Grécia Esparta

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    GRCIA ESPARTA

    FAO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

    PROF: JLIO CHARCHAR

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    CONTEDO

    A Certeza de Vencer

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    Apresentao:

    Podemos afirmar que toda a estruturao socio-politica da Polis espartana esteve intimamente ligada com a religiosidade, pois segundo os relatos tradicionais de escritores da poca, a legislao espartana foi atribuda a um legislador membro da aristocracia que chamava-se Licurgo.Reza a historia que este lendrio legislador ao consultar o orculo de Delfos teria recebido atribuies do deus Apolo para organizar um conjunto de cdigos e leis ( A Grande Retra) que nortearia todos os setores da polis espartana.

    Aps organizar a A Grande Retra, Licurgo teria partido para um exlio voluntrio e determinado que as leis no deveriam ser alteradas at o seu retorno.assim conclumos que todos os aspectos da vida espartana, desde a organizao do trabalho, diviso das terras, educao e at mesmo a regulamentao do casamento giravam em torno dos cdigos de Licurgo aps ter consultado o orculo, o que acaba dando a estrutura de relaes de poder em Esparta um carter sagrado, ficando mais difcil sua contestao e alterao.

    (Julio Charchar) 1- Esparta: O Prazer da Guerra

    A polis espartana foi fundada no vale da Lacnia, na pennsula do peloponeso, pelos drios que foram os ltimos indo-europeus a chegarem na regio Balcnica. O processo de desenvolvimento da polis espartana em sua formao social e econmica estam misturados a elementos que existiram por toda a Grcia; com tudo, a forma como estes foram combinados em Esparta prprio e nico. Pois para manter seus domnios a aristocracia de origem Doria montou uma estrutura organizada e isolada das demais cidades-estados. O principal objetivo do estado espartano era fazer com que os membros da elite se transformassem em guerreiros permanentes para servir e proteger a cidade, pois os espartanos viam na guerra uma atividade essencial e at mesmo cultural (falaremos sobre isto nas prximas aulas).

    Todavia, apesar de Esparta ter organizado um dos exrcitos mais disciplinados do mundo antigo alguns historiadores atribuem a Esparta no perodo clssico da historia dos helenos um carter atrasado em relao a outras cidades como Atenas. Vejamos o que diz Maria Beatriz Florenzano em muitos sentidos Esparta conservou no perodo clssico caractersticas polticas, sociais e econmicas arcaicas. E ainda que o conceito de menos desenvolvida possa implicar afirmaes tendenciosas prprias de evolucionismo tradicional, no contexto geral de desenvolvimentos das polis gregas, durante o perodo clssico, Esparta era atrasada. 2- A Organizao da Sociedade e as Relaes de Trabalho em Esparta 2.1 - Espartanos Esparciatas ou Homios: A Elite Guerreira no Poder

    Este grupo era composto pelos descendentes diretos dos antigos Drios, fundadores da cidade, gozavam de todos os privilgios em Esparta e por serem a minoria dentro da cidade (10%) viviam sobre uma rgida disciplina militar. Os homioi (pares iguais) eram os proprietrios da Lacnia e Messnea e segundo algumas fontes da poca estavam proibidos de toda e qualquer atividade econmica, sendo os seus afazeres exclusivamente polticos e militares. Vejamos o que nos diz Xenofonte: Nas outras cidades, sabe-se, todos se esforam por ganhar tanto dinheiro quanto possvel. Um trabalha a terra, outro arma um navio, um outro pratica um grande comercio, outros ainda vivem dos ofcios, mais Licurgo probe aos homens livres de exercer qualquer tarefa lucrativa e assegurar a liberdade do estado , segundo ele, a nica atividade da qual devem se ocupar.

    Em Esparta para se obter o pleno direito cvico, os espartanos eram obrigados a contribuir para o preparo das refeies que todos os espartanos do sexo masculino tomavam em comum ( a Sisstia). Os recursos para esta contribuio provinham evidentemente das terras trabalhadas pelos hilotas.

    No podemos esquecer! Apesar de uma aparente igualdade entre os homoiois percebemos que tambm haviam algumas diferenas,

    como por exemplo: Sempre existiam dois espartanos designados para serem reis ( Diarcos) e apartir da passavam a gozar de certos privilgios como o direito de ter um lote de terras ( Kleros) em cada comunidade cultivada em seu beneficio. Entre as famlias que compunham os iguais somente duas cediam esses lotes. Nota-se atravs desse ato de ceder terras a presena do privilgio de algumas famlias em relao as outras. Havia tambm os Koroi ditos como a guarda de

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    honra dos reis, os Hipomeiones tambm eram vistos como um grupo inferior entre os espartanos, pois muitas vezes no tinham como contribuir para as refeies coletivas ( Sisstias). O ultimo grupo que no apresentava as mesmas condies era os (Kripteis), jovens espartanos que se no tivessem um bom desempenho na realizao das Kriptias ( Massacre de Hilotas) acabavam integrando a uma categoria inferior entre os espartanos

    (Julio Charchar) 2.2 Periecos, Perifricos ou Perioikoi.

