Grelha de observacao._enquadramento_outra colega

5
1- Grelha de observação – Modelo B 3- Actividade observada 4- Níveis indicadores de aprendizagem Trabalho de grupo, 3 alunos, de 4º Ano, dois portugueses e 1 inglês, já adaptado à língua portuguesa. Trabalho de Pesquisa: O passado do meio local. História de uma Instituição. Os alunos traziam uma orientação de pesquisa da escola virtual, onde tinham uma lista de instituições locais, da qual deviam escolher uma para realizar o trabalho. Eles optaram pela “História da nossa escola”, uma vez que o Jake não conhecia bem esta instituição. Classificação: 1- Fraco; 2 – Suficiente, 3 – Bom, 4 – Muito Bom Motivação (manifestar interesse, satisfação pelas actividades; prosseguir a actividade.) 1 2 3 4 Rodrigo Jacke Daniel Interacção (capacidade para trabalhar em grupo, apoiar colegas, partilhar informação) 1 2 3 4 Jacke Rodrigo Daniel Desenvolvimento de competências (experimentar situações novas, revelar compreensão das tarefas, capacidade para gerir o tempo) 1 2 3 4 Rodrigo Daniel Jacke Novas aplicações e tomadas de decisões (reconhecer novos conhecimentos e aprendizagens novas, expressar opiniões, tomar decisões de forma independente) 1 2 3 4 Rodrigo Daniel Jacke 2- Data: 27/10/2008 , Duração da Actividade: 1 hora 5- Reflexão sobre os resultados: Este tipo de grelha de observação, se usada continuamente, pode contribuir para avaliar o desenvolvimento das competências ao nível da socialização, da capacidade de trabalho em equipa e da descoberta de novas metodologias de aprendizagem.

Transcript of Grelha de observacao._enquadramento_outra colega

Page 1: Grelha de observacao._enquadramento_outra colega

1- Grelha de observação – Modelo B

3- Actividade observada

4- Níveisindicadores de aprendizagem

Trabalho de grupo, 3 alunos, de 4º Ano, dois portugueses e 1 inglês, já adaptado à língua portuguesa.Trabalho de Pesquisa: O passado do meio local. História de uma Instituição. Os alunos traziam uma orientação de pesquisa da escola virtual, onde tinham uma lista de instituições locais, da qual deviam escolher uma para realizar o trabalho. Eles optaram pela “História da nossa escola”, uma vez que o Jake não conhecia bem esta instituição.

Classificação: 1- Fraco; 2 – Suficiente, 3 – Bom, 4 – Muito Bom

Motivação(manifestar interesse,

satisfação pelas actividades; prosseguir a actividade.)

1 2 3 4

Rodrigo JackeDaniel

Interacção(capacidade para trabalhar em

grupo, apoiar colegas, partilhar informação)

1 2 3 4

JackeRodrigo

Daniel

Desenvolvimento de competências

(experimentar situações novas, revelar compreensão das tarefas, capacidade para

gerir o tempo)

1 2 3 4

RodrigoDaniel

Jacke

Novas aplicações e tomadas de decisões

(reconhecer novos conhecimentos e

aprendizagens novas, expressar opiniões, tomar

decisões de forma independente)

1 2 3 4

RodrigoDaniel

Jacke

2- Data: 27/10/2008, Duração da Actividade: 1 hora

5- Reflexão sobre os resultados:

Este tipo de grelha de observação, se usada continuamente, pode contribuir para avaliar o desenvolvimento das competências ao nível da socialização, da capacidade de trabalho em equipa e da descoberta de novas metodologias de aprendizagem.

Neste caso, os alunos queriam fazer uma pesquisa sobre a sua escola, depois de procurem em livros da localidade e em sites relacionados com a escola (Câmara Municipal e Agrupamento de Escolas) descobriram alguma informação, que não os satisfez, sugeri que fizessem uma entrevista a pessoas da escola e da localidade, eles pediram ajuda, mas as questões iam surgindo, o Jake e o Daniel estavam tão entusiasmados que disseram: “Isto é que é trabalho de grupo.”, “Vai ser giro, parece que vamos numa aventura de descoberta!”.

Os resultados da observação devem ser partilhados com o (a) docente dos alunos.

Enquadramento da observação

Page 2: Grelha de observacao._enquadramento_outra colega

Problemas e desafios numa BE que coordeno actualmente.

Começo este trabalho partilhando um pouco da minha actual situação profissional, pois está

relacionada com o tema proposto “Problemas e desafios da BE”, durante as leituras que foram

aconselhadas identifiquei situações que relaciono com a minha experiência deste ano

Durante quatro anos coordenei duas bibliotecas escolares de dois Agrupamentos, em Albufeira,

este Ano, por motivos relacionados com a minha avaliação, tive que optar por um dos agrupamentos,

onde actualmente coordeno três bibliotecas escolares, duas delas pela primeira vez. Essas bibliotecas

abriram, o ano passado, com a coordenação das professoras que também coordenam os estabelecimentos

de ensino e que também têm turma (a tempo inteiro). Numa delas foi colocada uma auxiliar e mais tarde

um estagiário que tinha formação técnica em organização da documentação e da informação, (esta

situação, também desagradável, fica para relatar noutra altura). Na outra escola foi colocada uma

animadora, que participou em reuniões do grupo de trabalho das bibliotecas do concelho de Albufeira, ao

longo do ano, alternando com a coordenadora da escola.

