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ndice1- INTRODUO4 1.1- Enquadramento..4 1.2- Trabalhar mais e melhor.6 1.3- Acidentes de trabalho..9 1.4- O quadro dos novos desafios do mundo do trabalho13 2 - CONCEITOS 14 2.1 - Escadas.14 2.1.1 - Escadas portteis.14 2.1.2 - Escadas fixas 14 2.1.3 - Escadas fixas de servio..16 2.2 - Trabalhos em postes metlicos20 2.3 - Trabalhos sobre coberturas ligeiras.20 2.4 - Plataformas de trabalho 21 2.5 Andaimes..23 2.5.1 - Andaimes de ps fixos.23 2.5.2 - Andaimes de ps mveis.30 2.5.3 - Andaimes suspensos (Bailus)31 3 - RISCOS33 3.1 - Escadas portteis.33 3.2 - Escadas fixas34 3.3 - Escadas fixas de servio..34 3.4 - Trabalhos em postes metlicos35 3.5 - Trabalhos sobre coberturas ligeiras.35 3.6 - Plataformas de trabalho 36 3.7 Andaimes..36Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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3.7.1 - Andaimes de ps fixos.36 3.7.2 - Andaimes de ps mveis.39 3.7.3 - Andaimes suspensos (bailus).39 4 - ENQUADRAMENTO LEGAL 40 5 MEDIDAS DE PREVENO.46 5.1 - Escadas portteis..46 5.1.1 - Na colocao da escada apoio e estabilidade..46 5.1.2 - Posicionamento da escada...47 5.1.3 - Fixao da escada47 5.1.4 - Utilizao da escada48 5.2 - Escadas fixas49 5.3 Escadas fixas de servio...53 5.4 - Trabalhos em postes metlicos56 5.4.1 - Utilizao de EPI.56 5.4.2 Antes de iniciar a subida..57 5.4.3 - Na subida.57 5.4.4 - Montagem da corda "linha de vida"57 5.4.5 - No posto de trabalho 60 5.5 - Trabalhos sobre coberturas ligeiras.61 5.5.1 - Organizao do trabalho.62 5.6 - Plataformas de trabalho 62 5.7 Andaimes..65 5.7.1 - Andaimes fixos65 5.7.2 - Andaimes de ps mveis.75 5.7.3 - Andaimes suspensos (bailus).77 -

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MEDIDAS

DE

PROTECO.80 6.1 - EPI 86 6.1.1 - Corda de amarrao (posicionamento)86 6.1.2 - Cinto de trabalho.89 6.1.3 Corda de fiador (fiador) ...93 6.1.4 - Arns de pra-quedas..96 6.1.5 - Pra-quedas retractil..100 6.1.6 - Amortecedor pra-quedas.104 6.1.7 - Pra-quedas deslizante (para suporte de ancoragem flexvel-corda)107 6.1.8 Pra-quedas deslizante (para suporte de ancoragem rgida) ..111 6.1.9 - Regulador antiquedas (para corda de amarrao).114 6.1.10 - Mosquetes de dupla segurana..118 6.1.11 - Cordas de segurana (cordas linha de vida)121 6.2 - Equipamento de proteco colectivo.124 6.2.1 - escadas portteis124 6.2.2 - trabalhos sobre coberturas ligeiras129 6.2.3 - Andaimes...135 6.2.4 - Segurana de trabalhos na via pblica (sinalizao).140 7 - CONCLUSES..147 8 - BIBLIOGRAFIA149

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1- INTRODUO 1.1 - Enquadramento Os trabalhos em altura que envolvem os operrios durante a execuo de tarefas e/ou em projectos e obras que se executam a diferentes nveis, so a causa principal de acidentes graves, especialmente aplicado para aqueles de durao geralmente curta. Em primeiro lugar, necessrio determinar o marco regulatrio que inclui a definio da altura mnima a partir da qual se considera que representa um risco proporcionando acidentes, e a continuao das causas que provocam esses mesmos acidentes. De acordo com algumas boas prticas, algumas empresas consideram que os trabalhos em altura, so aqueles que so executados em alturas superiores a 2 ou 3 metros nos andaimes, escadas, estruturas, mquinas, plataformas, veculos, entre outros, sendo que as quedas das pessoas a nveis distintos podem dar origem a leses que normalmente so graves. Os principais riscos a que esto expostos os trabalhadores so: quedas de pessoas, quedas de objectos, contacto com linhas elctricas areas, golpes, impacto de veculos, perda de

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estabilidade e acidentes que ocasionam incapacidade permanente ou temporria ao trabalhador 1 e nalguns casos fatais. Como critrio geral, todos os trabalhos em altura s podem efectuar-se em princpio, com a ajuda de equipamentos ou dispositivos de proteco colectiva, tais como plataformas, redes de segurana, guarda corpos e guarda cabeas. Deve ainda dispor-se de meios de acesso seguros e utilizar-se cintures de segurana, arns anti-queda e/ou outros meios de proteco individual equivalentes. Os trabalhos em altura realizam-se preferencialmente acompanhados, obrigatrio em zonas no urbanas e em todo o momento o operrio que trabalha em altura deve encontrar-se no campo de viso (no horizonte de viso) de outro seu companheiro. Como em qualquer tipo de acidentes, podem intervir duas grandes causas : humanas e materiais. Humanas Causas fsicas - Agilidade, Desequilbrio; Idade; Falta de Reflexos; Fora, Habilidade; Condio Fsica, Vertigens. Causas psicolgicas - Descuido; Falta de Ateno; Inquietude; Nervosismo. Causas formativas - Desconhecimento dos perigos/riscos, incorrecta utilizao dos meios e equipamentos de proteco, ms condies de trabalho. Materiais Equipamentos de proteco - Carncia de Equipamentos, tanto individuais como colectivos.1

Por incapacidade permanente, entende-se, a impossibilidade permanente de um trabalhador auferir

rendimentos de trabalho (no todo ou em parte) devido a uma acidente de trabalho. esta pode ser dividida em incapacidade permanente parcial (provoca ao trabalhador uma reduo inferior a 2/3 na sua capacidade de trabalho ou ganho, com carcter permanente); incapacidade permanente absoluta (provoca ao trabalhador uma reduo superior a 2/3 na sua capacidade de trabalho ou ganho, com carcter permanente, podendo esta verificarse para o trabalho habitual ou para toda e qualquer profisso). Por sua vez, a incapacidade temporria, a impossibilidade de um trabalhador auferir rendimentos de trabalho, devido a um perodo de ausncia provocado por acidente de trabalho, aps o qual volta o seu posto de trabalho habitual. Esta tambm se pode dividir em incapacidade temporria parcial (aquela que provoca ao trabalhador uma reduo inferior a 2/3 na sua capacidade de trabalho ou ganho, voltando ao seu posto de trabalho habitual) e incapacidade temporria absoluta (aquela que provoca ao trabalhador uma reduo superior a 2/3 na sua capacidade de trabalho ou ganho, voltando ao seu posto de trabalho habitual).Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Influncia dos factores meteorolgicos Rotura dos elementos de sustentao Ordem e limpeza

1.2 - Trabalhar mais e melhor Cada vez mais as empresas, os trabalhadores, os sindicatos, o estado, os media, a opinio pblica e a sociedade em geral esto mais atentos s questes da higiene, segurana e sade no trabalho. Os acidentes e as doenas profissionais no so inevitveis e o fado "apenas" uma parte importante da nossa cultura musical. O trabalho deve ser, alm de um modo de obteno de rendimento uma actividade gratificante e que no ponha em risco a sade do trabalhador. Os custos directos e indirectos da "no segurana" so elevados para todas as partes envolvidas. A preveno para alm do cumprimento de requisitos legais, ou mesmo de uma obrigao moral, um investimento. Medidas bem intencionadas e caras nem sempre evitam acidentes ou doenas profissionais. Com a implementao de um sistema de gesto da higiene, segurana e sade no trabalho de acordo com a norma OHSAS 18001 ou NP 4397 a organizao poder evidenciar as seguintes vantagens: Responder a requisitos legais Melhorar a imagem da organizao no mercado Sistematizar mtodos de trabalho Melhorar a satisfao dos colaboradores Ter maior possibilidade de internacionalizao do produto final Ter mais um factor diferenciador do mercado em que se inserem Ter melhores rendimentos atravs da reduo dos custos da segurana Aumentar a participao dos trabalhadores a diversos nveis Contribuir para a deteco e correco de erros e para o preenchimento de lacunas existentes, atravs de auditorias realizadas por entidades especialistas.

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Quando a esmagadora maioria dos empresrios portugueses finalmente entender que o investimento na melhoria das condies de higiene e segurana dos seus trabalhadores resulta em aumentos substanciais de produtividade, ento estaremos todos a dar um grande passo no caminho do desenvolvimento. No sector da construo, por exemplo, que o sector de maior sinistralidade laboral, quando o empregador perceber que umas centenas de euros ( que o que custa uma rede de proteco), podero ajudar a poupar vidas, com todos os custos financeiros e emocionais (quer para a famlia quer para os colegas de trabalho do sinistrado) que decorrem de uma situao de acidente, ento estamos no sentido certo. Em Portugal a sade, higiene e segurana no trabalho est longe do que seria desejvel. Ao pas falta uma aposta estruturada na preveno e inspeco ao nvel da HSST. Parmetros essenciais, at do ponto de vista da produtividade, mas que as empresas portuguesas insistem em considerar "marginais" sua estrutura produtiva. necessrio a aposta de forma determinante nas pessoas e que se mude a mentalidade das relaes de trabalho. O empresrio permanece focado em dar resposta ao trabalho, sem pensar nos recursos humanos e nas condies de trabalho. Quanto menos pensarmos nos recursos humanos, mais sero os encargos com baixas e indemnizaes, maiores as filas de espera nos hospitais e menos competitivo o pas. essencial que os empregadores deixem de ver a HSST como algo marginal ao funcionamento da empresa e comecem a perceber o impacte que as suas decises de gesto tm neste campo.

