Grande Comisão

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O QUE É DISCÍPULO e DISCIPULADOR MT 28: 18-20 – Grande Comissão 18 E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. 19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando- os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. O verbo grego traduzido por ide na verdade não é uma ordem, mas sim um gerúndio (indo). O único mandamento de toda a grande comissão é "fazei discípulos" ("de todas as nações"). Jesus disse: "Enquanto estiverem indo, façam discípulos em todas as nações". Não importa onde estamos, devemos testemunhar sobre Jesus Cristo e procurar ganhar outros para ele (At 11:19-21). O termo "discípulos" era o nome mais comum para os cristãos primitivos. Ser um discípulo significa mais do que ser um convertido ou um membro da igreja. Aprendiz talvez seja um bom termo equivalente. Um discípulo apega-se a seu mestre, identifica-se com ele, aprende e vive com ele. Aprende não apenas ouvindo, mas também praticando. Jesus chamou doze discípulos e os ensinou de modo que fossem capazes de ensinar a outros (Mc 3:13ss). O maior mandamento ministerial do Senhor para nós é fazer discípulos. Todos são chamados a participar dessa tarefa, que não é um dom especial, e sim um mandamento. Diante desse mandamento, todos os que crêem em Cristo não têm outra opção senão obedecer. O caráter do seguidor de Jesus é testado pela obediência aos Seus mandamentos, e o fazer discípulos é, sem dúvida, a maior implicação da obra de pós-Calvário de Cristo. Base Bíblica para os Grupos Pequenos. Jesus ensinava no lar, ministrando para pequenos grupos de pessoas. Grande parte do Seu ministério aconteceu nas sinagogas, às vezes no templo, e muitas vezes ao ar livre. Mas uma parte significativa de Seu trabalho e ensinos aconteceram nos lares, com um grupo pequeno de pessoas. A explicação de Jesus para as parábolas do Reino era dada para o pequeno grupo de discípulos. (MT 13:36) 1

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Grande comissão ide e fazei discípulos.

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O QUE É DISCÍPULO e DISCIPULADOR

MT 28: 18-20 – Grande Comissão

18 E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;20 ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

O verbo grego traduzido por ide na verdade não é uma ordem, mas sim um gerúndio (indo). O único mandamento de toda a grande comissão é "fazei discípulos" ("de todas as nações"). Jesus disse: "Enquanto estiverem indo, façam discípulos em todas as nações". Não importa onde estamos, devemos testemunhar sobre Jesus Cristo e procurar ganhar outros para ele (At 11:19-21).

O termo "discípulos" era o nome mais comum para os cristãos primitivos. Ser um discípulo significa mais do que ser um convertido ou um membro da igreja. Aprendiz talvez seja um bom termo equivalente. Um discípulo apega-se a seu mestre, identifica-se com ele, aprende e vive com ele. Aprende não apenas ouvindo, mas também praticando. Jesus chamou doze discípulos e os ensinou de modo que fossem capazes de ensinar a outros (Mc 3:13ss).

O maior mandamento ministerial do Senhor para nós é fazer discípulos. Todos são chamados a participar dessa tarefa, que não é um dom especial, e sim um mandamento. Diante desse mandamento, todos os que crêem em Cristo não têm outra opção senão obedecer. O caráter do seguidor de Jesus é testado pela obediência aos Seus mandamentos, e o fazer discípulos é, sem dúvida, a maior implicação da obra de pós-Calvário de Cristo.

Base Bíblica para os Grupos Pequenos.

Jesus ensinava no lar, ministrando para pequenos grupos de pessoas. Grande parte do Seu ministério aconteceu nas sinagogas, às vezes no templo, e muitas vezes ao ar livre. Mas uma parte significativa de Seu trabalho e ensinos aconteceram nos lares, com um grupo pequeno de pessoas.

A explicação de Jesus para as parábolas do Reino era dada para o pequeno grupo de discípulos. (MT 13:36)

Ele estava na casa de Pedro quando curou a sua sogra (MT 8:14) Ele estava ensinando numa casa quando curou o paralítico, ao ser descido

para o meio da sala na sua cama, pendurado no telhado. (Mc 2:1) Ele visitava a casa das pessoas para curar os doentes (MT 8:14) Entrava nas casas para ressuscitar mortos (Mc 5:38-42) Parava para conversar, durante uma refeição, e aconselhar aqueles que

queriam segui-lo ( Lc 7:36) Entrava nos lares para evangelizar, falar da salvação (Zaqueu: Lc 19) Entrava nos lares para discipular aqueles que criam Nele (Marta e Maria: Lc

10:38-42) Quando Jesus enviou os doze (MT 10, Mc 6) e mais tarde quando Ele foram

mandados de dois em dois para ministrarem num contexto de pequenos grupos.

