grande ecran são a minha entre

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PS vai ter de escolher quem quer para candidato à Câmara Municipal entre MARGENS DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected]t PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO BIMENSÁRIO | 15 NOVEMBRO 2012 | N.º 484 Todos os dias ao seu dispôr com simpatia e profissionalismo CINEMA // GUIMARÃES 2012 Mémorias da Fábrica do Rio Vizela levadas ao grande ecran por realizador espanhol “CENTRO HISTÓRICO” ESTREIA HOJE As artes e a música são a minha vida IVO MARTINS, DIRETOR DO GUIMARÃES JAZZ CASTRO FERNANDES ESCOLHE ANA MARIA FERREIRA E O EX-VEREADOR LUÍS FREITAS, JOAQUIM COUTO MUNICÍPIO DE SANTO TIRSO REDUZ A 14 FREGUESIAS CÂMARA CONTESTA PROPOSTA DE REDUÇÃO DE FREGUESIAS // PÁG.S 4 E 5 ‘A Misericórdia de Santo Tirso está preparada para receber o Hospital’ Entrevista com José dos Santos Pin- to, provedor da Irmandade e Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso. Embora natural de Foz Côa, José Pinto soma um notável percur- so em diferentes instituições do município, para além de somar mais de 40 anos à frente dos desti- nos da Adega Cooperativa. Tirsense segue em bom plano EQUIPA PERMANECE SEM PERDER

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PS vai ter de escolher quem querpara candidato à Câmara Municipal

entreMARGENSDIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

BIMENSÁRIO | 15 NOVEMBRO 2012 | N.º 484

Todos os dias ao seu dispôr comsimpatia e profissionalismo

CINEMA // GUIMARÃES 2012

Mémorias da Fábricado Rio Vizela levadas aogrande ecranpor realizador espanhol“CENTRO HISTÓRICO” ESTREIA HOJE

As artes ea músicasão a minhavida

“IVO MARTINS, DIRETORDO GUIMARÃES JAZZ

CASTRO FERNANDES ESCOLHE ANA MARIA FERREIRA E O EX-VEREADOR LUÍS FREITAS, JOAQUIM COUTO

MUNICÍPIO DE SANTO TIRSOREDUZ A 14 FREGUESIAS

CÂMARA CONTESTA PROPOSTA DE REDUÇÃO DE FREGUESIAS // PÁG.S 4 E 5

‘A Misericórdia deSanto Tirso estápreparada parareceber o Hospital’Entrevista com José dos Santos Pin-to, provedor da Irmandade e SantaCasa da Misericórdia de SantoTirso. Embora natural de Foz Côa,José Pinto soma um notável percur-so em diferentes instituições domunicípio, para além de somarmais de 40 anos à frente dos desti-nos da Adega Cooperativa.

Tirsense segueem bom planoEQUIPA PERMANECE SEM PERDER

FIM DE SEMANA

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeia saída de novembro foi o nosso estimado assinante Pacheco & Pinho,

residente na rua da Ponte Nova, nº 807, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Um duo queignorafronteiras|||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Estou mortinho por vos dar esta su-gestão. Bem, este meu jogo de pala-vras, baseado no nome da banda,coincide com uma hipotética confu-são: os americanos The Killers nãofazem parte deste duo, formado porAlison Mosshart e Jamie Hince. O no-

me é mais curto e realmente idêntico– The Kills. Esta junção de uma can-tora americana com um guitarrista bri-tânico já dura desde o ano 2000.

Este segundo registo discográfico,de 2005, segue as pisadas do pri-meiro, mas com mais confiança. É, so-bretudo, mais elaborado. “No Wow”é forte e, por isso, não baixe o volu-me. Se não pode subir, ouça-o maistarde. Vale a pena seguir a ousadia esensualidade de “VV” (Alison) e osriffs poderosos de “Hotel” (Hince).Podem ser feitas comparações com osWhite Stripes e podem encontrar-sevárias influências, uma das quais nosenormes The Velvet Underground.

é o que vejo ali. “I Hate the Way YouLove Pt. 2” é demasiadamente sim-ples e brilhante. “Rodeo Town” con-segue ser viciante, tal como todas asrestantes faixas. Entra no ouvido; ésuave e adorável. “Ticket Man” apro-veita um minimalismo de notas parafechar a porta convenientemente.

Existe uma edição limitada euro-peia em CD que traz um DVD extra. Éuma oportunidade para conhecer umgrupo envolvente que já veio ao nos-so país por diversas vezes e continuavivo, apesar dos seus elementos se des-dobrarem em atividades extra, comoa participação nos The Dead Weatherdo virtuoso Jack White. |||||

Basta ver o vídeo “The Good Ones”e traçar um paralelismo com TheFactory, o estúdio de arte de AndyWarhol. Uma autêntica loucura sexy,

Dentro de portas - “No Wow”

Pessoa vestiu um fato escuro que tinhamandado fazer recentemente, fez o nódo lacinho no pescoço e pôs os óculos.Não fazia frio, mas chovia lá fora. Porisso vestiu a gabardina amarela, pe-gou numa caneta e num bloco denotas e começou a descer a escada.

Fernando Pessoa encontra-se àsportas da morte no Hospital de S.Luís dos Franceses, vítima de umacrise hepática. Numa espécie dedelírio, despede-se, um a um, dosseus heterónimos.

Pessoa enceta um diálogo en-tre a sua alma, que se encontraperto do rio Estige, e os fantasmasque sempre o acompanharam:Alberto Caeiro, Álvaro de Cam-pos, Ricardo Reis, Bernardo Soa-res e António Mora. No final, olivro comporta uma espécie denota biográfica de cada persona-gem que visita Pessoa, desde osenhor Manacés, o seu barbeiro,aos seus heterónimos.

Com um título destes, este li-vro, à primeira vista, promete maisdo que propriamente acontece.No fim de contas, falta-lhe con-sistência e espessura a vários osníveis. Tabucchi foi um professoritaliano de Literatura Portuguesae especialista na obra Pessoana.Mas esse fator não foi suficiente.Apesar de ser uma homenagemdo autor, “Os últimos três diasde Fernando Pessoa” não é umlivro brilhante, no entanto, vale apena conhecê-lo. |||||

EXPOSIÇÃO DE PINTURASORTE AMOR E MORTEVila das Aves, Centro Cultural. Até 30 denovembro. Horário: seg. a sexta 9h00-13h00 / 14h00-17h00.Morada: Rua S.toHonorato, 220. 4795-114 Vila das Aves.

Prolongamento por mais um mêsda exposição de pintura de JorgeLopes e, por isso, mais um opor-tunidade para conhecer o traba-lho desenvolvido por este jovemartista-plástico, natural de Tomar.

EXPOSIÇÃO: DO RATO MICKEYA ANDY WARHOLSanto Tirso, Biblioteca Municipal . De17 de novembro a 17 de janeiro de2013. Morada: rua de Gross-Umstadt,Quinta de Geão. Horário: segunda a sex-

Na Fábrica ASA, em Guimarães, estreia estaquinta-feira “Estado de excepção”; novacriação de Rui Horta. O espetáculo repetenas noites de sexta e sábado.

ta das 9h00 às 19 horas. Sábados,das 14h00 às 18 horas. Entrada livre.

Comissariada por Guy Schraenen,esta exposição permite aos adul-tos redescobrir várias referênciasda infância e às crianças desco-brir um novo mundo de cores, for-mas e linguagens e familiarizarem-se com o processo criativo de al-guns artistas contemporâneos.

TEATRO / MÚSICAANATOMIA DO PIANOFamalicão, Casa das Artes. Dia 17, às18h00. Bilhetes a 10 euros (5 euroscartão quadrilátero). Morada: Morada:Av. Dr. Carlos Bacelar. 4760-103Famalicão. Telefone 252371297.

Anatomia do Piano é um espetá-

Polvoreira. 4810-294 Guimarães.Novo espetáculo do coreografoRui Horta em estreia nacional naCapital da Cultura. Anton Skrzypi-ciel, Miguel Borges, Pedro Gil eTeresa Alves da Silva são os intér-prtes convocados por Horta paraeste “Estado de Excepção” queconta ainda com a presença empalco de David Santos (Noiserv).“Estado de Excepção” é o fracassoolhado como sucesso, é a poéticado fracasso que sublima a crise ese entrega à rebelião e à luta. É onaufrágio com a terra à vista, jácom destino anunciado. O espetá-culo começa assim com um gritoe terminá quando se o conseguirtransformá-lo em canção. |||||

culo que propõe a desconstruçãodo instrumento que será talvez omais influente da história da mú-sica ocidental. Resultado dumaevolução tecnológica notável e deséculos de repertório, práticas erituais, o piano é um instrumen-to-ícone. Em “Anatomia do Piano”,mais do que um instrumento, o pi-ano é um lugar, um ser com vida,uma escultura, um palco, a casaonde a música habita e de ondebrotam histórias sem palavras, fei-tas de sons, de imagens e de corpo.

DANÇA ESTADO DE EXCEPÇÃOGuimarães, Caixa Negra da FábricaASA. Dias 15, 16 e 17, às 22h00.Bilhetes a 5 euros. M/ 12 anos. Covas -

Fora de portas - Santo Tirso - Famalicão - Guimarães - Vizela

POR: BELANITA ABREU

‘Os últimos três diasde Fernando Pessoa’António Tabucchi. Ed.: Quetazal

EXPOSIÇÃO DO RATOMICKEY A ANDYWARHOL. NABIBLIOTECA MUNICIPALDE SANTO TIRSOATÉ 17 DE JANEIROFOTO: MARIANA SILVA

SEXTA, DIA 16 SÁBADO, DIA 17Chuva moderada. Vento modera-do. Máx. 19º / min. 10º

Chuva moderada. Vento modera-do. Máx. 13º / min. 10º

Aguaceiros. Vento moderado.Máx. 13º / min. 5º

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(Provérbio alemão)

A Fábrica de Santo Thyrso acolhe atéao próximo sábado, dia 17 de novem-bro, aquele que a organização enten-de como a edição zero do FAST; fes-tival dedicado ao cinema de anima-ção oriental, mas cujo programa nãose restringe à projeção de filmes.

Organizado pela Associação Cul-tural Quartier, em parceria com a Câ-mara Municipal de Santo Tirso, o fes-tival – que teve início no passado dia9 - integra a realização de workshops,exposições, dança e, entre outras ini-ciativas, alguns espetáculos musicais,sendo exemplo disso a atuação nanoite de dia 17 dos Hot Pink Abuse.

Para hoje, dia 15 de novembro, oFAST tem agendada a exibição, a par-tir das 21h30, do filme “Kiki’s Delivery

Na Fábrica com os olhos em bicoFÁBRICA DE SANTO THYRSO // FESTIVAL ANIME SANTO ATÉ AO PRÓXIMO SÁBADO

Service”, realizado em 1989 por HayaoMiyazaki, um dos mais célebres e res-peitados criadores do cinema da ani-mação japonesa com uma carreirainiciada no anos 60 e que inclui maisde duas dezenas de filmes.

Par amanhã, sexta-feira, está reser-vada uma das maiores apostas dofestival, ao aliar o cinema com a dan-ça contemporânea. Ou, dito de outraforma, a conjugação do “corpo vivode uma performance” e do “corpoque nunca morre do cinema”. É a “FastDance”; uma criação da coreografa eintérprete Vera Santos, num espetáculocom cenografia de Sandra Neves emúsica de Rodrigo Santos. “Fast Dan-ce” é apresentado às 21h30 e, umahora depois, a exibição de “Steamboy”

(na imagem), realizado em 2004 porKatsuhiro Otomo, outro respeitávelnome do cinema japonês, autor defilmes como “Akira” (1988) e “Me-tropolis” (2001).

No sábado, a partir das 21h30, afesta de encerramento do FAST que,para além dos Hot Pink Abuse contaainda com as participações dos DjsNuno do Rock, Ogata Tetsuo, RockMarciano, mas também da bandabarcelense de rock psicadélico, BlackBombaim, e de Fernando Alvim (quese apresenta enquanto dj). |||||

FAST - FESTIVAL ANIME SANTO TIRSOAté 17 de novembro na Fábrica de Santo Thyrso. Preçodos bilhetes: 2,50 euros para as sessões de cinema;7,50 euros para o espetáculo “Fast Dance”; e 5 eurospara a festa de encerramento. Morada: rua dr. OliveiraSalazar, nº 88 4780-453 Santo Tirso.

FERNANDO ALVIMVESTE A PELE DE DJE VAI ESTAR NA SHOGUNPARTY, NO DIA 17

“O Amor é urgente para todos.Branca é a que sofre mais, mastodos denunciam essa urgênciaem amar e ser amado. A vida po-deria continuar assim, uma farsatranquila, não fosse a obrigaçãode falar verdade para amar maise melhor. Branca opta pela ver-dade e, com esta decisão, implicatodos à sua volta…”. É este o pon-to de partida da peça “É Urgenteo Amor” que o Teatro Experimen-tal de Mortágua leva a cena nopróximo sábado, em Santo Tirso,no auditório da Escola Secundá-ria Tomaz Pelayo.

O espetáculo integra a segun-da edição do Teatirso, Festival deTeatro de Santo Tirso, promovidopela junta local, com o apoio dotirsense José Alberto Carneiro. Emcada sábado de novembro, umapeça é levada a cena. No dia 3, oauditório da Igreja de S. Bartolo-meu de Fontiscos acolheu a apre-sentação de “Os 7”, pelo GrupoDramático e Musical Flor de Infes-ta e, no dia 10, foi a vez de “Pio-lhos e Actores”, pelo grupo A Ca-poeira, de Barcelos. Depois de “ÉUrgente o Amor”, o festival encer-ra, no dia 24 com “O Morgadode Fafe Amoroso”, pela Nova Co-média Bracarense, no AuditórioEng.º Eurico de Melo. Os espetá-culos têm de entrada livre.

Nesta edição o público desem-penha um papel importante por-que ajudará o júri a escolher omelhor espetáculo, que receberáum prémio de 500 euros. |||||

‘É Urgenteo Amor’...e o Teatro

TEATIRSO // FESTIVAL DETEATRO DE SANTO TIRSO

DESTAQUEREORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO // UNIDADE TÉCNICA REDUZ EM 10 O NÚMERO DE FREGUESIAS

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO*

A Unidade Técnica para a Reorgani-zação Administrativa do Território pro-põem a redução do município deSanto Tirso a 14 freguesias em virtu-de de duas hipóteses de fusões quedeixam, no entanto, intactas fregue-sias como Vila das Aves, Roriz, S. Toméde Negrelos ou Rebordões.

Numa primeira proposta, a referi-da Unidade Técnica propõe: a uniãodas freguesias de Santo Tirso, Sta. Cris-tina do Couto, S. Miguel do Couto eBurgães; a união das freguesias de Pal-meira, Areias, Lama e Sequeirô; a uniãodas freguesias de S. Martinho do Cam-po, Vilarinho, S. Mamede de Negrelose S. Salvador; e a união das freguesi-as de Guimarei e Lamelas. Nesta pro-posta, ficam de fora as freguesias deVila das Aves, Rebordões, São Toméde Negrelos, Roriz, Monte Córdova,Carreira, Refojos, Reguenga, ÁguaLonga e Agrela (conforme imagem).

Numa segunda hipótese de fusão,são propostas: a união das freguesias

Câmara Municipal contesta proposta deredução de município a 14 freguesiasFREGUESIAS COMO VILA DAS AVES, RORIZ, ÁGUA LONGA E AGRELA ESCAPAM AO PROCESSO DE AGREGAÇÃO. E NEM A TÃO ‘TEMIDA’ FUSÃODE VILA DAS AVES COM S.TOMÉ DE NEGRELOS TEM EXPRESSÃO NAS DUAS PROPOSTAS TORNADAS PÚBLICAS NA SEMANA PASSADA PELAUNIDADE TÉCNICA PARA A REORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO TERRITÓRIO. MAS PARA O PRESIDENTE DA CÂMARA, OS MAPASPROPOSTAS NÃO DEIXAM DE DESCARACTERIZAR O CONCELHO E NOTA QUE SANTO TIRSO É O “QUE PERDE MAIS FREGUESIAS EM TODAA ÁREA METROPOLITANA”

de Santo Tirso, Sta. Cristina do Couto,S. Miguel do Couto e Burgães; a uniãodas freguesias de Palmeira, Areias,Lama e Sequeirô; a união das fregue-sias de S. Martinho do Campo, S. Ma-mede de Negrelos e S. Salvador; aunião das freguesias de Guimarei eLamelas; e a união das freguesias deS. Tiago da Carreira e Refojos. Nestecaso, as freguesias de Vila das Aves,Rebordões, Roriz, Vilarinho, Reguenga,Agrela e Água Longa mantinham asactuais fronteiras.

Em ambos os casos, diz a CâmaraMunicipal o concelho sai “descaracte-riza”, em virtude de um processo querepresenta “um ataque à identidadedas freguesias”, baseado em critériosque considera “duvidosos, superfici-ais e que não são aplicados de igualmodo para todas as freguesias”.

‘UM DISPARATE COMPLETO’Em declarações ao Entre Margens, opresidente da Câmara Municipal afir-ma que “o novo mapa da adminis-tração autárquica corresponde a umalei perfeitamente impossível”, sem“qualquer lógica” e com grave preju-ízo para o concelho. “Santo Tirso é oque perde mais freguesias em toda aárea metropolitana”, nota o autarca.Castro Fernandes entende que nãofaz sentido nenhum o governo an-dar a “financiar as câmaras para fazersedes de junta” e agora acabar comelas. No concelho, a última a ser con-cluída foi em S. Salvador do Campo,freguesia para a qual é proposta aagregação a S. Martinho do Campo,S. Mamede de Negrelos e Vilarinho.“Um disparate completo”, diz o autarca,

mas para o qual encontra duas expli-cações: “a primeira é que pretendemacabar com a limitação de mandatospermitindo que um presidente de jun-ta se candidate novamente, a umquarto mandato, coisa que é ilegal; ea segunda é que pretendem ganharpara o PSD uma área que é de maio-ria PS. É uma tentativa de absorçãode S. Mamede de Negrelos e S. Sal-vador do Campo por S. Martinho,quando S. Salvador do Campo ga-nhou a sua independência há 60anos, S. Mamede tem a sua autono-mia própria e não tem nada a ver, nosentido de proximidade, com S.Martinho do Campo”.

De resto, a autarquia tirsense nãodeixa de se interrogar: “porque é queem alguns casos as freguesias com me-nos de mil habitantes foram agrega-das enquanto outras, na mesma cir-cunstância, foram mantidas?”, ou “porque razão freguesias que têm ‘umdesenvolvimento económico e socialmais elevado funcionam, no quadroda prestação de serviços públicos deproximidade, como polos de atraçãode freguesias contíguas’ e outras, atécom um maior desenvolvimento, nãofuncionam como polo de atração?” “É caso para perguntar”, acrescentaainda a Câmara Municipal em comu-nicado divulgado na semana passa-da, “a quem servem estas propostas?”.Para o presidente da Câmara, os ma-pas apresentados foram feitos “a ré-gua e esquadro”, numa “perspetivade resolver alguns problemas políti-cos internos do PSD”.A “percentagem da despesa públicadas freguesias na despesa pública

nacional”, repete o autarca, “é de 0.01por cento”, não acreditando que daextinção ou fusão de freguesias re-sulte qualquer poupança. “Se quises-sem ser politicamente sérios”, acres-centa Castro Fernandes, “propunhama fusão de concelhos. Porque é quecriaram o concelho de Vizela? E, nocaso da Trofa o que aconteceu?! Acon-teceu que foi criada uma nova câma-ra que tem hoje um quadro de pes-soal quase tão grande como SantoTirso, isto sim duplicou a despesa”.

AUTARCA TEME BOICOTESO caminho não foi esse, temendoagora o autarca que outros proble-mas se levantem como o boicote àseleições. “Arrisco que haverá boicoteàs eleições por parte das populaçõesdas freguesias extintas do concelhode Santo Tirso. Arrisco porque as pes-soas já se manifestam nesse sentido”.

Recorde-se que a Assembleia Mu-nicipal pronunciou-se no início de ou-tubro favorável à manutenção das 24freguesias, dizendo agora a autarquiaque não “faz sentido ignorar os pa-receres da Câmara e da Assembleiamunicipais, que sempre defenderama manutenção das 24 freguesias porconsiderar que a aplicação precipita-da desta falsa reforma não represen-ta a vontade da população e trarámuitas consequências negativas paratodos os cidadãos do concelho”.

De acordo com a lei, caberá ago-ra à Assembleia da República a pro-nunciar-se sobre estas propostas e,segundo Castro Fernandes, esperarque “na Assembleia da República hajabom senso”. ||||| *COM: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Se quisessem ser politi-camente sérios propu-nham a fusão de conce-lhos. Porque é quecriaram o concelho deVizela? E, no caso daTrofa, o que aconteceu?!Aconteceu que foi criadauma nova câmara quetem hoje um quadro depessoal quase tão grandecomo Santo Tirso, istosim duplicou a despesa”

CASTRO FERNANDES, PRESIDENTEDA CÂMARA DE SANTO TIRSO

As propostas agora tornadas públi-cas no âmbito do processo de Reor-ganização Administrativa do Territó-rio resultam do “lavar de mãos” daCâmara Municipal face a este proces-so. É pelo menos este o entendimen-to do PSD que, segundo o vereadore também presidente da concelhia dopartido, Alirio Canceles, tentou quea Câmara apresentasse uma propos-ta de fusão de freguesias.

“O PSD sugeriu em reunião de Câ-mara que esta chamasse a si essa res-ponsabilidade para que em cumpri-mento da lei, apresentasse uma pro-posta que melhor se adequasse aosinteresses dos cidadãos das fregue-sias e do concelho. A Câmara, comonão o fez endereçou a responsabilida-de para uma unidade técnica sedea-da em Lisboa que, essa sim, iria apli-car a lei a régua e a esquadro, comoacabou por acontecer”. Canceles vai

PSD acusa CâmaraMunicipal e PS de

‘diabolização’ da leiLÍDER DO PSD DIZ QUE A CÂMARA MUNICIPAL DEVIA TER APRESENTADOUMA PROPOSTA DE FUSÃO, MAS O AUTARCA DE SANTO TIRSO ENTENDE

QUE ISSO SERIA “RESPONSABILIZAR A CÂMARA E ASSEMBLEIA MUNICIPAISPELOS ERROS DA LEGISLAÇÃO GOVERNAMENTAL”

mais longe e diz que “este lavar demãos e esta desresponsabilização porparte da maioria do PS que não aco-lheu a sugestão do PSD, tem conse-quências para o concelho, desde logoporque se terá de agregar mais duasfreguesias”. Ou seja, não se aprovei-tou “aquilo que a lei diz, porque seexistisse pronuncia por parte da As-sembleia Municipal, o concelho agre-garia menos duas freguesias. Não fi-caríamos com 14, mas com 16 fregue-sias”. Para além disso, continua o lí-der do PSD, perdeu-se a possibilida-de de as juntas que vierem a ser agre-gadas “beneficiar durante os próxi-mos 8 anos de uma majoração de15 por cento do Fundo de Financia-mento das Freguesas”, porque agre-gadas por força da lei e não por pro-posta saída da Assembleia Municipal.

Castro Fernandes, contudo, enten-de que os munícipes nunca iram per-

doar a Assembleia Municipal se estaapresentasse uma proposta de fusãode freguesias, sublinhando tambémo facto de tal ‘pronuncia’ “não terqualquer poder vinculativo”. Isso, dizainda Castro Fernandes, “seria tentarresponsabilizar as câmaras e as as-sembleias municipais pelos erros dalegislação governamental”.

