GRES Império do Nilo - liesesite.files.wordpress.com · O teatro entrou em sua vida antes mesmo de...

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GRES Império do Nilo

Ficha Técnica

Presidente e Carnavalesco: Fabrício Amaral

Cidade sede: Rio de Janeiro

Enredo: A Vingança do Espelho

05 Setores 28 Alas

06 Alegorias 00 Tripés

Justificativa:

Rio de Janeiro, 14 de Julho de 2017.

Querido Fabricio Amaral,

Gostaria de dizer que aceito ser o seu

enredo sim, afinal de contas, tenho muita

história pra contar. Eu sou bonita, sim!

Nunca liguei para isso. Eu sou maior do

que qualquer desafio. A minha historia, foi

marcada de lutas diárias, batalhas as quais sempre

fui forte, mas apenas ele me conhecia. Apenas ele

via minhas lagrimas, as minhas dores. E ele vem

contando a minha história. O meu maior inimigo:

O espelho. Espelho esse que tentou a todo custo

rachar a minha alma.

E não será um espelho que vai me dizer ao contrário. Todos me amam

pela minha beleza, carisma e talento. Se a minha aparência não ajudar? A

minha auto estima sempre estará em dia. Comi o pão que o diabo amassou, vivi

perdas terríveis e fui auxiliada pelo acaso para chegar aonde cheguei. Foram

108 filmes, muitas participações em novelas. E eu, sempre linda!

Aposto que você me conhece. Pode não estar lembrado do meu nome,

mas lembra de como eu era bela. Comecei a ser atriz, já com quase 40 anos de

idade, e pretendia fazer personagens dramáticas, trágicas. O trágico se

circunscreveu à minha vida pessoal. E de Maria José tornei- me, pela via da

comédia...

Muito prazer, Zezé Macedo. A mulher mais bela desse país.

Zezé Macedo

Homenageada

Sinopse:

Eu sempre fui o seu pior pesadelo; o

mais cruel, o mais ardiloso, sem dó e nem

pena nenhuma dela. Sempre falei a

verdade. Mas para que? Ela me conhecia

muito bem essa verdade e mesmo assim

não ligava pra mim. Como, em sã

consciência, uma mulher poderia se

orgulhar de ser conhecida como por uma

personagem que simplesmente de bela só

tinha o nome. Dona Bela. Dona Bela era

uma mulher extremamente feia, assim

como a protagonista. Ela se jogava no chão

por sua ingenuidade. E nem mesmo o

professor Raimundo a perdoava. E quem

faria isso hoje? Ninguém. Ela só pensava naquilo!

Eu sempre estive ai, parado, em pé olhando para ela e ela me encarando.

Desde pequena, quando ainda morava em Silva Jardim, ela tinha essa mania.

Com a escova de cabelo na mão, ela não podia deixar de me encarar. Eu ficava

ali, encarando Maria José de volta, com o mesmo olhar da menina. Enquanto

seus olhos castanhos me olhavam de maneira fria, triste, e o meu olhar a

encarava frio, gelado, vítreo e impiedoso.

O teatro entrou em sua vida antes mesmo de aprender as palavras,

decorava os textos ouvindo seu padrasto ler. Eu continuava na sua vida e as

poesias vieram aparecendo. Eu era usado para simular a platéia e quanto mais

eu a chamava de feia, mais ela se sentia rainha e com mais força ela recitava

seus poemas.

Ao completar 15 anos, casou-se com um mecânico, mudou-se para

Niterói e eu fui junto. Ela se achava a mais bela do

mundo, mas onde estava essa beleza? Teve um filho e

nem curtiu o pobre coitado. Hercules, no seu primeiro

aniversário, veio a óbito e ao ver a cena gritou tão forte

que ficou com a voz de taquara rachada.

— Feia...

— Cale a boca... Por favor... Deixe-me em paz... Eu

não preciso de você. Sou linda.

Ela não sabia se defender quando eu apontava

sadicamente cada minúsculo ponto fraco que havia

para mostrar. Nem mesmo a ajuda do seu padrasto a tornou mais bonita. Zezé

Macedo, como ficou conhecida posteriormente, começou a trabalhar na rádio

Tamoio, lendo poesias para um programa. As pessoas começaram a gostar dela

não porque a sua voz era bonita e sim porque era engraçada.

— Cale a boca! Você, sua horrorosa

A raiva foi tanta que a escova de

cabelo voou com força, me acertando em

cheio, bem na minha cara. E eu ali, calado,

mostrando as verdades da vida. Um grito

ecoou no ar, a sua própria voz, irritante

penetrou-lhe os ouvidos como uma

campainha de despertador.

O seu combate comigo estava

suspenso, por hora. Precisava se arrumar.

Mais uma vez iria substituir as atrizes em

pontas nas radio novelas, até conseguir

publicar seu próprio livro, Coração

Profano, o primeiro dos quatros grandes

sucessos que se tornaram os livros de

poesia dela. Zezé sacudiu a cabeça, esfregou o rosto, secando cada lagrima que

tinha rolado apagando as marcas da luta. Uma última olhada para mim e eu a

olho de volta, agora com um machucado bem na frente, de alto a baixo.

- Sete anos de azar! - Eu disse em vão.

Mas como poderia desejar isso, se ela já nasceu com o azar da vida? Zezé

nunca ficou conhecida pelas suas belas curvas. Era chamada pelos seus amigos

como a “maior comediante do cinema brasileiro” ou quem sabe a “Carlitos de

saias”? Até mesmo era chamada de “primeira dama do cinema brasileiro” ou de

“A rainha das empregadas”. Ate

parece! Para ser rainha precisa

ser bela e esse atributo Zezé não

tinha.

Em sua carreira foram 108

películas diferentes. Muitas de

sucesso como “O homem de

Sputinick” e “As Sete

Vampiras”, filme esse que

rendeu seu único premio até

hoje, um Kikito. E mesmo assim

eu não saía da sua vida, nunca!

Lá estava eu de novo. Depois da sua volta do trabalho. No quarto, eu e

ela: Inimigos declarados. Eu, rachado de cima a baixo, dizia para Zezé Macedo

que ela ficava mais medonha a cada vez que ela fazia uma plástica e ela, cada

vez que me olhava, me enfrentava de cabeça erguida, mostrando o quão

vaidosa poderia ser uma mulher mesmo sem os atributos de beleza. Por mais

que acordasse com o seu cabelo parecendo uma espiga, a sua moral estava em

dia e a sua auto-estima inabalada.

— Todos riem, não é? Só que eu nunca dou tempo para que riam de mim. Eles

têm de rir do que eu digo. Têm de rir comigo, na hora que eu quero que eles riam. Todo

mundo ri do que eu digo, não é?