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Variveis relacionadas com os custos resultantes de leses e doenasVariveis Descrio Internamento (por cama/dia) tratamento no hospitalar, medicamentos. Sade Incapacidade permanente Reabilitao no mdica (por exemplo, profissional), adaptao das residncias s necessidades de quem nelas habita Esperana de vida, esperana de vida Disposio para aceitar e para pagar Qualidade de vida Dor e sofrimento Perdas de rendimento Perda potencial de saudvel Qualidade ajustada aos danos de vida Incapacidades ajustadas aos anos de vida Para a vtima, mas tambm para os seus No existe um mtodo fivel familiares e amigos Perdas de rendimento no emprego actual e Redues no rendimento actual, perdas de no segundo emprego Tambm incluindo o segundo emprego remunerao Diferenas no rendimento total previsto no valor das reivindicaes e compensaes Como calcular os custos econmicos Despesas incorridas com cuidados mdicos comparticipados pelo seguro ou entidade patronal

Outros cuidados mdicos, tais como o no

remunerao futura futuro Despesas no Custos de transporte, de visitas a hospitais, e Somatrios de todos os outros montantes cobertas seguros compensaes Administrao ausncias doenas Equipamento avariado ou defeituoso devido a acidentes Perdas de produo devido incapacidade do Preo produo de mercado das perdas de por de acidentes mortais (funerais) ou das por Custos da sua substituio Preos de mercado despendidos pela vtima e pela sua famlia (que no sejam compensados) Total dos salrios pagos nesta actividade

pessoal Fonte: Agncia Europeia para a Segurana e Sade no Trabalho, 2002

1.3 - Acidentes de trabalho

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Acidentes de trabalho mortais ocorridos nos locais de trabalho e objecto de inqurito pela IGT em 2001 Por actividades (mais significativos) Construo Civil Agricultura / Pecuria Serv. Prestados Empresas Extr. Min. no Metlicos Transportes / Armazen Indstria qumica Ind. Prod. Met/Mat. Elctrico 156 18 12 11 9 8 7 55,7 % 6,4 % 4,3 % 3,9 % 3,2 % 3,0 % 2,5 %

Tab.1 - Acidentes de trabalho mortais em 2001

Acidentes de trabalho mortais na construo civil e obras pblicas em 2001. Obras particulares e pblicasOutras causas MENTOS CUSSO Causas desconhecidas 3 DESCONHECIDAS 4 156 TOTAL QUEDAS QUEDAS EM ALTURA Montag. Desm. SOTERRA ESMAGAMENTOS ELECTRO

Outro tipo de

Andaimes/

Poos Tuneis e

Abertura em

Linhas Areas

Cobertura

Cobertura

Mquinas

Elementos

Abertura

Atropelamentos

Bordadura Laje

Demolies

Escadarias

Objectos

NVEL

Outros

Equip. 2 Ferramentas 4

Plataf./Escadas

Pavimentos

Gruas/Andaimes

Escavaes

Constritivos

Habitao

Indstria

Paredes

Estaleiro

TOTAL

10

8

4

10

4

5

3

18

11

1

17

0

2

10

7

6

11

2

11

Fonte: IGT

Tab.2 - Acidentes mortais - obras particulares e pblicas

Incidncia regionalDistritos Quedas Quedas Soterramento Esmagamento Electrocusso Outras Causas Totais

Elctricas

Galerias

Outros

Valas

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Em Aveiro Beja Braga Bragana C.Branco Coimbra vora Faro Guarda Leiria Lisboa Portalegre Porto Santarm Setbal Viana Castelo Vila Real Viseu Total Geral Fonte: IGT altura 4 2 3 1 2 1 6 8 12 3 21 2 2 3 1 2 73

ao nvel 4 1 1 2 3 2 1 7 1 4 2 2 1 1 19 36 2 19 1 3 1 1 2 2 4 3 7 1 1 2

causas 1 1

Desconhecidas 13 9 7 2 1 5 1 10 5 12 28 3 27 12 10 5 2 5 156

2 3 3 2 2

2 2

3

6

3

Tab.3 - Acidentes mortais incidncia regional

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80 70 60 50 40 30

73

Quedas em altura Soterramento 36 Esmagamento Electrocusso Outras causas 19 19 Causas desconhec.

20 10 06 3

Fig.1 - Acidentes mortais

Quadro evolutivo dos acidentes de trabalho mortais distribudos segundo as causasQuedas ANOS Altura Nvel Soterramento Esmagamen to Eectrocusso Outras causas Causas desconhecida Totais s 4 5 1 4 5 6 4 5 5 2 41 155 145 144 88 118 112 142 164 156 152 132 156 1664

1990 66 1 17 1991 77 1 12 1992 62 23 1993 37 10 1994 52 3 21 1995 49 2 15 1996 70 1 13 1997 83 3 17 1998 74 1 16 1999 87 17 2000 70 2 9 2001 73 1 19 Totais 800 15 189 Fonte: IGT . No inclui os acidentes "in itinere"

48 17 2 31 15 4 34 15 9 26 9 2 28 8 6 23 14 9 23 19 11 33 16 6 36 13 12 25 9 9 26 9 11 36 19 6 369 163 87 Tab.4 - Acidentes segundo as causas

O sector da construo civil , em Portugal o que apresenta maiores ndices de sinistralidade ocorrendo, no decurso da dcada de 90, uma mdia de 50.000 acidentes por ano neste sector. Os dados disponibilizados pelo IDICT, revelam que os anos de 1999 e 2000 o nmero de acidentes mortais foi de respectivamente 152 e 132. No ano de 2000, 46% dos acidentes de trabalho mortais ocorreram neste sector.

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O Estudo estratgico sobre o Sector da Construo, publicado pela Comisso Europeia em 1994, aborda alguns dos factores que contribuem para este panorama desolador. Devido sua natureza muito fragmentada, o sector da construo no investe suficientemente na formao, na pesquisa e na comercializao. As pequenas empresas so muitas vezes mal geridas e algumas delas no possuem as competncias tcnicas necessrias. Um nmero muito grande de pequenas empresas escapa a qualquer controlo e no aplica as regulamentaes em vigor. Dada a especificidade do sector, torna-se evidente que a avaliao de riscos em obras de construo no pode seguir, de forma estrita, as metodologias de avaliao dos riscos adoptadas em outros sectores de actividade. No momento da elaborao do Plano de Segurana e Sade (na fase de projecto) no se conhecem, ainda, os trabalhadores que vo executar a obra, pelo que o riscos so avaliados tendo em considerao os perigos inerentes aos processos construtivos que vo ser empregues. Esta avaliao, que claramente insuficiente, deve ser actualizada antes de se iniciar a obra, e sempre que os factores se alterem. Devido ao dinamismo inerente ao acto de construir, os factores de risco esto em constante evoluo, pelo que a avaliao de riscos tem de ser constantemente actualizada. A construo civil realizada, maioritariamente por pequenas e micro empresas que no tm capacidade tcnica nem financeira para cumprir cabalmente as obrigaes legais impostas pelo Dec. Lei n 155/95, assim, grande percentagem deste tipo de obra realizada sem coordenador de segurana, que teria a responsabilidade de actualizar a avaliao de riscos.

1.4 - O quadro dos novos desafios do mundo do trabalho O novo contexto do mundo do trabalho marcado pela globalizao das economias, pelas novas tecnologias e at pelas expectativas individuais que vm exigir s empresas um reforo substancial da sua capacidade competitiva. Esta dinmica evidencia uma nova e determinante centralidade da empresa, obrigando-a a desenvolver e a inovar, em particular nos domnios da gesto, dos recursos humanos, das tecnologias e da organizao do trabalho, com reflexos fundamentais ao nvel das exigncias que

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se colocam no domnio das condies de trabalho, em que sero de destacar os desafios associados: qualidade do trabalho organizao e gesto da preveno nos locais de trabalho organizao do trabalho

A influncia das condies de trabalho na vida dos trabalhadores e na capacidade competitiva das empresas foi sempre reconhecida no quadro das sociedades modernas. Na actualidade, considera-se que a promoo da sade e segurana no trabalho deve traduzir-se numa interveno global e integrada, envolvendo os trabalhadores, todos os sectores e todas as dimenses da empresa. E considera-se, tambm, que no mbito das discusses sobre a promoo das condies de trabalho, revela, enquanto objectivo estratgico, a necessidade de conciliar o progresso de tais condies com o realismo das normas, de modo a salvaguardar a competitividade das empresas, tendo em conta que a promoo da sade e segurana dos trabalhadores no local de trabalho um factor de aumento de produtividade destas. Reconhecendo-se que os riscos profissionais no so variveis incontrolveis mas que, frequentemente, decorrem do modo concreto como a prestao do trabalho organizada, promoo da sade e segurana dos trabalhadores deve desenvolver-se, de forma sustentada, em obedincia ao princpio de adaptao do trabalho ao homem, assumindo-se como indicador de modernidade do tecido empresarial portugus. H, por outro lado, um conjunto de riscos emergentes de novos contextos laborais e da evoluo das formas de trabalho, para os quais importa estar atento. Impe-se promover um esforo com vista introduo e consolidao de uma cultura de preveno dos riscos profissionais na sociedade e nas empresas. Efectivamente, as condies em que o trabalho prestado so determinantes para o nvel de sinistralidade e de contraco de doenas profissionais e tm um impacto directo nas capacidades profissionais, fsicas e psicolgicas do trabalhador e, consequentemente, na produtividade da prpria empresa. A preveno deve ser abordada de uma perspectiva integrada, em que se proceda, simultaneamente, avaliao e eliminao dos riscos a partir da interveno dirigida prioritariamente para a respectiva fonte.

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2 - CONCEITOS 2.1 - Escadas 2.1.1 - Escadas potteis A utilizao de escadas portteis deve revestir-se de alguns cuidados prvios que tm a ver, nomeadamente, com a escolha do tipo de escada mais adequado ao tipo de trabalho, com o estado de conservao da mesma e com a resistncia da superfcie de apoio. O utilizador de escadas portteis deve ter conscincia dos riscos a que est sujeito, nomeadamente, o risco de queda e de electrizao. 2.1.2 - Escadas fixas As escadas fixas so origem de um grande nmero de acidentes laborais, principalmente quedas de diferente nvel.

Classificao das escadas Apresentam-se algumas das escadas mais habituais: Recta: aquela cujos degraus se desenrolam em linha recta entre muros.

