Grécia antiga sem cabeçalho

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GRÉCIA ANTIGA Prof. Elvis John O. Ribeiro 1. LOCALIZAÇÃO: - Península balcânica (Hélade). 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS: - Ausência de unidade territorial e política. - Forma-se da fusão dos povos helenos (micênicos) e a cretense (minóica). 3. PERÍODOS: - Pré-homérico (Séc. XX a.C – XII a.C). - Homérico (Séc. XII a.C – VIII a.C). - Arcaico (Séc. VIII a.C – VI a.C). - Clássico (Séc. V a.C – IV a.C). - Helenístico (Séc. IV a.C). 3.1. Pré - homérico: civilizações Cretense e Micênica. - Os cretenses: * Também conhecidos como egeus, pelágios ou minóicos. * Primeiros a povoar a região balcânica. * Eram grandes navegadores, cultura de caráter matriarcal (deusa mãe) e sua capital era Cnossos. - Os helenos ou micênicos: * Aqueus – 2.000 a.C Muitos elementos sugerem que a religião cretense tinha como base o culto à Grande-Mãe, deusa da fertilidade, mãe de todos os seres vivos. Segundos alguns especialistas, a preponderância feminina na religião estaria associada a uma Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-cBv7PwmAUKk/UXmVTYvlbnI/AAAAAAAAA n4/wCj5e79A1qI/s1600/mapa+grecia+antiga.jpg

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GRÉCIA ANTIGA

Prof. Elvis John O. Ribeiro

1. LOCALIZAÇÃO:

- Península balcânica (Hélade).

2. CARACTERÍSTICAS GERAIS:

- Ausência de unidade territorial e política.

- Forma-se da fusão dos povos helenos (micênicos)

e a cretense (minóica).

3. PERÍODOS:

- Pré-homérico (Séc. XX a.C – XII a.C).

- Homérico (Séc. XII a.C – VIII a.C).

- Arcaico (Séc. VIII a.C – VI a.C).

- Clássico (Séc. V a.C – IV a.C).

- Helenístico (Séc. IV a.C).

3.1. Pré - homérico: civilizações Cretense e Micênica.

- Os cretenses:

* Também conhecidos como egeus, pelágios ou minóicos.

* Primeiros a povoar a região balcânica.

* Eram grandes navegadores, cultura de caráter matriarcal (deusa mãe) e sua capital era Cnossos.

- Os helenos ou micênicos:

* Aqueus – 2.000 a.C

* Jônios – 1.700 a.C

* Eólios – 1.700 a.C

* Dórios – 1.200 a.C

Muitos elementos sugerem que a religião cretense tinha como base o culto à Grande-Mãe, deusa da fertilidade, mãe de todos os seres vivos. Segundos alguns especialistas, a preponderância feminina na religião estaria associada a uma organização social matriarcal. Outros, porém, afirmam que os dados iconográficos são insuficientes para sustentar essa afirmação.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-cBv7PwmAUKk/UXmVTYvlbnI/AAAAAAAAAn4/

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- Início do povoamento dos helenos (indo-europeus: aqueus, jônios, eólios e dórios): formação dos GENOS.

- 1.500 a.C – Os aqueus conquistaram os cretenses - origina acultura CRETOMICÊNICA.

- 1.200 a.C – conquista de Tróia pelos aqueus.

- 1.200 a.C – Os dórios ocuparam os Peloponeso – Leva à 1ª DIÁSPORA GREGA (fim do pré- homérico).

3.2. Período Homérico.

- Retorno do modo de vida gentílico.

- surgimento das CIDADES-ESTADO após a desagregação dos genos.

Genos fátrias tribos polis (cidades).

Fonte: Cláudio Vicentino: História geral e do Brasil, 2014.

Fonte:http://3.bp.blogspot.com/_b8lKBo8aG6s/Sw79URV10DI/AAAAAAAAAMQ/ozk7FxZSwLc/s1600/figura5.png

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3.3. Período Arcáico.

- Ocorreu a consolidação da vida urbana com o fortalecimento das polis gregas.

3.3.1. Evolução política de Atenas

- Povo jônio.

- MONARQUIA – OLIGARQUIA – TIRANIA – DEMOCRACIA.

a) OLIGARQUIA:

Arcontado - total de 9 membros (executivo).

- Organização política

Areópago – conselho de anciãos (assessorar e fiscalizar o arcontado).

- Economia – mercantil, monitorizada, escravista, agrícola (vinha e oliveira).

- Disputas políticas entre DEMOS (demiurgos, georgóis, thetas) X EUPÁTRIDAS.