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Mesmo dentro daquele grupo, Jesus tinha um grupo ainda menor de três discípulos (Pedro, Tiago e João), que eram parte de um relacionamento mais chegado (MT 17:1 e 26:37).

Os ensinamentos de Jesus foram dados de uma forma mais completa a esse grupo de doze, e as revelações mais profundas a esse grupo de três.

Os doze receberam Dele bem mais do qualquer outra platéia. Eles ficaram encarregados, portanto, de passar adiante todas as coisas que Jesus ordenou.

Entendemos, assim, que o que faz da casa uma igreja não é apenas o seu uso para as reuniões de pequenos grupos, mas também o seu cotidiano.

O discipulador tem responsabilidade de cuidar bem de cada um dos seus discípulos, um por um. E aconselhável ter um número de discípulos que permita cuidar bem de cada um deles, do que ter muitos e não ter como cuidar bem. Ele deve amar os seus discípulos e, com um pai, corrigi-los também.

O discipulado é um instrumento de cura e, portanto, um canal poderoso de Deus para ajudar seu povo a crescer em santidade.

O discipulador nunca deve ser dominador, nem usar de autoritarismo para com os discípulos. Para evitar qualquer tipo de manipulação, dominação ou autoritarismo, os discípulos amorosamente e respeitosamente, confrontar seus discipuladores, se houver qualquer tipo de abuso de autoridade. Se não houver arrependimento e mudança, o discípulo sabe que ele deve apelar para o discipulador do seu discipulador (Pr. Raul). Todos estão debaixo da cobertura, de forma que todos têm o privilégio e a responsabilidade de prestar contas para sua liderança.

Funções Gerais dos Grupos Pequenos

Informalidade:Ajuda a combater a religiosidade. É fácil cultivar uma vida cristã de aparência, mas aqueles que crescem num ambiente cristão de informalidade assimilam, pelo exemplo, a importância da transparência. Num ambiente informal as pessoas estão mais abertas ao mover do Espírito e à comunhão, praticamente impossível em reuniões maiores.

Amizade e Comunhão:Quando a igreja cresce, as pessoas correm o risco de se tornarem números, e não mais receberem atenção, passando a sentir solidão no meio da multidão. As células, contudo, proporcionam um ambiente de intimidade onde a amizade é desenvolvida. Ninguém vive sozinho a vida cristã; criar vínculos é imprescindível para quem quer desenvolver uma fé sadia.

Evangelismo:Muitas pessoas jamais entrarão numa igreja evangélica por puro preconceito, tradição familiar ou pela generalização da mídia para com os evangélicos.  Mas a igreja não foi chamada para ser sal e luz dentro do templo, e sim lá fora, onde os pecadores estão. As estatísticas indicam que a grande maioria das pessoas se converte mediante contato com amigos ou familiares.

Crescimento ilimitado:Em todo o mundo, as igrejas em células transcendem o limite físico que seus templos comportam, pois não estão limitadas às acomodações de um prédio, mas espalhadas pelas casas; além de que são facilmente adaptáveis.

Oportunidade ministerial:No templo, poucas pessoas chegam a ter oportunidade de exercer seu ministério, pois eles se restringem a pregação, louvor, ensino infantil e recepção. Nas células cada

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membro pode exercitar seus dons e ministérios. Sem esse tipo de reunião será impossível cada um funcionar em seu lugar (dom) no corpo de Cristo.

Pastoreio:As células que se reúnem nas casas são um tremendo meio de acomodação e pastoreio do rebanho. Cada líder cuida bem de sua célula, pois o número de pessoas é pequeno; por sua vez, os líderes também recebem cuidado pastoral de seus supervisores, que também recebem acompanhamento de seus pastores, numa verdadeira cadeia hierárquica que alivia os líderes de sobrecarga.

Dicas para um grupo pequeno de êxito

Não permita que seu grupo seja infrutífero – Deus nos chamou para dar frutos. O mandamento de Deus é para crescer e multiplicar. O líder é um gerador constante de ovelhas e lideres. A multiplicação de um grupo não depende primeiramente da quantidade de pessoas que temos, e sim, da quantidade de lideres que formamos.