Fig.2 - Escada recta de um e dois lanos

De trs lanos: desenrola-se ao longo de trs ladosCurso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Fig.3 - Escada de trs lanos

De caracol: os degraus so radiais desenvolvendo-se em torno de uma coluna central

Fig.4 - Escada em caracol

Desdobrada: composta por um lao central que conduz ao patim intermdio, do qual partem dois tipos de escada.

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Fig.5 - Escada desdobrada

2.1.3 - Escadas fixas de servio As escadas fixas de servio esto permanentemente sujeitas a uma superfcie vertical e servem para aceder ocasionalmente a telhados, poos, silos, torres de refinarias de petrleo, chamins e outras zonas de acesso restrito. Este tipo de escadas devem ser consideradas intrinsecamente perigosas pelo que deve ter um correcto desenho, um uso restringido a pessoal interno s para casos espordicos ou ocasionais sempre no seja possvel outro sistema de acesso mais seguro e utilizao de equipamento de proteco individual. Definies e tipos Uma escada de servio est formada por uma srie de escales. Constrom-se preferencialmente de ao, ferro forjado, ou outro material equivalente assegurando sua eficiente estabilidade estrutura que o suporta. Podem-se distinguir basicamente trs tipos de escada de servio: Escada inclinada: escada instalada sobre uma superfcie inclinada (>75 )

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Fig.6 - Escada inclinada

Escada vertical separada: escada que consta de degraus de metal, madeira ou outro material unidos mediante sistemas de fixao.

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Fig.7 - Escada vertical separada

Escada vertical integrada: escada instalada sobre uma superfcie vertical e consta de uma srie de degraus permanentemente seguros estrutura.

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Fig.8 - Escada vertical integrada

Caractersticas dimensionais principais:Escadas inclinadas Inclinao Dist. Entre degraus Profundidade ou dimetro do degrau Largura livre mnima Distncia mnima da parede ao degrau Tab.5 - Escadas "caractersticas dimensionais" 75 60 300 t 250 mm 80 d 20 mm a 280 mm -Escadas verticais separadas -300 t 230 mm 51 d 20 mm a 280 mm S 150 mm Escadas verticais integradas -300 t 230 mm 51 d 20 mm a 280 mm --

2.2 - Trabalhos em postes metlicos

Os trabalhos em linhas apoiadas em torres metlicas contm um grande nmero de operaes com perigo de queda de altura dos trabalhadores, nomeadamente na montagem dos postes e no desenrolamento e colocao de condutores e acessrios de rede. Os acidentes acontecem mais frequentemente nas fases de subida e descida ou na movimentao na cabea do poste.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Para alm do risco de queda de altura, existe ainda o risco de choque com obstculos nas fases de subida, pelo que o trabalhador deve sempre olhar para cima antes de progredir.

2.3 - Trabalhos sobre coberturas ligeiras A utilizao de coberturas ligeiras para a cobertura de determinados tipos de estruturas tem um uso generalizado devido ao pouco peso, seu fcil transporte e montagem, assim como um custo bastante reduzido comparado com outros sistemas de cobertura. Na execuo dos vrios tipos de trabalhos, de montagem ou desmontagem, de manuteno ou de limpeza, quer sejam planas ou inclinadas necessrio atender a uma srie de circunstancias, como a altura a que se efectuam os trabalhos, a baixa resistncia e fragilidade dos materiais, as situaes atmosfricas, etc. que fazem com que o nmero de acidentes se produzam enquanto se efectuam os trabalhos tenham consequncias quase sempre mortais ou com incapacidade permanente. Entende-se por materiais ligeiros, as diversas placas planas, onduladas ou nervuras, no concebidas para suportar o transito de pessoas sobre os mesmos, salvo que se adoptem medidas de proteco e dos seguintes materiais: vidro armado ou no cimento-amianto chapa ondulada de espessura inferior a 100 mm resinas de poliester com ou sem fibra de vidro, cloreto de polivinilo ou polmeros termoplsticos ardzia (lousa) telhas

2.4 - Plataformas de trabalho Todos os aparelhos instalados sobre chassis portteis que podem ser deslocados, pode-se acoplar uma plataforma de trabalho para efectuar trabalhos em altura podendo apresentar uma srie de vantagens desde o ponto de vista de segurana frente a outros meios de acesso a alturas como podem ser escadas manuais. So constitudos por uma plataforma de trabalho numa estrutura elevatria geometricamente deformvel.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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A estrutura pode ser: Um paralelogramo deformvel Brao que levanta com balanceamento de forma compassada Brao elevatrio e telescpico Brao hidrulico articulado com desenvolvimento telescpico Carrinhas elevadoras de carga

Fig.9 - Paralelogramo deformvel

Fig.10 - Brao que levanta com balanceamento de forma compassada

Fig.11 - Brao elevatrio e telescpico

Fig.12 - Brao hidrulico articulado com desenvolvimento telescpico

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Fig.13 - Carrinha elevadora de carga

2.5 - Andaimes 2.5.1 - Andaimes de ps fixos a) Caracterizao A utilizao de andaimes obrigatria nas obras de construo em que os trabalhadores laborem a mais de 4 m de altura, medidos do solo ou de outra superfcie contnua que garanta condies de segurana. Os andaimes a partir de 8 m de altura, obrigam existncia de um responsvel pela sua execuo e consequente manuteno. Os andaimes com mais de 25 m de altura, obrigam existncia de um tcnico responsvel pelo seu clculo, estabilidade e execuo, devendo ser inspeccionados aps a ocorrncia de temporais ou 8 dias de no utilizao. Os andaimes devem possuir na zona/local de acesso, uma placa de identificao da firma e do tcnico responsvel pela execuo.

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Os andaimes, em funo das cargas de clculo das plataformas, so classificados em 6 classes (Norma Harmonizada CEN HD 1000, de 1988). Na Tabela 6 figuram as cargas de clculo para as plataformas, e o tipo de trabalhos para que cada classe de andaime recomendada. Os trabalhadores devem estar aptos do ponto de vista mdico para executarem trabalhos em altura. b) Definio de andaime Andaimes so construes provisrias auxiliares, munidas de plataformas horizontais elevadas, suportadas por estruturas de seco reduzida, e que se destinam a apoiar a execuo de trabalhos de construo, manuteno, reparao ou demolio de estruturas. So hoje em dia do tipo "misto" (suportes metlicos e plataformas em madeira) muito embora subsistam ainda os andaimes totalmente constitudos por madeira. Ultimamente, comeam a ter expresso os andaimes totalmente metlicos ou ainda os que associam os suportes em ferro, as plataformas em alumnio e os apoios em plstico. No entanto os princpios de preveno de acidentes mantm-se basicamente os mesmos pelo que optamos por os tratar em conjunto. Designa-se por andaime o suporte das plataformas destinadas possibilitar a deslocao de pessoas e a colocao de materiais e equipamentos utilizados no trabalho em altura, nomeadamente: Construo e reparao de : Edifcios Pontes e viadutos Barragens Obras de arte, etc

Os andaimes podem ser de vrios tipos:

-

Andaime simplesmente apoiado: o andaime cujo estrado est simplesmente apoiado, podendo ser fixo ou deslocar-se no sentido horizontal. Andaimes fachadeiros: o andaime metlico simplesmente apoiado, fixado estrutura do prdio, na extenso da fachada. Andaimes mveis: o andaime provido de rodzios. Estes andaimes somente podero ser utilizados em superfcies planas.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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-

Andaime em balano: o andaime em que o sistema de fixao feita estrutura da edificao, suportado por vigamento em balano. Andaime suspenso mecnico: o andaime cuja plataforma de trabalho suspensa, suportada por cabos de ao e movimentado por meio de guinchos. Andaime suspenso mecnico pesado: o andaime cuja estrutura e dimenses permitam suportar carga de trabalho de 400 Kg, tendo em conta os factores de segurana dos seus componentes. Podem ser interligados at o comprimento mximo de 8 metros.

-

Andaime suspenso mecnico leve: o andaime cuja estrutura e dimenses permitem suportar uma carga de trabalho de 300 Kg, respeitando os factores de segurana dos seus componentes. proibido a interligao de andaimes suspensos leves.

-

Cadeira suspensa ou balancim: o equipamento cuja estrutura e dimenses utilizado apenas por uma pessoa. A sua sustentao feita por meio de cabo de ao. proibida a improvisao de cadeira suspensa. A cadeira deve dispor de dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurana.

c) Caracterizao de um andaime Um andaime caracteriza-se por ser uma estrutura que se destina a viabilizar o acesso a locais elevados. Um andaime deve possuir, alm dos elementos de estrutura de base, elementos de segurana, destinados a prevenir a ocorrncia de acidentes, quer por queda das pessoas que os utilizam, quer por queda de materiais. Um andaime deve ser dimensionado por forma a suportar os esforos previstos para a sua utilizao. d) Elementos constituintes de um andaime Um andaime do tipo metlico ou misto constitudo pelos seguintes elementos: Estrutura tubular metlica Acessrios de juno Plataformas (tbuas de p) constitudas por:Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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-

pranchas, frequentemente de madeira escadas, para os acessos verticais

Actualmente, so utilizados, cada vez mais, modelos de andaimes constitudos por elementos pr-fabricados, com estruturas em H e CAVALETES, ou, ainda, com regulao mltipla Andaimes Modulares. Para estes modelos, existem plataformas pr-fabricadas em alumnio, ao galvanizado ou madeira, bem como escadas adaptadas ao andaime, em conformidade com a norma CEN HD 1000.