Zezé, a grande gozadora! A

“diva” que ganhou as telas de

cinema, na comédia ou na

chanchada. A Rainha da Atlântida,

agora virava a grande estrela da TV

Globo, dando pontapé a sua

vitoriosa carreira em novelas e séries

como “Fera Radical” e “A

moreninha” ou muitos programas

de TV na casa, como por exemplo,

em Balança mais não cai ou Os

trapalhões. Zezé, a contadora de casos, Se rendeu as histórias contadas por

Monteiro Lobato e encarnou dona Carochinha, para alegria da criançada.

Pela ultima vez, seus dedos levemente tocaram a minha face. A face fria

do inimigo. Lentamente, seus dedos percorreram a rachadura, tateando como

um cego que procura reconhecer alguém.

— Todos riem... Mas eu não queria tantos risos. Eu queria um sorriso

apenas. Um só. Queria estar quieta e ver alguém aproximar-se, olhando nos

meus olhos... Sorrindo... Eu sorriria de volta, e nada mais precisaria ser dito...

Zezé Macedo deixou as lágrimas correrem fartas no seu rosto pela ultima

vez. Foi aí que eu resolvi ferir mais

fundo e mostrei do que eu era

capaz. Não teve tempo de voltar a

sua cidade, não teve tempo de ver

ninguém. Ficara ao lado do seu

segundo marido, um cantor.

Naquele momento, dentro de um

quarto era só eu e ela, dois algozes

durante o tempo. O dedo acabara

de ser ferido com a borda da minha

rachadura. Num gesto mais do que habitual de quem machucara a mão, Zezé

leva o dedo à boca, chupando assim o ferimento.

Na rachadura, no meu peito ficou marcas, ficou uma gota de seu sangue.

O dedo poderia até não doer quase nada, mas era ali que doía, no peito. E assim

consegui a minha vingança.Hoje, sinto falta dessa minha rival. Que partiu

durante uma aula do Professor Raimundo, hoje vê do céu as mais singelas

homenagens pelos 100 anos do seu nascimento. Essa mesma diva que já foi

enredo de Carnaval. Digo para quem quiser me ouvir: eu vivenciei essas

histórias e vi o quanto ela lutou para ser uma grande diva. E ao pisar nos palcos

da vida novamente, sendo no teatro ou na avenida, eu estarei lá, para retratar

“A Vingança do espelho”

Organograma

Setor 01: Pra que nascer?

De que adianta, essa menina nascer? Ela é feia! Ninguém vai se lembrar dela.

Façam o que quiser ela não vai ser lembrada. E sabem por quê? Por que ela não é

ninguém que seja digna de lembranças!

Comissão de frente: A minha vingança

Eu sou o protagonista dessa historia, pois sem mim vocês não teriam a imagem

dessa mulher. Eu conduzo vocês e faço com que vejam tal cena de horror. Conheço

essa historia desde o inicio, para a minha tristeza. E não poderia ser esquecido. Eu, o

espelho, e a minha vingança.

Descrição da Fantasia e do elemento: Os 13 componentes vestem uma malha

preta no mesmo tom da moldura de cada espelho que carregam. O espelho, forma

oval, trabalhado com desenhos em arabescos possui rodinhas e uma espessura um

pouco mais grossa, pois também é um armário. Dentro dele possui vestidos azuis,

laços azuis e perucas ruivas cacheadas. De um lado, o espelho, do outro um fundo

falso preto onde é puxado e revela as letras que formam o nome da agremiação. Esses

espelhos possuem ganchos nas laterais que em determinado momento eles se

encaixam, formando círculos.

Coreografia: Os espelhos, com seus condutores atrás representando a alma do

espelho, virão perfilados em duas filas de 07 e 06 componentes quando chegam em

frente à cabine viram uma única fila, com os espelhos virados para frente dos jurados,

mostrando a própria imagem deles. Eis que o ultimo membro abre o espelho e retira a

roupa azul. Enquanto ele se veste, os outros espelhos, uma um vão se virando para o

fundo preto, até chegar o ultimo. Quando o ultimo vira, sai de trás dele Dona Bela, o

principal personagem de Zezé Macedo. Ela então passeia em frente às molduras negras

indo do ultimo ao primeiro. Quando volta, os fundos falsos são retirados formando o

nome da agremiação. Ao chegar à frente do ultimo, ela faz reverencia, apresenta ao júri

e apresenta a escola que vem atrás. O bailarino volta rindo da letra da escola enquanto

os demais componentes vão encaixando a moldura. Quando ele chega ate a frente do

ultimo espelho, ele se revolta e mostra a face do espelho indo atrás do bailarino vestido

de Dona Bela, o envolvendo num circulo antes de fechar, seis bailarinos entram nesse

espaço e se vestem enquanto os outros sete, na frente do circulo, junto com o bailarino

vestido de dona bela, coreografam. Ele no meio, os demais em volta se vingando de

Zezé, apontando para ela e rindo. Em dado momento, o circulo de espelho se solta

revelando mais seis “Dona Bela”. Que começam a dançar. Os espíritos dos espelhos

voltam para os espelhos, soltando eles do circulo e formado em 07 duplas de espelhos

em V e vão em direção as sete Dona Bela para perturbar elas, que se admira no

espelho. Em dado momento elas fazem reverencia aos jurados, retiram as roupas e

assumem seus lugares de espíritos de volta aos espelhos, voltando a formar duas filas

com sete espelhos em cada.

1º Casal: “A bela do Raimundo”

Nem vestida dessa forma tão tosca e feia ela se

importava. Queria estar na mídia. Queria aparecer.

E nessa escolinha dos horrores era considerada a

rainha. A rainha do humor e num afronto a beleza,

pois a sua era uma beleza desconhecida pelo

mundo, ganhou do Professor Raimundo o nome

de Dona Bela.

Indumentária: Ela veste um vestido branco com

uma jardineira azul Royal por cima e um laço no

colarinho. As mangas estilo bufante em branco. A

parte de baixo do vestido será em branco com a

barra em degrade de azul começando com tons

claros ate chegar ao escuro. Nas pontas, tufos de

faisão azul Royal com fuê branco. O figurino bem

próximo do que era a roupa da personagem. Na

cabeça, uma peruca encaracolada ruiva e um laço azul royal no topo compõem a

indumentária da porta bandeira.

Já o mestre sala, veste sapato e calça branca, com uma camisa branca e um jaleco de

professor por cima em azul. O costeiro formado pro penas de faisão branco com fuê em

azul Royal. No rosto um bigode grisalho e na cabeça uma peruca até os ombros em

tons grisalhos para representar o professor Raimundo.

Pede Passagem: As bordas do espelho

Através das minhas bordas apresento essa historia. Aqui começo

essa historia. Olhe dentro da minha moldura que você vai ver a

vingança do espelho, a minha vingança. Uma estrutura de ferro

vazada em preto com arabescos. Em cima, círculos ligados aos

arabescos com uma letra em cada círculo formando o nome da

escola.