“Nos somos todos contra muitasleis, mas temos de as cumprir, vive-mos num Estado de Direito e, porisso, não chega ser contra a lei”, re-fere por sua vez Alirio Canceles queacusa ainda Câmara Municipal e oPS de “diabolizar a lei”, através de umasérie de debates em que não se exer-ceu o “contraditório”. “O senhor pre-sidente da Câmara a convite dos pre-sidentes de Junta, ou por sua inicia-tiva, fez um conjunto de sessões emvárias freguesias. Curiosamente eestranhamente o PSD solicitou às mes-mas freguesias por onde o senhorpresidente da Câmara passou a dis-ponibilidade das suas instalações ede todas elas recebeu recusas”.

“Recusa” é também a atitude deAlirio Canceles perante a ideia de queo PSD deveria ter apresentado umproposta. “O PSD sempre entendeuque esta agregação devia ser feita compressupostos técnicos e quem temcompetências e recursos humanospara isso é a Câmara Municipal. Só acâmara tem técnicos para poder fazeresse trabalho com rigor, para que osuperior interesse das populações fos-se preservado. Se fosse uma força par-tidária a fazê-lo, o que faria era umaproposta mais politica porque uma es-trutura partidária não tem técnicos”. |||||

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Para além da proposta apresentada naimagem, a Unidade Técnica revela aindauma segunda hipótese com as seguintescaracteríticas: união das freguesias deSanto Tirso, Sta. Cristina do Couto, S.Miguel do Couto e Burgães; a união dePalmeira, Areias, Lama e Sequeirô; aunião das freguesias de S. Martinho doCampo, S. Mamede de Negrelos e S. Sal-vador; a união das freguesias de Guima-rei e Lamelas; e a união de S. Tiago daCarreira e Refojos. Neste caso, as fregue-sias de Vila das Aves, Rebordões, Roriz,Vilarinho, Reguenga, Agrela e Água Lon-ga mantinham as atuais fronteiras. |||||

PROPOSTA B DEAGREGAÇÃO DE FREGUESIAS

||||| ENTREVISTA: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

É natural de Foz Côa, mas há maisde 40 anos que a sua vida se faz emSanto Tirso. O próprio diz-se “maistirsense do que muitos tirsenses”. E,na realidade, José dos Santos Pintotem razões para isso. Desde que in-gressou, aos 14 anos, na Escola Agrí-cola, que a sua ligação a Santo Tirsonunca se quebrou. Muito pelo con-trário. Foi aqui que casou, é aqui quereside e é em Santo Tirso que boaparte do seu percurso profissional sefaz. Foi, de resto, um dos fundadoresda Adega Cooperativa Agrícola deSanto Tirso, à frente da qual se man-tém. Em paralelo, soma um notávelpercurso em diferentes instituições domunicípio, como são os casos maisrecentes da Associação de Solidarie-

ENTREVISTA‘A Misericórdia deSanto Tirso estápreparada parareceber o Hospital’

dade e Ação Social (Asas), de quefoi presidente, e da Irmandade e SantaCasa da Misericórdia de Santo Tirso.A 9 de janeiro deste ano tomou pos-se como provedor, numa altura emque se advinham grandes desafiospara as Misericórdias. A instituiçãode Santo Tirso tem atualmente a seucargo mais de 300 funcionários.

É inevitável não começar por aqui:há um ano, o primeiro-ministro, Pe-dro Passos Coelho, anunciou que oGoverno vai devolver às misericór-dias os hospitais públicos que fo-ram nacionalizados depois do 25 deAbril de 1974. Um desses casos pa-rece ser o de Santo Tirso e o assuntocomeça a estar na ordem do dia. Nes-ta altura, este é um processo em cimada mesa, ou para já não passam deespeculações?Sim, é verdade. Foi constituído umgrupo de trabalho composto por cin-co individualidades nomeadas peloMinistro da Saúde e outras cinco pelaUnião das Misericórdias. Este grupode trabalho já nos deu conhecimen-to das diligências feitas numa reu-nião que teve lugar, em outubro, naSanta Casa da Misericórdia da Maia.Informaram-nos que o Hospital deSanto Tirso assim como mais vinte eoito hospitais pertencentes às Mise-ricórdias serão entregues em 2013.

E como encara esta possibilidade deo Hospital Conde S. Bento regressarà gestão da Misericórdia de SantoTirso? E, a verificar-se, em que mol-des se fará?A Instituição está preparada para rece-ber o Hospital e torná-lo numa unida-de ao serviço da nossa comunidade.Os moldes e as condições em que vaiser entregue ainda não sabemos, mas,apesar de expectantes, estamos dispo-níveis para colaborar com o governo.

Em janeiro de 2013, cumpre o pri-

meiro ano como provedor da SantaCasa da Misericórdia. Como tem sidoesta experiência?Tem sido uma experiência muito enri-quecedora. Acima de tudo pelo fac-to de a gestão ser partilhada, comgrande amizade e respeito, por to-dos os membros da Mesa Adminis-trativa e das chefias da Instituição.Procuramos ser intransigentes comqualquer despesa que possa pôr emcausa a sua sustentabilidade e temospercorrido um caminho com progres-sos muito significativos, o que nosleva a afirmar que estamos no rumocerto para enfrentar os tempos cadavez mais difíceis que estamos a viver.

Referiu recentemente que aquiloque mais o preocupa é “chegar aofim do mês e os funcionários teremo seu vencimento”. No caso da Mise-ricórdia de Santo Tirso estamos afalar de mais de 300 funcionários.Nesta altura de crise, como é que istose consegue? Esta casa poderá terde dispensar funcionários?Não tenho o dom de adivinhar, nin-guém sabe o dia de amanhã… O queposso garantir é que não quero ficarna história desta Instituição por nomeu mandato fazer uma obra majes-tosa, o que pretendo é fazer uma boagestão dos recursos para assim po-der apoiar os mais necessitados emanter os postos de trabalho.

Em tempos de grande ginástica fi-nanceira, há ainda espaço de mano-bra para novos projetos?

JOSÉ DOS SANTOS PINTO, PROVEDOR DA IRMANDADE ESANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTO TIRSO

“TEM SIDO UMA EXPERIÊNCIA MUITO ENRIQUECEDORA”; É DESTA FORMA QUEJOSÉ DOS SANTOS PINTO SE REFERE AO DESAFIO, ABRAÇADO NO INÍCIODESTE ANO, COMO PROVEDOR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTO TIRSO

JOSÉ DOS SANTOS PINTOÉ DESDE JANEIRO DESTE ANOPROVEDOR DA IRMANDADEE SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE SANTO TIRSO

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Profissionalmente, é na Adega Co-operativa Agrícola de Santo Tirso,que ajudou a fundar, que se con-cretiza em termos profissionais.Actualmente, qual a principal fun-ção ou, dito de outra forma, paraque serve a Adega Cooperativa deSanto Tirso?A Adega Cooperativa de Santo Tir-so é uma Associação de Viticulto-res dos concelhos de Santo Tirsoe Trofa. Tem como finalidade pro-duzir vinhos de alta qualidade ecolocá-los no mercado aos melho-res preços. Ao longo dos seus qua-renta e dois anos de existência,tem sido uma referência na RegiãoDemarcada dos Vinhos Verdes, nãosó pela qualidade dos seus pro-dutos mas também pela sua capa-cidade de gestão.

Que importância têm os vinhosverdes para a economia local?Todos os viticultores que aposta-ram na competitividade, fazendo areconversão dos seus vinhedos, con-seguem produzir melhor e a cus-tos mais reduzidos. Neste momen-to, é das culturas mais rentáveis naregião, dando um contributo sig-nificativo para a economia local.

Numa altura em que as famílias por-tuguesas cortam o mais possívelnas suas despesas, é o mercadoexterno a salvar o negócio dos vi-nhos verdes ou ainda há margemde manobra para crescer dentrode portas?O Vinho Verde é uma cultura nopresente e sê-lo-á muito mais nofuturo. É uma realidade a que omercado nacional se tem mantidorecessivo, devido à situação em queo país vive. Em contrapartida, e aten-dendo ao trabalho dedicado dopresidente da Comissão de Viticul-tura da Região dos Vinhos Verdes,

Estamos sempre disponíveis paraabraçar qualquer projeto. Apesar dosconstrangimentos existentes, possoafirmar que temos alguns em curso eesperamos, em breve, concretizá-los.

Tem uma ligação quase umbilicalcom a Misericórdia de Santo Tirso,instituição da qual já foi mesáriodurante 12 anos. Pergunto-lhe, noentanto, se ainda sente que o vêemcomo o “‘Zé Pinto de Foz Côa’ [deonde é natural], ou seja, menostirsense que os de mais?Há quarenta e dois anos, vim paraesta cidade como técnico da AdegaCooperativa de Santo Tirso. Procureisempre ser um bom profissional, as-sim como um cidadão ao serviço detodas as causas sociais. Dei o me-lhor de mim próprio em prol da co-munidade tirsense. Quanto à pergun-ta que me faz, deixo esse julgamentopara os naturais de Santo Tirso.

A Misericórdia de Santo Tirso é aúltima das instituições do concelhoa que esteve ou está ligado. Mas foitambém dirigente da Liga dos Ami-gos do Hospital, passou pelo FutebolClube Tirsense, foi membro da dire-ção da Associação Portuguesa de Paise Amigos das Crianças DeficientesMentais, foi vice-presidência da As-sembleia Geral da Associação Com-ercial e também vice-presidente doNúcleo da Cruz Vermelha de Santo Tir-so e, mais recentemente presidenteda Asas. O que destaca deste longohistorial dedicado à causa púbica?Foi para mim uma grande honra terservido todas estas instituições. Deitudo o que temos de mais precioso:tempo, disponibilidade, boa vontade,humildade e, sobretudo, amor. Oprincipal objetivo do Homem nãodeve ser ganhar dinheiro, é essenci-al que tenha outras motivações, no-meadamente sociais e de ajuda aopróximo. Espero que tudo aquilo quefiz e continuo a fazer sirva de exem-plo aos outros.

Nunca se sentiu tentado pela políti-ca?Fui candidato à Junta de Freguesiade Santo Tirso em 1997. Porém, nun-ca senti nenhuma paixão pela políti-ca, apesar de ter sido convidado paraocupar determinados cargos, quesempre recusei. A minha preocupa-ção, de momento, é gerir a Miseri-córdia, mantê-la bem financeiramen-te para dar qualidade de vida a seis-centos utentes, entre crianças e ido-sos, e garantir o posto de trabalho atrezentos e vinte funcionários. |||||

No final de setembro último, Manu-el Lemos, presidente da União dasMisericórdias Portuguesas dava con-ta de que poderão regressar à esferadas misericórdias 30 hospitais, in-cluindo o Hospital Geral de SantoAntónio, no Porto. Este processo, con-tudo, está dependente do trabalhode uma comissão nomeada pelo Go-verno que deverá definir em que mol-des as misericórdias irão receber opatrimónio perdido para o Estadoapós o 25 de Abril. Na altura, Ma-nuel Lemos sublinhava que “cada ca-so é um caso”, reclamando um fasea-mento da operação de devoluçãodessas unidades hospitalares. “Onosso objetivo é tratar das pessoas.Só aceitaremos os hospitais se esti-vermos convencidos, na avaliaçãocaso a caso, que as vamos tratar me-lhor”, afirmou o presidente da Uniãodas Misericórdias Portuguesas. Nes-sa altura, porém, o Jornal de Notíciasjá avançava que cinco hospitais naci-onalizados após o 25 de Abril seri-am devolvidos às misericórdias já nopróximo ano, adiantando que os pri-meiros a transferir serão os de Vilado Conde e da Póvoa de Varzim.

Por cá, o assunto não tem estadona ordem do dia, mas o presidenteda Câmara Municipal já a ele se re-feriu, e com preocupação. “Sei quetêm sido feitos pressões e contactoscom muitas misericórdias no sentidode ficarem com os hospitais. Eu temomuito que isso aconteça”. Na opiniãode Castro Fernandes as misericórdi-as “não têm, neste momento, condi-ções financeiras” para assegurar es-ses serviços, receando por outro lado,que isso signifique maiores custospara o cidadão comum no acesso àsaúde. “Há aqui uma dose de loucu-ra baseada em teorias economicistas”,sublinha ainda o autarca. |||||

Dr. Manuel Pinheiro, nos mercadosexternos, este ano, as exportaçõestiveram um crescimento de 7 porcento relativamente ao ano tran-sato. As previsões apontam para avenda de dezoito milhões de litros,o que equivale a quarenta e quatromilhões de euros para a economianacional. É de salientar que o Vi-nho Verde, a seguir ao Vinho doPorto, é o mais vendido no merca-do externo.

Para finalizar, e num regresso aopassado que é, ao mesmo tempo,um regresso ao início da sua liga-ção a Santo Tirso, pergunto-lheque recordações guarda da EscolaAgrícola que cumpre no próximoano um século de existência?As recordações são tantas que davapara escrever um livro de memóri-as. Aproveito a oportunidade queme dá para recordar e prestar umahomenagem muito sentida a todosaqueles que contribuíram para mi-nha formação profissional e huma-na. Recordo com muita saudade osque já não se encontram entre nós,mas com os quais tive o prazer deconviver com amizade e respeito,já na qualidade de técnico da Ade-ga Cooperativa de Santo Tirso, e quepasso a mencionar: o meu diretor,Eng.º Serafim Rossi de Oliveira; osprofessores, Eng.º Gomes da Silva,Eng.º Malheiro, Dr. Assoreira, Dr.Edgar Botelho Moniz, Dr. Padre Ser-ra; os Regentes Agrícolas, Sr. SousaFernandes e Sr. Damião; o Sr. Eduar-do Tomás; o Sr. Lindolfo; e o Técni-co Agrícola, Sr. Camelo Pinto. QueDeus os tenha em eterno descan-so! Destaco também os que aindaestão vivos: professor Aquiles de SáAlves, grande amigo e companhei-ro; Eng.º Afonso Padrão; Sr. Manu-el Calém; Dr. Alexandrino; os Téc-nicos Agrícolas, Sr. Rui, Sr. Godinho,Sr. Martins, Sr. Paiva; e o RegenteAgrícola, Sr. Samuel. Por este último,tenho uma imensa gratidão, poisfoi ele o “olheiro” que me deu aoportunidade de, em 1960, jogarnos juniores do Futebol Clube Tir-sense. Guardo ainda com recor-dação o meu cartão de atleta, dadoque simboliza a minha primeira re-presentação dedicada em defesadas associações tirsenses. |||||

‘Neste momento, acultura do VinhoVerde é das maisrentáveis na região’

“Não quero ficar nahistória da Miseri-córdia por no meumandato fazer umaobra majestosa, o quepretendo é fazer umaboa gestão dos recur-sos para poder apoiaros mais necessitados emanter os postos detrabalho”

“Fui candidato à Junta deFreguesia de Santo Tirsoem 1997. Porém, nuncasenti nenhuma paixão pe-la política, apesar de tersido convidado paraocupar determinados car-gos, que sempre recusei”.

“Ao longo dos seus 42anos de existência, aAdega Cooperativa deSanto Tirso, tem sido umareferência na RegiãoDemarcada dos VinhosVerdes, não só pela quali-dade dos seus produtosmas também pela suacapacidade de gestão”.

“Todos os viticultores queapostaram na competiti-vidade, fazendo a recon-versão dos seus vinhedos,conseguem produzirmelhor e a custos maisreduzidos. Neste mo-mento, é das culturasmais rentáveis na região”

“Guardo com recordaçãoo meu cartão de atleta,dado que simboliza aminha primeira represen-tação dedicada em defesadas associações tirsenses”

Hospitais: ‘cadacaso é um caso’

OPINIAO~

No passado dia 27 de outu-bro, a associação cívica “AMARSANTO TIRSO”, que tenho ahonra de liderar, arrancou comum ciclo de conferências de-nominado “Santo Tirso, quefuturo?” – Uma estratégia dedesenvolvimento para a pró-xima década.

São 5 sessões temáticas quevão desde a Cultura e o Turis-mo, ao Desporto, à Educação,à Solidariedade Social. Come-çamos com um tema estrutu-ral “PDM, Ordenamento do Ter-ritório e Políticas Ambientais”.

As políticas de ordenamen-to territorial e ambiente são uminstrumento de gestão políticaautárquica decisivo para pro-mover uma qualidade de vidae um desenvolvimento econó-mico e social harmonioso e sus-tentado. Estratégias políticaserradas neste campo podemmarcar negativamente o bem-estar de gerações. Esta é umatemática que deve envolver to-da a sociedade civil tirsense.O que queremos que seja San-to Tirso nas próximas décadas?

Um concelho virado para oturismo? Uma renovada apos-ta na reindustrialização, nome-adamente da indústria têxtil?Um concelho (e uma cidade)que privilegia as suas acessi-

Concelho de SantoTirso compelidoa reduzir a 14as suas freguesias

Estamos confrontados, a partir de ago-ra (e é um dossiê significativo o quehoje trazemos aos leitores) que é o desaber como vamos compatibilizar poli-ticamente uma deliberação assumidapela Câmara Municipal, primeiro, e pelaAssembleia Municipal, depois, de nãoassumirem por vontade própria qual-quer alteração ao desenho do municí-pio como o temos, com as hipóteses quea UTRAT (Unidade Técnica para a Reor-ganização Administrativa do Território)vai apresentar á discussão e aprovaçãoda Assembleia da República.

Pois duas são as propostas com queos técnicos da UTRAT surpreenderamos tirsenses, melhor dito, os seus pro-tagonistas políticos que preferiram oimobilismo como tática ou muito sim-plesmente não se pronunciaram acre-ditando que esta Reforma não teria per-nas para andar e ficaria tudo igual.Ambas as propostas apontam para a re-dução do concelho a 14 freguesias, fi-cando numa delas -10 autónomas comoaté agora (Vila das Aves, Rebordões, SãoTomé de Negrelos, Roriz, Monte Córdova,Carreira, Refojos, Reguenga, Água Lon-ga e Agrela) agregando-se as demais em(4) associações de freguesias; na outraproposta, reduzem-se a 8 as autóno-mas, constituindo-se +2 associações, ade Guimarei com Lamelas e a da Carrei-ra com Refojos. É caso para perguntar:e agora? Vamos poder discutir ainda eoptar, em sede de Assembleia Munici-pal, um considerado “mal menor” ouvamos reclamar perante a justiça “o dis-parate completo”?

Neste número, procurámos dar-lhesa visão prospectiva quer do Presidente

da Câmara que, em boa verdade, só quisdefender as suas 24 “filhas”. Lamentomais uma vez, como lamentei no passa-do que não tivesse tido a coragem polí-tica de apresentar uma proposta credívelou de encomendar aos seus competen-tes técnicos um modelo capaz de recon-figurar o que o Livro Verde da ReformaAdministrativa defendia em tese. “A fa-lar claro e sem embustes é que a gentese entende”em (17/11/ 2011), defen-demos em editorial quando se come-çou a aventar esta reforma. Houve, écerto, por todo o lado, sessões e pales-tras sobre o tema mas mais não foramdo que um banal exercício de rejeiçãodo que se propunha reformar, sem mo-delos alternativos à vista. Com os pou-cos meios que possuímos, o Entre-Mar-gens, não se coibiu de “futurar uma Re-forma da Administração Autárquica” nonosso exemplar de 6 de outubro de2011 que, visto, à posteriori, pecará tal-vez por mais redutor de freguesias au-tónomas não deixando de admitir as-sociações de freguesias com razoávelidentidade e continuidade, algumas dasquais vêm a coincidir com a dos técni-cos. Muito haverá ainda a esclarecer quenos faça ver benefícios e ganhos nestenovo modelo administrativo a haver,quem mais ganhará com o novo dese-nho a adotar, se as freguesias que seagregam e com isso ganham escala e im-portância, se as que permanecem no seuimobilismo e autonomia. Diz-nos o PSDque quis vincular a Câmara a uma pro-posta de fusão de freguesias, pois taltraria benefícios e vantagens a começarpela manutenção de mais duas fregue-sias e por ganhos na majoração de 15%do Fundo de Financiamento das Fre-guesias. Se “diabolizar” a lei da novaReforma e encolher a barriga numa ló-gica que se vai propalando de que “sevoltarmos ao poder tudo regressa aoponto de partida” se tornou uma polí-tica mesquinha, também é certo que jánão basta fazer uns arremedos de dis-cussões à pressa com as bases e os ”no-táveis”, onde se pode ouvir de tudo des-

de as virtualidades das associações defreguesias, até à manutenção do regimecomo está porque não se vê que alter-nativas tal reforma possa vir a trazer,até mesmo à quase inutilidade dos ór-gãos próprios das freguesias com aspoucas competências que a lei lhes con-cede. Talvez por culpa de uns e de ou-tros, ou muito me engano, as próximasautárquicas vão revelar um abstencio-nismo nunca visto e uma desmotivaçãocívica que deixa a desejar em democra-cia, sendo certo que a população cadavez menos compreende o que os políti-cos lhes querem impingir.

Deliciou-me, isso sim, esse argumen-to pouco convincente dos “0,01 por cen-to de poupanças” que este novo regimepoderá trazer e principalmente essaoutra atoarda de que “se quisessem serpoliticamente sérios propunham a fu-são dos concelhos”... Será que quem odiz alguma vez teria aceitado a réplicaque, no já falado editorial “Futurandouma aplicação da Reforma da Adminis-tração Autárquica” lhe dirigi? “… (e oque se vê e toda a gente sente é que oimobilismo a que Stº Tirso chegou, con-trasta com dinâmicas que fazem me-xer os concelhos mais próximos, cujosparadigmas mais palpáveis podem sera Maia e Vila Nova de Famalicão!); éverdade que sofreu com a ablação dasfreguesias que vieram a pertencer aoconcelho da Trofa, mas nada obsta quecom este “novíssimo” concelho venhade novo a coabitar, agremiando-seambas inclusive com a Maia, numaconfiguração que, a meu ver, só redun-daria numa maior integração no teci-do metropolitano do Porto…”

Luís Américo FernandesO DIRETOR

Um debatecrucial

Pedro Fonseca*

bilidades, ao Porto, a Guima-rães, a Braga, e investe na orga-nização de congressos inter-nacionais, fomentando assimo comércio, a restauração, ahotelaria, o turismo? Um con-celho que exponencie a suamarca e a sua imagem combase numa estratégia cultural(e com isso arrastando tam-bém o turismo)? Um concelhoque queira ser um local deprimeira habitação de qualida-de, e, assim, estimulando oinvestimento criador de empre-gos e riqueza? Um concelhoque olhando para as suas gran-des manchas agrícolas querdotar as famílias das freguesi-as mais rurais de condiçõesmais modernas e geradoras demaiores índices de rendimen-to familiar - investindo em infra-estruturas que possam moder-nizar o trabalho no campo?

É este debate que temos defazer urgentemente. Porque es-te é um debate crucial, incon-tornável e prioritário. Foi, porisso, com satisfação que assi-nalei as presenças nesta ses-são dos presidentes de Juntade Freguesia de Santo Tirso,José Pedro Miranda (o anfi-trião), de Vila das Aves, CarlosValente, e de S. Martinho doCampo, Adelino Moreira. Elessabem que a qualidade futurada nossa gestão pública, polí-tica e autárquica, passa por es-tarmos cada vez mais munidosda informação e das compe-tências exigidas para os desa-fios cruciais que vamos defron-tar. ||||| * Pedro Fonseca escreve deacordo com a antiga ortografia.