Fig.14 - Caracterizao de um andaime e instalao de guarda cabeas

e) Elementos de segurana de um andaimeCurso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Equipamentos de segurana de andaimes so equipamentos que fazem parte da estrutura dos andaimes e visam a proteco de todos aqueles que os utilizam. Dos mais relevantes destacam-se os guarda-corpos e guarda cabeas. Da ateno e cuidado postos na sua montagem depende a segurana de todos os que vierem a trabalhar no andaime. f) - Transporte de materiais ao longo dos andaimes Porque os trabalhos efectuados com recurso a andaimes requerem geralmente a utilizao de uma diversidade de ferramentas e equipamentos, e ainda porque estes tm de ser deslocados para os diversos locais de trabalho, a sua movimentao deve revestir-se de cuidados especiais. A concepo, desenho, montagem e utilizao de um andaime deve ter determinados factores em considerao: Avaliao das cargas a suportar por cada plataforma, montante ou apoio, de modo a permitir escolher o tipo de material mais adequado e o mtodo de ligao de elementos mais seguros. A resistncia do solo que influi no tipo de amarraes a executar. A previso de armazenamentos temporrios de material pesado sobre as plataformas, condiciona o espaamento entre os montantes, a espessura das tbuas que constituem as plataformas e os reforos de rigidez a introduzir. Considerar os efeitos adversos dos factores climatricos (chuva, vento, neve, etc) g) Classificao dos andaimes A classificao do andaime define os requisitos de construo do mesmo e, portanto, as respectivas capacidades de utilizao (Norma CEN HD 1000, de 1988). . Classe 1: Andaimes destinados a operaes de manuteno utilizando ferramentas e equipamentos leves (por ex., aces de inspeco).

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Classe 2 e 3:

Os andaimes agrupados nestas classes destinam-se a trabalhos que no envolvam outros materiais para alm dos estritamente necessrios, de imediato, realizao da tarefa a executar (por ex., pintura ou limpeza de pedra).

Classe 4 e 5: Classe 6:

Incluem-se nestas classes os andaimes destinados a operaes como as de fixao de componentes (por ex., operaes de revestimento). Andaimes destinados execuo de grandes obras ou de grandes trabalhos de construo (por ex., trabalhos de alvenaria pesada ou armazenamento de materiais). Cargas de clculo para plataformas de trabalho

Carga Classe uniformemente Distribuda (kN/m ) 1 2 3 4 5 6 0.75 1.50 2.00 3.00 4.50 6.002

Carga concentrada em superfcie de 500 mm x 500 mm (kN) 1.50 1.50 1.50 3.00 3.00 3.00

Carga concentrada em superfcie de 200 mm x 200 mm (kN) 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 5.00 7.50 10.00 (kN/m 2) Superfcie parcial (m2) No aplicvel No aplicvel No aplicvel 0.4 A 0.4 A 0.5 A Carga sobre superfcie parcial

Tab.6 - Carga para plataforma de trabalho

Dimenses das plataformasClasses 1, 2 e 3 4, 5 e 6 0.7 1.0 Largura (m) Andaime Plataforma 0.6 0.9 Vos (L)* (metros) 1.5 V 3; intervalos de 0.3 ou 0.5 m 1.5 V 2.5; intervalos de 0.3 ou 0.5 m

Tab.7 - Dimenses das plataformas

* Segundo o Regulamento de segurana dos Trabalhos de Construo Civil, para andaimes para obras de manuteno Lmax = 2,5 m; para andaimes para obras para construo Lmax = 2 m. TerminologiaCurso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Montante: Prumo: Diagonal:

elemento vertical do andaime montante transmissor das cargas aos apoios do andaime elemento disposto obliquamente segundo diversos planos de andaime, destinado a assegurar o contraventamento

Longarina: elemento horizontal disposto longitudinalmente estrutura Travessa: Escora: Vo: elemento horizontal (cruzeta) disposto no sentido perpendicular da longarina dispositivo de ancoragem composto por um tubo e uma rosca, cujo funcionamento bloqueia o vo parte compreendida entre 2 filas consecutivas de prumos ou de montantes

Plataforma: superfcie de circulao e de trabalho, realizada em madeira, metal ou outro material.

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Fig.15 - Aspecto dos elementos de um andaime - ps fixos

2.5.2 - Andaimes de ps mveis Os andaimes de ps mveis so assim designados porque em vez dos dispositivos de nivelamento e apoio, esto equipados com rodas que permitem o seu deslocamento. Normalmente estes andaimes so pr-fabricados (deve ser dada preferncia), embora possam ser constitudos estruturalmente por elementos semelhana dos andaimes de ps fixos. As rodas devem ser solidrias ao andaime e devem poder ser bloqueadas em rotao e orientao. Quando as rodas no estiverem em utilizao, os apoios em contacto com o solo no devem permitir o deslocamento do andaime.

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Para trabalhos no interior de edifcios ou recintos com instalaes em tenso, nomeadamente de Postos de transformao e Subestaes, as peas da estrutura e plataforma de trabalho devero ser em material isolante. 2.5.3 - Andaimes suspensos (Bailus) Do ponto de vista tcnico definimos os andaimes suspensos mveis como construes auxiliares suspensas por cabos que se deslocam verticalmente nas facahadas mediante um mecanismo de elevao e descida accionado manualmente. Utilizam-se para a realizao de numerosos trabalhos em altura: acabamento de fachadas de edifcios, rebocos, pinturas, etc, assim como para reparaes diversas em trabalhos de reablitao de edifcios. Os elementos principais que constituem estes tipo de andaime so:

Fig16 - Andaime suspenso - vista geral

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Fig.17 - Conjunto de um andaime mvel. Perspectiva lateral e frontal

Plataforma - Estrutura formada por uma base de chapa galvanizada anti-deslizante sobre a qual se situam a carga e as pessoas Pescante - Elemento situado no telhado do edifcio, onde engancha o cabo que suporta a plataforma. Aparelho de elevao - aparelho ancorado plataforma leva o mecanismo que o fixa e desloca atravs do cabo. Leva outro mecanismo acoplado, que actua sobre o segundo cabo que faz as funes de cabo de segurana. Cabo - Elemento auxiliar que ancora no pescante, serve para deslocar a plataforma em sentido vertical. Existe um segundo cabo que faz as funes de cabo de segurana.

Um Bailu constitudo por uma plataforma nivelada por 2 ou 3 rgos de suspenso e de manobra, fixados a pontos de ancoragem ou a dispositivos de suspenso.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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A plataforma tem normalmente um comprimento mximo at 8 m e uma largura mnima de 0,55 m, com as seguintes proteces contra a queda de pessoas: nos 3 lados exteriores, guarda-corpos, com uma guarda colocada a 1m da altura do

estrado e uma guarda intermdia a 0,45 m, e um rodap com, pelo menos 0,15 m de altura; no lado do trabalho, uma barra amovvel colocada a 0,70 m de altura e um rodap; os guarda-corpos devem ser suportados por montantes solidamente fixados ao

estrado, espaados no mximo de 1,75 m. O Bailu pode ter 2 ou 3 rgos de suspenso, constitudos cada um deles por um estribo, onde assenta a plataforma, um guincho e um dispositivo pra-quedas. O guincho dever conter um dispositivo duplo de segurana que impea a descida acidental da plataforma. O dispositivo pra-quedas, normalmente incorporado no guincho, destina-se a suportar a plataforma em caso de rotura do cabo de elevao ou de falha do guincho. Os andaimes suspensos podem ser suportados por vigas em balano, ganchos ou dispositivos especiais de ao, tais como, tirantes ou braos de suspenso, desde que apoiados/fixados sobre uma estrutura adequada. Tanto os montadores como os trabalhadores que os utilizam devem preocupar-se constantemente com a segurana da instalao sobre a qual trabalham. H que ter em conta que o andaime est perfeitamente construdo e se seguiu uma srie de normas tcnicas de montagem. 3 - RISCOS 3.1 - Escadas portteis

Queda de altura Choque com objectos na subida/descida Queda de objectos (a partir de pontos superiores) Electrizao ou electrocusso (na vizinhana de outras instalaes em tenso)

3.2 - Escadas fixas

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O principal risco derivado do uso de escadas a queda de nveis diferentes. Os principais factores de risco so: rasto escorregadio, desgastado, no uniforme, etc contrarasto de altura no uniforme corrimo frouxo, dbil ou inexistente desenho incorrecto por ser demasiado inclinadas, estreitas ou largas. variao da largura do degrau em escadas de caracol.

Tambm se pode verificar uma srie de prticas inseguras ou existir condies pouco seguras, destacando-se as seguintes: subir ou descer com pressa ou em grupo no utilizar o corrimo levar calado inseguro visibilidade limitada por iluminao deficiente degrau saliente, com a consequente insegurana que gera nos utilizadores.

3.3 - Escadas fixas de servio O principal risco derivado do uso das escadas de servio a queda de altura nas seguintes circunstncias: na sua utilizao normal de subida ou descida utilizando a escada levando cargas subir ou baixar de forma rpida falta de visibilidade ao tentar alcanar zonas de trabalho distantes da zona da escada pode provocar um desprendimento do centro de gravidade do operrio originando seu desequilbrio e queda. 3.4 - Trabalhos em postes metlicos

Queda de altura Choque com objectos na subida/descida Queda de objectos (a partir de pontos superiores)

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Projeco de objectos (em particular se o cabo se soltar durante o desenrolamento) Electrizao ou electrocusso (na vizinhana de outras instalaes em tenso)

3.5 - Trabalhos sobre coberturas ligeiras Os principais riscos associados realizao de trabalhos sobre cobertas de materiais ligeiros, claraboias, etc so: Quedas em altura: ao subir ou descer da cobertura mediante escadas portteis ou fixas; por roptura de pontos frgeis que no suportam o peso de um homem, nomeadamente as cobertas; pisar directamente sobre claraboias de insuficiente resistncia; devido s condies atmosfricas; aberturas no assinaladas e desprotegidas; desequilbrios junto da periferia, quando desprovida de guarda-corpos. Queda de objectos ou de parte da cobertura sobre as pessoas: por acumular cargas excessivas sobre as mesmas; ao pisar directamente sobre a superfcie rompendo-se uma parte da mesma; por contactos elctricos com cabos acessveis desde a cobertura.

3.6 - Plataformas de trabalho Os riscos mais importantes que se apresentam no uso de plataformas de trabalho elevadas so os seguintes: Queda em altura de pessoas enquanto se encontram sobre a plataforma numa posio elevada. Queda de objectos, ferramentas ou outros utenslios sobre as pessoas ou equipas situadas por baixo da zona de operao. Embate entre alguma parte da plataforma e partes da prpria carrinha como o seu mastro ou contra estruturas, paredes ou tectos onde se desenrolam os trabalhosCurso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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-

Embate entre alguma parte do conjunto plataforma-carrinha e o solo como consequncia da sua inclinao ou tombo por circunstncias diversas como pode ser efectuar trabalhos em superfcies muito inclinadas.