Ala 01: Ala das crianças: a poetisa mirim

Sua trajetória começou pequena, Maria José, por

incentivo do padrasto começa a escrever as suas primeiras

poesias. Poderia ter ficado nesse talento, pois assim não

colocaria a cara feia a tapa nesse mundo. A primeira

participação em festivais veio na escola onde estudava.

Descrição: A ala das crianças virá vestida com roupa de

gala estilo colegial, com saias e na cabeça uma peruca

preta com laçinhos pequenos em azul. Já os meninos com

bermudinhas azul-marinho, camisa de manga longa

branca, gravata borboleta azul, luvas brancas. Na cabeça

um peruca curta na cor preta.

Os costeiros terão poesias presas escritas com letra

redonda, dando a entender que é caligrafia de criança.

Ala 02: Velha Guarda: O Auxilio do

padrasto

Alguém ainda via em Zezé Macedo algo de bom

e o seu padrasto ainda acreditava no talento da

menina, por isso, o padrasto a inscreveu nas aulas

de teatro e enquanto ela aprendia a ler, ele lia as

peças para que ela pudesse participar das peças da

escola.

Descrição: Para a velha guarda, que representa

o padrasto dela, vem com o tradicional terno e o

taiêr para as senhoras em azul e branco. Nas costas

bordados trechos de peças de teatro famosas. No

peito um broche dourado da tragédia e da

comédia.

Abre alas: Silva Jardim

A cidade de amores, cores e sabores diferentes.

Linda cidade que não acreditava que poderia ser a cidade

natal de uma garota tão feia. Cidade de produção de cana e

de café. Cidade interiorana onde os pacatos cidadãos vivem

em harmonia ate o nascimento de Maria José, a Zezé

Macedo.

Descrição: A alegoria, a maior da escola vem

acoplada. A lateral do carro vem revestida com pedras representando as ruas de silva

jardim. No primeiro carro, vem uma praça com um coreto no meio, no chão, caminhos

de terra batida e gramados. Na frente dele, um grande escudo da cidade de Silva

Jardim e um coreto no meio, representando o meio da praça. No segundo carro, vem

uma grande escadaria no fundo e no topo dessa escadaria uma igreja de Nossa Senhora

da Lapa. Em cima da igreja, um queijo para o destaque. Em volta da igreja, três

palmeiras de cada lado com queijos em cima. No fundo do carro, atrás da igreja para o

lado direito plantações de cana. Do meio ao lado esquerdo, uma plantação de café.

Destaques, composições e elementos coreografados:

Destaque: A fé de uma cidade

O destaque do carro representa a fé dos moradores. Vem, em cima da igreja,

representando a fé dessa cidade, que projetou ao mundo a atriz Zezé Macedo. O

destaque veste dourado. Com a túnica dourada e o costeiro com penas de faisão

pintadas de dourado. Na cabeça uma coroa dourada.

Composição: Os anjos das Artes

As composições representam os anjos das artes que abençoaram Silva jardim

dando a cidade o talento de Zezé Macedo. Virão vestidos com túnicas brancas até o pé,

na cabeça aureolas e uma peruca encaracolada amarelo. Nas costas asas de anjo.

Elementos Coreografados: Moradores de Silva Jardim

Os elementos coreografados representam as pessoas que habitam a cidade.

Beatas subindo as escadarias, vendedores de pipoca, algodão doce, cachorro quente.

Casais namorando. Eles caminham pelo chão do carro como e estivessem passeando

pela pracinha. Numa parte do samba os componentes começam a coreografar no

mesmo passo. Quando o samba volta para a parte inicial, os elementos coreografados

voltam a ser pessoas normais na cidade caminhando, exercendo os seus personagens.

Setor 02: A vida nas poesias

A pessoa quando nasce para ficar apagada é esse o seu destino. De que

adianta uma mulher com tanta feiúra ter um talento incrível para a literatura. Silva

jardim ficou pequeno e ao se casar com um mecânico ganha novos ares. Indo para

Niterói, tem seu primeiro filho, que acaba vindo a óbito tempos depois quando a

criança cai de cabeça. Dessa passagem da vida só lhe resta à voz de taquara rachada e

essa voz estranha, esganiçada que faz a desprovida de beleza virar a poetisa da rádio

Ala 03: O casamento aos 15

Zezé resolve se casar com o seu primeiro marido aos 15

anos e esse homem, caridoso para se casar com uma jovem tão

feia, o mecânico traz a pequena estranha para morar consigo em

Niterói onde casa com ela.

Descrição: A ala vem usando um vestido de noiva cheio

de manchas de graxa, com direito a véu e grinalda. O buquê é

feito de ferramentas tipo chave inglesa, chave de boca, chave de

fenda entre outras. No costeiro o brasão da Cidade sorriso,

Niterói.

Ala 04: O Luto e a voz

Apesar de toda a sua feiúra, Zezé tinha

uma família feliz. Sua gestação aconteceu de

maneira sadia. Parecia que ela tinha encontrado

a felicidade. Casamento as mil maravilhas,

quando, no aniversario de primeiro ano, seu

filho, Hercules cai da cadeira de cabeça, vindo a

falecer. A Zezé só restou o grito, a voz

esganiçada e o luto eterno a ponto de não querer ter mais filhos.

Descrição: A ala veste uma túnica preta representando o luto. Na gola uma

placa com a face da obra de arte o grito. Na frente do rosto um véu transparente

Ala 05: A sua era de ouro no rádio

Após a tragédia, o marido, apesar de ser

uma pessoa que possuía pouca instrução, a

incentiva a procurar uma vaga de emprego como

atriz. Zezé entrou para a Rádio Tamoio, onde

começou trabalhando como secretaria ou

telefonista, porém com a falta das atrizes, Zezé

começa a substituí-las nas leituras dos poemas,

não por sua voz aveludada e sim por sua voz ser

engraçada.

Descrição: A ala vem trajada de um vestido dourado representando a era de

ouro do Rádio. Na gola, paginas de poemas penduradas. Já no costeiro um radio

antigo dourado. Na cabeça um turbante fazendo menção às grandes atrizes desse

período.

Ala 06: Coração Profano

O primeiro livro de poesia escrito pela atriz após o

falecimento do filho, parece que Zezé Macedo encontraria

a formula da fama, porem não é pela poesia que ela

gostaria,

Descrição: A ala veste uma calça boca de sino na

cor vermelha com um cinturão em preto com um coração

dourado. A camisa é de gola rolê, vermelha com uma gola

em preto. No costeiro um coração dourado e na cabeça um

elmo com coração dourado

Destaque de Chão: Uma estrela caiu...