    Geralmente eram antigos habitantes da lacnia regio habitada pelos drios, embora fossem livres no tinham direitos polticos. Dedicavam-se ao comercio e artesanato (Atividades desprezadas pelos espartanos) e poderiam possuir terras localizadas nas plancies menos frteis da lacnia. Apesar dos periecos no poderem participar da vida cvica em

    Esparta, quando necessrio, poderiam integrar o exercito espartano como Hoplitas. Os periecos tinham uma certa autonomia no governo de suas comunidades na lacnia e na Messnea, mas eram

    obrigados a cultivar um lote especial de terra em suas comunidades para os reis espartanos. O nome periecosignifica : O que habita a periferia de Esparta, ou seja, moravam em pequenas comunidades ao redor de Esparta estando sempre submetidos a uma autoridade espartana nomeada pelo governo para fiscalizar a comunidade.

    As terras da regio da lacnia pertenciam ao estado espartano, pelo menos a principio, no poderiam ser vendidas, comercializadas ou alienadas e sua principal atividade estava na produo de alimentos para todos os integrantes da sociedade. No entanto, isso s ocorria nas terras frteis, j as terras que no ofereciam uma produo satisfatria poderiam ser cedidas aos periecos onde exerciam uma cultura de subsistncia e o comercio do pequeno excedente dentro da prpria comunidade j que o comercio exterior no era permitido. Os periecos produziam as armas que ram utilizadas pelos espartanos tanto em treinamento como em combate direto. Apesar de privados de seus direitos polticos, os periecos gozavam de proteo militar dos espartanos isso lhes dava uma condio singular, como se fossem Cidados de segunda categoria. Por isso foram raras as manifestaes dos periecos contra os espartanos.

    2.3 - Os Hilotas e sua Memria Coletiva Esse segmento social que genericamente denominamos de hilotas tem sua origem quando da conquista das terras

    da lacnia e Messnea pelos espartanos essa populao foi submissa e transformou-se em hilotas. No poderiam ser considerados escravos como os de Atenas, mas como uma espcie de servos que ao perderem sua liberdade nas guerras de conquistas acabavam transformando-se em propriedade do estado espartano a servio dos esparciatas. Entretanto, no eram como uma mercadoria que poderia ser comprada e comercializada no mercado. Vejamos o que nos diz o poeta espartano, Tirteu, Como burros carregados de enormes fardos, obrigados por uma necessidade terrvel, entregavam aos seus senhores metade dos frutos que a terra da. Eles e suas companheiras devem chorar aos seus senhores, cada vez que os atinge o destino sinistro da morte. Como percebemos, os hilotas apesar de poderem possuir bens e constituir famlia eram tratados com grande dureza pelos espartanos, o que estimulou muitas revoltas hilotas cruelmente massacradas pelo exercito espartano que viviam em constante estado de alerta para possveis rebelies. Assim como os periecos, os hilotas, em tempos de guerras poderiam ser treinados como Hoplitas e dependendo do seu desempenho militar poderiam at conquistar a liberdade, como afirma Maria Beatriz Florenzano: Freqentemente eram recrutados para o exercito espartano e algumas vezes depois disso ganhavam a liberdade.

    valido ressaltar, que os hilotas desenvolveram uma memora coletiva, devido a sua homogeneidade cultural, uma vez que, houve um tempo que no estavam submetidos ao poder autoritrio dos espartanos, o que nos revela que os hilotas eram descendentes de povos conquistados em seu prprio territrio e que lutaram contra a dominao espartana. Outro motivo que levava um grande descontentamento dos hilotas era um Rito de passagem do jovem espartano chamado de Kriptia que consistia numa espcie de massacre coletivo ao quais os hilotas eram submetidos.

    3- A Estrutura Poltica do Estado Oligrquico Espartano. Antes de mais nada, bom lembrar que a composio e funcionamento da poltica em Esparta, tambm era uma atribuio dada a Licurgo. A estrutura do estado espartano era composta por quatro rgos polticos principais:

    3.1 - A Diarquia: Este rgo poltico apresentava um carter hereditrio e era composto por dois reis chamados de Diarcos, onde um comandava o exercito e o outro a religio. Os Diarcos eram fiscalizados pelos Gerontes. Lembrando que apesar do estado espartano possuir reis em sua composio, o que prevalecia no era uma monarquia e sim uma oligarquia.

    3.2 - A Gersia: Tambm era chamada de Conselho dos Ancios e eram compostos por vinte oito espartanos com idade superior sessenta anos que possuam poderem vitalcios. Os gerontes eram responsveis das leis em Esparta, funcionavam como juizes para os crimes e tambm orientavam os mais jovens.

    3.3 - A Apela: Tambm conhecido como Conselho dos Guerreiros. Este rgo poltico era composto por todos os espartanos com idade superior a trinta anos. Eram responsveis pela eleio de gerontes e eforos e conviviam constantemente com as guerras promovidas por Esparta.

    3.4 - O Eforato: Esse rgo poltico era composto por cinco espartanos que eram chamados de Eforos e possuam um mandato de um ano sendo sua funo promover a fiscalizao em todos os setores de Esparta, inclusive tinha o poder de vetar leis.