-

Contacto elctrico directo ou indirecto com linhas elctricas Quedas das pessoas ou da prpria plataforma de trabalho contra objectos mveis ou fixos situados na vertical da prpria plataforma.

3.7 - Andaimes 3.7.1 - Andaimes de ps fixos O trabalho em andaimes apresenta diversas situaes de risco, de entre as quais se salientam as seguintes:

Queda de altura Choque com objectos na subida/descida Queda de objectos (a partir de pontos superiores ) Electrizao ou electrocusso (na vizinhana de instalaes em tenso).

-

Tropeamento: quer em salincias das pranchas que geralmente constituem as plataformas, quer em materiais mal acondicionados; Escorregamento: quer devido a produtos derramados, quer devido ao facto de as pranchas constituintes das plataformas, indevidamente colocadas, escorregarem;

-

Queda: como consequncia de qualquer dos casos anteriores ou por desequilbrio devido a operaes executadas em posturas corporais incorrectas;

-

Queda de materiais: muitas vezes, os materiais colocados nas pranchas constituintes das plataformas, quando no esto reunidas as condies de proteco adequadas, podem ser projectadas. Refira-se ainda, por exemplo, os riscos da utilizao de um andaime defeituoso no que respeita a escadas, plataformas, contraventamentos ou base de apoio.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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O primeiro passo para a proteco dos riscos associados utilizao de andaimes o seu conhecimento. As causas mais frequentes de acidentes em/com andaimes so devidas a: Desequilbrio ou afundamento do andaime, por: ausncia ou deficincia no contraventamento ou no escoramento; ausncia ou deficincia das fixaes do andaime edificao, nomeadamente quando o andaime suporta aparelhos de elevao de cargas; cedncia dos apoios, aces de foras exteriores; sobrecarga excessiva; material em mau estado; embate de veculos. m preparao da operao

Ruptura da plataforma de trabalho, por: sobrecarga excessiva ou insuficiente resistncia da plataforma ou dos seus apoios; ausncia de travessa de apoio intermdio; material em mau estado (deformao e falncia dos elementos que a constituem);

Queda por perda de equilbrio do trabalhador, devido a: no utilizao do equipamento individual de proteco contra quedas durante a montagem e desmontagem do andaime; ausncia ou no utilizao dos meios de acesso; conduta insegura ausncia ou ineficcia dos guarda corpos; plataforma com largura insuficiente ou espaamento excessivo entre as tbuas que formam a plataforma; distncia excessiva entre a plataforma e a edificao.

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Queda de materiais, ferramentas ou ruptura do material queda dum elemento dum andaime durante a montagem ou desmontagem; desabamento ou afundamento do andaime; insuficiente proteco ou erro de operao; ruptura da plataforma; ausncia ou deficincia nas escoras e no contraventamento; deficiente inspeco do material.

Contacto dos trabalhadores (ou objectos que estes possam manusear) com os condutores nus duma linha elctrica area, por: no respeito das distncias de segurana; ausncia de proteces; Deficincia do isolamento dos cabos das ferramentas elctricas e do sistema de iluminao. 3.7.2 - Andaimes de ps mveis

Tropeamento, em materiais mal acondicionados; Escorregamento do trabalhador em escorregamento da plataforma de trabalho; produtos derramados, ou

Queda em altura, como consequncia de qualquer dos casos anteriores, na subida/descida do andaime, ou por desequilbrio devido a operaes executadas com posturas corporais incorrectas; Os resultantes da deslocao incontrolada do andaime Electrizao ou electrocusso (na vizinhana de outras instalaes em tenso).

3.7.3 - Andaimes suspensos (Bailus)

Queda de altura Choque com objectos na subida/descida Queda de objectos Electrizao ou electrocusso (na vizinhana de instalaes em tenso).

O primeiro passo para a proteco dos riscos associados utilizao de bailus o seu conhecimento. As causas de acidentes mais frequentes com bailus so:Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Oscilao ou queda da plataforma, por: sobrecarga esttica ou dinmica excessiva; instabilidade do dispositivo de amarrao; resistncia insuficiente dos rgos de suspenso, de manobra ou do dispositivo de

amarrao; mau estado do material; mau funcionamento dos dispositivos pra-quedas.

Rotura da plataforma, por sobrecarga esttica ou dinmica; resistncia insuficiente dos elementos que a compem.

Queda dos trabalhadores a partir do plataforma, por:

ausncia ou ineficcia dos guarda corpos; queda por cima do guarda corpos, a partir de um plano de trabalho sobrelevado. deslocao da plataforma no acesso ou no abandono; deslocao da plataforma na sequncia de um empurro exercido por um trabalhador situado na construo; abalroamento do andaime por uma carga que est a ser elevada.

Queda dos trabalhadores durante a montagem e desmontagem do bailu, por:

falta de equipamento individual de proteco antiquedas.

Queda de objectos a partir do andaime; a partir da edificao ou de um equipamento de elevao de cargas sobre o bailu.

4 - ENQUADRAMENTO LEGAL

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Dada a evoluo resultante da necessidade de adopo das medidas de proteco contra quedas de altura face ao Decreto-Lei 348/93, de 1 de Outubro, regulamentado pela Portaria 988/93, de 6 de Outubro, do Decreto-Lei 128/93, regulamentado pela Portaria n. 1131/93, alterados respectivamente pelo Decreto-Lei n. 139/95, de 14 de Junho, e Portaria n. 109/96, de 10 de Abril, e da adopo por Portugal das Normas EN 358:1995 e EN 361:1992 (Despacho IPQ 26/96, DR n. 84/96, de 9 de Abril, Suplemento), para as Empresas, as principais consequncias so: A necessidade de equipar os trabalhadores que trabalham em altura, com risco de queda, com Sistema Antiquedas (arns antiqueda e dispositivo pra-quedas) para alm do cinto de trabalho; A obrigao de preparar (formar e informar) os trabalhadores para a utilizao destes equipamentos; A obrigao atribuda ao empregador de zelar pela utilizao efectiva destes equipamentos de proteco. A Portaria 1131/93, de 4 de Novembro (n. 3.1.2.2) estabelece que os EPI destinados a prevenir as quedas de altura ou os seus efeitos devem conter um dispositivo de preenso do corpo e um sistema de ligao que possa ser preso a um ponto de fixao seguro. Devem ser concebidos e fabricados de modo que, quando utilizados nas condies previsveis de utilizao, o desnivelamento do corpo seja o mais reduzido possvel para evitar qualquer impacte contra um obstculo, mas sem que a fora de travagem atinja o limiar da ocorrncia de leses corporais nem o de abertura ou de ruptura de um componente do EPI susceptvel de provocar a queda do utilizador. Devem, alm disso, assegurar, terminada a travagem, uma posio correcta do utilizador, que lhe permita aguardar o tempo razovel necessrio para ser socorrido. (A Portaria no define qual o sistema) A norma (NP) EN 358:1992 Equipamento de Proteco Individual contra Quedas de Altura. Sistemas de Amarrao define (nmeros 1. e 3.3) Sistema de Amarrao como sendo constitudo por componentes ligados entre si (cinto de trabalho e corda de amarrao) para formar um equipamento completo destinado a manter o trabalhador em altura e a impedi-lo de cair em queda livre, realando:

que o sistema de amarrao no deve ser utilizado para pra-quedas (nmero 1.).Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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que os sistemas de amarrao ao posto de trabalho so destinados a ser utilizados pelos montadores de linhas bem como pelo outros trabalhadores preparados para trabalhar em altura sobre os postes ou sobre outras estruturas em posio de sujeio, de modo a possibilitar-lhes terem as mos livres para a realizao do trabalho. Os sistemas de amarrao ao posto de trabalho no so previstos para serem utilizados para pra-quedas (Nota do Captulo 6, ponto 5 -2 b)EQUIPAMENTO DE PROTECO INDIVIDUAL (EPI) CONTRA QUEDAS DE ALTURA

(Respigado das normas e legislao aplicveis) Do Decreto-Lei n. 348/93, de 1 de Outubro: Artigo 5. - Disposies Gerais 1 - Todo o equipamento de proteco individual deve: a) Estar conforme as normas aplicveis sua concepo e fabrico em matria de segurana e sade: b) Ser adequado aos riscos a prevenir e s condies existentes no local de trabalho, sem implicar por si prprio um aumento de risco. ... Da Portaria n. 988/93, de 6 de Outubro: 3. Na escolha do equipamento de proteco individual a utilizar ter-se- em conta a lista constante do anexo II. Anexo II Lista indicativa e no exaustiva dos equipamentos de proteco individual Proteco do corpo inteiro: Equipamentos de proteco contra quedas:

Equipamentos ditos antiquedas (equipamentos completos, incluindo todos osacessrios necessrios para a sua utilizao); Equipamentos com travo absorvente de energia cintica (equipamentos completos, incluindo todos os acessrios necessrios para a sua utilizao); Dispositivos de preenso do corpo (cintos de segurana).Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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... Da Portaria n. 1131/93, de 4 de Novembro: 3.1.2.2 - Preveno das quedas em altura. Os EPI destinados a prevenir as quedas de altura ou os seus efeitos devem conter um dispositivo de preenso do corpo e um sistema de ligao que possa ser preso a um ponto de fixao seguro. Devem ser concebidos e fabricados de modo que, quando utilizados nas condies previsveis de utilizao, o desnivelamento do corpo seja o mais reduzido possvel para evitar qualquer impacte contra um obstculo, mas sem que a fora de travagem atinja o limiar da ocorrncia de leses corporais nem o de abertura ou de ruptura de um componente do EPI susceptvel de provocar a queda do utilizador. Devem, alm disso, assegurar, terminada a travagem, uma posio correcta do utilizador, que lhe permita aguardar o tempo razovel necessrio para ser socorrido....