Esta escola tem quadros interactivos em todas as salas e foi uma das primeiras a receber mais

tecnologia: os “Magalhães”, para todos os alunos.

No primeiro dia, quando me dirigi a esse estabelecimento de ensino com a Vice-presidente do

Agrupamento, depois de termos informado a coordenadora da escola da nossa deslocação, fui recebida,

sem “espaço” para grandes conversas, com manifestações de desagrado em relação à nova biblioteca, a

coordenadora da escola lamentou todo o trabalho que tinha tido com a candidatura e com a sua

organização, outras colegas referiram ter saudades da antiga “bibliotecazinha”, apenas com uns armários

e livros. Quando tentei estabelecer um diálogo e explicar as minhas funções e potencialidades de todos os

recursos, convidando as docentes para uma participação em actividades articuladas, com a minha

colaboração, que incluíssem a BE no desenvolvimento do currículo, as professoras disseram não ter

tempo para ir à biblioteca com a turma, referiram ter melhores condições na sala de aula. A coordenadora

da escola chegou a admitir que pretendia anular a candidatura à RBE. Ninguém se ofereceu para nos levar

à BE, apenas me informaram que a animadora ainda estava de férias.

“... Poder-se-á afirmar que os professores que chegam a uma escola que alimenta o

conservadorismo, o individualismo e o “presentismo” facilitará o fechamento do professor sobre si,

confinando-o ao trabalho solitário e ao espaço da sala de aula. Pelo contrário, uma cultura de escola

orientada para a colaboração e o diálogo facilitará um maior envolvimento do corpo docente e uma

maior participação na vida escolar, em particular dos recém-chegados.   

A este propósito, e no que se refere concretamente à Biblioteca Escolar, dizem os canadianos que

“aquilo que uma escola pensa sobre a sua biblioteca é a medida do que pensa sobre a educação” – e

esta é uma ideia-chave que temos de sublinhar, para o bem e para o mal.” Glória Bastos 2008,

Apontamentos da unidade 2.0.

Page 3: Grelha de observacao._enquadramento_outra colega

Apesar das contrariedades, respeitei o horário que elaborei com o Conselho Executivo, tentei

integrar-me lentamente, mas qualquer intervenção da minha parte era criticada, mesmo quando cumpria

as orientações da RBE na apresentação do “Guia do Utilizador” às turmas, fazendo uma visita guiada, de

meia hora, com algumas alterações regulamentares relativamente ao ano anterior, a actividade foi

considerada desnecessária, segundo algumas colegas bastava abrir a porta e deixar entrar os alunos.

Depois dessa actividade voltei a contactar com as docentes para entregar o meu horário e

manifestar a minha disposição para o desenvolvimento de actividades curriculares e de projectos de

promoção da leitura. Também agendei uma visita à Biblioteca Municipal, para Novembro, com uma

turma de 4º Ano, para assistir a uma peça de Teatro, entreguei uma proposta para encontros com uma

escritora, a partir do dia 10 de Novembro e agendei com todas as turmas uma peça de Teatro organizada

por uma Associação Cultural de Olhos de Água, em Janeiro, no Auditório Municipal.

Durante estas semanas, trabalhei com a animadora que integra a equipa, orientando-a para alguns

procedimentos necessários, fornecendo-lhe alguns materiais que a pudessem auxiliar no apoio que ela tem

dado na substituição de professores dessa escola, nomeadamente nas horas de apoio ao estudo e algumas

de actividades de enriquecimento.

Neste momento, final de Outubro, tive conhecimento de que o descontentamento do corpo docente

dessa escola se mantém, e que continuam com intenção de excluir esta Biblioteca da RBE, cito

novamente a Dr.ª Glória Bastos: “O problema é que por vezes um início mal equacionado pode constituir

um obstáculo para o sucesso – por exemplo, o facto de uma candidatura ao programa da RBE não ser

precedido de debate interno sobre essa questão,  sobre o que a escola efectivamente quer para a sua BE

e não haver um compromisso prévio perante as opções tomadas.

Neste sentido, é fundamental que as escolas compreendam efectivamente qual é o "espírito" das

BE na educação actual – não é apenas móveis novos, e novos computadores que vão para a biblioteca,

mas implica um compromisso da escola com uma nova forma de funcionar em termos pedagógicos. E é

este debate fundamental que  falha, com frequência,  nas nossas escolas, e que importa promover, pelas

vias que em cada local se considerem mais adequadas.”

Já comuniquei a situação ao coordenador interconcelhio e solicitei uma reunião com o conselho

executivo, que não é o mesmo que acompanhou a candidatura, e com a coordenadora da escola, para

amanhã dia 28 de Outubro.

Hoje, 27 de Outubro, Dia internacional das Bibliotecas Escolares, tive finalmente o prazer de ver

alunos nessa BE, durante o período lectivo, uma turma a participar numa actividade que preparámos,

“Biblio -Paper” e alguns alunos de 4º Ano que apareceram para fazer o trabalho de casa atrasado: um

trabalho de pesquisa: O passado do meio local, história de uma instituição. Durante o apoio que lhes

prestei, senti que tinha ali um óptimo momento para aplicar a ficha que tinha elaborado para aplicar

noutra escola.

Carla Ferreira, Problemas e Desafios da Biblioteca Escolar, U.A., 27/10/2008