Abel Rodrigues

Vamos a ver...

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A mosca de Aristóteles

José Pacheco

As vitórias deChavez e Obama

1 No dia 7 de outubro realizaram-se eleições presidenciais na Vene-zuela. Hugo Chavez foi novamentereconduzido no cargo com 55% dosvotos, numa participação popular de81% de afluência, coisa rara em qual-quer parte do mundo, e nomeada-mente na Europa que raramente che-ga aos 60% de participação. HugoChavez foi eleito pela primeira vezem 1998, com 3 milhões e 700 milvotos, na altura com participação elei-toral de 64%. Nesta eleição de 7 deoutubro, obteve mais de 8 milhõesde votos. As eleições na Venezuela,segundo Jimmy Carter o antigo presi-dente americano e alto responsávelda ONU no processo eleitoral, queclassifica o modelo eleitoral Vene-zuelano como o mais perfeito domundo, limpas e transparentes. Vemisto a propósito de nós aqui na Eu-ropa, votarmos cada vez menos, por-que a gente que nos tem governado,só nos desilude. Esse é que é o fac-to. Chavez governa a Venezuela cadavez com maior apoio popular, em con-traponto, nós por cá, ficamos depri-midos um ano após termos votado.A razão é óbvia, mentem-nos todasas vezes. Por cá, toda a imprensa to-mou partido do opositor de Chavez,Henrique Capriles, que obteve menos2 milhões de votos. Acusam Chavezde ditador e outras coisas mais. Atese não cola, pois é eleito democra-ticamente em eleições livres e transpa-rentes. Estranho conceito de demo-cracia. Chavez acabou em 12 anoscom o analfabetismo, reduziu a po-breza de 64% para 20%, a renda dopetróleo, aplica-a para combater asdesigualdades, é por isso que a di-reita universal não gosta dele. Por serum exemplo que temem, possa serseguido, veja-se o caso do Brasil, e deoutros Estados sul-americanos, comoa Argentina a Bolívia o Equador, aNicarágua, o Uruguai… A frase “Opovo unido jamais será vencido”,nunca fez tanto sentido. Em conclu-são na Europa da democracia, go-verna-se contra o povo, e quando esteprotesta leva com a polícia em cima.Dizem que estão legitimados pelo

voto popular, mas não dizem que sãoeleitos através da mentira. A Venezue-la tem 912 mil quilómetros quadra-dos, quase 10 vezes o tamanho dePortugal, tem cerca de 24 milhões depessoas e as maiores reservas de pe-tróleo do mundo que despertam amuita cobiça. Por isso o ódio viscerala Hugo Chavez. Um homem que uniuo seu povo para o melhor servir e odefender da ganância alheia. O povovenezuelano já percebeu, por isso lhedá sucessivas maiorias.

2 Nas eleições americanas de 7 denovembro de 2012 Barack Obama,voltou a vencer com alguma folga nocolégio eleitoral. Voltou a ganhar nosenado, mas voltou a ficar em mino-ria no congresso, e essa é a má noti-cia. Obama tinha sido eleito em 2008,com quase 70 milhões de votos, ago-ra não chega aos 60 milhões. A ero-são do primeiro mandato, retira-lhe10 milhões de votos (ao contráriode Chavez, que sobe a cada eleição).Sabe-se, como no anterior man-dato,o congresso de maioria republicana,bloqueou muitas leis de Obama. Ofilme vai-se repetir. O que trará maisproblemas ao presidente. Entre o ano2000 e 2008, a era de George Bush,os EUA estiveram, quer interna, querexternamente, desastrados, não só nasguerras na Ásia (Iraque ou Afeganis-tão), como na desregulação do mer-cado interno que levou à crise finan-ceira de 2007/2008, crise essa, queo mundo inteiro ainda hoje gere comenorme dificuldade. A reeleição deBarack Obama, afasta para já o regres-so a um passado desastroso. Obamadesiludiu muito no seu primeiro man-dato, talvez porque a fasquia estavademasiado alta - deve-se ter em con-ta a força dos lobies que sempre de-terminaram a política americana. Parajá só nos resta esperar, e que a espe-ra nos traga melhores dias. |||||

Entre o aparecimento da lousa deardósia e o da lousa digital distamséculos. Nesse longo hiato, a escola,pouco, ou mesmo nada mudou. Ape-nas terá mudado o tipo de materialutilizado na fabricação da lousa.

Oitenta por cento dos jovens in-ternautas comunicam com outros,pedem ajuda e prestam ajuda, emchats, emails, em múltiplas platafor-mas online. Num tempo em que im-porta mais que seja o aluno a es-forçar-se, para descobrir realidades,do que uma “realidade” ser comu-nicada por um professor, quantosdesses jovens comunicarão com osprofessores, através da internet?

Num tempo em que a prática daescrita da letra cursiva vai sendoabandonada, muitos docentes obri-gam os seus alunos a um gasto sig-nificativo do tempo escolar no exer-citar da letra cursiva, para que – se-gundo afirmam – os seus alunostenham “uma caligrafia perfeita”. Tal-vez se inspirem em Steve Job, que,quando passou pela universidade,apenas quis aprender… caligrafia.

Muros por derrubar

Jardins de infância precocementeescolarizam a infância, instituindorotinas, nas quais todas as criançasdevem começar a dormir ao mes-mo tempo, ainda que não tenham.À revelia das descobertas da crono-biologia, as escolas mantêm rituaisde horário fixo, como a hora de en-trar e de sair, ou os cinquenta minu-tos de uma aula, que quase ninguémsabe explicar por que são cinquen-ta… E, entre dois toques de sirene, seanuncia que todos poderão ir aorecreio, ao mesmo tempo. Venho sus-peitando de que existe alguma ana-logia entre o banho de sol dos pre-sidiários e o recreio dos alunos…Ao mesmo tempo, todos deverãoestar olhando a nuca do colega dafrente. Ao mesmo tempo, todos de-vem merendar, todos devem fazerxixi no mesmo período de tempo.

Já alguém se prerguntou se terásido sempre assim? Desde o séculoXVIII, não existe sequer uma teoriaque sustente o modelo de escola,que, no nosso tempo ainda é hege-mônico. A escola herdeira do Ilu-minismo, a escola da afirmação daModernidade já não existe – ela ve-geta, agoniza. E arrasta na sua ago-nia milhões de jovens condenadosà ignorância e à exclusão. A par dafamília, a escola não se adaptou aosnovos tempos. Hoje, é matriz ocultado insucesso escolar e social.

Permiti que cite dois mestres. João

Guimarães Rosa, que disse que mes-tre não é quem sempre ensina, masquem de repente aprende. E ClaudeLevi-Strauss acertou, quando escre-veu que sábio não é aquele quefornece as verdadeiras respostas, éaquele que faz as verdadeiras per-guntas. Aqueles que, interrogando-se, se libertam de preconceitos e so-luções convencionais conseguemcompreender que a escola dita tra-dicional deverá ser demolida, e que,com o material da demolição se po-derá construirá uma nova educa-ção. Sem esquecer que, quando sealcança um determinado objetivo deprojeto, o mundo já mudou de novo,e que todos os projetos humanosestão em permanente fase instituinte.

O sistema mais antigo de classi-ficação de seres vivos que se conhe-ce deve-se ao filósofo grego Aris-tóteles, que classificou e descreveutodos os organismos vivos entãoconhecidos. Conta-se que Aristóte-les deixou registrado ter a moscadoméstica oito patas. Ao longo demuitos séculos, os copistas repro-duziram a aristotélica asserção, atéque alguém se atreveu a desafiar aautoridade científica de Aristóteles everificou que a mosca tem seis patas.

Quando chegará o tempo emque os protagonistas do absurdomodelo de escola, que ainda temos,se decidirão a contar as patas deuma mosca? |||||

ATUALIDADE

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO*

Pelo menos numa coisa Ana MariaFerreira e Joaquim Couto estão deacordo; que vão ganhar estas elei-ções. ‘Estas eleições’ são as primáriasque deverão acontecer no próximomês de dezembro, em que os mili-tantes serão chamados a escolherquem querem ver como candidato doPartido Socialista às autárquicas dopróximo ano.

“Estou confiante na vitória. Se nãoestivesse não me propunha a estedesafio”, diz a atual vice-presidenteda Câmara Municipal. “Se o processoeleitoral interno decorrer em liber-dade total, não tenho duvidas ne-nhumas de que ganho as eleições”,afirma por sua vez o antigo presidenteda Câmara de Santo Tirso. As reser-vas de Joaquim Couto prendem-se

PS de Santo Tirso vaiter de escolher entreJoaquim Coutoe Ana Maria FerreiraA ESCOLHA DO CANDIDATO DO PS À CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO VAI FAZER-SE EM ELEIÇÕESPRIMÁRIAS. O ANTIGO PRESIDENTE DA AUTARQUIA TIRSENSE, JOAQUIM COUTO, E A ATUAL VICE-PRESIDENTE ANA MARIA FERREIRA, VÃO SUBMETER-SE À DECISÃO DOS MILITANTES, EM ELEIÇÕES AREALIZAR JÁ NO PRÓXIMO MÊS DE DEZEMBRO.

com isto: “as pessoas dizem-me queestão reféns de pequenos compro-missos, de pequenas promessas desubsídios e de uma infinidade de si-tuações que não deveriam funcionarcomo condicionador da opinião eda liberdade de expressão, mas averdade é que funcionam”. Mas Joa-quim Couto também acredita que osúltimos atos eleitorais internos – no-meadamente as recentes eleições paraa concelhia, primeiro e para Federa-ção, depois - têm indiciado uma cada

vez maior liberdade de expressão.‘Dialogante’ diz ser Ana Maria Fer-

reira. “Não sou conflituosa, sou umamulher de diálogo. E é fruto destediálogo que conseguimos construire dar o nosso melhor para o municí-pio nas iniciativas que desenvolve-mos”. Fá-lo desde 2002. Inicialmen-te sem filiação partidária, mas depres-sa se ‘imbuiu’ do “espírito socialista”e, numa década, a número dois doatual executivo camarário tem ganholarga projeção, não apenas nos ór-

gãos do partido, mas enquantovereadora tendo desde há algunsanos a esta parte como área de gestamunicipal, entre outras, a educaçãoa que se somou, mais recentementea ligação às juntas de Freguesias. E éprecisamente junto dos autarcas lo-cais que Ana Maria Ferreira diz en-contrar boa parte do apoio que vaisentido para este novo desafio. 15dos 16 presidentes de Junta eleitospelo PS estão com ela. “O apoio dopresidente de junta é sinal que aquelalocalidade, aquela freguesia, aquelacomunidade sente que eu serei umaboa presidente de câmara para darcontinuidade ao trabalho feito”. Aatual vice-presidente da Câmara deSanto Tirso junta-lhes ainda o apoiode dois colegas da vereação, do pre-sidente da Assembleia Municipal,dos “imensos militantes” que dizemestar ao seu lado, dos jovens da JS e,entre outros, do atual presidente deCâmara e também da Concelhia deSanto Tirso do PS. “Um autarca comoele [Castro Fernandes], com um tra-balho de 30 anos, com reconheci-mento que tem a nível nacional, apoi-

ar-me! Só isto é uma força e um gran-de voto de confiança” (ver texto napágina ao lado).

Já Joaquim Couto reclama para sios apoios do secretário-geral do PS,António José Seguro e do Presiden-te da Federação Distrital do Porto, JoséLuís Carneiro, aos quais somou noúltimo fim de semana o apoio do ex-vereador da autarquia tirsense LuísFreitas (ver caixa). Para além disso,Couto suporta a sua decisão de avan-çar com uma candidatura autárquica,

AUTÁRQUICAS 2013 // PS VAI TER ELEIÇÕES PRIMÁRIAS

“Estou confiante navitória. Se nãoestivesse não me pro-punha a este desafio”ANA MARIA FERREIRA

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em estudos de opinião “sérios”, “quertecnicamente quer sob o ponto de vis-ta cientifico” que, alega, são “claros”quanto às intenções de voto dos tir-senses. Joaquim Couto diz reunir oconsenso de mais de 52 por centodos eleitores, ou seja, “bem acima dequalquer outro candidato”. “Em ter-mos de notoriedade, a Eng. AnaMaria está a metade da notoriedadeque consigo alcançar no concelho e,em termos da intenção de voto, nãochega, sequer, aos 40 por cento”.

O antigo presidente de Câmaravai mais longe: “não vejo que o PS te-nha, digamos assim, um candidato queseja transversal no concelho às vári-as opiniões político-partidárias, capazde galvanizar o concelho, a não sereu”. O mesmo responsável, diz ain-da que o move um certo espírito de“missão” no sentido de “dar uma novaambição e uma nova grandeza ao con-celho”. Ou, por outras palavras, recu-perar uma certa “liderança regional”de que Santo Tirso já beneficiou.

Os estudos e os números avan-çados por Joaquim Couto não “inco-modam” Ana Maria Ferreira que dizsaber bem quem está e não está aoseu lado nesta candidatura e que im-portam para as primárias. Por outrolado, está convicta de que reúne ascondições necessárias para “dar con-tinuidade ao trabalho desenvolvidopela autarquia” de Santo Tirso, frutodos anos de trabalho autárquico quevem exercendo “no terreno”, junto dasescolas, das diversas instituições ecoletividades do município e, natu-ralmente, também com os presiden-tes de junta de freguesia.

Para além de confiantes na vitórianas eleições primárias do PS, JoaquimCouto e Ana Maria Ferreira comun-gam da ideia que só serão candida-tos à presidência da Câmara Muni-cipal pelo Partido Socialista. “Se a vitó-ria couber à Eng. Ana Maria, aí reti-ro-me. Serei candidato à Câmara peloPS se os militantes assim o entende-rem. Não serei candidato indepen-dente”, sublinha o primeiro.

“Não, nunca”, responde pronta-mente Ana Maria Ferreira quandoquestionada sobre o assunto. “A par-tir do momento que sou militante, quetrabalho para o partido só assumouma candidatura pelo PS, nunca assu-mirei uma candidatura como inde-pendente, isso é um dado adquiri-do”. ||||| *COM ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O candidatura de Joaquim Coutofoi tornada pública no início da se-mana passada e concretizou-se “de-pois de esgotado o diálogo com opresidente da Comissão PolíticaConcelhia Eng.º Castro Fernandesna procura de uma candidatura úni-ca pelo PS, à Câmara Municipal”,conforme sublinhou o próprio Joa-quim Couto em comunicado de im-prensa. Ao Entre Margens, o candi-dato reafirmaria a ideia: “O presiden-te da federação reuniu sucessivas ve-zes com o presidente da concelhiae em todos essas reuniões o EngCastro Fernandes disse que ia pen-sar, que ia pensar, mas concluo ago-ra que foi mais uma manobra dila-taria para organizar ele próprio o seuprocesso interno de apresentaçãoda Eng. Ana Maria para candidata”.

Castro Fernandes confirma asreuniões: “reuni sempre com o Dr.José Luís Carneiro, nunca com Dr.Couto”, mas também disz que, adada altura o presidente da fede-ração distrital colocou as questãonestes termos: “o nº1 tinha de ser oDr. Couto, o nº2 era a Ana Maria eo candidato à Assembleia Munici-pal era eu”. Ora, diz o presidenteda concelhia “não há consenso quan-do a base de partida é ‘eu é que vouser o número 1’, não há hipótesenenhuma”. O também presidente deCâmara diz mesmo que a isto nãose chama “consenso”, antes “secta-rismo”. E talvez por isso, não houve.

Joaquim Couto acreditou, que era

‘Não há consenso quandoa base de partida é eu éque vou ser o número 1’Alegando “imperativos de ordem

pessoal”, Luís Freitas renunciouao cargo de vereador da Câmarade Santo Tirso no início do ano,o que levou a alterações no elen-co de vereadores e a um maiorprotagonismo de Ana Maria Fer-reira. Agora, o antigo vice-presi-dente é apresentado como man-datário concelhio da candidatu-ra de Joaquim Couto às primári-os do PS.

No seu comunicado de apoio,Luís Freitas começa por dizerque sempre foi “apologista deuma lógica partidária alicerçadano diálogo e na consequente cri-ação de consensos internos, emdetrimento das mencionadaseleições”, pelo que, sublinha, oseu apoio “não é nem nunca foi,ao longo de todo o meu percur-so político, sinónimo de oposi-ção ou desrespeito por qual-quer outra candidatura. Sei quea ausência de consenso préviocria, por vezes, fraturas, mas,ainda assim, sublinho que osvalores da democracia e do plu-ralismo partidário deverãotranspor os limites da teoria esurgir como firmes princípiospráticos”.

Luís Freitas fundamenta de-pois o seu apoio em JoaquimCouto “pelo seu vastíssimo cur-rículo (…) que lhe outorga to-das as competências e requisi-tos fundamentais para o desem-penho do cargo ao qual se can-didata”. Luís Freitas diz aindaque “neste novo ciclo, o conce-lho precisa de alguém capaz deatrair mais investimento paraSanto Tirso, essencial para a cri-ação de emprego, e que afirmeos valores basilares do PS, taiscomo a solidariedade, a liberda-de e o respeito por todos”. E essapessoa é, no seu entender, Joa-quim Couto: “sem dúvida, o can-didato melhor posicionado paravencer as eleições autárquicas de2013”, conclui.

Não é esse o entendimento deCastro Fernandes que quer verAna Maria Ferreira suceder-lheno cargo, garantindo-lhe totalapoio. “Estou claramente segu-ro da vitória da Eng. Ana Maria”,reafirma o presidente da conce-lhia de santo Tirso. |||||

LUÍS FREITAS APOIAJOAQUIM COUTO

possível. “Estava convicto que erapossível o consenso porque quer opresidente da concelhia quer eu te-mos estudos de opinião - estudosde opinião sérios - que apontampara um posicionamento claro faceà minha candidatura, em relação aqualquer outra”. Estudos que nãoconvencem Castro Fernandes, nãopelo supostamente demonstram,mas porque, entende o presidenteda concelhia, falta saber quem osfez, quando, como e quantas pes-soas foram envolvidas. E quanto aoque estes estudos dizem, CastroFernandes não tem dúvidas: os mi-litantes “garantem uma maioria con-fortável à Ana Maria”.

O presidente da concelhia, deresto, demonstra alguma perplexi-dade face à candidatura de JoaquimCouto. “Não sei exactamente o queé que o Dr. Couto quer. Já foi presi-dente da Câmara de Santo Tirso, jásaiu e foi para Governador [Civil],a seguir foi para deputado, entre-tanto foi candidato à assembleia deEsposende, foi candidato a Gaia eagora quer ser outra vez candidatoa Santo Tirso?!. Eu não sei o que pen-sarão os eleitores, mas as coisas nãotem corrido muito bem a todos aque-les que saem do seu concelho, quevão para Lisboa e que depois re-gressam. Temos o caso de Matosi-nhos, com o Narciso Miranda. Foipara Lisboa como secretário de es-tado, quis regressar, arranjou um 31monumental, e perdeu as eleições”.

Joaquim Couto, no entanto, en-tende que é necessário um “novociclo” para Santo Tirso, e não a con-tinuidade do atual que Ana MariaFerreira preconiza. “O ciclo do Cas-tro Fernandes está a terminar. Ter-minando este ciclo, é necessário umnovo ciclo para Santo Tirso. SantoTirso precisa de uma lufada, de umsafanão no sentido de sair de al-guma letargia em que se encontra,de algum conservadorismo de na-tureza política e até de naturezasocial, e é nisso que eu estou inte-ressado”. ||||| JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVAAAAA-----LHOLHOLHOLHOLHO / / / / / ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

PRESIDENTE DA CONCELHIA, CASTRO FERNANDESSOBRE A CANDIDATURA DE JOAQUIM COUTO

Até ao final do ano é conhecido ocandidato do PS à Câmara de SantoTirso, mas também do PSD. São estesos ‘timmings’ definidos pelo partidoa nível nacional e que a concelhiairá respeitar.

A garantia foi dada ao Entre Mar-gens por Alirio Canceles que se re-feriu ao plenário marcado para o iní-cio do próximo mês como o primeiromomento deste processo. “Vamos daro chamado primeiro passo formal[nesse sentido], que vai acontecer nodia 7 de dezembro, com a realizaçãode um plenário que tem como obje-tivo submeter à apreciação dos mili-tantes aquilo que é o perfil das can-didaturas e a estratégia eleitoral. De-pois de aprovado o perfil das candi-daturas, passaremos para uma com-ponente mais formal, ou seja, a indi-car candidatos”. O líder do PSD deSanto Tirso diz que “é tempo sufici-ente” para se encontrar o candidatoà Câmara até porque, sublinha “nun-ca partimos do zero para estas coi-sas, há trabalho de campo feito”.

Neste processo, e até ao final doano, uma coligação com o CDS atépode ser equacionada, mas não énecessário que a mesma fique defi-nida até 31 de dezembro. “As conce-lhias que tenham condições, ou qui-serem fazer coligações, terão de ofazer até ao final do primeiro trimes-tre de 2013”. Para já, conclui o presi-dente da Comissão Política Concelhiado PSD, “não haverá qualquer incon-veniente e aferir dessa possibilidade- e faremos alguns contactos infor-mais com os dirigentes do CDS, afe-rindo das vontades de parte a parte -mas num clima de grande informali-dade, de grande tranquilidade, semnenhum compromisso prévio”. |||||

PSD divulgacandidato atéao final do ano

JOAQUIM COUTO

“Se o processo elei-toral interno decorrerem liberdade total,não tenho dúvidasnenhumas de queganho estas eleições”

“Eu não sei o que pensa-rão os eleitores, mas ascoisas não têm corridomuito bem a todosaqueles que saem do seuconcelho, que vão paraLisboa, e que depoisregressam, como foi ocaso de Narciso Miranda,em Matosinhos”CASTRO FERNANDES, PRESIDENTE DACONCELHIA DO PS DE SANTO TIRSO

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Depois da questão da taxa IMI, o PSDprotesta agora contra a taxa de derra-ma fixada para 2013 (imposto muni-cipal que incide sobre o lucro tri-butável das pessoas coletivas). Em co-municado, o partido adianta que amaioria socialista chumbou a propos-ta apresentada pelo PSD que “defendea fixação de uma taxa de 1 por centosobre o lucro tributável de 2012, su-jeito e não isento de imposto sobrerendimentos das pessoas coletivas, ede uma taxa de 0,5 por cento parasujeitos passivos com volume de ne-gócios, no ano em curso, não superi-or a 150 mil euros”.

A proposta aprovada acabou porser a apresentada por Castro Fernan-des que sugeria a fixação “de uma der-rama de 1,5 por cento sobre o lucrotributável sujeito e não isento de im-posto sobre o rendimento das pesso-as coletivas (IRC)” e, “para os sujeitospassivos com volume de negócios de2012 que não ultrapasse os 150 mileuros, 1,25 por cento”.

No mesmo comunicado, o PSD dizlamentar “que a competitividade fiscal,dentro dos vários custos de contexto,tenha sido riscada do dicionário dossocialistas de Santo Tirso, e que o dis-curso social não se traduza em açõesconcretas”. O partido defende aindaque “numa altura em que as empre-sas, principalmente as pequenas, mé-dias e as microempresas, passam porenormes dificuldades, não se percebeque a autarquia recorra as taxas máxi-mas, para continuar a alimentar mor-domias e privilégios que subsistem nacâmara, bem como o esbanjamento de

PSD contra valoresda derramadefinidos para 2013

dinheiro dos impostos de todos, emobras de carater duvidoso e ações depromoção pessoal, que em nada con-tribuem para a qualidade de vida dostirsenses e para o desenvolvimento doconcelho”.