O segundo livro de poesias de Zezé, escrito na década

de 80 vem ilustrando o destaque de chão, mostra em poesia a

trajetória de uma estrela que chega a década de 80 com

poucos filmes, já que a chanchada está em baixa,

Descrição: O destaque de chão veste um biquíni

prata, com uma tiara cravejada de estrelas em strass. O

costeiro é caído com estrelas em strass preso nele.

Ala 07: Baianas: A menina do gato

O ultimo livro de poesias escrito em 1994 conta como uma

pequena garota sonhadora consegue cuidar magistralmente de

um gato.

Descrição: A ala das baianas vem vestida como uma

garotinha com uma saia rodada e uma blusa de manga, porém, o

pano das costas é feito e, pelúcia preta com a cabeça do gato na

altura do ombro. Na cabeça uma peruca loira representando o

cabelo da menina.

Carro 02: Os poemas na radio e nos livros

A era do radio invade a vida de Zezé. Ao chegar à

Niterói, depois de perder o filho e se separar do marido,

começa a entrar na era de ouro do radio. Primeiro como

secretária do grande autor Dias Gomes, após isso entra

substituindo as atrizes que começam a passar mal e com isso

vai conquistando as ouvintes, não pela sua voz aveludada e

sim pela sua voz esganiçada.

Descrição: A alegoria representa a entrada de Zezé

Macedo na Radio Tamoio. A lateral do carro vem revestida com paginas com

reproduções dos seus poemas. No meio do carro um grande escultura com uma mesa e

a imagem do dramaturgo Dias Gomes ao meio escrevendo suas rádios novelas. Os

queijos do carro (08, quatro de cada lado) vem em formato de microfones

representando a leitura dos poemas na Radio Tamoio. Atrás da escultura pro fundo do

carro, vem um palco num formato de rádio antigo, com uma radio novela sendo

encenada. Em cima desse palco, tem uma placa escrita gravando e ali em cima o

destaque central do carro.

Destaques, composições e elementos coreografados:

Destaque: Silêncio... Gravando!

O destaque do carro representa a leitura das poesias. Vem em cima da placa

gravando representando a luz do dial do rádio que grava a leitura das poesias O

destaque veste uma calça branca bordada, uma casaca bordada com pedras prateadas e

na cabeça um grande holofote na cor branca. O costeiro com penas de faisão na cor

preta representa a ausência da gravação. O fuê da ponta representa as sete cores do

arco-íris, a iluminação das rádios novelas, que eram feitas em palcos ou em muitos

casos ao vivo.

Composições: A poesia Macediana

As composições representam as poesias lidas por Zezé Macedo. Em volta do

carro virão queijos com microfones. Já que essas poesias eram lidas na Rádio Tamoio.

Oito mulheres belíssimas com biquíni prata. O costeiro com paginas de livros pro alto e

um buá de penas branco para baixo. A cabeça, um Black Power para o alto estilo Marge

Simpson, recebe uma tiara prata representando os microfones das rádios.

Elementos coreografados: Atores de radio novela e de leitura de poesias

Os Elementos coreografados representam as pessoas que paravam suas

atividades para ouvir a rádio. Os fãs, vestindo roupas da década de 40, que em

determinado momento se concentram na frente do carro e começam a rir como se

estivessem ouvindo a voz de Zezé Macedo.

Setor 03: O cinema se rende a Zezé

Zezé ficou imortalizada pela sua voz

esganiçada. Enquanto não abria a boca ninguém a

reconhecia, ninguém a admirava. Então, com a

ascensão da Atlântida, Zezé recebe o convite para se

ingressar o elenco das chanchadas, ao lado de

Oscarito, Grande Otelo e Outros, recebendo o

carinho dos seus colegas, que nunca ligaram para a

beleza e a batizaram de Carlitos de Saias.

.

Ala 08: “Carlitos” de saias

Grade Otelo e Oscarito. Dois gênios no humor brasileiro sempre foram

apaixonados pela comédia e ao encontrar Zezé pela primeira vez, começaram a rir e a

atriz não tinha falado nada ainda. Por acreditar que Zezé arrancaria risos de uma

platéia sem dizer uma palavra, assim como era o grande humorista do cinema preto e

branco, o Carlitos, a dupla da comedia batizou a nossa feia como Carlitos de Saias.

Descrição: A ala veste uma saia até a altura do joelho em cor preta, com uma

blusa branca com um terno preto por cima. Na cabeça um chapéu preto estilo Carlitos.

Nas costas, um rolo de filme com pedaços de filme caído fazendo o costeiro.

Ala 09: Passista Feminino: A primeira dama do Cinema

Quando Zezé começou a gravar os filmes ao

lado desses monstros sagrados da Chanchada e já

que era a única mulher comediante, foi logo chamada

de primeira dama da comédia.

Descrição: A ala veste uma calça boca de sino

na cor vermelha com um cinturão em preto com um

coração dourado. A camisa é de gola rolê, vermelha

com uma gola em preto. No costeiro um coração

dourado e na cabeça um elmo com coração dourado

Rainha de bateria: A rainha das empregadas

E quem disse que rainha tinha que ser bonita?

Zezé, devido a sua imensa quantidade de

empregadas no cinema foi apelidada de Rainha das

empregadas.

Descrição: A Nossa Rainha de bateria veste

um salto alto preto, com uma saia preta, na frente

um avental branco estilizado. Na cabeça uma coroa

de rainha. Nas mãos, um cetro Nas costas um

costeiro de faisão preto com fuê branco. No peito a

faixa escrito Rainha das Empregadas.

Ala 10: Bateria: As empregadas da nação

Zezé, em seus 108 filmes, fez o papel de, pelo

menos 40 empregadas e cada personagem foi criado

de forma diferente apesar de usar a mesma cara. Por

isso foi considerada a Empregada da nação

Descrição: A ala veste um sapato, uma saia e uma camisa em verde bandeira.

Um avental e touca em amarelo. Uma faixa verde bandeira escrito em amarelo

“Empregadas da Nação”

Ala 11: Passistas Masculinos: Carnaval em Marte

Sua estréia no cinema está com data marcada. Carnaval em

marte é o primeiro filme que Zezé atua. E ao invés de assustar, Zezé

arranca gargalhadas do publico que vê. O filme é carnaval em Marte,

uma sátira da bem alegre do carnaval, já que a protagonista sonha

em ser rainha do carnaval, mas ao ouvir um programa de radio sobre

discos voadores, acaba dormindo e sonhando que é coroada rainha

do carnaval em Marte.

Descrição: A ala veste uma malha verde limão, uma saia em

verde bandeira e um costeiro cheio material holográfico em verde

bandeira dando o tom hi-tech de marte. Na cabeça, uma touca com duas anteninhas e

uma maquiagem de cara verde.