Da Portaria n. 109/96, de 10 De Abril (altera a Portaria 1131/93, de 4 de Novembro): Anexo IV Declarao de conformidade CE: 1 A declarao de conformidade CE o procedimento pelo qual o fabricante ou o seu mandatrio estabelecido na Comunidade emite uma declarao de acordo com o modelo constante no nmero seguinte, que atesta que o EPI est conforme com as disposies da presente portaria e do Decreto-Lei n. 128/93, de 22 de Abril, a fim de a poder apresentar s autoridades competentes. 2 O modelo de declarao de conformidade o seguinte: O fabricante ou o seu mandatrio estabelecido na CE declara que o EPI est conforme com as Disposies do Decreto-Lei n. 128/93, de 22 de Abril, que transpe a Directiva 89/686/CEE, com a norma nacional que transpe a norma harmonizada a nvel Europeu n.... , igual ao modelo que foi objecto de certificado CE de tipo n...., emitido por ...

Do Decreto-Lei n. 139/96, de 14 de Junho:

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Art. 11. At 1 de Janeiro de 1997 podem ser colocados no mercado e postos em servio os produtos conformes com os regimes de marcao em vigor at 1 de Janeiro de 1995. Do Desp. IPQ 26/96 (DR 84/96, de 9 de Abril, Suplemento) Publica a Lista das normas Portuguesas que adoptam as normas harmonizadas no mbito da aplicao da Directiva 89/686/CEE, alterada pelas Directivas do Conselho 93/68/CEE e 93/95/CEE, relativa a Equipamentos de Proteco Individual. Da EN 358 : 1992 Equipement individuel de maintien au travail et de prvention contre les chutes de hauter - Systmes de maintien au travail (Equipamento individual de sujeio ao posto de trabalho e de preveno contra as quedas em altura - Sistemas de sujeio ao posto de trabalho) 1. Domnio de aplicao A presente norma especifica as exigncias, os mtodos de ensaio, a marcao, a etiquetagem e a embalagem dos sistemas de amarrao ao posto de trabalho destinados a manter o trabalhador em altura e a impedi-lo de cair em queda livre. Um sistema de amarrao ao posto de trabalho no deve ser utilizado para praquedas. ... 3.3 Sistema de amarrao ao posto de trabalho Um sistema de amarrao ao posto de trabalho constitudo por componentes ligados entre si para formar um equipamento completo, pronto a ser utilizado para a amarrao e manuteno no posto de trabalho....

Nota 2: Os sistemas de amarrao ao posto de trabalho so destinados a ser utilizados pelos montadores de linhas bem como pelo outros trabalhadores preparados para trabalhar em altura sobre os postes ou sobre outras estruturas em posio de amarrao, de modo a possibilitar-lhes terem as mos livres para a realizao do trabalho. Os sistemas de amarrao ao posto de trabalho no so previstos para serem utilizados para pra-quedas. ... 6. Instrues relativas utilizao conservao, marcao e embalagem 6.1 Instrues relativas utilizao

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Instrues claras redigidas na lngua nacional apropriada, relativas montagem, regulao e utilizao devem ser fornecidas com cada cinto de amarrao ao posto de trabalho (cinto de trabalho), corda de sujeio (posicionamento) e com cada componente individual. As instrues devem conter as informaes seguintes: ... d) um aviso sublinhando que o equipamento no deve ser utilizado como pra-quedas.

Da EN 361 : 1992 Equipement de protection individuelle contre les chutes de hauter Harnais dantichute (Equipamento de proteco individual contra quedas de altura -- Arns) ... 3. Definies 3.1 Arns de pra-quedas: dispositivo de preenso do corpo destinado a parar uma queda, isto , componente de um sistema de pra-quedas. O arns de pra-queda pode ser constitudo de correias, anis, correntes e outros elementos, dispostos e ajustados de forma apropriada sobre o corpo de um indivduo para o reter durante uma queda e sustlo.

Legislao e documentos pertinentes, aplicvel aos Trabalhos em Altura Decreto - Lei n. 41/820, de 11 de Agosto de 1958 Decreto - Lei n. 41/821, de 11 de Agosto de 1958 Portaria 702/80, de 23 de Setembro Altera a portaria 53/71 Decreto Lei n. 441/91, 14 de Novembro Lei Quadro de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho Portaria n. 101/96, de 3 Abril Decreto Lei n. 155/95, de 1 de Julho Decreto Lei n. 141/95, de 14 de Junho Decreto Lei n. 331/93, de 25 de Setembro Decreto - Lei 41821/58, de 11 de Agosto Regulamento de Segurana no Trabalho da Construo Civil Regulamento Geral de Segurana e Higiene do Trabalho dos Estabelecimentos IndustriaisCurso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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5 - MEDIDAS DE PREVENO 5.1 - Escadas portteis

5.1.1 - Na colocao da escada apoio e estabilidade

A escada deve ser colocada de forma a que a base fique apoiada em pontos solidamente fixos, que a impeam de deslizar. Em nenhuma circunstncia a escada pode ficar assente sobre materiais soltos, caixotes ou outros objectos que possam vir a provocar a sua instabiliade ou oscilao Sempre que no seja possvel colocar a base dos montantes sobre um plano horizontal fixo, devem usar-se estabilizadores ou ps regulveis. Nos casos em que se verifique o risco de afundamento dos ps, devem ser usadas bases de madeira com dimenses de pelo menos 20 x 20 cm. O apoio superior da escada deve ficar estvel, devendo, para tal, verificar-se uma das seguintes condies: Os dois montantes da escada ficam assentes em pontos de solidez no duvidosa; - A utilizao dum dispositivo de adaptao ao apoio (bero), em "V", "U", etc. O ltimo degrau fica encostado no "apoio".

Nota: Ter ateno se as superfcies de apoio da base e do topo da escada apresentam aderncia diminuda, por aco do gelo, musgo ou outra. 5.1.2 - Posicionamento da escada

* Verificar se no h risco da escada tocar ou aproximar-se perigosamente de condutores ou outras peas nuas em tenso (tomar em ateno que a distncia de segurana aos condutores ou peas nuas em tenso aumenta com o nvel da tenso).

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* Para assegurar o equilbrio e estabilidade, as escadas devem ser colocadas de modo que a relao entre o p (distncia da base da escada vertical do apoio) e o comprimento da escada esteja compreendida entre 1/3 e 1/4;

No caso de colocar uma escada apoiada numa fachada ou estrutura, para subida a um terrao ou plataforma, aquela deve ficar com cerca de 0,90 centmetros acima da referida estrutura.

5.1.3 - Fixao da escada

O topo da escada deve ser seguro preferencialmente a pontos existentes, solidamente fixos. Sempre que a escada no esteja fixa a partir do solo, na primeira subida (e na ltima descida) deve ser mantida segura por um trabalhador colocado na sua base. No havendo no topo um ponto de amarrao suficientemente slido, deve proceder-se imobilizao da escada a partir do solo. Nota: Para trabalhos de curta durao e sem exigncia de grandes esforos do utilizador, aceita-se que um trabalhador colocado na base da escada possa servir como agente de imobilizao, impedindo os movimentos laterais desta e travando a base dos montantes com os ps.

5.1.4 - Utilizao da escada

Na subida (descida) Na subida olhar sempre para cima, para evitar bater com a cabea em obstculos que se encontrem no seu caminho. A descida deve ser sempre efectuada de frente para a escada. No passar mais que um degrau de cada vez, nem saltar da escada para o solo. Na subida / descida as mos devem estar livres; s assim garantida a regra dos 3 pontos de apoio: 1 mo + 2 ps, ou 2 mos + 1 p. As mos devem

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apoiar-se nos degraus para evitar o escorregamento em caso de quebra ou falha de um degrau. Em trabalhos com operaes frequentes de subida / descida recomenda-se a instalao de um sistema antiquedas deslizante. Os materiais e ferramentas devem ser transportados numa bolsa ou utilizando uma corda de servio; em nenhuma circunstncia devem ser transportados nas mos. Durante a utilizao da escada no deve permanecer mais do que um trabalhador sobre a mesma, excepto em circunstncias de salvamento, em que pode subir outro, para o resgatar. Durante as operaes de subida / descida devero ser suspensas as actividades que possam colocar em risco o equilbrio da escada ou da pessoa que sobe / desce.

No posto de trabalho A altura da escada deve ser a suficiente de modo que o trabalhador no necessite de subir para alm do 4. degrau a contar do topo. Concluda a subida, fixar o antiquedas num ponto solidamente fixo e procurar a melhor posio para a execuo do trabalho. Prender-se com a corda de amarrao (corda com regulador) em torno de um ponto fixo cuja resistncia foi previamente verificada. O corpo do trabalhador no deve ultrapassar lateralmente os montantes da escada (excepto nas de encaixar) para no provocar a instabilidade da mesma. As ferramentas ou equipamentos que esto a ser usadas no devem colocarse nos degraus; para tal, utilizar sacos, bolsas ou abraadeiras com anis. 5.2 - Escadas fixas

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Na Tab.8 especificam-se as dimenses recomendadas das escadas distinguindo, por imperativos construtivos, umas de acesso normal e outras de acesso rpido, tendo em ateno que estas ltimas s se montam quando no seja possvel montar uma escada normal.

Tab.8 - Dimenses recomendadas das escadas

A representao grfica das distintas cotas e das inclinaes das escadas podem observar-se na fig. 18

Fig.18 -Representao grfica das cotas de inclinaes de escadas

Na fig.19 pode-se verificar a relao ideal entre degrau e contra-degrauCurso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Fig.19 - Relao entre degrau e contra-degrau

altamente desaconselhada a construo de escadas em que a forma de suster os degraus seja montada sobre uma perna alta recta ou curva. A construo e uso habitual de escadas de caracol dever limitar-se, no s para emergncias, mas tambm para acessos normais de pessoas. As escadas redondas ou helicoidais so desfavorveis segurana pelo que se deve de evitar este tipo de desenho nos lugares de trabalho. Existem vrias frmulas para o clculo dos degraus de uma escada, apresentando-se uma possvel: 1 2t + 1h = 63 a 65 cm 2 1t + 1h = 48 cm 3 1h - 1t = 12 cm Sendo: h = cobertor t = espelho exterior aconselhvel que cada lano de escada no tenha mais de 10 ou 12 degraus. Outros dados: rea mnima de caixa de escada..10 a 12 m2 Largura: - escadas grandes2,5 a 3,00 m escadas mdias.1,5 a 2,00 m escadas pequenas.0,9 a 1,00 m escadas de servio...0,6 a 0,90 m

Distncia vertical entre dois patamares 2,5 a 3 m.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Escadas de caracol: degrau junto do centro, mnimo 6,0 cm Dimetro centro =6n = 1,94 n 3,1416

Sendo n o nmero de degraus de uma volta completa Na Tab.9 apresenta-se as dimenses recomendadas tendo em conta que s se empregaro para acessos de servio ocasionais e por pessoas autorizadas

Tab.9 Dimenses recomendadas para escadas fixas de servio

recomendvel a construo de um descanso cada 10 ou 12 degraus ou cada 2,5 m aproximadamente de desnvel vertical. Largura das escadas A largura das escadas tambm tem relao com o nvel de segurana da mesma. Uma escada demasiado estreita dificulta o movimento da pessoa, pelo que a largura mnima de uma escada de uso normal de 90 cm. Em certos locais de trabalho a largura da escada funo do nmero de pessoas que a devem utilizar, bem como condies de proteco contra incndios, etc. Corrimos Nas escadas com mais de quatro degraus recomenda-se o uso de um corrimo.