- Dois legisladores tentam atenuar a crise social e enfraquecer a luta dos DEMOS:

Drácon (621 a.C) – Código de Leis Escritas (Código de Drácon).

- Igualdade Jurídica.

- Manteve os privilégios dos EUPÁTRIDAS.

Sólon (594 a.C) – reforma política.

- Critério censitário para a participação política – ASCENSÃO DOS DEMIURGOS.- Criou o Bulé - Conselho dos 400.- Criou a Eclésia – assembleia popular. - Aboliu a escravidão por dívida.

b) TIRANIA (561 a.C).

- Governo acima das leis. Na Grécia antiga poderia ser popular.

* Detalhe: A falta de terras devido ao crescimento populacional provocou tensões sociais e a fuga das camadas mais baixas para outras áreas do mediterrâneo. Assim, surgiram várias colônias e o comércio ampliou-se prejudicando os pequenos proprietários, georgóis, que não suportaram os baixos preços das colônias e dando origem a uma classe de comerciantes ricos, os DEMIURGOS.

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- Em Atenas foi fruto das disputas entre os DEMOS e a NOBREZA EUPÁTRIDA.

- Pisístrato (561 – 527 a.C).

Chegou ao poder por golpe popular. Fez várias obras públicas para empregar as camadas populares. Dinamizou o comércio

- Iságoras (510 a.C).

Reação aristocrática.

- Clístenes (508 a.C).

Reação popular. Pai da democracia.

c) DEMOCRACIA (507 a.C).

- Reformas de Clístenes:

Divide a Ática em três regiões (cidade, litoral e interior). Classificou a população em 10 tribos (DEMOS) compostas por membros de todas as classes

sociais. Ampliou o BULÉ (Conselho dos 500). Ampliou a Eclésia. Criou a lei do OSTRACISMO.

Grupos sociais: Características gerais: Eupátridas - nobres Voltada para a filosofia e artes.

Demiurgos – comerciantes, artesão. Elitista.

Georgóis – camponeses. Talassocrática.

Thetas - sem posses. Mercantil.

Detalhe: Segundo a historiadora Patrícia Ramos Braick, durante o governo de Péricles (461 a 429 a.C.), a democracia consolidou-se e atingiu se apogeu por meio dos princípios da ISONOMIA, igualdade de todos perante a lei; ISEGORIA, igualdade de direito ao acesso à palavra na assembleia; e da ISOCRACIA, igualdade de participação no poder.

Detalhe: Contudo devemos lembrar dos limites da democracia em Atenas. Somente os cidadãos poderiam gozar plenamente de tais princípios, mas estes totalizavam somente 10% da sociedade, filhos de pais e mães descendentes de jônios.

Outra peculiaridade da democracia ateniense era a manutenção da ESCRAVIDÃO.

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Metecos – estrangeiros. Escravista.

Escravos – propriedade privada. Imperialista.

RESUMO DOS ÓRGÃOS E CARGOS PÚBLICOS NA DEMOCRACIA:

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-6YDachkiFMY/T8A3p_EokwI/AAAAAAAAAH8/7XoS9KEvTBg/s400/institui%25C3%25A7%25C3%25B5es+gregas.jpg

3.3.2. Evolução política de ESPARTA.

- Localização.

Planície da Lacônia na península do Peloponeso. Povo dório

Grupos sociais: Características gerais: Espartanos, espartíatas ou esparciatas –

nobres (guerreiros/cidadãos). Militarista

Periecos – livre sem cidadania. Elitista.

Hilotas – escravos (servos do Estado) Agrária

Escravista.

- Órgãos públicos:

Gerúsia – 28 membros (conselho dos anciãos). Éforato – 5 membros (executivo).

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Apela – Assembleia de cidadãos (função consultiva). Diarquia – dois reis (religião e exército).

Fonte: http://images.slideplayer.com.br/3/1226802/slides/slide_36.jpg

Fonte: Cláudio Vicentino: História geral e do Brasil, 2014.

3.4. PERÍODO CLÁSSICO (séc. VIII a.C – VI a.C)

- Apogeu da cultura grega.

- Antagonismo entre as cidades - disputa pela hegemonia política.

- Invasões externas.

3.4.1. As Guerras Médicas.

DETALHE: Crypteia ou krypteia ou Krupteia.

Era parte do agogê (agoge), isto é, “adestramento”, “treinamento”. Assim, o agogê era visto como um recurso para a domesticação dos seus jovens. O objetivo maior desse treinamento era formar soldados educados no rigor para defender a colectividade.