Reunir pelo menos uma vez por semana – A vida de um grupo não se resume apenas numa reunião, mas essa reunião deve acontecer com frequência. O grupo é um contexto de vida, assim como toda a visão é um estilo de vida. Temos que viver o grupo todos os dias da semana, mas temos que separar um dia, hora e local específico para a reunião.Para que as reuniões de grupo sejam excelentes, o líder deve seguir alguns princípios:

1. Chegar mais cedo para recepcionar suas ovelhas;2. Dar boas vindas com bastante alegria a todos;3. Dar a devida atenção aos problemas de cada um;4. Demonstrar alegria pela participação de cada membro do grupo;5. Nunca abri uma reunião dizendo que está cansado;6. Nunca abrir uma reunião dizendo que o seu dia foi atribulado ou terrível;7. Nunca abriu a reunião falando sobre assuntos depressivos (morte, enfermidade

divida, etc);8. Nunca abrir uma reunião dizendo que o ambiente está “pesado”;9. Nunca falar de seus problemas pessoais com os novos convertidos na reunião;

Fazer do grupo um lugar de restauração – O grupo existe por causa das pessoas. As pessoas chegam para as reuniões trazendo os mais variados problemas (enfermidades, problemas financeiros e familiares, pecados, etc.) e o grupo tem que ser uma resposta de Deus para cada um. Não podemos entrar para uma reunião e sair da mesma forma (ou pior). Temos que receber a bênção de Deus nas reuniões do grupo.

Fazer de cada membro outro líder – Um dos maiores erros de um líder comete é não dar oportunidades a outras pessoas, com medo do “nível” cair. Quando chegar a ocasião de multiplicar não teremos nenhum outro líder formado, e isso é um problema; se contar que vamos estar ferindo o propósito da visão que é fazer de cada crente um líder. Esse problema acontece por causa de alguns fatores:

1. O líder não confia no potencial das suas ovelhas;2. O líder sabe para si, mas não sabe ensinar outros;3. O líder tem medo de perder posição;4. O líder não entende o princípio de multiplicação;

Zelar pela Santidade do grupo – Deus nos chamou para sermos santos. Ser santo é ser separado para uso exclusivo d Ele. Esse conceito deve fazer parte do nosso cotidiano. O líder tem que ser a primeira pessoa a expressar a santidade de Deus no grupo. Ele tem que ser canal confiável para trazer o equilíbrio necessário para o crescimento do grupo. A santidade envolve todo o nosso ser: olhos, ouvidos, boca, mãos, mente, etc.

Nunca trabalhe em fundamento alheio – Trabalhar em fundamento alheio é o mesmo que roubar fruto da árvore do vizinho. O líder deve ter seu próprio carisma

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para conquistar as pessoas e não “pescar” pessoas que já estão sendo acompanhadas. Isso é deslealdade e falta de maturidade.Temos que entender o que é liderança. Para se um líder precisamos ter seguidores. Nunca devemos nos colocar como a melhor opção para a vida das pessoas, como se fôssemos a resposta para todos os seus problemas. Isso é apenas a promoção de um título e jamais podemos atrair a atenção das pessoas apenas porque temos títulos.

Não permita a murmuração no grupo – A murmuração é um dos maiores inimigos da nossa fé. Geralmente ela acontece quando começamos a desconfiar da motivação ou das atitudes de alguém ou ainda, quando damos ouvidos a boatos e os passamos para frente. O bom líder deve ser inimigo declarado da murmuração. Ele jamais pode permitir que esse espírito entre dentro do grupo. Zela pela santidade no grupo também implica em eliminar pela raiz a murmuração, não só na vida de suas ovelhas, mas também na sua própria vida. O grupo não é lugar para discutir problemas de orem interna da igreja.

O que o Grupo Pequeno não é

As reuniões nos templos das igrejas locais são chamadas de cultos. O grupo não é mais um culto realizado nas casas dos irmãos, onde uma ou duas pessoas dirigem tudo e as demais apenas assistem. Não são clubes fechados.Um grupo fechado certamente levará aos seus membros a perderem a visão da Grande comissão. A ordem de Jesus é: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda a criatura” e alguns parecem ter perdido o propósito do ganhar almas para o reino de Deus, procurando apenas a “edificação e comunhão próprias”. Muitas vezes procuram apenas se aprofundar na Palavra, como fazem as “organizações de treinamento” sem propósito. Não é uma igrejinha.Não é apenas e simplesmente a distribuição dos membros em miniatura da igreja competindo com a igreja loca, “roubando-lhes” os membros, e que chegando ao momento de se duplicar para a multiplicação do corpo de Cristo, recusam-se alegando vários motivos. Até a estrutura da reunião do grupo tem uma dinâmica diferente. Não é mais uma programação da igreja. Não deve ser entendida como mais uma programação da igreja mas, pelo contrário, a própria vida da igreja acontecendo nos lares de forma prática, exercida no meio da comunidade local por pessoas normais, com o propósito de ganhar almas onde elas se encontram. Não são, portanto, uma programação para o entretenimento dos membros.

CONCLUSÃO – A consolidação está concluída quando há evidências reais e permanentes de que a pessoa realmente mudou de vida e nasceu de novo. Os frutos testificam quando a consolidação chega ao fim.

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