensino;

Baixa capacidade de investimento da Universidade (problema nacional).

Será motivo de busca constante deste departamento e da coordenação do curso o

aprimoramento da formação do corpo docente nas áreas profissional e pedagógica e o

aparelhamento da Escola com bons recursos didáticos. Para fazer o acompanhamento da

proposta pedagógica pretende-se implantar um sistema de informação que possa controlar a

prática de ensino em cada disciplina de forma a mantê-la sempre bem articulada com os

objetivos, diretrizes e princípios dessa proposta pedagógica.

O comprometimento do corpo docente com a proposta pedagógica será obtido através

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de uma ampla divulgação do seu conteúdo nos Departamentos, visando a participação dos

professores no que se refere principalmente à determinação da conduta pedagógica mais

adequada para alcançar os objetivos nela contidos.

A proposta pedagógica aqui apresentada contém explicitamente seus objetivos e o

que fazer para alcançá-los, mas, com respeito a vários dos objetivos da proposta foi

deliberadamente omitido aquilo que se refere ao como fazer, para que este aspecto seja

discutido com os docentes. Esse processo de discussão deve ser feito periodicamente e

sempre baseado nas experiências adquiridas.

A coordenação do curso poderá sugerir a formação de grupos de estudo com a única

finalidade de avaliar e melhorar o curso, aplicando métodos já desenvolvidos, conforme

Mañas (1997), ou desenvolvendo novos de acordo com os objetivos e conveniências do

curso.

A interação permanente e continuada entre docentes, alunos , técnicos e

pesquisadores da área de educação é de salutar importância para o processo de melhoria, pois

o ensino é umas das missões da universidade e devido à escassez de recursos para

investimento, tem sido relegado a segundo plano, merecendo maior atenção a extensão

universitária e a pós-graduação pois além de permitirem a captação de recursos, contribuem

mais para a carreira docente do que a dedicação ao ensino, exceto para os profissionais da

educação, cuja área de pesquisa é o próprio ensino.

Para todas as outras áreas do conhecimento, a dedicação ao ensino tornou-se um

problema pessoal de cada docente, pois contribui pouco ou quase nada para a sua carreira.

As coisas melhoraram após a introdução da avaliação do ensino pelo MEC. Antes disso era

quase uma heresia algum professor da área de engenharia propor a área de ensino como sua

área de pesquisa. Aliás, a própria estrutura de fomento de pesquisa assim está estruturada,

basta procurar pela área ENSINO dentro de engenharia, isto é coisa para educador e não para

docente de engenharia.

Enfrentar estas dificuldades exige um processo de discussão, comunicação e

avaliação bem estruturada, e com o envolvimento de todos, de tal forma que os resultados

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possam ser amplamente discutidos e medidas corretivas tomadas.

Além disso, é importante desenvolver um senso de responsabilidades para cada um

dos agentes responsáveis pela garantia do atendimento aos princípios da proposta,

explicitando o quê compete a cada um desses agentes, que são o aluno, o professor, o

Departamento, o Conselho de Curso e a Direção da Escola.

O aprimoramento do corpo docente nas áreas profissional e pedagógica é

indispensável para possibilitar a implementação do método de ensino a que se propõe. A

Escola possui atualmente um corpo docente com boa formação acadêmica, mas a experiência

profissional dos seus professores junto às empresas deve ser fortemente intensificada, assim

como seus conhecimentos acerca de métodos e técnicas de pedagogia. A Escola deve

responsabilizar-se pelo processo de aprimoramento do corpo docente, promovendo

treinamento específico em didática e pedagogia e propiciando as condições necessárias para

que o professor desenvolva atividades profissionais junto às empresas , fazendo com que o

docente, que já possui uma boa formação acadêmica, seja também um bom professor e tenha

conhecimento prático e segurança sobre aquilo que está ensinando.

O processo de seleção para contratação de novos professores deve priorizar a

capacidade didática e a experiência profissional dos candidatos e a renovação do corpo

docente deve ser feita de forma suave. Um fato preocupante é a constatação de que a grande

maioria dos professores da Escola se situa numa estreita faixa etária, o que pode levar a

processos de renovação do corpo docente bastante traumática. Uma possível forma de

contornar este problema é manter o docente em atividade após sua aposentadoria através de

bolsas, com o objetivo adicional de preparar os mais novos. É importante registrar que reside

na excelência do corpo docente o fator chave para alcançar com sucesso os objetivos desta

proposta pedagógica.

Recursos didáticos de qualidade são elementos motivadores tanto para o professor

como para os alunos e podem auxiliam muito na transmissão do conhecimento. Salas de aula

confortáveis, bem equipadas com aparelhos audiovisuais, com controle da iluminação, de

ruído e da temperatura são indispensáveis. A Escola deve priorizar a aplicação de seus

recursos neste sentido.