Questionado pelo Entre Margens,Castro Fernandes diz tratar-se de um‘deja-vu, é mais do mesmo’. “Dizem queaplicamos as taxas máximas em tudo,mas é falso.. Taxas máximas são apli-cadas, por exemplo, pelos municípiosmuito endividados que, para concor-rerem ao Programa de Apoio à Econo-mia Local, têm de aplicar taxas máxi-mas em tudo”. O presidente dá o exem-plo dos valores da taxa do IMI, que,afirma, “foi reduzida em 25 por centoem relação ao máximo previsto”.

Para o PSD, “a redução da taxa dederrama, mesmo que simbólica, pode-ria e deveria constituir uma priorida-de, além de outras medidas para atra-ir e fixar investimento”. “A autarquiadeveria concentrar os seus esforçosem medidas que de alguma forma con-tribuíssem para gerar riqueza e em-pre-go, e assim, atenuar o flagelo do de-semprego que em Santo tirso há muitoultrapassou a taxa de 20 por cento,situando-se o concelho, entre os qua-tro (em 308), com maior volume dedesemprego”, lê-se no comunicado.

Castro Fernandes, por sua vez, adi-anta que “hoje em dias as empresastêm baixos valores de derrama” e acres-centa que “se pudesse punha os im-postos locais todos no mínimo”. Mastambém diz que “não se pode quererfazer coisas por um lado, e por outronão ter receitas”. |||||

A Associação Comercial e Indus-trial do Concelho de Santo Tirsopromoveu uma sessão de escla-recimento sobre as medidas deapoio ao emprego. O Impulso jo-vem (passaporte de emprego e re-embolso da TSU) e o Estimulo2012 (apoio à contratação) de-ram o mote para uma conferênciafeita em parceria com o IEFP.

Coube a Alirio Canceles e Da-vid Ferreira representar o Institutode Emprego e Formação Profissio-nal e desmistificar as ideias prin-cipais de cada projeto e “divulgara medida para que as entidadespossam usá-la”. Embora ambas aju-dem a minorar os efeitos do de-semprego, as medidas diferem. OPassaporte de emprego é destina-do a jovens entre os 18 e os 30anos, que estejam inscritos noCentro de Emprego há mais dequatro meses. Para lhes oferece háum estágio remunerado de seismeses que conjuga a prática emcontexto de trabalho com umacomponente de 50 horas de for-mação em entidades certificadas.As entidades promotoras usufru-em de uma comparticipação dabolsa do estagiário que varia en-tre os 70 e os 100 por cento. Ter-

Acist e IEFPpromovem medidasde apoio aoemprego

SESÃO DE ESCLARECIMENTO

minado o estágio, o IEFP dá aindaapoios à contratação. “Esta Medi-da prevê ainda a atribuição de umprémio de integração à entidadepromotora, no valor da compartici-pação pelo IEFP, I.P. da bolsa do esta-giário multiplicado por seis, quan-do proceder, no prazo máximo de30 dias a partir da conclusão doestágio, à contratação do ex-esta-giário mediante a celebração decontrato de trabalho sem termo”.

Outra das medidas disponíveisé o apoio à contratação via reem-bolso da taxa Social Única. Em tra-ços gerais, consiste no reembolso,seja ele total ou parcial, das con-tribuições pagas pela entidade em-pregadora à segurança social des-de que celebre um contrato com jo-vens entre os 18 e os 30 anos queestejam inscritos no Centro de Em-prego há pelo menos 12 meses.

Já o Estimulo 2012 visa “apoi-ar a contratação de desemprega-dos inscritos nos Centro de em-prego há, pelo menos, seis me-ses”, apoiando, simultaneamente,de forma financeira as entidadesempregadoras. Para mais informa-ções consulte o site do IEFP, emwww.iefp.pt ou dirija-se ao Centrode Emprego mais próximo. |||||

O IMPULSO JOVEM E O ESTIMULO 2012 (APOIO ÀCONTRATAÇÃO) DERAM O MOTE PARA A CONFERÊNCIA

Através de comunicado divulga-do na semana pasada, o PartidoSocialista de Vila das Aves “de-marca-se claramente de qualquercandidatura a qualquer associa-ção local”. Em documento assi-nado por Helena Miguel, secre-tária-coordenadora, e Rui Ribei-ro, presidente da assembleia-ge-ral, com data de 2 de novembro,o PS local sublinha que “não apioaqualquer lista concorrente a qual-quer ato eleitoral em associaçõeslocais”, dizendo que “aos mem-bros das listas concorrentes com-pete a responsabilidade individualde nelas participarem”.

O partido diz ainda não “mis-tura política com a atividade asso-ciativa e repudia qualquer tentati-va de o associar a esse comporta-mento”. As associações locais me-recem da parte do PS o “maior res-peito” e por isso mesmo “rejeita”qualquer tipo de “tentativa de o en-volver em lutas a que é alheio”. |||||

PS local rejeita‘mistura políticacom a atividadeassociativa’

A Câmara de Santo Tirso delibe-rou no final de outubro a trans-ferência de verbas para várias as-sociações de pais, num montanteglobal de 47 mil e 340 euros,para garantir a gestão no presen-te mês de novembro e dezembropróximo, dos Refeitórios Escola-res das Escolas do Pré-Escolar edo 1º Ciclo. De referir que a au-tarquia assegura refeições esco-lares em todas as escolas básicase do pré-escolar do concelho,despendendo anualmente cercade 700 mil euros. |||||

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Aos 32 anos, Joaquim Faria é o novocomandante dos Bombeiros Volun-tários de Vila das Aves. A cerimóniade tomada de posse realizou-se natarde do dia 3 de novembro, no âm-bito da qual foram também dados aconhecer o segundo comandante,José Manuel Araújo, e o adjunto docomando, Rafael Mota.

“Aceitamos o desafio conscientesdas dificuldades, omissões e proble-mas que afligem a nossa população”,afirmou na altura Joaquim Faria. Omesmo responsável diz-se conscientede que esta não será uma tarefa fácilmas diz-se igualmente convicto de quetodos os obstáculos vão ser ultrapas-sados. “Muitas dificuldades e obstá-culos se vão erguer no nosso cami-nho, mas sei também que, no fim, va-mos vencê-los com empenho, deter-

Joaquim Faria assumecomando dos bombeirose Geraldo Garciapromete continuarJOAQUIM FARIA É DESDE O INÍCIO DESTE MÊSCOMANDANTE DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VILA DASAVES. NA CERIMÓNIA DE TOMADA DE POSSE, FARIAGARANTIU EMPENHO E DETERMINAÇÃO PARA ENFRENTARTODOS OS OBSTÁCULOS

minação e lealdade, contando paraisso com a entrega e a disponibilida-de de todos”. À população, o coman-do dos Bombeiros de Vila das Avespromete “pugnar pela segurança co-letiva”. “Os nossos bombeiros são ajóia da coroa mas a nossa popula-ção e o município são a coroa e oreino, pois é para eles que se desti-nam todos os nosso serviços”, subli-nhou ainda Joaquim Faria.

O presidente da Câmara de San-to Tirso, Castro Fernandes e o presi-dente da Federação dos Bombeirosdo Distrito do Porto, José Miranda,entre outros responsáveis autárquicose da proteção civil, marcaram presençanesta cerimónia, no âmbito da qualo autarca tirsense sublinhou o “tra-balho meritório”, levado acabo porJoaquim Faria, nomeadamente en-quanto presidente da Associação deMoradores do Complexo Habitacio-

nal de Ringe. O mesmo responsávelsublinhou também a importância daunião entre comando e a direção,mais ainda num momento difícil paratodos em que, em muitos casos, asinstituições de serviço público em vezde estarem a ser apoiadas estão a“retirar-lhes apoios”.

GERALDO GARCIA “CONTINUA”A montagem de 75 painéis fotovol-taicos – de forma a reduzir a faturade energia dos Bombeiros de Vila dasAves -, e a construção, na Quinta dosPinheiros, de um Clínica de Imagiolo-gia foram as razões evocadas por Ge-raldo Garcia “para continuar”. Semnunca se referir diretamen-te a elei-

ções, Geraldo Garcia parece dar porterminada a dúvida sobre a sua candi-datura a mais uma mandato na dire-ção da Associação Humanitária dosBombeiros Voluntários de Vila dasAves. “Era minha intenção não ficarmais, mas atendendo às duas obrasque são necessárias à nossa comu-nidade…”, sublinhou Geraldo Garciasem, no entanto, terminar a frase. Ain-da que debilitado em termos de saú-de, o presidente da Associação Hu-manitária não deixou de defender ainstituição a que preside há 35 anos,respondendo com números e factosa quem, apontou, “tenta denegrir” osbombeiros. “Quando chegamos aquitínhamos zero e, neste momento, onosso património deve rondar os 7/8 milhões de euros”. Para além disso,referiu ainda Geraldo Garcia, os de-dos de uma mão chegam e sobrampara contar as reclamações de que ainstituição foi alvo até ao momento.

“A existência desta instituiçãodeve-se a muitas pessoas, todos fo-ram muito importantes mas, de facto,o motor de toda esta organização,ao longo destes 35 anos foi ele, querse queira quer não, quer se goste quernão”, afirmou depois Castro Fernan-des referindo-se, naturalmente a Ge-raldo Garcia. “Veja-se o patrimónioque esta instituição tem: o humano,que é o maior de todos, mas tambémo património físico. Os terrenos, estequartel, a clínica, que é uma conquis-ta do Geraldo Garcia e em relação àqual foi tudo feito para não existir. Ehoje provou-se que valeu a pena ter-se legalizado a clínica”, enfatizou ain-da o autarca de Santo Tirso.

A cerimónia contou também comas intervenções de José Miranda -que se disse pouco à vontade porver o presidente da direção dos Bom-beiros de Vila das Aves debilitado,mas, ainda assim, com “força paracumprir a sua missão” - do represen-tante da Liga dos Bombeiros Portu-gueses e do 2º Comandante Ope-racional Distrital, Alberto Costa. |||||

VILA DAS AVES // BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

“Muitos obstáculos se vão erguerno nosso caminho, mas sei que,no fim, vamos vencê-los comempenho, determinação e lealdade”JOAQUIM FARIA, COMANDANTE DOSBOMBEIROS DE VILA DAS AVES

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DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

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ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO

(C.P.N.º 4354), CATARINA SOUTINHO (C.P.Nº 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO.

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, JOAQUIM COUTO, ABEL

RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL,

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REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

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ENTRE MARGENS - Nº 484 - 15 DE NOVEMBRO DE 2012

‘Esta escola pode ser inspiradora para a que está ao lado’

||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Se mais pessoas aderissem a este pro-jeto tínhamos uma sociedade maishumana, menos corrupta”. Palavras deConceição Medeiros, ‘mentora’, comocarinhosamente lhe chamam, da via-gem ao continente. É professora há32 anos e diz alegremente que co-nhece o projeto da escola da Pontehá 32 anos. Depois de visitar um con-gresso no Porto onde a Ponte se apre-sentou, decidiu mobilizar a escola on-de trabalha para conhecer, no terre-no, o seu modo de funcionamento.

“Eu coloquei o repto à escola”,conta Conceição, “a viagem era paraquem se quisesse voluntariar. Estesforam os voluntários. Havia mais alu-nos, acontece que nós, à partida, de-finimos o número de pessoas por-que mais pessoas implica muito maisdespesas”. O trabalho começou de-pois, com a realização de diversas ini-ciativas para arrecadar o dinheiro ne-cessário para a viagem. Nem todosos que ajudaram a angariar fundosvieram conhecer a Escola da Pontemas Conceição Medeiros explica que“entre eles perceberam quais os quetinham trabalhado mais e esses é quemereciam vir”.

Os escolhidos foram 15 adultose 8 alunos. Antes de chegar fizeram

O JOÃO, A ANA, A FRANCISCA E A HELENA TÊM 12 ANOS E SÃO APENAS ALGUNS DOS 23 VISITANTES QUE A ESCOLA DAPONTE RECEBEU, VINDOS DOS AÇORES. NA BAGAGEM TRAZIAM “MUITA ENERGIA PARA APRENDER”. NO FUNDOERAM PROFESSORES, ALUNOS, PAIS E AUXILIARES DE AÇÃO EDUCATIVA QUE “SONHAM COM UMA ESCOLA MELHOR”.

GRUPO DE MAIS DE DUAS DEZENAS DE AÇOREANOS VISITOU ESCOLA DA PONTE, A 7 DE NOVEMBRO

pesquisa, viram vídeos na internetsobre a escola. Conceição Medeirosconta que “só a conheciam de formaabstrata” e que, por isso, se trabalhouum pouco para aqui chegarem “comalgumas ideias e colocarem algumasquestões”. Ainda assim, para muitos,a experiencia não é só académica.“Alguns deles é a primeira vez queviajam e isto é um batismo muito bom,é uma grande experiência a todosos níveis”, refere.

O João, a Ana, a Francisca, a He-lena e todos os outros conhecerama Escola, passaram o dia com os alu-nos da Ponte, partilharam experiênci-

as e perceberam que “é uma escolamuito diferente” e acham-na “muitoespecial”. Sentados no anfiteatro, ou-viram os alunos da Ponte dizerem que“não mudavam nada na escola”, “queo projeto são as pessoas, não são asinstalações”. Ouviram falar das dificul-dades de um ensino diferente: “noensino tradicional as pessoas nemsempre vêm que há outras formas deaprender e ensinar”, dizia uma alu-na. “Eu gostava que o projeto fossemais conhecido em Portugal, como élá fora”, dizia outro aluno.

Com os alunos, estavam pais, fun-cionários, professores. Os visitantes

puderam fazer perguntas, esclarecerdúvidas, matar curiosidades. Quise-ram saber sobre um possível alarga-mento ao ensino secundário, expli-caram-lhes que sempre houve von-tade, por parte da escola, que acon-tecesse mas mesmo assim, os alunosreferiram que esta não é a melhoraltura. “Acabámos de mudar de ins-talações, ainda estamos a adaptar-nose alargar ao secundário agora tam-bém era complicado para nós por-que implicava outra adaptação”.

“Inspiradora”, diz Conceição Me-deiros, “a Escola da Ponte vale peloseu projeto e a verdade é que con-seguiu desenvolver com muito suces-so em instalações não tão boas. Ago-ra este projeto com instalações destaqualidade claro que, na minha opi-nião foi valorizadíssimo e eu tenhoa certeza que esta escola pode serinspiradora para a que está ao lado”.

Por outro lado, a professora visitan-te salienta a “experiência da demo-cracia”. “Em Portugal temos uma de-mocracia e muitos dos portugueses,infelizmente não sabem vivê-la. É queisto exige uma grande responsabili-dade, exige uma valorização da dife-rença, um respeito pela diferença eeles desde pequenos, tendo a opor-tunidade de vivenciar este modelo,com certeza que se tornam cidadãosmuito melhor desenvolvidos e muitomais capazes de enfrentar os desafi-os da sociedade atual do que naescola tradicional”, continuou.

“É uma escola fixe”, dizia o Miguel,“eles são felizes”, acrescentava umamenina. Uns diziam ter gostado dofacto de “todos serem amigos”, ou-tros achavam que o melhor era se-rem os alunos a decidir “quando estãopreparados para fazer o teste” e ha-via ainda quem valorizasse o factode não haver campainha. ”Eles é quetêm que ter a responsabilidade de irpara as aulas a horas”. Se pudessemlevar uma coisa da Escola da Pontepara a vossa Escola o que é que leva-vam? “Tudo”, responderam a sorrir. |||||

Uns achavam que o me-lhor da escola era seremos alunos a decidir“quando estão prepara-dos para fazer o teste”,outros valorizavam ofacto de na Pontenão haver campainha.

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A Associação de Solidariedade e AçãoSocial de Santo Tirso terá um Gabinetede Inserção Profissional na Junta de Fre-guesia da Carreira. Isto porque a ASASviu aprovada a candidatura ao IEFP, noâmbito do projeto GIP. O gabinete, quefuncionará num espaço resultante de umprotocolo celebrado entre a ASAS e ajunta de freguesia, tem como funções:prestar informação profissional a jovense adultos desempregados; apoiar na procu-ra ativa de emprego; fazer o acompanha-mento personalizado dos desempregadosem fase de inserção ou reinserção pro-fissional; e a divulgação de ofertas de em-prego e colocação de desempregados nasofertas disponíveis e adequadas. O Gabi-nete de Inserção Profissional apoia jovense adultos desempregados na definiçãoou desenvolvimento do seu percurso de(re)inserção no mercado de trabalho.

SEMANA DO EMPREGO EFORMAÇÃO 2012Seguindo o âmbito da promoção do em-prego, a ASAS está a levar a cabo, atéamanha (dia 16) a Semana de Empregoe Formação. Para hoje (dia 15) está mar-cado, para as 14h30 na Junta de Fregue-sia de Rebordões, um workshop de técni-cas de procura de emprego. “O que temfeito? E o que pode fazer?” é o tema queirá ser dinamizado por Sofia Santos, doProjeto In_tegrar. Amanhã, o encontroestá marcado para a Junta de Freguesiade Santo Tirso, à mesma hora. “Estudar.Vale a pena? Porque Não!!!” dará o moteao workshop encabeçado por RaquelOliveira, do GIP AEBA.

As inscrições deverão ser feitas atra-vés do gabinete de Ação Social Av. SousaCruz, Torre 1 do Mercado MunicipalSanto Tirso / Telefone 252 830 837 /E-mail: [email protected].

Pelo terceiro ano consecutivo, a Es-cola Secundária D. Dinis foi galardoa-da pelo programa eco-escolas. Oobjetivo do programa é sensibilizar acomunidade educativa “para a pro-blemática do impacto da atividadehumana no meio ambiente. Ao lon-go dos anos a D. Dinis tem levado acabo inúmeras atividades nesse sen-tido e este ano não foi excepçao: co-memoraram o Dia Nacional da águacom uma atividade prática para deter-minar a massa de uma gota de água;e o dia da alimentação com a elabo-ração de uma mandala feita a partirde frutos e legumes levados pelosalunos. A escola está, paralelamente,envolvida em diversas recolhas, comopapel, tampinhas e eletrodomésticos,entre outras. Ao longo destes 3 anosjá foram recolhidas aproximadamen-te 9 toneladas de aparelhos elétricos,500 litros de óleos alimentares, 30quilogramas de rolhas de cortiça, 50quilogramas de pilhas, 1,5 toneladasde tampinhas e mais de 200 tinteiros.

ALCOOL E DIVERSÃO NOTURNAAinda na Escola Secundária D. Dinis,em Santo Tirso, o passado dia oito

de novembro foi marcado por umaação de sensibilização sobre o “álco-ol e a diversão noturna”.

A iniciativa foi promovida pelo clu-be de proteção civil da escola, emparceria com a Esquadra de SantoTirso da Polícia de Segurança Pública.O objetivo era sensibilizar os alunospara a importância de cumprir as re-gras de prevenção e segurança.

A ação de sensibilização contoucom a presença do agente RicardoGouveia, da PSP, que explicou que “osacidentes de trânsito são uma preo-cupação constante para a saúde pú-blica no mundo e que o consumo deálcool e de outras drogas psicotrópi-cas diminuem a coordenação motorae os reflexos, afetando as aptidõespercetivas e cognitivas, e, inevitavel-mente, as capacidades de antecipa-ção, previsão e decisão”. Socorren-do-se de dados estatísticos, imagense videos, Ricardo Gouveia salientouque “os condutores mais jovens e semgrande experiência ao volante, ao con-duzirem com uma alcoolemia de0,50 g/l correm um risco superioràquele a que estão expostos os con-dutores mais experientes”. |||||

D. Dinis soma mais umgalardão Eco-escolas

ASAS vai terGIP na freguesiada Carreira

Alunos da OFICINAem visita peloConvento de MafraNo passado dia 25 de outu-bro, os alunos do 3º ano daOFICINA visitaram o Conven-to de Mafra. A visita de estudorealizou-se no âmbito das dis-ciplinas de Português e Histó-ria e Cultura das Artes.

Os alunos foram acompa-nhados pelos professores MiguelSá-Carneiro, José Luíz Folha-dela, Gabriela Faria, Paula Osó-rio, Liliana Pereira e pelo esta-giário Tiago Couto.

A chegada ao Convento deMafra ocorreu por volta das 13horas, onde os alunos almo-çaram e aproveitaram para des-contrair. De seguida, fizeramuma visita ao interior do conven-to, guiados pelos professoresMiguel Sá-Carneiro e José LuízFolhadela, na qual puderam vera riqueza da época de D. JoãoV. Às 15 horas, os alunos diri-giram-se para uma sala daque-le espaço, onde assistiram à

leitura encenada da obra “Me-morial do Convento” de JoséSaramago, interpretado por ato-res profissionais. No final da pe-ça, os alunos visitaram a EscolaPrática de Infantaria de Mafra.

Esta visita saldou-se de gran-de importância para as turmas,pois tiveram a oportunidade deconhecer um pouco mais daHistória de Portugal e, ao mes-mo tempo, esta iniciativa serviude motivação para o estudo do“Memorial do Convento” deJosé Saramago, a obra aborda-da no módulo nº12 da disci-plina de Português. |||||

A visita saldou-se degrande importânciapois os alunos tive-ram a oportunidadede conhecer um poucomais da História dePortugal

ATUALIDADE

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“A obra terminou esta noite”, diziaCastro Fernandes quando, a 25 deoutubro, inaugurava a Nave Culturale Industrial na Fábrica de Santo Thy-rso. O espaço, com 2200 metros qua-drados estava assim preparado paraacolher o Seminário Internacional deQuarteirões Culturais.

A fábrica, fundada em 1898, foireconstruída mas mantém-se fiel aooriginal. Nuno Pinto, arquiteto proje-tista da intervenção apresentou o es-paço, revelou especificidades e confi-denciou detalhes. “Não há uma úni-ca parede de tijolo aqui”, afirmou,“houve minúcia na configuração ge-ométrica”. O arquiteto deu conta quea estrutura tem associado um con-junto de espaços públicos e salien-tou que “uma das coisas que impor-tava era manter fidelidade ao local,que tem 100 anos”. “No fundo, atradição do lugar era uma questãointransponível”, sublinou. A recupe-ração da estrutura implicou cuidadosredobrados e envolveu uma gestão

Fábrica ‘será polodinamizador daatividade industriale comercial’SANTO TIRSO DEBATEU QUARTEIRÕES CULTURAIS, MARCANDO,DESTA FORMA, A INAUGURAÇÃO DA NAVE CULTURAL DA FÁBRICA DESANTO THYRSO. A MODA TAMBÉM ANDOU POR LÁ

consciente de materiais. Foi feita umatinta especial, “aplicada com escovade lavar roupa para ser mais fiel aoque estava antes”, os contentoresimplementados têm diferentes mate-riais para induzir espacialidade e cri-ar diferentes sensações, os pilares deferro, com 100 anos, fazem drena-gem de água no interior e algumaspartes da estrutura estão revestidascom malha de aço feita em tear.