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Fig.20 - Escada protegida com corrimo e por duas barras intermdias

Iluminao A iluminao mnima exigida a uma escada para ser utilizada com segurana de 100 lux ainda que este nmero pode variar em funo da utilizao a que est destinada e do nmero de pessoas que a devem utilizar. O nvel de iluminao depender da cor da escada sendo recomendvel que a cor das mesmas seja o mais claro possvel. Para locais que recebem pblico as escadas que podem servir de evacuao devero ser dotadas de sinalizao. Adicionalmente em locais de espectculos donde a iluminao natural no seja suficiente, o eixo dos degraus deve ter iluminao prpria de sinalizao de 1 lux. Como complemento s iluminaes normais e especiais podem-se utilizar recobrimentos fotoluminiscentes que tem a propriedade de armazenar a luz em condies normais e devolv-la ao ambiente quando haja falta da luz habitual. Brilham no escuro e servem para sinalizar vias de evacuao, localizao de equipas de emergncia, etc.

Fig.21- Recobrimento de contra-degraus com pintura fotoluminiscente

5.3 - Escadas fixas de servio

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Seleco: deve haver uma seleco do pessoal que deve utilizar escadas fixas tendo em conta os seguintes aspectos: compleio fsica adequada inexistncia de antecedentes mdicos sobre problemas de corao, vertigens, enjoo ou outros impedimentos fsicos. Formao: em muitos casos a sensao de medo que o operrio se sujeita em um certo momento que nem sobe nem desce, nestes casos o operrio deve ser ajudado. As pessoas que tenham estas tendncias devem ser desqualificadas como usurios potenciais de escadas fixas. Normas de utilizao : Todo o trabalhador que deva usar escadas fixas de servio dever seguir as seguintes normas de utilizao. comprovar que a escada no apresenta defeitos e est livre de substncias resvaladias, como o barro, leo, gordura, gelo, etc no subir ou descer carregado de ferramentas ou materiais. Os materiais e/ou ferramentas necessrios devem-se subir ou baixar utilizando sistemas apropriados. Situar o p firmemente sobre cada degrau antes de transferir todo o peso a cada um dos ps. Subir ou baixar tranquilamente sem pressas. No utilizar calado com taces certificando-se que no tem gordura, barro, ou outra qualquer substncia deslizante. Normas de desenho, construo e instalao: No caso de instalao em ambientes corrosivos devem-se ter em conta o tipo de materiais construtivos da escada podendo debilitar-se pela corroso produzida por vapores cidos dos fumos, etc. As escadas que tenham mais de 6 metros de comprimento devero dispor de uma jaula de proteco situada a partir de uma altura de 2,50 m desde a plataforma ao solo e devero ter um dimetro mximo de 0,60 m. Para alturas superiores a 9 metros devem-se instalar plataformas de descanso cada 9 m.

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Fig.22 - Dimenses de segurana recomendadas com jaula de proteco

Todas as escadas cujo ponto de partida est num ponto alto devero dispor de uma plataforma de segurana protegida perimetralmente por uma estrutura ou outro sistema que evite possveis quedas.

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Fig.23 - Proteco de plataformas de escadas com ponto de partida alto

5.4 - Trabalhos em postes metlicos 5.4.1 - Utilizao de equipamento de proteco individual

O trabalhador num posto de trabalho com risco de queda em altura, com um desnvel superior a 3 metros, dever utilizar um sistema antiquedas, para alm do cinto de trabalho. (Nota: o cinto de trabalho no previsto para servir de pra-quedas). O sistema antiquedas deve incluir: 1. um dispositivo de preenso do corpo do trabalhador (arns ou arns com cinto, antiqueda), e 2a) um dispositivo de ligao a um ponto fixo de ancoragem, que pode ser: - ou um amortecedor pra-quedas (ver Nota), - ou um pra-quedas retrctil (possui um amortecedor de energia incorporado). 2b) ou um dispositivo de ligao mvel sobre um suporte de ancoragem deslizante ao longo de uma corda, de um cabo ou de uma calha.

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Nota: sempre que o comprimento da ligao entre o ponto de ancoragem e o arns do trabalhador for superior a 1,20 m obrigatrio que o sistema pra-quedas possua um amortecedor de energia .

5.4.2 - Antes de iniciar a subida

Verificar se os equipamentos de proteco individual esto correctamente colocados e devidamente fechados com a dupla segurana.

5.4.3 - Na subida O trabalhador deve estar sempre protegido com um sistema pra-quedas. A soluo preconizada a descrita em 5.4.1 - 2b), recorrendo a um pra-quedas deslizante sobre uma corda, mtodo que se designa por "linha de vida". medida que vai progredindo, verificar o estado das peas em que se vai apoiar para subir ou para se posicionar (verificar se oferecem solidez adequada, se esto em bom estado, se j esto bem fixas, etc.). Em caso de dvida o trabalhador no as deve utilizar.

5.4.4 - Montagem de corda "linha de vida"

a) Com o auxlio de estropos - O primeiro trabalhador que sobe transporta consigo a extremidade da corda linha de vida, presa argola frontal do arns atravs de um amortecedor pra-quedas. No solo, a corda linha de vida passa atravs de um dispositivo de travagem, preso a um ponto fixo de rigidez adequada (por exemplo no outro p da torre), controlado por outro trabalhador que permite a passagem gradual da corda medida que o trabalhador na torre vai subindo. Um trabalhador no solo controla a extremidade livre da corda, impedindo que esta se escape em caso de queda do trabalhador que sobe.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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- Iniciada a subida por um dos ngulos da torre, medida que vai progredindo em altura o trabalhador prende espaadamente, aproximadamente de 2 em 2 metros, nos ns da torre um estropo com um mosqueto, fazendo passar dentro deste a corda linha de vida. Para colocar o estropo o trabalhador deve prender-se previamente com a corda de amarrao do seu cinto de trabalho.b)

Com a vara telescpica e gancho

. Com a corda linha de vida presa ao gancho na extremidade da vara telescpica, o trabalhador prende-o na torre to alto quanto a vara o permitir. Em seguida o trabalhador prende-se corda linha de vida com o seu pra-quedas deslizante e inicia a subida at altura do gancho.

Se ainda no est na altura do posto de trabalho, o trabalhador amarra-se com a sua corda de amarrao e com o auxlio da vara telescpica volta a prend-lo mais acima.

O trabalhador desamarra-se e continua a subir ligado corda linha de vida, repetindo o passo anterior tantas vezes quanto necessrio at chegar ao posto de trabalho.

Chegado altura do posto de trabalho, o trabalhador:

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* prende-se com a corda de amarrao do cinto de trabalho

prende-se com o amortecedor pra-quedas (ou com o pra-quedas retrctil) a um ponto escolhido, tendo em conta a tarefa que vai executar (o ponto de ancoragem pode ser fixo ou mvel num plano horizontal).

desliga-se da corda linha de vida e prende-a a um ponto de ancoragem para possibilitar a subida de outros trabalhadores,

O segundo trabalhador a subir prende o seu pra-quedas deslizante corda linha devida e medida que vai subindo, vai libertando a corda dos mosquetes (se tiver sido adoptado o mtodo dos estropos). Uma vez chegado ao posto de trabalho prende-se com o sistema antiquedas. Se subirem mais trabalhadores, a subida faz-se directamente com o pra-quedas deslizante sobre a corda.

Para a descida seguem os passos pela a ordem inversa da anteriormente descrita.

5.4.5 - No posto de trabalho

Existem duas ligaes distintas, com as funes de:a)

amarrao (sujeio e posicionamento) que o trabalhador utilizar quando tiver de se amarrar para ficar numa posio estvel e com as mos livres para executar o trabalho.

b) proteco contra quedas, assegurada por um sistema antiquedas, que dever ser fixado da seguinte forma:

No trabalhador: na argola de fixao dorsal do arns, ou na argola sobre o externo, mas nunca ao nvel da cintura;

Do lado da ancoragem: o ponto de ancoragem deve ficar a uma altura tal que o amortecedor pra-quedas no prejudique ou atrapalhe oCurso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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trabalho e possa cumprir a sua misso. Em caso de queda, a altura desta deve ser o mais reduzida possvel e, claro, sempre inferior distncia a qualquer obstculo que fique por baixo do posto de trabalho (o que condiciona o tipo de dispositivo pra-quedas a utilizar).

Ateno: Quando forem utilizadas em simultneo as duas ligaes(sistema antiquedas e corda de amarrao), o trabalhador deve ter em ateno que no fiquem fixadas a pontos de ancoragem localizados em estruturas distintas, que possam eventualmente separar-se por algum motivo durante a realizao do trabalho (por exemplo, devido a sobreesforos de desenrolamento de condutores, ou de afastamento de condutores, montagem de novos equipamentos ou estruturas ...)

Fig.24 Posio de trabalho com sistema antiquedas

5.5 Trabalhos sobre coberturas ligeiras

-

Ver

ificar de que material feita a cobertura e o seu grau de robustez.

Em coberturas inclinadas ou cuja superfcie oferea perigo de escorregamento, utilizar escadas de telhador ou tbuas de rojo.