Ala 12: A grande vedete

Filme estrelado pela Diva Dercy que contou com Zezé

Macedo interpretando Fifinha, a camareira puxa saco. Dercy era

uma grande estrela que se apaixona por um grande escritor de

musicais. E com a ajuda de Fifinha, eles vivem essa hillaia

historia de amor.

Descrição: A ala veste um maiô na cor branca, ancas de

vedete na cintura com chuveirinhos de aljofre dourado na cabeça.

Na anca e no maiô, arabescos dourado contornando as curvas do

peito indo e direção a barriga. A ala usará meia calça arrastão

branca e salto alto branco. Na cabeça, um moicano de plumas

brancas com fuê azul. Nas mãos um leque de penas brancas com

fuê dando o charme da ala.

Carro 03: O Homem de Sputnick

Zezé despontaria para o estrelato.

Finalmente seria reconhecida pela sua

“beleza. E isso se deu graças ao diretor Carlos

manga a escalar para viver a protagonista do

filme “O Homem de Sputik”. O filme é

geralmente considerado o ápice das

chanchadas da Atlântida, que fecharia suas

portas anos depois. Estréia do jovem Jô Soares

e da vedete de teatro de revista Norma

Benguell que praticamente rouba o filme

fazendo uma paródia de Brigitte Bardot. Ele

narra as aventuras de um casal de caipiras

que são surpreendidos com a queda de um objeto metalizado em seu galinheiro. No

dia Seguinte, a personagem de Zezé, lê no jornal sobre o acidente com o Sputnik e

acredita que tenha sido o satélite. Para recuperar o prejuízo, Anastácio tenta vender o

satélite, chamando a atenção dos espiões russos e americanos que tentam recuperar o

objeto, arranjando as maiores confusões no local.

Descrição:

A alegoria representa o sucesso de Zezé no cinema. A lateral do carro vem

revestida com sacos de estopa marrom representando as sacas de alimentos extraídos

no campo. No fundo do carro duas esculturas com 10 metros de altura. Essas

esculturas serão galinhas fazendo força pra tirar o Sputnik de cima da casa que virá

embaixo meio quebrada. Os queijos do carro (06, sendo 03 de cada lado), virão com

esculturas de galinhas embaixo menores que as galinhas principais do carro e com as

composições em cima. A frente do carro representará a entrada da fazenda e na parte

da frente será coreografada uma dança entre os espiões americanos e russos que

tentam recuperar o Sputnick

Destaques, composições e elementos coreografados:

Destaque: A simplicidade do Riso, Atanásio

O destaque do carro representa o Atanásio, O destaque vem com uma calça azul

clara, uma camisa xadrez estilizada, O costeiro com faisões naturais. Na cabeça um

chapéu de caipira também estilizado.

Composições: As desabrigadas do Sputnick

As composições representam as galinhas, que ficaram desabrigadas quando o

satélite caiu na fazenda de Anacleto e Cleci. As composições vestem meia calça laranja,

um cinturão de pena branca. Um bustiê de pedras brancas e mangas brancas com asas

de galinha. Na cabeça um bico laranja cravejado no strass laranja. E uma cabeça com

penas de cegonha pranca.

Elementos coreografados: Os agentes do mundo inteiro

Os Elementos coreografados representam os espiões russos e americanos que

tentavam recuperar a qualquer custo o Sputnick. Os americanos vestem uma calça

preta, camisa branca e grava branca com sobre tudo e chapéu. Os russos vestem calça

caqui, bota preta, casaca cinza escura com ombreiras vermelhas e faixa lateral no

mesmo tom da calça e um capacete cinza claro. Em determinado momento, os dois

exércitos simulam uma corrida para ver quem pega o satélite.

Ala 13: Esse milhão é meu

Uma família engraçada vive as maiores confusões.

Felismino, após conquistar um prêmio de um milhão de

dólares, vai com os amigos comemorar esse prêmio numa casa

noturna. Lá, conhece Arlete, uma artista trambiqueira que quer

tirar esse dinheiro das mãos do pobre coitado. Felismino então,

conta com a ajuda da sobrinha para que a sua esposa não

descubra.

Descrição: A ala vem com um salto alto em vermelho,

uma meia calça branca, um maiô branco e uma anca branca com franja de aljofre na

borda. A gola vem com um leque formado com dólares e na cabeça, uma peruca loira e

uma peteca de penas brancas com fuê vermelho

2º casal: Dona Xepa

Dona Xepa é um viúva simples que possui uma barraca

de frutas e legumes no Mercado e trabalha ali com a amiga

Camila. Ela tem um casal de filhos adultos. Edson, o filho,

estudou nos Estados Unidos e agora trabalha com dificuldades

em sua invenção revolucionária, a "Válvula Isocrônica", capaz

de tornar comum o uso da energia nuclear. Rosália, a filha, se

envergonha da mãe e da vida pobre, rejeitando o interesse de

Zé, o aspirante a futebolista. E aceitando ser cortejada por

Manfredo, um diplomata rico. Dona Xepa hipoteca seu sítio e

dá o dinheiro para o filho continuar a trabalhar na invenção.

Enquanto isso, os vizinhos da vila caçoam dela e do filho, objeto de um samba de

Coralino que compôs o refrão:"tenho o aparelho, falta funcionar". Manfredo faz parte

de um grupo de negociantes inescrupulosos e finge ajudar Edson e a família mudando-

os todos para uma bela casa e Dona Xepa se torna uma "madame

Indumentária: Ela vem com uma roupa toda marrom representando a barraca

da feira. Na borda varias frutas e sobe o corpo dela fazendo uma serpentina. Nas

mangas mais frutas coladas. Na cabeça um turbante marrom estilo Carmem Miranda

com frutas em cima. Já ele, veste uma jardineira listrada em verde e branco com uma

camisa branca por baixo, nas costas pluma verde escuro representando um mole de

alface e na cabeça uma toquinha de feirante.

Ala 14: Três colegas de batina

Cecília e Frei Martinho, decano de um convento,

lutam para ajudar uma pobre comunidade marginalizada no

Rio de janeiro. Os dois recebem ajuda do Dr. Roberto, na

assistência médica. O morro pertence ao pai do playboy

Aloisio, que pretende conquistar Celina a qualquer custo.

Por falta de dinheiro, as obras de alvenaria do morro estão

prestes a serem paralisadas, até que Celina propõe aos três

jovens sacerdotes que cantem num programa de calouros da

TV para ganharem um prêmio em dinheiro.

Descrição: A ala vem vestida toda de preto, com uma

batina, uma estola em branco no peito, das costas sai uma

armação de vime forrado em prata ate a direção do rosto, onde temos um microfone.

Na Cabeça um solidéu branco.