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Devem ainda ser ampliados os locais de estudo, assim como os recursos

bibliográficos e computacionais.

O acompanhamento da proposta pedagógica deve ser operacionalizado através da

implantação de sistemas de controle. É necessário implantar um programa de

acompanhamento pedagógico que possibilite ao docente planejar suas atividades de ensino,

que seja ainda um veículo de divulgação aos alunos de tudo aquilo que lhe interesse a

respeitos da disciplina, funcionando como um contrato de trabalho para a condução da

disciplina, e que, por fim, forneça os elementos necessários para o Conselho de Curso atuar

no sentido de manter as atividades desenvolvidas dentro de cada disciplina sempre em

consonância com os objetivos da proposta pedagógica do curso.

Para estimular e valorizar as atividades estudantis, o Conselho de Curso deve

implantar um sistema de valorização, recompensando não apenas o rendimento escolar do

aluno, mas também sua participação nas demais atividades propostas no projeto pedagógico,

tais como, pesquisa, estágios e atividades de formação complementar. Evidentemente, para

que esta idéia possa se realizar é necessário, antes, implantar um sistema de

acompanhamento da vida acadêmica do aluno, cujos resultados podem ainda ser utilizados

para a acumulação de dados históricos a respeitos de vários índices estatísticos de interesse

da Escola, como por exemplo evasão, índices de retenção em disciplinas etc..

8. AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO E REGIMES DE APROVAÇÃO E DE

MATRÍCULA

Conforme deliberação da Congregação da Faculdade de Engenharia de Bauru e

legislação pertinente.

9. AVALIAÇÃO DE CICLO

A avaliação de ciclo é composta de uma prova geral a ser aplicada com o objetivo de

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acompanhar o aluno desde a admissão na instituição, conforme descrito abaixo:

Habilidades gerais: avaliação de raciocínio lógico e conhecimentos

gerais,

Este tipo de avaliação tem como objetivo averiguar se o curso está

cumprindo uma parte de seu objetivo que é despertar o aluno para a

leitura, exercício da cidadania, discussão de temas nacionais. Além

disso averiguar se o desenvolvimento de habilidades como raciocínio

lógico e matemático está sendo facilitado pelas disciplinas do ciclo

básico.

Habilidades específicas: quantificação da retenção e desenvolvimento

de conhecimentos específicos. Neste quesito pretende-se avaliar a

efetividade do aproveitamento das disciplinas e se o aluno está

efetivamente fazendo as conexões esperadas entre elas. A prioridade na

formulação de questões e situações problemas deverá ser o

conhecimento interdisciplinar.

Exemplo: ao invés de simplesmente averiguar se o aluno é capaz de

solucionar um problema envolvendo integral, pode-se sugerir que ele

utilize o método para calcular o volume de uma peça ou para demonstrar

algum fenômeno econômico ou social.

Entendemos que esta deva ser também a modalidade do vestibular,

tornando-se possível comparar o desenvolvimento do aluno durante

todo o processo. Por outro lado, sendo uma avaliação institucional,

implicará em uma maior integração dos cursos, seus coordenadores,

professores e demais profissionais.

Para a formulação desta avaliação sugere-se além da participação dos

docentes envolvidos nos cursos da UNESP, profissionais de outras

instituições de ensino, especialmente aquelas reconhecidamente de

primeira linha, nacionais ou internacionais.

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A avaliação aqui proposta deverá nortear as ações da coordenação de curso no

sentido de propor melhorias e corrigir discordâncias no processo de ensino aprendizagem.

10. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO CURSO

Com o objetivo de acompanhar o curso será feita uma avaliação ao final de cada semestre

contemplando tópicos associados à conduta do professor (metodologia, assiduidade,

liderança, etc), do aluno (como ele se vê como aluno) e conteúdo ministrado (satisfatório,

atualizado, cumpriu o prometido em ementa, etc.).

Além da avaliação a seção de graduação deverá encaminhar à coordenação do curso

relatórios técnicos contendo:

média geral por aluno no semestre encerrado.

média histórica semestral por aluno.

índice de aprovação e reprovação dos alunos.

índice de reprovação e reprovação por docente.

índice de ausência e freqüência por docente.

índice de desistências

índice de ineficiência (tempo gasto com aluno reprovado)

índice de retrabalho (tempo gasto com P-3)

índice de perda (tempo gasto com aluno que solicita matrícula na disciplina e não a

frequenta).

A finalidade destes relatórios gerenciais é dar condições à coordenação para propor

melhorias ao curso e identificar as áreas mais críticas. Eles também servirão para confrontar

os índices de aproveitamento dos alunos na avaliação de ciclo. Para cada um desses períodos

deverá ser feito um relatório geral do curso contemplando suas vantagens e desvantagens, as

quais servirão de base para as decisões a serem tomadas pelos gestores.