“Está, em Santo Tirso, a acontecerregeneração urbana naquilo que équalificação do espaço público e nal-guns equipamentos”, declarou CarlosDuarte, membro da Comissão diretivada ON2. “Estamos a reinventar a ci-dade, a afirmar um quadro diferen-ciador daquilo que pode ser umaafirmação de Santo Tirso no quadroda região e do país, de forma a tor-nar-se mais atrativa a quem a visita”.Igualmente membro da OperaçãoNorte 2, João Marrana considerouque Santo Tirso está a dar “um pon-tapé de saída para uma nova fase” esalientou a necessidade de haver umesforço para que “a Fábrica de Santo

lembrou as dificuldades com que sedebateram no início do processo, no-meadamente em arranjar parceiros.“Estavam convencidos que isto nãose iria realizar. Hoje, possivelmente,já compreenderam que foi um erronão terem sido parceiros à época”,adiantou o autarca.

Sobre o apoio do Estado, o presi-dente da Câmara de Santo Tirso foiperemptório: “a cidade merece apoioporque, há uns anos, as duas gran-des receitas que geraram algum equi-líbrio das contas em Portugal foram aindústria têxtil e o Vale do Ave, por-tanto agora também é altura do Esta-do colaborar connosco através dassuas organizações”.

E se, durante a manhã, as aten-ções se viraram para a Nave Cultural,ao final da tarde, o Centro Interpre-tativo foi alvo de todos os olhares. Oespaço propicia uma viagem históri-ca pela “Fabrica de Tecidos de SantoThyrso”, onde não faltam imagensdos seus momentos mais marcantes.

A marcar, também, esta nova faseda Fabrica de Santo Thyrso esteve oSeminário Internacional sobre Quar-teirões Culturais que trouxe ao con-celho figuras de renome. O propósi-to, segundo Castro Fernandes, foi o“divulgar as potencialidades dosquarteirões culturais e atrair para aquinovas industrias, industrias criativasligadas a jovens que queiram traba-lhar em novas áreas”. O autarca nãoesqueceu as dificuldades pelas quaiso Vale do Ave tem passado mas as-segurou que, “felizmente, muitas in-dústrias vão continuar” e que aqueleé “um espaço que está ao serviço detodos o que querem, de facto, fazerevoluir o concelho”.

A parceria para a Regeneração Ur-bana representa um investimento de10 milhões de euros e integra, paraalém da Nave Cultural, o Centro deEducação Ambiental, a Escola Profis-sional de Hotelaria, o Passeio dosFrades, o Percurso pedonal e Ciclávele o Parque da Rabada. |||||

Thyrso venha a dar um contributomuito importante para a reorganiza-ção ambiental e também para a qua-lificação do espaço urbano”.

A Fabrica de Santo Thyrso tem afuncionar, desde 2009, a Incubadorade Base Tecnológica com capacida-de para acolher 14 empresas. A NaveCultural, agora inaugurada, será, porsua vezm, um espaço destinado a di-versas atividades, desde exposições,teatro, espetáculos de dança, feiras eseminários entre outros eventos. Opresidente da Câmara acredita que aárea está muito próxima de se cons-tituir como “uma nova centralidade”e admite que possa haver efeitos jáno próximo verão “nomeadamentedevido à restauração e às esplanadas”que ali vão ser criadas. A Incubado-ra de Moda e Design é outra dasmais valias a ser criadas na Fábrica,com inauguração prevista para o pri-meiro semestre do próximo ano. ParaCastro Fernandes a Fábrica de SantoThyrso “vai ser um polo dinamizadorda atividade industrial, cultural e mes-mo comercial”. Ainda assim, o autarca

Horário a combinar

Contactar: 919 888 283

DÁ-SEEXPLICAÇÕES DEESPANHOL

Completou a 14 de novembro, quatro lindas primaveras a menina Mafalda.Mafalda.Mafalda.Mafalda.Mafalda.Teus pais, avós, tios e primos, que te adoram muito, desejam-te nesta data tão especial,muitos parabéns e muitos anos de vida. Muitos beijinhos e parabéns!

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Em Agosto demos a conhecer a his-tória do Carlitos. Um menino de 14anos, com paralisia cerebral e 98 porcento de incapacidade. O Carlitosprecisava de uma cadeira de trans-porte adequada ao seu tamanho ede um assento moldado que pudes-se apoiar, realmente a sua postura.Hoje, o Carlitos já tem a cadeira e oassento moldado novos, e é um me-nino mais feliz. A mãe, Barbara Cos-ta, explica que “a cadeira e o assentoforam oferecidos por uma senhora,e o restante montante angariado foiusado na compra de bens alimenta-res e de higiene do menino”. A mãedo Carlitos agradece a todos, semdistinção, a ajuda. ||||

||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Na passada sexta-feira, 9 de novem-bro, em Santo Tirso, no Barmali, numespaço paredes-meias entre a ani-mação noturna juvenil numa salinhacomposta de gente disponível paraconversar sobre um tema tão suges-tivo como Turismo e Cultura, a asso-ciação Amar - Santo Tirso ousou con-frontar os ouvintes que ali compa-receram à chamada com duas per-sonalidades díspares no modo, napostura e na ciência de encarar es-tes dois binómios essenciais para aeconomia local e global: Jorge Ribei-ro, economista e homem de letras ede histórias locais; e António Rafaeldo Vale Machado, docente da Esco-la Superior de Tecnologia e Gestãode Viana do Castelo, consultor autár-quico para eventos turísticos, comuma mundivisão muito atual do que

Tertúlias daAmar-Santo Tirso

há para dar e oferecer a quem feliz-mente ainda busca destinos turísti-cos diversos e estranhos no momen-to de discernir numa comunidade,num concelho ou numa região qualou quais as que devem ser mais ape-lativas para atrair forasteiros sem de-sintegrar, antes integrando o mais pos-sível os seus naturais nos fluxos depessoas e de capitais que são capa-zes de gerar e gerir tais atividades.

Ser consequente com duas outrês atividades que possam ser o “Ex-libris” de uma cidade e fidelizar pú-blico em volta desses eventos aindaé uma boa receita de capital turísti-

co e algumas cidades do norte dopaís souberam muito bem fazê-lo.

O debate marcou esta segundaconferência realizada no âmbito doprograma de reflexão que a referidaassociação iniciou no dia 27 de ou-tubro, na Junta de Santo Tirso, destavez sobre “PDM, Ordenamento Ter-ritorial e Políticas Ambientais”. A pró-xima sessão está marcada para estaquinta-feira, 15 de novembro, naJunta de S. Martinho do Campo, eterá como tema a Imprensa Local. Odiretor do Entre Margens e ManuelaCouto, da Agência de Comunica-ção Mediana, são os convidados. ||||||

CICLO DE CONFERÊNCIAS CONTINUA A DEBATERQUESTÕES ESSENCIAIS PARA O MUNICÍPIO. HOJE,DIA 15 DE NOVEMBRO, DISCUTESSE A IMPRENSA LOCAL.

Carlitos já temcadeirade transporte

CULTURA

||||| TEXTO: LUDOLUDOLUDOLUDOLUDOVINAVINAVINAVINAVINA SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Realizaram-se no último fim de sema-na, as 26as Jornadas Culturais de Viladas Aves, com o tema “O gesto e apalavra. A presença do franciscanis-mo no mundo atual”. Este ano, a ini-ciativa teve como palco o Mosteirode S. José das Clarissas Adoradores,no ano ano em que se celebra os800 anos da ordem de Santa Clara.

O programa das conferências con-tou, na cerimónia de abertura, com apresença do presidente da CâmaraMunicipal de Santo Tirso, Castro Fer-nandes que fez uma retrospetiva his-tórica das jornadas culturais, referin-do que desde as 20ªs é da respon-sabilidade do Centro Cultural de Viladas Aves a sua organização. Salien-

‘Só uma pessoacompletamentelivre pode quererser pobre’AS 26ªS JORNADAS CULTURAIS ABORDARAM O GESTO E APALAVRA NA VIDA DE S. FRANCISCO DE ASSIS E DE SANTACLARA QUE DEDICARAM A VIDA AO CUMPRIMENTODO EVANGELHO, IMITANDO EM TUDO A VIDA QUE CRISTOVIVEU TANTO NA POBREZA COMO NA FRATERNIDADE

26AS JORNADAS CULTURAIS DE VILA DAS AVES

tou também, que as jornadas cultu-rais “percorreram um longo percursoque muito valorizou a comunidadede Vila das Aves e o concelho deSanto Tirso”.

Na sexta-feira, o orador da noitefoi Frei Gonçalo Figueiredo, que abor-dou o tema “o franciscanismo: nasci-mento e incidência na cultura, hu-mana e religiosa”. Frei Gonçalo co-meçou por se referir como “pecador”mas, também por “crente” e crentesobretudo na filosofia de S. Francis-co e na sua mensagem. Na sua opi-nião, S. Francisco era um homem “pro-fundamente reconciliador com a na-tureza e que a considerava a criaçãodas criações”. S. Francisco entendiaque o homem só pode ser mais ho-mem em harmonia com a natureza epor isso foi muito sensível a tudo oque estava à sua volta, ao concreto, aoreal e presente na sua época de vida.

S. Francisco voltou-se para a vidareligiosa e de completa pobreza vi-vendo, no seu tempo, com a convic-ção de que o Evangelho devia sercumprido na íntegra, imitando emtudo a vida que Cristo viveu, tantona pobreza como na fraternidade. S.Francisco acreditava na fraternidadee entendia que se devia valorizar oque há de melhor em cada ser. Oamor é o que promove o homem e avalorização de cada um, não pelo que

vale mais mas por aquilo que ele éde verdade. Para Frei Gonçalo a op-ção de pobreza de S. Francisco, advi-nha da crença pelo absoluto.

SANTA CLARA,UMA MULHER FORTENa sessão de sábado, uma mesa-re-donda e quatro intervenções, entreas quais a de José Simões Alfaiateque dissertou sobre “a espiritualidadee a oração na estrutura da personali-dade e incidência na vida” e a de LuísTeixeira, que abordou “o Mosteiro deSanta Clara em Guimarães” , fazen-do uma resenha histórica detalhada.

Por sua vez, a Irmã Maria Clara Fer-nandez Manrique, vinda de Girona,deteve-se na “dignidade da mulherem Santa Clara”. Para a Irmã MariaClara Manrique, Santa Clara era umamulher “verdadeiramente forte” e queno seu tempo desafiou a ordem fa-miliar para seguir o caminho de Cristo.Num gesto irredutível de seguir a vidareligiosa, contrariando assim a von-tade de seus pais, Santa Clara cortou

os cabelos, o que significava o seudefinitivo adeus ao mundo.

Ao debate, juntou-se ainda a pin-tora Emília Nadal, focando a ques-tão da “arte na espiritualidade francis-cana (simbólica da congregação deSanta Clara)”. Para a pintora lisboeta,não “há espiritualidade sem arte enem arte sem espiritualidade”. EmíliaNadal acredita que o “homem é feitoà imagem de Deus e à sua semelhan-ça” e salientou que S. Francisco teveuma atitude de “romper com o que écorrente vivendo na pobreza comdignidade”. Acredita também EmiliaNadal que, “só uma pessoa comple-tamente livre pode quer ser pobre”.

E se, com música iniciou a sessãode sábado, com instrumental alegreonde do Violinolas da Academia deMúsica Valentim Moreira de Sá, deGuimarães, entre outras terras nostrouxeram o Gabriel’s Oboé de EnnioMerricone do filme “A Missão” e “LaFolia” de Vivaldi, com música coralconcluiu a sessão, desta vez, numaconjugação significativa do GrupoCoral de Vila das Aves com as irmãsClarissas a celebrarem os 800 anosde Santa Clara, e das irmãs do Con-vento da Visitação a evocarem con-juntamente com as atuais proprietá-rias do Convento de S. José a doa-ção que há 125 anos, o sobrinhodo poeta Almeida Garrett lhes fezdesta Quinta da Carreia, que foiColégio de inspiração salesiana e veioa ser até 1953Convento da Visitação.

O primeiro tema interpretado, comletra da Madre Albertina e composi-ção musical do recentemente faleci-do Pe. Joaquim Mendes de Carvalho,“Clara Mulher Nova”, realçou muitodo que ficou dito sobre esta extraor-dinária mulher que deu alma nova àIgreja ao lado de Francisco de Assis;o segundo tema, texto da autoria dodiretor do Grupo Coral, “Hino Cen-tenar” e música do Pe. Sousa Mar-ques, capelão das Clarissas de Fama-licão, honrou a história exemplar dafamília Garrett que “aqui iniciou asluzes da instrução e ergueu uma es-cola e oratório”, chamando as irmãsvisitandinas para lhe suceder. Este tema,como fiou dito no final, teve o con-dão de trazer as visitandinas à suacasa-mãe a conviverem com as atuaisproprietária do Mosteiro. Deve tam-bém merecer uma sessão pública evo-cativa por si só da “ilustre família Gar-rett”, natural do Porto, que em 2 deoutubro de 1887 deixou a sua quin-ta em herança às irmãs de inspira-ção salesiana, tornando-se cidadãosavenses com sepultura ainda bemvisível no cemitério paroquial. |||||

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Filme de Guimarães 2012 resgatoumemórias dos trabalhadoresda Rio Vizela e revelou-as em Roma

Em 40 anos realizou apenas três lon-gas-metragens: “O Espírito da col-meia”, de 1973; "O Sul", dez anosmais tarde; e "O Sol do Marmeleiro",de 1992. Ainda assim, filmes quesurpreenderam pela sua singularida-de, e que tornaram Victor Erice numrealizador de culto.

Nascido a 30 de junho de 1940,o realizador espanhol assina, em con-junto com o finlandês Aki Kaurismakie os portugueses Manoel de Olivei-ra e Pedro Costa “Centro histórico”,projeto cinematográfico promovidopor Guimarães Capital Europeia daCultura, que se concretiza em quatrocurtas metragens dirigidas pelos re-feridos realizadores, entre as quais

FILME REALIZADO A QUATRO MÃOS, CENTRO HISTÓRICO É UMA PRODUÇÃO DE GUIMARÃES CAPITALEUROPEIA DA CULTURA, DO QUAL SE OCUPARAM QUATRO CÉLEBRES REALIZADORES EUROPEUS. AKIKAURISMAKI, MANOEL DE OLIVEIRA, PEDRO COSTA E O ESPANHOL VICTOR ERICE. ESTE ÚLTIMO FILMOU EMVILA DAS AVES, NA FÁBRICA DO RIO VIZELA.

“Vidros Partidos” que Victor Erice fil-mou nas antigas instalações da Fá-brica de Fiação e Tecidos do RioVizela, sedeada em Vila das Aves. Ofilme estreou em Roma no passadodia 9 de novembro e é apresentado,em estreia nacional, esta noite (dia15 de novembro), no cinema S.Mamede, em Guimarães, às 21h30.

Em comum, os quatro realizado-res comungam o apelo à memória,mas fazem-nos de forma muito parti-cular e autoral. Victor Erice, escreveJoão Lopes, programador de cinemae audiovisual de Guimarães 2012,“aposta em contemplar os restos deuma fábrica têxtil que não sobreviveuaos sobressaltos da história”. E fá-lo

GUIMARÃES 2012 // FILME “CENTRO HITÓRICO”

com a ajuda de alguns dos seus an-tigos operários. “A maioria das pes-soas que vemos no filme começarama trabalhar aos 12 anos e não pude-ram ter uma educação. Este tipo declasse trabalhadora europeia está adesaparecer, se é que não desapare-ceu já”, diz o realizador em entrevistapublicada no último fim de semanapelo diário espanhol El Mundo. VictorErice vai mais longe: o filme, diz-nos,“fala da memória dos trabalhadores”da Fábrica do Rio Vizela mas, “aomesmo tempo é um testemunho dopresente. A situação crítica da indús-tria têxtil não é exclusiva de Portugal;neste momento, a mesma paisagempode-se observar em Espanha e em

muitas outras regiões da Europa”.Na escolha da Fábrica do Rio

Vizela pelo realizador espanhol pe-saram dois aspetos: a sua dimensãoe importância que teve no desenvol-vimento da industria têxtil da região;e uma fotografia tirada algures du-rante as primeiras décadas do sécu-lo XX, que mostra os operários du-rante uma refeição, todos eles comos rostos marcados pela dureza dotrabalho. “Essa foto”, diz o realizadorna mesma entrevista concedida aoEl Mundo, “representa o que foi aclasse operária europeia no séculoXX. Todas essas pessoas lutaram anospara conseguir uma vida melhor ehoje, os seus descendentes, os seusnetos, estão prestes a perder tudo,porque sobram. É esse o cenário dra-mático que vemos todos os dias ànossa volta”.

“Vidros Partidos”, nos seus 35 mi-nutos, “estrutura-se numa série de ‘de-poimentos’ que “evocam a relação deum conjunto de trabalhadores comaquela fábrica, mas sempre subtilmen-te a alargar o contexto para uma re-flexão sobre o modo de vida operá-rio, suas conquistas e derrotas, suasforças e fraquezas, também à luz doinsidioso panorama contemporâneo”,escreve por sua vez Luís Miguel Oli-veira no jornal Público (edição de 11de novembro). O crítico de cinemasublinha ser o episódio assinado porVictor Erice o mais “comovente dosquatro filmes”, que compõem “Cen-tro Histórico”; filme que classifica de“belís-simo” e que, na sua opinião,representa uma vitória de GuimarãesCapital Europeia da Cultural. O fil-me, que é exibido esta noite em Gui-marães, integrou no passado dia 9o programa de abertura do Festivalde Cinema de Roma.

“O Tasqueiro” de Aki Kaurismaki,“Sweet Exorcist” de Pedro Costa e “OConquistador Conquistado” de Oli-veira são as outras curtas-metragensque compõem o projeto “Centro Histó-rico” ||||| JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Essa foto representa o que foi a classeoperária europeia no século XX. Todasessas pessoas lutaram anos para conse-guir uma vida melhor e hoje, os seusdescendentes, estão prestes a perder tudo”VICTOR ERICE, REALIZADOR DE VIDROS PARTIDOS

VICTOR ERICE

CULTURA||||| TEXTO: JORJORJORJORJORGEGEGEGEGE COELHOCOELHOCOELHOCOELHOCOELHO

Uma luz constante de cor rosa, pro-jetada em direção ao palco, estevepresente durante toda a atuação dosHot Pink Abuse naquele que foi oconcerto de apresentação oficial doalbúm “Sinuosity”. O segundo de ori-ginais desta banda, que desde 2007tenta ganhar o seu espaço no panora-ma nacional da música electrónica.Electrónica essa, que se pontua derecortes do eterno rock e de transver-sais elementos pop. O projeto musi-cal foi idealizado por Vitor Moreira eGeraldo Eanes, que desde há já al-gum tempo são acompanhados porRicardo Neto e Rebecca Moradaliza-deh e os quatro músicos fizeram desfi-lar todos os doze temas do novo ál-bum, no passado dia 2 de novembro.

Apenas Pink...CONCERTO DE APRESENTAÇÃO DO DISCO “SINUOSITY” DOS HOT PINK ABUSE / / RETRATOS CAFFÉ, VILA DAS AVES, 2 DE NOVEMBRO

Embora alguns desses temas fossemjá sendo divulgados pela banda atra-vés da internet, a curiosidade pairavano ar e com o tema “Nice Game” osHot Pink Abuse deram início a um es-petáculo algo simples, sem ornamen-tos visuais ou componentes cénicas.

Seguiram-se cinco temas em queritmo e melodia, lentamente, fizeramcom que o corpo de alguns dos pre-sentes se balanceasse em jeito deaprovação dançante. Em “New Fra-me”, o quarto tema da noite, Geral-do surge no refrão a acompanhar avocalista e não desapontou. Mas notema seguinte, denominado de “Wai-ting”, o mesmo não aconteceu devi-do a uma prestação pouco perceptí-vel, embora enérgica. “Between twoworlds”, o sétimo no alinhamento doconcerto, foi como que um “tirar o pé

do acelerador”. É uma composiçãode ritmo lento e a prestação vocal foiineficiente.

Depois disso, foram tocando os res-tantes temas do álbum até termina-rem em “Stranger to others”. A músi-ca dos Hot Pink Abuse ainda não falapor si e pelo abrandamento de ritmoa meio do alinhamento, não foi fácilrecuperar a energia que ia sendoconquistada ao público presente.

Os músicos. Ricardo foi eficaz, evi-denciando-se a alegria e vontade comque executou todos os temas. É umbom baterista. Rebecca Moradaliza-deh teve uma prestação mediana, tan-to ao nível vocal como comunicacio-nal. Faltou-lhe nesta prestação ao vivo,o arrojo presente nas fotografias quea banda vai divulgando. Vitor Moreira(teclados, programações e samples)e Geraldo Eanes (baixo e programa-ções) são verdadeiros músicos. Sãoexperientes e profundos conhecedo-res dos instrumentos e equipamentodiverso que utilizam para fazer músi-ca. Competentes neste concerto.

O espaço escolhido foi suficientepara acolher aqueles que fizeramquestão de se deslocar até ao Retra-tos Caffé em Vila das Aves. O públi-co esse, que foi sempre retribuindoos agradecimentos, entrou e saiu aconta-gotas. A sala quase encheu,mas com o concerto a terminar fi-cou-se pela metade. Um encore, umamúsica repetida. “Sometimes” tem aresde single radiofónico. Os laivos desensualidade expostos na música eimagem associada ao primeiro álbum,“Nowadays” de 2009, não estiverampresentes. À hora marcada tudo pa-recia estar pronto, mas o concerto teveinício às 00:50, ou seja 80 minutosdepois da hora prevista e os Hot PinkAbuse foram prejudicados pela du-vidosa qualidade do técnico de sompresente nessa noite. A luz de corrosa foi mesmo uma constante. Mo-notonamente constante. Seguiu-se oDJ Set de Nelson “Clark” Ferreira daRádio SW TMN. |||||

NO PRÓXIMO SÁBADO, OS HOT PINKABUSE APRESENTAM-SE NA FÁBRICADE SANTO THYRSO. O CONCERTOESTÁ INTEGRADO NA FESTA DEENCERRAMENTO DO FESTIVALANIME, COM INÍCIO MARCADO PARAAS 21H30. VER PÁGINA 3

Ainda os livros. Desta vez a apre-sentação terá lugar na BibliotecaMunicipal, no dia 26, as 21 ho-ras, e o seu autor, avense, res-ponde pelo nome de DomingosMiranda Ferreira. O livro em cau-sa chama-se “Retalhos de umaColeção” e nele o autor “relatatoda a beleza textual que existena sua, já não tão invulgar, cole-ção de pacotes de açúcar. E fá-locom o objetivo de dar a conhecer“toda a beleza das mensagem quese poderão encontrar nesses mes-mos pacotes de açúcar”. |||||

No dia 24 de novembro, CarlaValente dá voz aos seus “Silênci-os”. Ou, por outras palavras, dá aconhecer-se enquanto poeta como lançamento do livro, precisa-mente intitulado de “Silêncios”

“Uma poesia contida, breve.Uma poesia de diálogo, mas tam-bém de monólogo interior, deausência mas também de presen-ça. (...). Poesia límpida e transpa-rente, onde as palavras não que-rem mais do que aquilo que sãoe querem dizer”. Assim o apresen-ta a editora Mosaico de Palavras,responsável pela publicação des-te que é o primeiro livro da ex-colaboradora do Entre Margens.