Ala 15: Sete mulheres para um homem só

Um casal rico viajar para o exterior e deixa seus

empregados cuidados mansão que decidem alugar os quartos

escondidos de seus proprietários. Sete mulheres vir a viver na

casa, e não está interessado em qualquer servo, mas em conhecer

o possível proprietário rico. Porém, ao alugar os quartos, descobre

que três das sete senhoras estão envolvidas numa série de crimes

que amedrontam a cidade.

Descrição: A ala veste uma roupa de motorista, um terno

preto, com camisa de dentro branca e uma gravata. A gola, em

volta do rosto, vem a conhecida foto das sete carinhas, porem com o rosto das sete

atrizes que fizeram as mulheres suspeitas do roubo.

Ala 16: Ala Coreografada - Monstros de babaloo

Babaloo é uma pequena república das bananas

comandado pelo milionário Badu, um industrial que tem

poder sobre todo o comércio da região. As amantes do ricaço

não o permitem passar tempo algum com sua família - coisa

que ele realmente prefere não fazer -, formada por sua

gulosa mulher, um filho retardado, um motorista japonês,

uma babá deformada, entre outros tipos bizarros.

Descrição: A ala vem com uma roupa de babá no tom

rosa bebê, nas costas um grande leque de bananas. Na cabeça

uma touca de babá na mesma cor. Em determinado momento do samba, elas que estão

empurrando um carrinho de bebê trocam o carrinho fazendo uma algazzarra. Nos

refrões, fazem caretas para representar a babá deformada, personagem de Zezé

Ala 17: Ala das Drags - O casamento Trapalhão

Quatro irmãos, Didi (Renato Aragão),

Dedé (Dedé Santana), Mussum (Mussum) e

Zacarias (Zacarias), são caipiras que vivem na

área rural. Didi vai até uma cidade próxima e,

após entrar em uma briga com Expedito,

conquista Joana, que o segue até o seu rancho.

Eles resolvem se casar, apesar dela não se sentir

muito à vontade com a presença dos seus

irmãos, que são bem pouco educados. Quando

Joana consegue melhorar o jeito deles, Didi diz

que recebeu uma carta da irmã perguntando se os filhos dela podem ficar no rancho,

pois vão cantar e tocar na festa do rodeio da cidade. Joana fica animada,

principalmente quando os irmãos e sobrinhos de Didi arrumam namoradas e todos

vão para o rancho. Mas Expedito descobriu que eles moram no Vale Profundo e

organizou um grupo para atacar o lugar.

Descrição:As mulheres da ala vem vestida de noivo, já os homens ala vem

vestidos de noiva, com direito a véu e grinalda. Em determinado momento as noivas

correm para agarrar os noivos que fogem.

Destaque: O Kikito de Ouro

Prêmio dado pelo Festival Internacional de Cinema em

Gramado (RS), uma Homenagem especial do júri, foi o único

premio que Zezé ganhou

Descrição: O destaque de chão vem com um biquíni

dourado, uma cabeça cromada e banhada a ouro representando

o efeito do prêmio, nas costas faisões pintados de dourado.

Carro 04: As Sete Vampiras

Descrição: A alegoria representa a ultima pornô

chanchada que Zezé Macedo gravou. O carro

representa o cabaré, onde Silvia, após ser mordida

pela planta carnívora que matou seu marido, faz o

seu show com as suas seis bailarinas, as sete

vampiras. O chão do carro é todo em piso de pedra.

Nas laterais do carro vem seis plantas carnívoras

(queijos) cada um com uma vampira em cima. No

meio do carro um grande palco com lugar para dois

semi destaques. Mais no fundo desse palco, uma

grande escultura de um Vampiro, o marido de Silvia

e do meio das mãos dele, sai mais uma planta

carnívora, a maior de todos, com Silvia em cima. Em

determinado momento a escultura fecha a mão

protegendo o destaque.

Destaques, composições e elementos coreografados:

Destaque: Silvia, a Maior das Vampiras

O destaque do carro representa a maior das Vampiras. Vem em cima da nta

carnívora que a transformou na vampirona dona do bordel. O destaque veste um

vestido bordado em pedraria preta. O costeiro com penas de faisão na cor preta

formando uma asa de vampiro. O fuê da ponta vem na cor roxo, pára dar o tom

sombrio a roupa.

Semi Destaque: Os investigadores

Dois investigadores atrapalhados entram em

cena para descobrir o mistério das mortes no local.

Os semi destaques vestem uma calça caqui, com

uma camisa branca e um colete caqui por cima. Nas

costas, um costeiro de placa transparente

representando uma lupa. Na cabeça um boné de

investigador.

Composições: As Vampiras

As composições as vampiras que fazem parte

do show. Seis mulheres belíssimas com biquíni

roxo, meia arrastão preta e salto alto roxo. O

costeiro um buá de penas pretas para baixo. A

cabeça, uma peruca vermelha sangue representando

as perucas que as dançarinas usavam.

Elementos coreografados: Atores de radio novela e de leitura de poesias

Os Elementos coreografados representam as pessoas que frequentavam o

estabelecimento. Os freqüentadores utilizando roupas normais, (calça jeans, camisas

brancas e óculos escuros para não serem reconhecidos) sentados nas mesinhas

espalhadas pelo meio do carro, em determinado momento do samba, eles vão sumindo

ate as mesas ficarem vazias,

Setor 04: A diva do "Plin Plin"

Zezé Macedo, com a baixa no cinema nacional e o aumento das pornô

chanchadas, começou a ver que o único caminho era a Televisão. E como não era

bonita, como as suas amigas vedetes, enveredou pelos caminhos do humor, fazendo

muito sucesso na sua única emissora de TV, a TV Globo.

Ala 18: Ala das Damas: A moreninha

Em seu primeiro papel na TV, Zezé é

chamada pra fazer uma minissérie. Baseada

no Livro de Joaquim Manoel de Macedo, a

Moreninha. Zezé é convidada a interpretar

,(nome da personagem) uma mulher

(descrever a personagem)

Descrição: A ala das damas veste

uma roupa de época branca, com detalhes

em azul. Uma peruca com coque e cachos

pretos. Nas mãos, uma sombrinha de renda

branca com acabamentos em azul.

Ala 19: Balança, mas não cai

Balança Mas Não Cai é um programa

humorístico que apresentava os quadros

passados nos apartamentos de um edifício

residencial fictício, onde moravam as

personagens. Esses personagens interagiam

entre si. Zezé, foi a primeira mulhera

protagonizar a Ofélia.

Descrição: A ala será dividida em

quatro personagens, personagens do programa

Balança mas não cai. São eles: primo rico e

primo pobre, Fernandinho e Ofélia.