Acredita-se que a Crypteia tinha a intenção de eliminar as helots (escravos),considerado uma fonte de problemas, e de preparar os jovens com um teste de masculinidade, deixá-los ter a experiência do primeiro assassinato. A opressão brutal das helots permitiu aos espartanos controlar a população camponesa, dedicando-se inteiramente às práticas militares.

IMPORTANTE:

Cada família recebia do Estado um lote de terra e de seis a oito escravos para trabalharem em seu cultivo. Os meninos saldáveis eram entregues ao Estado aos 7 anos de idade para serem treinados na arte da guerra. Aos 18 entravam para o exército, aos 30 recebiam um lote de terra e passavam a ser cidadãos e serviam ao exército até os 60 anos.

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- Foi o resultado do choque do imperialismo persa com as cidades gregas.

- Antecedentes:

Revolta das colônias gregas da Ásia Menor entre 500 a.C e 494 a.C. Mileto é destruída em 494 a.C. Conquista da Trácia e da Macedônia em 492 a.C.

- As batalhas:

a) Maratona.

Persas X Atenas – vitória ateniense (general Temístocles). Atenas organiza sua marinha de guerra e passa a liderar as demais cidades gregas.

b) Termópilas.

Persas X Esparta – vitória persa. Atenas é incendiada.

c) Salamina.

Persas X Atenas – vitória de ateniense. Batalha naval. Os persas perdem seus suprimentos que vinham da Ásia Menor.

d) Platéia e Micale.

Persas X Cidades grega – vitória grega.

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- Confederação de Delos (476 a.C).

Aliança das cidades gregas sob a liderança de Atenas.

- Paz de Címon ou Paz de Cálias (448 a.C).

Fim da guerra com o reconhecimento persa da hegemonia grega no mar Egeu.

3.4.2. O século de Péricles (séc. V a.C).

- Foi marcado pela hegemonia de Atenas (444-429 a.C)

-Período de apogeu econômico, militar e político de Atenas na Grécia.

- Em 450 a.C Atenas utiliza a riqueza da Delos no seu poderio militar e embelezamento.

- Péricles amplia a democracia criando salários para os cargos públicos.

- Foi a época dos grandes filósofos, artistas e do historiador Heródoto.

3.4.3. A Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C).

a) Causas da guerra:

- Os espartanos viam com desconfiança e ameaça o desenvolvimento econômico e aumento da influência política de Atenas na região da península do Peloponeso (IMPERIALISMO ATENIENSE).

- Relações tensas entre as duas cidades-estado e disputa pela hegemonia política e econômica na região.

b) Paz de Nícias (413 a.C)

- Trégua de 50 anos- quebrada por Atenas.

c) Fim da guerra.

- Batalha de Egos-Potamos (404 a.C) - após a rendição de Atenas e a conquista espartana em Helesponto. Os espartanos deram suporte a um golpe oligárquico em Atenas, derrubando o sistema democrático e implantando um sistema de governo autoritário conhecido como Tirania dos Trinta.

d) Consequências da guerra.

- O fim da guerra derrubou o poder de Atenas na península e resultou na hegemonia política e economia de Esparta na região por 30 anos, com seu sistema voltado para o fortalecimento militar.

- Decadência das cidades gregas.

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- Conquista macedônica sobre a Grécia.

3.5. PERÍODO HELENÍSTICO (SÉC. IV a.C).

- Felipe II da Macedônia:

338 a.C – Na batalha de Quironéia obteve vitória sobre Tebas e Atenas passando a controlar a Grécia.

LIGA DE CORINTO – cidades gregas controladas por Felipe da Macedônia que passa a investir contra o império persa de Dario II.

- Alexandre Magno (336 a.C)

Assume o trono após a morte de seu pai e expande o império até a índia. Promove a fusão da cultura helênica com as culturas orientais, principalmente a persa,

dando origem à cultura HELENÍSTICA.

Com sua morte o império foi dividido em:- Reino da Síria.- Reino do Egito.- Reino da Macedônia.

REVISANDO OS PERÍODOS

* Outras batalhas:

- Leutras (371 a.C) - Esparta é derrotada por Tebas.- Mantinéia (362 a.C) – Atenas +Esparta derrotam Tebas.

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Fonte: Cláudio Vicentino: História geral e do Brasil, 2014.

REFERÊNCIAS

VICENTINO, Cláudio. História geral e do Brasil – 1 e.d – São Paulo: Scipione, 20014.

MOTA, Myrian Becho e BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4.ed. – São Paulo: Moderna, 2014.

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