A apresentação de “Silêncios”realiza-se no Hotel Cidnay, emSanto Tirso, às 21h30 do já refe-rido dia 24 de novembro, fican-do a apresentação da obra a car-go de Sobral Torres. |||||

‘Retalhos deuma Coleção’

Carla Valenteestreia-sena poesia

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

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GUIMARÃES JAZZ // CONCERTO DE HERBIEHANCOK, CENTRO CULTURAL VILA FLOR, 8 DENOVEMBRO. SALA ESGOTADA

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Aquando da apresentação da edi-ção 21 do Guimarães Jazz, IvoMartins (ver entrevista nas páginas22 e 23) revelou que há muitoque a organização tentava trazerHerbie Hancok ao festival. Os anosforam passando sem que a oportu-nidade surgisse e, às tantas, o pia-nista foi dado como um caso per-dido. Mas eis que em ano de capi-tal da cultura surge a oportunida-de de ouvir Hancok no GuimarãesJazz e, dizia o seu diretor artístico,“da melhor maneira possível, a solo”.

Só que, na realidade, HerbieHancok não veio só. Ou antes, atéveio, mas trouxe consigo quatro te-clados, dois computadores e cincoiPads. O que não é necessariamen-te mau nem bom, depende do quese faz com o que se tem à mão. Porexemplo, ouvir Hancok, ao piano,em Maiden Voyage (1965) é muitodo que se espera na vida mas oque dizer quando o próprio, so-correndo-se do que tem à mão, pre-cisamente, nos traz à memória JeanMichel Jarre? Será caso para dizer:alguém que o dê a ouvir, e comurgência, o que Jamie Odell (Jimpster)fez do seu Maiden Voyage em 1999no álbum Messages From The Hub.

Ou, o que dizer de Hancokquando parece fazer de CantaloupeIsland um sucedâneo, sem conse-

Herbie Hancok,afinal, nãoveio sozinho

quências de maior, da versão apre-sentada pelos Us3 em 1993, noálbum Hand on the Torch, esquecen-do a riqueza da matéria-prima, porsi gravada em 1964 com FreddieHubbard (trompete) Ron Carter(baixo) e Tony Williams (bateria)

Mas o maior desencanto em re-lação ao concerto de Hancok teráresulta disto: os puristas do jazz nãosaberão o que pensar deste espetá-culo e tão cedo não se metem nou-tra; e os outros, mais afetos às cam-biantes do jazz, saem com uma sen-sação de que a música de Hancokse perdeu no passado recente, al-gures na década de 90, em muitoscasos, suficientemente datada.

Aos 72 anos, é invejável o es-pírito aventureiro de Hancok, penaque se tenha apresentado em Gui-marães como que numa fase de des-lumbramento e que, em algunsmomentos, tenha feito do grandeauditório do Vila Flor uma sala deensaios e de experimentação. Para-doxalmente, porém, resulta daqui omelhor deste espetáculo. Ou seja,a lata de Herbie Hancok para fazero que bem entender e, mais ainda,no âmbito de um respeitável festi-val de jazz. “I Can”, disse o músicoa fazer lembrar o reeleito BarackObama. Talvez este tenha sido umconcerto de celebração e ninguémtenha sido avisado. |||||

+ informação em: www.ccvf.pt

No âmbito da sessão de encer-ramento do seminário temático“Crises e ruturas na história con-temporânea”, que terá lugar noCentro Cultural de Vila das Avesno dia 24 de novembro pelas 10horas, os investigadores AdélioAbreu e Sérgio Ribeiro Pinto (am-bos do Centro de Estudos de His-tória Religiosa, da UniversidadeCatólica Portuguesa), remetem-nospara o Portugal do século XIX epara as implicações decorrentes daimplantação do liberalismo nasrelações entre Estado e Igreja.

A geografia diocesana em Por-tugal no séc. XIX: a reorganiza-ção de 1882 é o tema propostopor Adélio Abreu que, analisan-do o agudizar das relações entreo Estado e a Igreja em sequênciada implantação do liberalismo par-te depois para o “processo deadaptação e de negociação” aoregime vigente, detendo-se emtrês aspetos essências deste pro-cesso: “a dotação eclesiástica doclero; a redução das dioceses como estabelecimento de uma nova cir-cunscrição diocesana; e o encerra-mento dos mosteiros femininos”.

Sérgio Ribeiro Pinto, por suavez, propõe para esta sessão oEnquadra-mento jurídico do cle-ro paroquial na ruptura liberal doséculo XIX., ou, por outras pala-vras, “o retrato jurídico do cleroparoquial e as suas implicaçõesno estabelecimento, consolidaçãoe crise da experiência liberal”.Neste processo, o investigador dizprocurar “superar as análises quese circunscrevem à ‘crise’ do cle-ro inscrevendo-a no processo detransformação da sociedade portu-guesa a caminho do séc. XX”. ||||||

PROJETO DE HISTÓRIAE MEMÓRIA LOCAL

As implicações doliberalismo nasrelações entreEstado e Igreja

A Comunidade de Leitores despe-de-se de 2012 com uma sessão es-pecial dedicada aos poetas do sécu-lo XX, fazendo jus ao verso deAntónio Gedeão que nos diz queTodo o tempo é de poesia. Excecionalmenteà sexta-feira, esta sessão realiza-se noCentro Cultural de Vila da Aves, nodia 23 de novembro, às 21h30 etem entrada livre.

Integrada no terceiro ciclo da Co-munidade de Leitores, iniciado emfevereiro deste ano, a sessão destemês surge ‘transformada’ em recitalde poesia, para o qual foram convi-dados o cantor Ivo Machado e o pi-anista Rui Mesquita, aos quais se juntao coordenador das sessões da Co-munidade de Leitores, António Sousaque dará voz a poetas como AntónioGedeão, Sophia de Mello BreynerAndresen, Manuel Alegre e Agosti-nho da Silva, entre outros.

Aos participantes da Comunida-

de de Leitores, o desafio de sempre:a partilha das suas escolhas literári-as pessoais com os restantes leitores,de forma a enriquecer o reflexão e odiálogo sobre os autores e as obrasem destaque.

Depois de um primeiro ciclo desessões dedicado a autores e a obrasfundamentais da história da literatu-ra e de no ano passado vários temasterem servido de pretexto para a lei-tura e discussão de diferentes auto-res e obras, em 2012, a Comunida-de de Leitores regressou ao clássi-cos e ao legado deixado por váriosautores nacionais, encerrando-se esteciclo de sessões com os poetas fun-damentais do século XX.

Para mais informação e inscriçãonesta iniciativa, os interessados po-dem contactar o Centro Cultural deVila das Aves através de endereçoeletrónico ([email protected]) ou pelotelefone 252 870 020 |||||

Comunidade de Leitoresdespede-se com recitalde poesia e músicaIVO MACHADO (VOZ) E RUI MESQUITA (PIANO) JUNTAM-SEA ANTÓNIO SOUSA E SOBEM AO PALCO DO CENTROCULTURAL DE VILA DAS AVES NO DIA 23 DE NOVEMBRO

ENTREVISTAIVO MARTINS, DIRETOR DO GUIMARÃES JAZZ

‘As artes e amúsica sãoa minha vida’

||||| ENTREVISTA: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Num ambiente onde a meia-luz sedeixava clarear pelo brilho naturaldos livros, da arte e da música, IvoMartins, diretor artístico do GuimarãesJazz, escritor e amante das artes, cede,pela primeira vez à “corte” do EntreMargens, e revela-nos um pouco maissobre a sua vida e o seu percurso.Naquela que é a primeira entrevistapresencial com o diretor artístico doGuimarães Jazz, Ivo Martins, nascido,criado e com residência numa das ruasprincipais da cidade de Santo Tirso,apresenta-nos o seu primeiro livro “EmTrânsito, Em Morte”, e abre caminhopara a “dureza” da sua retórica.

O Ivo é mais conhecido por ser odiretor artístico do Guimarães Jazz.Como aconteceu isso, uma vez que asua formação nem sequer é em mú-sica, mas sim é direito?Estive sempre ligado à música. Emjovem tocava bateria numa bandachamada Síntese. As pessoas aqui deSanto Tirso, da minha idade, aindase lembram. Nessa altura tocávamosrock, mas já com alguma tendênciajazzística, é verdade. Por outro ladodesde 1988 que faço rádio. As pes-soas ouviam o meu programa e acha-vam aquilo interessante. Um dia hou-ve um problema qualquer com odiretor artístico do Guimarães Jazz evieram ter comigo. Perguntaram-me sequeria assumir a direção do festival.Disse-lhes que não queria dirigir nada,

porque não tinha experiência, masdisse que aceitava trabalhar com ogrupo, com as pessoas que já lá esta-vam, e tentar fazer qualquer coisa. Efoi assim.

O Guimarães Jazz tem uma imagemconsolidada, não só a nível musical,mas a nível estético e literário. O Ivotambém tem um papel nisso, prin-cipalmente em relação aos textos,certo?Eu habitei-me sempre a documentar.Sempre valorizei muito a escrita. Apalavra à beira da escrita é muito maisligeira, por isso é que eu não gostomuito de falar. Não se alcança com apalavra o que se alcança com a escri-ta. A escrita é um meio fundamentalde comunicação e transmissão de umpensamento, e por isso acho que seum festival é capaz de escrever sobresi, e apresentar-se em termos de es-crita e de ideia num documento, émuito mais forte.

Não o intriga que o jazz, que não éum género musical que atrai mas-sas, consiga mesmo assim encher oauditório do Centro Cultural VilaFlor?Eu não tenho segurança, nem certe-zas. Quando me falam de público efidelização de público, não percebo.Não vejo ciência. Pode haver proces-sos para vender produtos, e concei-tos e de como os comunicar, mas hádepois aspetos de ordem subjetiva epsicológica que mexem com tudo. Eu

acredito que as pessoas sabem o quequerem, sabem distinguir o que é bomdo que é mau. Acredito que as pes-soas não são “tapadas”, as pessoassabem muito bem distinguir o queinteressa do que não interessa. Ago-ra podem não ir ao que interessa,mas não porque não percebam, massim porque não querem. Neste senti-do, o festival sempre se preocupouem perceber as pessoas. É feito paraas pessoas. Quando trabalho o festi-val, ponho de parte muitas das coi-sas que penso, as minhas ideias e osmeus gostos. Tento adaptar o mais pos-sível aquilo que as pessoas procu-ram, e as pessoas sentem isso. E tal-vez seja esta relação - que é muitoestranha, porque não falamos compúblico, mas ele manifesta-se comaplausos e a sua presença – que fazo festival resultar.

O que pensou, este ano, no fim doconcerto de Herbie Hancock (ver tex-to na página anterior)?Pensei que é um músico fantástico,que tem 72 anos de idade, que ojazz lhe deve muito, e que tem todoo direito de fazer aquilo que quiser.Venham muitos fazer aquilo, e fazer ahistória que ele fez.

Estando tão ligado ao jazz…... mas eu não estou tão ligado aojazz como pensam. Os meus gostosmusicais são muito diversos. Oiçomuita música erudita e contemporâ-nea, por exemplo.

Como Arvo Pärt?Sim, conheço muito bem a obra doArvo Pärt. Gosto muito também deKorngold. Mas também gosto de rockpop, como David Sylvian…

...com Ruichi Sakamoto?Tenho muitos discos do Sakamoto,do Tom Waits, Elvis Costelo. (pausa)Eu não gosto de jazz, eu gosto é demúsica. Boa música, é boa música.

SANTO TIRSO:EU NASCI AQUI, NESTA RUAUma cidade como Santo Tirso pode-ria ter um festival como o GuimarãesJazz?Claro que sim. O que Guimarães tem,pode ser feito em qualquer ponto dopaís. O Guimarães Jazz não é um festi-val, é mais um acontecimento. Se for-mos à definição de acontecimento,vemos que é algo que quebra uma ro-tina. Em qualquer sítio, na devida pro-porção e na escala possível, pode-sedar um acontecimento. Depois é traba-lhar esse acontecimento e desenvol-vê-

lo. Tudo é possível, tudo tem potência.

Então o que é preciso fazer para tor-nar possível?Evidentemente trabalhar. Guimarãestrabalha este festival há 21 anos. Nãoera possível fazer o Guimarães Jazzem um ano ou dois, é preciso perse-verança, trabalhar bastante e refletirsobre as cosias.

O Centro Cultural Vila das Aves temum Ciclo de jazz. Já alguma vez foiassistir a um concerto lá?Não. Nem acompanho, honestamente.Eu saio pouco, não gosto de sair. Mastambém tenho poucas ligações emSanto Tirso, mas bom, talvez não melevem a esses concertos, não me con-videm… não sei.

Então a ligação com Santo Tirso émeramente geográfica?Não. É afetiva. Eu nasci aqui, nestarua… brinquei nesta rua. Tenho umaligação muito forte com a cidade.....

Mantém algumas ligações a associa-ções de Santo Tirso, como a ASAS,por exemplo…Sim… Mas eu fiz parte da fundaçãoda ASAS. A ASAS honra-me muito, etêm a simpatia de me convidar paraalguma coisa. É uma obra que mehonra muito.

Já foi convidado para outros cargosem Santo Tirso?Não, não…

Se fosse convidado para assumir, porexemplo, a vereação da cultura, in-dependentemente de partido, acei-taria?Não tenho vocação. Eu não tenhocapacidade para gerir pessoas, políti-ca, para compreender interesses, paraestar no meio das pessoas e fazerjogos. Não tenho capacidade paraisso, porque não nasci para isso.

Tanto quanto sei, e vou pôr aquiumas aspas, tem uma profissão dita“séria”, para lá da música…(risos) Sim, uma profissão. (risos) Souadministrador do Hospital de Valongo,sou funcionário público.

Mas que espaço ocupa a música e asartes na sua vida normal que incluitambém uma profissão “séria”?Muito honestamente, as artes e a mú-sica são a minha vida. (risos) Tive deganhar dinheiro para viver. Não te-nho fortuna pessoal, sou uma pessoacom um rendimento normalíssimo,como qualquer cidadão; portanto tive

NATURAL DE SANTO TIRSO, O DIRETOR ARTÍSTICO DO GUIMARÃES JAZZ, IVOMARTINS, APRESENTA-SE AGORA COM O LIVRO EM TRÂNSITO, EM MORTE:UMA REFLEXÃO SOBRE O MUNDO “POR VEZES CRUEL” , MAS NÃO DE “PROTESTO”

IVO MARTINS: “NÃO MEINTERESSO POR GRUPOS,DENOMINAÇÕES OU ETIQUE-TAS. INTERESSO-ME PELOQUE AS PESSOAS SÃO, O QUESABEM, O QUE CONHECEM EREPRESENTAM; INTERESSA-ME TAMBÉM O QUEAS PESSOAS NÃO SÃO”

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“Em Trânsito, Em Morte” de IvoMartins é apresentado no próxi-mo sábado, no espaço “Gato Va-dio”, no Porto, às 21 horas. En-tretanto, no dia 22, Ivo Martinsfará a apresentação deste seuprimeiro livro no Carpe DiemBar, em Santo Tirso. Braga é odestino que se segue, a 24 denovembro, na livraria CentésimaPágina, às 17h30, e depois emGuimarães, na Associação Cultu-ral Convivio, nos dias 7 e 8 dedezembro, às 21h30.

de fazer um trajeto de vida para garan-tir a minha sobrevivência; mas a arteé o que me interessa, o resto tentofazer o melhor que sei e cumprir asminhas obrigações.

O PRIMEIRO LIVRO…E na arte incluiu-se agora o livro“Em Trânsito, Em Morte”. Disse-meque era um livro duro…O livro reflete sobre o mundo, sobrea realidade. É uma reflexão por vezescruel. Mas não é panfletário, nem deprotesto. Não é um manifesto antiqualquer coisa. Eu tinha medo que opudessem rotular de alguma coisa eeu não quero isso. Eu não estou inte-ressado nesse tipo de realidades, deexcitação e de grande “aquecimen-to”, como o que se vive hoje em dia.As pessoas estão a reagir muito aquente, num processo de estímulo/resposta e eu não estou interessadonisso. Quando reli o texto fiquei des-cansado porque “atira” para cima, vaipara além disso largamente…

E como foi o processo até o livrochegar às bancas?Nunca pensei publicar, sinceramen-te. Este livro surge na consequênciade um conjunto de trabalhos que fuifazendo. Depois pensei: ‘vou fazer umaexperiência de fundo’, para ver comome portava, e como resolvia. Este tex-to foi escrito entre 2004 e 2009.Depois de o rescrever cinco vezes,andava com ele numa pen. Da mi-nha proximidade com o Manuel Neto(responsável pela edição juntamentecom a editora 7 Nós) que é um ho-mem fantástico e a quem eu devobastante em vários níveis, um dia dis-se-lhe: ‘tenho aqui dois textos. Vê ediz-me o que achas.’ Ele conheciauma editora do Porto, e disse-me queia mostrar-lhes porque achava queeram bons. E pronto, assim foi. Elemandou dois excertos dos textos paraa editora, e eles disseram para euescolher qual deles queria editar. Istofoi tudo muito curioso, porque aca-bei por ser publicado, quando só fa-lei uma vez com os editores. Escolhieste texto por ser o mais antigo e atéestava um pouco desfasado do tem-po. Mas estava também um bocadoreceoso, porque o país mudou radi-calmente, e eu estava com medo queo texto fosse um bocado na ondado país….

“NÃO PROCUROSER ALTERNAT...IVO”Isto é uma pergunta muito pessoal,mas não acha que a sua postura so-cialmente discreta (na minha opi-

nião) não acaba por dificultar o aces-so ao Ivo?Não tenho uma postura discreta.Acha que é discreta? Eu acho que énormal, é equilibrada. Não procuromarginalidade, nem underground ouser alternativo…

…alternat…ivo?(risos) Não, não sou nada alternati-vo nem essas coisas. Não me interes-so por grupos, denominações ou eti-quetas. Interesso-me pelo que as pes-soas são, o que sabem, o que conhe-cem e representam; interessa-me tam-bém o que as pessoas não são. Ago-ra se fazem parte deste “ismo”, da-quele “ismo”, deste “ivo” ou daquele(risos), não me interessa.

Nos próximos dias há várias apre-sentações…Eu vou apresentar onde me quise-rem. Em Santo Tirso é no Carpe Diem,mas é evidente que se me convida-rem para ir apresentar noutro lado,eu vou com todo gosto. |||||

DATAS E LOCAIS DEAPRESENTAÇÃO DEEM TRÂNSITO, EM MORTE

“A palavra à beira da escri-ta é muito mais ligeira, porisso é que eu não gostomuito de falar. Não sealcança com a palavra o quese alcança com a escrita”.

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As famílias famalicenses que se en-contrem a viver em habitações arren-dadas e que, de uma forma temporá-ria, se vejam sem condições financei-ras para cumprirem os contratos ce-lebrados com os seus senhorios, con-tam a partir de agora com um novoapoio da Câmara Municipal. Trata-seda nova vertente do programa muni-cipal “Casa Feliz” – Apoio à Renda. Amedida que foi apresentada na pas-sada sexta-feira, pelo presidente daautarquia, Armindo Costa, tem comoobjetivo “atacar uma eventual deses-truturação familiar por via da falta de

Desde 2011 que a Câmara da Trofatem descentralizado os seus serviçosautárquicos com a realização dassuas reuniões de câmara nas dife-rentes freguesias do Concelho. Amais recente, no passado dia 9, tevelugar na Junta de Freguesia de S.Romão do Coronado.

As reunião de câmara são públi-

TROFA // REUNIÕES DE CÂMARA

Freguesias acolhem reuniões de câmara

No passado dia 31 de outubrohouve Baile das Bruxas na Bem-me-quer, Instituição de Solidariedadede Delães. A instituição pediu a co-laboração dos pais para a realiza-ção dos fatos com material recicla-do, dentro do espírito do Projeto

cas e estão abertas à participação dosmunícipes interessados, podendonelas intervir após o período da or-dem do dia, e por um tempo “máxi-mo de 30 minutos, durante o quallhe são prestados os esclarecimen-tos solicitados”, refere o município daTrofa em comunicado de imprensa.

A autarquia aposta, desta forma,

na descentralização das iniciativasautárquicas e “na criação de condi-ções para a implementação de ummodelo de administração local maispróxima dos munícipes”.

Estas reuniões descentralizadas,garante a autarquia, são para conti-nuar pelas oito freguesias que com-põem o municípo da Trofa. |||||

habitação, possibilitando a recupera-ção de projetos de vida pessoais e fa-miliares, que garantem não só a felici-dade e equilíbrio individual, como acoesão social da comunidade”.

A medida tem um alcance socialde 50 famílias por ano. “Vamos apoi-ar até um total de 50 famílias que seencontrem nesta situação e cujo ren-dimento bruto por elemento do agre-gado familiar seja inferior a 291 eurosou cuja renda seja superior a 25 porcento dos rendimentos brutos doagregado”, explicou o autarca. O limi-te máximo do apoio é de um ano

por família, de acordo com os esca-lões estabelecidos e que vão desde50 a 100 euros por mês, deu andaconta o mesmo responsável.

O programa “Casa Feliz”, promo-vido desde 2005, permite às pesso-as mais necessitadas um apoio finan-ceiro até cinco mil euros para a reali-zação de obras de reparação das suashabitações. De acordo com ArmindoCosta “desde essa altura até hoje, fo-ram já aprovados 100 processos dereabilitação de casas degradadas, ten-do o município comparticipado comum total de cerca de 500 mil euros. ||||

Famalicão anuncia apoioàs rendas para famílias carenciadas

PROGRAMA MUNICIPAL CASA FELIZ

Amadeu Portilha, presidente da Co-missão Executiva e vereador do des-porto da Câmara Municipal de Gui-marães, recebeu na semana passa-da, das mãos de Gian FrancescoLupattelli, presidente da Associaçãodas Capitais Europeias do Despor-to (ACES Europe), a bandeira ofici-al do evento que arranca na cida-de berço a19 de janeiro.

No total, são nove as cidadeseuropeias que, em 2013, ostentameste título. Guimarães junta-se, as-sim, às cidades italianas de Cremo-na, Modena, Alba e Reggio Calábria,às espanholas Lorca, Castelldefelse Estepona, e à britânica Lisburn.As comitivas destes municípioscomprometem-se a fazer parte deum modelo europeu que visa me-

GUIMARÃES // CIDADE EUROPEIA DO DESPORTO

Evento começa a 19 de janeirolhorar o bem-estar dos cidadãos eas infra-estruturas das cidades,mantendo-se como exemplos posi-tivos e éticos desta política social.

Poucos dias após o Governoportuguês ter reconhecido o inte-resse público do evento, a cidadede Guimarães está já concentradanos preparativos de uma iniciativaque visa exaltar o desporto a dife-rentes níveis.

Fomentar o desporto para todos,estimular a produção de conheci-mento, a qualificação e formaçãoprofissional, promover uma culturade saúde e de exercício físico, aomesmo tempo que acontece umaintegração harmoniosa da socieda-de, são os principais objetivos daautarquia vimaranense. |||||

Educativo da instituição, estes ade-riram e o resultado foi “horripilan-te”. Para além do Baile, as salas ecorredores foram também decora-das com teias de aranha e abóbo-ras. O Baile foi de “meter medo aossusto”, mas todos se divertiram. ||||||

Bem-me-quer celebrou dia das bruxasFAMALICÃO // DELÃES

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INQUÉRITO A JOAQUIM MOREIRA,BIBLIOTECÁRIO E POETA DE VILA DAS AVES

‘Sinto falta deum cinema.Particularmenteem Vila das Aves’

Os mais novos conhecem-no bem, poisjá se habituaram a ouvi-lo nas mui-tas e variadas ‘Horas de Conto’ comque os recebe, ano após ano, no Cen-tro Cultural. Bibliotecário desde lon-ga data, primeiro na biblioteca insta-lada no antigo edifício da Junta deFreguesia e, desde a sua inaugura-ção, na Biblioteca do Centro Culturalde Vila das Aves, Joaquim Moreira,de 50 anos, “esconde-se” de quandoem vez no pseudónimo de João Filipe,com o qual se tornou numa “voz” sin-gular entre os poetas avenses e nãosó. Isso mesmo o comprova os livros“Confidências do Rei David”, “Rua dasPedrinhas Brancas” e “ Uma Casa nasNuvens”. Neste momento tem em pre-paração um novo livro de poesia.