Figurino 01: Fernandinho: Uma camisa social branca, com uma calça social

preta, suspensórios preto e uma peruca na cabeça estilo Elvis Priestley. Nas costas um

costeiro representando o prédio Balança mas não cai.

Figurino 02: Ofélia: Um vestido vermelho, com salto alto vermelho, uma peruca

enrolada loira. Nas costas um costeiro representando o prédio Balança mas não cai.

Figurino 03: Primo Rico: Um fraque preto, com uma estola branca, uma careca

de látex na cabeça. Nas costas um costeiro representando o prédio Balança mas não cai.

Figurino 04: Primo Pobre: Uma sandália rasteira, uma calça jeans remendada,

uma camiseta branca e por cima uma camisa de flanela zadrez. Na cabeça um chapéu

de palha. Nas costas um costeiro representando o prédio Balança mas não cai.

Ala 20: Ala das crianças - Sítio do Pica Pau Amarelo

Uma barata cascuda e rabugenta, que é a

guardiã dos personagens das histórias infantis,

mas os seus personagens vivem fugindo dela

porque já estão cansados de suas histórias

"emboloradas. Assim foi a participação da Zezé

na Turma do Sítio

Descrição: As crianças vestem uma malha

marrom, com uma asa de organza marrom, uma

touca com anteninhas.

Ala 21: Ala coreografada - Cambalacho

Silvio de Abreu, autor da novela acreditava que

as pessoas poderiam viver sem fazer falcatruas e por

isso escreveu a novela cambalachos, uma novela que

mostrou o espírito inventivo de Sílvio de Abreu em sua

primeira novela sem a censura no Brasil, o autor usou

Cambalacho para criticar o comportamento

condescendente frente a falcatruas e à corrupção, uma

maneira de combater a ideia de que se pode levar vantagem em tudo. Ele comentou em

entrevista: “Cambalacho falava da falta de vergonha geral no Brasil. O pa ís era tão

corrupto que as pessoas se sentiam no direito de serem corruptas. Mas essa mensagem

não passou na novela. O tom de comédia, as situações engraçadas, foram mais fortes”.

Foi por isso que conseguiu criar dois protagonistas anti-heróis, dois trambiqueiros.

Também pôde discutir a moral do país, como a questão da homossexualidade, o que

seria inconcebível nos tempos da ditadura militar, o que, segundo ele, seria

inconcebível em tempos de repressão.

Descrição: A ala vem vestida de

camareira. Com uma sapatilha rosa bebê,

uma meia calça branca, uma saia rosa bebê,

uma blusa rosa bebê e um avental. Na cabeça

uma peruca ruiva e uma touca Na frente,

carrinhos de camareira com rodo, espanador

e balde. Em determinado momento do

samba, elas saem da fileira, causando um

engarrafamento de carrinhos. Depois disso

voltam para os seus lugares.

Ala 22: Certo, Biscoito?

O Grande gênio Chico Anysio, cria

um programa onde reunia vários

personagens caricatos, para nos entreter. Um

deles era o alcoólatra Tavares e sua mulher

Biscoito, que se metiam em grandes

confusões e ele sempre vinha com o bordão

“Certo, biscoito?”

Descrição: Uma alusão ao biscoito

(bolacha) que conhecemos. A ala vem com

um vestido vermelho com flores amarelas,

vem também com uma peruca chanell ruiva, veste uma gola redonda, adereçada com

placas de biscoito e o costeiro um grande biscoito redondo.

Ala 23: Os Trapalhões

Depois de muito passear pelos

programas de Chico Anysio, Zezé começou a

integrar o elenco de “Os Trapalhões” que

tinha recém perdido Zacarias. E ali

permaneceu até o programa acabar, um pouco

depois da morte de Mussum.

Descrição: A ala vem vestida com uma

calça branca e uma jaqueta branca, em alusão

ao traje que ficou conhecida a trupe. Nos

punhos, uma tira com fotos da atriz em

vários momentos. No ombro uma cadeirinha

e o costeiro com a charge dos três trapalhões (Didi, Dedé e Mussum) . Com uma

sapatilha branca, e na cabeça uma toquinha de aviador com óculos de aviador presa

nela.

Carro 05: A escolinha do professor Raimundo celestial

A Televisão veio para marcar a carreira

da atriz. Mesmo sendo feia, conseguiu papeis

importantes em novelas. Zezé fez o seu ultimo

personagem, aquele que a faria entrar de vez

para a historia do Humor brasileiro na

Escolinha do Professor Raimundo. Infelizmente,

Zezé nos deixou fazendo a Dona Bela,

reforçando o time de humoristas que Deus

levou para alegrar o céu. Deus, que não é bobo,

quis fazer a sua própria escolinha, a Escolhinha

do Professor Raimundo Celestial.

Descrição: A alegoria representa o céu da

Escolinha, com vários personagens ilustres animando a

vida de deus. Representa a chegada de Zezé Macedo ao

Céu, sendo recebida PR seus amigos que fizeram parte

do humorístico comandado pro Chico Anysio. A base do

carro, nuvens representando o céu. O carro tem uma

única escultura gigante que toma conta do carro todo. A

imagem é a Dona Bela, sentada nessa nuvem, como se

estivesse sendo recebida por Deus. A escultura veste um

vestido de bonecas rosa e branco, com a sua peruca ruiva

e um laçarote na cabeça. Nas mãos, uma lousa verde

escrita “Ele só pensa naquilo”, o popular bordão que

consagrou o personagem. A escultura está de pernas

abertas, fazendo alusão às quedas que a atriz tinha

quando entendia a pergunta feita pelo professor de

maneira equivocada. Na altura da cintura uma mesa, na qual vem o destaque vestido

de professor Raimundo. Na saia da escultura, carteiras de alunos e elementos

coreografados vestido com figurino de personagens que faleceram.

Destaques, composições e elementos coreografados:

Destaque: E o salário... ó!

O destaque do carro representa o anjo Professor Raimundo. O destaque vem com

uma calça azul, uma camisa amarela, um jaleco branco e asas de anjo. Por trás das asas,

faisões albinos. Na cabeça uma peruca grisalha e uma aureola de anjo.

Elementos coreografados: A Escolinha celestial

Os elementos coreografados representam os outros alunos que viraram anjos. São

eles:

1. Jocelino Barbacena

2. Sandoval Quaresma

3. Eustáquio

4. Samuel Blaustein

5. Bertoldo Brecha

6. Patropi

7. João Bacurtinho

8. Rolando Lero

9. Baltazar da Rocha

10. Galeão Cumbica

11. Mazarito

12. Gaudêncio

13. Seu Eugênio

14. Pedro Pedreira

15. Rui Barbosa Sá Silva

16. Escolástica

17. Carequinha

18. Dicró

19. Zé Bonitinho

20. Atanagildo

Seguindo a formação apresentada em cima,

com sete linhas e três colunas, e tarjando o figurino

característico do personagem, apenas

acrescentando asas, em alguns momentos da

coreografia, eles sobem em cima da cadeira fazem

algazarra e em outros momentos eles formam duas

colunas e se viram para onde esta a escultura do

carro e se ajoelham aplaudindo, reverenciando a

escultura de Dona Bela.