Em telhados de fraca resistncia aplicar plataformas robustas e apoiadas em locais slidos, no sentido de distribuir o peso do trabalhador por uma maior superfcie.

Impedir que o trabalhador se apoie em pontos frgeis.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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Colocar guarda-corpos e tbuas de p na periferia da cobertura, quando os trabalhos se desenvolvam neste local.

Sinalizar e delimitar as aberturas com guarda-corpos Em trabalhos de curta durao, a utilizao de equipamento de proteco antiquedas poder ser suficiente.

5.5.1 - Organizao do trabalho Antes de se efectuar qualquer trabalho necessrio efectuar um estudo prvio sobre a coberta ligeira pela empresa responsvel das obras a realizar que segundo as condies da mesma (tipo, inclinao, medidas de proteco existentes, etc) desenha um sistema de trabalho, medidas de acesso seguro, equipamentos de proteco individual necessrios e a forma de us-los. As condies climatricas tm muita influncia neste tipo de trabalho. proibido trabalho em telhados hmido ou molhados No se devem realizar trabalhos se as condies atmosfricas no o permitirem, em particular com vento. Como regra geral no se trabalha com velocidade do vento superior a 50 Km/h, devendo-se tirar qualquer material ou ferramenta que possa cair da cobertura. Usar sempre tbuas com frisos de madeira (anti-derrapante) com espessura igual ou maior que 2, e sem presena de ns, para circulao transversal; caso no tenha onde prender o cinto de segurana, instalar o que chamamos de linha da vida, o que significa fixar firmemente um cabo de ao ou corda (dimetro mnimo ) de uma extremidade do telhado outra o qual tem a finalidade de servir de fixao do cinto; nunca concentrar cargas em pontos do telhados, sempre distribui-lo 5.6 - Plataformas de trabalho a) Consideraes de uso

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Quando uma carrinha elevadora utilizada com uma plataforma de trabalho, esta dever estar desenhada para o efeito. Destaca-se as medidas de segurana da plataforma de trabalho e da carrinha independentes, possuindo a plataforma comandos de controlo autnomos incorporados.

b) Plataforma de trabalho A plataforma de trabalho deve estar desenhada de forma segura, fabricada de material seguro, de resistncia adequada e mantida limpa. Recomenda-se que levem acopladas uma bandejas porta objectos situadas preferencialmente na parte dianteira evitando desta forma que as ferramentas caiam sobre a superfcie da plataforma. Capacidade de carga: O peso da plataforma conjuntamente com a pessoa, ferramentas, materiais, etc. no deve superar metade da carga mxima de elevao tomando como base os dados do fabricante. Carga mxima admissvel: sobre a plataforma deve ser afixado uma placa indicando o seu prprio peso, a carga mxima admissvel (aconselha-se que no ultrapasse os 300 Kg) e a categoria da carrinha que a pode utilizar. Recomenda-se no utilizar carrinhas elevadoras com uma capacidade de carga inferior a 1500 Kg. Altura de trabalho: a altura mxima de trabalho deve-se limitar, por exemplo a 5 metros. Dimenses: as dimenses da base da plataforma devero ser o mais pequenas possvel compatvel com o nmero mximo de pessoas que devem trabalhar sobre a mesma e que em qualquer caso permita realizar os trabalhos adequadamente. As dimenses mais comuns so de 1000x800 mm e de 1000x1000 mm. A altura da parte traseira mais prxima do mastro deve ser de 1900 mm como mnimo. Nmero mximo de pessoas: recomenda-se o nmero mximo de pessoas a transportar no exceder dois.

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Fig.25 - Plataforma elevatria

1- Zona de proteco ao mastro 2- Comandos de controlo 3- Corrimo 4- Barra intermdia 5- Rodaps 6- Zona de encaixe elevatria c) Caractersticas dos comandos de controlo autnomo das plataformas de trabalho Os comandos mais importantes a instalar sero os de subida e descida da plataforma e dos comandos de emergncia, um de paragem do movimento e outro para baixar a plataforma em caso de avaria ou qualquer tipo de emergncia. O comando de subida e descida da plataforma estar desenhado e situado de forma que no pode ser accionado inadvertidamente e ser do tipo manivela de homem morto ou seja deve ser accionado ou pressionado de forma contnua para efectuar os movimentos de subida ou descida,. O sistema de paragem de emergncia do movimento da carrinha deve funcionar automaticamente devendo estar encravado com o do movimento da carrinha para assegurar que no pode ser ultrapassada uma velocidade mxima de segurana de 2,5 Km/h enquanto a plataforma est em posio elevada.

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O comando de emergncia deve permitir baixar a plataforma em caso de avaria ou qualquer outro tipo de emergncia. Este comando deve estar situado preferencialmente ao nvel do solo e estar desenhado de forma que seja impossvel accion-lo acidentalmente. Em lugares de trabalho ou reas de trabalho submetidas a rudo elevado dever dispor-se de um sistema de comunicao, por exemplo intercomunicadores de rdio, entre o condutor da carrinha e os operrios situados sobre a plataforma de trabalho. Tambm neste caso ser necessrio que se disponha de um sistema de ateno complementar como uma buzina caso exista uma emergncia. 5.7 - Andaimes 5.7.1 - Andaimes fixos a) Na montagem / desmontagem do andaime Durante os trabalhos de montagem e desmontagem de andaimes, os montadores e demais trabalhadores devem usar os necessrios equipamentos de proteco individual, nomeadamente para trabalhos em altura. As bases regulveis dos prumos devem assentar sobre apoios slidos e estveis, tais como, escoras (pranches ou vigas) de madeira, tendo em vista a melhor distribuio de cargas no solo. Os prumos devem ser travados junto ao solo. Se o declive do terreno exceder 30% devem ser enterrados, no mnimo, 20 cm. Na elevao das peas constituintes dos andaimes devero ser usados meios mecnicos, tais como, gruas e aparelhos de guindar. Na montagem dos andaimes no se deve iniciar o tramo superior sem estarem terminados os nveis inferiores com todos os elementos de estabilidade.

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Os elementos de unio, abraadeira, junta de empalme e cavilha de encaixe devem encontrar-se devidamente apertados/justapostos, promovendo a melhor fixao entre as restantes peas do andaime.

Todos os elementos constituintes de um andaime que denotem alguma deficincia devem ser substitudos de imediato. Os andaimes de construo devem ser fixados edificao, ou a outra estrutura fixa existente, tendo em vista a necessidade de contraventamento da estrutura. Nos andaimes devem instalar-se redes de proteco, para evitar que a projeco de detritos ou queda de materiais possa atingir outros trabalhadores ou pessoas que passem nas imediaes.

b) Plataformas de trabalho

Nas plataformas de trabalho, tendo em vista, fundamentalmente, a proteco

dos utilizadores devem montar-se as proteces regulamentadas: guarda-corpo simples, a cerca de 1 metro de altura do piso, uma guarda intermdia e o rodap, com cerca de 15 cm. As plataformas de trabalho, devero ter a largura suficiente, encontrando-se

para isso as travessas de apoio totalmente preenchidas. No caso de utilizao de tbuas de p, estas sero no mnimo 4 nos andaimes de

construo e 2 nos andaimes de conservao, devendo ter um trespasse de 35 cm para cada lado dos seus apoios extremos (travessas de apoio do andaime). A espessura das tbuas de p constituintes das plataformas de trabalho devem ser no mnimo de 4 cm.Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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MANUAL SEGURANA DO TRABALHO

TRABALHOS EM ALTURA

EDIO: 1 REVISO: 0 DATA: 10/05/2003 PG.: 63 DE 150

A distncia que separa a plataforma de trabalho no andaime do paramento

vertical da edificao no dever ser superior a 20 centmetros.

O acesso entre plataformas de trabalho, nos andaimes, deve ser feito por

escadas montadas em estruturas independentes, que permitam uma transposio fcil dos vos a vencer. c) UtilizaoNas plataformas de trabalho, s permitido o armazenamento do material de utilizao imediata para evitar sobrecargas e roturas da plataforma. Sempre que na utilizao de andaimes os equipamentos de proteco colectiva no sejam eficazes ou a sua montagem no seja possvel, os trabalhadores devem usar meios de proteco individual (arns + sistema pra-quedas). Terminado o perodo de utilizao dos andaimes e at sua desmontagem completa deve ser afixada na zona ou local de acesso uma placa visvel com a seguinte informao:

ANDAIME DESACTIVADO PROIBIDA A UTILIZAO INCIO DE DESMONTAGEM DD.MM.AAAA

d) Trabalhos na proximidade de condutores elctricos nus em tenso Sempre que exista necessidade da montagem de andaimes junto de condutores ou peas nuas em tenso devem ser respeitadas as distncias de aproximao, que para o caso de trabalhadores comuns (no electricistas) so:Curso Tcnico Superior Segurana e Higiene do Trabalho

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MANUAL SEGURANA DO TRABALHO

TRABALHOS EM ALTURA

EDIO: 1 REVISO: 0 DATA: 10/05/2003 PG.: 64 DE 150

TENSO At 60 kV U> 60 kV

DISTNCIA 3m 5m

Quando esta distncia no possa ser cumprida os condutores ou peas nuas em tenso devem ser convenientemente afastados ou protegidos com protectores ou anteparos, operaes a realizar por pessoal especializado. Sempre que se efectuem trabalhos com andaimes na proximidade de condutores ou peas nuas em tenso, estas devem ser sinalizadas de forma a torn-las mais visveis para evitar a aproximao dos trabalhadores ou de objectos que estes possam manusear. * A estrutura dos andaimes deve ser ligada terra de proteco.

e) - Outras consideraes Proceder sempre a montagem de qualquer andaime, por um estudo pormenorizado que tenha em conta, nomeadamente, a natureza do trabalho a que se destina, os condicionalismos introduzidos pela construo prexistente, os constrangimentos impostos pelo programa de trabalhos, as condies da envolvente prxima e as restries introduzidas pelo tipo de estrutura disponvel. Preparar elementos desenhados e escritos suficientemente pormenorizados e claros que permitam a execuo da montagem, explorao e desmontagem, de um modo preciso sem dar origem a equvocos. Destacar para a montagem operrios experientes e enquadr-los por chefias que conheam bem o sistema de andaime a ser utilizado. Instruir suficien