“Santo Tirso conVida”… ou nem porisso? O panorama tem melhorado nos úl-timos tempos, sobretudo em termosculturais. Mas penso que é precisofazer muito mais para colmatar a faltade emprego e perspetivas dos jovens.

De que gastos já abdicou neste perí-odo de crise?De vários. Do tabaco por exemplo e

infelizmente de alguns livros dos mui-tos que gostaria de comprar

Os mais novos ainda se deixam cati-var pelas estórias contadas em livro?Sim. Encontro sempre nas crianças umagrande recetividade e entusiasmopara ouvir estórias. Sobretudo nosmais novos.

A quem oferecia uns óculos?Não oferecia óculos a ninguém. Cadaum vê o que quer ver.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?De um cinema. Particularmente emVila das Aves.

A quem gostaria de Contar um Con-to?A todas as pessoas com disponibili-dade para ouvir. Dos escritores e poetas avenses háalgum, em particular, que gostassede desafiar para uma tertúlia literá-ria?Convidava-os a todos pelo menosuma vez por ano, seguindo uma ini-ciativa que o prof. Machado e o jor-

Já aderiu ao livro eletrónico (e-book) ou continua a não prescindirdo papel?Não aderi e não penso abdicar dolivro em papel. Para além da leituraser mais fácil, gosto do contacto físi-co com o livro. O desenho, a textura,as capas – tudo isso é insubstituível.

Que nome lhe ocorre para suceder aCastro Fernandes e a Carlos Valente?Não me ocorre nenhum nome masgostaria que desse continuidade aosbons projetos já iniciados e que de-fendesse sempre os melhores inte-resses dos munícipes e do concelhode Santo Tirso. Há algum autor, nacional ou estran-geiro, que o tenha surpreendido nosúltimos tempos?Sim. Maria Gabriela Llansol. Emboraseja uma autora que tenha falecido em2008, só recentemente é que desco-bri a sua obra extensa e singular, queainda estou a descobrir. Segundo Eduar-do Lourenço será uma autora queno século XXI terá uma importânciaparalela à de Fernando Pessoa noséculo XX. Mas posso dizer desde jáque já sou um Llansoliano convicto.

nal Entre Margens iniciaram e quetenho pena que tivesse terminado. Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que……as crianças brincavam na rua, nasbouças, nos rios Ave e Vizela, semqualquer problema.

Eu faria um abaixo-assinado para……acabar com o IVA nos produtosculturais, sobretudo nos livros.

No momento, quais são os seus li-vros de cabeceira?São vários, dependendo da disposição.Estou a ler com mais intensidadeuma biografia de Buda escrita por JackKerouac que se chama “Acorda”. A quem oferecia uma medalha demérito cultural?A todos os que acham que ler umlivro ou ouvir uma estória pode mu-dar o mundo. |||||

“Não aderi [aos e-books] e não penso abdi-car do livro em papel. Para além da leitura

ser mais fácil, gosto do contacto físicocom o livro. O desenho, a textura, as capas –

tudo isso é insubstituível”.

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O único golo da partida, da autoriade Márcio Madeira foi apontado naprimeira parte, mas foi suficiente paragarantir os três pontos aos algarvios.O golo surpreendeu a defesa avensepois foi um pontapé (25’) desferidoa cerca de 30 metros da baliza. Avantagem foi conseguida no melhorperíodo do Portimonense, equipa queentrou melhor no jogo, controlandoo jogo e criando algumas oportuni-dades de golo. Horácio, Márcio Ma-deira e Mica conseguiram criar peri-go junto da baliza avense, ao passoque da parte do Aves Elvis esteve pertodo empate mas Márcio Ramos, comuma boa intervenção, negou o golo.

Na segunda parte, o Aves entroucom vontade de dar a volta aos acon-tecimentos e subiu no terreno, domi-nando a partida. Os homens da casaficaram na expetativa e estiveram per-to de ser surpreendidos várias vezes,com o Aves a conseguiur criar ínu-

PORTIMONENSE, 1 - AVES, 0PORTIMONENSE: MÁRCIO RAMOS, CHICO, IVO

NICOLAU, RUBEN FERNANDES, NELSINHO, PATRIZIO

FRAU, MENDES (LUÍS CARLOS, 62'), VÍTOR GONÇALVES,

MICA, MÁRCIO MADEIRA (RICARDO NASCIMENTO, 83)

E HORÁCIO (WILLIAM, 74'). AVES: MARAFONA, LEAN-

DRO, JOÃO PAULO, ELVIS, JOÃO PEDRO (BINAIA, 82'),

TITO (RENATO REIS, 56'), GROSSO (DALLY, 68'), VASCO

ROCHA, ROMEU, RENATO SANTOS E RABIOLA. GOLO:

MÁRCIO MADEIRA (25’). ÁRBITRO: DUARTE GOMES

(LISBOA). CARTÕES AMARELOS: TITO (49'), IVO

NICOLAU (67'), CHICO (81') E JOÃO PAULO (86').

II LIGA // PERDEU A INVENCIBILIDADE FORA DE CASA

Aves cede em PortimãoATÉ AO PASSADO DOMINGO, O AVES NÃO TINHA AINDA PERDIDO FORA DE CASA, MASCEDEU NA DESLOCAÇÃO AO ALGARVE E NA VISITA A PORTIMÃO, DE ONDE SAIUDERROTADO, POR 1-0. COM ESTE RESULTADO DESCEU AO SÉTIMO POSTO DA TABELA,COM 20 PONTOS.

meras ocasiões de golo. Realce paraas tentativas de Rabiola (aos 66 e74 minutos) e de Dally perto do mi-nuto 90, que, no entanto, não surti-ram efeitos. Quase sobre o apito fi-nal, William surgiu isolado mas nãoaproveitou o espaço deixado pelosavenses que estavam completamentebalanceados no ataque à procura,pelo menos, do golo do empate, queacabou por não acontecer e ditou aprimeira derrota avense fora de casa.

VITÓRIA EM BRAGA EDERROTA CASEIRANas duas jornadas anteriores, sortesdiferentes para a equipa avense. Seda deslocação a Braga trouxe umapreciosa vitória (1-2), da recepçãocaseira ao Tondela sofreu uma der-rota, sem contestação, por 0-2.

Em Braga, o Aves conseguiu viraro resultado depois de ter entrado emjogo praticamente a perder, pois ogolo arsenalista foi conseguido porManoel no segundo minuto de jogo.

A perder, os avenses foram à pro-cura do empate e estiveram perte deconseguiu logo a seguir por Élvis (4').Os arsenalistas não desarmaram eestiveram perto do golo quandoAníbal Capela (35'), com a balizaaberta, cabeceou ao lado.

Na segunda parte, o Aves foi ain-da mais incisivo e beneficiou aindada expulsão de Tomás Dabó (60’),por acumulação de amarelos. O as-cendente foi ainda maior, surgindoo golo do empate aos 68 minutosquando Leandro cruza da direita eRabiola cabeceia para o fundo da ba-liza arsenalista. A cambalhota no mar-cador aconteceria num cabeceamen-to de Dally (81'), depois de o mesmojogador ter já cabeceado ao poste.

Da jornada anterior, um Tondelaagressivo e eficaz no ataque, venceuo Aves com dois golos sem resposta.Sem o organizador de jogo Romeu(castigado), os avenses foram umasombra do que já têm apresentado,ao passo que o Tondela mais pres-

sionante acabou por levar a melhor.Beneficou ainda de marcar cedo, porDyego Sousa. Depois, Vasco Matosacertou no ferro da baliza de Cláu-dio e o masmo faria Rabiola no últmolance do jogo, quando o Aves per-dia por 2-0, com o segundo tentodos visitantes a a ser apontado naabertura do segundo tempo,quandoLuís Aurélio correspondeu da me-lhor forma a um centro de Backar.

A próxima jornada acontece só a25 de novembro, pelas 15 horas, coma receção ao Leixões, 11º classifica-do com 18 pontos somados. |||||

O jogo do Aves relativo à quartaeliminatória da Taça de Portugalestá adiado com data por definir.Em causa o adiamento do jogoda terceira eliminatória que de-veria opor o Operário e o Coim-brões após queixa do Caldas. Esteclube contestou a utilização doguarda-redes João Botelho, doOperário. A 23 de outubro saiu adecisão do Conselho de Discipli-na da Federação que absolveu oatleta e o clube. O jogo em causadeveria ser o terceiro de suspen-são do jogador, estando em cau-sa a expulsão de que foi alvo naúltima jornada do campeonatoanterior. Porém, o Conselho deDisciplina considerou que, talcomo o Operário tinha alegado,o jogo com o Santiago, disputa-do na pré-época, teve cariz ofici-al por ter sido nomeada umaequipa de arbitragem. Desta feita,o processo foi arquivado e Bote-lho absolvido, pelo que o Operá-rio continua na Taça e aguardaagora a remarcação do jogo como Coimbrões, da 3ª eliminatória daprova. O vencedor deste jogo iráentão deslocar-se a Vila das Avespara a quarta eliminatória. |||||

TAÇA ADIADA PARA ODESPORTIVO DAS AVES

IMAGENS DOS JOGOS BRAGA/AVES E AVES/TONDELA

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O Aves não conseguiu superar oprimodivisionário Paços de Ferreira nasegunda fase da Taça da Liga. De-pois de ter perdido por 1-0 no jogona Vila das Aves, na segunda mão,na Mata Real, o Paços conseguiu omesmo resultado e dessa formaafastou os avenses da competição.

O golo dos da casa aconteceurelativamente cedo, por Josué (17’)que isolado rematou sem hipóte-ses de defesa de Rui Faria.

O Paços em vantagem da pri-meira mão não imprimiu ritmo aojogo, mas foi controlando as opera-ções, no entanto, seria o Aves aprimeira equipa a criar real perigo,quando o guardião pacense teve deemendar para canto um corte defei-tuoso de um colega da defesa apóslivre favorável aos visitantes (13’).

Paços eliminaDeportivo das Aves

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

O Tirsense entrou da melhor formana partida e chegaria ao golo à pas-sagem do primeiro quarto de hora,através de Rafinha (18’). As coisaspareceram ainda mais facilitadasquando ao minuto 25’ o guarda-re-des e capitão amarantino foi expulso,vendo o cartão vermelho direto.

Apesar de estar em superiorida-de numérica, seria o Amarante a con-seguir o empate ainda no primeirotempo e não o Tirsense a dilatar a van-tagem. O empate do Amarante seriaalcançado por Joel aos 40 minutos.

Apesar da superioridade no ter-reno, o Tirsense nunca conseguiutraduzir esse domínio em golos. Comeste resultado, o Tirsense mantém osegundo posto que partilha com oChaves (16 pontos) estando a trêsdo líder que é o Mirandela.

VITÓRIAS CASEIRASNas duas jornadas anteriores o Tir-sense jogou duas vezes seguidas no

II DIVISÃO: JESUÍTAS SÃO A ÚNICA EQUIPA DOCAMPEONATO SEM DERROTAS

O TIRSENSE ESTÁ A FAZER UM BOM CAMPEONATO E É AÚNICA EQUIPA DA SUA ZONA SEM CONHECER AINDA OSABOR DA DERROTA. NA ÚLTIMA JORNADA FOI A AMARANTEEMPATAR A UMA BOLA, MAS NAS DUAS JORNADASANTERIORES CONQUISTOU DUAS IMPORTANTES VITÓRIASCASEIRAS: 2-1 CONTRA O VARZIM E 1-0 CONTRA O CHAVES.

Abel Alves de Figueiredo e conse-guiu vencer os dois desafios.

Contra o Varzim, a vitória aconte-ceria no derradeiro lance do desa-fio, através do capitão, Vilaça, queaproveitou alguma confusão na áreapafra fazer o segundo golo.

Apesar disso, foi o Varzim quementrou melhor e colocou-se em van-tagem nos instantes iniciais (5’), nasequência de uma grande penalida-de a castigar mão na bola de um de-fesa tirsense. Nelsinho, chamado a con-verter, não perdoou. A equipa de Car-los Pinto acordou e conseguiu umascendente até final da partida. Este-ve perto do golo por duas vezes, atra-vés de Fabinho e Filipe Babo, mas iri-am para o intervalo em desvantagem.

Na segunda metade a partida nãose alterou com o Tirsense a procuraro golo, algo que conseguiria após

cruzamento de Rafinha a que PedroTiba (70’), aproveitando um ressaltode bola, aproveita e marca. Após o em-pate, o Varzim ainda teve uma opor-tunidade flagrante de golo, mas PedroSoares fez uma grande defesa. O goloda vitória chegaria, então, no minutoderradeiro da partida (95’), por Vilaça.

Na jornada anterior outro triunfoimportante contra um adversário dire-to, o Chaves. O golo madrugador deFabinho ao minuto 10 foi suficientepara carimbar a vitória da equipa dacasa, num jogo marcado pela disci-plina. Dois jogadores do Chaves fo-ram expulsos: Rui Raínho, 59’ e TijaneReis, 90’. Além dos dois vermelhos,o desafio ficou marcado por um totalde 11 cartões amarelos.

Mesmo após o desfecho do jogo,uma troca de comunicados entre osdois emblemas marcaria os dias se-guintes. Primeiro foram os flaviensesa emitir um documento no qual anun-ciaram que iriam acusar o públicotirsense de atitudes racistas aquandoda expulsão de Tijane. Da parte doTirsense a reação foi para vincar queo resultado do jogo “pecou por es-casso” e que “arranjar desculpas eculpados para as derrotas, atingindoa equipa de arbitragem, não é dignode um clube como o GD Chaves”.

O campeonato regressa apenasno dia 25 de novembro, às 15 ho-ras, com a receção ao Boavista. |||||

AMARANTE, 1 - TIRSENSE, 1AMARANTE: CELSO, PEDRO CARNEIRO, CÉSAR, VÍTOR

BORGES (SÉRGIO, 25’), BISPO, TIAGO SILVA, MIGUEL

(VÍTOR HUGO, 73’), ANDRÉ MARQUEIRO, LANDINHO,

JOEL E GIL (CASINHAS, 82’). TIRSENSE: PEDRO SOARES,

FILIPE BABO, EDUARDO (GIL DIAS, 70’), QUEIRÓS,

VILAÇA, TIAGO LENHO, PINHEIRO (RUI LUÍS, 45’), FABI-

NHO (VITOR HUGO, 55’), PEDRO TIBA, RAFINHA E PEDRO

MAURÍCIO. GOLOS: RAFINHA (18) E JOEL (40’). AMA-

RELOS: ANDRÉ MARQUEIRO (31’), TIAGO LENHO (72’),

CÉSAR (78’). VERMELHO: CELSO (25’).

FC Tirsense segueem bom plano

Quatro minutos depois, o Paçoschega ao golo, depois de, num lanceindividual, Hurtado isola Josué quemarca. O mesmo jogador poderiater dilatado a vantagem (41’), masdesta vez Rui Faria negou-lhe o golo.

A segunda parte fica marcadapela expulsão de Cohene, por acu-mulação de amarelos no espaço deum minuto. Esta condicionanteobrigou os pacenses a recuar noterrno e o Aves, em desvantagemno marcador, aproveitou para seacercar da área adversária. Esse as-cendente, foi no entanto, a maiorparte das vezes inconsequente poisraramente conseguiu criar lancesde perigo. Nota, no entanto, para aperdida de Dally (76’) que, de ca-beça, falhou escandalosamente oempate. ||||| FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

TAÇA DA LIGA

DESPORTOO S. Martinho somou duas vitó-rias e dois empates nas últimasjornadas realizadas na 1ª Divisãode Honra da Associação de Fute-bol do Porto. Com estes resulta-dos, a equipa subiu ao quinto postoda geral, com 14 pontos, lugarque partilha com mais três equi-pa, estando a seis da liderança.

Na jornada sete venceu emcasa o lixa por 2-1, na seguinte foia Alpendorada empatar a umabola e no passado fim-de-sema-na goleou o Oliveira do Douropor 3-0. Na próxima jornada (18/11, 15h00), desloca-se a Baião,uma das equipas que tem o mes-mo número de pontos que o clu-be do concelho de Santo Tirso.

... E VILARINHO TAMBÉMO Vilarinho conquistou duas vi-tórias nas duas últimas jornadas.No passado fim-de-semana ven-ceu por 4-1 o Pedrouços e naanterior também ganhou (1-0) aoAlfenense. Anteriormente foi ain-da buscar um empate a uma bolana deslocação ao Leões Seroa.Com estes resultados, o Vilarinhosubiu em três jornadas do 12ºposto da tabela para o sexto pos-to, com 14 pontos, partilhando aposição com o Citânia de Sanfins.O campeonato da AF Porto, naSérie 2 da 1ª divisão vai para ajornada 10, onde o Vilarinho des-loca-se ao terreno do Ataense,que lidera a tabela com 18 pon-tos somados. ||||||

DISTRITAIS

S. Martinhosobe natabela...

Aves averbaduas derrotas...Depois de um arranque promissorna II Divisão de Futsal com duasvitórias somadas, a situação inver-teu-se e nas duas últimas jornadasa equipa do Aves averbou derrotas.

No passado fim-de-semana per-deu por 3-2 na deslocação ao Co-vão Lobo e na jornadas anteriorrecebeu e perdeu com o CRECORpor 3-5. Com estes resultados, osavenses baixaram ao quinto posto,onde estão mais duas equipas.

No próxima jornadas, sábadopelas 17h15, desloca-se ao Cohae-mato, quarto classificado com maisum ponto que os avenses.

...MAS PASSA NA TAÇAApesar da fase menos boa no cam-peonato, o Aves passou a segundaeliminatória da Taça de Portugal deFutsal vencendo, no passado dia 3de Novembro, a equipa do Mace-dense em casa por 7-5. Os avensesconhecem no dia 20 de Novem-bro o próximo adversário na prova.

AR NEGRELOS SOMADUAS VITÓRIASA Associação Recreativa de Negre-los conseguiu duas vitórias nas úl-timas jornadas disputadas. No pas-sado fim-de-semana foi ao terrenodo S. Sebastião conquistar uma dificilvitória por 4-5, sendo que na jor-nada anterior recebeu e venceu por2-0 o CD Boavista. Nota ainda paraa derrota na jornada quatro, por 7-4, na visita ao CSRDC Santiago.

Com estes resultados, a AR Ne-grelos subiu um lugar na tabela parao oitavo posto com nove pontos so-mados. Na próxima jornada (16/11,21h20) recebe o Vila Boa do Bis-po, 13º classificado com 4 pontos.|||||

FUTSAL

CAMADAS JOVENS AVES

Juniores lideram

Os juniores do Tirsense, queeste ano disputando a 2ª Di-visão Juniores A, Série B, ain-da não conseguiu somar qual-quer ponto ao fim de nove jor-nadas realizadas. Nas jornadasanteriores foi go-leado frente

NACIONAL JUNIORES

Tirsense não consegue pontuar

Os juniores do Aves depois de empatar (2-2) na deslocação ao SC Nun’Alvares soma-ram três vitórias seguidas. Com estes resul-tados, os avenses consolidaram a lideran-ça da tabela, somando 24 pontos, mais doisque o SC Nun’Alvares. Na última jornadavenceu por 3-0 na receção ao Rio Tinto e najornada anterior conseguiu o mesmo resul-tado na deslocação ao Aliados de Lordelo.Nota ainda para a vitória na jornada 8 por4-1 na receção ao Lousada. Na próxima jor-nada (sábado) os avenses deslocam-se aParedes, quarta classificada com 19 pontos.

JUVENISOs juvenis averbaram mais duas derrotas eduas vitórias em mais quatro jornadas dis-putadas. Na jornada 7 perderam na receçãoao Sousense (1-2), mas foram vencer najornada seguinte por 2-3 na deslocaçãoao Tirsense e repetiram o resultado na jor-nada seguinte, mas na receção ao Valon-guense. Na última jornada foram goleadospor 6-2 na deslocação ao Gondomar. OAves desceu ao sétimo posto com 16 pon-tos. Na próxima jornada, os avenses deslo-cam-se a Paços de Ferreira (18/11, 11h00).

INICIADOSOs iniciados venceram na última jornadana receção ao Freamunde por 2-1, mas naanterior empataram a duas bolas na des-locação ao Valonguense. Nota ainda paraa goleada por 4-0 frente ao Tuías e para oempate a uma bola na visita ao Vila Meã.Com estes resultados, o Aves segue no se-gundo posto com 24 pontos a dois dolíder que é o Sousense. Na próxima jorna-da (18/11) recebe o Amarante, que segueno 11º posto com nove pontos.

INFANTISA equipa principal de infantis está a marcarpasso. Nas últimas jornadas averbou trêsderrotas e apenas um empate. Perdeu por4-0 no Folgosa da Maia, na jornada 9empatou a uma bola na receção ao Paçosde Ferreira e antes disso averbou duas der-rotas pela margem minima na deslocaçãoao Valonguense e na receção ao Freamun-de. Com estes resultados ocupam o déci-mo posto com 11 pontos, sendo que napróxima jornada há derby com a receçãoao Tirsense (17/11, 15h00) que segue nosegundo lugar com 25 pontos. |||||

ao Trofense (5-0), perdeu por1-2 na receção ao Infesta; e foinovamente goleado com seisgolos sem resposta na deslo-ca-ção ao Canidelo.

Na próxima jornada (17/11,15h) defrontam o Espinho. |||||

Em fim de semana de S. Mar-tinho, registaram-se os maisdiversos resultados, e nem to-dos positivos.

Assim, começando pelasmeninas, que militam na 2ª di-visão nacional, deslocaram-seao terreno da Casa do Povode Martim, equipa que as ti-nha eliminado da Taça de Por-tugal. E a vitória teima em nãoaparecer. Desta vez, derrota por2-4. Em relação à equipa de Ju-venis (na foto), continua o bomcampeonato que tem vindo afazer. Este fim de semana, des-locou-se ao terreno do Bouga-dense e empatou a uma bola.

Campeonato irregular temvindo a fazer a equipa de Ini-ciados. Depois de na passadasemana conseguir importantevitória fora de casa, recebeu efoi copiosamente derrotada

pelo Tirsense por 0-9. Melhorsorte tiveram Infantis e Benja-mins. Os Infantis receberam oMacieira da Maia, num jogocom chuva de golos e golospara todos os gostos, vencen-do por 5-3. Já a equipa de Benja-mins deslocou-se ao terreno doFelgueiras e conseguiu vencerpor 3-1, depois de ter entradono jogo praticamente a perder.