Setor 05: Homenagens a Diva

Outubro de 1999. Aqui ficou marcado a nossa história. A nossa diva da

comedia dá adeus aos palcos da vida rumo ao estrelato. Aqui sobram apenas

homenagens. E dessas homenagens veremos o quanto a população abraçou essa

mulher que fazia das plásticas a sua vida.

Ala 24: Silva Jardim em Fotos

A primeira homenagem após a perda

dessa grande atriz foi uma mostra de

fotografia. Silva Jardim, em forma de

agradecer a esse furacão da comédia, já que

a mesma fazia questão de dizer que era

nascida na Cidade, criou no espaço onde era

o coreto na praça principal um espaço de

cultura e nesse local colocou uma exposição

permanente de fotos da atriz. Desde o seu

início, como poetisa na cidade até o seu

ultimo suspiro na TV

Descrição: A ala se veste como se

fosse um homem propaganda. Uma malha

na cor branca para servir de base. Na borda

do quadro, uma moldura. Na frente do

quadro, uma foto da infância e adolescência

e atrás uma foto da fase adulta. Na cabeça,

uma base com duas luminárias, uma para

frente e uma para trás chamando atenção para a foto.

Ala 25: O cinema também celebra com mostra

Os grandes cinemas da Cidade do Rio

de Janeiro se rendem ao talento da atriz, que

finalmente passa a ser reconhecida pelo seu

talento e não pela sua feiúra. E, infelizmente,

só após a sua morte, começam a fazer

festivais para exibir seus 108 filmes.

Descrição: A ala, com 108

componentes, veste um sapato azul, uma

jardineira azul clara, com uma camisa branca

e uma boina azul clara. Na cabeça uma boina azul clara. Na frente uma banca e em

cima dela um balde listrada em azul claro e branco com pipocas. Os Costeiro são

diferentes, com cada um da ala com um dos cartazes de cada um dos filmes da atriz.

Nos fundos do costeiro, tiras de filmes fazendo uma espécie de chuveiro.

Ala 26: Baianinhas: Teatro da Cidade... Onde tudo começou

Silva Jardim, sempre agradecida pelos feitos de

sua “musa” as inversas, muda o nome dos palcos onde

revelaram a pequena notável, dando as honras da cidade

em portar o nome da poetisa.

Descrição: A ala veste uma saia na cor branca.

Com alturas com metade de representação de uma

coluna jônica. O pano da costa, uma bandeira da cidade

de Silva Jardim. O corselet e a cabeça com o mesmo

trabalho. O costeiro com duas mascaras na altura dos

ombros. Na Direita, a tragédia. Na esquerda a comédia e

em cima das mascaras o escrito Teatro Municipal Zezé Macedo.

Ala 27: Ela é nome de Rua paulista

O terra da garoa também presta

homenagens póstumas à atriz e batiza

umas das ruas de sua cidade com o nome

daquela que um dia a cidade chamou de

feia.

Descrição: A ala veste uma malha

corpo inteiro na cor cinza. Veste também

uma serpentina imitando uma rua que sai

da gola na altura do peito e vai ate a altura

do joelho. Da gola também sai duas

bandeiras do estado de São Paulo

formando uma capa. Na cabeça, um totem

com a placa do nome da Rua.

Ala 28: Feliz em Botafogo? Só com os foliões!

E não teve jeito. A folia de momo se rendeu a Zezé.

E Quem pense que somente a Império do Nilo conheceu o

talento da atriz se enganou, pois a extinta alvi-rubra de

Botafogo colocou os seus foliões na avenida e veio contar a

historia de Zezé, um ano após a sua morte. E conseguiu o

acesso a Marques de Sapucaí com um excelente 4º lugar.

Descrição: A ala representa o mascote da escola de

Botafogo. Veste uma malha vermelha e branca, com um

cinturão, gola e cabeça estilo vermelho e branco estilo

pierrot.

Carro 06: Parabéns para mim... 100 anos sendo seu eterno rival

Parabéns... 100 anos de rivalidade. 100 anos de

alegria e amor próprio. Zezé foi o exemplo de vida para

si mesmo, pois mesmo com tantas derrotas não desistiu

de batalhar pelos seus sonhos e isso nós devemos

comemorar. Se houve um vencedor ou um perdedor

nessa batalha, não sei dizer. Eu continuo ate hoje, porem

vou lembrar eternamente da minha vingança. Pois no

último suspiro consegui mostrar a ela a realidade da

imagem e ela me mostrou a realidade que eu não

possuía: os sentimentos. Se hoje cai uma lagrima fria do

meu rosto que não existe. Se cair uma lagrima dos

sentimentos que afloram, posso dizer que sim, Zezé foi a

maior rival que eu tive.

Descrição: A alegoria representa o uma grande

festa a comemoração do centenário de luta do espelho

com a atriz, sendo base do carro feita num trabalho de

arabescos em tom de prata. O carro é um bolo, azul e

branco, giratório de cinco andares. O primeiro possui 40

pessoas, o segundo 30, o terceiro 20, o quarto 10 pessoas

presas pela cintura. No topo do bolo dois destaques. Um

destaque representa a Zezé Macedo e o outro representa

o espelho. Ambos de costas sendo aplaudidos por toda

avenida comemorando o seu centenário.

Destaques, composições e elementos

coreografados:

Destaques: Os guerreiros centenários

Os destaques do carro representam Zezé

Macedo e o espelho. O destaque espelho vem

com uma calça cinza escuro, uma camisa cinza,

luvas cinza, na cabeça, trabalhada em strass,

formas de arabescos mostrando o trabalho da

moldura do espelho. O Costeiro, em formato

oval com penas de faisão prata. Nas costas do

espelho, vem o outro destaque, vestido uma

roupa de boneca branca, com detalhes em

dourado, a peruca loira curta ate o ombro (ultimo cabelo usado pela atriz ao interpretar

dona Bela) aureolas de anjo e o costeiro branco no mesmo formato do outro costeiro.

Elementos coreografados: As velas do Centenário

Os Elementos coreografados representam as velas do centenário dessa batalha.

Vestem uma túnica branca até o pé, na cabeça um formato de fogo em transparente.

Em determinado momento da coreografia, eles acendem a cabeça representando o fogo

da vela.

Referência Bibliográfica

MARINHO, Flavio. A Vingança do Espelho: A história de Zezé

Macedo. Rio de janeiro: Giostri, 2012.