Para terminar, os Traquinas.Afim de preparar a participa-ção na Liga Mini do Futuro,deslocou-se sábado ao terrenodo Vitória de Guimarães parajogo treino da equipa de 2004e da de 2005. Derrotas emambos os casos por 1-6. Já nodomingo, venceram o ÁguasSantas por 4-0, em jogo a con-tar para a 1ª jornada do Cam-peonato de fut5 do GondimMaia. |||||| ALBERTALBERTALBERTALBERTALBERTOOOOO GOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIA

Juvenis em boa formaAMCH - RINGE

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-sedirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta deemprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia asua disponibilização e a sua publicação.

OFERTAS DE EMPREGO

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

8 A data do Jornal das Aves é 3 deNovembro de 1962 e a crónica diz:“começou, finalmente, no passadodomingo, o campeonato distrital da2ª divisão. O nosso clube recebeu oCastelo, a quem venceu por três bo-las a duas. Não se pode dizer que ojogo tenha sido tão difícil como sepode depreender do resultado. Mastambém não se jogou bem. Dominou-se bastante e só nisso estará o méri-to da nossa vitória. De futebol limpo,apenas esteve em campo o nosso de-sejo. (…) Ganhou-se o primeiro jogodo campeonato, coisa que já há algu-mas épocas não se verificava. Talvezisso seja bom prenúncio.”

“Impressionou-nos a forma comoapareceu o Miranda, depois de tan-to tempo parado. Quase todos osataques nasceram dos seus pés”, di-

Há 50 anos foi assim...O DESPORTO NA VILA DAS AVES, LIDO NA IMPRENSA LOCAL

zia o cronista, que noutro texto ques-tionava a ausência do Loureiro, ale-gadamente porque a direcção “nãolhe pagava a noite de sábado paradomingo, que ele não podia traba-lhar para poder jogar”. A versão dadirecção era de que só havia feitodois ou três treinos e que por issonem sequer era convocado.

9 O segundo jogo, oito dias passa-dos, foi uma derrota: Cruz 2- Aves 0.O cronista demonstra preocupaçãoporque derrotas como esta serãoconsequência da fragilidade da nos-sa equipa: “resta-nos, para já, umaequipa bastante esfrangalhada”, re-ceando que alguém que venha ain-da para compor a equipa “já não ve-nha a tempo de salvar o barco quecomeçou a meter água”.

10 Um jornal diário anuncia por es-

tes dias que o Desportivo das Avesacaba de fechar contrato com Soaresdos Reis, que na época passada ac-tuou no Futebol Clube do Porto, aguarda-redes. “É possível que o novoreforço do Aves possa alinhar já ama-nhã contra o Amarante, resolvendoassim as dificuldades criadas pela re-provação do titular Barros no Centrode Medicina Desportiva”. Outro jor-nal refere que os quadros do Clubeestavam enfraquecidos pela saída dealguns para o futebol corporativo.

11 Como é que um guarda-redesdo Futebol Clube do Porto se mudapara um clube da 2ª regional, de-pois de ter estado, ao que parece,pronto a assinar pelo Académico deViseu? O que é que faz com que umjovem citadino venha viver na Pen-são Alicate, no lugar da Ponte, Ne-grelos, para jogar no Desportivo das

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Aves? Ao que parece, havia relaçõesde amizade e de negócios entre ospresidentes dos dois clubes que faci-litaram a transferência. E depois, oatleta encontrou por cá, por esses dias,a alma-gémea que o amarrou a estaterra e lhe proporcionou um contra-to para a vida e que por cá o man-tém, depois de uma carreira de fute-bolista profissional em vários sítios ede emigrante e desportista que con-tinua a ser. Ou não fosse ele, hoje,um dos “Ases do Pedal”. ||||| Escrito deacordo com a antiga ortografia.

NA FOTO: SOARES DOS REIS,FERNANDO, CARVALHO, MOCHO, JOSÉMARIA, NEIRA, LUCAS E LEANDRO(MASSAGISTA); MIRANDA, DIESTE(TREINADOR), SOEIRO, JOSÉ PEREIRA E LOUREIRO.

Jorge Machado, do Karate Shotokan Vila das Aves, foi um dos atletas selecionados pararepresentar a seleção portuguesa no 21º campeonato do mundo de karate, na categoriade seniores, que terá lugar em Paris de 21 a 25 de novembro. Jorge Machado vai compe-tir em kumite individual (menos de 67 kg) e kumite equipas. O Mestre JoaquimFernandes, único árbiro mundial do país, estará também presente como árbitro.

KARATE // JORGE MACHADO E JOAQUIM FERNANDES EM PARIS

DIVERSOSAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente queri-da, natural de Lodares - Lousada, com 88 anos deidade, falecida no Hospital de S. Tirso no dia 14 deOutubro de 2012. O funeral realizou-se no dia 15 deOutubro, na sua residência, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila dasAves. Sua família, renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Carolina da Silva (Viúva do Sr. Joaquim Vilas Boas)

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVESAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Roriz, com 42 anos de idade, falecido emFrança no dia 12 de Outubro de 2012. O funeral rea-lizou-se no dia 20 de Outubro, na Capela Mortuária deRoriz, para o Mosteiro, indo de seguida a sepultar noCemitério de Roriz. Sua família, renova os sincerosagradecimentos pela participação no funeral e missade 7º. dia.

Armindo Orlando da Costa Oliveira

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

RORIZ

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Vila das Aves, com 74 anos de idade,falecida no Hospital de Braga no dia 25 de Outubro de2012. O funeral realizou-se no dia 26 de Outubro, naCapela Mortuária da Vila das Aves, para a Igreja Ma-triz, indo de seguida a sepultar no cemitério local. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela par-ticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Maria da Conceição Neto Pacheco

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,com 70 anos de idade, falecido em França no dia 30 deOutubro de 2012. O funeral realizou-se no dia 2 deNovembro, na Capela Mortuária da Vila das Aves,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar nocemitério local. Sua família, renova os sinceros agra-decimentos pela participação no funeral e missa de 7º.dia.

Agusto da Silva Pacheco

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVESAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Guardizela, com 85 anos de idade, falecidono Hospital de Guimarães no dia 31 de Outubro de2012. O funeral realizou-se no dia 2 de Novembro, naCapela Mortuária da Vila de Lordelo, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no cemitériodlocal. Sua família, renova os sinceros agradecimen-tos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Adelino Ribeiro Machado

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 74 anos de idade,falecido na sua residência no dia 19 de Outubro de2012. O funeral realizou-se no dia 20 de Outubro, naCapela Mortuária da Vila das Aves, para a IgrejaMatriz, indo de seguida a sepultar no cemitério local.Sua família, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Alfredo Dias da Costa

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 51 anos de idade,falecido no Hospital S. João do Porto no dia 29 de Outubrode 2012. O funeral realizou-se no dia 30 de Outubro, naCapela Mortuária da Vila das Aves, para a Igreja Matriz,indo de seguida a sepultar no cemitério local. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela par-ticipação no funeral e missa de 7º. dia.

António Basílio Perreira Meireles

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVESAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Roriz, com 75 anos de idade, falecido noHospital de Famalicão no dia 3 de Novembro de 2012.O funeral realizou-se no dia 5 de Novembro, na CapelaMortuária de Roriz, para o Mosteiro, indo de seguida asepultar no Cemitério de Roriz. Sua família, renova ossinceros agradecimentos pela participação no funeral emissa de 7º. dia.

Américo da Costa Silva

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

RORIZ

O Jornal Entre Margens envia as

familias enlutadas as mais

sentidas condolências pela

perda dos seus queridos familiares.

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,com 80 anos de idade, falecido na sua residência no dia24 de Outubro de 2012. O funeral realizou-se no dia 25de Outubro, na Igreja Paroquial da Vila de S. Tomé deNegrelos, indo de seguida a sepultar no cemitério local.Sua família, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Miguel da Silva Barroso (Corticeiro)

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Roriz, com 76 anos de idade, falecido noHospital de S. Tirso no dia 14 de Outubro de 2012.O funeral realizou-se no dia 16 de Outubro, na IgrejaParoquial da Vila de S. Tomé de Negrelos, indo deseguida a sepultar no cemitério local. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. dia.

Manuel Ferreira Martins

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

SÃO TOMÉNEGRELOS

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Brito - Guimarães, com 89 anos de idade,falecido no Hospital velho de Guimarães no dia 16 deOutubro de 2012. O funeral realizou-se no dia 17 deOutubro, na Capela de S. Roque de S. Mamede de Vermil,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar nocemitério local. Sua família, renova os sinceros agrade-cimentos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

José Rodrigues

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

S.MAMEDE DE VERMIL AGRADECIMENTO

SÃO TOMÉNEGRELOS

EDITEDITEDITEDITEDITALALALALALA Direção Regional das Florestas do Norte faz público que, nos termos do art.º 6º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962,ao Amadores de Pesca de Vila das AvesAmadores de Pesca de Vila das AvesAmadores de Pesca de Vila das AvesAmadores de Pesca de Vila das AvesAmadores de Pesca de Vila das Aves requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca no rio Averio Averio Averio Averio Ave, numa extensão de 1.498 metros, desde o Açude da Fábrica de Gabim, limite a montante,até à curva do Padre Joaquim da Barca, limite a jusante, abrangendo as freguesias de Delães, Oliveira (S.Mateus), Riba de Ave, concelho de Vila Nova de Famalicão e a freguesia de Aves, concelho de SantoTirso.Todas as pessoas singulares ou coletivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação, por escrito e devidamente justificada na Unidade de Gestão Florestal do MinhoUnidade de Gestão Florestal do MinhoUnidade de Gestão Florestal do MinhoUnidade de Gestão Florestal do MinhoUnidade de Gestão Florestal do Minho– rua do Carmo, 31-33 – 4700-309 Braga– rua do Carmo, 31-33 – 4700-309 Braga– rua do Carmo, 31-33 – 4700-309 Braga– rua do Carmo, 31-33 – 4700-309 Braga– rua do Carmo, 31-33 – 4700-309 Braga, no prazo de 30 dias a contar da data da divulgação desta edital.Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projeto de Regulamento, proposta pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.Vila Real, 23 de Outubro de 2012-11-13

P’lo Diretor Regional das Florestas do Norte(Rogério Rodrigues) 1º Publicação – Jornal Entre Margens, de 15 de Novembro de 2012

Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamentodo território

ICNFInstituto da Conservação da Natureza e das Florestas

Chefe de Divisão de Rec. Gestão FlorestalEduardo S. Alves.

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31

HORÓSCOPO ZODIACOSEGUNDA QUINZENA DE NOVEMBRO

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

HORÓSCOPO CELTAE SUAS 21 ÁRVORES PROTETORAS

NogueiraNogueiraNogueiraNogueiraNogueira

CASTANHEIRO (15/05 a 24/05 | 12/11 a 21/11)

CastanheiroCastanheiroCastanheiroCastanheiroCastanheiro

NOGUEIRA (21/04 a 30/04 | 24/10 a 11/11)CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: 10 de Paus, que signifi-ca Ilusão. Amor: faça uma introspecção eprocure saber o que é melhor para si nes-te momento. Olhe em frente e verá queexiste uma luz ao fundo do túnel! Saúde: afadiga apodera-se de si. Descanse mais.Dinheiro: não enverede por negócios du-vidosos. Números da Sorte: 9, 11, 17, 22,28, 29. Pensamento positivo: quando que-ro falar com Deus, abro-lhe o meu cora-ção e digo tudo o que sinto.

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: 3 de Espadas, que signi-fica Amizade, Equilíbrio. Amor: poderásentir alguma dificuldade em estabelecerum verdadeiro contacto emocional com apessoa que ama. Aprenda a trazer para aluz o melhor do seu ser! Saúde: o stressacumulado poderá traduzir-se em cansa-ço. Dinheiro: modere as suas expectativas,os tempos não estão para gastos. Númerosda Sorte: 1, 5, 7, 11, 33, 39. Pensamentopositivo: eu procuro ser justo e correctopara com todos os que me rodeiam.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: 4 de Paus, que significaOcasião Inesperada. Amor: seja mais es-pontâneo pois a sua tendência irá no sen-tido de racionalizar as suas emoções. Afelicidade espera por si, aproveite-a! Saú-de: poderá sentir-se cansado edesmotivado. Dinheiro: aproveite as opor-tunidades. Números da Sorte: 2, 9, 17,28, 29, 47. Pensamento positivo: sou lealpara comigo mesmo e para com as pesso-as que amo.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 4 de Ouros, que signifi-ca Projectos. Amor: corre o risco de entrarem conflito com a pessoa que presente-mente ocupa um lugar de destaque na suavida. Saúde: não surgirão problemas demaior. Dinheiro: evite excessos e procuremanter o sentido de equilíbrio. Númerosda Sorte: 9, 18, 27, 31, 39, 42. Pensa-mento positivo: tenho Fé e acredito que oUniverso nunca se engana.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: 3 de Espadas, que signi-fica Equilíbrio. Amor: procure ser maistolerante para com o seu par. Saúde: nãoterá problemas, mas controle o seu apeti-te. Dinheiro: não é boa ideia lançar-se emprojectos muito arrojados neste momen-to. Que o sucesso esteja sempre consigo!Números da Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48.Pensamento positivo: retribuo com gene-rosidade tudo aquilo que recebo.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: Valete de Espadas, quesignifica Vigilante. Amor: as amizades maispróximas irão apoiá-lo. Lute para ser feliz!Saúde: Cuidado com problemas renais.Dinheiro: Não é boa altura para gastos su-pérfluos. Números da Sorte: 4, 9, 18, 22,32, 38. Dia mais favorável: terça-feira. Pen-samento positivo: procuro ser simplesporque sei que viver com simplicidade émais do que um acto, é uma virtude.

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: o Dependurado, que sig-nifica Sacrifício. Amor: está agora mais vi-rada para o seu companheiro. Proteja assuas emoções tornando-se cada dia quepassa num ser humano mais forte e entãosim, será feliz! Saúde: poderá vir a queixar-se de um certo cansaço. Aprenda a rela-xar. Dinheiro: espera-o um período semsurpresas. Números da Sorte: 7, 22, 29,33, 45, 48. Pensamento positivo: sou ho-nesto com as pessoas que amo, e isso tran-quiliza o meu coração.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: o Diabo, que significaEnergias Negativas. Amor: é altura de reu-nir os amigos e não desperdiçar a ajudade quem lhe quer bem. Saúde: sempreque lhe for possível afaste-se das rotinas,só lhe trará benefícios. Aprenda a escrevernovas páginas no livro da sua vida! Dinhei-ro: surgirá uma oportunidade interessan-te para aplicar capital. Números da Sorte:1, 3, 7, 18, 22, 30. Pensamento positivo:procuro escolher aquilo que é melhorpara mim.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: 2 de Espadas, que signi-fica Afeição, Falsidade. Amor: se estiver aenfrentar dificuldades com a pessoa ama-da, conseguirão alcançar a serenidade e aestabilidade. A força e a humildade cami-nham de mãos dadas! Saúde: sempre quelhe for possível, dê grandes passeios a pé.Dinheiro: período sem alteração no sectorprofissional. Números da Sorte: 8, 17, 22,24, 39, 42. Pensamento positivo: acreditoque a vida me traz surpresas maravilhosas.

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: A Força, que significaForça, Domínio. Amor: as relações com aspessoas que ama não serão das melhores.Uma personalidade forte sabe ser suave eleve como uma pena! Saúde: procure umginásio, faça exercício. Dinheiro: espera-oum aumento, mas continue a esforçar-se.Números da Sorte: 3, 7, 11, 18, 22, 25.Pensamento positivo: oiço a voz da minhaintuição, sei que ela me diz sempre a ver-dade.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: a Roda da Fortuna, quesignifica Sorte em movimento. Amor: Con-seguirá aproximar-se melhor dos outrosporque estará bem consigo mesmo. Nãosofra por antecipação, porque assim nãoviverá as alegrias e felicidades de cadamomento que passa. Saúde: período mui-to favorável. Dinheiro: ofereça a si mesmoaquela peça de vestuário que tanto gosta.Números da Sorte: 2, 17, 19, 36, 38, 44.Pensamento positivo: fazer o Bem dá ale-gria ao meu coração!

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: 9 de Ouros, que signifi-ca Prudência. Amor: período em que po-derá conhecer novas pessoas e estabelecernovas amizades. Viva o presente com con-fiança! Saúde: poderá sentir algumas do-res musculares. Poupe-se a esforços. Di-nheiro: não é boa altura para efectuar tran-sacções comerciais. Números da Sorte: 1,8, 17, 21, 39, 48. Pensamento positivo: afelicidade espera por mim!

PERSONALIDADE: a nogueira con-fere aos seus nativos uma dualidademuito complicada de entender. Sãopessoas carinhosas e generosas, maspor vezes egoístas e agressivas. Ambici-osas e espontâneas delas podem espe-rar-se as decisões mais inesperadas,embora quase sempre acertadas. Por

essa razão são indicadas para ocupa-rem lugares onde podem demonstraros seus dotes de estratega.

SAÚDE: devem aprender a descontrair-se, pois as cãibras e os problemas mus-culares são o seu pior inimigo, e a daratenção ao seu estomago, para não te-rem de sofrer as consequências do seuhumor.

AMOR: enamorar-se pelos nascidosnestes dias pode ser maravilhoso ouinfernal. São apaixonados e carinho-sos, mas não suportam ser dominadose necessitam de reservar uma parcelade intimidade para si. Impõem as suascondições e não costumam aceitarcompromissos, pois acabam semprepor arrepender-se.

PERSONALIDADE: os nascidos sob aproteção do castanheiro são discretos,mas muito espertos. Por esse motivonão gostam de impressionar, preferin-do passar despercebidos. No entanto,se tiverem de lutar por uma ideia sa-bem argumentar de forma brilhantepara conseguirem que a balança se

incline para o seu lado. Debaixo detanto equilíbrio, esconde-se uma almasensível que compete aos outros des-cobrir, pois não a mostram.

SAÚDE: precisamente por não gosta-rem de exteriorizar os seus sentimen-tos apresentam os seus problemas soba forma de doença. O fígado e a cabe-ça são os seus pontos fracos, podendocausar-lhes alguns problemas de saú-de.

AMOR: tremendamente exigentes como sexo oposto é-lhes muito difícil en-contrarem o par ideal, mas, quando issoacontece entregam-se totalmente e fa-zem da fidelidade uma palavra de or-dem para toda a vida. Contudo, exi-gem reciprocidade.

A FECHARA HISTÓRIA DASSOPAS NAEIRA DO POVO

OS COMENSAIS FORAM PROVAN-DO CADA UMA DAS SOPAS,COMPARANDO SABORES EBUSCANDO OS SEGREDOS DASR.ª MARIA (NA IMAGEM).

||||| TEXTO: FRANCISCAFRANCISCAFRANCISCAFRANCISCAFRANCISCA MMMMMONTEIRONTEIRONTEIRONTEIRONTEIROOOOO

Foi entre panelas que se escreveu, a10 de novembro, a história do III En-contro na Eira do Povo, organizado,em Rebordões, pelos Amigos da Eira.Desta feita, aos participantes foi lan-çado o desafio de transformar a ofi-cina do reconhecido ceramista Del-fim Manuel numa cozinha, com aro-mas e sabores de agora e de outro-ra. Organizados em diferentes gru-pos, os presentes foram orientadospor quem cresceu no campo e nocalor do forno, a sr.ª Maria, cozinhei-ra que guarda na memória os segre-dos das sopas de antigamente.

Foi ímpar o número das sopas con-fecionadas, onze, mas este estevesempre a par com o espírito de en-treajuda. A sopa de cebola, a sopa denabos, a sopa de abóbora, a sopa defavas, o caldo verde, entre muitos ou-tros, foram o mote de inspiração paraumas quadras, que surgiram a partirdos ingredientes e do modo de ospreparar. Estas seriam partilhadasquase no final do convívio, já com ocheiro das castanhas a espreitar doscartuchos, a lembrar que o dia seguin-te era de S. Martinho. Assim, decla-mou o grupo dos Nabiças: “Juntamosbatata à nabiça / e o feijão à barriga deporca, / um toque de sal e azeite, / umsorriso e ficou um deleite!”.

Dispensados os aventais de cozi-nheiros, os comensais foram provan-

do cada uma das sopas, comparan-do sabores e buscando os segredosda sr.ª Maria. Ouvia-se entre as co-lheres dos convivas: “Provaste a fari-nha de pau?” ou “Para mim, a melhorsopa é…”.

No entanto, como esta iniciativatambém pretendia divulgar os produ-tos da terra e os saberes dos agricul-tores da aldeia, o sr. Firmino lembrouos tempos em que do campo brotamos diferentes legumes, assim como oprocesso de os adubar e colher. Fa-lou especificamente do seu avô, tam-bém lavrador, que ia no carro de bois,de casa em casa, encher pipas deestrume, e explicou como a cinza daborralheira era um fertilizante utiliza-do de forma usual.

Seguidamente, Paulo Sá Machado,autor do livro “As Confrarias Gastro-nómicas Portuguesas”, discursou sobrea história das sopas e o seu lugar nagastronomia portuguesa. Explanouque, há umas décadas atrás, a sopa nãoera detentora do seu atual estatuto,uma vez que era conotada com os há-bitos alimentares do pobre povo. Acla-rou que esta se distingue do caldo,por ser este último bem mais substan-cial e rico em ingredientes, e foi aindaesclarecendo as dúvidas dos presen-tes sobre algumas das sopas mais re-presentativas da nossa gastronomia.

São os caldos de Quintandona,acompanhados de música, artes per-formativas e artesanato, que atraemmilhares de pessoas, no terceiro fimde semana do mês de setembro. Bel-miro Barbosa, presidente da Junta deFreguesia de Lagares, é um membroativo da comissão organizadora des-ta festa.

Quintandona é uma aldeia típicapreservada, que se ergue no cruzamen-to edificante do xisto com o granitoamarelo e a ardósia, inseridos numapaisagem agrícola e florestal. Nestecontexto, um grupo de teatro de rua,os comoDEantes, aliaram as históriasaos caldos, transformados em poçõesmágicas, capazes de desfazer feitiços,

e começaram a encantar as gentesde outras terras. Estavam, assim, cria-dos os alicerces da Festa do Caldode Quintandona, sendo dois os cal-dos típicos desta aldeia: o caldo àlavrador e o caldo de nabos, os quaisforam apurados, com a participaçãodas famílias desta terra.

Por fim, viajámos até esse recantodo concelho de Penafiel através do“era uma vez” que sustenta a bebidaoficial do caldo, o “mijo de jebo”. Deforma improvisada, ouvimos a histó-ria de uma velha medonha que, de-pois de um acordo com uma bruxa(também as há em Quintandona), dáà luz um jebo, uma criatura que, dedia e de noite, assombra a vida dosaldeãos.

Faltou essa tal bebida neste en-contro, porém com a jeropiga, acom-panhante das castanhas assadas, se

brindou às tradições do nosso paíse a que estas sobrevivam e sereinventem perante as diabruras dojebo chamado “crise”.

PRÓXIMO ENCONTROTeremos, certamente, mais uma “noi-te feliz” (como apetece sempre trau-tear quando chega o último mês doano) no próximo dia 22 de dezem-bro, com o IV Encontro na Eira doPovo, subordinado ao tema as me-mórias de Natal. Será “Natal em Nós”com os presépios, os cânticos, agastronomia natalícia, as recordaçõesde infância e “uma pequena luzbruxuleante / brilhando incerta mas bri-lhando / aqui no meio de nós”, comoescreveu Jorge de Sena. As inscriçõesdecorrem até ao dia 17 de dezembro,através do correio eletrónico: [email protected]. |||||